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Curso de Direito
Discentes: Docente:
Alifa Machueji Kapoca
Aníbal Samuel Banze ________________
João Francisco Mulhanga
Fatima Carlos Mulungo
Mandinho António Sede
Manuel João Panguana
Maputo: 2021
Índice
Introdução.................................................................................................................01
Conclusão...................................................................................................................09
Referências bibliográficas...........................................................................................10
1-Introdução
Neste tema, irá se aborda sobre o contrato administrativo em várias vertentes, e temos que
ter em conta que a maior característica do contrato é elas são bilaterais porque, realizado o
acordo, surgem direitos e obrigações recíprocas para ambos os contratantes. É oneroso
porque remunerado na forma convencionada. É comutativo porque estabelece compensações
recíprocas e equivalentes para as partes.
Esta última utilização tinha a dupla vantagem de libertar a administração do fardo de uma
organização dispendiosa, e de lhe permitir ao mesmo tempo fixar com antecipação o
montante dos reditos a receber. Parece não ter sido outro o motivo da multiplicação das
societas pubicanonum, poderosas e florescentes empresas que no período da Republica e nos
primeiros tempos do Império foram as concessionárias da lavra de minas, da cobrança de
impostos, da exploração de alfândegas, de portos, de salinas, de estradas, de pontes, de
aquedutos, e outras obras públicas.
Depois, no período medieval, a mesma tarefa foi, em alguns países, entregue, por contrato, a
particulares, a própria guerra foi, também não raras vezes, executada por empresários de
guerra privada.
Nos finais do sec. XIX e começos do sec. XX, a necessidade sentida pelos poderes públicos de
fazer funcionar os mais importantes serviços de carácter econômico – transportes colectivos
urbanos e interurbanos, iluminação pública das cidades, por outro lado, a escassez de capitais
daqueles poderes para os assegurarem directamente, por outro lado, e finalmente o facto de,
do ponto de vista político – econômico, dominar o princípio da não intervenção do Estado na
actividade econômica fizeram com que se desenvolvesse muito a figura do contato de
concessão, por forca do qual a construção e a exploração de obras públicas eram transferidas
para empresários particulares.
Em 1910, novo caso foi submetido a jurisdição da mais alta instancia do contencioso Frances:
O concessionário de transporte colectivo em "carros eletrônicos" foi obrigado, pelo município
de uma cidade em expansão, a criar novas linhas de trafego que o contrato não previa. A
câmara argumentou que o interesse público exigia a criação das novas linhas; o concessionário
contra – argumentou que só estava obrigado a proporcionar as linhas previstas no contrato. O
Conselho de Estado deu razão ao município, reafirmando a existência do poder de modificação
unilateral do conteúdo das prestações dos contratos administrativos pela administração
pública.
Enfim, em 1916, como consequência da guerra mundial então em curso, o carvão sofreu uma
grande subida dos seus preços logo os concessionários de iluminação a gás alegaram que não
podiam prosseguir com a exploração do serviço público continuando a aplicar as tarefas
previstas no contato de concessão. O município argumentava, aqui, ser necessário os
concessionários cumprirem a letra o estipulado no contrato, mantenho os preços, os
contraentes particulares reclamavam, diferentemente, uma subida dos preços ou um subsidio
da Câmara para poderem continuar a cumprir as suas obrigações. O Conselho de Estado desta
vez deu razão aos particulares, reconhecendo – lhes o direito de obterem as compensações
pretendidas. A doutrina concluiu que tinha sido feita aplicação de um princípio inexistente no
direito civil, o princípio do equilíbrio financeiro do contrato, em caso de modificação do Assim
nasceu em Franca, de onde se espalhou para vários outros países europeus, especialmente
Portugal e Espanha, e também sul – americanos.
A teoria dos contratos administrativos que passou a contribuir uma traves mestras onde da
parte geral do Direito Administrativo nos países onde vigora um sistema de administração
executiva, ou de tipo francês.
Os pontos essências dessa teoria que se podem enumerar, a luz da origem histórica da figura
que deixamos sumariamente traçada, são os seguintes:
-O princípio do equilíbrio financeiro do contrato deve ser sempre respeitado, de tal forma que
o interesse público não seja satisfeito à custa dos legítimos interesses dos particulares, nem
estes possam sobrepor – se a necessária garantia do primeiro.
Mas, uma vez chegados aqui, e verificando o carácter especial, singular ou exorbitante, do
regime do contrato administrativo – exorbitante (entenda - se) em comparação com as regras
aplicáveis aos contratos de direito privado, os autores começaram a colocar u certo número d
dividas e interrogações.
A primeira delas foi esta: será admissível, do ponto de vista do Direito, conceber a figura do
contrato no âmbito do direito público? Não se tratara de duas nações incompatíveis entre si?
Ou, por outras palavras: serão os chamados contratos administrativos verdadeiros contratos.
Alguns autores, sobretudo alemães (Jellinet,Fleiner, Laband, Otto Mayer), entendiam que a
figura do contrato era incompatível com o espirito e a essência do contrato público : só no
direito privado é que seria possível encontrar e construir a figura do contrato.
Porquê?
Em primeiro lugar, dizia – se que o Estado é soberano e, portanto, não se pode vincular por
contrato a um particular.
Em terceiro lugar, alegava – se que, quanto muito, pode aceitar – se a existência de uma figura
especifica do direito público, mas essencialmente diversa do contrato propriamente dito,
característico do direito privado. Segundo estes autores o contrato de direito público não seria
afinal, mais do que uma soma de dois actos unilaterais a saber, um acto administrativo
unilateral da administração, seguido da aceitação do particular, a qual configuraria, por sua voz
um acto jurídico unilateral de direito privado a isto responderam os partidários da
admissibilidade da figura do contrato propriamente dito, do contrato autentico e genuíno, no
âmbito do direito público, pela forma seguinte.
Em primeiro lugar, é não esquecer deste logo que nem toda administração pública é o Estado:
efetivamente, ao lado dele, existe outras entidades públicas dotadas de personalidade jurídica
própria e que não são soberanas (por ex., as autarquias locais).
Por outro lado, o Estado, quando actua no âmbito do direito administrativo, não é o Estado-
soberano, mas sim o Estado-administração. Todavia, ainda que o faça, não se poderia negar a
possibilidade e a legitimidade de o Estado ver a sua soberania, está a negar-se o próprio
fundamento de todo o direito público, e sabemos que há pelo menos dois séculos desde a
Revolução Francesa-que se aceita pacificamente na Europa a ideia de que a sua soberania do
Estado pode e deve ser juridicamente limitada. Como ensinava Marcello Caetano, quando o
Estado entra em relações jurídicas com os cidadãos, isso quer dizer que a autoridade dos
órgãos que nelas se representa está sujeita a observância de normas de direito em virtude das
quais assume, e se compromete a cumprir, obrigações. Aliás, e como sabemos já pela teoria
dos actos administrativos constitutivos de direito ou de interesses legalmente protegidos, o
Estado pode ficar vinculado perante os particulares por meio de um acto unilateral.
Ora, pode concluir-se que, na generalidade dos contratos administrativos, o processo negocial
não conduz a pratica de um acto unilateral seguido de outro acto unilateral, mais, sim, e
diferentemente, a celebração de um acordo vontades, ou seja, a pratica de um único acto
bilateral: há portanto contrato, e não outra figura jurídica.
É uma questão que se prende não apenas com o conceito de contrato administrativo, mas
também com as possibilidades da sua utilização e que foi muito discutida no direito Português.
Acresce que o recurso a via contratual no exercício da função administrativa passou a ser
admitido genericamente, mesmo como, alternativas a pratica de actos administrativos
(contratos administrativos com objeto passível de acto administrativo) ou a celebração de
contratos de direito privado (contratos administrativos com objeto passível de contrato de
direto privado).
Na prossecução das suas atribuições ou de seus fins, os contraentes públicos (desde logo,
aqueles que sejam entidades públicas) podem celebrar quaisquer contratos administrativos,
salvo se outra coisa resultar da lei ou da natureza das relações a estabelecer.
a) Contratos que, por força do presente código, da lei ou da vontade das partes, sejam
classificadas com contratos administrativos ou submetidos a um regime substantivo de direito
público;
b) Contrato com objeto passível de acto administrativo e demais contratos sobre o exercício
poderes públicos;
9- Conclusão
10-Referências bibliográficas
DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito administrativo. 13ª ed. São Paulo: Atlas, 2001.