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13º Congresso Ibero-americano de Engenharia Mecânica

13º Congreso Iberoamericano de Ingeniería Mecánica


Lisboa, Portugal, 23-26 de Outubro de 2017

ATENUAÇÃO PASSIVA DE VIBRAÇÕES EM ESTRUTURA TIPO PÓRTICO SUJEITA À


EXCITAÇÃO SÍSMICA UTILIZANDO MINIMOLAS SUPERELÁSTICAS DE NITINOL

Yuri José Oliveira Moraes1, Antonio Almeida Silva2, Rômulo Pierre Batista dos Reis3
Marcelo Cavalcanti Rodrigues4

1. Universidade Federal de Campina Grande, Unidade Acadêmica de Eng. Mecânica, Campina Grande - PB, Brasil,
E-mail: yurijmoraes@gmail.com¹.
2. Universidade Federal de Campina Grande, Unidade Acadêmica de Eng. Mecânica, Campina Grande - PB, Brasil,
E-mail: antonio.almeida@ufcg.edu.br².
3. Universidade Federal de Campina Grande, Unidade Acadêmica de Eng. Mecânica, Campina Grande - PB, Brasil,
E-mail: soromulo@hotmail.com³.
4. Universidade Federal da Paraíba, Unidade Acadêmica de Eng. Mecânica, João Pessoa - PB, Brasil,
E-mail: marcelo.labii@gmail.com4.

Resumo

As vibrações de natureza mecânica são fenômenos importantes do mundo físico, e seus efeitos podem
ser verificados no nosso cotidiano, seja na indústria ou em estruturas de construção civil. Geralmente,
tais oscilações são indesejáveis e podem vir a causar a falha ou o próprio colapso estrutural. Com o
intuito de conter estes efeitos, tem-se estudado técnicas que venham a minimizar as suas implicações,
que vão desde atuadores passivos, até controladores de materiais avançados e inteligentes. As ligas
com memória de forma (LMF) se enquadram nestes tipos de materiais tendo a superelasticidade (SE)
como uma de suas principais propriedades, que ocorre pelas transformações reversíveis de fases
sólidas no material, dando a ele a capacidade de dissipar energia mecânica. Esta dissipação pode ser
aplicada para atenuar passivamente vibrações em sistemas estruturais. Este estudo tem o objetivo de
analisar um sistema passivo de absorção de vibrações em um pórtico de edifício de dois andares, a
partir da incorporação de minimolas helicoidais superelásticas de Nitinol, para atenuação da
transmissibilidade de vibração do sistema quando submetido a ações de natureza transiente. Em
caráter experimental foi realizada uma análise modal com o intuito de se prever o comportamento
dinâmico do sistema, no qual foram obtidas as amplitudes de aceleração para três tipos de sinais de
abalos sísmicos simulados em quatro configurações distintas da estrutura. Numa determinada
situação, usando minimolas superelásticas, as análises dos espectros de frequência mostraram uma
redução na transmissibilidade de até 55% para o primeiro modo de vibrar e 78% para o segundo modo
de vibração, quando comparados à configuração sem atuadores, e estes valores aumentaram para 82%
e 86% respectivamente, na configuração que incorpora o dobro de minimolas superelásticas,
validando a análise e o método de controle passivo empregado.

Palavras chave: Controle passivo de vibrações, Ligas com Memória de Forma (LMF), Estrutura tipo
pórtico, Abalos sísmicos.
XIII CIBEM – 2017 Lisboa

1. Introdução Neste contexto, pode-se definir que os abalos


sísmicos estão normalmente relacionados com os
A pesquisa do fenômeno associado a oscilações movimentos das camadas mais superficiais da terra,
e vibrações mecânicas vem sendo cada vez mais ocasionando um esforço e deformação contínua nas
objeto de estudo da comunidade cientifica global, grandes massas de rochas, que quando se rompem
no qual a necessidade de aperfeiçoar projetos que geram ondas sísmicas que viajam na terra
sofrem a ação de forças dinâmicas desta natureza é ocasionando um tremor ou terremoto [2], [3].
uma realidade. No caso de estruturas de engenharia A solicitação sísmica é especialmente depende
civil este cenário é similar. Atualmente pesquisas diretamente da massa da estrutura, amortecimento e
estão sendo realizados com o intuito de mitigar os da rigidez dos seus componentes. O comportamento
efeitos relacionados às amplitudes de vibração de de uma estrutura em condições de terremoto é
sistemas e analogamente incorporar amortecimento basicamente um dinâmico, pois o movimento
estrutural aos mesmos, através do uso de técnicas de sísmico provoca a vibração forçada na mesma e,
controle que garantam um melhor desempenho e consequentemente, as amplitudes e os tempos de
acréscimo do fator de segurança destes, quando duração devem ser foco de estudo [4].
submetidos a carregamentos de várias naturezas. Os colapsos e falhas estruturais relacionados
Dentre as técnicas estudadas se destacam os com esses abalos podem surgir em decorrência do
absorvedores passivos, Absorvedores Dinâmicos de fenômeno conhecido por ressonância, definido
Vibração (ADV’s), absorvedores viscoelásticos, como a tendência de um sistema a oscilar em
entre outros, até controladores mais eficientes de máxima amplitude e dadas frequências, conhecidas
natureza ativa, com o uso de materiais inteligentes como frequências naturais do sistema. Nessas
como as Ligas com Memória de Forma (LMF’s), frequências, até mesmo forças periódicas pequenas
que podem ser utilizadas em inúmeros sistemas podem produzir grandes vibrações, pelo motivo do
mecânicos e estruturais. sistema armazenar alta energia vibracional [5].
Em vista disso muitos países no continente
2. Revisão da Literatura europeu e asiático têm sofrido com os efeitos
destrutivos de catástrofes naturais, sendo os
2.1. Excitações em Estruturas tremores e terremotos, os que contribuem para os
maiores danos. No Brasil, os riscos de ocorrência de
Um fenômeno dinâmico é caracterizado pela um abalo de causas naturais são de chances remotas,
solicitação que varia em um determinado período de visto que não há falhas geológicas com dimensões
tempo, e por ventura também no espaço, no qual as suficientes para gerar tal efeito, todavia certas
forças de inércia, que são o produto da massa pela atividades desenvolvidas pelo homem também
aceleração, apresentam uma influência significativa podem originar terremotos, os chamados sismos
na resposta do sistema. Com base nisto o termo induzidos. Esses tremores são devidos à construção
“carregamento dinâmico” é usado de forma de grandes obras como a formação de lagos
corriqueira e equivocada para definir solicitações artificiais, as ações de grandes explosões, ao tráfego
cuja única característica é a variação no tempo, pois de veículos automotores, todos associados à ação
se o carregamento for lento a parte que corresponde humana direta ou indiretamente [6], [7].
a aceleração é desprezível e as forças de inércia não Alguns exemplos de movimentos de origem
influenciaram na resposta [1]. sísmica aquisitados pelo homem são observados na
As solicitações podem ser classificadas como figura 2. No primeiro caso, o tipo de movimento é
cíclicas, se o sentido do carregamento se alterna, ou extremamente irregular e de duração média. Para o
monotônicas se é quase-estática. No contexto das segundo caso os movimentos são de duração longa
solicitações dinâmicas cíclicas se encaixam os e de menor severidade.
carregamentos transientes ou sísmicos que tem por
definição a aplicação de uma força que pode variar
rapidamente de forma crescente e posteriormente
decrescente. A figura 1 evidencia uma solicitação
transiente pela base de um protótipo de edifício. (a)

(b)
Figura 2: Acelerações de base aquisitadas durante abalo
sísmico. (a) Terremoto de El-Centro, 1940; (b) Terremoto
Figura 1: Tipo de carregamento transiente ou sísmico. ocorrido na Cidade do México, 1964.
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2.2. Controle Passivo de Vibrações 2.3. Materiais Inteligentes

A grande capacidade de dissipação de energia Os materiais inteligentes (Smart Materials) são


mecânica é uma das principais características dos objetos de pesquisas em vários âmbitos da
dispositivos de controle passivos de vibrações. A engenharia mecânica e civil, onde são bastante
eficiência de tais dispositivos está relacionada na utilizados em aplicações que necessitam de um
maioria das vezes com os tipos de excitações nas controle de maior confiabilidade na atenuação de
quais os mesmos são submetidos. Por exemplo, um vibrações. Eles desempenham uma função
sistema de isolamento de base é um modelo de estrutural e quando estimulados podem gerar força
dissipação de energia com característica passiva, ou movimento, atuando no sistema.
este tipo de energia geralmente é proveniente da Estes materiais podem ser definidos como
aceleração do solo devido a ações sísmicas, onde a aqueles que exibem acoplamento entre vários
estrutura apoia-se em aparelhos com baixa rigidez domínios físicos, entre eles pode-se destacar o
lateral e elevada deformação, como é o caso dos mecânico, elétrico e o térmico [10]. Os materiais
aparelhos de borracha com núcleo de chumbo inteligentes mais utilizados na atualidade que
(LRB) e os de borracha de alto amortecimento atendem as necessidades impostas por sistemas
(HDRB). A energia pode também ser dissipada por estruturais são as LMF’s, também conhecidas do
atrito através de sistemas pendulares de fricção [8]. inglês por Shape Memory Alloys (SMA’s),
Na figura 3 são vistos dois tipos de absorvedores definidas como ligas metálicas ou polímeros cuja
passivos de vibrações. principal característica é a reação a estímulos de
temperatura e/ou tensão mecânica, os materiais
Piezocerâmicos ou Piezoelétricos que são cerâmicas
ou polímeros estimulados por tensão elétrica e/ou
deformação mecânica, e também os fluidos
magneto reológicos (MR) e eletro reológicos (ER)
que reagem ao campo magnético e elétrico
respectivamente, alterando sua reologia [11].
O uso destes materiais vem se expandido cada
(a) (b) vez mais nas últimas décadas, onde muitos
Figura 3: Amortecedores associados ao isolamento de base
de um edifício. (a) Tipo HDRB; (b) Amortecedor friccional. pesquisadores têm realizado atividades que visam
explorar dispositivos e aplicações que fazem uso
Outros exemplos de dispositivos de controle dos materiais inteligentes. Na verdade, o número de
passivo de vibração são os amortecedores de massa aplicações comerciais está crescendo a cada ano,
sintonizados Tuned Mass Dampers (TMD’s), que com o maior segmento de mercado representado por
são pêndulos de grande massa instalados no topo de atuadores e motores. O mercado global em 2010 foi
uma estrutura, tendendo a mover a mesma para a de aproximadamente US$ 19,6 bilhões, estimando-
posição de equilíbrio estático quando a sua se um valor de US$ 22 bilhões em 2011, e mais de
deformação alcança níveis críticos que poderiam US$ 40 bilhões até 2016, com uma taxa de
causar-lhe danos estruturais ou o próprio colapso. crescimento anual de 12,8% [12].
Têm-se ainda os amortecedores de líquido
sintonizados Tuned Liquid Dampers (TLD’s). Estes 2.3.1. Ligas com Memória de Forma
dispositivos podem ser utilizados, por exemplo, no
controle de vibrações de pontes e edifícios altos As LMF’s são caracterizadas por apresentarem
sujeitos à ação de intempéries, como incidência de propriedades termomecânicas singulares, duas no
ventos fortes entre outros. Este dispositivo consiste total, uma delas é a quasiplasticidade, que é devida
em configurar partições internas com um fluido a variação de temperatura a certos níveis e com
(geralmente água) de forma a criar diversos grande deformação residual [13], equivalente a
amortecedores, podendo reduzir a resposta de propriedade que é evidente no próprio nome destes
aceleração em até 1/3 [9]. materiais, a memória de forma [14].
Existem ainda outros tipos de sistemas passivos O efeito memória de forma ocorre em um estado
que permitem a dissipação de energia em locais ou fase onde a rigidez ou módulo elástico é mais
devidamente selecionados, como por exemplo, a baixo, consequentemente a deformação do material
ligação viga-pilar de um pórtico ou prédio. Neste é obtida mais facilmente. Nesta condição, a
caso, a redução da deformação dos elementos aplicação de uma determinada carga mecânica
estruturais é conseguida através da utilização de induz uma orientação preferencial da rede cristalina,
amortecedores viscosos, viscoelásticos, de fricção no qual ao se cessar o carregamento uma pequena
ou histeréticos, como o caso deste estudo [8]. recuperação elástica é observada, porém a maior
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parte da deformação é mantida, isto é, uma pseudoelasticidade para a elasticidade comum das
deformação pseudoplástica é notada. Neste ponto, ligas metálicas é o fato de que na superelasticidade
promovendo um aquecimento acima de uma o final do ciclo histerético ou descarga não retornar
determinada temperatura, transformando para uma pelo mesmo percurso da carga, gerando assim um
fase estável, ocorre à recuperação da forma original, ciclo de dissipação de energia [15].
caracterizando o efeito, que pode ser repetido Em princípio tanto a superelasticidade quanto o
inúmeras vezes sem que as propriedades do material efeito de forma são observados em uma mesma
se alterem [15]. amostra, dependendo assim da temperatura do
A segunda propriedade destas ligas metálicas e ensaio e do seu histórico termomecânico, contanto
de grande interesse para aplicações de engenharia, e que a tensão crítica para as variações da rede
no qual será objeto de estudo deste trabalho é a cristalina seja alta. A superelasticidade ocorre
propriedade da superelasticidade. Nesta a LMF se sempre com temperaturas acima da temperatura que
encontra em um estado mais forte e estável, de mais marca o fim da mudança de fase Austenita (Af),
alta temperatura, na qual deformações de alta enquanto que o efeito de memória de forma ocorre
magnitude são também recuperadas, todavia agora na sequência de uma deformação abaixo da
por meio de simples ciclos de carregamento e temperatura que marca o fim da fase Martensita
descarregamento do material. (Mf) [15].
Mantendo-se um determinado nível de calor as A figura 5 evidencia a principal forma de
transformações reversíveis de fases cristalográficas constatação do comportamento superelástico, que é
são conseguidas apenas pela aplicação de tensão a aplicação de uma tensão crescente quando em
mecânica, e não mais dependem da variação de condições isotérmicas, a partir de um ponto
temperatura. Associado a este fenômeno está à qualquer, ainda na fase Austenita. Desta forma
capacidade de dissipação de energia, que ocorre obtém-se um diagrama tensão/deformação, para
pela formação da histerese mecânica. carga e descarga.
Uma ampla seleção de LMF’s está disponível no
mercado, porém somente apenas algumas delas
foram desenvolvidas em escala comercial. A partir
da descoberta do Nitinol em 1963, várias LMF’s
foram investigadas e adaptadas para atender a
requisitos específicos, tais como módulo de
elasticidade e resistividade elétrica, como para o uso
de sensores e atuadores, por exemplo. Atualmente
mais de 90% de todas as suas aplicações estão
baseadas nas ligas de NiTi, NiTiCu ou ligas de
NiTiNb [16].
A figura 4 ilustra a aplicação de um tipo de LMF,
anexadas a asa abaixo na forma de fitas, e usada no
Figura 5: Curva clássica de uma LMF destacando as
controle aeroespacial. tensões críticas de transformações de fases cristalinas.

No percurso de descarregamento, a curva gerada


é semelhante à do carregamento, com a diferença do
aparecimento da histerese mecânica e o valor de
energia dissipada (Ed) associada a ela, isto se dá
devido à distinção das tensões de início e fim da
transformação reversa em comparação com a
Figura 4: Aplicação de LMF no campo transformação direta.
aeroespacial/aeronáutico.
2.3.3. Aplicações de LMF em Estruturas
2.3.2. A Superelasticidade
Em muitas aplicações de engenharia inúmeros
A superelasticidade, como já foi abordado, é o elementos (fios, molas, varas, cabos, barras e vigas)
aspecto termomecânico do material de recuperar a de LMF vêm sendo utilizados como forma de
posição original quando retirado o carregamento a minimizar e controlar os efeitos vibracionais em
que está sujeito, de modo a poder se recuperar de estruturas de pontes, edifícios e sistemas estruturais
deformações relativamente altas, além de dissipar em geral, devido principalmente a sua excelente
energia mecânica a cada ciclo de carregamento e capacidade de dissipação de energia, como também
descarregamento. A maior diferença da propriedade
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de centralização do sistema em um determinado Durante uma vibração livre, quando nenhuma


ponto quando solicitado [17]. força externa atua no sistema após o deslocamento
Em áreas sísmicas ativas, pontes e edifícios inicial, uma das frequências ressonantes terá as
também podem ser propensos a danos estruturais, amplitudes relacionadas de forma específica,
devido geralmente a grandes deslocamentos laterais conhecida como modo natural de vibração.
durante um determinado evento de tremor de terra Contudo, é possível determinar um conjunto de
ou terremoto. Em vista disto, a integridade destes coordenadas de maneira que cada uma das equações
sistemas tem sido uma área de intenso interesse dos de movimento contenha apenas uma coordenada em
pesquisadores, na qual o uso de elementos de LMF particular, pode-se dizer assim que estas mesmas
como possível reforço vem sendo investigada [18]. equações são agora não acopladas, podendo ser
A figura 6 exemplifica um tipo de sistema que resolvidas de forma separada. Tais variáveis que
usa tendões ou cabos superelásticos como reforço resultam em equações deste tipo são denominadas
em uma estrutura [12]. A grande vantagem deste de coordenadas principais.
tipo de dispositivo em comparação com algumas Em termos de solicitações externas, ao aplicar-
amarrações de aço comum que possuem baixa se uma força num sistema deste tipo, verifica-se que
energia de dissipação é o fato dos tendões de LMF em vibração livre o mesmo irá oscilar como uma
além de apresentarem todas as características já sobreposição de seus dois modos naturais, logo para
conhecidas, apresentam efeitos insignificantes de um carregamento transiente ou sísmico o sinal de
dependência do tempo de carregamento, enquanto entrada terá caráter aleatório com a força ou energia
outros dispositivos viscoelásticos comuns exibem de vibração aplicada na base do sistema, assim a
uma taxa de dependência considerável. resposta no domínio do tempo será também uma
sobreposição de seus dois modos de vibração.
Aplicando a FFT (Fast Fourier Transform) deste
sinal, ou seja, transformando-o para o domínio da
frequência, pode-se obter os picos de aceleração e
suas respectivas frequências naturais.

4. Materiais e Metodologia

Neste tópico será descrito as etapas seguidas na


(a) (b)
Figura 6: Representação da anexação de cabos LMF em
realização dos ensaios experimentais do sistema
estrutura predial. (a) Esquema de acoplamento dos cabos; (b) submetido as solicitações sísmicas. Inicialmente
Sistema incorporado em edifício. com a idealização do modelo estrutural adotado e os
elementos absorvedores (minimolas superelásticas),
3. Formulação teórica seguindo com a instrumentação e captação dos
sinais gerados e tratamento de dados.
Para o tipo de estrutura usada no estudo define-
se um sistema com 2GDL (dois graus de liberdade) 4.1. Concepção e Modelo estrutural
como um sistema que requer duas coordenadas
independentes para descrever seu movimento. De Neste estudo, foi utilizado um modelo estrutural
uma forma geral, as duas equações de movimento com (2GDL) projetado e construído no Laboratório
estão na forma de equações diferenciais acopladas, de Vibrações e Instrumentação (LVI) presente na
ou seja, cada equação está relacionada com as duas Unid. Acadêmica de Eng. Mecânica (UAEM) da
coordenadas independentes do sistema [19]. Na Universidade Federal de Campina Grande (UFCG).
figura 7 é ilustrado sistemas dinâmicos deste tipo.

(a) (b)
Figura 7: Sistemas com 2GDL. (a) Modelo de braço
robótico; (b) Modelo massa-mola de um pórtico de edifício. Figura 8: Modelo estrutural adotado e montagem final.
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Na figura 8 é evidenciado o modelo estrutural e Na tabela 1 abaixo são mostrados os parâmetros


sua montagem final. dimensionais dos elementos descritos, nos quais:
O modelo é constituído por barras chatas de aço
ao carbono do tipo 1020 para composição dos pisos, 𝐿𝑢 – Comprimento útil;
chapas retangulares de aço inoxidável do tipo 304 𝐿𝑜 – Comprimento entre olhais;
para as colunas, e como elementos de ligação 𝑁𝑒 – Número de espiras ativas;
parafusos Allen fabricados em aço comum. 𝑉𝑚 – Volume de material útil;

4.2. Caracterização das Minimolas LMF-NiTi Tabela 1: Parâmetros dimensionais dos elementos atuadores.

Tipos de 𝑳𝒖 𝑳𝒐 𝑵𝒆 𝑽𝒎
Neste estudo foram utilizados elementos Atuadores (mm) (mm) (Und.) (mm³)
elásticos do tipo molas helicoidais fabricadas em
aço e minimolas helicoidais de (LMF–NiTi) que Molas de Aço 15,0 21,0 47 41,47
apresentam efeito superelástico. No segundo caso o
acréscimo de amortecimento na estrutura foi devido M7 - Individual 2,5 7,0 07 2,494
à propriedade termomecânica da pseudoelasticidade M12 - Individual 7,5 12,0 26 7,481
presentes nestas ligas.
As minimolas LMF originalmente tem função M7 - Dupla 2,5 23,0 14 4,987
ortodôntica e são comercializadas pela empresa M12 - Dupla 7,5 29,0 52 14,96
Dental Morelli. Na figura 9 é evidenciado um tipo
de minimola usada no estudo, a M7. Os ensaios foram realizados para quatro tipos de
configurações distintas, como pode ser observado
na tabela 2, juntamente com o volume total de
material presente em cada configuração adotada.

Tabela 2: Volume total dos elementos para cada configuração.

Configurações Adotadas 𝑽𝑻𝒐𝒕𝒂𝒍 %R

Sem Atuadores - -
(a) (b)
Figura 9: Minimola M7 (LMF–NiTi). (a) Proporção Molas de aço 165,8 mm³ -
comparativa; (b) Comprimento entre olhais e útil da minimola.
Minimolas LMF Individuais 19,95 mm³ 88%

Foi selecionado dois tipos de minimolas devido Minimolas LMF Duplas 39,89 mm³ 76%
a diferentes deformações sofridas pela estrutura.
Adotou-se as minimolas M7 e M12 de comprimento 4.3. Incorporação dos Elementos na Estrutura
útil de 2,5mm e 7,5mm a serem incorporadas no 2º
e 1º pavimentos respectivamente, obtendo-se assim Com relação à incorporação destes elementos
maior eficiência de dissipação de energia. As molas atuadores, foi realizado o procedimento de forma
de aço comum usadas para fins de comparação que os mesmos fossem acoplados nas diagonais do
possuem 15,0 mm de comprimento útil. A figura 10 sistema a partir da conexão de quatro fios de aço
revela os modelos reais de todos os atuadores comum (tirantes) fixados aos olhais das minimolas
utilizados nos ensaios experimentais. e conectados nos pisos da estrutura por meio de
ancoragem na base, no primeiro e segundo piso
respectivamente, através dos parafusos de fixação.
Os tirantes de aço comum receberam um pré-
tensionamento inicial, de modo que deformassem as
minimolas em um determinado nível, permitindo
que as mesmas estivessem em uma região de regime
superelástico. Este pré-tensionamento ou Offset foi
obtido mediante aferições realizadas com um
instrumento do tipo paquímetro.
Tomando como hipótese que as minimolas
possuam uma rigidez bem menor que a dos fios de
aço, pode-se considerar que o acréscimo de
amortecimento estrutural imposto ao sistema,
deverá ser associado a elas, sendo os fios apenas
Figura 10: Conjunto dos elementos incorporados no sistema.
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elementos de fixação, desconsiderando desta forma de sinais modelo Agilent® 37670A, e manipulados
qualquer deformação nos mesmos. no software comercial Matlab®.
Neste estudo foram analisados três tipos de
abalos sísmicos que ocorreram na América do Norte
nos anos de 1979 a 1994, com tremores de terra
variando de 6,4 a 7,2 na escala de magnitude de
momento (Mw), que substitui a escala Richter (Ml).
A montagem real do experimento é mostrada na
figura 12.

(a) (b)
Figura 11: Esquema de acoplamento das minimolas LMF
na estrutura. (a) Procedimento de aferição da deformação das
minimolas LMF individuais; (b) Modelo real do pré-
tensionamento ou Offset das minimolas duplas.
Figura 12: Montagem da estrutura sob abalos sísmicos.
A figura 11(a) ilustra o procedimento de aferição
para o Offset das minimolas individuais. Na figura O primeiro terremoto analisado foi o sismo de
11(b) pode ser vista a adição de mais uma minimola Northridge que ocorreu na região da grande Los
LMF neste atuador, quatro no total da estrutura, Angeles, Califórnia, no dia 17 de janeiro de 1994 às
evidenciando a configuração de minimolas duplas. 04h30min hora local, com uma magnitude de 6,7 na
Estas minimolas foram acopladas e dispostas escala (Mw). O epicentro teve uma duração de 10 a
simetricamente em pares formando uma associação 20 segundos a uma profundidade de 18.3Km. O
de minimolas em paralelo. Percebe-se que o terremoto recebeu este nome devido à região onde
elemento se alonga até uma determinada amplitude se pensava ser o epicentro do sismo, porém foi
correspondente a seu ponto de Offset, onde é travada descoberto mais tarde que o mesmo ocorreu na
a armação. Neste ponto quando solicitada, a região vizinha de Reseda [20]. Na figura 13 tem-se
estrutura irá deslocar-se expandindo o elemento, o sinal de entrada correspondente a este sismo.
ocorrendo à transformação direta/Martensítica, a
transformação reversa/Austenítica é conseguida
quando o elemento é descarregado, passando pelo
ponto central e formando o laço histerético.

4.4. Montagem e Medição experimental

Para os testes experimentais da estrutura


submetida a três abalos de natureza sísmica, foi
utilizado um excitador eletromecânico Quanser®
Shake Table II, onde a partir de um sinal de entrada
transiente e aleatório pré-definido na plataforma do
sistema Shake Table II Controll® foi capturado o
comportamento de um dos pavimentos da estrutura.
O intuito principal desta análise é de se verificar Figura 13: Sinal do abalo sísmico de Northridge em 1994.
as amplitudes de aceleração do sinal no tempo e os
correspondentes espectros de frequência gerados O segundo tremor analisado a qual a estrutura foi
pela FFT deste mesmo sinal, determinando assim o submetida foi o abalo do Vale Imperial ou terremoto
comportamento dos picos de aceleração do sistema de El-Centro que ocorreu às 16h16min (horário do
quando incorporado de um controle passivo a partir Pacífico) em 15 de outubro de 1979 ao sul da
de atuadores superelásticos, em comparação com o fronteira do México com os EUA. O terremoto teve
sistema sem e com a implantação de molas de aço. um epicentro raso apresentando magnitude de 6,4
No processo de instrumentação foi utilizado um (Mw), com uma intensidade máxima percebida de
sensor do tipo acelerômetro modelo PCB® 353B01 IX (Violenta) na escala de Mercalli. No entanto, a
SN 79532 para capturar o sinal de saída. Os dados maioria das medidas de intensidade foi consistente
gerados foram registrados pelo analisador dinâmico com uma intensidade de VII (Muito forte) [21].
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O sinal correspondente a este abalo sísmico é


representado na figura 14.

(a) (b)

Figura 14: Sinal do abalo sísmico de El-Centro em 1979.

Por último foi analisado o terremoto conhecido


como Mendocino ou terremotos de Petrolia que
ocorreram em 25 e 26 de abril do ano de 1992 no
Cabo Mendocino ao longo da costa do norte da
Califórnia. O maior choque registrado apresentou
7,2 de magnitude (Mw) perto da comunidade de
(c) (d)
Petrolia no dia 25 de abril, seguido de outros dois Figura 16: Resposta no tempo para o abalo sísmico de
tremores na manhã seguinte, com magnitude menor Northridge. (a) Sem atuadores; (b) Molas de aço;
de 6,5 e 6,6 (Mw) [22]. O sinal deste tremor pode (c)Minimolas LMF individuais; (d) Minimolas LMF duplas.
ser visto na figura 15.

(a) (b)

Figura 15: Sinal do abalo sísmico de Mendocino em 1992.

5. Resultados e Discussões

Na análise do sistema foram determinadas as


curvas de resposta de aceleração no tempo para os
terremotos definidos na etapa da metodologia, para
o segundo pavimento da estrutura. Uma FFT dos
sinais gerados foi utilizada para se determinar o
comportamento dinâmico do sistema para cada
configuração adotada, a partir do seu espectro de
frequências. (c) (d)
Figura 17: Resposta no tempo para o abalo sísmico de
Os gráficos da figura 16(a) à 16(d) exibem as El-Centro. (a) Sem atuadores; (b) Molas de aço; (c)Minimolas
respostas no tempo quando a estrutura é submetida LMF individuais; (d) Minimolas LMF duplas.
ao abalo sísmico de Northridge.
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Nas figuras 17(a) à 17(d) pode ser observado as sistema sem atuadores e com as molas de um aço
respostas no tempo para a estrutura submetida ao convencional.
terremoto de El- Centro. Em uma análise modal os espectros se mostram
Já nas figuras 18(a) à 18(d) são vistos as repostas coerentes, com um pequeno aumento de frequências
no tempo também em todas as configurações para o naturais para a estrutura anexada com configurações
sistema submetido ao abalo de Mendoncino. de maior rigidez estrutural.

(a) (b) Figura 19: Espectro de frequências em todas configurações


adotadas para o terremoto de Northridge com referência ao
2º Piso e primeiro modo de vibração.

(c) (d)
Figura 18: Resposta no tempo para o abalo sísmico de
Mendoncino. (a) Sem atuadores; (b) Molas de aço;
(c)Minimolas LMF individuais; (d) Minimolas LMF duplas.
Figura 20: Espectro de frequências em todas configurações
adotadas para o terremoto de El-Centro com referência ao
Pode-se perceber que a resposta de aceleração no 2º Piso e primeiro modo de vibração.
tempo para o sistema sem a presença de atuadores
apresenta um sinal muito mais denso e com maiores
amplitudes de aceleração, quando comparado com
os sinais gerados para a estrutura com a presença
das minimolas superelásticas. Este fato é devido à
propriedade de dissipação de energia evidenciada
neste estudo, podendo ser melhor visualizada nas
figuras 19, 20 e 21 apresentadas a seguir e a partir
dos seus respectivos espectros de frequência em
todos os terremotos e para as quatro configurações
adotadas.
Com intuito de facilitar a exposição dos
resultados foram evidenciados inicialmente os picos
de resposta correspondentes ao primeiro modo de Figura 21: Espectro de frequências em todas configurações
vibração que está associado a primeira frequência adotadas para o terremoto de Mendoncino com referência ao
natural da estrutura. 2º Piso e primeiro modo de vibração.
Desta forma, analisando os espectros pode-se
notar um grau significativo de atenuação dos picos De forma análoga pode-se visualizar nas figuras
de aceleração quando a incorporação das minimolas 22, 23 e 24 apresentadas abaixo os picos de resposta
superelásticas individuais e duplas, comparando o referentes ao segundo modo de vibrar da estrutura
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que está associado a sua segunda frequência natural, descrevem os parâmetros obtidos para os dois
para todos os terremotos analisados e em todas as modos de vibração do sistema.
configurações adotadas.
Tabela 3: Transmissibiladades de acelerção para a estrutua
submetida ao terremoto de Northridge.

𝑯(𝒘)𝟏 𝑯(𝒘)𝟐
Config. 𝝎𝒏𝟏 𝝎𝒏𝟐
Adotadas Hz 𝑻𝒂 % Hz 𝑻𝒂 %
R R
Sem
3,03 0,42 - 8,29 0,07 -
Atuadores

Molas de
3,20 0,49 + 8,96 0,04 43
Aço

Minimolas
LMF 3,25 0,19 55 9,14 0,02 71
Individuais
Figura 22: Espectro de frequências em todas configurações
adotadas para o terremoto de Northridge com referência ao Minimolas
2º Piso e segundo modo de vibração. LMF 3,59 0,12 71 10,48 0,01 86
Duplas

Tabela 4: Transmissibiladades de acelerção para a estrutua


submetida ao terremoto de El-Centro.

𝑯(𝒘)𝟏 𝑯(𝒘)𝟐
Config. 𝝎𝒏𝟏 𝝎𝒏𝟐
Adotadas Hz 𝑻𝒂 % Hz 𝑻𝒂 %
R R
Sem
2,96 0,19 - 8,26 0,07 -
Atuadores

Molas de
3,22 0,46 + 8,84 0,04 43
Aço

Figura 23: Espectro de frequências em todas configurações Minimolas


adotadas para o terremoto de El-Centro com referência ao LMF 3,29 0,16 16 9,64 0,03 57
2º Piso e segundo modo de vibração. Individuais

Minimolas
LMF 3,45 0,11 42 10,77 0,01 86
Duplas

Tabela 5: Transmissibiladades de acelerção para a estrutua


submetida ao terremoto de Mendoncino.

𝑯(𝒘)𝟏 𝑯(𝒘)𝟐
Config. 𝝎𝒏𝟏 𝝎𝒏𝟐
Adotadas Hz 𝑻𝒂 % Hz 𝑻𝒂 %
R R
Sem
3,03 0,61 - 8,33 0,18 -
Atuadores

Figura 24: Espectro de frequências em todas configurações Molas de


3,25 0,37 39 8,87 0,04 77
adotadas para o terremoto de Mendoncino com referência ao Aço
2º Piso e segundo modo de vibração.
Minimolas
LMF 3,25 0,28 54 9,20 0,04 78
Na tabela 3, 4 e 5 são destacados os parâmetros Individuais
modais de transmissibilidade de aceleração para
todos os abalos sísmicos testados, juntamente com Minimolas
os percentuais de redução destas amplitudes em LMF 3,47 0,11 82 10,70 0,03 83
Duplas
comparação a estrutura sem atuadores. As mesmas
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6. Conclusões e Sugestões Referências

Pode-se concluir pela análise dos dados obtidos, [1] Correia, A. A. Vibrações de Sistema com 1 Grau
que a incorporação de elementos superelásticos se de Liberdade, Dinâmica. Instituto Superior Técnico,
mostra eficiente no controle passivo de vibrações jan. 2007.
em estruturas submetidas a este tipo de solicitação,
[2] Yánez, P. A. L. Análise Sísmica de Edifícios
porém como o sinal de abalos sísmicos em geral é
predominantemente transiente e aleatório não se pela Técnica do Meio Contínuo. São Carlos, SP:
tornou possível utilizar todo o potencial (área) do USP, 1992. 198 p. Tese de Doutorado em
laço histerético das minimolas, diminuindo assim o Engenharia de Estruturas, Escola de Engenharia de
poder de dissipação de energia na estrutura. São Carlos da Universidade Federal de São Paulo,
Contudo, os valores de redução se mostraram 1992.
superiores para as duas configurações de minimolas [3] Veloso, J. A. V. Terremotos Induzidos pelo
superelásticas quando comparadas a configuração Homem. Nós fora dos eixos, Brasília, 18 set. 2012.
de molas de aço comum, validando a implantação [4] Saavedra, F. L. B. Estudo comparativo em
deste tipo de sistema para controle de vibrações em análise sísmica de estruturas de edifício. Rio de
estruturas submetidos à ação sísmica. Janeiro, RJ: UFRJ, 1991. 109 p. Dissertação de
Para as transmissibilidades de aceleração do Mestrado em Ciências da Engenharia Civil,
sistema evidenciou-se uma redução máxima de até Universidade Federal do Rio de Janeiro, 1991.
55% para o primeiro modo de vibração e de 78% no [5] Haliday, D.; Resnick, R. Fundamentos de
segundo modo de vibrar, referentes ao segundo Física, volume 1: mecânica. 8º ed. Rio de Janeiro:
piso, quando a incorporação de minimolas LMF LTC, 2008. ISBN 978-85-216-1605-4.
individuais e em comparação com a estrutura sem
[6] Lopes, A. E. V. Risco Sísmico no Brasil e Seu
atuadores. Para a configuração de minimolas LMF
Impacto sobre Grandes Obras, In: Revista do
duplas estes valores de reduções foram ainda mais
Instituto de Engenharia, n. 58, abr./mai. 2010.
significativos, apresentando até 82% no primeiro
modo de vibração e até 86% no segundo modo. [7] Lopes, A. E. V. Intensidades Sísmicas de
Sugere-se para trabalhos futuros a continuação Terremotos: Formulação de Cenários Sísmicos no
dos estudos da dinâmica estrutural, entretanto com Brasil. In: Revista USP, São Paulo, n. 91, p. 90-102,
aplicações em outros tipos de sistemas estruturais e set./nov. 2011.
tipos de excitações. A caracterização e uso de outro [8] Rodrigues, L. F. G. Estudo de estratégias de
tipo de atuador passivo (fios simples ou trançados, controlo activo de vibrações para um edifício de
fitas, tiras, hastes, molas abertas, seccionadas) de dois andares. Lisboa, Portugal: FCT, 2011. 111 p.
LMF, a fim de uso como elemento de dissipação de Dissertação de Mestrado em Engenharia Civil-
energia mecânica. E por fim a programação de um Perfil de Estruturas, Faculdade de Ciências e
novo sistema para incorporação dos elementos Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa, 2011.
selecionados, por meio de arames, mecanismos [9] Rios, M, P. Efeito de Amortecedores no
híbridos, ou outros dispositivos, com finalidade de Comportamento Dinâmico de Edifícios Altos sob
garantir melhor desempenho de atuação. Cargas de Vento. Rio de Janeiro, RJ: PUC, 2015.
Sendo assim pode-se afirmar que os objetivos do 136 p. Dissertação de Mestrado em Engenharia
trabalho foram alcançados de forma satisfatória, Civil, Pontifícia Universidade Católica do Rio de
validando o uso das LMF’s com características Janeiro, 2015.
superelásticas no controle passivo de vibrações em
[10] Leo, D. J. Engineering Analysis of Smart
estruturas submetidas a excitações dinâmicas.
Material Systems. Department of Mechanical
Engineering, Virginia Polytechnic Institute and
Agradecimentos
State University. Virginia: Editora John Wiley &
Sons, INC., 2007, p 569.
Agradecemos ao Laboratório de Vibrações e
Instrumentação (LVI), igualmente ao Laboratório [11] Semião, L. A. P. Utilização de Ligas com
Multidisciplinar de Materiais e Estruturas Ativas Memória de Forma no Controle de Vibrações em
(LaMMEA) ambos localizados na Universidade Estruturas Inteligentes de Engenharia Civil.
Federal de Campina Grande. Lisboa, Portugal: FCT, 2010. 81 p. Dissertação de
A CAPES pelo financiamento concedido na Mestrado em Engenharia Civil-Estruturas e
forma de bolsa de estudos e investimento em Geotecnia, Faculdade de Ciências e Tecnologia da
pesquisa científica e ao CNPq através dos projetos Universidade Nova de Lisboa, 2010.
306732/2012-2 e 444039/2014-7. [12] Menna, C.; Auricchio, F.; Asprone, D.
Applications of SMA in Structural Engineering.
XIII CIBEM – 2017 Lisboa

Shape Memory Alloy Engineering, 2015. ISBN 978- Quadrados. In: IX Congresso Nacional de
0-08-099920-3. Engenharia Mecânica, Fortaleza – CE, 2016.
[13] Delaey, L.; Krishnan, R. V.; Tas, H. [25] Moraes, Y. J. O. Análise Dinâmica Aplicada ao
Thermoelasticity, Pseudoelasticity, and the Controle Passivo de Vibrações em Estrutura do
Memory Effects Associated with Martensitie Tipo Pórtico Incorporando Minimolas
Transforations: Structural and Microestructural Superelásticas de Nitinol. Campina Grande, PB.
Changes Associated with the Transformations. 114p. Dissertação de Mestrado em Engenharia
Journal of Materials Science, Part 1, n. 9, p. 1521- Mecânica – PPGEM/UAEM, UFCG, 2017.
1535, 1974.
[14] Duerig, T. W.; Melton, K. N.; StöckeL, D.;
Wayman, C. M. Engineering Aspects of Shape
Memory Alloys. 1º ed. London, England:
Butterworth-Heinemann Ltd, 1990. ISBN 0-750-
61009-3.
[15] Lagoudas, D. C. Shape Memory Alloys:
Modeling and Engineering Application. Edited by
Lagoudas, D. C., Springer, Texas, USA, 2008.
[16] Lecce, L.; Concilio, A. Shape Memory Alloy
Engineering – For Aerospace, Structural and
Biomedical Applications. Editors-in-Chief, 2015.
ISBN: 978-0-08-099920-3.
[17] Wilson, J.; Wesolowsky, M. Shape memory
alloys for seismic response modification: a state-of-
the-art review. Earthq Spectra, 2005. p 21:569.
[18] Alam, M.; Youssef, M.; Nehdi, M. Utilizing
shape memory alloys to enhance the performance
and safety of civil infrastructure: a review. Can J
Civ Eng, 2007. 34(9):1075–1086
[19] Rao, S. S. Vibrações Mecânicas. 4ª ed. São
Paulo: Pearson Prentice Hall, 2008. Título original:
Mechanical Vibrations. 449 p. Inclui indice. ISBN
978-85-7605-200-5.
[20] Historic Earthquakes. In: USGS Science for a
changing world. Consultado em 2016. Disponível
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[21] Archuleta, R.J. Hypocenter for the 1979
Imperial Valley earthquake. Geophysial Research
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[22] Green, R. K.; Sawyer, T. L. Geotechnical
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Third International Conference on Case Histories
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June 1–4, 1993. Paper. 14.08. pp. 1715–1717.
[23] Moraes, Y. J. O. Análise Dinâmica Aplicada
ao Controle de Vibrações em Estrutura do Tipo
Pórtico Sujeita a Excitações Laterais e
Incorporando Elementos Passivos. Campina
Grande, PB: UAEM, 2014. 23 p. TCC do Curso em
Engenharia Mecânica, UFCG, 2014.
[24] Moraes, Y. J. O.; Oliveira, A. G.; Silva, A. A.;
Moreira, P. I. C. Análise de Sistema Estrutural do
Tipo Pórtico Através da Função Resposta Em
Frequência (FRF) Usando o Método dos Mínimos

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