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Introdução ......................................................................................................................... 2
Conceitos ...................................................................................................................... 3
Orçamento doméstico................................................................................................ 9
Conclusão ....................................................................................................................... 14
Referências ..................................................................................................................... 15
Introdução
O presente tema ira debruçar-se sobre a teoria do orçamento, onde o orçamento é a parte
de um plano financeiro estratégico que compreende a previsão de receitas e despesas
futuras para a administração de determinado exercício (período de tempo); abordar-se-á
sobre conceitos chaves do tema, forma como é estruturado, as funções do orçamento, os
tipos de orçamentos, a importância, e aspectos referentes a sua natureza.
Referencial histórico
Noções Gerais
Segundo Prof. Dr. Sousa Franco (1980:31), a teoria de orçamento foi elaborada,
sobretudo durante o liberalismo e se liga intimamente aos objectivos inspiradores da
democracia liberal: proteção dos particulares contra o crescimento estadual e os acessos
do estrabismo. Este movimento foi generalizando ao longo da idade média, sofrendo um
recuo, a partir do século XVI, com o absolutismo monárquico.
Foi nomeadamente na Inglaterra que, após as revoluções liberais do século XVII, que se
foi desenhando a instituição orçamental, que, no entanto, teria uma consagração mais
exata particularmente no que diz respeito aos aspectos de autorização política, na França
(Revolução Francesa) e nos Estados Unidos.
Com efeito, a partir de 1997 tem se vindo a desenvolver esforços de modernização nas
áreas do orçamento do Estado, imposto indiretos, alfândegas, entre outras, o objectivo de
melhorar o sistema de programação e execução orçamental, harmonizar o sistema dos
impostos indiretos e a pauta aduaneira com os sistemas vigentes nos países da região em
que Moçambique se insere e delinear circuitos de registo na área de contabilidade pública
visando torna-los mais eficientes, eficazes e transparentes.
Conceitos
A. Referências preliminares
O Orçamento pode ser considerado sob a visão de três teorias. A primeira define o
Orçamento como sendo sempre uma lei, a segunda pressupõe que o Orçamento é
composto de actos administrativos em algumas de suas partes e em outras é composto por
lei e a terceira teoria coloca o Orçamento com características de uma lei, porém sua
essência é outra.
Com isso, pode-se afirmar que é no Orçamento Público que se traduzem as medidas
governamentais de carácter político-económico tomadas pelo Estado representadas pela
intervenção estatal na economia, comprando, vendendo, tributando ou subsidiando ou,
indirectamente, regulamentando ou fornecendo algum tipo de infraestrutura.
Seria ingenuidade acreditar que o baile de pressões não se vai repetir em cada ano, e que
os lobbies não vão deixar de se articular para defender seu quinhão e que a aprovação do
Parlamento sobre oque julgam prioritário é indiferente.
Portanto, a administração pública deve ser observada como o ponto central de um campo
de pressão de interesse na elaboração de uma política orçamental.
B. Noção do Orçamento
O Estado tem que prever as despesas em função das necessidades a satisfazer e com base
nelas, programar as receitas a cobrar. Há, pois, que fazer o cálculo antecipado das
despesas e das receitas.
Esta é a noção do Orçamento, que deve ser entendido como um documento no qual estão
previstas as receitas a arrecadar e fixadas as despesas a efectuar, num determinado ano
económico, visando a prossecução da política financeira do Estado.
Será uma previsão, em princípio, fixada pelo mínimo desejável, em relação às receitas; e
é um verdadeiro limite (teto máximo) e condição, quando se trate de despesas.
Aqui chegados, vê-se que, em bom rigor, o Orçamento do Estado é e deve ser mais do
que a definição atrás exposta esclarece. Vale a pena, pois, avançar por uma que julgamos
mais completa que nos põe o Orçamento do Estado como uma previsão, em regra anual,
que fixa as despesas a realizar pelo Estado, as receitas para a sua cobertura e incorpora a
autorização e os limites do exercício dos poderes financeiros pela Administração”.
Receitas Públicas - São meios económicos obtidos pelo estado e depois usados para a
satisfação das necessidades públicas.
Conta Geral do Estado - a conta geral do estado tem por objecto evidenciar a execução
orçamental e financeira, bem como apresentar o resultado do exercício e avaliação do
desempenho dos órgãos do Estado, art. 45 da Lei 9/2002 de 12/02.
Os bens públicos distinguem-se dos bens privados por não poderem ser fornecidos por
meio de um sistema de mercado, com transacções entre consumidores individuais e
fornecedores.
São dois os elementos que distinguem os bens públicos dos bens privados: (a) é a sua
característica de não exaustão ou não rivalidade, ou seja, o consumo dos bens públicos
por um indivíduo não diminui o montante de bens disponíveis para os outros consumirem
e (b) é a não exclusão, ou seja, não há como excluir os não pagantes, impedindo-os de
utilizarem o bem.
Isto significa que o fornecedor não terá meios para estabelecer um preço, uma vez que os
não pagantes poderão usufruir do bem de qualquer forma. Alguns bens possuem uma das
características dos bens públicos, mas não ambas, ocupando uma posição intermediária
entre os bens públicos e privados. Nem sempre o fornecimento de bens públicos implica
a sua produção pelo Estado, podendo também ser efectuada pelo sector privado, mas
financiada pelo Orçamento Público.
Para obter um resultado mais satisfatório na aplicação dos recursos públicos que custeiam
os programas e actividades governamentais são utilizadas um conjunto de técnicas.
destinadas a proporcionar maior eficiência à previsão e à classificação dos dispêndios
públicos e sua distribuição por períodos determinados. Daí vem a evolução da técnica e
metodologia orçamental pública, evolução que acompanhou o desenvolvimento dos
demais mecanismos utilizados pelo Estado nas actividades financeiras.
"O orçamento é o quadro geral básico de toda actividade financeira, na medida em que
através dele se procura regular a utilização que é dada aos dinheiros públicos. Nem toda
actividade financeira, no entanto, se cinge a execução orçamental, nomeadamente nos
Estados modernos”. As duas principais zonas que pode ser indicada como escapando à
disciplina orçamental são:
Actividade Patrimonial do Estado - O Estado tem um património que tem que ser gerido
através de um conjunto de operações. Esta zona da actividade financeira, que se relaciona
com os elementos permanentes e duradouros, não se prende propriamente com a gestão
dos dinheiros públicos, a entrada e saída de fundos durante o ano que o orçamento
pretende disciplinar. As operações que o Estado pratica em relação aos seus bens (ativo
patrimonial) ou as dívidas e responsabilidades que os oneram (passivo patrimonial), são
as operações patrimoniais, e nada têm a ver com o orçamento, embora tenham reflexos
sobre o orçamento.
Tipos de orçamento
Embora o princípio geral seja o mesmo, as diferentes categorias de orçamento podem
assumir características próprias, que permitem manter o foco na missão definida. Para
facilitar, vamos falar sobre quatro delas.
Orçamento empresarial
Entre os tipos de orçamento, o empresarial costuma ser o mais complexo. Geralmente
pensado para o período de um ano, ele pode ser fracionado em meses, o que permite
realizar um acompanhamento mais próximo.
Orçamento pessoal
A ideia do orçamento pessoal é a mesma, mas aqui o foco é você e a sua relação com o
dinheiro. Ou seja, o planejamento é feito considerando a sua renda e os seus gastos,
sempre de olho nos objetivos definidos.
A boa notícia é que se manter dentro das estimativas e dos prazos só depende de você, o
que permite um nível de comprometimento muito maior. Por outro lado, é necessário se
policiar: se o plano para que as metas sejam atingidas não for levado a sério, os seus
sonhos ficam mais distantes.
Orçamento doméstico
O orçamento doméstico tem o foco específico nos gastos que estão relacionados ao lar e
tudo aquilo que ele precisa para funcionar bem. Um dos aspectos principais é a
alimentação, responsável por consumir boa parte dos recursos. A principal dificuldade
aqui é convencer todos os envolvidos a se engajarem na causa, quando existem outras
partes implicadas.
Orçamento familiar
Já o orçamento familiar é um pouco mais amplo e inclui não apenas a organização do dia
a dia doméstico, mas também daqueles objetivos de longo prazo que mobilizam toda a
família. Pode ser a faculdade de um dos filhos ou aquela viagem dos sonhos.
O Orçamento Geral do Estado distingue-se, assim, de algumas outras figuras afins dos
orçamentos das pessoas privadas, da conta do Estado, do Balanço do Estado e do Plano
Económico global do Estado.
Funções do Orçamento
A. Funções Económicas
O orçamento é uma autorização política que visa conseguir duas ordens de efeito:
D. Função administrativa
Deve já deixar-se uma nota leve sobre a diferença sobre Lei Orgânica do Orçamento
contida no SISTAFE5" e na Lei n° 15/97, de 10 de julho, e a Lei do Orçamento do Estado
que é anual e elaborada em estrita obediência à Lei Orgânica do Orçamento.
E. Função financeira
No plano financeiro, o Orçamento sistematiza o fluxo de ingressos e desembolsos do
Poder público. Significando a concretização do recolhimento das receitas do Estado e
utilização destas para o pagamento dos compromissos assumidos.
F. Função técnica
Sob o ponto de vista técnico, o Orçamento refere-se à síntese de todos os aspectos, sendo
um procedimento que envolve regras práticas e que assegura a realização de determinados
fins, sistematizando por meio de um documento contabilístico a classificação clara,
metódica e racional das receitas e despesas do Estado.
Realidades semelhantes
Há realidades que importa distinguir de Orçamento por, dada a proximidade com ele
poderem confundir-se, tais como a Conta do Estado, o Orçamento das pessoas privadas,
o plano económico e os Orçamentos administrativos.
a) Conta do Estado
A Conta do Estado, que é um registo ex-post da execução orçamental, difere do
Orçamento pelo elemento temporal: a Conta é um registo de factos passados reportando
o modo de execução do Orçamento; diferentemente, o Orçamento, como já se disse, é
uma previsão.
b) Balanço do Estado
O Balanço avalia e confronta o activo e o passivo do Estado, num determinado momento,
de forma a apurar a sua situação patrimonial. Temos a diferenciá-lo do Orçamento o
elemento temporal e o objecto.
e) Orçamentos Administrativos
Importância do orçamento
A importância de organizar um orçamento está em ser mais vigilante com o seu dinheiro,
prestando atenção aos detalhes. Você sabe dizer, por exemplo, qual é a sua renda depois
de descontados todos os impostos ou quanto gasta em um mês?
Essas são informações básicas para construir e manter uma previsão orçamentária, mas
que muitas pessoas e empresas ignoram. Com esse instrumento, você consegue agir com
base nos seus objetivos, independentemente de quais forem – basta que, para a sua
realização, seja necessário utilizar recursos financeiros.
Seria uma lei em sentido material pois considera-se uma norma inovadora.
Os que não concordam com a sua qualificação como lei em sentido material sustentam
que não passa de uma autorização ao Governo para realizar despesas e cobrar receitas.
Não se entende que seja uma verdadeira lei pois não fixa regras gerais e permanentes.
c) Acto Administrativo
d) Acto-condição
Entende-se que, tendo em vista as despesas, pode ser um acto administrativo; em relação
às receitas tributárias pode ser acto-condição.
A nossa posição
A Lei do Orçamento contém matéria inovadora e de conteúdo injuntivo que é incindível
da parte que pode ser considerada um simples plano de gestão financeira, sem norma
jurídica que contenha ordem ou uma proibição.
Está igualmente claro que o Orçamento não é um simples acto político, que é uma lei em
sentido formal sendo que do seu desrespeito há penalidades previstas em lei
enquadradora.
Conclusão
Dado o exposto compreende-se que orçamento é um valioso instrumento de planejamento
e controle das operações da empresa, qualquer que seja seu ramo de atividade, natureza
ou porte. Estabelece, da forma mais precisa possível, como se espera que transcorram os
negócios da empresa, geralmente num prazo mínimo de um ano, proporcionando uma
visão bem aproximada da situação futura.
Referências
Lda, O. G. (04 de 12 de 2021). Onze. Obtido de Onze Gestora de Investimentos:
https://www.onze.com.br/blog/orcamento-o-que-e-tipos-e-como-elaborar-o-seu/