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Para te auxiliar na tarefa, preparei este e-book com tudo que você precisa saber sobre
a declaração dos seus investimentos, contemplando as principais situações e dúvidas
que possam surgir.
E lembre-se: mesmo um prazo maior para declarar, não se deixe levar pelo turbilhão
de acontecimentos recentes, para não deixar para a última hora ou até acabar se
esquecendo de entregar a declaração.
Quanto antes você se livrar dessa obrigação, mais cedo você recebe a sua restituição.
Além disso, você terá mais tempo de esclarecer todas as dúvidas que possam surgir no
processo e evitará erros e omissões que possam te levar à malha fina.
Espero que este conteúdo seja útil. Caso você tenha dúvidas sobre outras questões
relacionadas à declaração de IR deste ano, e não apenas sobre investimentos, nós
disponibilizamos uma série de reportagens na página seudinheiro.com/imposto-de-
renda-2020.
Julia Wiltgen
Repórter do Seu Dinheiro
Índice
Página
04 Quem precisa entregar a declaração de
IR 2020
Página
06 Os informes de rendimentos para
declarar investimentos
07 - Informes de rendimentos financeiros
08 - Comprovantes de aluguel
Página
10 Como declarar os seus investimentos
11 - Poupança e conta-corrente
13 - COE
13 - Fundos de investimento
15 - Previdência Privada
24 - Opções
35 - Criptomoedas
Quem precisa declarar o
IR 2020
Ficam obrigados a entregar a Declaração de Ajuste Anual do Imposto de Renda
2020 os contribuintes que, no ano-calendário de 2019:
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• Pretendam compensar, no ano-calendário de 2019 ou posteriores,
prejuízos com atividade rural de anos-calendários anteriores ou do próprio
ano-calendário de 2019.
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Os informes de
rendimentos para declarar
investimentos
O primeiro passo para declarar o imposto de renda é reunir os documentos e
comprovantes necessários. Eles têm basicamente duas funções: ajudar você
a preencher a sua declaração e comprovar rendimentos, dívidas e gastos
dedutíveis perante a Receita Federal.
Caso a declaração caia na malha fina e só seja processada no ano que vem, a
contagem começa em 1º de janeiro de 2022.
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Caso você deixe de receber algum deles, entre em contato com a instituição
responsável por emiti-lo. Se, após os contatos, o problema não tiver sido
resolvido, é possível fazer uma denúncia à Receita Federal, pois a instituição
está sujeita a multa.
Entretanto, é bom ter em mente que nem todas as situações que precisam ser
declaradas constarão em informes de rendimentos.
Nesses casos, é o próprio investidor que deve manter controle das operações e
das suas movimentações bancárias, que também servem de comprovação junto
à Receita, se necessário.
No caso dos bancos, também podem ser obtidos no caixa eletrônico ou então
na boca do caixa.
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Quem tiver encerrado o vínculo com uma instituição financeira em 2019 deverá
comparecer à agência (no caso dos bancos) ou entrar em contato por outros
meios para obter o informe de rendimentos do período em que ainda era
cliente.
Ações e fundos imobiliários não precisam constar nesses informes. No caso das
ações, as próprias empresas emissoras dos papéis disponibilizam, no seu site
de Relações com Investidores, o informe contendo os proventos pagos no ano
(como dividendos e Juros sobre Capital Próprio).
Neste último caso, o investidor deve manter seu próprio controle, calcular
ganhos e prejuízos e recolher o imposto de renda sobre os ganhos quando
for o caso. Para auxiliar nessa tarefa, pode solicitar à corretora as suas notas
de corretagem. Na época do ajuste anual, basta lançar os valores apurados ao
longo do ano na declaração.
Comprovantes de aluguel
Aluguéis pagos e recebidos precisam ser declarados, mas nem sempre os
documentos para declarar imposto de renda são informes de rendimentos,
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recibos ou notas fiscais.
Caso haja a intermediação de uma imobiliária, pode até ser que ela forneça
um histórico dos aluguéis pagos no ano. Mas este documento serve apenas
como referência. Não chega a se tratar de um informe de rendimentos, nem é
obrigatório.
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Como declarar os seus
investimentos
Contas-correntes, contas-poupança e aplicações financeiras, no Brasil ou no
exterior, devem ser declarados como bens na ficha de Bens e Direitos, desde
que seu saldo unitário em 31 de dezembro de 2019 tenha sido superior a
R$ 140. Exceção para alguns planos de previdência privada, que não devem
aparecer nesta ficha.
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Poupança e conta-corrente
Saldo
Informe os saldos na ficha de Bens e Direitos sob os códigos 61, para contas-
correntes no Brasil; 62, para contas-correntes no exterior; e 41, para cadernetas
de poupança.
Fique atento ao seu informe de rendimentos, pois alguns bancos fazem uma
aplicação automática dos saldos em conta-corrente, que recebe uma pequena
remuneração.
Esses saldos não devem ser declarados como conta-corrente, mas sim como
as respectivas aplicações financeiras. Em geral, as aplicações automáticas são
feitas em CDB e RDB, devendo ser informadas na ficha de Bens e Direitos sob o
código 45.
Rendimentos
Os rendimentos dessas aplicações geralmente são tributados na fonte, ou seja,
não são isentos. Então, precisam ser informados na ficha Rendimentos Sujeitos
à Tributação Exclusiva/Definitiva, no código 06, “Rendimentos de aplicações
financeiras”.
Rendimentos
Caso você tenha auferido rendimentos com títulos de renda fixa no ano
passado, estes também deverão ser informados.
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investimentos não devem ser omitidos da declaração.
COE
Saldo
O COE - Certificado de Operações Estruturadas - é um título emitido por
instituições financeiras. Ele é tributado exclusivamente na fonte segundo a
mesma tabela regressiva de IR válida para as aplicações de renda fixa.
Rendimentos
Os rendimentos obtidos com investimento em COE devem ser declarados na
ficha de Rendimentos Sujeitos à Tributação Exclusiva/Definitiva, sob o código
06, “Rendimentos de aplicações financeiras”.
Fundos de investimento
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Saldo
Rendimentos
Já os rendimentos dos fundos podem ser isentos (caso dos fundos de
debêntures incentivadas, por exemplo) ou tributados exclusivamente na fonte.
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Em ambos os casos, informe o beneficiário que recebeu os rendimentos (se
titular ou dependente), o CNPJ e o nome da fonte pagadora, bem como o valor
líquido dos rendimentos recebidos.
Previdência Privada
PGBL e planos de previdência fechada (fundos de pensão)
Contribuições feitas em 2019 a um PGBL ou plano de previdência fechado
(fundo de pensão) devem ser informados na ficha Pagamentos Efetuados, sob o
código 36 - Previdência Complementar; 37 - Contribuições para as entidades de
previdência complementar fechadas de natureza pública; ou 38 - Fapi - Fundo
de Aposentadoria Programada Individual.
Escolha o código mais adequado de acordo com o que diz o seu informe de
rendimentos. Em seguida, informe se os pagamentos foram feitos em nome
do titular ou de um dos dependentes, além do nome e do CNPJ da entidade de
previdência complementar, fundação ou administradora do Fapi, conforme o
caso.
VGBL
As contribuições feitas para um plano de previdência tipo VGBL não são
dedutíveis. Daí este tipo de plano ser o mais indicado para quem entrega a
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declaração simplificada. Os aportes, portanto, não devem ser informados na
ficha de Pagamentos Efetuados.
Em vez disso, informe o saldo do VGBL na ficha de Bens e Direitos, sob o código
97. Informe, ainda, o CNPJ da seguradora e, no campo “Discriminação”, o nome
da entidade, o número da conta e os dados da apólice.
Rendimentos
Se, no ano de 2019, você tiver efetuado resgates de um plano de previdência
privada ou recebido uma das modalidades de renda que podem ser
contratadas, esses rendimentos precisam ser informados na declaração de
imposto de renda 2020.
Além disso, com exceção dos rendimentos pagos por fundos imobiliários e
os proventos de ações, as operações de compra e venda desses ativos não
constam em informe de rendimentos.
É o próprio investidor que deve manter o controle das compras e vendas, bem
como dos eventuais ganhos, para calcular e recolher o imposto de renda dentro
do prazo.
Caso precise de ajuda, você pode solicitar todas as notas de corretagem às suas
corretoras de valores.
Saldo
Ativos negociados em bolsa devem ser informados na ficha de Bens e Direitos
como qualquer outro investimento.
Use o código 31 para ações, 73 para fundos imobiliários e 74 para ETF. Abra um
item para cada tipo de ação (se ordinária, preferencial ou unit, por exemplo),
de cada empresa. Abra também um item individual para cada ETF ou fundo
imobiliário.
No caso das ações, informe o nome da empresa, o código dos papéis, o tipo
de ação e a quantidade de papéis que você detinha em 31/12/2019 no campo
“Discriminação”.
Nunca atualize os ativos pelo seu valor de mercado. Ainda que eles tenham se
valorizado ou desvalorizado ao longo do ano, o valor declarado será sempre o
que você efetivamente pagou na compra.
O valor informado nas duas datas só vai mudar caso tenha havido a aquisição
de mais ações de uma mesma empresa, mais cotas de um mesmo fundo, ou
ainda, alienação dos ativos.
Digamos que você tenha comprado ou vendido aos poucos, ao longo de 2019,
ações de uma mesma empresa ou cotas de um mesmo fundo imobiliário.
Nesses casos, você vai precisar calcular o custo médio de aquisição do referido
ativo para declará-lo da forma correta, uma vez que as cotações na bolsa
oscilam muito.
Ou seja, você deve informar, em 31/12/2018, o valor zero, pois ainda não tinha
ações da empresa Y nesta data. Já em 31/12/2019, você deve informar R$ 2.200,
custo médio de aquisição dos 180 papéis, já incluídas as taxas.
Em outras palavras, é como se cada uma das 180 ações da empresa Y que você
tem na carteira tivesse custado R$ 12,22.
Digamos que, após ter comprado as 180 ações da empresa Y nas duas datas
mencionadas, ao custo médio de aquisição de R$ 12,22 cada, você tenha
vendido 40 dessas ações no mês de setembro de 2019.
Caso o valor de venda seja inferior a este valor, considera-se que houve
prejuízo; caso seja superior a este valor, considera-se que houve lucro,
correspondente à diferença entre o valor de venda e o custo médio de
aquisição de R$ 488,89. Você deverá declarar os ganhos conforme veremos
adiante.
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Repare que primeiro você calcula o custo médio de aquisição de todas as 180
ações da empresa Y adquiridas no ano para depois calcular o das 40 ações
vendidas e o das 140 ações remanescentes.
A isenção é válida por CPF e não inclui operações day-trade, aquelas em que a
compra e a venda são efetuadas no mesmo dia. Os ganhos com day-trade são
sempre tributados em 20%.
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26, “Outros”, por ausência de uma linha específica.
JCP anunciados, mas que ainda não tenham sido pagos, devem ser declarados
em duas fichas: na de Rendimentos Sujeitos à Tributação Exclusiva/Definitiva,
código 10, e na de Bens e Direitos, código 59, “Outros créditos e poupança
vinculados”.
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As alíquotas são de 15% para operações comuns com ações e ETF no mercado à
vista; e 20% para fundos imobiliários e operações day-trade com qualquer ativo
no mercado à vista.
Assim, se o investidor tiver vendido ações com lucro em abril de 2019 e estiver
obrigado a pagar IR sobre esse ganho, o prazo para recolhimento sem multa
termina no último dia útil de maio.
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Todos os ganhos de bolsa que não forem isentos devem ser informados na aba
Renda Variável do Programa Gerador da Declaração.
Ganhos com ações e ETF devem ser informados na área dedicada às operações
comuns e day-trade, mês a mês, no item “mercado à vista”. No pé da página
de cada mês, informe o imposto já pago e declare os “dedos-duros” nas linhas
referentes a “IR fonte”, de acordo com o tipo de operação (se comum ou day-
trade).
Compensação de prejuízos
Prejuízos com a venda de ações, ETF e fundos imobiliários podem compensar
ganhos, reduzindo o IR sobre os lucros.
No caso de ações e ETF, prejuízos com um ativo podem compensar perdas com
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outro. Porém, perdas com operações comuns só podem abater ganhos com
operações comuns, e perdas com day-trade só podem abater ganhos com day-
trade.
Quem tiver prejuízos não compensados do ano anterior (2018) deve informá-
los no mês de janeiro no programa do imposto de renda 2020, no campo
“Resultado negativo até o mês anterior”.
Opções
Saldo
Opções devem ser declaradas na ficha de Bens e Direitos sob o código 47,
desde que o valor de aquisição tenha sido superior a R$ 140.
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No campo “Discriminação”, informe a quantidade e a série das opções, bem
como sua data de vencimento. Abra um item diferente para cada série.
Rendimentos
Os ganhos com opções devem ser informados, mês a mês, na aba Renda
Variável, ficha Operações Comuns/Day-Trade. A exceção fica por conta das
operações conjugadas com opções de compra e venda (box).
Vale lembrar que ganhos líquidos com opções são sempre tributados em 15%,
quando obtidos em operações comuns, ou 20%, quando obtidos em operações
day-trade, independentemente do valor negociado por mês.
Aquela isenção para operações comuns com ações no mercado à vista, quando
a venda de ações em um único mês é inferior a R$ 20 mil, não se aplica a
opções ou qualquer outro ativo de renda variável que não operações comuns
com ações no mercado à vista.
Caso você tenha perdido o prazo para pagamento, ficará sujeito a multa e juros,
mas o Sicalc também calcula o DARF com os encargos, se necessário.
Compensação de prejuízos
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O benefício da compensação de prejuízos, no entanto, também vale para
opções. Prejuízos com opções podem compensar ganhos tributados com
opções, ações ou derivativos em qualquer mercado (à vista, termo ou futuro) e
vice-versa.
Se você chegar ao fim do ano com prejuízos não compensados, deverá levá-
los para o ano seguinte. Para trazer prejuízos do ano anterior, insira-os
manualmente no campo “Resultado negativo até o mês anterior” no mês de
janeiro na aba Renda Variável.
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Nesse caso, ele pode informar o valor do imposto retido e não compensado
na ficha Imposto Pago/Retido, linha 03, “Imposto sobre a Renda na fonte”, para
reduzir seu imposto total devido no ajuste anual. Isso pode resultar em menos
IR a pagar ou em maior restituição.
Caso não haja negociação nem exercício da opção, o valor do prêmio constitui
ganho para o lançador e perda para o titular na data de vencimento da opção.
Titular (comprador)
O custo de aquisição das opções de uma mesma série é calculado pela média
ponderada dos prêmios unitários pagos.
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unitário de R$ 1, totalizando o prêmio de R$ 10 mil, com vencimento para 60
dias e preço de exercício de R$ 10 por ação K.
Lançador (vendedor)
Para apurar o ganho líquido, primeiro você deve somar os valores dos prêmios
das opções lançadas recebidos até a data da operação de encerramento, no
caso de opções de mesma série (conta número 1).
Caso tenha havido encerramento parcial, você deverá ajustar o valor das
opções remanescentes.
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Exemplo retirado do Perguntão da Receita do imposto de renda 2020, pergunta
número 677:
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Caso a venda do ativo só ocorra depois da data de exercício, o ganho líquido
com a operação com a opção consiste na diferença positiva entre o valor
recebido pela venda do ativo e o custo médio de aquisição, apurado conforme
estabelecido para o mercado à vista (você pode conferir como é feita a
apuração do custo médio de aquisição de ações no item anterior, referente a
como declarar ações, p. 18).
A venda à vista totalizou R$ 130 mil (10 mil ações x R$ 13), enquanto o preço
de exercício totalizou R$ 100 mil (10 mil ações x R$ 10 por ação) - ou seja ele
comprou as 10 mil ações a R$ 10 cada e vendeu-as imediatamente a R$ 13 cada.
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vista (você pode conferir como é feita a apuração do custo médio de aquisição
de ações no item anterior, referente a como declarar ações, p. XX).
Para calcular seu ganho líquido, o lançador, coberto ou não, deve somar o preço
de exercício do ativo (valor de venda) ao valor do prêmio recebido. Em seguida,
deve subtrair o custo de aquisição.
A compra à vista totalizou R$ 160 mil (20 mil ações x R$ 8), enquanto o preço de
exercício totalizou R$ 200 mil (20 mil ações x R$ 10) - ou seja, ele comprou as
ações a R$ 8 cada e as vendeu imediatamente a R$ 10 cada.
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Ganho líquido: R$ 200 mil - R$ 180 mil = R$ 20 mil
Se você divide apartamento com outros pagantes, o ideal é que todos eles
constem como locatários no contrato, e que cada um declare a sua parte do
aluguel.
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Neste caso, os valores pagos pelos demais inquilinos podem acabar sendo
considerados como renda pela Receita, ficando sujeitos à tributação.
O imposto de renda sobre os aluguéis deve ser recolhido até o último dia útil do
mês seguinte ao do recebimento do aluguel. Por exemplo, o IR sobre o aluguel
de março deve ser recolhido até o último dia útil de abril. Ou seja, não é na hora
de preencher a declaração que você paga o IR.
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Caso você perca o prazo e precise pagar o imposto com atraso, você ficará
sujeito a uma multa de 0,33% por dia de atraso (limitado a 20% do valor do
imposto devido) mais juros de mora.
Para emitir um DARF já com a multa e os juros, você pode usar o programa
Sicalc, da Receita Federal. Basta escolher o código 0190, informar o valor do
aluguel, além de mês e ano em que ele foi recebido, apenas com números.
Ou seja, um proprietário que alugue seu imóvel, por exemplo, para uma loja
de roupas ou um escritório de advocacia não precisa se preocupar com essa
questão da tributação mensal.
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aluga seu imóvel para uma pessoa jurídica, informe os valores recebidos na
ficha de Rendimentos Tributáveis Recebidos de Pessoa Jurídica.
Caso você alugue seu imóvel para uma pessoa física, a ficha correta é a de
Rendimentos Tributáveis Recebidos de PF/Exterior.
É por isso que, mesmo para quem recebe aluguel a princípio isento, preencher
o Carnê-Leão mês a mês pode ser vantajoso. Facilita muito na hora de declarar.
Mas também é possível preencher “na mão”.
Criptomoedas
Criptomoedas não têm uma regulamentação específica no Brasil e por isso
não são tratadas como aplicação financeira pela Receita Federal. No entanto, é
obrigatório incluir este tipo de investimento na declaração de IR.
Saldo
O saldo em bitcoin e outros criptoativos deve ser informado na ficha de Bens e
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Direitos, sob o código 99 - outros bens e direitos.
Rendimentos
As vendas de criptomoedas são tributáveis quando o valor da venda supera R$
35 mil em um único mês. Eventuais ganhos devem ser apurados no programa
de Ganho de Capital da Receita Federal (GCAP2019), código 4600, até o último
dia útil do mês seguinte ao da venda.
O imposto devido também deve ser pago dentro deste prazo e obedece a
seguinte tabela:
Em caso de atraso, é possível emitir um DARF já com multa e juros por meio do
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programa Sicalc, da Receita Federal.
Ganhos com vendas mensais inferiores a R$ 35 mil não são tributados, mas
também devem ser declarados. Informe os lucros na ficha Rendimentos Isentos
e Não Tributáveis, no código 05.
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Tutoriais em vídeo para
declarar o IR
Espero que tenha gostado do conteúdo desse e-book. Nas páginas acima,
procuramos lhe mostrar como declarar os seus investimentos no Imposto de
Renda 2020.
O conteúdo foi preparado por mim e pelo colunista Richard Camargo com a
ajuda de tributaristas. Veja o que está no programa:
• Dependentes
• Pensão alimentícia
• Gastos dedutíveis
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• Empréstimos e financiamentos
• Veículos
• Imóveis
• Retificação da declaração
Caso você ainda fique com alguma dúvida, você pode enviar sua pergunta
diretamente para mim. Eu vou buscar a resposta para você.
O curso custa R$ 99 (12 X de R$ 8,25), bem menos do que você pagaria para
qualquer contador.
Além disso, o Seu Dinheiro oferece acesso gratuito por 7 dias. Você pode entrar
lá, dar uma olhada, e caso não goste, basta cancelar a inscrição neste prazo e
seu dinheiro será 100% devolvido.
Um abraço!
Julia Wiltgen
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Créditos
Esse conteúdo foi produzido pela
equipe do Seu Dinheiro.
Saiba mais sobre o projeto aqui.
Coordenação Imagens
Marina Gazzoni Shutterstock
Versão 1.0
Publicado em 08/05/2020