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Introdução à Lógica de Programação em Python

• Reconhecer os conceitos básicos de sequência lógica e algoritmos;


• Compreender os elementos básicos da linguagem Python;
• Aprender a fazer uso de ferramentas e técnicas adequadas para programação em Python;
• Desenvolver habilidade na leitura e entendimento de códigos em Python.

Tópico 1: Elementos de lógica de programação


• Identificar elementos de lógica de programação;
• Conceituar sequência lógica;
• Definir algoritmo;
• Interpretar exemplos de algoritmo em Python.

Pensar de forma racional é uma característica muito importante da raça humana. Raciocinar é chegar a uma
conclusão válida a partir de uma ideia inicial e a um conjunto de regras que conectam a ideia à conclusão.
Quando bebês, sabemos que se estivermos com fome ou sujos devemos chorar e “magicamente” um adulto
vem ao nosso encontro para cuidar de nós, seja nos alimentando ou nos limpando. Dessa forma, até mesmo as
crianças conseguem conectar a premissa “estar sujo”, através da regra “chorar”, à conclusão que “alguém vai
resolver esse problema”.

Esse exercício é aplicado a todo momento no nosso dia a dia, mas de diferentes formas. Por exemplo, se a
janela do seu quarto está aberta e começa a chover, então você a fecha. Se você se inscreve em um curso, quer
aprender o conteúdo proposto e receber seu certificado de conclusão. Para isso, você sabe que deve concluir
todas as aulas para alcançar o objetivo. Essa é a sequência lógica que faz com que você complete suas tarefas e
alcance seus propósitos.

Nós também utilizamos o raciocínio e a lógica para resolver outros problemas. Digamos que você está com
fome e decidiu fazer um miojo para comer. Agora pense e anote os passos necessários para você cozinhar e
depois comer esse miojo. Na próxima página, vamos discutir o que conecta fazer um miojo e programar.

Se você foi bem cuidadoso, certamente anotou uma receita parecida a que está apresentada a seguir.
Do modo que a receita foi construída, podemos chamá-la de algoritmo. Um algoritmo é uma sequência finita
de instruções simples e bem definidas de passos para se resolver um problema. Quando executadas, utilizando-
se a mesma entrada, isso vai resultar na mesma saída. Por exemplo, se você quiser fazer miojo para outras
pessoas, basta repetir a receita. Se alguém optar por um miojo com outro sabor, você pode substituir a entrada
do seu algoritmo, seguir os mesmos 11 passos e, no fim, você vai ter um miojo com o sabor escolhido como
saída.

Da mesma forma que utilizamos uma receita para fazer comida e nos alimentar, utilizamos os algoritmos
para instruir os computadores a executarem os programas que queremos. Vamos aprofundar essa ideia na
próxima página.

Todo algoritmo é composto por três elementos principais: a entrada, o processamento e a saída, que podem
ser organizados em forma de diagrama. Com isso, a partir de uma entrada, há o processamento até se chegar a
uma saída.

Chamamos de entrada o conjunto de dados que vai ser utilizado no algoritmo. Na nossa receita, seria o miojo
utilizado independente do sabor.

Já o processamento é composto por instruções que devem ser executadas em uma sequência bem definida
para que se chegue no resultado desejado. No caso exposto, a sequência de instruções e todos os demais
elementos utilizados (água, fogão, panela, entre outros.) são parte do processamento. Saiba que, para humanos,
que compreendem a linguagem (seja falada, escrita ou sinalizada), a ordem “pegue o pacote de miojo na mesa”
é simples e sem ambiguidade. Já quando passamos instruções para o computador, precisamos ser ainda mais
claros e diretos para que o computador nos entenda. Assim, a ordem “faça a divisão da entrada peso pelo valor
da entrada altura ao quadrado” é uma ordem simples e sem ambiguidade que pode ser entendida pela máquina.

Por fim, a saída é o resultado obtido após o processamento dos valores de entrada. Ainda considerando o
exemplo, a saída é o miojo cozido e servido.

Agora vamos partir para exemplos mais próximos dos computadores? Na próxima página, confira a definição
de um algoritmo em Python.

A receita do miojo foi apresentada da forma convencional para que as pessoas a entendam e consigam
interpretar um algoritmo. Porém, saiba que um computador não consegue entender português ou Língua
Brasileira de Sinais (Libras). Então, para apresentar um algoritmo a um computador, é necessário usar uma
linguagem menos complexa, a linguagem de programação. Essa linguagem é responsável por fazer com que um
algoritmo possa ser executado através de um programa de computador.

Vamos então escrever um algoritmo que recebe como entrada os valores 8 e 10, faz o processamento da
soma desses dois valores e apresenta um resultado como saída. Em Python, esse programa pode ser escrito
conforme o código apresentado a seguir.

Desativar Numeração

1 entrada1 = 82 entrada2 = 103 resultado = entrada1 + entrada24 print(resultado)

Nesse código em Python, conseguimos mapear os três componentes de um algoritmo, mesmo sem conhecer
Python profundamente. Nas linhas 1 e 2, podemos perceber o conjunto de entrada para o nosso programa. Já
na linha 3, é feito o processamento desse conjunto de entrada, que é somente a soma dos valores, conforme
definido anteriormente. Por fim, na linha 4, temos um termo diferente, o print, que é uma palavra em inglês
que pode ser traduzida como imprima ou mostre, ou seja, podemos assumir que essa linha trata da saída do
programa.

Entrada, processamento e saída são um algoritmo (programa), seguindo uma lógica de programação bem
definida e escrito em Python. Ao executar esse programa, naturalmente é apresentado em tela o valor 18.

Prosseguindo, vamos aprofundar nosso conhecimento na linguagem de programação Python no próximo


tópico.

Tópico 2: A linguagem de programação Python


OBJETIVOS

• Apresentar a linguagem de programação Python;


• Compreender as características básicas de Python.

Agora que entendemos um pouco de algoritmos, vamos estudar como expressá-los em Python. Neste tópico,
você conhecerá um pouco sobre os elementos gerais da linguagem de programação Python, quando foi iniciado
seu desenvolvimento e para que ela serve. Dessa forma, você irá compreender como essa linguagem é utilizada
para resolver diversos problemas computacionais.

Você vai seguir seus estudos listando as principais características da linguagem de programação Python.
Depois fará a instalação do ambiente de desenvolvimento no seu computador através da distribuição Anaconda
e, por fim, você poderá ler, entender e criar seu primeiro programa em Python.

Antes de tudo, é importante que você compreenda mais profundamente que uma linguagem de
programação define um vocabulário e um conjunto de regras para que se possa descrever diferentes algoritmos
em forma textual.

Chamamos esses textos de código-fonte, visto que são os elementos formais que podem ser entendidos por
humanos e, como já foi apresentado, traduzidos para algo que os computadores entendam. Agora, você deve
estar se perguntando como ocorre essas traduções, não é?

Bem, existem somente dois meios de se fazer essa tradução. Um deles é chamado de compilação, e ocorre
quando o seu código-fonte é traduzido apenas uma vez. Por exemplo, todos os arquivos .exe que você encontra
no Windows são programas compilados.

O outro meio de tradução é a interpretação, que acontece quando os códigos-fonte são traduzidos toda vez
que precisam ser executados. Os códigos executados no seu browser de navegação da internet, ou seja, arquivos
do tipo javascript, são programas interpretados. No projeto de uma linguagem de programação, os criadores
sempre decidem que meio de tradução utilizar. Vamos descobrir qual é o método escolhido pelos criadores da
Python?
Bom, Python é uma linguagem de programação interpretada cujos códigos-fonte são arquivos com extensão
.py. Ela foi inicialmente criada nos anos 1990 por Guido van Rossum, um matemático e programador holandês,
que incluiu nessa linguagem ideias interessantes e relevantes até hoje. Conheça algumas delas.

Por ser uma linguagem interpretada, o mesmo código-fonte pode ser executado em diversos sistemas
operacionais, como Windows, Linux ou MacOS. Você já tentou executar um arquivo .exe diretamente no Linux?
Se você já tentou, provavelmente percebeu que o Linux é incapaz de executar um arquivo .exe. Já um programa
em Python funciona perfeitamente, pois, para cada sistema operacional, existe um interpretador pronto para
ler seu programa e executá-lo naquele sistema específico.

Além de ser uma linguagem de alto nível, cujo código-fonte é muito fácil de ser lido, torna-se natural
escrever suas ideias de lógica de programação nela, sem contar que os comandos da linguagem são todos em
inglês. Ou seja, você ainda aprende um pouco de inglês ao escrever em Python.

Por fim, Python é uma linguagem de propósito geral e bem ampla. Portanto, você pode escrever programas
com ela para automatizar o seu trabalho, fazer comunicação via internet, criar novas tecnologias e muito mais.

Vale ressaltar também que Python é uma linguagem gratuita e open source, ou seja, tudo o que faz um
programa Python funcionar está disponível para você ler, estudar e, quem sabe, modificar, ajudando a
comunidade a melhorar ainda mais essa linguagem.

Í
Toda linguagem de programação tem uma filosofia, isto é, uma visão que baseia sua construção. Pense
nessas visões como estilos de escrita. Por exemplo, poetas quando vão escrever uma carta de amor têm um
estilo de escrita totalmente diferente de jornalistas esportivos quando vão fazer o resumo de uma partida de
futebol.

Então, um dos elementos da visão de Python é o chamado Zen of Python, que lista diversos princípios pelos
quais programas escritos em Python devem seguir. Esses princípios indicam que beleza de código importa,
simplicidade é melhor que complexidade, erros devem sempre ser apresentados, dentre outros. O site Python
Brasil reúne uma grande comunidade de desenvolvedores brasileiros da linguagem.

Outra dica é conferir a apresentação do Zen of Python e uma explicação sobre o Zen. Caso você queira
aprofundar seus conhecimentos, pesquise um pouco sobre os princípios, detalhadamente, e conheça melhor
essa linguagem.

A seguir, aprenda a instalar Python no seu computador e comece a estudar a linguagem.

Tópico 3: Anaconda Python


• Compreender o que é uma distribuição Python;
• Instalar a distribuição Anaconda Python;
• Listar os elementos presentes na instalação.

Até agora você pôde conhecer um pouco sobre Python. Então, chegou o momento de aprender a instalar o
programa interpretador no seu computador, para que você possa dar os seus primeiros passos, elaborando
alguns códigos nessa linguagem. Pronto para começar?

Bem, existem diversas maneiras de realizar a instalação do programa interpretador, mas aqui será
apresentado uma das mais fáceis e rápidas. Feito isso, você poderá perceber todas as ferramentas que vêm
junto ao interpretador e entender a importância de cada uma delas. Suponha que você vai ao mercado comprar
maçãs. Chegando lá, pode ir até a pilha de maçãs e escolher aquelas que você considera as melhores, ou pode
pegar um pacote que o mercado já pré-selecionou e empacotou, certo?

Dá mais trabalho e leva mais tempo escolher as maçãs individualmente, mas você têm total controle sobre
o que está levando. Diferente de quando escolhe pegar o pacote pronto, pois você espera que o supermercado
tenha feito um bom trabalho por você, permitindo que o seu retorno para casa seja bem mais rápido. Afinal de
contas, ninguém gosta de ficar muito tempo no mercado, não é?
Com Python, é a mesma coisa. Nós podemos tentar instalar o Python puro, selecionando cada elemento, ou
instalar um pacote já montado. Aqui, você será apresentado a essa segunda opção, porque praticidade, nesse
momento inicial de aprender uma nova linguagem, é muito importante.

Dessa forma, vamos usar o Anaconda Python. Trata-se de uma distribuição de Python pensada em simplificar
o processo de instalação e manutenção do Python e de ferramentas para uso da linguagem. Para nossa alegria,
ela é open source e gratuita para pessoas – é justo cobrar um pouco das empresas, não é? Feita essa
apresentação, vamos ao processo de instalação do Anaconda Python no seu computador!

Programar pode parecer uma atividade solitária, porém não se engane, tem muita gente disponível para lhe
ajudar. A seguir, saiba por qual motivo precisamos de ajuda ao estudar programação e como procurar essa ajuda
on-line.

Ferramentas como o Anaconda e a própria linguagem Python estão em constante modificação, seja para
correção de problemas (os chamados bugs) ou para adição de novos recursos. Assim, quando você estiver
instalando o Anaconda Python no seu computador, provavelmente o site visitado estará levemente diferente; e
mais provável ainda, o Python estará em uma versão mais nova que a apresentada aqui. Porém, não se
preocupe: muitas vezes as mudanças vão ser sutis e você vai conseguir fazer tudo o que está apresentado aqui.

Caso haja uma mudança muito grande, ou se você encontrar algum problema não discutido por aqui,
também não há motivo para se preocupar: você sempre pode fazer o uso dos diversos fóruns de Python
disponíveis na internet e tirar suas dúvidas. Por exemplo, você pode acessar a lista de discussão do Python Brasil,
disponível neste link; ou ainda acessar o famoso site Stack Overflow, para tirar suas dúvidas e aprofundar seus
estudos.

Contudo, é preciso que você preste muita atenção à etiqueta online: etiqueta on-line, ou netiqueta, é um
conjunto de regras informais que devemos seguir na internet para ter uma boa experiência. Assim, para fazer
um bom uso dos fóruns on-line, você deve primeiro procurar saber se alguém já passou pelo mesmo problema
que você e se alguma outra pessoa já apresentou uma solução adequada.

Caso não haja essa resposta, aí sim você deve fazer a pergunta no fórum, apresentando o seu problema de
forma bem explicada e dando todas as informações possíveis para que a comunidade possa lhe ajudar. Feito
isso, provavelmente vão lhe responder positivamente. Já se você fizer uma pergunta que já foi respondida, ou
uma pergunta mal feita, sem uma boa descrição, provavelmente alguém mais experiente vai lhe pedir mais
detalhes. Por isso, atente-se ao que consta no fórum para evitar que sua pergunta seja ignorada. Faça o melhor
uso desses espaços, pois eles são excelentes ferramentas quando bem utilizadas.

Muito bom saber que podemos ser ajudados nos nossos estudos. Agora que deu tudo certo e seu ambiente
está corretamente instalado, na próxima página, confira quais ferramentas ele dispõe.

Bom, finalizado o processo de instalação do programa, você perceberá que uma nova pasta, chamada
“Anaconda3 (64-bit), será criada no menu Iniciar. Ela contém diversos programas com os quais você pode
interagir. Confira alguns deles a seguir:
• O Anaconda Navigator, por exemplo, é o programa que você vai utilizar para gerenciar pacotes da
instalação do Python. Isso é algo avançado, por isso você não precisa se preocupar nesse momento,
porque esse programa deverá ser abordado em outro momento de sua jornada de aprendizagem.
Então, tente focar nos elementos mais básicos agora, tudo bem?
• Já o Anaconda Powershell Prompt e Anaconda Prompt são programas para utilizar o Python em linha
de comando.
• O Jupyter Notebook será estudado no próximo tópico, mas, de antemão, saiba que ele é o programa
que você utilizará para escrever seu primeiro programa em Python. Empolgado(a)?
• Por fim, você pode conhecer também o Spyder e o Reset Spyder Settings, que são os ambientes de
desenvolvimento para você escrever programas que analisam dados complexos. Porém, ainda é muito
cedo para utilizar esses programas. Mas calma, depois de estudar e se dedicar, tenho certeza que você
poderá manipulá-los tranquilamente.

Está curioso sobre o Jupyter? Aprenda a seguir como utilizá-lo!

Tópico 4: Jupyter Notebook

• Conhecer a ferramenta Jupyter Notebook;


• Aprender a executar um código fonte em Python.

Até agora você pôde conhecer um pouco sobre Python. Então, chegou o momento de aprender a instalar o
programa interpretador no seu computador, para que você possa dar os seus primeiros passos, elaborando
alguns códigos nessa linguagem. Pronto para começar?

Bem, existem diversas maneiras de realizar a instalação do programa interpretador, mas aqui será
apresentado uma das mais fáceis e rápidas. Feito isso, você poderá perceber todas as ferramentas que vêm
junto ao interpretador e entender a importância de cada uma delas.

Podemos dizer que “o Jupyter Notebook é uma aplicação web open source que permite a criação e o
compartilhamento de documentos que contêm código ativo, equações, visualizações, texto narrativo etc.”. Esta
é a definição presente no site Jupyter.

Para simplificar, considere o Jupyter Notebook como uma página de internet que está funcionando no seu
próprio computador e que você pode utilizá-la para escrever seu código Python, descrever suas ideias e
compartilhar tudo isso com seus colegas. Como essa página está armazenada e funcionando no seu computador,
você não precisa de conexão com a internet para desenvolver seus programas Python.

Sabendo, de forma geral, o que é e como funciona, acesse o Menu Iniciar do Windows do computador que
você usa; escolha a opção Anaconda3 (64-bit); em seguida, vá ao ícone referente ao Jupyter Notebook e acesse-
o. O que aconteceu? Se tudo deu certo, o navegador padrão foi aberto e apareceu uma página com este
endereço.

O termo localhost, que está presente nesse endereço, informa que você está acessando uma página
armazenada no seu próprio computador. Essa é a página inicial do Jupyter Notebook. Se tiver ocorrido algum
problema e você não chegar nessa fase, tente verificar que tipo de erro foi apresentado na tela do seu
computador. Vai haver algum texto informando o problema ocorrido e assim você poderá tentar solucioná-lo.

A seguir, descubra cada elemento que o ambiente disponibiliza e entenda o funcionamento do programa.

Quando seu navegador abrir a página inicial do Jupyter, você encontrará três abas, conforme aparece na
figura ao lado. Nesse momento inicial, foque na primeira aba da página, que se chama “Files”. É através dela
que você acessa, cria, apaga e modifica pastas do sistema e dos arquivos em geral dos seus projetos, que aqui
vão ser chamados de notebooks, ou bloco de notas.

A pasta mostrada na aba Files é a pasta padrão do Jupyter. Lá, você vai encontrar as várias subpastas, como
Documentos, Downloads e Favoritos. Então, você pode navegar por cada uma e verificar o conteúdo de cada
subpasta que aparecerá em tela.

Para começar a praticar, você pode criar um notebook através da opção New. Em seguida, Python3. Assim,
pode fazer também um envio de um notebook pronto através do botão Upload.

Caso já haja um notebook Jupyter criado anteriormente na pasta, ele vai aparecer com um ícone de caderno,
com o nome escolhido por quem criou o arquivo. Então, você pode clicar neste notebook e uma nova aba do
browser será aberta, apresentando o conteúdo ali contido.
Aprenda as principais características e opções de uma página em um notebook Jupyter.

Um notebook Jupyter é, basicamente, uma página aberta no browser, como já foi explicado; onde há um
editor de textos e partes do texto são códigos Python que serão executados.

Na parte superior da página, há uma logo do Jupyter e ao lado o nome do notebook que você abriu, para
que seja possível identificar se você está editando o arquivo correto. Depois, você encontrará a logo do Python,
para avisar que esse notebook é para a linguagem Python.

Logo abaixo, haverá uma barra de menus com diversas opções, como File, Edit, View, Insert, Cell e Kernel.
Em baixo dessa barra, há a lista de ações mais comuns para se executar em um notebook Python.

Bom, um notebook Jupyter é dividido em células. Elas são pedaços independentes de cada notebook. Por
isso, existem dois tipos básicos de células, que são as do tipo Markdown e as do tipo Code.

As células Markdown são aquelas que você pode editar, e servem como explicação do seu notebook. Elas
também podem estar no modo de edição, quando há um retângulo verde ao redor delas, e no modo execução,
quando há um retângulo azul. Esses modos são exemplificados na figura abaixo. Vale ressaltar que as células
desse tipo são feitas para que você narre o que o seu programa está fazendo. Logo, você é livre para escrever
texto do jeito que quiser.
Você pode criar uma célula Markdown apertando o botão + e depois escolhendo a opção Markdown no
menu (o tipo padrão é Code). O modo de edição possibilita que você edite o conteúdo de uma célula. A célula
do tipo Markdown pode ser entendida como uma célula em que escrevemos um texto e que podemos utilizar
marcadores, próprios e de HTML, para fazer com que o texto fique bonito. Por exemplo, na imagem abaixo, há
um texto em tamanhos diferentes, em negrito e itálico, mas como isso foi feito?

É muito simples: através de marcações com #, para aumentar o tamanho do texto (torná-lo título/subtítulo);
*texto entre asteriscos*, para escrevê-lo em itálico; e **trecho entre duplo asteriscos**, para escrevê-lo em
negrito. A célula acima está dentro do retângulo azul, e isso indica o modo execução. Ela foi executada apertando
o botão Run, e assim o conteúdo foi interpretado para que o texto fosse editado como está. Caso você queira
ver o que gerou esse texto dessa forma, é preciso dar um duplo clique na célula para que ela entre em modo
edição. O resultado disso é mostrado na figura abaixo, em que aparecem todas as modificações realizadas
através dos marcadores para gerar letras maiores, em negrito e em itálico.

Conheça a seguir outro tipo de célula.

O outro tipo de célula é a Code, e você pode criá-la apertando o botão +. Nessa célula, você poderá
desenvolver seu código Python. Na maioria dos cursos de programação, seu primeiro contato com a linguagem
se dá através do código que apresenta a mensagem “Olá, mundo!”. Aqui não será diferente. A célula Code, que
efetua esta apresentação, é percebida na imagem abaixo:

Esse tipo de célula apresenta um elemento novo. Do lado esquerdo, de onde você edita seu código, aparece
um texto “In [ ]:”. Após a execução da célula, aparece um número entre os colchetes, indicando que essa célula
foi a primeira a ser executada, ou a segunda, e assim por diante. Na parte editável, está o comando print(), que
é um comando utilizado para apresentar algum texto em tela, e, dentro dos parênteses, entre aspas, há a
mensagem “Olá, mundo!”. Ao selecionar essa célula e apertar o botão Run, ela é atualizada como mostrado
abaixo:

Agora, verifique que há a indicação de que ela foi a primeira célula Code a ser executada, e, abaixo, há o
resultado do comando print().
Pronto, agora é a sua vez de executar seu primeiro código em Python utilizando um notebook Jupyter!

Há muito o que se explorar nos notebooks Jupyter. Sendo assim, você pode baixar uma versão do notebook
apresentado em aula para explorá-la no seu computador e, em seguida, executar seu primeiro código. Para isso,
siga o passo a passo:

• Primeiro, baixe o arquivo .zip disponível neste link;


• Em seguida, descompacte-o na pasta Downloads. Isso irá criar uma nova pasta chamada micro01;
• Depois, na página do Jupyter, acesse a pasta Downloads. Em seguida, acesse a pasta micro01. Vai ser
listado um arquivo chamado ‘Meu primeiro notebook Jupyter.ipynb’. Ah! Só mais uma coisa: os
arquivos do tipo .ipynb são aqueles de notebooks Jupyter;
• Então, entre nesse arquivo, que logo deverá aparecer uma outra aba no seu navegador;
• Acesse essa outra página e explore tudo que está exposto lá. Você encontrará algumas informações.
Então, vá com calma e examine cada detalhe.
• Se você apenas executar o código das diferentes células desse notebook, tudo vai funcionar direitinho.
Mas tenho certeza de que você quer adicionar elementos, retirar células, enfim, experimentar tudo.
Caso você faça isso e ocorra algum erro, não se preocupe, não tem problema. É só você observar a
descrição do erro e tentar corrigi-lo, que tudo voltará a funcionar. Tentou e não conseguiu? É um ótimo
momento para acessar fóruns de discussão e colocar em prática o que foi indicado sobre isso.

As outras abas existentes na página principal do Jupyter não exercem papel importante para você agora. Por
isso, não as discutiremos com profundidade. A aba “Running” apresenta todos os notebooks Jupyter sendo
executados em um dado momento. Se você a abrir, enquanto estiver executando o notebook desta aula, verá
que ele estará listado. Portanto, haverá um informe que ele é interpretado pelo Python 3 (versão 3), assim como
também haverá um botão para desligá-lo e uma informação avisando há quanto tempo ele está sendo
executado.

Já a aba Clusters trata de computação em paralelo. Ou seja, quando você tem seus notebooks sendo
executados em mais de um computador simultaneamente.

Um aspecto bonito da internet é que ela remove barreiras entre as pessoas. Assim fica bem mais fácil
encontrar pessoas com o mesmo interesse que o seu. Vamos descobrir que grupos de estudantes e de
desenvolvedores Python existem e que você pode se juntar desde agora?

Aprender a programar e a utilizar uma linguagem de programação como Python pode se tornar uma tarefa
muito mais divertida se ela for feita em conjunto. Já listamos o Python Brasil que é um site que reúne muitos
desenvolvedores brasileiros da linguagem, mas existem outros grupos que podem lhe interessar. Além dele,
você pode procurar por pessoas que moram perto de você e que também estudam aquilo que você gosta.

Para isso, existem o Python Nordeste, que congrega os desenvolvedores Python do Nordeste do Brasil; o
Python Sul, para facilitar o contato entre aqueles do Sul do Brasil; e muitos outros. Já para estudantes mulheres
que querem ser acolhidas por outras colegas também estudantes e programadoras, procure o PyLadies e se
junte a essa iniciativa.

Esses são grupos de interesse, mas existem muitos outros mais e tenho certeza que você vai se encaixar em
algum deles! É bom participar de grupos visto que eles podem sempre ajudar na sua formação, tornando você
um(a) programador(a) melhor ainda e lhe ajudando a ter mais amizades!

Chegamos ao fim dessa aula! No começo, foi mostrado que a lógica está presente nas coisas mais simples
da nossa vida. Depois, fizemos uma conexão entre esse conceito e a lógica de programação. Seguimos discutindo
como passar instruções para o computador de uma forma que ele possa compreender o que foi passado.
Fizemos isso utilizando uma linguagem de programação muito importante, a Python. Estudamos as principais
características dela e apresentamos um código-fonte escrito em Python. Para poder executar esse código,
discutimos como instalar a distribuição Anaconda Python e como fazer uso dos Jupyter Notebook.

Não se esqueça de revisar tudo o que você aprendeu. De forma resumida, você pôde:

• Revisar os principais conceitos acerca de lógica e algoritmos;


• Relembrar o que caracteriza os blocos de entrada, processamento e saída em um algoritmo;
• Estudar os conceitos de linguagens de programação;
• Compreender as principais características básicas da linguagem de programação Python;
• Aprender a instalar e utilizar a distribuição Anaconda Python;
• Descobrir as principais características de um notebook Jupyter;
• Aprender a executar um código escrito em Python.

Referências
• ANACONDA. Disponível em: https://www.anaconda.com. Acesso em: 1 abr. 2020.
• GVAVROSSUM. Who I am. Disponível em: https://gvanrossum.github.io/. Acesso em: 5 maio 2021.
• JUPYTER. Disponível em: https://jupyter.org. Acessado em: 1 abr. 2020.
• PYTHON. Disponível em: https://python.org. Acesso em: 1 abr. 2020.
• PYTHON. Disponível em: https://python.org.br/. Acesso em: 5 maio 2021.
• PYTHON. PEP 20 – The Zen of Python. Disponível em: https://www.python.org/dev/peps/pep-0020/.
Acesso em: 1 abr. 2020.
• WIKIPÉDIA. Linguagem de programação. Disponível em:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Linguagem_de_programa%C3%A7%C3%A3o. Acesso em: 1 abr. 2020.

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