EDUCAÇÃO
MUSICAL
5.a e 6.a Classes
Manual do Aluno
Texto Editores
Talatona Park, Rua 9 – Fracção A12
Talatona, Samba
Luanda • Angola
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4
Aos professores
5
Entre o ensino especializado da música e a Educação Musical existe uma
inter-relação dialéctica, pois a primeira proporciona os conhecimentos técni-
cos necessários ao músico profissional – para que este os reverta ao público
educado musicalmente – e à direcção do processo pedagógico, já que os
docentes precisam de ter uma preparação técnica adequada para educar os
seus alunos. Por seu lado, da massa educacional nascerá o público sensível
e os futuros profissionais da música.
Em nosso entender, a apreciação musical devia estar incluída no currículo
do ensino geral básico, encontrando alguma relevância na 5ª e 6ª classes,
mas especialmente no ensino médio, dadas as características físicas e psico-
lógicas correspondentes a este nível de escolaridade.
6
Introdução
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A escola é um veículo idóneo para este tipo de actividade, pelas seguintes
razões:
• Acolhe a população mais jovem, pois é mais susceptível de se formar;
• Reúne variadíssimas pessoas de diferentes etnias, o que favorece a edu-
cação sobre o intercâmbio cultural, na base do respeito pela diferença;
• Trata-se de uma organização escolar cuja gestão é uma responsabilidade
do estado;
• Facilita a inclusão de profissionais capacitados para realizar actividades
de pesquisa, aprendizagem e difusão das artes angolanas.
• Ajuda a conceber programas, planos de estudo e actividades que tenham
como objectivo básico ao resgate da cultura nacional;
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1. A ONDA SONORA E SUA PROPAGAÇÃO
9
O eco
10
2. O QUE É A MÚSICA
11
3. AUDIÇÃO EDUCATIVA
O som
O barulho do relógio.
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Por esse motivo mesmo, de olhos fechados, conseguimos distinguir o
piar do passarinho, dos sons do comboio, do tractor ou da vida.
Actividade
13
4. TIMBRES CORPORAIS
Estalar os dedos.
Bater palmas.
Assobiar.
14
O teu corpo é uma fonte sonora muito barulhenta, mas se souberes apro-
veita-o bem e podes transformá-lo num instrumento musical incrível. A tua
voz, por exemplo, permite-lhe falar, gritar, mas também te permite murmurar
e cantar.
Por exemplo, canta uma música deste livro ou outra da tua preferência e
acompanha o ritmo, batendo as palmas e com os pés no chão.
Actividade
1. Experimenta fazer uma sequência de sons, com o teu corpo, para que os
colegas adivinhem que parte do corpo está a produzir som. Por exemplo
estala os dedos, bate com os pés no chão, assobia, bate as palmas,
espirra, etc.
2. Utilizando os sons dos corpos, improvisa um acompanhamento para uma
canção que escolham. Forma um grupo com os teus colegas e diverte-te.
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5. ALTURA DO SOM
Actividade
16
6. MOVIMENTO SONORO
17
Linhas sonoras
18
Actividade
a)
b)
2. Faz três grupos com os teus colegas. Cada grupo deverá interpretar um
dos gráficos de movimentos sonoros com a voz. Não te esqueças de
cantar a primeira nota para dares o tom (para que todos possam come-
çar a cantar na mesma nota).
a)
b)
c)
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7. PAUTA MUSICAL
Como a pauta musical não é suficiente para escrever todas as notas musi-
cais, usam-se as linhas suplementares para escrever as notas ou sons que
não cabem nas cinco linhas e nos quatro espaços.
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Clave
A clave é um símbolo da escrita musical que tem como função dar nome
às notas.
Aprenderemos duas claves, que são:
Se, por outro lado, for substituída cada figura pela pauta respectiva verifi-
car-se-á que existe uma relação semelhante entre elas.
21
Actividade
2. Lê e interpreta a canção.
Actividade
22
Notas musicais
23
8. NOTAÇÃO RÍTMICA
Semibreve
Mínima
Semínima
Colcheia
Semicolcheia
24
As figuras têm um valor de duração que é metade do anterior.
25
A pausa musical
A pausa da mínima:
A pausa da semínima:
A pausa da colcheia:
E a pausa da semicolcheia:
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Identificação de figuras de valor rítmico e respectivas pausas
Esta relação permite ler e entoar frases rítmicas, frases melódicas, can-
ções, etc.
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9. COMPASSO
Quando se ouve uma música, o ritmo mantém-se, mas sente-se uma pul-
sação mais «pesada» em intervalos regulares de duas em duas, de três em
três, de quatro em quatro. A estas maneira de agrupar os tempos chamamos
compasso.
Segundo a ordem das figuras representadas acima, cada figura vale meta-
de do tempo da que se segue. No entanto, qualquer figura pode representar
um tempo, ou seja, pode ser a unidade de tempo.
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Os compassos são representados por uma fracção colocada no princípio
da pauta, depois da clave, e faz-se da seguinte forma:
2 que representa 2
2
2
Por exemplo, ⎯⎯ quer dizer que temos 2 semínimas para cada compasso,
4
ou o valor corresponde a 2 semínimas.
2 3
Os compassos simples mais usados são: binário → ⎯⎯, ternário → ⎯⎯ e qua-
4 4
4
ternário → ⎯⎯.
4
Para se marcar os compassos indicando a divisão dos tempos com o
movimento da mão, segue-se este esquema:
COMPASSO BINÁRIO
O compasso binário representa-se da seguinte forma:
29
COMPASSO TERNÁRIO
O compasso ternário representa-se da seguinte forma:
3
34
3
COMPASSO QUATERNÁRIO
O compasso quaternário representa-se da seguinte forma:
4
30
Classificação de compassos
2 3
1 2 1
1
31
Actividade
44
32
Actividade – Jogo de linguagem
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O cuco na floresta
(Cânone)
Estava na floresta
O cuco a cantar.
Por trás duma giesta
Nós fomos escutar:
Cu – cu, cu – cu, cu – cu, cu – cu, cu – cu (bis)
33
Batem os sinos
3
4
– No ritmo das marcas sente-se uma pulsação mais «pesada» (1.a) e outra
«leve» (2.a). É porque o ritmo das marchas está no compasso binário.
Actividade
1. Compõe uma frase rítmica com quatro compassos, tendo em conta que
cada compasso é preenchido por quatro tempos e cada tempo equivale
a uma semínima. Não te esqueças da barra dupla no final da tua frase
rítmica.
34
10. DURAÇÃO
Ao ouvires um trecho musical podes facilmente notar que uns sons são
mais demorados, que os outros, que há sons longos e sons curtos; a esta
característica se dá o nome de duração.
Se bateres uma vez as palmas, terás um som curto de pouca duração e se
tocares um triangulo obterás um som mais longo que o das palmas (longa
duração).
Actividade
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Acidentes musicais
Sinais de repetição
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11. ANDAMENTO
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Termos italianos que indicam os vários tipos de andamento
Actividade
Moderato
Parabéns a você
Nesta data querida
Ritardando
Muitas felicidades
Muitos anos de vida
Allegro
Hoje é dia de festa
Cantam as nossas almas
Moderato
P’ro/a menino/a _________
Allegreto
Uma salva de palmas
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12. MOTIVO, FRASE MUSICAL E FORMA
Motivo
39
Actividade
Frase musical
No entanto, a maneira como se diz uma frase pode ser muito variável.
Pode variar com a pessoa que a transmite, com o seu estado de espírito no
momento em que fala, com a audiência, etc. Por outro lado, mesmo quando
transmitida da mesma maneira a várias pessoas, a mensagem pode ser
estendida de maneiras diferentes, dependendo de quem a recebe, do estado
de espírito de quem a recebe, da relação quem a pessoa tem com quem
transmite a mensagem, etc.
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Forma
Actividade
1. Abecedário musical.
a) Formam-se grupos de quatro ou cinco alunos.
b) No caderno diário de um aluno de cada grupo escreve-se, em duas
colunas, todas as letras do alfabeto português.
c) Tenta encontrar para cada letra um termo/conceito musical dos que
aprendeste.
d) De seguida, o porta-voz de cada grupo lê a hipótese escolhida para
cada letra, explicando o seu significado.
2. Através da análise auditiva de excertos apresentados pelo professor,
relembra alguns dos conceitos abordados.
a) Timbre: identifica os instrumentos e a família a que pertencem.
b) Dinâmica: faz o esquema dinâmico da obra no teu caderno diário.
c) Altura: identifica a voz do cantor; se soprano, contralto, tenor ou
baixo.
d) Tipo: diz se ouves melodia ou harmonia.
e) Ritmo: identifica o andamento da obra.
f) Forma: diz por quantas frases é composto o excerto.
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13. NOTAÇÃO MUSICAL
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Que significa:
«Para que nós, teus servos,
com clareza e língua desimpedida,
elogiemos o milagre e a força dos teus feitos,
absolve nossos lábios impuros, São João.»
dó = d ré = r mi = m fá = f sol = s lá = l si (ti) = t
d r m f s l t
d, r, m, f, s, l, t,
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As notas uma oitava acima do Dó central distinguem-se pela colocação de
um apóstrofe a seguir a cada nota.
d’ r’ m’ f’ s’ l’ t’
d’
t t’
l l’
s s’
f f’
m m’
r r’
d d’
Actividade
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Actividade
O nosso galo
(Cânone)
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O caracol
Dó – Ré – Mi – Fá – Sol, olha o caracol.
Dó – Ré – Mi – Fá – Sol, deitadinho ao Sol
Dó-Ré-Mi
Dó – Ré – Mi – a Mimi
Mi – Fá – Sol – pelo sol
Fá – Mi – Ré – vai a pé
Mi – Ré – Dó – não tem popó
Do – Ré – Mi – eu comi
Mi – Fá – Sol – um pão mole
Fá – Mi – Ré – quando ia a pé
Mi – Ré – Dó – ter como o Tó!
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Solfejo melódico
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Solfejo rezado
Actividade
O pastorzinho
48
Actividade
1.
a) Identifica o compasso.
b) Quantas mínimas tem?
c) Lê o solfejo lentamente.
3.
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15. ESCALA DIATÓNICA E SEUS GRAUS
A escala diatónica é formada por sete sons ou notas musicais, com a repe-
tição da primeira.
As escalas de sete sons são muito utilizadas na música ocidental, podem
começar por qualquer das notas musicais básicas (Dó, Ré, Mi, Fá, Sol, Lá, Si).
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Modo maior e modo menor
A escala diatónica pode ser caracterizada pela forma como as notas que a
compõem estão ordenadas, ou seja, pelo seu modo. Assim, existem escalas
diatónicas em modo maior e escalas diatónicas em modo menor.
A escala diatónica pode ser caracterizada pela forma como as notas que a
compõem estão ordenadas, ou seja, pelo seu modo. Assim, existem escalas
diatónicas em modo maior e escalas diatónicas em modo menor.
Dó – Ré – Mi – Fá – Sol – Lá – Si – Dó
Notas Dó Ré Mi Fá Sol Lá Si Dó
Se se tocar mais do que uma oitava, está a executar-se uma escala com-
posta.
51
Escala diatónica de modo menor
Notas Lá Si Dó Ré Mi Fá Sol Lá
Grau I II III IV V VI VII VIII
Actividade
52
16. ESCALA PENTATÓNICA
53
17. ALTERAÇÃO TÍMBRICA
Actividade
54
18. REALCE TÍMBRICO
Legato e staccato
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55
No caso do staccato, criam-se pequenos espaços entre as notas, ou seja,
ficam um pouco mais «curtas», tocando-se destacadamente, sem qualquer
ligação umas às outras.
Actividade
Guantanamera
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Yo soy un hombre sincero
De donde crece la palma
Yo soy un hombre sincero
De donde crece la palma
Y antes de morirme quiero
Echar mis versos del alma
Refrão
Mi verso es de un verde claro
Y de un jazmín encendido
Mi verso es de un verde claro
Y de un jazmín encendido
Mi verso es un ciervo herido
Que busca en el monte amparo
Refrão (2 vezes)
Outras estrofes:
Por los pobres de la tierra / Quiero yo mi suerte echar
El arroyo de la sierra / Me complace más que el mar
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Noite Feliz
58
Maboque, malolo, ginguenga
59
19. EDUCAÇÃO VOCAL
Elbo cantando.
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20. CANTO
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Curiosidades
O falsete, técnica de imitação da voz feminina, surgiu, especialmente na
Idade Média, da necessidade de os homens substituírem as vozes das
mulheres nos coros das igrejas. Nestes locais era expressamente proibido às
mulheres participarem musicalmente.
Esta técnica foi também utilizada nas óperas cómicas e é ainda usada
actualmente nas canções populares da Suíça e da Áustria, nas chamadas
canções tirolesas.
Em Veneza, Itália, grande centro musical do Barroco, existiam nesta época
quatro conservatórios de música só para mulheres. Eram os chamados
Ospedali venezianos.
Quem frequentava estas escolas de música eram meninas órfãs, filhas ile-
gítimas e aquelas cujos pais as não podiam educar.
Os Ospedali venezianos davam às suas alunas uma educação exclusiva-
mente musical. Os custos desta formação eram pagos pelo Estado.
O Ospedali della Pietá é o mais famoso e foi onde Vivaldi trabalhou cerca
de trinta anos.
Canto coral
O canto é o som produzido pela voz humana. Por isso é que duas pessoas
diferentes, com vozes diferentes, a cantarem a mesma música podem produ-
zir cantos diferentes.
A emoção com que cada pessoa canta e o estilo musical que adapta tam-
bém podem modificar o canto.
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Actividade
Canto a solo
O cigarro
(17 de Novembro Dia Mundial do Não Fumador)
Ó meu amigo
Deixa o cigarro
E nunca mais terás catarro.
Sê homem livre
Respira bem
Pois o escravo não é ninguém.
Refrão:
O cigarro faz tão mal
A quem fuma e a quem vê
Saia pois já desta sala
E fume lá p´ra você.
Actividade
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Técnica vocal
Uma boa técnica vocal deve ter em conta vários aspectos: a postura corpo-
ral, a respiração, a percepção da emissão da voz e a articulação e dicção
das palavras.
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A principal vantagem numa boa colocação da voz é a perfeita audição do
canto por toda a assistência, o que obriga a um equilíbrio entre a distância a
que o canto é ouvido e a clareza com que é ouvido.
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Actividade
Exercícios de respiração
1. Em pé, coloca-te em frente a um colega e tenta ouvir a sua respiração
(claro que para isso ele tem de forçar o barulho da respiração). Agora
que já o ouves respirar, os dois devem movimentar os braços em círcu-
los e, simultaneamente, devem sorrir um para o outro.
2. Repete o exercício anterior mês desta vez tu e o teu colega devem
estar sentados.
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Canção Dinâmica
1. Canto forte, canto piano
Canto meio-forte, meio-forte canto
Ah ah ah, ô ô ô
Faço desta música o meu encanto.
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21. AVALIAÇÃO FINAL
a)
b)
10. Qual é a propriedade do som que indica a força com que o som é produzido?
13. Indica em numeração romana os graus das seguintes notas numa escala
maior (de Mi):
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16. Diz o significado das seguintes palavras: presto, andante e allegro.
18. Como se chamam os tracinhos que se colocam por cima ou por baixo da
pauta?
21. Diz o nome das notas que são excluídas na escala pentatónica de Dó.
b) Que sinal indica que a nota na notação Tonic Sol-Fa é alta ou baixa?
28. Qual é a diferença entre nota nas linhas e nota nos espaços?
Semínima
Colcheia
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22. OS INSTRUMENTOS MUSICAIS
Cordofones (cordas)
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Aerofones (ar)
Membranofones (membranas)
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Família de percussão
– Bongos
– Pandeireta
– Tambor
– Congas
– Bateria
– Etc.
Tambor. Tarola.
Idiofones
Lamelofones
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– Triângulo
– Sinos
– Metalofones
– Marimba
– Xilofone
– Maracas
– Reco-reco
– Etc.
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Alguns instrumentos musicais de Angola
Percussão – membranofones
Idiofones
Xilofones
Os xilofones são os idiofones mais utilizados
em Angola.
Os xilofones angolanos podem ser divididos
em dois grupos; os xilofones de teclas solas e
os xilofones de teclas fixas, vulgarmente
conhecidos como timbila.
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Maracas, guizos e chocalhos
As maracas, os guizos e os chocalhos fazem
parte do grupo de idiofones que, para produzi-
rem som, devem ser abanados ou sacudidos.
Em geral, são feitos de frutos secos e ocos, que
podem ser cheios de sementes, grãos de areia
ou pedrinhas, embora também possam ser fei-
tos de caules de junco, de folhas de palmeira ou
de casca de coco. Estes instrumentos musicais
podem ser utilizados individualmente ou em
grupo, fixos em paus ou enfiados em cordões, Nzonge.
abanados com as mãos ou atados às pernas.
Saxi
O saxi é um chocalho de mão, com uma técnica de fabrico bastante sim-
ples. É constituído por um pau curto, que atravessa uma massala ou outro
fruto seco e oco, dentro do qual se introduzem sementes ou pedrinhas. Nor-
malmente, são utilizados aos pares, um em cada mão, mas também podem
ser utilizados individualmente.
É um instrumento musical que serve de acompanhamento a muitas dan-
ças, como forma de marcar o ritmo.
Bavugu
Este instrumento musical é constituído por várias fiadas de frutos secos e
ocos, dentro dos quais se colocam sementes ou pedras. Estas fiadas são
atadas às pernas de dançarinos que, ao agitarem os pés para dançar, produ-
zem o som ritmado característico do bavugu.
O bavugu pode ser encontrado em quase todo o País e pode ter inúmeras
designações: em todo o território nacional.
Katchakatcha
Este instrumento musical é uma espécie de maraca de forma cilíndrica, em
cujo interior se colocam pequenas sementes, que marcam o ritmo quando
sacudido.
O katchakatcha produz um som suave, parecido com o som da chuva.
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Lamelofones
Kissange
O kissange é um lamelofone que pode ser
encontrado por todo o país, embora com varia-
ções tanto no nome como na forma. Kissange
é, de facto, um nome comum no Huambo e
Lubango. Na Província da Huíla este instrumen-
to é conhecido por mbira e na Província do
Cunene recebe a designação de sansa, ou
ainda, kalimba quando a boca da cabaça é
coberta por uma pele. Nas províncias de Kuando Kubango, kissange desig-
na-se por mbira, kalimba ou sansa.
Tal como o nome, muito variável de província, também forma deste instru-
mento musical é muito diversificada. O artesão, os materiais de que dispõe
para a execução da caixa de ressonância e das lamelas, a decoração por
que opta, o número de orifícios e o número de lâminas de matais são alguns
dos muitos condicionamentos que originam diferentes kissanges.
Para alem da diferente estrutura que o instrumento pode ter que por si só
já origina diferentes sonoridades, também se utilizam, com frequência, dentro
da caixa de ressonância, chocalhos ou pedrinhas que produzem mais sons e
enriquecem o som do kissange. Alguns kissanges têm argolas nas lâminas
de metais que também transformam o som produzido pelos instrumentos de
esta espécie.
Em qualquer dos casos, a forma de produzir som é invariável, o tocador
dedilha as lâminas com os dois polegares e o indicador da mão direita.
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Membranofone
Material necessário:
• Uma lata sem tampa
• Papel
• Lápis
• Tesoura
• Tinta
• Pincel
• Cola
• Água
• Quatro elásticos (ou fio)
• Um círculo de tecido maior do que a tampa da lata
• Duas canas
• Dois quadrados de tecido com 5 cm de largura
Como fazer:
1 – Limpa a lata muito bem, por dentro e por fora.
2 – Copia vários triângulos para uma folha de papel, recorta-os e pinta-os
de várias cores.
3 – Cola os triângulos na lata.
Se quiseres podes inventar outras formas e colá-las na lata. Se tiveres
tintas próprias para pintar metal, também podes pintar a lata em vez
de colar as formas.
4 – Recorta dois círculos em papel maiores do que a tampa da lata, e colo-
ca-os sobre a abertura da lata.
5 – Por cima das folhas de papel coloca dois elásticos.
6 – O teu tambor está pronto, mas faltam-te as baquetas.
7 – Faz duas bolinhas de papel e espeta uma cana em cada bola.
8 – Coloca os quadradinhos de tecido sobre as bolas e prende-os com um
elástico.
9 – Agora, toca o teu tambor com as baquetas!
Se quiseres podes colocar pedrinhas ou caricas dentro da lata, antes
de prenderes os círculos de tecido e papel com o elástico. O som fica
mais engraçado, não fica?
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23. BREVE HISTÓRIA DA MÚSICA
A Pré-História
Dada a grande distância que nos separa dos nossos antepassados da Pré-
-História e a quase ausência de registos ou documentos, surgem várias opi-
niões acerca da origem da Música.
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A Antiguidade
Na Antiguidade, a música era vista como uma dádiva de Deus (dos deu-
ses) e os músicos como alguém a quem um/o deus atribuíra um dom espe-
cial. Tocavam ou cantavam sempre em louvor. Por tudo isto os músicos eram
uma classe muito respeitada e bem vista nesta época, tendo um estatuto pri-
vilegiado.
Antiguidade Oriental
79
A Esfinge. Pirâmides.
80
Tal como na Pré-História, todas as cerimónias e festas eram acompanha-
das por música. Assim, ela ganha grande importância ao nível social, fazen-
do parte da formação dos cidadãos das cidades. Até à Idade Média tem um
papel de ritual, não é considerada como arte.
Toda a informação que temos hoje em dia sobre este período da História
da Música chega-nos através da análise de textos, pinturas e de alguns ins-
trumentos encontrados em túmulos.
Antiguidade greco-romana
Grécia. Roma.
A Grécia, uma das três grandes penínsulas da Europa, foi muito importan-
te no desenvolvimento artístico da história da civilização, sobretudo para a
música ocidental.
A música grega é essencialmente vocal, embora acompanhada por instru-
mentos como a cítara, a lira, diversos tipos de flautas e também alguns ins-
trumentos de percussão. É com os Gregos que surge o primeiro órgão.
A música tem uma função religiosa e social, fazendo parte da vida das
comunidades.
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O coro, onde todos cantavam, mais velhos e mais novos, era uma forma de
participação social. Na religião é o ponto de união de todos os fiéis e nas fes-
tas é o símbolo da unidade política e espiritual. Em todas as manifestações
religiosas, cortejos e festas profanas (não religiosas) havia música.
Nesta época viveram grandes poetas, estudiosos e filósofos, como Home-
ro, Platão e Pitágoras, que também era músico.
Roma, actual capital da Itália, era nesta altura o centro do Império Romano
e teve grande importância em termos militares, sociais e políticos.
Cerca de 500 anos a.C., os romanos conquistam a Grécia, assimilando
alguns aspectos da cultura grega. É de salientar que os grandes mestres
desta época são dessa origem.
A música romana vai evoluindo ao longo dos tempos e passa a exaltar os
feitos militares. Utilizam instrumentos de grande potência sonora (tuba, trom-
pa, órgão, etc.) para acompanhar os combates dos gladiadores.
A música não era de elites, sendo culti-
vada por todas as classes sociais. Havia
grupos instrumentais e corais. No entanto,
os romanos davam preferência aos instru-
mentos de sopro. Os grandes senhores
tinham as suas orquestras privativas e as
senhoras da alta sociedade aprendiam
música com grandes intérpretes.
Actividade
82
Idade Média
Classicismo
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Podemos dizer que a música neste período é essencialmente instrumental
e expressiva dada a grande variedade de timbres. Os compositores utilizam
frases musicais muito claras. Começa a utilizar-se o piano como solista com
orquestra.
A capital da música passa agora a ser Viena (Áustria), onde viveram gran-
des compositores como Mozart e Haydn. Era uma cidade em que existia
música em todo o lado: nas adegas, pátios, praças, palácios dos nobres,
igrejas... No dia-a-dia dos vienenses a musica estava sempre presente, de
manhã à noite. Não havia nenhum tipo de música que fosse considerado de
menor qualidade, ouvindo-se toda a variedade de estilos que existiam na
época.
O Classicismo foi muito produtivo em termos musicais e na quantidade de
obras compostas nessa altura (ainda bastante executadas e ouvidas actual-
mente).
Leopold Mozart teve sete filhos, dos quais apenas, dois sobreviveram –
Maria Anna e Wolfgang. Ambos foram alunos do próprio pai. Maria Anna era
uma boa cravista e cantora.
Leopold teve que pôr a sua carreira um pouco de lado para poder ensinar
e apoiar os seus filhos. Os três juntos efectuaram diversas viagens por toda a
Europa.
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Pensa-se até que o esforço despendido por W. A. Mozart, nestas digres-
sões tenha contribuído bastante para a sua morte prematura, dado que a sua
saúde já era muito débil.
Por outro lado, estas viagens foram muito importantes para o seu desen-
volvimento cultural e musical, visto que lhe proporcionaram o conhecimento e
o contacto com muitos outros músicos de vários países.
Wolfgang começou a compor e a tocar cravo aos quatro anos, tendo tam-
bém aprendido órgão e violino. Com apenas seis anos de idade já tocava em
publico.
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Nesta época qualquer músico estava ao serviço ou da Igreja corte. W. A.
Mozart não gostava de estar a trabalhar ao serviço de ninguém, porque se
sentia limitado em termos de produção artística. Tinha que estar sujeito ao
gosto e a vontade de quem lhe pagava, não podendo, por isso, criar a sua
música.
Trabalhou sempre por conta própria, e que constitui grande inovação para
época.
Durante os últimos anos da sua vida, W. A. Mozart sentiu-se plenamente
realizado como homem e como artista. Mas esta liberdade e independência
de qualquer «patrão» levou-o a enfrentar grandes dificuldades financeiras.
Para poder sustentar a família (mulher e seis filhos), trabalhou demasiado. Só
no último ano da sua vida compôs cerca de 30 obras.
W.A. Mozart foi admirado por todos, incluindo a sua relação com o povo.
Haydn, compositor seu contemporâneo, disse sobre Mozart: «Mozart é o
maior de todos os compositores que conheço» e Rossini, compositor que
viveu cerca de 50 anos mais tarde: «Mozart é único».
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Aos oito anos foi viver para Viena, onde se tornou menino do coro de
Santo Estêvão e fez os seus estudos musicais.
Com a mudança de voz foi despedido do coro, ficando só e sem dinheiro
em Viena.
Para sobreviver começa a dar aulas, a tocar órgão nas igrejas e violino em
bailes e serenatas. Continua a compor e a aprofundar os seus conhecimen-
tos sobre composição, mas agora sozinho.
Era Haydn que compunha toda a música para as festas e recepções que
se realizavam nas residências da família Esterházy. Ele dispunha de bons
cantores e instrumentistas que interpretavam as suas obras. Todos o admira-
vam, tendo conquistado fama internacional.
Haydn vivia feliz, bem disposto e tinha um espírito jovial. A alegria que a
sua música de igreja transmitia é justificada pelo seu grande amor à vida e
pela sua gratidão para com Deus pela felicidade de viver.
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Romantismo (c. 1820 – c. 1900)
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SCHUBERT (1797 – 1828)
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24. GLOSSÁRIO DE CONCEITOS MUSICAIS
A
Acentuação – Ênfase dada à nota, acorde ou frase musical.
Acidente (ou alteração) – Sinal que indica modificação (subida ou descida) da altura
do som da nota afectada. Os acidentes mais comuns são: o sustenido, o bemol e o
bequadro.
Acidente fixo – Acidente que se mantém ao longo de uma peça musical, fazendo parte
da armação de clave da tonalidade que serve de base à peça.
Acidente ocorrente – Acidente que surge ocasionalmente numa peça musical, não
fazendo parte da armação de clave que serve de base à peça.
Acorde – Conjunto de três ou mais notas organizadas em intervalos de 3a. A tónica ou
fundamental, a nota mais grave, dá o nome de acorde.
Aerofones – Grupo de instrumentos musicais que produzem sons por utilização do ar
como principal factor de vibração.
Alteração – O mesmo que acidente.
Alternância de compassos simples – A acentuação de uma peça musical pode estar
organizada em compassos: binário, ternário ou quaternário. No entanto, é possível
numa mesma peça musical haver alternância entre estes compassos, com a finalidade
de obter diferentes acentuações.
Alteração de perfil sonoro – A propagação do som através de ondas não é constante
porque tem três momentos distintos: o ataque, o corpo e queda. O conjunto destes três
momentos denomina-se perfil sonoro.
Alteração dinâmica – As alterações de dinâmica servem para enriquecer uma música ou
parte dela. Estas alterações são representadas na pauta musical através de vocábulos
específicos, normalmente escritos em italiano.
Alteração tímbrica – Obtenção de diferentes sonoridades com os instrumentos utiliza-
dos. Um guitarrista utiliza a palheta para produzir o som de diferentes formas, provo-
cando uma alteração tímbrica; um violinista utiliza diferentes técnicas com o arco para
obter outras sonoridades.
Andamento – Velocidade da pulsação de uma peça musical.
Armação de clave – Sinais de acidentes, sustenidos ou bemóis, que se colocam no início
da pauta musical, logo a seguir à clave, e que indicam quais as notas que devem ser
alteradas ao longo de uma peça musical.
B
Bemol – Desce meio-tom a uma nota, na pauta. Aí deve colocar-se atrás da nota que se
pretende alterar.
Bequadro – Desfaz o acidente provocado pelo sustenido ou pelo bemol.
90
C
Cânone – Forma de composição por imitação, ou repetição, de uma melodia mesmo
antes de ela acabar.
Cantar – Executar um trecho musical com a voz ou forma de expressão por meio do
canto.
Canto – Som produzido pela voz humana.
Clave – Sinal de escrita musical que permite fixar a altura e o nome de cada nota na
pauta.
Coda – Secção acrescentada no final de uma peça ou andamento para dar ênfase à con-
clusão.
Compasso – Divisão do tempo em partes iguais. O compasso é indicado no começo de
cada peça.
Compasso composto – O compasso composto deriva do compasso simples e divide-se
em outros compassos de base binária.
Compassos mistos – Os compassos mistos têm como finalidade proporcionar acentua-
ções rítmicas diferentes. Obtém-se um compasso misto, somando dois ou mais com-
passos diferentes.
Composição musical – Peça musical resultante de um acto criativo individual e delibera-
do. O termo não se aplica a melodias populares ou a peças musicais que não sejam
totalmente originais.
Contratempo – Entrada sobre um tempo fraco no compasso. Ver síncopa.
Cordofones – Instrumentos musicais que produzem som através de uma corda esticada
de um ponto a outro.
D
Densidade sonora – A densidade sonora e o seu efeito dependem da intensidade e do
número de instrumentos que executam em simultâneo, uma peça musical ou parte
desta. Por exemplo, o som produzido por um quarteto de clarinetes é menos denso que
o som produzido por uma grande banda de jazz.
Dinâmica – Graduação de volume na música.
E
Entoação – Acto de cantar ou tocar afinado.
Escala composta – Escala musical com mais do que uma oitava.
Escala cromática – Sucessão sequencial de 12 tons, com intervalos de meio-tom entre
eles.
91
Escala diatónica – Sucessão sequencial de tons e meios-tons por graus conjuntos. É
uma sucessão de sete notas com a repetição da primeira. O que diferencia uma escala
do modo maior de uma escala do modo menor é a diferente conjugação de intervalos
que existe entre os seus graus.
Escala modelo – Designação atribuída à escala diatónica natural do Dó.
Escala musical – Sucessão sequencial de notas musicais, no sentido ascendente ou
descendente.
Escala pentatónica – Escala musical com cinco notas, muito utilizada na música tradicio-
nal de várias culturas.
Escala simples – Escala musical com uma única oitava.
Expressividade através da selecção tímbrica – No processo de criação/ composição é
o recurso a materiais ou ideias que necessitam de serem caracterizadas e contextua-
lizadas. Este processo ficará completo se a expressividade, aliada a uma criteriosa
selecção tímbrica (escolha dos timbres adequado), origina uma expressividade tím-
brica.
F
Fermata – É um sinal indicado por uma linha curva com um ponto que, colocado acima
ou abaixo de uma nota, prolonga a sua duração. Não tem valor determinado, depen-
dendo da interpretação do músico, podendo por isto, ser curta ou longa.
Figura de valor rítmico – Símbolo que representa a duração de uma nota musical.
Figura elementar – O mesmo que figura de valor rítmico.
Fonte sonora – Tudo o produz som, natural ou humanizado.
Forma – Organização de todas as ideias e de todo o material musical que dá sentido a
uma peça musical.
Forma binária (AB) – Classificação aplicada a uma peça musical com duas secções dis-
tintas: uma secção A e uma secção B.
Forma ternária (ABA) – Classificação aplicada a uma peça musical com três secções:
uma secção A, seguida de uma secção B, voltando novamente a aparecer a secção A.
Frase musical – Secções em que se divide naturalmente uma obra musical, à semelhan-
ça do que se passa na expressão literária.
G
Grau – Classificação de uma nota em relação à sua posição na escala.
Graus conjuntos – Graus contíguos ou que se seguem (Dó-Ré-Mi, Mi-Fá; Fá-Sol; Sol-Lá;
Lá-Si).
92
H
Harmonia – Combinação simultânea de sons.
Harmonia tímbrica – Traduz-se no efeito sonoro provocado pela fusão de dois ou mais
timbres semelhantes.
I
Idiofones – Instrumentos musicais que produzem som através da sua própria essência,
ou seja, cujo elemento vibratório é o próprio corpo do instrumento.
Improvisação – Criação ou execução musical de acordo com a inspiração do momento.
Instrumentos preparados – A maioria dos instrumentos musicais não permite grandes
variações a nível do timbre. Para as obtermos, realizam-se pequenas transformações,
nos instrumentos musicais. Colocar folhas de papel em cima das cordas de um piano,
põe exemplo, provocam uma estranha ressonância, alterando o timbre original.
Interlúdio – É uma passagem instrumental entre duas secções.
Intervalo – Distância de altura entre duas notas.
Intervalo harmónico – É aquele cujas notas são executadas em simultâneo.
Intervalo melódico – É aquele cujas notas são executadas sucessivamente.
Introdução – É uma pequena secção que dá início a uma peça.
L
Legato – Técnica que permite executar duas ou mais notas consecutivas sem interrupção
de som entre elas. Para representar o legato utiliza-se uma linha curva denominada
ligadura de expressão.
Ligadura – Sinal gráfico curvilíneo que indica que o grupo de notas deve ser executado
de um só fôlego, ou seja, determina que o grupo de notas por ele abrangido seja toca-
do ou cantado sem interrupção de som. Emprega-se também para obter um som cuja
duração seja a soma da duração de duas notas iguais.
M
Manipulação de timbres – Utilizando um sintetizador ou um computador com software
adequado, é possível produzir, emitir e modificar timbres.
Melodia – Sucessão de notas variáveis em altura que exprimem a ideia musical.
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Membranofones – Instrumentos musicais que produzem som pela vibração de membra-
nas esticadas.
Modificação electrónica da altura do som – A altura é a propriedade do som que, per-
mite distinguir os registos sonoros: agudo, médio e grave. É possível modificar electroni-
camente a altura do som, utilizando um sampler.
Modo – Maneira de ordenar as notas de uma escala maior ou menor.
Modo maior – Na escala diatónica de Dó maior, os intervalos do meio-tom encontram-se
do III para o IV grau e do VII para o VIII grau.
Modo menor – Na escala diatónica de Lá menor (Lá m), os intervalos de meio-tom
encontram-se do II para o III grau e do V para o VI grau.
Monorritmia – Existe monorritmia quando todas as vozes de uma peça musical estão a
realizar o mesmo ritmo em simultâneo.
Motivo – É a unidade rítmica e melódica mais pequena de uma composição musical.
Movimento sonoro – Forma como o som se move ao longo do tempo.
N
Neuma – Sinal utilizado na notação musical medieval que indica, muito levemente, a
altura dos sons.
Notação musical – Sistema convencional de escrita gráfica da música.
P
Pausa – Silêncio musical.
Pauta musical – o mesmo que pentagrama.
Pentagrama – Conjunto de 5 linhas horizontais paralelas e de 4 espaços onde se escre-
vem as notas musicais.
Polirritmia – Ocorrência simultânea e sistemática de diversos ritmos numa peça musical.
Pontilhismo – Construção de uma melodia em que pequenas partes dessa mesma melo-
dia são distribuídas por diversos instrumentos.
Ponto de aumentação – Sinal gráfico que se coloca à frente de uma nota e que lhe
acrescenta metade da sua duração.
Pulsação – Movimento regular e organizado.
94
Q
Quadratura – Princípio que estabelece a simetria da frase musical pela divisão desta em
partes iguais.
Quatro sons numa pulsação – A divisão de um som com a duração de uma pulsação
em quatro partes iguais terás como resultado quatro semicolcheias.
R
Ritmo – Distribuição das notas no tempo e sua acentuação.
Ritmos mecânicos – Conjunto de ritmos produzidos e manipulados por instrumentos
electrónicos.
Ritmos pontuados – Conjunto de figuras rítmicas que utilizam o ponto de aumentação
como padrão.
Rondó – É uma forma de organização de uma peça musical em que uma secção (A)
alterna com outras secções contrastantes (B, C, D).
S
Sforzando – Este sinal indica que a nota deverá ser interpretada com força.
Simultaneidade de duas ou mais melodias – Sobreposição de várias melodias diferen-
tes executadas em simultâneo. O mesmo pode acontecer em relação a um coro quando
os sopranos, os contraltos, os tenores e os baixos cantam várias melodias ao mesmo
tempo.
Sinal de repetição – Sinal gráfico que indica a necessidade de repetir um determinado
trecho ou frase musical.
Síncopa – Processo utilizado pelos compositores para variar a colocação das acentua-
ções rítmicas, bem como para evitar um efeito de excessiva regularidade rítmica. Esta
última é conseguida acentuando um tempo fraco em vez de um tempo forte. É uma
célula rítmica utilizada para realçar e acentuar uma nota (ou acorde) num tempo fraco e
prolongá-la no tempo forte e compasso.
Sistema de notação Tonic Sol-Fa – Sistema de notação musical que consiste em trans-
por para qualquer tonalidade os sete monossílabos da escala natural (Dó, Ré, Mi, Fá,
Sol, Lá, Si).
Solfejo – Forma de leitura musical à primeira vista usando os nomes das notas. O termo
também se aplica a uma técnica de estudo de música. O solfejo pode ser melódico ou
rezado.
Som – Resultado das vibrações de uma fonte sonora que se transmitem em forma de
onda. O som é constituído por quatro elementos: timbre, intensidade, altura e duração.
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Staccato – Técnica que permite destacar uma ou mais notas diminuindo a sua duração.
Representa-se o staccato colocando um ponto por cima ou por baixo da nota que se
pretende destacar.
Sustenido – Sinal de acidente que sobe meio-tom a uma nota, na pauta. Aí deve colocar-
se atrás da nota que se pretende alterar.
T
Técnica vocal – Forma de treino vocal que permite conhecer e melhorar o som produzido
pela voz humana, ou seja, o canto.
Tenuto – Este sinal, quando colocado debaixo de uma nota, indica que esta deverá ser
sustentada até ao final do seu valor com a mesma dinâmica.
Tercina – É constituída por um grupo de três figuras de igual valor que perfazem uma pul-
sação.
Timbre – É o que permite distinguir as sonoridades dos vários instrumentos musicais ou
vozes.
Tom ou tonalidade – Observância de uma escala como base de uma composição musi-
cal. Na interpretação vocal é ajustada à voz do intérprete.
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