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19/09/2021 21:42 Teste: Tarefa 3 - Objetiva

Tarefa 3 - Objetiva
Iniciado:
18 set em 18:52

Instruções do teste
Caro (a) aluno (a)

Esta Tarefa é sobre a "Unidade I - Fenômeno religioso: Experiência e linguagem".  Portanto, para
realizá-la você deve assistir às videoaulas e estudar o artigo Categorização de experiências
transcendentais: uma leitura da religiosidade, da fé e da religião.

Como você terá apenas uma única possibilidade de responder o teste, responda somente depois de ter
passado por todas as etapas indicadas acima.

At.te,

Prof. Paulo

Pergunta 1 1 pts

Entre rigidez ao ritual, por um lado, e desconsideração identitária, por outro, emerge
a terceira via, que é o equilíbrio equitativo. O cristianismo divulgou, durante séculos,
a imagem de um Deus rígido, distante e punitivo. Ele registrava o mal feito pelos fiéis
e pouco reconhecia as suas boas ações. A vivência possível desse Deus era
negativa. Sung (1991) caracteriza essas imagens com as seguintes expressões:
“Papai do céu castiga”, “Tudo que é bom é pecado”, “Deus sabe o que faz”, “Deus
explica os mistérios” e “Deus legitima a opressão social”; caricaturas que apontam
para um centramento nas normas e verdades ditadas e não na vida e no amor
revelados, afastando, assim, os fiéis da experiência profunda do mistério
transcendente, sentido radical e amor pleno (PANASIEWICZ, Roberlei.
Categorização de experiências transcendentais: uma leitura da religiosidade, da fé e
da religião. Rev. Pistis Prax., Teol. Pastor., Curitiba, v. 5, n. 2, p. 587-611, jul./dez.
2013, p. 607. Disponível em:
<https://periodicos.pucpr.br/index.php/pistispraxis/article/view/12962/12290
(https://periodicos.pucpr.br/index.php/pistispraxis/article/view/12962/12290) >. Acesso
em: 14/02/2019.

https://pucminas.instructure.com/courses/84072/quizzes/237076/take 1/6
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Avalie as afirmações a seguir.

I. Tanto no âmbito da fé antropológica, quanto no âmbito da fé religiosa há a


possibilidade de se fazer a experiência do sentido, sem a qual a existência humana
se torna inviável. Contudo a fé religiosa se caracteriza por uma qualificação maior da
fé antropológica.

II. Quando a pessoa passa da experiência da fé religiosa para a experiência de


Deus, ela dá um salto qualitativo, cujas consequências práticas são a percepção de
um sentido mais profundo da vida, estabelecendo uma relação humanamente rica e
respeitosa em todos os sentidos.

III. A experiência de Deus se dá em raros momentos da existência. Trata-se de algo


tão incomum e extraordinário que seu ineditismo exige que se registre, como
ocorrem com os grandes acontecimentos tais como a "sarça ardente" ou situações
em que o céu se abriu e de lá se ouviu fortes vozes (conforme narra a literatura
sagrada).

É correto o que se afirma em,

I, apenas.

I, II e III.

I e II, apenas.

I e III, apenas.

Pergunta 2 1 pts

Uma forma de o ser humano mergulhar na infinitude transcendental que compõe sua
existência é por meio da experiência religiosa. De acordo com Vaz (2002a, p. 249),
podemos dizer que essa experiência “é uma experiência do Sagrado”. Em que
consiste essa experiência? Otto (2007, p. 38) designa o sagrado como sendo o
numinoso, referindo-se “a uma categoria numinosa de interpretação e valoração,
bem como a um estado psíquico numinoso que sempre ocorre quando aquela é
aplicada, ou seja, onde se julga tratar-se de objeto numinoso” (do latim, numen
refere-se à “força divina”, “Deus”). É uma categoria não passível de definição, porém
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não remete à anulação do ser humano. Dessa categoria deriva o mysterium


tremendum e fascinans. O aspecto mysterium refere-se ao “totalmente outro”, que
provoca medo e fascínio. O mistério encobre o ser humano, provocando sensação
de medo, levando ao afastamento, e de fascinação, instigando a aproximação
(PANASIEWICZ, Roberlei. Categorização de experiências transcendentais: uma
leitura da religiosidade, da fé e da religião. Rev. Pistis Prax., Teol. Pastor., Curitiba, v.
5, n. 2, p. 587-611, jul./dez. 2013, p. 593. Disponível em:
<https://periodicos.pucpr.br/index.php/pistispraxis/article/view/12962/12290
(https://periodicos.pucpr.br/index.php/pistispraxis/article/view/12962/12290) >. Acesso
em: 14/02/2019.

A partir do texto acima e dos estudos que fizemos do tema, avalie as asserções
abaixo e a relação proposta entre elas.

I. Nem toda experiência religiosa contribui na busca de sentido e para a busca da


experiência de Deus, levando à superação de experiências que visam apenas
trocas, na esperança de receber algo mágico, milagroso, excepcional, extraordinário.

PORQUE

II. Uma vida com sentido pode ser alcançada passando-se da mera vivência à
experiência; tanto experiência antropológica, quanto experiência religiosa, quando
esta conduz à experiência de sentido radical e amor pleno.

A respeito das duas asserções acima, marque a opção correta.

As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa correta da I.

A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira.

As asserções I e II são proposições falsas.

As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justificativa correta da


I.

Pergunta 3 1 pts

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O princípio da confiança em tempos de pandemia

Por Eugênia Amábilis Gregorius

Distanciamento social? Isolamento? Vivemos em sociedade desde os primórdios e


especialistas em ciência do comportamento humano afirmam que é inerente ao ser
humano a interação social, ou seja, a convivência com o outro.

No entanto, para que essa convivência se concretize, é necessário haver um


ordenamento para gerar a ordem em sociedade, o que é exteriorizado por regras e
princípios.

Princípios são postulados que determinam padrões de conduta orientando


determinado assunto.    Em outras palavras, são alicerces ensejando fundamentos
éticos que iluminam as relações entre os seres humanos.

Hodiernamente, está em voga o princípio da boa-fé, mas o que vem a ser a


famigerada boa-fé.

No atual cenário, vivido em decorrência da pandemia anunciada, vislumbra-se a


exsurgência de postulados essenciais a uma sociedade civilizada.

O princípio da boa-fé é uma norma de conduta, o qual está estruturado nos direitos
fundamentais, quais sejam, a dignidade da pessoa humana, o devido processo legal
e a solidariedade, todos previstos na Constituição Federal de 1988.

O princípio da confiança decorrente, também, da boa-fé é o cerne do debate diante


da pandemia do COVID-19.

A confiança refere-se à conduta que o cidadão pratica em conformidade com as


regras já estabelecidas do ordenamento jurídico posto e da sociedade, sendo que se
presume que as demais pessoas também sigam as mesmas regras para, então,
haver uma harmonização voltada ao bem comum de todos e, consequentemente, à
pacificação social.

Ocorre que, vivendo o presente, conectando-se às redes sociais, aos telejornais ou


até mesmo abrindo a janela de casa verifica-se que o cidadão está recalcitrante em
compreender os postulados da confiança.

Contextualizando, no momento, a palavra da vez é distanciamento social com o


objetivo de atenuar os efeitos da pandemia no país. Isso porque todos os
especialistas da área estão alertando que com essa conduta é possível evitar o
contágio rápido do vírus e, assim, impedir ou mitigar um colapso. Todavia, para que
isso ocorra é necessária a confiança no outro, a confiança em toda a população.

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Essa confiança decorre da solidariedade, objetivo fundamental elencado na Carta


Magna, em seu artigo 3º. Soma-se a isso a dignidade da pessoa humana que a
todos é assegurada como direito fundamental.

Não obstante esses direitos serem bem lembrados por todos em sua eficácia vertical
– entre Estado e particular-, será que estão sendo cumpridos também em sua
eficácia horizontal, ou seja, entre particulares?

Há possibilidade de efetiva confiança na sociedade? Há confiança no outro quanto


ao bem-estar da coletividade? Há o cumprimento do princípio da solidariedade para
preservar a sua dignidade humana e a do próximo?    Questionamentos incontáveis
nesse período de insegurança.

Trazendo à baila, ainda, o princípio constitucional do devido processo legal (art.


5º,  LIV, CF/88), o qual se refere, em sua dimensão formal, ao respeito aos
procedimentos aplicáveis ao sistema vigente, surge outra indagação: está sendo
cumprido o sistema em vigor, o cidadão está em observância com as normas?

Está-se acostumado a falar da inobservância das normas legais postas, mas aqui
vamos além, hoje não se trata somente em analisar as normas legais, mas também
as normas de convivência, o princípio da confiança, o princípio da solidariedade com
o próximo, ou seja, com toda a sociedade.

No campo do direito penal há a teoria do direito penal do inimigo de Günther Jacobs,


a qual preconiza que o sujeito que desrespeita às normas é inimigo da sociedade,
pois quebrou o contrato social denominado por Jean –Jacques Rosseau. Portanto,
continua o filósofo, esse sujeito não merece ser tratado como cidadão, não
possuindo os mesmos direitos e garantias de um cidadão que cumpriu o contrato
social. Nesse sentido, há a flexibilização de direitos e garantias fundamentais,
conforme elucidado pela terceira velocidade do direito penal de Jesus – Maria Silva
Sánchez.

O cidadão, hoje, passa a ser o protagonista da solução do problema, com o seu livre
arbítrio, a necessidade de comprometimento e a responsabilidade acerca dos
resultados que virão surtir efeitos em toda a sociedade.

Isso pode ser traduzido pelo princípio da cooperação, ou seja, pelo paradigma
cooperativo, também, adotado no ordenamento jurídico, trazendo como decorrência
os deveres de assistência e auxílio. Pressupõe uma conduta de lealdade por parte
de todos aqueles que participam do processo. 

Assim, pode-se inferir que pelo princípio cooperativo o destino ou o desfecho será o
resultado decorrente de uma gestão compartilhada do processo que está ocorrendo,
isto é, uma gestão na qual todos os atores da sociedade devem visar ao bem

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comum, prestigiando os princípios constitucionais fundamentais da dignidade da


pessoa humana, solidariedade, devido processo legal, boa-fé e confiança.

Disponível em: <https://jus.com.br/artigos/81042/o-principio-da-confianca-em-


tempos-de-pandemia> (https://jus.com.br/artigos/81042/o-principio-da-confianca-
em-tempos-de-pandemia>) . Acesso em: 01/03/2021.

Com base nas informações acima e no conteúdo desta Unidade de ensino, avalie as
informações a seguir.

I. As situações a que muitos de nós fomos e ainda somos submetidos em função da


pandemia podem chegar a constituir verdadeira "experiência" no sentido
antropológico.

II. Perda de renda e de emprego, novas oportunidades de trabalho e mudanças


significativas nos âmbitos pessoais e sociais, morte de pessoas próximas etc. são
tragédias humanas, inevitáveis.

III. Todos os cidadãos devem ir além de suas convicções ideológicas, políticas,


religiosas etc. e contribuir com o bem público, assumindo suas responsabilidades
imediatas com a sociedade a que pertence.

É correto o que se afirma em:

I e II, apenas.

I e III, apenas.

I, apenas.

II e III, apenas.

Salvo em 21:42
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