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NORMA ABNT NBR


BRASILEIRA 16858-2
Primeira edição
02.07.2020

Versão corrigida
20.08.2020
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Elevadores — Requisitos de segurança para


construção e instalação
Parte 2: Requisitos de projeto, de cálculos e de
inspeções e ensaios de componentes
Safety rules for the construction and installation of lifts – Examinations and
tests
Part 2: Design rules, calculations, examinations and tests of lift components

ICS 91.140.90 ISBN 978-65-5659-323-4

Número de referência
ABNT NBR 16858-2:2020
107 páginas

© ABNT 2020
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ABNT NBR 16858-2:2020


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Sumário Página

Prefácio................................................................................................................................................iv
Introdução............................................................................................................................................vi
1 Escopo.................................................................................................................................1
2 Referências normativas......................................................................................................1
3 Termos e definições............................................................................................................2
4 Lista de perigos significativos...........................................................................................2
5 Requisitos de projeto, de cálculos e de inspeções e ensaios........................................3
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Anexo A (normativo) Modelo de formulário do certificado de ensaio de tipo..............................81


Anexo B (normativo) Sistemas eletrônicos programáveis em aplicações relacionadas à
segurança dos elevadores (PESSRAL)...........................................................................82
B.1 Medidas comuns conforme a Tabela B.1 até a Tabela B.3............................................82
B.2 Medidas específicas conforme a Tabela B.4 até a Tabela B.6......................................85
B.3 Descrições de possíveis medidas conforme a Tabela B.7............................................89
Anexo C (informativo) Exemplo de cálculo de guias......................................................................95
C.1 Generalidades....................................................................................................................95
C.2 Configuração geral para elevadores com freio de segurança......................................98
Anexo D (informativo) Cálculo da tração — Exemplo...................................................................103
Anexo E (informativo) Número equivalente de polias Nequiv — Exemplos...............................105
E.1 Efeito 2:1, polia motriz com ranhuras V........................................................................105
E.2 Efeito 1:1, polia motriz com ranhuras U recortadas....................................................105
E.3 Efeito 1:1, polia motriz com ranhuras U em dupla laçada...........................................106
Bibliografia........................................................................................................................................107

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Prefácio

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é o Foro Nacional de Normalização. As Normas


Brasileiras, cujo conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB), dos Organismos
de Normalização Setorial (ABNT/ONS) e das Comissões de Estudo Especiais (ABNT/CEE), são
elaboradas por Comissões de Estudo (CE), formadas pelas partes interessadas no tema objeto da
normalização.
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Os Documentos Técnicos ABNT são elaborados conforme as regras da ABNT Diretiva 2.

A fim de permitir aos usuários da ABNT NBR 16858-2, prazo para adequação e atendimento aos seus
requisitos, é previsto que estes não sejam exigidos antes de 24 meses da publicação desta Norma. Isto
não significa, entretanto, impedimento à adequação e atendimento a esta Norma na sua íntegra por
quaisquer partes interessadas que se sintam aptas a utilizá-la a qualquer momento durante este
período.

Neste ínterim, as normas ABNT NBR NM 207:1999, ABNT NBR NM 267:2002 e ABNT NBR 16042:2012
continuam sendo aplicáveis pelo prazo de 24 meses a partir da data de publicação desta Norma, sendo
canceladas após este prazo.

A ABNT chama a atenção para que, apesar de ter sido solicitada manifestação sobre eventuais direitos
de patentes durante a Consulta Nacional, estes podem ocorrer e devem ser comunicados à ABNT a
qualquer momento (Lei nº 9.279, de 14 de maio de 1996).

Os Documentos Técnicos ABNT, assim como as Normas Internacionais (ISO e IEC), são voluntários e
não incluem requisitos contratuais, legais ou estatutários. Os Documentos Técnicos ABNT não
substituem Leis, Decretos ou Regulamentos, aos quais os usuários devem atender, tendo precedência
sobre qualquer Documento Técnico ABNT.

Ressalta-se que os Documentos Técnicos ABNT podem ser objeto de citação em Regulamentos
Técnicos. Nestes casos, os órgãos responsáveis pelos Regulamentos Técnicos podem determinar as
datas para exigência dos requisitos de quaisquer Documentos Técnicos ABNT.

A ABNT NBR 16858-2 foi elaborada no Comitê Brasileiro de Máquinas e Equipamentos Mecânicos
(ABNT/CB-004), pela Comissão de Estudo de Elevadores (CE-004:010.013). O Projeto circulou em
Consulta Nacional conforme Edital nº 03, de 04.03.2020 saida 04.05.2020.

A ABNT NBR 16858-2 é baseada na EN 81-50:2014.

Esta versão corrigida da ABNT NBR 16858-2:2020 incorpora a Errata 1, de 20.08.2020

A ABNT NBR 16858, sob o título geral "Elevadores — Requisitos de segurança para construção e
instalação", tem previsão de conter as seguintes partes:

 Parte 1: Elevadores de passageiros e elevadores de passageiros e cargas;

 Parte 2: Requisitos de projeto, de cálculos e de inspeções e ensaios de componentes;

 Parte 3: Acessibilidade em elevadores para pessoas, incluindo pessoas com deficiência.

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O Escopo em inglês da ABNT NBR 16858-2 é o seguinte:

Scope
This Part of ABNT NBR 16858 specifies the design rules, calculations, examinations and tests of lift
components which are referred to by other standards used for the design of passenger lifts, goods
passenger lifts, goods only lifts, and other similar types of lifting appliances.
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Introdução

Esta Parte da ABNT NBR 16858 estabelece os requisitos de segurança relacionados aos elevadores
orientados para a proteção das pessoas e objetos contra o risco de acidentes associados ao uso,
manutenção e operação de emergência dos elevadores.
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Elevadores — Requisitos de segurança para construção e instalação —


Parte 2: Requisitos de projeto, de cálculos e de inspeções e ensaios de
componentes

1 Escopo
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Esta Parte da ABNT NBR 16858 especifica os requisitos de projeto, cálculos, inspeções e ensaios de
componentes de elevadores de passageiros, passageiros e cargas, elevadores exclusivos de cargas e
outros tipos similares de aparelhos de elevação.

2 Referências normativas
Os documentos a seguir são citados no texto de tal forma que seus conteúdos, totais ou parciais,
constituem requisitos para este Documento. Para referências datadas, aplicam-se somente as edições
citadas. Para referências não datadas, aplicam-se as edições mais recentes do referido documento
(incluindo emendas).

ABNT NBR 16858-1:2020, Elevadores — Requisitos de segurança para construção e instalação —


Parte 1: Elevadores de passageiros e elevadores de passageiros e cargas

ABNT NBR IEC 60112, Método para a determinação do índice de resistência ao trilhamento e do índice
de trilhamento comparativo dos materiais isolantes sólidos

ABNT NBR IEC 60947-4-1, Dispositivo de manobra e comando de baixa tensão — Parte 4-1:
Contatores e chaves de partidas de motores — Contatores e chaves de partidas de motores
eletromecânicos

ABNT NBR IEC 60947-5-1, Dispositivos de manobra e controle de baixa tensão — Parte 5-1:
Dispositivos e elementos de comutação para circuitos de comando — Dispositivos eletromecânicos para
circuito de comando

ABNT NBR IEC 62326-1, Placas de circuito impresso — Parte 1: Especificação genérica

ABNT NBR ISO 12100:2013, Segurança de máquinas — Princípios gerais de projeto — Apreciação e
redução de riscos

IEC 60068-2-6, Environmental testing — Part 2: Tests — Test Fc: Vibration (sinusoidal)

IEC 60068-2-14, Environmental testing — Part 2-14: Tests — Test N: Change of temperature

IEC 60068-2-27, Environmental testing — Part 2-27: Tests — Test Ea and guidance: Shock

IEC 60664-1:2007, Insulation coordination for equipment within low-voltage systems — Part 1:
Principles, requirements and tests

IEC 60747-5-5, Semiconductor devices — Discrete devices — Part 5-5: Optoelectronic devices —
Photocouplers

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IEC 60950-1:2005, Information technology equipment — Safety – Part 1: General requirements

IEC 61249 (todas as partes), Materials for printed boards and other interconnecting structures

IEC 61558-1:2005, Safety of power transformers, power supplies, reactors and similar products —
Part 1: General requirements and tests

IEC 61508-1:2010, Functional safety of electrical/electronic/programmable electronic safety-related


systems — Part 1: General requirements

IEC 61508-2:2010, Functional safety of electrical/electronic/programmable electronic safety-related


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systems — Part 2: Requirements for electrical/electronic/programmable electronic safety-related


systems

IEC 61508-3:2010, Functional safety of electrical/electronic/programmable electronic safety-related


systems — Part 3: Software requirements

IEC 61508-7:2010, Functional safety of electrical/electronic/programmable electronic safety-related


systems — Part 7: Overview of techniques and measures

EN 10025 (todas as partes), Hot rolled products of non-alloy structural steels — Technical delivery
conditions

EN 12385-5, Steel wire ropes — Safety — Stranded ropes for lifts

3 Termos e definições
Para os efeitos deste documento, aplicam-se os seguintes termos e definições.

3.1
certificado de ensaio de tipo
documento emitido por um organismo aprovado que certifica que a amostra do produto em questão está
em conformidade com as disposições na Parte 1, aplicáveis a ele

3.2
componente de segurança
componente provido para atender a uma função de segurança

3.3
organismo aprovado
organização ou fabricante que opera um sistema de garantia de qualidade total aprovado para realizar
ensaios de componentes de segurança

4 Lista de perigos significativos


Esta Seção contém os perigos significativos, as situações e os eventos perigosos na medida em que
são tratados nesta Parte da ABNT NBR 16858, identificados por avaliações de risco como significativos
para este tipo de equipamento e que requerem ações para eliminar ou reduzir os riscos (ver Tabela 1).

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Tabela 1 — Lista de perigos significativos


Perigos listados na
N° Seções pertinentes
ABNT NBR ISO 12100:2013, Anexo B
1 Perigos mecânicos devidos a:
Aceleração, desaceleração (energia cinética) 5.3; 5.4; 5.5; 5.7; 5.8; 5.9
Aproximação de um elemento móvel a uma parte 5.2
fixa
Elementos elásticos 5.10; 5.11; 5.12; 5.13
Queda de objetos 5.3; 5.4; 5.5; 5.9
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Gravidade (energia armazenada) 5.3; 5.4; 5.5; 5.9


Altura em relação ao chão 5.3; 5.4; 5.5; 5.9
Alta pressão 5.13
Elementos móveis 5.2; 5.3; 5.4; 5.5; 5.6; 5.7; 5.8; 5.9; 5.10; 5.11;
5.12; 5.13; 5.14; 5.15; 5.16
Elementos rotativos 5.4; 5.11; 5.12
Estabilidade 5.10. 5.11; 5.12; 5.13; 5.14
Resistência 5.10; 5.11; 5.12; 5.13; 5.14
2 Perigos elétricos
Arco 5.2; 5.4; 5.6; 5.7; 5.8; 5.15; 5.16
Fenômenos eletrostáticos 5.2; 5.4; 5.6; 5.7; 5.8; 5.15; 5.16
Partes energizadas 5.2; 5.4; 5.6; 5.7; 5.8; 5.15; 5.16
Distância insuficiente a partes energizadas sob
5.2; 5.4; 5.6; 5.7; 5.8; 5.15; 5.16
alta-tensão
Sobrecarga 5.2; 5.4; 5.6; 5.7; 5.8; 5.15; 5.16
Partes que se tornaram energizadas sob condições
5.2; 5.4; 5.6; 5.7; 5.8; 5.15; 5.16
defeituosas
Curto-circuito 5.2; 5.4; 5.6; 5.7; 5.8; 5.15; 5.16
6 Perigos gerados por radiação
Radiação eletromagnética de baixa frequência 5.6; 5.15; 5.16
Radiação eletromagnética de radiofrequência 5.6; 5.15; 5.16
9 Perigos associados ao ambiente onde a 5.2; 5.3; 5.4; 5.5; 5.6; 5.7; 5.8; 5.9; 5.10; 5.11;
máquina é utilizada 5.12; 5.13; 5.14; 5.15; 5.16

5 Requisitos de projeto, de cálculos e de inspeções e ensaios


5.1 Disposições gerais para inspeções de tipo dos componentes de segurança
5.1.1 Objeto e abrangência dos ensaios
O componente ou dispositivo de segurança é submetido a um procedimento de ensaio para verificar se
a sua construção e o seu funcionamento estão em conformidade com os requisitos desta Parte da
ABNT NBR 16858. Deve ser verificado, em especial, que os componentes mecânicos, elétricos e
eletrônicos do dispositivo são devidamente avaliados e que, no decorrer do tempo, o dispositivo não
perde a sua eficácia devido a desgaste ou envelhecimento. Se o componente de segurança precisar
atender aos requisitos particulares (à prova d'água, à prova de pó ou à prova de explosão), devem ser
realizadas inspeções e/ou ensaios complementares sob critérios adequados.

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5.1.2 Disposições gerais

5.1.2.1 Para os objetivos desta Parte da ABNT NBR 16858, é considerado que o laboratório realiza o
ensaio e a certificação como um órgão credenciado. Um órgão credenciado pode ser aquele de um
fabricante que opera um sistema aprovado de qualidade total assegurada. Em certos casos, o
laboratório de ensaio e o órgão de aprovação para a emissão dos certificados de ensaio de tipo podem
ser independentes. Nesses casos, os procedimentos administrativos podem ser diferentes daqueles
descritos nesta Parte da ABNT NBR 16858.

5.1.2.2 A solicitação para o ensaio de tipo deve ser realizada pelo fabricante do componente ou pelo
seu representante autorizado e deve ser endereçada para um dos laboratórios de ensaio certificados.
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5.1.2.3 O envio das amostras a serem inspecionadas deve ser realizado mediante acordo entre o
laboratório e o solicitante.

5.1.2.4 O solicitante pode assistir aos ensaios.

5.1.2.5 Se o laboratório encarregado dos ensaios completos de um dos componentes que requer o
fornecimento de certificado de ensaio de tipo não dispuser de meios adequados para certas inspeções
ou ensaios, ele pode, sob sua responsabilidade, encarregar outros laboratórios de executá-los, com a
concordância do solicitante.

5.1.2.6 A precisão dos instrumentos deve permitir, salvo especificação particular, que as medições
sejam realizadas com as seguintes exatidões:

a) ± 1 % para massas, forças, distâncias e velocidades;

b) ± 2 % para acelerações e retardamentos;

c) ± 5 % para tensões e correntes;

d) ± 5 °C para temperaturas;

e) o equipamento registrador deve ser capaz de detectar sinais que variem no tempo de 0,01 s;

f) ± 2,5 % para taxa de vazão;

g) ± 1 % para pressões p ≤ 200 kPa;

h) ± 5 % para pressões p > 200 kPa.

5.2 Ensaio de tipo do dispositivo de travamento das portas de pavimento e portas da


cabina

5.2.1 Disposições gerais

5.2.1.1 Campo de aplicação

Esses procedimentos são aplicáveis aos dispositivos de travamento das portas de pavimento e portas
da cabina. É entendido que cada componente que participa do travamento das portas e da confirmação
do travamento faz parte do conjunto do dispositivo de travamento.

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5.2.1.2 Documentos a serem apresentados

5.2.1.2.1 Desenho esquemático da disposição com descrição da operação

Este desenho deve mostrar claramente todos os detalhes relacionados à operação e à segurança do
dispositivo de travamento, incluindo:

a) a operação do dispositivo em serviço normal, mostrando o engate efetivo dos elementos de


travamento e a posição na qual o dispositivo elétrico de segurança é ativado;

b) a operação do dispositivo para a verificação mecânica da posição de travamento, se tal dispositivo


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existir;

c) o controle e a operação do dispositivo de destravamento de emergência;

d) o tipo (C.A. e/ou C.C.) e os valores nominais da tensão e corrente.

5.2.1.2.2 Desenho de montagem com legenda

Este desenho deve mostrar todas as partes que são importantes para a operação do dispositivo de
travamento, em particular aquelas necessárias para atender aos requisitos desta Parte da ABNT NBR
16858. Uma legenda deve indicar a lista das partes principais, o tipo do material utilizado e as
características dos elementos de fixação.

5.2.1.3 Amostras para ensaio

Um dispositivo de travamento de porta deve ser entregue ao laboratório.

Se o ensaio for realizado em um protótipo, ele deve ser repetido mais tarde em uma peça de produção.

Se o ensaio de um dispositivo de travamento somente for possível quando o dispositivo estiver montado
na porta correspondente, o dispositivo deve ser montado em uma porta completa nas condições de
trabalho. Contudo, as dimensões da porta podem ser reduzidas em relação à peça de produção, desde
que isso não altere os resultados do ensaio.

5.2.2 Inspeções e ensaios

5.2.2.1 Inspeção da operação

Esta inspeção tem por objetivo verificar se os componentes mecânicos e elétricos do dispositivo de
travamento estão operando corretamente com relação à segurança e em conformidade com os
requisitos desta Parte da ABNT NBR 16858 e com os requisitos-padrão para estes dispositivos de
travamento, e se o dispositivo está em conformidade com as particularidades providas na solicitação.

Em especial, deve ser verificado se:

a) existe, para os elementos de travamento, um engate de no mínimo 7 mm, antes que o dispositivo
elétrico de segurança atue;

b) a partir de posições normalmente acessíveis por pessoas, não pode ser possível operar o elevador
com a porta aberta ou destravada, após uma ação simples que não faça parte da operação normal
do elevador.

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5.2.2.2 Ensaios mecânicos

5.2.2.2.1 Disposições gerais

Estes ensaios servem para verificar a resistência mecânica dos componentes da trava e dos
componentes elétricos.

A amostra do dispositivo de travamento em sua posição normal de operação é controlada por meio dos
dispositivos normalmente utilizados para operá-lo.

A amostra deve ser lubrificada de acordo com os requisitos do fabricante do dispositivo de travamento.
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Quando houver vários meios de controle possíveis e várias posições de operação, o ensaio de fadiga
deve ser realizado na disposição que é considerada a mais desfavorável do ponto de vista das forças
nos componentes.

O número de ciclos completos de operação e o percurso dos componentes de travamento devem ser
registrados por contadores mecânicos ou elétricos.

5.2.2.2.2 Ensaios de fadiga

O dispositivo de travamento deve ser submetido a 1 000 000 (± 1 %) de ciclos completos; um ciclo
corresponde a um movimento de ida e volta sobre todo o percurso possível, em ambos os sentidos.

O acionamento do dispositivo deve ser suave, sem impactos e a uma taxa de 60 (± 10 %) ciclos por
minuto.

Durante o ensaio de fadiga, o contato elétrico da trava deve fechar um circuito resistivo sob a tensão
nominal e a um valor da corrente igual ao dobro da corrente nominal.

Se o dispositivo de travamento for provido de um dispositivo de verificação mecânica para o pino de


travamento ou de posição do elemento de travamento, este dispositivo deve ser submetido a um ensaio
de fadiga de 100 000 ciclos (± 1 %).

O acionamento do dispositivo deve ser suave, sem impactos e a uma razão de 60 (± 10 %) ciclos por
minuto.

5.2.2.2.3 Ensaio estático

Deve ser realizado um ensaio com o dispositivo de travamento para porta de eixo vertical na posição
travada, consistindo na aplicação de uma força estática por cerca de 300 s, aumentando
progressivamente até o valor de 3 000 N.

Esta força deve ser aplicada no sentido de abertura, em uma posição correspondente à aplicada por um
usuário tentando abrir a porta. A força aplicada deve ser de 1 000 N, no caso de um dispositivo de
travamento destinado a portas corrediças.

5.2.2.2.4 Ensaio dinâmico

O dispositivo de travamento, na posição travada, deve ser submetido a um ensaio de impacto no


sentido de abertura da porta.

O impacto deve corresponder a uma colisão de uma massa rígida de 4 kg em queda livre de uma altura
de 0,50 m.
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5.2.2.3 Critérios para os ensaios mecânicos

Após o ensaio de fadiga (5.2.2.2.2), ensaio estático (5.2.2.2.3) e ensaio dinâmico (5.2.2.2.4), não pode
ocorrer qualquer desgaste, deformação ou ruptura que possa prejudicar a segurança.

5.2.2.4 Ensaios elétricos

5.2.2.4.1 Ensaio de fadiga dos contatos

Este ensaio está incluído no ensaio de fadiga previsto em 5.2.2.2.2.


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5.2.2.4.2 Ensaio de capacidade de interrupção do circuito

5.2.2.4.2.1 Este ensaio deve ser realizado após o ensaio de fadiga. Deve ser verificado se a
capacidade de interromper um circuito ativo é suficiente. O ensaio deve ser realizado em conformidade
com os procedimentos das ABNT NBR IEC 60947-4-1 e ABNT NBR IEC 60947-5-1, servindo como
base para os ensaios os valores nominais da corrente e tensão fornecidos pelo fabricante do
dispositivo.

Se não houver algo especificado, os valores nominais devem ser os seguintes:

a) corrente alternada: 230 V, 2 A;

b) corrente contínua: 200 V, 2 A.

Salvo indicação em contrário, a capacidade de interrupção de um circuito deve ser inspecionada para
ambas as condições C.A. e C.C.

Os ensaios devem ser realizados com o dispositivo de travamento em posição de trabalho. Se várias
posições forem possíveis, o ensaio deve ser realizado na posição mais desfavorável.

A amostra ensaiada deve ser provida de invólucros e fiação elétrica como utilizados no serviço normal.

5.2.2.4.2.2 Dispositivos de travamento em C.A. devem abrir e fechar 50 vezes um circuito elétrico, em
velocidade normal, e em intervalos de 5 s a 10 s, sob uma tensão igual a 110 % da tensão nominal. O
contato deve permanecer fechado por pelo menos 0,5 s.

O circuito deve ter conectadas em série uma indutância e uma resistência. Seu fator de potência deve
ser de 0,70 ± 0,05 e a corrente de ensaio deve ser 11 vezes maior que a corrente nominal indicada pelo
fabricante do dispositivo.

5.2.2.4.2.3 Dispositivos de travamento em C.C. devem abrir e fechar 20 vezes um circuito elétrico, em
velocidade normal, e em intervalos de 5 s a 10 s, sob uma tensão igual a 110 % da tensão nominal. O
contato deve permanecer fechado por pelo menos 0,5 s.

O circuito deve ter conectadas em série uma indutância e uma resistência com valores tais que a
corrente atinja 95 % do valor de estabilização da corrente de ensaio em 300 ms.

A corrente de ensaio deve ser de 110 % da corrente nominal indicada pelo fabricante do dispositivo.

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ABNT NBR 16858-2:2020

5.2.2.4.2.4 Os ensaios são considerados satisfatórios se não forem produzidas trilhas de fugas ou
arcos elétricos, e se não ocorrer deterioração que possa prejudicar a segurança.

5.2.2.4.3 Ensaio de resistência às correntes de fuga

Este ensaio deve ser realizado em conformidade com o procedimento da ABNT NBR IEC 60112. Os
eletrodos devem ser conectados a uma fonte de tensão C.A. senoidal de 175 V, 50 Hz ou a uma tensão
equivalente em 60 Hz.

5.2.2.4.4 Verificação das distâncias de separação e das distâncias de fuga

As distâncias de separação e as distâncias de fuga devem estar de acordo com os requisitos-padrão


estabelecidos para aplicação desta Parte da ABNT NBR 16858 (por exemplo, ABNT NBR 16858:2020-1,
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5.11.2.2.4).

5.2.2.4.5 Ensaios dos requisitos adequados aos contatos de segurança e sua acessibilidade

Este ensaio deve ser realizado levando em consideração a posição de montagem e o leiaute do
dispositivo de travamento, aqueles que forem mais adequados.

5.2.3 Ensaios particulares para certos tipos de dispositivos de travamento

5.2.3.1 Dispositivo de travamento para porta corrediça horizontal multifolhas

De acordo com os requisitos previstos nas normas que requerem a utilização desta Parte da
ABNT NBR 16858, os dispositivos que fornecem ligação mecânica direta entre as folhas
(por exemplo, ABNT NBR 16858-1:2020, 5.3.14.1) ou ligação mecânica indireta (por exemplo,
ABNT NBR 16858-1:2020, 5.3.14.2) são considerados parte do dispositivo de travamento.

Esses dispositivos devem ser submetidos aos ensaios mencionados em 5.2.2. O número de ciclos por
minuto no ensaio de fadiga deve ser adequado às dimensões da construção.

5.2.3.2 Dispositivo de travamento tipo dobradiça para porta de eixo vertical

Se este dispositivo for provido de um dispositivo de segurança elétrico que permita verificar a possível
deformação da dobradiça e se, após o ensaio estático previsto em 5.2.2.2.3, existir qualquer dúvida
sobre a resistência do dispositivo, a carga deve ser aumentada progressivamente até que o dispositivo
de segurança comece a abrir. Nenhum componente do dispositivo de travamento ou da porta pode ser
danificado ou deformado permanentemente pela carga aplicada.

Se, após o ensaio estático, as dimensões e a construção não deixarem dúvidas quanto à sua
resistência, não é necessário proceder ao ensaio de resistência na dobradiça.

5.2.4 Certificado de ensaio de tipo

O certificado deve indicar o seguinte:

a) as informações de acordo com o Anexo A;


b) o tipo e a aplicação do dispositivo de travamento;
c) o tipo (C.A. e/ou C.C.) e os valores nominais da tensão e corrente;
d) no caso dos dispositivos de travamento de porta tipo dobradiça, a força necessária para acionar o
dispositivo de segurança elétrico para verificar a deformação elástica da dobradiça.

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ABNT NBR 16858-2:2020

5.3 Ensaio de tipo de freio de segurança

5.3.1 Disposições gerais

5.3.1.1 O solicitante deve declarar o campo de aplicação provido, ou seja:

a) massa mínima e massa máxima;

b) velocidade nominal máxima e velocidade de desarme máxima.

Deve ser provida informação detalhada sobre os materiais aplicados, os tipos de guias e as condições
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de suas superfícies (trefilada, fresada, retificada).

5.3.1.2 Os seguintes documentos devem ser anexados à solicitação:

a) desenho do conjunto e de detalhes mostrando a construção, operação, materiais aplicados e


dimensões e tolerâncias dos componentes de construção;

b) no caso de freio de segurança progressivo, também o diagrama de carga relacionado às partes


elásticas.

5.3.2 Freio de segurança instantâneo

5.3.2.1 Amostras para ensaio

Devem ser submetidos ao laboratório dois conjuntos de garras com cunhas ou grampos e dois lances
de guias.

A disposição e os detalhes de fixação para as amostras devem ser determinados pelo laboratório, em
conformidade com o equipamento que as utiliza.

Se um mesmo conjunto de garras puder ser utilizado com diferentes tipos de guias, um novo ensaio não
é necessário, se a espessura das guias, a largura da garra necessária para o freio de segurança e a
condição da superfície (trefilada, fresada, retificada) forem as mesmas.

5.3.2.2 Ensaio

5.3.2.2.1 Método de ensaio

O ensaio deve ser realizado com uma prensa ou dispositivo similar, que movimente sem mudança
brusca de velocidade. Devem ser realizadas as medições de:

a) distância percorrida em função da força;

b) deformação do bloco do freio de segurança em função da força ou em função da distância


percorrida.

5.3.2.2.2 Procedimento de ensaio

A guia deve ser movimentada entre os elementos de agarre do freio de segurança.

Devem ser traçadas marcas de referência no bloco para que sirvam de referência para determinar sua
deformação.

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ABNT NBR 16858-2:2020

A distância percorrida deve ser anotada em função da força.

Após o ensaio:

a) a dureza do bloco e dos elementos de agarre deve ser comparada com os valores originais
fornecidos pelo solicitante. Outras análises podem ser realizadas em casos especiais;

b) se não tiver ocorrido fratura, deformações e outras mudanças devem ser inspecionadas (por
exemplo, trincas, deformações ou desgaste de garras, aparência da superfícies de atrito);

c) se necessário, devem ser feitas fotografias do bloco, dos elementos de agarre e das guias, para
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comprovar deformações ou fraturas.

5.3.2.2.3 Documentos

5.3.2.2.3.1 Devem ser traçados dois gráficos conforme descrito a seguir:

a) o primeiro gráfico deve mostrar a distância percorrida em função da força;

b) o outro deve mostrar a deformação do bloco. Ele deve ser traçado de modo que possa ser
relacionado ao primeiro gráfico.

5.3.2.2.3.2 A capacidade do freio de segurança deve ser estabelecida por meio de integração da área
do gráfico força-distância.

A área do gráfico a ser considerada deve ser:

a) a área total, se não tiver ocorrido deformação permanente;

b) se tiver ocorrido deformação permanente ou ruptura:

1) a área até o valor no qual o limite elástico tenha sido atingido; ou

2) a área até o valor correspondente à força máxima.

5.3.2.3 Determinação da massa admissível

5.3.2.3.1 Energia absorvida pelo freio de segurança

A distância de queda livre, calculada com referência à velocidade de desarme máxima do limitador de
velocidade fixado nos requisitos previstos nas normas que requerem a utilização desta Parte da
ABNT NBR 16858 (por exemplo, ABNT NBR 16858-1:2020, 5.6.2.2.1.2) deve ser adotada.

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ABNT NBR 16858-2:2020

A distância de queda livre, em metros, deve ser considerada como:

v 12
h= + 0,1+ 0,03
2 × gn

onde

gn é a aceleração-padrão da queda livre, expressa em metros por segundo ao quadrado (m/s2);

v1 é a velocidade de desarme do limitador de velocidade, expressa em metros por segundo


(m/s);
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0,1 corresponde à distância percorrida durante o tempo de resposta, expressa em metros (m);

0,03 corresponde ao percurso durante o consumo da folga entre os elementos de agarre e as


guias, expresso em metros (m).

A energia total que o freio de segurança é capaz de absorver é:

2 × K = (P + Q)1 × gn × h

de onde se deduz que

2×K
(P + Q )1 =
gn × h

onde

K, K1, K2 são a energia absorvida por um bloco de freio de segurança, expressa em joules (J);

P é a soma das massas do carro vazio e dos componentes suportados pelo carro, ou seja,
parte do cabo de comando, cabos ou correntes de compensação (se existentes) etc.,
expressa em quilogramas (kg);

Q é a carga nominal, expressa em quilogramas (kg);

(P + Q)1 é a massa total admissível, expressa em quilogramas (kg).

5.3.2.3.2 Massa admissível

A massa admissível, em quilogramas, vale:

a) se o limite elástico não tiver sido excedido:

2×K
(P + Q )1 =
2 × gn × h

K é calculado pela integração da área definida em 5.3.2.2.3.2 b) 1);

2 é tomado como coeficiente de segurança;

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ABNT NBR 16858-2:2020

b) se o limite elástico tiver sido excedido, devem ser realizados dois cálculos e a massa admissível
mais alta pode ser adotada:

2 × K1
1) (P + Q )1 =
2 × gn × h

K1 é calculado pela integração da área definida em 5.3.2.2.3.2 b) 1);

2 é tomado como coeficiente de segurança.

2 × K2
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2) (P + Q )1 =
3,5 × gn × h

K2 é calculado pela integração da área definida em 5.3.2.2.3.2 b) 2);

3,5 é tomado como coeficiente de segurança.

5.3.3 Freio de segurança progressivo

5.3.3.1.1 Especificação e amostra para ensaio

O solicitante deve declarar para qual massa, em quilogramas (kg), e velocidade de desarme, em metros
por segundo (m/s) do limitador de velocidade deve ser realizado o ensaio. Se o freio de segurança for
certificado para várias massas, o solicitante deve especificá-las e também indicar se a regulagem é por
etapas ou contínua.

Convém que o solicitante escolha a massa suspensa, em quilogramas (kg), dividindo a força de
frenagem esperada, em newtons (N), por 16, tendo em vista um retardamento médio de 0,6 × gn.

Um conjunto de equipamento de segurança completo, como acordado com o laboratório, juntamente


com o número de sapatas de freio necessárias para todos os ensaios, deve ser colocado à disposição
do laboratório. A quantidade de sapatas de freio necessárias para todos os ensaios deve ser fixada.
Para o tipo de guia utilizado, o comprimento da guia especificado pelo laboratório deve também ser
fornecido.

5.3.3.2 Ensaio

5.3.3.2.1 Método de ensaio

5.3.3.2.1.1 O ensaio deve ser realizado em queda livre. Devem ser realizadas medições diretas ou
indiretas:

a) da altura total da queda;

b) da distância de frenagem nas guias;

c) do comprimento do deslize do cabo do limitador de velocidade ou do dispositivo utilizado em seu


lugar;

d) do percurso total dos elementos que compõem a mola.

As medições a) e b) devem ser registradas em função do tempo.

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ABNT NBR 16858-2:2020

5.3.3.2.1.2 O seguinte deve ser determinado:

a) a força de frenagem média;

b) a força de frenagem máxima instantânea;

c) a força de frenagem mínima instantânea.

5.3.3.2.2 Procedimentos de ensaio

5.3.3.2.2.1 Freio de segurança certificado para uma massa única


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O laboratório deve realizar quatro ensaios com a massa (P + Q)1. Entre cada ensaio, deve ser permitido
que as peças de fricção retornem à sua temperatura normal.

Durante os ensaios, podem ser utilizados vários jogos de peças de fricção.

Contudo, um jogo deve ser capaz de suportar:

a) três ensaios, se a velocidade nominal não exceder 4 m/s;

b) dois ensaios, se a velocidade nominal exceder 4 m/s.

A altura de queda livre deve ser calculada para corresponder à velocidade de desarme máxima do
limitador de velocidade para o qual o freio de segurança deve ser utilizado.

A atuação do freio de segurança deve ser conseguida por meios que permitam a determinação precisa
da velocidade de desarme.

Por exemplo, um cabo pode ser utilizado com um afrouxamento (uma folga) tal que possa ser
cuidadosamente calculado(a), fixado por uma bucha que pode deslizar com atrito ao longo de um cabo
liso fixo. O esforço de atrito deve ser o mesmo esforço que produziria o limitador de velocidade no cabo
operacional ligado a este freio de segurança.

5.3.3.2.2.2 Freio de segurança certificado para diferentes massas

Regulagem por etapas ou regulagem contínua.

Duas séries de ensaios devem ser realizadas para o valor máximo e o valor mínimo.

O solicitante deve fornecer uma equação ou um gráfico mostrando a variação da força de frenagem em
função de um determinado parâmetro.

O laboratório deve verificar por meios apropriados (na ausência de algo melhor, por uma terceira série
de ensaios para um ponto intermediário) a validade da equação proposta.

5.3.3.2.3 Determinação da força de frenagem do freio de segurança

5.3.3.2.3.1 Freio de segurança certificado para uma massa única

A força de frenagem que o freio de segurança é capaz de exercer para uma determinada regulagem e
tipo de guia é tomada como igual à média das forças de frenagem médias encontradas durante os
ensaios. Cada ensaio deve ser realizado em uma seção ainda não utilizada da guia.

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ABNT NBR 16858-2:2020

Deve-se verificar se os valores médios encontrados durante os ensaios permanecem dentro da faixa de
± 25 % em relação ao valor da força de frenagem definida acima.
NOTA Os ensaios têm demonstrado que o coeficiente de atrito pode ser consideravelmente reduzido, se
diversos ensaios sucessivos forem realizados em uma mesma área de uma guia usinada. Isso é atribuído a uma
modificação das condições da superfície durante as sucessivas atuações do freio de segurança.

É aceitável que, em uma instalação, uma atuação não provocada do freio de segurança possa ocorrer
em um local não utilizado da guia.

Se esse não for o caso, é necessário admitir uma força de frenagem menor até que seja atingida uma
porção virgem da superfície da guia. Portanto, ocorre um deslizamento além do normal.
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Esta é uma razão a mais para não admitir uma regulagem que cause um retardamento muito pequeno
no início.

5.3.3.2.3.2 Freio de segurança certificado para diferentes massas

A regulagem deve ser por etapas ou contínua.

A força de frenagem que o freio de segurança é capaz de exercer deve ser calculada conforme
estabelecido em 5.3.3.2.3.1 para os valores máximo e mínimo especificados.

5.3.3.2.4 Verificação após os ensaios

Após os ensaios, deve-se:

a) verificar a dureza do bloco e dos elementos de agarre, comparando com os valores originais
indicados pelo solicitante;
b) verificar as deformações e modificações (por exemplo, trincas, deformações ou desgaste dos
elementos de agarre, aparência de superfícies de escorregamento);
c) quando necessário, fotografar o conjunto freio de segurança, os elementos de agarre e as guias,
para identificar as deformações ou fraturas.
5.3.3.3 Cálculo da massa admissível

5.3.3.3.1 Freio de segurança certificado para uma massa única

A massa admissível deve ser calculada utilizando a seguinte equação:

(P + Q )1 = FB
16

onde

FB é a força de frenagem, expressa em newtons (N), determinada conforme 5.3.3.2.3;


P é a soma das massas do carro vazio e dos componentes suportados pelo carro, ou seja,
parte do cabo de comando, cabos ou correntes de compensação (se existentes) etc.,
expressa em quilogramas (kg);
Q é a carga nominal, expressa em quilogramas (kg);

(P + Q)1 é a massa total admissível, expressa em quilogramas (kg).

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ABNT NBR 16858-2:2020

Se a massa admissível calculada for maior que a massa ensaiada, esta pode ser considerada massa
admissível, desde que o retardamento médio de cada ensaio não tenha excedido 1 gn.

5.3.3.3.2 Freio de segurança certificado para diferentes massas

5.3.3.3.2.1 Regulagem por etapas

A massa admissível deve ser calculada para cada incremento, conforme estabelecido em 5.3.3.3.1.

5.3.3.3.2.2 Regulagem contínua


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A massa admissível deve ser calculada conforme estabelecido em 5.3.3.3.1 para os valores máximo e
mínimo especificados e de acordo com a equação proposta para a regulagem intermediária.

5.3.3.4 Possível modificação das regulagens

Se, durante os ensaios, os valores encontrados diferirem mais que 20 % daquele esperado pelo
solicitante, outros ensaios podem ser realizados mediante acordo entre o laboratório e o solicitante,
após a modificação da regulagem, se necessário.

5.3.4 Considerações adicionais

a) a massa declarada utilizada para um elevador não pode exceder a massa admissível do freio de
segurança instantâneo.

No caso de freio de segurança progressivo, a massa declarada pode diferir ± 7,5 % da massa
admissível definida em 5.3.3.3. Admite-se, nestas circunstâncias, que os requisitos estabelecidos
nas normas que requerem a utilização desta Parte da ABNT NBR 16858 (por exemplo,
ABNT NBR 16858-1:2020, 5.6.2.1) são atendidos na instalação, não obstante as tolerâncias usuais
na espessura das guias, o estado da superfície etc.;

b) deve ser avaliada a conformidade das peças soldadas;

c) deve ser verificado se o percurso possível dos elementos de agarre é suficiente nas condições
mais desfavoráveis (acumulação das tolerâncias de fabricação);

d) os elementos de atrito devem estar convenientemente fixados, de modo a assegurar que estejam
no lugar no momento da atuação do freio de segurança;

e) no caso de freio de segurança progressivo, deve ser verificado se o percurso dos elementos
constituintes da mola é suficiente.

5.3.5 Certificado de ensaio de tipo

O certificado deve indicar o seguinte:

a) informações de acordo com o Anexo A;

b) tipo e utilização do freio de segurança;

c) limites das massas admissíveis (ver 5.3.4 a));

d) velocidade de desarme do limitador de velocidade;

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ABNT NBR 16858-2:2020

e) tipo de guia;

f) espessura admissível do boleto da guia;

g) largura mínima das áreas de agarre;

e, somente para o freio de segurança progressivo:

h) a condição da superfície das guias (trefilada, fresada, retificada);

i) o estado de lubrificação das guias. Se forem lubrificadas, indicar também a categoria e as


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características do lubrificante.

5.4 Ensaio de tipo de limitadores de velocidade

5.4.1 Disposições gerais

O solicitante deve informar o seguinte ao laboratório:

a) tipo(s) de freio de segurança que é(são) operado(s) pelo limitador de velocidade;

b) velocidades nominais máxima e mínima dos elevadores para os quais o limitador de velocidade
pode ser utilizado;

c) valor ajustado da força de tração produzida no cabo pelo limitador de velocidade ao ser
desarmado.

Desenhos do conjunto e de detalhes mostrando a construção, operação, materiais utilizados e as


dimensões e tolerâncias dos elementos de construção devem ser anexados à solicitação.

5.4.2 Verificação das características do limitador de velocidade

5.4.2.1 Amostras para ensaio

O seguinte deve ser colocado à disposição do laboratório:

a) um limitador de velocidade;

b) um cabo do tipo utilizado pelo limitador de velocidade e na condição normal na qual ele seria
instalado. O comprimento a ser fornecido é fixado pelo laboratório;

c) um conjunto de polia tensora do tipo utilizado pelo limitador de velocidade.

5.4.2.2 Ensaio

5.4.2.2.1 Método de ensaio

O seguinte deve ser verificado:

a) se a velocidade de desarme está dentro da faixa declarada pelo solicitante;

b) a operação do dispositivo de segurança elétrico solicitada pelas normas para uso desta Parte da
ABNT NBR 16858 (por exemplo, ABNT NBR 16858-1:2020, 5.6.2.2.1.6 a), que causa a parada da
máquina, se este dispositivo for montado no limitador de velocidade;

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c) a operação do dispositivo de segurança elétrico solicitada pelas normas para uso desta Parte da
ABNT NBR 16858 (por exemplo, ABNT NBR 16858-1:2020, 5.6.2.2.1.6 b), que impede todo o
movimento do elevador quando o limitador de velocidade é desarmado;

d) a força tensora produzida no cabo pelo limitador de velocidade ao ser desarmado.

5.4.2.2.2 Procedimento de ensaio

Pelo menos 20 ensaios devem ser realizados na faixa de velocidades de desarme correspondente à
faixa de velocidades nominais do elevador, indicada em 5.4.1.b).
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Convém que os ensaios sejam realizados, na sua maioria, nos valores extremos da faixa.

Convém que a aceleração para alcançar a velocidade de desarme do limitador de velocidade seja tão
baixa quanto possível, a fim de eliminar os efeitos da inércia.

Além disso, no mínimo dois ensaios devem ser realizados com uma aceleração entre 0,9 × gn e 1 × gn, a
fim de simular uma situação de queda livre e comprovar que não tenha sido causada qualquer
deterioração no limitador de velocidade.

5.4.2.2.3 Interpretação dos resultados do ensaio

No decurso de 20 ensaios, as velocidades de desarme devem estar providas dentro dos limites
estabelecidos para os limitadores de velocidade nas normas que requerem a utilização desta Parte da
ABNT NBR 16858.

Se os limites previstos forem ultrapassados, pode ser realizada uma regulagem pelo fabricante do
componente e outros 20 ensaios devem ser realizados.

No decurso de 20 ensaios, a operação dos dispositivos para os quais o ensaio é requerido em 5.4.2.2.1
b) e c) deve ocorrer dentro dos limites estabelecidos nas normas que requerem a utilização desta Parte
da ABNT NBR 16858 (por exemplo, ABNT NBR 16858-1:2020, 5.6.2.2.1.6 a) e 5.6.2.2.1.6 b)).

A força tensora no cabo, produzida pelo limitador de velocidade ao desarmar, deve ser no mínimo de
300 N ou qualquer outro valor maior especificado pelo solicitante.

Convém que o ângulo de abraçamento seja de 180°, a menos que tenha sido estabelecido outro valor
no relatório do fabricante.

No caso de dispositivo que opera por agarramento do cabo, convém que seja verificado se não ocorre
deformação permanente do cabo.

5.4.3 Certificado de ensaio de tipo

O certificado deve indicar o seguinte:

a) informações de acordo com o Anexo A;

b) tipo e aplicação do limitador de velocidade;

c) velocidades nominais máxima e mínima dos elevadores para os quais o limitador de velocidade
pode ser utilizado;

d) diâmetro do cabo a ser utilizado e sua construção;


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e) no caso de limitador de velocidade com polia de aderência, a força mínima de tração;

f) força de tração que pode ser induzida no cabo pelo limitador de velocidade ao desarmar.

5.5 Ensaio de tipo dos para-choques

5.5.1 Disposições gerais

O solicitante deve declarar a faixa de uso previsto (velocidade de impacto máxima e massas máxima e
mínima). Deve ser incluído pelo solicitante o seguinte:
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a) desenho do conjunto e de detalhes mostrando a construção, operação, materiais utilizados e


dimensões e tolerâncias dos componentes da construção. No caso de para-choques hidráulicos, a
graduação (aberturas para a passagem de líquido), em particular, deve ser mostrada em função do
percurso do para-choque;

b) características do fluido utilizado;

c) informações sobre as condições ambientais de uso (temperatura, umidade, poluição etc.) e do ciclo
de vida (envelhecimento, critérios de rejeição).

5.5.2 Amostras a serem submetidas

O seguinte deve ser colocado à disposição do laboratório:

a) um para-choque;

b) no caso de para-choque hidráulico, o fluido necessário enviado separadamente.

5.5.3 Ensaio

5.5.3.1 Para-choques de dissipação de energia

5.5.3.1.1 Procedimento de ensaio

O para-choque deve ser ensaiado com o auxílio de pesos que correspondam às massas máxima e
mínima caindo em queda livre para atingir, no momento do impacto, a velocidade máxima prevista.

A velocidade deve ser registrada pelo menos no momento do impacto dos pesos. A aceleração e o
retardamento devem ser determinados em função do tempo durante todo o deslocamento dos pesos.

5.5.3.1.2 Equipamento a ser utilizado

5.5.3.1.2.1 Pesos caindo em queda livre

Os pesos devem corresponder às massas máxima e mínima e à tolerância indicada em 5.1.2.6. Eles
devem ser guiados verticalmente com o menor atrito possível.

5.5.3.1.2.2 Equipamento registrador

O equipamento registrador deve ser capaz de detectar sinais com as tolerâncias indicadas em 5.1.2.6.
A cadeia de medição, incluindo o dispositivo registrador para registrar os valores medidos em função do
tempo, deve ser projetada com uma frequência de pelo menos 1 000 Hz.

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5.5.3.1.2.3 Medição da velocidade

A velocidade deve ser registrada no mínimo a partir do momento do impacto dos pesos no para-choque
ou durante o percurso dos pesos, com a tolerância indicada em 5.1.2.6.

5.5.3.1.2.4 Medição do retardamento

O dispositivo de medição (ver 5.5.3.1.1), se existir, deve ser colocado tão próximo quanto possível do
eixo do para-choque e deve ser capaz de realizar medições com a tolerância indicada em 5.1.2.6.

5.5.3.1.2.5 Medição do tempo


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Devem ser registrados os impulsos de tempo com duração de 0,01 s, com a tolerância indicada em
5.1.2.6.

5.5.3.1.3 Temperatura ambiente

A temperatura ambiente deve situar-se entre + 15 °C e + 25 °C.

A temperatura do fluido deve ser medida com a tolerância indicada em 5.1.2.6.

5.5.3.1.4 Montagem do para-choque

O para-choque deve ser posicionado e fixado do mesmo modo que no serviço normal.

5.5.3.1.5 Enchimento do para-choque

O para-choque deve ser enchido até a marca indicada, de acordo com as instruções fornecidas pelo
fabricante do componente.

5.5.3.1.6 Verificações

5.5.3.1.6.1 Verificação do retardamento

A altura de queda livre dos pesos deve ser escolhida de modo que a velocidade no momento do
impacto corresponda à velocidade de impacto máxima estipulada na solicitação.

O retardamento deve estar em conformidade com os requisitos estabelecidos para este dispositivo pela
ABNT NBR 16858-1:2020, 5.8.2.2.3.

O deslizamento no fim do percurso do para-choque para cálculo do retardamento médio deve ser
ignorado, se o retardamento for menor que 0,5 m/s2.

Um primeiro ensaio deve ser realizado com a massa máxima com uma verificação do retardamento.

Um segundo ensaio deve ser realizado com a massa mínima com uma verificação do retardamento.

5.5.3.1.6.2 Verificação do retorno do para-choque à posição normal

Após cada ensaio, o para-choque deve ser mantido completamente comprimido por 5 min. Em seguida,
o para-choque deve ser liberado, a fim de permitir o seu retorno à posição normal estendida.

Se o para-choque for do tipo de retorno por mola ou gravidade, a posição de completo retorno deve ser
atingida em um tempo máximo de 120 s.

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ABNT NBR 16858-2:2020

Antes de proceder a um outro ensaio de retardamento, deve ser esperado um tempo de 30 min para
permitir que o fluido retorne ao reservatório e as bolhas de ar saiam.

5.5.3.1.6.3 Verificação de perda de fluido

O nível do fluido deve ser verificado após terem sido realizados dois ensaios de retardamento previstos
em 5.5.3.1.6.1 e, após um intervalo de 30 min, o nível do líquido deve ainda ser suficiente para
assegurar a operação normal do para-choque.

5.5.3.1.6.4 Verificação da condição do para-choque após os ensaios


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Após os dois ensaios de retardamento requeridos por 5.5.3.1.6.1, deformação permanente e/ou dano,
se existentes, não podem comprometer a integridade e a função do componente.

5.5.3.1.7 Procedimento quando os requisitos dos ensaios não forem atendidos

Quando os resultados dos ensaios não forem satisfatórios para as massas máxima e mínima
mencionadas na solicitação, o laboratório pode, em acordo com o solicitante, estabelecer limites
aceitáveis.

5.5.3.2 Para-choques de acumulação de energia com características não lineares

5.5.3.2.1 Procedimento de ensaio

O para-choque deve ser ensaiado com massas em queda livre para atingir, no momento do impacto, a
velocidade máxima prevista, porém não inferior a 0,8 m/s.

A distância de queda, a velocidade, a aceleração e o retardamento devem ser registrados desde o


momento da liberação da massa até a sua parada completa.

As massas devem corresponder às massas máxima e mínima previstas. Estas massas devem ser
guiadas na vertical, com os atritos mínimos possíveis, de modo que, no momento de impacto, pelo
menos uma aceleração de 0,9 × gn seja atingida.

5.5.3.2.2 Equipamento a ser utilizado

O equipamento deve estar de acordo com 5.5.3.1.2.

5.5.3.2.3 Temperatura ambiente

A temperatura ambiente deve situar-se entre + 15 °C e + 25 °C.

5.5.3.2.4 Montagem do para-choque

O para-choque deve ser posicionado e fixado do mesmo modo que no serviço normal.

5.5.3.2.5 Número de ensaios

Devem ser realizados três ensaios com a massa máxima e a massa mínima prevista.

O tempo entre dois ensaios consecutivos deve estar entre 5 min e 30 min.

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ABNT NBR 16858-2:2020

Para os três ensaios com a massa máxima, o valor de referência da força do para-choque em um
percurso igual a 50 % da altura real do para-choque, fornecida pelo solicitante, não pode variar mais
que 5 %. Para os ensaios com a massa mínima, deve-se proceder analogamente.

Dentro de 30 min antes do ensaio, o para-choque deve ser carregado apenas uma vez, de forma
estática ou dinâmica, a fim de impedir acomodações e desvios durante o ensaio.

5.5.3.2.6 Verificações

5.5.3.2.6.1 Verificação do retardamento


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O retardamento "a" (por exemplo, ABNT NBR 16858-1:2020, 5.8.2.1.2.1) deve estar em conformidade
com os seguintes requisitos:

a) o retardamento deve ser avaliado levando em consideração o tempo entre os dois primeiros
mínimos absolutos do retardamento (ver Figura 1). O retardamento não pode exceder o valor
máximo requerido;

b) as durações de picos de retardamento não podem exceder o valor máximo requerido;

c) o pico de retardamento não pode exceder o valor máximo requerido;

d) a velocidade de retorno não pode exceder o valor máximo requerido.

Legenda
t0 instante em que o para-choque é atingido (primeiro mínimo absoluto)
t1 segundo mínimo absoluto

Figura 1 — Gráfico de retardamento –


Exemplos utilizando os requisitos da ABNT NBR 16858-1:2020
5.5.3.2.6.2 Verificação do estado do para-choque após os ensaios

Após os ensaios com a massa máxima, nenhuma parte do para-choque deve apresentar qualquer
deformação permanente ou dano, de modo que a sua operação normal seja garantida.

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ABNT NBR 16858-2:2020

5.5.3.2.7 Procedimento quando os requisitos dos ensaios não forem atendidos

Quando os resultados dos ensaios não forem satisfatórios para as massas máxima e mínima
mencionadas na solicitação, o laboratório pode, em acordo com o solicitante, estabelecer limites
aceitáveis.

5.5.4 Certificado de ensaio de tipo

O certificado deve indicar o seguinte:

a) informações de acordo com o Anexo A;


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b) tipo e utilização do para-choque;

c) dimensões do para-choque;

d) velocidade máxima de impacto;

e) massa máxima;

f) massa mínima;

g) tipo de fixação;

h) especificação do fluido no caso dos para-choques hidráulicos;

i) condições ambientais de uso de acordo com as instruções do fabricante (temperatura, umidade,


poluição etc.).

5.6 Ensaio de tipo dos circuitos de segurança com componentes eletrônicos e/ou
sistemas eletrônicos programáveis (PESSRAL)

5.6.1 Disposições gerais

5.6.1.1 Circuitos de segurança

Para circuitos de segurança com componentes eletrônicos, ensaios de laboratório são necessários,
porque as verificações práticas no local, por inspetores, são impossíveis.

Em 5.6.1.2 e 5.6.1.3, menções são feitas para placa de circuito impresso. Se um circuito de segurança
não for montado dessa maneira, então deve ser considerada uma montagem equivalente.

5.6.1.2 Circuitos de segurança com componentes eletrônicos

O solicitante deve indicar ao laboratório:

a) identificação na placa;

b) condições ambientais de trabalho;

c) lista dos componentes utilizados;

d) leiaute da placa de circuito impresso;

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ABNT NBR 16858-2:2020

e) leiaute dos componentes híbridos e identificações das trilhas utilizadas nos circuitos de segurança;

f) descrição da função;

g) diagrama elétrico, incluindo definições de entrada e saída da placa;

h) método de análise de falhas empregado e resultados documentados.

5.6.1.3 Circuitos de segurança com sistemas eletrônicos programáveis

Além de 5.6.1.1, a seguinte documentação deve ser provida:


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a) documentos e descrições relacionados às medidas listadas no Anexo B;

b) descrição geral do software utilizado (por exemplo, regras de programação, linguagem, compilador,
módulos);

c) descrição da função, incluindo arquitetura de software e interação entre hardware e software;

d) descrição dos blocos, módulos, dados, variáveis e interfaces;

e) listagens do software.

5.6.2 Amostras para ensaio

Devem ser apresentadas ao laboratório:

a) uma placa do circuito impresso montada (com componentes);

b) uma placa do circuito impresso (sem componentes).

5.6.3 Ensaios

5.6.3.1 Ensaios mecânicos

5.6.3.1.1 Disposições gerais

Durante os ensaios, o objeto ensaiado (circuito impresso) deve ser mantido em operação. Durante e
após os ensaios, nenhuma operação ou condição insegura deve surgir dentro do circuito de segurança.

5.6.3.1.2 Vibração

Os elementos transmissores de circuitos de segurança devem atender aos requisitos da:

a) IEC 60068-2-6, Duração por varredura – Tabela C.2:

20 ciclos de varredura por eixo, na amplitude de 0,35 mm e na faixa de frequência de 10 Hz a 55


Hz;

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ABNT NBR 16858-2:2020

b) IEC 60068-2-27, Aceleração e duração do impulso – Tabela 1:

a combinação de:

 pico de aceleração de 294 m/s2 ou 30 gn;

 duração do pulso correspondente a 11 ms; e

 mudança de velocidade correspondente a 2,1 m/s, de meia senoide.

NOTA Quando forem montados amortecedores de impacto nos elementos transmissores, eles são
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considerados parte integrante dos elementos.

Após os ensaios, as distâncias de separação e de fuga não podem se tornar menores que as mínimas
aceitáveis.

5.6.3.1.3 Trepidação (IEC 60068-2-27)

5.6.3.1.3.1 Disposições gerais

Os ensaios de trepidação devem simular os casos onde ocorre a queda dos circuitos impressos,
gerando o risco de ruptura dos componentes e situação insegura.

Os ensaios são divididos em:

a) impactos parciais;

b) impactos repetitivos.

A amostra submetida aos ensaios deve atender aos requisitos mínimos de 5.6.3.1.3.2 e 5.6.3.1.3.3.

5.6.3.1.3.2 Impacto parcial

O impacto parcial deve levar em conta:

a) forma do impacto: meia senoide;

b) amplitude da aceleração: 15 gn;

c) duração do impacto: 11 ms.

5.6.3.1.3.3 Impacto repetitivo

O impacto repetitivo deve levar em conta:

a) amplitude da aceleração: 10 gn;

b) duração do impacto: 16 ms;

1) número de impactos: 1 000 ± 10;

2) frequência do impacto: 2/s.

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ABNT NBR 16858-2:2020

5.6.3.2 Ensaios de temperatura (IEC 60068-2-14)

Os limites ambientais operacionais devem ser de: 0 °C, + 65 °C (a temperatura ambiente é a do


dispositivo de segurança).

As condições do ensaio são as seguintes:

a) a placa de circuito impresso deve estar na mesma posição de operação;

b) a placa de circuito impresso deve ser alimentada com a tensão nominal de operação;
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c) o dispositivo de segurança deve operar durante e após o ensaio. Se a placa de circuito impresso
incluir outros elementos, além daqueles do circuito de segurança, eles também devem operar
durante o ensaio (suas falhas não são consideradas);

d) os ensaios devem ser realizados para as temperaturas mínima e máxima (0 °C, + 65 °C) e os
ensaios devem durar no mínimo 4 h;

e) se a placa de circuito impresso for projetada para operar dentro de limites de temperatura mais
amplos, ela deve ser ensaiada para esses valores.

5.6.3.3 Análise das falhas dos circuitos elétricos de segurança

O documento de análise de falhas, conforme requerido pelas normas pertinentes que requerem a
utilização desta Parte da ABNT NBR 16858, deve ser validado (por exemplo, ABNT NBR 16858-1:2020,
5.11.2.3).

5.6.3.4 Ensaio funcional e de segurança do PESSRAL

Além da verificação das medidas definidas nas Tabelas B.1 a B.6, o seguinte deve ser validado:

a) projeto e codificação do software: inspecionar todas as instruções do código, utilizando métodos,


como revisões do projeto formal, FAGAN, casos de ensaio etc.;

b) inspeção do software e hardware: verificar todas as medidas constantes nas Tabelas B.1 e B.2 e as
medidas escolhidas, por exemplo, a partir da Tabela B.7 utilizando, por exemplo, ensaio de
inserção de falhas (baseado nas IEC 61508-2 e IEC 61508-7).

5.6.4 Certificado de ensaio de tipo

O certificado deve indicar:

a) informações de acordo com o Anexo A;

b) tipo e aplicação no circuito;

c) grau de proteção mecânica contra poluição para o qual o circuito foi projetado de acordo com a
IEC 60664-1:2007;

d) tensões de operação;

e) distâncias entre os circuitos de segurança e os circuitos de controle na placa.


NOTA Outros ensaios, como, por exemplo, ensaio de umidade, ensaio de choque climático etc., não são
considerados.

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ABNT NBR 16858-2:2020

5.7 Ensaio de tipo dos meios de proteção contra a sobrevelocidade do carro


ascendente

5.7.1 Disposições gerais

5.7.1.1 Esta especificação se aplica aos meios de proteção contra a sobrevelocidade do carro
ascendente, que não utiliza limitadores de velocidade ou sistema eletrônico programável, que são
objetos de verificação conforme 5.4 e 5.6. O resultado do ensaio do freio de segurança, verificado de
acordo com 5.3, pode ser levado em consideração para a verificação da faixa de aplicação permitida.

5.7.1.2 O solicitante deve declarar a faixa de uso provida para:


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a) massas mínima e máxima ou torque;

b) velocidade nominal mínima (se aplicável) e velocidade nominal máxima;

c) uso em instalações com meios de compensação.

5.7.1.3 Os seguintes documentos devem ser anexados à solicitação:

a) desenhos de detalhes e do conjunto mostrando a construção, operação, materiais utilizados


e dimensões e tolerâncias dos componentes da construção;

b) se necessário, também o diagrama de carga das partes elásticas;

c) informações detalhadas dos materiais aplicados, tipo da peça na qual agem os meios de proteção
da sobrevelocidade do carro ascendente e condição de sua superfície (trefilada, fresada, retificada
etc.).

5.7.2 Especificação e amostra para ensaio

5.7.2.1 O solicitante deve declarar para qual massa (em quilogramas) e velocidade de desarme (em
metros por segundo) o ensaio deve ser realizado. Se o dispositivo tiver que ser certificado para várias
massas, o solicitante deve especificá-las e, em complementação, indicar se a regulagem é por etapas
ou contínua.

5.7.2.2 Conforme definido entre o solicitante e o laboratório, deve ser disponibilizado o seguinte:

a) um conjunto completo consistindo em dispositivo de frenagem e dispositivo de monitoramento


da velocidade; ou

b) somente o dispositivo que não foi submetido às verificações de acordo com 5.3, 5.4 e 5.6.

O número de conjuntos dos elementos de agarre necessários para todos os ensaios deve ser fixado.
O tipo da peça na qual o dispositivo atua também deve ser fornecido com as dimensões acordadas com
o laboratório.

5.7.3 Ensaio

5.7.3.1 Método de ensaio

O método de ensaio deve ser definido entre o solicitante e o laboratório de ensaio, dependendo do
dispositivo e do seu funcionamento, para atingir uma função realista do sistema. Devem ser tomadas
medidas de:
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ABNT NBR 16858-2:2020

a) aceleração e velocidade;

b) distância de frenagem;

c) retardamento.

As medidas devem ser registradas em função do tempo.

5.7.3.2 Procedimento de ensaio

5.7.3.2.1 Disposições gerais


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Devem ser realizados pelo menos 20 ensaios com o elemento de monitoramento da velocidade na faixa
de velocidade de desarme correspondente à faixa de velocidades nominais do elevador, indicada em
5.7.1.2.

Convém que a aceleração da massa para alcançar a velocidade de desarme seja a menor possível, de
modo a evitar os efeitos da inércia.

5.7.3.2.2 Dispositivo certificado para uma única massa

O laboratório deve realizar quatro ensaios com a massa do sistema representando o carro vazio.

Entre cada ensaio, deve-se permitir que as peças de fricção retornem à sua temperatura normal.

Durante os ensaios, podem ser utilizados vários conjuntos de peças de fricção idênticos.

Entretanto, um mesmo conjunto deve ser capaz de realizar:

a) três ensaios, se a velocidade nominal não exceder 4 m/s;

b) dois ensaios, se a velocidade nominal exceder 4 m/s.

O ensaio deve ser realizado na velocidade de desarme máxima para a qual o dispositivo pode ser
utilizado.

5.7.3.2.3 Dispositivo certificado para diferentes massas

Regulagem por etapas ou regulagem contínua.

Deve ser realizada uma série de ensaios para o máximo valor pedido e uma série para o valor mínimo.
O solicitante deve fornecer uma equação ou um gráfico mostrando a variação da força de frenagem em
função de um determinado parâmetro.

O laboratório deve verificar por meios apropriados (por exemplo, por uma terceira série de ensaios para
pontos intermediários) a validade da equação proposta.

5.7.3.2.4 Dispositivo de monitoramento de sobrevelocidade

5.7.3.2.4.1 Procedimento dos ensaios

Devem ser realizados pelo menos 20 ensaios na faixa de velocidade de desarme, sem aplicação do
dispositivo de frenagem.

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ABNT NBR 16858-2:2020

A maioria dos ensaios deve ser realizada para os valores extremos da faixa.

5.7.3.2.4.2 Interpretação dos resultados dos ensaios

No decurso de 20 ensaios, as velocidades de desarme devem situar-se dentro dos limites definidos
pelas normas que requerem a utilização desta Parte da ABNT NBR 16858 (por exemplo,
ABNT NBR 16858-1:2020, 5.6.6.1).

5.7.3.3 Verificação após os ensaios

Após os ensaios:
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a) deve ser comparada a dureza dos elementos de agarre com os valores originais indicados pelo
solicitante;

b) se não ocorrer fratura alguma, devem ser examinadas deformações e outras mudanças (por
exemplo, trincas, deformações ou desgaste dos elementos de agarre, aparência das superfícies de
atrito);

c) se necessário, os elementos de agarre e as peças nas quais o dispositivo age devem ser
fotografados para evidenciar deformações ou fraturas;

d) deve-se verificar se o retardamento com a massa mínima não excede 1 gn.

5.7.4 Possível modificação das regulagens

Se, durante os ensaios, os valores encontrados diferirem mais que 20 % daquele esperado pelo
solicitante, outros ensaios podem ser realizados com o seu consentimento,após a modificação da
regulagem.

5.7.5 Relatório dos ensaios

De modo a conseguir reprodutibilidade, os ensaios de tipo devem ter todos os seus detalhes
registrados:

a) método de ensaio definido entre o solicitante e o laboratório;

b) descrição do arranjo dos ensaios;

c) localização do dispositivo a ser ensaiado no arranjo dos ensaios;

d) número de ensaios realizados;

e) registro dos valores medidos;

f) relatório das observações durante os ensaios;

g) avaliação dos resultados dos ensaios para mostrar a conformidade com os requisitos.

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ABNT NBR 16858-2:2020

5.7.6 Certificado de ensaio de tipo

O certificado deve indicar:

a) informações de acordo com o Anexo A;

b) tipo e aplicação dos meios de proteção da sobrevelocidade;

c) limites permissíveis das massas;

d) faixa de velocidades de desarme para o dispositivo de monitoramento da sobrevelocidade;


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e) tipo de peças nas quais os elementos de frenagem agem.

5.8 Ensaio de tipo dos meios de proteção contra o movimento não intencional do carro

5.8.1 Disposições gerais

5.8.1.1 Os meios de proteção contra o movimento não intencional do carro devem ser submetidos ao
ensaio de tipo como um sistema completo ou cada um dos subsistemas de detecção, ativação e parada
submetidos a um ensaio de tipo individual.

O ensaio de tipo dos subsistemas deve definir as condições de interface e os parâmetros relevantes de
cada subsistema, se integrados em um sistema completo.

O solicitante deve declarar os principais parâmetros de utilização do sistema ou subsistema que fazem
parte do ensaio de tipo, conforme a seguir:

a) massas mínimas e máximas;

b) força mínima e máxima, ou torque, ou pressão do fluido, se aplicável;

c) tempos de resposta individual do detector, do circuito de controle e do(s) elemento(s) de parada;

d) maior velocidade antecipada antes da ocorrência da desaceleração (ver NOTA 1);

e) distância a partir do pavimento no qual o dispositivo detector é instalado;

f) velocidade(s) de ensaio (ver NOTA 2);

g) limites de temperatura e umidade do projeto e quaisquer outras informações relevantes acordadas


entre o solicitante e o laboratório de ensaios.

NOTA 1 Como exemplo e indicação, para elevadores de tração, em que a aceleração natural é de 1,5 m/s2 e
sem qualquer torque contribuído do motor, a velocidade máxima atingível seria da ordem de 2 m/s. Isto é baseado
na velocidade atingida no início da desaceleração, por exemplo, sendo o resultado de uma aceleração "natural" de
1,5 m/s2 pelos tempos de resposta do dispositivo de proteção contra o movimento não intencional do carro, circuito
de controle e elementos de parada, supondo que o detector de movimento opere no momento em que o carro
atinge o limite da zona de destravamento.

No caso de falha elétrica, pode ser presumido para elevadores de tração, devido aos meios do controle
interno, que a aceleração máxima que pode ser alcançada é menor ou igual a 2,5 m/s2.

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NOTA 2 Para o(s) ensaio(s) de velocidade, a velocidade declarada pelo fabricante é utilizada pelo laboratório
para estabelecer uma distância percorrida pelo elevador (distância de verificação) para que a operação correta do
sistema contra o movimento não intencional do carro seja verificada durante as inspeções e ensaios antes da
entrada do elevador em serviço no local. Esta poderia ser a velocidade de inspeção ou qualquer outra velocidade
determinada pelo fabricante e acordada pelo laboratório.

5.8.1.2 A distância que o carro pode se movimentar durante o movimento não intencional é definida
nos requisitos previstos que especificam o uso desta Parte da ABNT NBR 16858 (por exemplo,
ABNT NBR 16858-1:2020, 5.6.7.5).

Os seguintes documentos devem ser anexados à solicitação:


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a) desenhos detalhados da montagem mostrando a construção, operação e dimensões e tolerâncias


dos componentes;

b) se necessário, também um diagrama de carga relativo às partes elásticas;

c) informação detalhada dos materiais utilizados, tipo de peça em que o meio atua e, se for o caso,
sua condição de superfície (trefilada,usinada, retificada etc.).

5.8.2 Especificação e amostras para ensaio

5.8.2.1 O solicitante deve declarar para qual condição de funcionamento os meios de proteção
se destinam.

5.8.2.2 As amostras para ensaio devem ser fornecidas conforme acordado entre o solicitante
e o laboratório, constituídas, conforme o caso, por um conjunto completo do dispositivo de detecção
do movimento não intencional do carro, circuito de controle (atuador), elementos de parada e qualquer
(quaisquer) dispositivo(s) de monitoramento, se aplicável.

Deve ser fornecida a quantidade necessária de conjuntos de elementos de agarre para todos
os ensaios.

O tipo de peça em que o dispositivo atua também deve ser fornecido com as dimensões especificadas
pelo laboratório.

5.8.3 Ensaio

5.8.3.1 Método de ensaio

5.8.3.1.1 O método de ensaio deve ser definido entre o solicitante e o laboratório de ensaio,
dependendo do dispositivo e da sua função para obter uma operação realista do sistema.

As medições devem ser realizadas:

a) da distância de parada;

b) do retardamento médio;

c) do tempo de resposta de detecção, atuação, elementos de parada e circuitos de controle (ver


Figura 2);

d) da distância total percorrida (soma das distâncias de aceleração e parada).

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5.8.3.1.2 Os ensaios também devem incluir:

a) operação do dispositivo de detecção do movimento não intencional do carro; e

b) qualquer sistema de monitoramento automático, se for o caso.


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Legenda
1 ponto no qual os elementos de parada começam a provocar a redução da velocidade
2 tempo de resposta da detecção do movimento não intencional do carro e de quaisquer circuitos de controle
3 tempo de resposta da atuação dos circuitos e dos elementos de parada

Figura 2 — Tempos de resposta

5.8.3.2 Procedimento de ensaio

5.8.3.2.1 Disposições gerais

Devem ser realizados 20 ensaios no elemento de parada:

a) sem qualquer resultado fora da especificação;

b) com cada resultado dentro de ± 20 % do valor médio.

O valor médio deve ser declarado no certificado.

5.8.3.2.2 Certificado do dispositivo para uma única massa ou torque ou pressão do fluido

O laboratório deve realizar dez ensaios com a massa do sistema ou torque ou pressão do fluido
representando um carro vazio no sentido de subida e dez ensaios com a massa do sistema ou torque
ou pressão do fluido representando um carro transportando a carga nominal, no sentido de descida.

Entre cada ensaio, as peças de fricção devem retornar à sua temperatura normal.

Durante os ensaios podem ser utilizados vários conjuntos idênticos de peças de fricção. No entanto, um
conjunto de peças deve ser capaz de realizar no mínimo cinco ensaios.

5.8.3.2.3 Certificado do dispositivo para diferentes massas ou torques ou pressões do fluido

Uma série de ensaios deve ser realizada para o valor máximo aplicado e uma série para o valor mínimo.
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O solicitante deve fornecer uma equação ou um gráfico, mostrando a variação calculada da força de
frenagem ou torque ou pressão de fluido em função de um determinado ajuste. Os resultados devem
ser expressos em distância percorrida.

O laboratório deve verificar a validade da equação ou gráfico.

5.8.3.2.4 Procedimento de ensaio para os meios de detecção de movimento não intencional

Dez ensaios devem ser realizados para verificar a operação do dispositivo. Todos os ensaios devem ser
positivos, para verificar a operação correta.
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5.8.3.2.5 Método de ensaio para automonitoramento

Dez ensaios devem ser realizados para verificar o funcionamento do dispositivo. Todos os ensaios
devem ser positivos, para verificar a operação correta.

Além disso, a capacidade de automonitoramento para detectar a perda da redundância do elemento de


parada, antes de uma situação crítica ocorrer, deve ser verificada.

5.8.3.3 Verificações após os ensaios

Após os ensaios:

a) as características mecânicas do(s) elemento(s) de parada devem ser comparadas com os valores
originais citados pelo solicitante. Outras análises podem ser realizadas em casos especiais;

b) deve ser verificado se não há fraturas ou deformações ou quaisquer outras alterações (por
exemplo, fissuras, deformações ou desgastes dos elementos de agarre, aparência das superfícies
de atrito);

c) se necessário, devem ser feitas fotografias dos elementos de agarre e peças em que o dispositivo
atua para evidenciar deformações ou fraturas.

5.8.4 Possível modificação dos ajustes

Se, durante os ensaios, os valores encontrados diferirem em mais de 20 % daqueles esperados pelo
solicitante, outras séries de ensaios podem ser realizadas com o seu acordo, após a modificação dos
ajustes, se necessário.

5.8.5 Relatório de ensaio

De modo a conseguir reprodutibilidade, o ensaio de tipo deve ter todos os seus detalhes registrados:

a) método de ensaio definido entre o solicitante e o laboratório;

b) descrição da disposição do ensaio;

c) localização do dispositivo a ser ensaiado no ambiente do ensaio;

d) número de ensaios realizados;

e) registro dos valores medidos;

f) relatório das observações durante o ensaio;

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g) avaliação dos resultados do ensaio para mostrar a conformidade com os requisitos.

5.8.6 Certificado de ensaio de tipo

O certificado deve indicar:

a) informações de acordo com o Anexo A;

b) tipo e aplicação do sistema ou subsistema de proteção contra o movimento não intencional do


carro;
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c) limites dos principais parâmetros (conforme acordado entre o laboratório e o fabricante);

d) ensaio de velocidade com parâmetros relevantes para uso final de inspeção;

e) tipo de peças nas quais atuam os elementos de parada;

f) combinação de dispositivo de "detecção" e elemento de "parada" dos meios, no caso de sistemas


completos;

g) condições de interface em caso de subsistemas.

5.9 Válvula de queda ou válvula de estrangulamento de sentido único

NOTA Nesta Seção, o termo "válvula de queda" significa "válvula de queda ou válvula de estrangulamento de
sentido único com partes mecânicas móveis".

5.9.1 Disposições gerais

5.9.1.1 Especificações preliminares

O solicitante deve declarar:

a) a faixa de:

1) vazão;

2) pressão;

3) viscosidade;

4) temperatura ambiente;

b) o método de instalação da válvula de queda a ser submetida ao ensaio de tipo.

Detalhes e desenhos de montagem mostrando a construção, operação, ajuste, materiais, dimensões e


tolerâncias da válvula de queda e componentes de construção devem ser anexados à solicitação.

5.9.1.2 Amostras a serem apresentadas

Devem ser apresentados ao laboratório:

a) uma válvula de queda;

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b) uma lista de fluidos que podem ser utilizados com a válvula de queda ou uma quantidade de fluido
especial para ser utilizado;

c) se necessário,os meios de adaptação para os equipamentos do laboratório.

5.9.1.3 Ensaio

5.9.1.3.1 Instalação para ensaio

A válvula de queda, instalada da maneira pretendida, deve ser ensaiada em um sistema hidráulico em
que:
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a) a pressão de ensaio requerida seja dependente de uma massa;

b) a vazão seja controlada por válvulas ajustáveis;

c) a pressão antes 1) e depois da válvula de queda possam ser registradas;

d) sejam fornecidas instalações para variar a temperatura ambiente da válvula de queda e a


viscosidade do fluido hidráulico.

O sistema deve permitir o registro da vazão ao longo do tempo. Para determinar os valores da vazão, é
permitida a medida de outra grandeza, como, por exemplo, a velocidade de um êmbolo de onde a
vazão pode ser determinada.

5.9.1.3.2 Instrumentos de medição

Os instrumentos de medição devem ter precisão de acordo com 5.1.2.6.

5.9.1.4 Procedimento de ensaio

5.9.1.4.1 Generalidades

O ensaio deve:

a) simular uma falha total da tubulação no momento em que o carro está parado;

b) avaliar a resistência da válvula de queda contra a pressão.

5.9.1.4.2 Simulação de falha total da tubulação

5.9.1.4.2.1 Na simulação de falha total da tubulação, o fluxo deve ser iniciado a partir de uma situação
estática, abrindo-se a válvula na condição de que a pressão estática antes da válvula de queda diminua
para menos de 10 %.

5.9.1.4.2.1.1 As tolerâncias da válvula de fechamento devem ser levadas em consideração dentro da


faixa declarada de:

a) vazão;

b) viscosidade;

1) A expressão "antes da válvula de queda" significa entre o cilindro e a válvula de queda.

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c) pressão;

d) temperatura ambiente.

5.9.1.4.2.1.2 Isso pode ser conseguido por duas séries de ensaios com:

a) pressão máxima, temperatura ambiente máxima, vazão mínima ajustável e viscosidade mínima;

b) pressão mínima, temperatura ambiente mínima, vazão máxima ajustável e viscosidade máxima.

Em cada série de ensaios, pelo menos 10 ensaios devem ser realizados para avaliar a tolerância de
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operação da válvula de queda nessas condições.

5.9.1.4.2.2 Durante os ensaios, as relações entre a vazão e o tempo, entre a pressão antes da válvula
de queda e o tempo, e entre a pressão depois da válvula de queda e o tempo devem ser registradas.

As características típicas destas curvas estão apresentadas na Figura 3.

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Legenda
P0 pressão antes do ensaio
Pp pico de pressão
Ps pressão estática
Q0 vazão antes do ensaio
Qmáx. vazão máxima
Qr vazão no ponto de detecção a velocidade nominal
Qt vazão no ponto de desarme
t tempo
t0 tempo entre o ponto de detecção e a vazão máxima antes do fechamento
td tempo entre a vazão máxima de fechamento e vazão zero antes de qualquer ricochete
̶˖˖ ̶˖˖ ̶˖˖ pressão após a válvula de queda
 vazão do fluido hidráulico
------ pressão antes da válvula de queda
1 A válvula de queda deve ser desarmada antes que a velocidade atinja a velocidade nominal + 0,3 m/s.

Figura 3 — Vazão do fluido hidráulico pela válvula de queda,


com pressão antes e depois da válvula de queda

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5.9.1.4.3 Resistência contra a pressão

Para demonstrar a resistência contra a pressão da válvula de queda, esta deve ser submetida a um
ensaio de pressão com 5 vezes a pressão máxima, após 2 min.

5.9.1.5 Interpretação dos ensaios

5.9.1.5.1 Operação de fechamento

A válvula de queda atende aos requisitos desta Parte da ABNT NBR 16858, se as curvas registradas de
acordo com 5.9.1.4.2 mostrarem que:
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a) o tempo t0 entre a vazão nominal (100 % de vazão) e a vazão máxima Qmáx. não excede 0,16 s;

b) o tempo td para a diminuição da vazão é:

Qmáx. Qmáx.
≤ td ≤
6 × A × 9,81 6 × A × 1,96

onde

A é a área do pistão onde a pressão está atuando, expressa em centímetros quadrados (cm2);

Qmáx. é a vazão máxima do fluido hidráulico, expressa em litros por minuto (L/min);

td é o tempo de frenagem,expresso em segundos (s);

c) pressão maior que 3,5 × Ps não pode durar mais que 0,04 s;

onde

Ps é a pressão estática, expressa em megapascals (MPa);

d) a válvula de queda deve atuar antes que a velocidade seja igual à velocidade nominal + 0,30 m/s.

5.9.1.5.2 Resistência da pressão

A válvula de queda atende aos requisitos desta Parte da ABNT NBR 16858 se, após o ensaio de acordo
com 5.9.1.4.3, nenhum dano permanente for observado.

5.9.1.5.3 Reajuste

Se os limites de vazão diminuírem ou os picos de pressão forem superados, é permitido que o


fabricante modifique o ajuste da válvula de queda. Após isso, deve ser realizada uma nova série de
ensaios.

5.9.1.6 Certificado de ensaio de tipo

O certificado deve indicar:

a) informações de acordo com o Anexo A;

b) tipo e aplicação da válvula de queda;

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c) amplitude:

1) da vazão da válvula de queda;

2) da pressão da válvula de queda;

3) da viscosidade dos fluidos hidráulicos a serem utilizados;

4) da temperatura ambiente da válvula de queda.

O certificado deve ser acompanhado de um gráfico de acordo com a Figura 3, mostrando a relação
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entre a vazão do fluido hidráulico e a pressão de onde Qmáx. e td podem ser obtidos.

5.10 Cálculo das guias

5.10.1 Faixa de cálculo

As guias devem ser dimensionadas levando em consideração as seguintes tensões:

a) tensão de flexão;

b) flexão combinada;

c) tensão de flambagem;

d) tensão de compressão ou tração;

e) combinação de tensão de flexão com tensão de compressão ou tração;

f) combinação de flambagem com flexão;

g) tensão de flexão do boleto.

Além disso, as deformações devem ser analisadas.

NOTA O exemplo fornecido no Anexo C ilustra o método de cálculo apresentado na Seção 5.10.

5.10.2 Flexão

5.10.2.1 Para calcular as tensões de flexão nos diferentes eixos da guia (ver Figura 4), pode-se
considerar que:

a) a guia é uma viga contínua, com pontos de fixação flexíveis distanciados de um comprimento l;

b) a resultante das forças que causam tensões de flexão atua no meio entre os pontos de fixação
adjacentes;

c) os momentos de flexão agem no eixo neutro do perfil da guia.

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Figura 4 — Eixos da guia

Para avaliar a tensão de flexão σm a partir das forças horizontais que agem em ângulos retos ao eixo do
perfil, as seguintes equações devem ser utilizadas:

Mm 3 × Fh × l
σm = com M m =
W 16

onde

Fh é a força horizontal aplicada à guia pelos cursores, em diferentes casos de aplicação de carga,
expressa em newtons (N);

l é a distância máxima entre os suportes da guia, expressa em milímetros (mm);

Mm é o momento fletor, expresso em newtons milímetros (N⋅mm);

σm é a tensão de flexão, expressa em newtons por milímetro quadrado (N/mm2);

W é o módulo de resistência à flexão, expresso em milímetros ao cubo (mm3).

5.10.2.2 A tensão de flexão deve ser combinada em diferentes eixos, considerando-se o perfil da guia.

Se, para Wx e Wy, os valores usuais das tabelas (respectivamente Wxmín. e Wymín.) forem utilizados e,
com isso, as tensões permissíveis não forem excedidas, nenhuma prova adicional é necessária. De
outro modo, deve ser analisado em qual borda exterior do perfil da guia as tensões de tração têm seus
valores máximos.

5.10.2.3 Se mais de duas guias forem utilizadas, pode-se considerar uma distribuição igual das forças
entre as guias, desde que seus perfis sejam idênticos.

5.10.2.4 Se mais de um freio de segurança for utilizado atuando em diferentes guias, pode-se
considerar que toda a força de frenagem está igualmente distribuída entre os freios de segurança.

5.10.2.5 No caso de freios de segurança múltiplos verticais agindo na mesma guia, deve-se considerar
que a força de frenagem de uma guia está agindo em um único ponto.

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5.10.3 Flambagem

Para determinar as tensões de flambagem, o método "ômega" deve ser utilizado com a seguinte
equação:

σk =
(Fv + k 3 × M aux ) × ω
A

onde

A é a área da seção transversal da guia, expressa em milímetros quadrados (mm2);


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Fv é a força vertical na guia do carro, contrapeso ou peso de balanceamento, expressa em newtons


(N);

k3 é o fator de impacto (ver ABNT NBR 16858-1:2020, Tabela 13);

Maux é a força em uma guia devido ao equipamento auxiliar, expressa em newtons (N);

σk é a tensão de flambagem, expressa em newtons por milímetro quadrado (N/mm2);

ω é o coeficiente de flambagem (valor de ômega).

Os valores de ômega podem ser obtidos utilizando as seguintes equações polinomiais, considerando
que:

lk
λ= e lk = l
i

onde

lk
λ= é o índice de esbelteza;
i

i é o raio de giração mínimo, expresso em milímetros (mm);

l é a distância máxima entre os suportes da guia, expressa em milímetros (mm);

lk é o comprimento de flambagem, expresso em milímetros (mm).

Para aço com resistência à tração Rm = 370 N/mm2:

20 ≤ λ ≤ 60: ω = 0,00012920 × λ1,89 + 1;

60 < λ ≤ 85: ω = 0,00004627 × λ2,14 + 1;

85 < λ ≤ 115: ω = 0,00001711 × λ2,35 + 1,04;

115 < λ ≤ 250: ω = 0,00016887 × λ2,00.

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Para aço com resistência à tração Rm = 520 N/mm2:

20 ≤ λ ≤ 50: ω = 0,00008240 × λ2,06 + 1,021;

50 < λ ≤ 70: ω = 0,00001895 × λ2,41 + 1,05;

70 < λ ≤ 89: ω = 0,00002447 × λ2,36 + 1,03;

89 < λ ≤ 250: ω = 0,00025330 × λ2,00.

A determinação dos valores de ômega do aço com resistência à tração Rm entre 370 N/mm2 e
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520 N/mm2 deve ser realizada pela seguinte equação:

 w − w 370 
w R =  520 × (Rm − 370) + w 370
 520 − 370 

5.10.4 Combinação da tensão de flexão com a tensão de compressão ou tração e combinação da


tensão de flexão com a tensão de flambagem

A combinação de tensão de flexão com a tensão de compressão ou tração e a combinação de tensão


de flexão com a tensão de flambagem devem ser avaliadas utilizando as seguintes equações:

Tensão de flexão: σ m = σ x + σ y ≤ σ perm

Fv + k 3 × M aux
Flexão e compressão ou tração: σ = σm + ≤ σ perm
A

Flexão e flambagem: σ c = σ k + 0,9 × σ m ≤ σ perm

onde

A é a área da seção transversal da guia, expressa em milímetros quadrados (mm2);

Fv é a força vertical de flambagem na guia do carro, ou contrapeso ou peso de balanceamento,


expressa em newtons (N);

k3 é o fator de impacto;

Maux é a força na guia devida ao equipamento auxiliar, expressa em newtons (N);

σ é a tensão combinada, expressa em newtons por milímetro quadrado (N/mm2);

σc é a tensão combinada de flexão e flambagem, expressa em newtons por milímetro


quadrado (N/mm2);

σk é a tensão de flambagem, expressa em newtons por milímetro quadrado (N/mm2);

σm é a tensão de flexão, expressa em newtons por milímetro quadrado (N/mm2);

σperm é a tensão admissível, expressa em newtons por milímetro quadrado (N/mm2), ver as
normas que especificam o uso desta Parte da ABNT NBR 16858 (por exemplo,
ABNT NBR 16858-1:2020, 5.7.4.5);
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σx é a tensão de flexão segundo o eixo x, expressa em newtons por milímetro quadrado


(N/mm2);

σy é a tensão de flexão segundo o eixo y, expressa em newtons por milímetro quadrado


(N/mm2).

5.10.5 Flexão do boleto

A flexão do boleto deve ser considerada. Para guias de perfil T, a seguinte equação deve ser utilizada:

1,85 × Fx
σF = ≤ σ perm para cursores de rolo
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c2

6 × Fx × (h1 − b − f )
σF = ≤ σ perm para cursores deslizantes
c 2 × [l c + 2 × (h1 − f )]

onde

b é a metade da largura do cursor de guia, expressa em milímetros (mm);

c é a largura da alma da guia, expressa em milímetros (mm);

f é a altura da base da guia, na sua ligação com a alma, expressa em milímetros (mm);

Fx é a força exercida pelo cursor contra o boleto, expressa em newtons (N);

h1 é a altura da guia, expressa em milímetros (mm);

lc é o comprimento da guarnição do cursor de guia, expresso em milímetros (mm);

σF é a tensão de flexão pontual do boleto, expressa em newtons por milímetro quadrado


(N/mm2);

σperm é a tensão admissível, expressa em newtons por milímetro quadrado (N/mm2).

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As dimensões são mostradas na Figura 5.


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Legenda
1 guarnição
2 suporte
Figura 5 — Dimensões para cálculo da flexão do boleto
5.10.6 Deflexões

As deflexões devem ser calculadas utilizando as seguintes equações:

Fy × l 3
δ y = 0,7 × + δ str - y ≤ δ perm
48 × E × I x

Fx × l 3
δ x = 0,7 × + δ str - x ≤ δ perm
48 × E × I y

onde

δperm é a deflexão máxima admissível, expressa em milímetros (mm);

δx é a deflexão no eixo X, expressa em milímetros (mm);

δy é a deflexão no eixo Y, expressa em milímetros (mm);

δstr-x é a deflexão da estrutura do edifício no eixo X, expressa em milímetros (mm);

δstr-y é a deflexão da estrutura do edifício no eixo Y, expressa em milímetros (mm);

E é o módulo de elasticidade, expresso em newtons por milímetro quadrado (N/mm2);

Fx é a força aplicada à guia pelo cursor na direção do eixo X, expressa em newtons (N);

Fy é a força aplicada à guia pelo cursor na direção do eixo Y, expressa em newtons (N);

lx é o momento de inércia da área no eixo X, expresso em milímetros à quarta potência (mm4);

ly é o momento de inércia da área no eixo Y, expresso em milímetros à quarta potência (mm4);

l é a distância máxima entre os suportes da guia, expressa em milímetros (mm).

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5.11 Avaliação da tração

Os requisitos desta seção são aplicados para avaliação da tração em aplicações tradicionais as quais
incluem cabos de aço e polias de aço ou ferro fundido.

5.11.1 Disposições gerais

A tração deve ser assegurada durante todo o tempo, levando-se em consideração:

a) viagem normal;
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b) aplicação de carga da cabina ao nível do piso; e

c) desaceleração devido a uma parada de emergência.

Se o torque da máquina de tração for suficientemente alto para elevar o carro, considerações devem ser
realizadas para permitir que o deslizamento ocorra se o carro ou o contrapeso estiver retido na caixa
por qualquer razão.

NOTA Os resultados são seguros, conforme demonstrado pela experiência, tendo em vista as margens de
segurança embutidas. Assim, os seguintes elementos não necessitam ser levados em consideração em detalhes:
construção do cabo, tipo e quantidade de lubrificação, material de polias e cabos, e tolerância de fabricação.

5.11.2 Cálculo da tração

5.11.2.1 Disposições gerais

As seguintes equações devem ser aplicadas:

T1
≤ e f ×α para condições de aplicação de carga e frenagem de emergência do carro;
T2

T1 para condição de carro ou contrapeso retido (carro ou contrapeso apoiado nos para-
≥ e f ×α choques e máquina girando no sentido de descida ou subida), quando for provida
T2
proteção contra a elevação do carro ou do contrapeso por um limitador de tração.

onde

α é o ângulo de abraçamento dos cabos na polia motriz;

f é o coeficiente de atrito aparente;

T1 e T2 são as forças nos cabos de suspensão em cada lado da polia motriz.

5.11.2.2 Avaliação de T1 e T2

5.11.2.2.1 Condição no carregamento da cabina

A relação estática T1/T2 deve ser avaliada para o pior caso, dependendo da posição do carro na caixa e
com 125 % da carga nominal.

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Quando dispositivos de manuseio não incluídos na carga nominal forem utilizados para carregar e
descarregar a cabina, o peso de tais dispositivos deve ser adicionado à carga nominal para realizar este
cálculo.

5.11.2.2.2 Condição de frenagem de emergência

A relação dinâmica T1/T2 deve ser avaliada para o pior caso, dependendo da posição do carro na caixa
e das condições de carga (vazio ou com carga nominal).

Cada elemento em movimento deve ser considerado com sua própria taxa de retardamento, levando
em consideração o efeito de tração da instalação.
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Em qualquer caso, a taxa de retardamento a ser considerada não pode ser menor que:

a) 0,5 m/s2 para casos normais;

b) no caso de amortecedores de percurso reduzido, o retardamento mínimo para reduzir a velocidade


do carro e contrapeso até um valor que não exceda aquele para o qual os amortecedores são
projetados.

5.11.2.2.3 Condição do carro ou contrapeso retido

A relação estática T1/T2 deve ser avaliada com o carro vazio nas posições mais alta e mais baixa.

5.11.2.3 Avaliação do coeficiente de atrito

5.11.2.3.1 Considerações sobre ranhuras

5.11.2.3.1.1 Ranhuras semicirculares e semicirculares recortadas

A Figura 6 mostra a configuração de uma ranhura semicircular recortada.

Legenda
β ângulo do recorte
γ ângulo da ranhura

Figura 6 — Ranhura semicircular, recortada


A seguinte equação deve ser utilizada:
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 γ β
4 ×  cos − sen 
 2 2
f = µ×
π − β − γ − senβ + senγ

onde

β é o valor do ângulo do recorte, expresso em radianos (rad);

γ é o valor do ângulo da ranhura, expresso em radianos (rad);


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µ é o coeficiente de atrito entre a polia de aço ou ferro fundido e o cabo de aço;

f é o coeficiente de atrito aparente.

O ângulo do recorte β não pode exceder 105°(1,83 rad).

O valor do ângulo da ranhura γ deve ser fornecido pelo fabricante, de acordo com o projeto das
ranhuras. Convém que, em nenhum caso, ele seja menor que 25° (0,44 rad).

5.11.2.3.1.2 Ranhuras V

A Figura 7 mostra a configuração de uma ranhura V.

Com o objetivo de limitar a redução da tração pelo desgaste, se a ranhura não for submetida a um
processo adicional de endurecimento, é necessário o recorte.

Legenda
β ângulo do recorte
γ ângulo da ranhura

Figura 7 — Ranhura V

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As seguintes equações são aplicáveis:

 no caso de carregamento da cabina e na frenagem de emergência:

 β
4 ×  1− sen 
 2
f = µ× para ranhuras não endurecidas (não temperadas);
π − β − senβ

1
f = µ× para ranhuras endurecidas (temperadas);
γ
sen
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 no caso da condição de contrapeso retido:

1
f = µ× para ranhuras endurecidas (temperadas) e não endurecidas (não temperadas).
γ
sen
2
onde

β é o valor do ângulo do recorte, expresso em radianos (rad);

γ é o valor do ângulo da ranhura, expresso em radianos (rad);

µ é o coeficiente de atrito entre o cabo de aço e a polia de aço ou ferro fundido;

f é o coeficiente de atrito aparente.

O valor máximo do ângulo do recorte β não pode exceder 105° (1,83 rad). Em nenhum caso, o ângulo γ
pode ser inferior a 35°.

5.11.2.3.2 Considerações sobre o coeficiente de atrito

Como mostra a Figura 8, o coeficiente de atrito é função da velocidade v do cabo.

Figura 8 — Coeficiente de atrito mínimo

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Os seguintes valores são aplicados:

a) condições de aplicação de carga: µ = 0,1;

0,1
b) condições de frenagem de emergência: µ= ;
v
1+
10

c) condições de contrapeso retido: µ = 0,2

onde
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µ é o coeficiente de atrito;

v é a velocidade dos cabos de suspensão com o carro na velocidade nominal, expressa em


metros por segundo (m/s).

5.11.3 Equações para um caso geral

A Figura 9 apresenta a configuração geral das partes de uma instalação necessárias para a
determinação das forças T1 e T2 nos cabos de suspensão em cada lado da polia motriz.

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Legenda
1, 2, 3, 4 são os fatores de velocidade das polias, por exemplo, 2 vcar;
vcar é a velocidade do carro.

Figura 9 — Caso geral

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As seguintes equações são aplicadas:

a) Para maquinarias localizadas em cima:

(P + Q + M CRcar + M Trav ) × (g M Comp  r 2 + 2   i PTD × mPTD 


n ± a) + × gn + M SRcar ×  gn ± a ×
T1 = ± ×a
r 2×r 3   2 × r 
 

III

∑ (m × i Pcar × a ) 
r −1
(m × a )I
± DP ± i =1 Pcar
 
FRcar
r  r  r
 
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M cwt + M CRcwt M Comp  r 2 + 2   i PTD × mPTD 


T2 = × (gn  a ) + × gn + M SRcwt ×  gn  a × 
 ×a
r 2×r  3   2×r 

III

∑i =1(MPcwt × iPcwt × a)
r −1
 (mDP × a ) 
II
  FRcwt
   ±
 r  r  r
 

b) Para maquinarias localizadas embaixo:

(P + Q + M CRcar + M Trav ) × (g M Comp  r 2 +2


n ± a) + × gn + M SR1car × (− gn ± a ) + M SR2car ×  gn ± a ×
T1 = 
r 2×r  3 

III

∑i =1(mPcar × iPcar × a)
r −1
I
i × mPTD   m ×a    FRcar
±  PTD × a  ±  DP  ± 
 2×r   r   r  r
 

M cwt + M CRcwt M Comp  r 2 +2


T2 = × (gn  a ) + × gn + M SR1cwt × (− gn  a ) + M SR2cwt ×  gn  a × 
r 2×r  3 

III

∑ (m × i Pcwt × a ) 
II r −1
 i PTD × mPTD   mDP × a  Pcwt FRcwt
 × a       i =1  
 2×r   r   r  r
 

NOTA 1 As equações anteriores podem também ser utilizadas para o carro vazio por eliminação de Q. Neste
caso, T1 torna-se T2 e T2 torna-se T1.

Nas equações anteriores, os símbolos ± e  devem ser utilizados de tal modo que a operação superior
seja aplicável no caso do carro com carga nominal desacelerando no sentido de descida e a operação
inferior no caso do carro vazio desacelerando no sentido de subida. Para os casos de aplicação de
carga da cabina e condição do carro retido, a = 0.

Para o caso de aplicação de carga do carro, Q deve ser substituído por 1,25 × Q mais o peso dos
dispositivos de manuseio, quando utilizados no caso de elevadores de passageiros e cargas.

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Convém que as forças de atrito FRcar e FRcwt sejam canceladas em todas as condições, se uma força de
atrito mínima não for assegurada.

NOTA 2 Para um exemplo de cálculo, ver Anexo D.

Condições:

I para qualquer polia de desvio do lado do carro;

II para qualquer polia de desvio do lado do contrapeso;


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III somente para o efeito de tração > 1;

onde

a é a desaceleração de frenagem (valor positivo) do carro, expressa em metros por segundo


ao quadrado (m/s2);

FRcar é a força de atrito na caixa (rendimento dos mancais do lado do carro e atrito nas guias
etc.), expressa em newtons (N);

FRcwt é a força de atrito na caixa (rendimento dos mancais do lado do contrapeso e atrito nas
guias etc.), expressa em newtons (N);

gn é a aceleração-padrão da gravidade, expressa em metros por segundo ao quadrado (m/s2);

H é o percurso, expresso em metros (m);

iPcar é o número de polias do lado do carro com a mesma velocidade rotacional vpulley (sem
polias defletoras);

iPcwt é o número de polias do lado do contrapeso (sem polias defletoras);

iPTD é o número de polias do dispositivo tensor;

mDP é a massa reduzida (relativa ao carro ou contrapeso) das polias de desvio do lado do carro
2
 v pulley 
 
 v 
e ou do lado do contrapeso JDP × , expressa em quilogramas (kg);
R2

2
 v pulley 
 
 v 
mPcar é a massa reduzida (relativa ao carro) das polias do lado do carro JPcar × ,
R2
expressa em quilogramas (kg);

mPcwt é a massa reduzida (relativa ao contrapeso) das polias do lado do contrapeso


2
 v pulley 
 
 v 
JPcwt × , expressa em quilogramas (kg);
R2

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mPTD é a massa reduzida (relativa ao carro/contrapeso) de uma polia do dispositivo de tensão


JPTD
, expressa em quilogramas (kg);
R2

Mcomp é a massa do dispositivo tensor incluindo as massas das polias, expressa em quilogramas
(kg);

MCR é a massa real dos cabos ou correntes de compensação [(0,5 × H ± y) × nc × qcc], expressa
em quilogramas (kg);

qcc é a massa unitária dos cabos ou correntes de compensação, expressa em quilogramas por
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metro (kg/m);

MCRcar é a massa MCR do lado do carro, expressa em quilogramas (kg);

MCRcwt é a massa MCR do lado do contrapeso, expressa em quilogramas (kg);

Mcwt é a massa do contrapeso, incluindo a massa das polias, expressa em quilogramas (kg);

MSR é a massa real dos cabos de suspensão [(0,5 × H ± y) × ns × qs], expressa em quilogramas
(kg);

qs é a massa unitária dos cabos de suspensão, expressa em quilogramas por metro (kg/m);

MSRcar é a massa MSR do lado do carro, expressa em quilogramas (kg).

No caso de máquina embaixo, o cabo entre a máquina e a(s) polia(s) na última altura é MSR1car e o cabo
entre as polias na última altura e o carro é MSR2car (MSR2car = 0, se o carro estiver no pavimento mais
alto).

MSRcwt é a massa MSR do lado do contrapeso, expressa em quilogramas (kg).

No caso de máquina embaixo, o cabo entre a máquina e a(s) polia(s) na última altura é MSR1cwt e o cabo
entre a(s) polia(s) na última altura e o contrapeso é MSR2cwt (MSR2cwt = 0, se o contrapeso estiver no
pavimento extremo superior);

MTrav é a massa real do cabo de comando [(0,25 × H ± 0,5 × y) × nt × qt], expressa em quilogramas
(kg);

qt é a massa unitária dos cabos de comando, expressa em quilogramas por metro (kg/m);

nc é o número de cabos ou correntes de compensação;

ns é o número de cabos de suspensão;

nt é o número de cabos de comando;

P é a massa do carro vazio, expressa em quilogramas (kg);

Q é a carga nominal, expressa em quilogramas (kg);

T1 e T2 são as forças exercidas sobre os cabos de suspensão, expressas em newtons (N);

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r é o efeito de tração;

vpulley é a velocidade rotacional da polia (velocidade do cabo), expressa em metros por segundo
(m/s);

y é o deslocamento vertical em relação à posição média de H, sendo que na posição média


de H corresponde y = 0, expresso em metros (m);

→ é a força estática;

—→ é a força dinâmica;
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IDP é o momento de inércia da polia secundária lado carro, expresso em quilogramas metro
quadrado (kg.m2);

IPcar é o momento de inércia das polias de suspensão lado carro, expresso em quilogramas
metro quadrado (kg.m2);

IPcwt é o momento de inércia das polias de suspensão lado contrapeso, expresso em


quilogramas metro quadrado (kg.m2);

IPDT é o momento de inércia de uma das polias do limitador de velocidade, expresso em


quilogramas metro quadrado (kg.m2);

R é o raio da polia considerada, expresso em metro (m);

v pulley é a velocidade periférica da polia considerada = velocidade do cabo, expressa em metro


por segundo (m/s);

v é a velocidade do carro (ou do contrapeso), expressa em metro por segundo (m/s);

2
mDP é a massa reduzida correspondente a IDP ,mDP = IDP × (v pulley v ) R 2 , expressa em
quilogramas (kg);

2
mpcar é a massa reduzida correspondente a IPcar ,mPcar = IPcar × (v pulley v ) R 2 , expressa em
quilogramas (kg);

2
mpcwt é a massa reduzida correspondente a IPcwt ,mPcwt = IPcwt × (v pulley v ) R 2 , expressa em
quilogramas (kg);

2
mPDT é a massa reduzida correspondente a IPDT ,mPDT = IPDT × (v pulley v ) R 2 , expressa em
quilogramas (kg);

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5.12 Avaliação do coeficiente de segurança para suspensão com cabos de aço para os
elevadores de acionamento por tração

5.12.1 Disposições gerais

Com referência aos requisitos estabelecidos nas normas que requerem a utilização desta Parte da
ABNT NBR 16858 (por exemplo, ABNT NBR 16858-1:2020, 5.5.2.2), esta subseção descreve o método
de avaliação do coeficiente de segurança "Sf" para os cabos de suspensão. Este método de avaliação
deve somente ser utilizado para:

 polias motrizes de aço ou ferro fundido;


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 cabos de aço de acordo com a EN 12385-5.

NOTA Este método é baseado no tempo de vida suficiente dos cabos presumindo manutenção e inspeção
periódicas.

5.12.2 Número equivalente de polias Nequiv

5.12.2.1 Generalidades

O número de flexões e o grau de severidade de cada flexão provocam a deterioração do cabo. Esta
deterioração é influenciada pelo tipo de ranhura (U ou V) e se a flexão do cabo é reversa ou não.

O grau de severidade de cada flexão pode ser equiparado a um número de flexões simples.

Uma flexão simples é definida pelo deslocamento do cabo sobre uma ranhura semicircular, onde o raio
desta não é superior a 0,53 do diâmetro nominal do cabo.

O número de flexões simples corresponde a um número equivalente de polias Nequiv, o qual pode ser
obtido a partir de:

Nequiv = Nequiv(t) + Nequiv(p)

onde

Nequiv(t) é o número equivalente de polias motrizes;

Nequiv(p) é o número equivalente de polias de desvio.

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5.12.2.2 Avaliação de Nequiv(t)

Os valores de Nequiv(t) podem ser obtidos por meio da Tabela 2.

Tabela 2 — Avaliação do número equivalente de polias motrizes Nequiv(t)

γ 35° 36° 38° 40° 42° 45° 50°


Ranhuras V
Nequiv(t) 18,5 16 12 10 8 6,5 5
β 75° 80° 85° 90° 95° 100° 105°
Ranhuras U recortadas
Nequiv(t) 2,5 3,0 3,8 5,0 6,7 10,0 15,2
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Para ranhuras U sem recorte: Nequiv(t) = 1.

Os valores para os ângulos ausentes na Tabela 2 podem ser determinados por interpolação linear.

5.12.2.3 Avaliação de Nequiv(p)

Uma flexão somente é considerada reversa se a distância entre os contatos dos cabos, em duas polias
consecutivas que possuem uma distância fixa entre os seus eixos, não exceder 200 vezes o diâmetro
do cabo e os planos de flexão forem torcidos mais de 120°.

Nequiv(p) = Kp (Nps + 4 Npr)

onde

Nps é o número de polias com flexões simples;

Npr é o número de polias com flexões reversas;

Kp é o fator de relação entre os diâmetros das polias motrizes e de desvio.

4
D 
com: K p =  t 
D 
 p
onde

Dt é o diâmetro da polia motriz;

Dp é o diâmetro médio de todas as polias, excluída a polia motriz.

NOTA Exemplos para avaliação do número equivalente de polias são fornecidos no Anexo E.

5.12.3 Coeficiente de segurança

Para um determinado projeto de acionamento por cabo, o valor mínimo do coeficiente de segurança
pode ser selecionado no gráfico da Figura 10, considerando-se a correta relação DT e o
dr
Nequiv calculado para o pior caso da seção dos cabos.

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Figura 10 — Determinação do coeficiente de segurança mínimo

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As curvas da Figura 10 são baseadas na seguinte equação:

  
  695,85 ×106 × N 
equiv
 log  
  8 ,567 
D
 t
    
 2,6834   dr  
   − −2 ,894
  D   
 log  77,09 ×  t   
   dr   
 
 
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Sf = 10 

onde

Dt é o diâmetro da polia motriz;

dr é o diâmetro dos cabos;

Nequiv é o número equivalente de polias;

Sf é o coeficiente de segurança.

5.13 Cálculos dos êmbolos, cilindros, tubos rígidos e acessórios

5.13.1 Dimensionamento da resistência à sobrepressão

5.13.1.1 Cálculo da espessura das paredes dos êmbolos, cilindros, tubulações rígidas e
acessórios

A espessura da parede deve ser determinada pela equação (ver Figura 11):

2,3 × 1,7 × p Di
ew ≥ × + e0
RP0,2 2

onde

Di é o diâmetro interno, expresso em milímetros (mm);

e0 = 1,0 mm para a parede e a base de cilindros e tubulações rígidas entre o cilindro e a válvula de
queda, se provida;

e0 = 0,5 mm para pistões e outras tubulações rígidas;

ew é a espessura da parede;

2,3 é o fator para perdas por atrito (1,15) e picos de pressão (2);

1,7 é o coeficiente de segurança referido com as tensões de prova.

NOTA Para o significado dos demais símbolos, ver 5.13.3.

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Figura 11 — Cálculo da espessura da parede

5.13.1.2 Dimensionamento de espessura do fundo dos cilindros (exemplos)

5.13.1.2.1 Disposições gerais

NOTA Os exemplos apresentados não excluem outras construções possíveis.

5.13.1.2.2 Fundo plano com ranhura de alívio

As espessuras do fundo devem ser determinadas pelas equações (ver Figura 12):

2,3 × 1,7 × p
e1 ≥ 0,4 × Di × + e0
RP0,2

D  2,3 × 1,7 × p
u1 ≥ 1,3 ×  i − r1  × + e0
2  RP0,2

com as seguintes condições para o alívio de tensões da costura da solda:

r1 ≥ 0,2 × e1 e r1 ≥ 5 mm

u1 ≤ 1,5 × s1

h1 ≥ u1 + r1

onde

Di é o diâmetro interno, expresso em milímetros (mm);


e0 = 1,0 mm para a parede e a base de cilindros e tubulações rígidas entre o cilindro e a válvula de
queda, se provida;
e0 = 0,5 mm para pistões e outras tubulações rígidas;
2,3 é o fator para perdas por atrito (1,15) e picos de pressão (2);
1,7 é o coeficiente de segurança referido com as tensões de prova.

NOTA Para o significado dos demais símbolos, ver 5.13.3.

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Figura 12 — Fundo plano com ranhura de alívio

5.13.1.2.3 Fundo abaulado

A espessura do fundo deve ser determinada pela equação (ver Figura 13):

2,3 × 1,7 × p D
e2 ≥ × + e0
RP0,2 2

com as seguintes condições para o alívio de tensões da costura da solda:

h2 ≥ 3,0 × e2

r2 ≥ 0,15 × D

R2 = 0,8 × D

onde

D é o diâmetro externo, expresso em milímetros (mm);

NOTA Para o significado dos demais símbolos, ver 5.13.3.

Figura 13 — Fundo abaulado

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5.13.1.2.4 Fundo plano com flange soldado

A espessura do fundo deve ser determinada pela equação (ver Figura 14):

2,3 × 1,7 × p
e3 ≥ 0,4 × Di × + e0
RP0,2

com as seguintes condições para o alívio de tensões da costura da solda:

u3 ≥ e3 + r3
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ew
r3 ≥ e r3 ≥ 8 mm
3

onde

Di é o diâmetro interno, expresso em milímetros (mm);

NOTA Para o significado dos demais símbolos, ver 5.13.3.

Figura 14 — Fundo plano com flange soldado

5.13.2 Cálculo de pistões à flambagem

5.13.2.1 Disposições gerais

O cálculo à flambagem deve ser realizado na parte com menor resistência à flambagem.

5.13.2.2 Pistões de ação simples

A força real de flambagem deve ser determinada de acordo com as seguintes equações (ver Figura 15):

Para λn ≥ 100:
π 2 × E × Jn
Fs ≤
2×l2

Para λn < 100:

An   λ  
2
Fs ≤ × Rm − (Rm − 210) ×  n  
2   100  

Se os pistões se estenderem em sentido de subida, deve ser utilizada a seguinte equação:


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Fs = 1,4 × gn × [cm × (P + Q) + 0,64 × Pr + Prh]

NOTA Para o significado dos símbolos, ver 5.13.3.


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Figura 15 — Pistões de ações simples

5.13.2.3 Pistões telescópicos sem guiamento externo, cálculo do êmbolo

A força real de flambagem deve ser determinada de acordo com as seguintes equações (ver Figura 16):

Para λe ≥ 100:
π 2 × E × J2
Fs ≤ ×ϕ
2×l2

Para λe < 100:

An   λ  
2
Fs ≤ × Rm − (Rm − 210) ×  n  
2   100  

l = l1 + l2 + l3, l1 = l2 = l3

J1
v= ; (J3 ≥ J 2 > J1 )
J2

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ABNT NBR 16858-2:2020

(hipótese para simplificação dos cálculos: J3 = J2)


Para 2 seções:

ϕ = 1,25 × v – 0,2 para 0,22 < v < 0,65

Para 3 seções:

ϕ = 1,50 × v – 0,2 para 0,22 < v < 0,65

ϕ = 0,65 × v + 0,35 para 0,65 < v < 1


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 2
l d  dmi  
λ e = com ie = m × ϕ × 1 +  
ie 4   dm  

Se os pistões se estenderem em sentido de subida, deve ser utilizada a seguinte equação:

Fs = 1,4 × gn × [cm × (P + Q) + 0,64 × Pr + Prh + Prt]

NOTA Para o significado dos símbolos, ver 5.13.3.

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Figura 16 — Pistões telescópicos sem guiamento externo

5.13.2.4 Pistões telescópicos com guiamento externo

A força real de flambagem deve ser determinada de acordo com as seguintes equações (ver Figura 17):

Para λn ≥ 100:
π 2 × E × Jn
Fs ≤ 2
2 × ln

Para λn < 100:

An   λ  
2
Fs ≤ × Rm − (Rm − 210) ×  n  
2   100  

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Se os pistões se estenderem em sentido de subida, deve ser utilizada a seguinte equação:

Fs = 1,4 × gn × [cm × (P + Q) + 0,64 × Pr + Prh + Prt]

NOTA Para o significado dos símbolos, ver 5.13.3.


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Figura 17 — Pistões telescópicos com guiamento externo


5.13.3 Símbolos

An é a seção transversal do material do êmbolo a calcular, expressa em milímetros


quadrados (mm2), (n = 1, 2, 3);

cm é o efeito de tração;

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ABNT NBR 16858-2:2020

dm é o diâmetro externo do maior êmbolo de um pistão telescópico, expresso em milímetros


(mm);

dmi é o diâmetro interno do maior êmbolo de um pistão telescópico, expresso em milímetros


(mm);

E é o módulo de elasticidade, expresso em newtons por milímetro quadrado (N/mm2) (para


o aço: E = 2,1 × 105 N/mm2);

e0 é a espessura adicional da parede, expressa em milímetros (mm);


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Fs é a força real de flambagem aplicada, expressa em newtons (N);

gn é a aceleração-padrão da gravidade, expressa em metros por segundo ao quadrado


(m/s2);

ie é o raio de giração equivalente do pistão telescópico, expresso em milímetros (mm);

in é o raio de giração do êmbolo a calcular, expresso em milímetros (mm), (n = 1, 2, 3);

Jn é o momento de inércia da seção do êmbolo a calcular, expresso em milímetros à quarta


potência (mm4), (n = 1, 2, 3);

l é o comprimento máximo dos êmbolos sujeitos à flambagem, expresso em milímetros


(mm);

p é a pressão a carga nominal, expressa em megapascals (MPa);

P é a soma da massa do carro vazio e das massas dos cabos de comando suportados pela
cabina, expressa em quilogramas (kg);

Pr é a massa do êmbolo a calcular, expressa em quilogramas (kg);

Prh é a massa do equipamento associado a ponta do êmbolo, se existir, expressa em


quilogramas (kg);

Prt é a massa dos êmbolos que operam sobre o êmbolo a calcular (no caso de pistões
hidráulicos telescópicos), expressa em quilogramas (kg);

Q é a carga nominal (massa) indicada na cabina, expressa em quilogramas (kg);

Rm é a resistência à tração do material, expressa em newtons por milímetro quadrado


(N/mm2);

Rp0,2 é a tensão de prova (alongamento não proporcional), expressa em newtons por milímetro
quadrado (N/mm2);

l
λe = é o coeficiente de esbeltez equivalente de um pistão hidráulico telescópico;
ie

l
λn = é o coeficiente de esbeltez do êmbolo a calcular;
in

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ABNT NBR 16858-2:2020

v, ϕ são os fatores utilizados para representar valores experimentais fornecidos por


diagramas;

1,4 é o fator de sobrepressão;

2 é o coeficiente de segurança à flambagem.

5.14 Ensaios de impacto pendular

5.14.1 Disposições gerais


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Os ensaios de impacto pendular deve ser realizado de acordo com as seguintes instruções.

NOTA Os ensaios de impacto pendular podem ser especificados para uma "família" de portas baseada, por
exemplo, no tipo e dimensões mínimas/máximas.

5.14.2 Aparelhagem de ensaio

5.14.2.1 Dispositivo de impacto com pêndulo duro

O dispositivo de impacto com pêndulo duro deve ser um corpo de acordo com a Figura 18. Este corpo
consiste em um anel de impacto fabricado de aço S 235 JR, de acordo com a EN 10025, e em um
recipiente fabricado de aço E 295, de acordo com a EN 10025. A massa total deste corpo deve atingir
até 10 kg ± 0,01 kg por enchimento com esferas de chumbo de diâmetro 3,5 mm ± 0,5 mm.

5.14.2.2 Dispositivo de impacto com pêndulo macio

O dispositivo de impacto com pêndulo macio deve ser um saco de acordo com a Figura 19, fabricado
em couro, que é preenchido com esferas de chumbo com diâmetro de 3,5 mm ± 0,5 mm até uma massa
total de 45 kg ± 0,5 kg.

5.14.2.3 Suspensão do dispositivo de impacto com pêndulo

O dispositivo de impacto com pêndulo deve ser suspenso por um cabo de aço de aproximadamente
3 mm de diâmetro, de tal modo que a distância horizontal entre a extremidade externa do dispositivo de
impacto de suspensão livre e a folha a ser ensaiada não exceda 15 mm ± 10 mm.

O comprimento do pêndulo (extremidade inferior do olhal para ponto de referência do dispositivo de


impacto) deve ser de pelo menos 1,5 m.

5.14.2.4 Dispositivo de puxar e disparar

O dispositivo de impacto com pêndulo suspenso deve ser afastado da folha por um dispositivo de puxar
e disparar e, em seguida, levantado até a altura de queda requerida em 5.14.3.2 e 5.14.3.3. O
dispositivo de disparo não pode proporcionar impulso adicional ao dispositivo de impacto com pêndulo
no momento do desarme.

O cabo de suspensão deve ser enganchado ao dispositivo de impacto sem torção, para evitar o giro do
dispositivo após o disparo.

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ABNT NBR 16858-2:2020

O cabo de suspensão não pode ter nenhum ângulo em relação ao dispositivo na posição de disparo;
para um resultado coerente, é recomendado que seja realizado por um triângulo enganchado mantendo
o centro de gravidade do dispositivo de impacto alinhado com o cabo de suspensão na posição de
disparo.

5.14.2.5 Amostra para ensaio

5.14.2.5.1 As amostras para ensaio devem ser completas e devem ter o tamanho e fixações
pretendidos de acordo com aplicação específica. As amostras para ensaio devem ser fixadas à
estrutura de ensaio de tal modo que nos pontos de fixação não seja possível ocorrerem deformações
durante os ensaios (fixação firme).
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5.14.2.5.2 As amostras devem ser submetidas aos ensaios com o acabamento pretendido de
fabricação (bordas acabadas, furos etc.).

5.14.3 Ensaios

5.14.3.1 Os ensaios devem ser realizados a uma temperatura de 23 °C ± 5 °C. As folhas devem ser
armazenadas imediatamente antes dos ensaios, permanecendo por pelo menos 4 h nesta temperatura.

5.14.3.2 O ensaio de impacto com pêndulo duro deve ser realizado com o dispositivo de acordo com
5.14.2.1 e com a altura de queda e disposição do ensaio de acordo com a Figura 18 e a Figura 20.

5.14.3.3 O ensaio de impacto com pêndulo macio deve ser realizado com o dispositivo de acordo com
5.14.2.2 e com a altura de queda e disposição do ensaio de acordo com a Figura 19 e a Figura 20.

5.14.3.4 O dispositivo de impacto pendular deve ser levado à altura de queda requerida de acordo com
a norma que especifica este ensaio (por exemplo, ABNT NBR 16858-1:2020, 5.3.5.3.2) e liberado.

Se não for possível golpear no ponto especificado na parte pertinente da amostra do ensaio (por
exemplo, a largura do painel for menor que 240 mm), o dispositivo de impacto pendular deve golpear o
mais próximo possível do ponto marcado (ver os requisitos definidos nas normas que especificam o uso
desta Parte da ABNT NBR 16858 (por exemplo, ABNT NBR 16858-1:2020)).

5.14.3.5 Somente um ensaio para cada ponto de impacto é requerido com cada um dos dispositivos
referidos em 5.14.2.1 e 5.14.2.2.

Ao serem realizados ambos os ensaios de impacto pendular, duro e macio, estes devem ser realizados
na mesma amostra e o ensaio com pêndulo duro deve ser efetuado em primeiro lugar.

5.14.3.6 As portas de pavimento devem ser ensaiadas pelo lado do pavimento. As portas da cabina e
as paredes da cabina devem ser ensaiadas pelo lado interior da cabina.

5.14.4 Interpretação dos resultados

A verificação deve ser realizada após o ensaio de acordo com a norma que especifica este ensaio
quanto:

a) à perda de integridade;

b) à deformação permanente;

c) a fissuras ou lascas.

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ABNT NBR 16858-2:2020

5.14.5 Relatório de ensaio

O relatório de ensaio deve conter pelo menos as seguintes informações:

a) nome e o endereço da organização onde foram realizados os ensaios;

b) data dos ensaios;

c) dimensões e construção da folha;

d) fixação da folha;
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e) altura de queda nos ensaios;

f) número de ensaios realizados;

g) resultados dos ensaios;

h) assinatura do responsável por estes ensaios.

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Legenda
1 anel de impacto
2 ponto de referência para medição da altura de queda
3 fixação do dispositivo de disparo

Figura 18 — Dispositivo de impacto com pêndulo duro

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ABNT NBR 16858-2:2020


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Legenda
1 tirante roscado
2 ponto de referência para medição da altura de queda no plano do diâmetro máximo
3 saco de couro
4 discos de aço
5 fixação do dispositivo de disparo

Figura 19 — Dispositivo de impacto com pêndulo macio

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Legenda
1 armação
2 porta ou elemento da parede da cabina a ser ensaiado
3 dispositivo de impacto
4 nível do piso em relação à porta ou ao elemento da parede/estrutura da cabina a ser ensaiado
5 altura do ponto de impacto: valores para a altura dos pontos de impacto são fornecidos nos requisitos
pertinentes
6 a configuração do gancho triangular, conforme considerado em 5.14.2.4
H altura de queda

Figura 20 — Altura de queda da aparelhagem de ensaio

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ABNT NBR 16858-2:2020

5.15 Componentes eletrônicos – Exclusão de falhas

A exclusão de falhas somente deve ser considerada quando os componentes forem aplicados dentro
dos limites mais desfavoráveis de suas características, valor, temperatura, umidade, tensão e vibrações.

A Tabela 3 define as condições dentro das quais as falhas consideradas podem ser excluídas.
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Tabela 3 — Exclusão das falhas (continua)

Possível exclusão da falha

Componente Alteração Alteração Condições Observações


Circuito Alteração
Curto-circuito para valor para valor
aberto da função
maior menor
1 Componentes passivos

1.1 Resistor fixo NÃO (a) NÃO (a) (a) Somente para resistores de
filme com película de resistência
envernizada ou selada e conexão
axial de acordo com as normas
IEC pertinentes, e para resistores

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tubulares de fio se forem
fabricados de um enrolamento de
camada única protegido por
esmalte ou selado.
1.2 Resistor variável NÃO NÃO NÃO NÃO
1.3 Resistor, não linear NTC, NÃO NÃO NÃO NÃO
PTC, VDR, IDR
1.4 Capacitor NÃO NÃO NÃO NÃO
1.5 Componentes indutivos NÃO NÃO NÃO
– bobina
– choke (Filtro indutivo)
2 Semicondutores
2.1 Diodo, LED NÃO NÃO NÃO "Alteração da
função" é
referente à
alteração do
valor da corrente
reversa.
2.2 Diodo Zener NÃO NÃO NÃO NÃO "Alteração para
valor menor" é
referente à
alteração da
tensão Zener.
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"Alteração da
função" é
referente à
alteração do
valor da corrente
reversa.
O "NÃO" na célula significa falha não excluída, ou seja, esta deve ser considerada.

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ABNT NBR 16858-2:2020

A célula não marcada significa que o tipo de falha identificado não é relevante.
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Tabela 3 (continuação)

Possível exclusão da falha

Componente Alteração Alteração Condições Observações


Alteração da
Circuito aberto Curto-circuito para valor para valor
função
maior menor
2.3 Tiristor, TRIAC, GTO NÃO NÃO NÃO "Alteração da
função" é
referida à
autodisparo ou
ABNT NBR 16858-2:2020

"latching"
(retenção) dos
componentes.

2.4 Acoplador óptico NÃO (a) NÃO (a) Pode ser excluído sob a Circuito aberto
condição de que o acoplador significa circuito
óptico esteja de acordo com a IEC aberto em um
60747-5-5, e a tensão de isolação dos dois
esteja pelo menos de acordo com componentes
a tabela a seguir, básicos (LED e
IEC 60664-1:2007, Tabela F 1. fototransistor).
Curto-circuito
significa curto-
circuito entre
eles.
Tensão de fase- Série
terra derivada recomendada
da tensão de impulsos
nominal do suportáveis em
sistema até e Volts para
incluindo Vrms instalação
e c.c.
Categoria III
50 800
100 1 500
150 2 500
300 4 000
600 6 000
1 000 8 000
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O "NÃO" na célula significa falha não excluída, ou seja, esta deve ser considerada.
A célula não marcada significa que o tipo de falha identificado não é relevante.

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Tabela 3 (continuação)

Possível exclusão da falha

Componente Alteração Alteração Condições Observações


Alteração da
Circuito aberto Curto-circuito para valor para valor
função
maior menor
2.5 Circuito híbrido NÃO NÃO NÃO NÃO NÃO
2.6 Circuito integrado NÃO NÃO NÃO NÃO NÃO "Alteração da
função" para
oscilação, portas
"E" tornando-se
portas "OU", etc.

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3 Diversos
3.1 Conectores NÃO (a) a) O curto-circuito de conectores
Terminais pode ser excluído se o valor
Plugues mínimo estiver de acordo com as
tabelas (da IEC 60664-1) e com
as seguintes condições:
– o grau de poluição é 3;
– o grupo do material é III;
– campo não homogêneo.
A coluna "material da trilha
impressa" da Tabela F 4 não é
utilizada.
Estes são os valores mínimos
absolutos que podem ser
encontrados na unidade
conectada, não na dimensão do
passo ou nos valores teóricos.
Se a proteção do conector for
IP5X ou superior, as distâncias
dielétricas e de fuga (creepage
distances) podem ser reduzidas
ao valor das distâncias de
separação (clearance), por
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exemplo, 3 mm para 250 Vrms.

3.2 Lâmpada de néon NÃO NÃO


O "NÃO" na célula significa falha não excluída, ou seja, esta deve ser considerada.
A célula não marcada significa que o tipo de falha identificado não é relevante.

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Tabela 3 (continuação)

Possível exclusão da falha

Componente Alteração Alteração Condições Observações


Alteração da
Circuito aberto Curto-circuito para valor para valor
função
maior menor
3.3 Transformador NÃO (a) (b) (b) (a) (b) Pode ser excluído sob a Os curtos-
condição de que o transformador circuitos incluem
esteja em conformidade com a curtos-circuitos
IEC 61558-1:2005, Seção 18, nos
ABNT NBR 16858-2:2020

para isolamento duplo ou enrolamentos do


reforçado entre enrolamentos e primário ou
entre enrolamentos e núcleo. secundário, ou
entre bobinas do
primário e
secundário.
"Alteração do
valor" referente à
alteração da
relação de
transformação
devida a curto-
circuito parcial
em um
enrolamento.
3.4 Fusível (a) (a) Pode ser excluído se o fusível "Curto-circuito"
estiver corretamente significa curto-
dimensionado e construído de circuito do fusível
acordo com as normas IEC queimado.
aplicáveis.
O "NÃO" na célula significafalha não excluída, ou seja, deve ser considerada.
A célula não marcada significa que o tipo de falha identificado não é relevante.
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Tabela 3 (continuação)

Possível exclusão da falha

Componente Alteração Alteração Condições Observações


Alteração da
Circuito aberto Curto-circuito para valor para valor
função
maior menor
3.5 Relé NÃO (a) a) Os curtos-circuitos entre os
(b) contatos e entre os contatos e a
bobina podem ser excluídos se o
relé atender aos requisitos
estabelecidos nas normas que
requerem a utilização desta Parte
da ABNT NBR 16858 (por

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exemplo,
ABNT NBR 16858-1:2020,
5.10.3.2.2).
(b) A soldagem de contatos não
pode ser excluída. No entanto, se
o relé for construído para ter
contatos intertravados
mecanicamente forçados e
fabricados de acordo com a
ABNT NBR IEC 60947-5-1,
deve-se aplicar os requisitos
estabelecidos nas normas que
requerem o uso desta Norma (por
exemplo,
ABNT NBR 16858-1:2020, 5.10.
3.1.2 e 5.10.3.1.3).
O "NÃO" na célula significa falha não excluída, ou seja, esta deve ser considerada.
A célula não marcada significa que o tipo de falha identificado não é relevante.
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Tabela 3 (continuação)

Possível exclusão da falha

Componente Alteração Alteração Condições Observações


Alteração da
Circuito aberto Curto-circuito para valor para valor
função
maior menor
3.6 Placa de circuito NÃO (a) (a) O curto-circuito pode ser excluído,
impresso (PCB) desde que:
– as especificações gerais da PCB
estejam de acordo com a
ABNT NBR 16858-2:2020

ABNT NBR IEC 62326-1;


– o material de base está de acordo
com as especificações da série
IEC 61249;
– a PCB seja construída de acordo
com os requisitos anteriores e os
valores mínimos estejam de acordo
com as tabelas (retomadas da
IEC 60664-1) e com as seguintes
condições:
– o grau de poluição é de 3;
– o grupo de materiais é III;
– o campo não é homogêneo.
A coluna "material do circuito impresso"
da Tabela 4 não é utilizada. Isso significa
que as distâncias dielétricas e de fuga
(creepage distances) são de 4 mm e as
distâncias de separação (clearance) de 3
mm a 2 000 m de altitude para 250 Vrms.
Para outras tensões e altitudes mais
elevadas, ver IEC 60664-1.
Se a proteção da PCB for IP54 ou
superior, e o(s) lado(s) impresso(s)
estiver(em) revestido(s) com um verniz
resistente ao envelhecimento ou camada
protetora cobrindo todas as trilhas
condutoras e as camadas internas da
PCB multicamada, o grau de poluição 2
pode ser utilizado.
NOTA A experiência demonstrou que as
máscaras de solda são satisfatórias como
camada protetora.
Para placas multicamadas compostas
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por pelo menos três pré-impregnações


ou outros materiais isolantes de camada
fina, o curto-circuito pode ser excluído
(ver IEC 60950-1:2005, 2.10.6.4).
O "NÃO" na célula significa falha não excluída, ou seja, esta deve ser considerada.

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A célula não marcada significa que o tipo de falha identificado não é relevante.
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Tabela 3 (conclusão)

Possível exclusão da falha

Componente Alteração Alteração Condições Observações


Alteração da
Circuito aberto Curto-circuito para valor para valor
função
maior menor
4 Montagem de NÃO (a) (a) curto-circuito pode ser
componentes na placa excluído sob circunstâncias onde
de circuito impresso o curto-circuito do componente
(PCB) em si permite ser excluído e o
componente é montado de forma
que as distâncias dielétricas e de
fuga (creepage distances) e as

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distâncias de separação
(clearance) não sejam reduzidas
abaixo dos valores mínimos
aceitáveis conforme listado em
3.1 e 3.6 desta tabela, nem pela
técnica de montagem e nem pela
própria PCB.
O "NÃO" na célula significa falha não excluída, ou seja, esta deve ser considerada.
A célula não marcada significa que o tipo de falha identificado não é relevante.
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5.16 Requisitos de projeto para sistemas eletrônicos programáveis (PESSRAL)

Os sistemas eletrônicos programáveis devem estar em conformidade com os requisitos mínimos das
funções de segurança comuns a todos os SIL listados no Anexo B, Tabelas B.1, B.2 e B.3.
Adicionalmente medidas específicas requeridas para os SIL 1, 2 e 3, respectivamente, são listadas no
Anexo B, Tabelas B.4, B.5 e B.6.

Ver também os requisitos da norma que especificam o uso desta Parte da ABNT NBR 16858.

NOTA As condições previstas na IEC 61508-7:2010 listadas nas Tabelas B.1 a B.6 são referentes aos
requisitos pertinentes das IEC 61508-2:2010 e IEC 61508-3:2010.
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Anexo A
(normativo)

Modelo de formulário do certificado de ensaio de tipo

O certificado para ensaio de tipo deve conter as seguintes informações.

MODELO DO CERTIFICADO DE ENSAIO DE TIPO


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Nome do organismo autorizado .................................................................................................................

..................................................................................................................................................................

Certificado de ensaio de tipo N°.................................................................................................................

1 Tipo e marca ou nome comercial ............................................................................................................

2 Nome e endereço do fabricante ..............................................................................................................

..................................................................................................................................................................

3 Nome e endereço do portador do certificado ..........................................................................................

..................................................................................................................................................................

4 Data da solicitação da inspeção de tipo ..................................................................................................

5 Certificado emitido com base nos seguintes requisitos ...........................................................................

..................................................................................................................................................................

6 Laboratório de ensaios ...........................................................................................................................

7 Data e número do relatório do laboratório ...............................................................................................

8 Data do ensaio de tipo ............................................................................................................................

9 Os seguintes documentos, com o número do ensaio de tipo mostrado anteriormente, estão anexados
neste certificado ........................................................................................................................................

..................................................................................................................................................................

10 Quaisquer informações adicionais ........................................................................................................

..................................................................................................................................................................

Local ............................................................ (Data) ................................................................................

Nome e cargo da pessoa que assina o certificado .....................................................................................

(Assinatura) ...............................................................................................................................................

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Anexo B
(normativo)

Sistemas eletrônicos programáveis em aplicações relacionadas à


segurança dos elevadores (PESSRAL)

B.1 Medidas comuns conforme a Tabela B.1 até a Tabela B.3


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Tabela B.1 — Medidas comuns para evitar e detectar falhas – Projeto de hardware
Referência
Nº Objeto Medida
IEC 61508-7:2010
Unidade de Uso do watchdog (monitoramento do tempo de
1 A.9
processamento processamento).
Uso de componentes somente dentro das
2 Seleção de componente
especificações.
Unidades I/O e interfaces
Estado seguro definido em caso de falta de energia ou
3 incluindo links de
reinicialização.
comunicação
Estado de desligamento seguro definido em caso de
4 Fonte de alimentação A.8.2
sobretensão ou subtensão.
Faixas de memória
5 Uso de somente memórias em estado sólido.
variável
Faixas de memória Teste de leitura/escrita de memória de dados variáveis
6
variável durante o procedimento de inicialização.
Faixas de memória Acesso remoto somente para dados informativos (por
7
variável exemplo, estatísticas).
Não há possibilidade de alterar o código do programa,
Faixas de memória
8 seja automaticamente pelo sistema ou por intervenção
invariável
remota.
Teste da memória do código do programa e memória
Faixas de memória de dados fixos durante o procedimento de inicialização
9 A.4.2
invariável com um método pelo menos equivalente a check sum
(soma de verificação).

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Tabela B.2 — Medidas comuns para evitar e detectar falhas – Projeto de software (continua)
Referência
Nº Objeto Medida
IEC 61508-7:2010
1 Estrutura Estrutura do programa (ou seja, modularidade, B.3.4/C.2.1
manipulação de dados, definição de interface) de C.2.9/C.2.7
acordo com o estado da arte (ver IEC 61508-3).
2 Procedimento de Durante o procedimento de inicialização, um estado de
inicialização segurança do elevador deve ser mantido.
3 Interrupções Uso limitado de interrupções: uso de interrupções C.2.6.5
aninhadas somente se todas sequências possíveis de
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interrupções forem previsíveis.


4 Interrupções Nenhum acionamento do watchdog pelo procedimento A.9.4
de interrupção, exceto na combinação com outras
condições de sequência do programa.
5 Desligamento Nenhum procedimento de desligamento, como
salvamento de dados, para funções relacionadas à
segurança.
6 Gerenciamento de Gerenciamento de pilha no hardware e/ou software C.2.6.4/
memória com procedimentos de reação apropriados. C.5.4
7 Programa Loops de iteração menores que o tempo de reação do
sistema, ou seja, limitando o número de loops ou
verificando o tempo de execução.
8 Programa Verificações do array pointer offset (deslocamento do C.2.6.6
ponteiro da matriz de memórias), se não estiverem
incluídas na linguagem de programação utilizada.
9 Programa Manipulação definida das exceções (por exemplo,
divisão por zero, overflow (estouro do tempo da
execução do software), verificação de faixa variável
etc.) que força o sistema a um estado de seguro
definido.
10 Programa Nenhuma programação recursiva, exceto em C.2.6.7
bibliotecas-padrão bem testadas, em sistemas
operacionais aprovados ou em compiladores de
linguagem de alto nível. Para essas exceções, pilhas
separadas para tarefas separadas devem ser aplicadas
e controladas por uma unidade de gerenciamento de
memória.
11 Programa Documentação das interfaces da biblioteca de
programação e sistemas operacionais pelo menos tão
completa quanto o próprio programa do usuário.
12 Programa Verificações plausíveis de dados relevantes para C.2.5/C.3.1
funções de segurança, por exemplo, padrões de
entrada, faixa de entrada e dados internos.
13 Programa Se qualquer modo operacional puder ser ativado para IEC 61508-1:2010,
fins de testes e validação, a operação normal do 7.7.2.1
elevador não pode ser possível até que esse modo
tenha sido finalizado.

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Tabela B.2 (conclusão)


Referência
Nº Objeto Medida
IEC 61508-7:2010
14 Sistema de comunicação Alcançar um estado seguro com a devida consideração A.7/A.9
(interno e externo) ao tempo de reação do sistema em um sistema de
barramento de comunicação com funções de
segurança em caso de perda de comunicação ou uma
falha em um barramento participante.
15 Sistema de barramento Nenhuma reconfiguração do sistema de barramento da C.3.13
CPU, exceto durante o procedimento de inicialização.
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NOTA Atualização periódica do sistema de barramento da


CPU não é considerada como reconfiguração.
16 Manipulação de I/O Nenhuma reconfiguração das linhas de I/O, exceto C.3.13
durante o procedimento de inicialização.
NOTA Atualização periódica dos registros da configuração
de I/O não é considerada como reconfiguração.

Tabela B.3 — Medidas comuns para o processo do projeto e implementação


Referência
Nº Medida
IEC 61508-7:2010
1 Avaliação dos aspectos funcionais, ambientais e de interface da aplicação A.14/B.1
2 Especificação dos requisitos, incluindo requisitos de segurança B.2.1
3 Revisão de todas as especificações B.2.6
4 Documentação de projeto conforme requerido em 5.6.1 e adicionalmente: C.5.9
‒ descrição da função, incluindo arquitetura do sistema e interação de
hardware/software;
‒ documentação do software, incluindo descrição da função e fluxo do programa.
5 Relatórios da revisão de projeto B.3.7/B.3.8, C.5.16
6 Verificação da confiabilidade utilizando o método como Análise de Modo e Efeito de B.6.6
Falha (FMEA)
7 Especificação de teste do fabricante, relatórios de teste do fabricante e relatórios de B.6.1
teste em campo
8 Documentos de instrução, incluindo limites para uso pretendido B.4.1
9 Repetição e atualização das medidas mencionadas anteriormente se o produto for C.5.23
modificado
10 Implementação do controle da versão do hardware e software e suas C.5.24
compatibilidades

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B.2 Medidas específicas conforme a Tabela B.4 até a Tabela B.6


Tabela B.4 — Medidas específicas de acordo com SIL 1 (continua)
Componentes e Ver N° Referência
Requisitos Medidas
funções em B.3 IEC 61508-7:2010
Estrutura A estrutura deve ser tal que Estrutura de um canal M 1.1 A.3.1
qualquer falha aleatória seja com autoteste,
detectada e o sistema deve
prosseguir para um estado ou
seguro.
dois canais ou mais M 1.3 A.2.5
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com comparação.

Unidades de Devem ser detectadas as Hardware de correção M 2.1 A.3.4


processamento falhas em unidades de da falha,
processamento nas quais
podem levar a resultados ou
incorretos.
autoteste por software, M 2.2 A.3.1
Se estas falhas puderem levar ou comparador para M 2.4 A.1.3
a uma situação de perigo, o estrutura de dois
sistema deve prosseguir para canais,
um estado seguro.
ou

comparação recíproca M 2.5 A.3.5


por software para
estrutura de dois
canais.

Faixas de Alteração incorreta da As seguintes medidas M 3.5 A.5.5


memória informação, ou seja, todas as são referentes somente
invariável falhas de bit ímpar ou de 2 bits à estrutura de um
e algumas falhas de 3 bits e canal:
múltiplos bits, devem ser
detectadas no máximo até Redundância de um bit M 3.1 A.4.3
antes da próxima viagem do (bit de paridade), ou
elevador.
segurança de bloco
com redundância de
uma palavra.

Faixas de Falhas globais durante As seguintes medidas M 3.2 A.5.6


memória endereçamento, escrita, são referentes somente
variável armazenamento e leitura, bem à estrutura de um
como todas as falhas de bit canal:
ímpar ou 2 bits e algumas
falhas de 3 bits e múltiplos bits, Armazenamento de M 4.1 A.5.2
devem ser detectadas no palavras com múltiplos
máximo até antes da próxima bits redundantes, ou
viagem do elevador.
verificar pelo padrão de
teste contra falhas
estáticas ou dinâmicas.

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Tabela B.4 (conclusão)


Componentes e Ver N° Referência
Requisitos Medidas
funções em B.3 IEC 61508-7:2010
Unidades I/O e Falhas estáticas e crosstalk Códigos com M 5.4 A.6.2
interfaces (interferência entre linhas) nas segurança, ou
incluindo links linhas de I/O, bem como falhas
de comunicação aleatórias e sistemáticas no padrão de teste. M 5.5 A.6.1
fluxo de dados, devem ser
detectadas no máximo até
antes da próxima viagem do
elevador.
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Clock Falhas na geração de clock Watchdog com base de M 6.1 A.9.4


para unidades de tempo separado, ou
processamento, como
modificação de frequência ou monitoramento M 6.2
quedas, devem ser detectadas recíproco.
no máximo até antes da
próxima viagem do elevador.
Sequência do Sequência errada do programa Combinação de M 7.1 A.9.4
programa e tempo de execução monitoramento do
inapropriado das funções instante e da lógica da
relacionadas à segurança sequência do
devem ser detectados no programa.
máximo até antes da próxima
viagem do elevador.
Como consequência da detecção da falha, um estado seguro do elevador deve ser mantido.

Tabela B.5 — Medidas específicas de acordo com SIL 2 (continua)


Componentes e Ver N° Referência
Requisitos Medidas
funções em B.3 IEC 61508-7:2010
Estrutura A estrutura deve ser tal que Estrutura de um canal M 1.2 A.3.3
qualquer falha aleatória seja com autoteste e
detectada com a devida monitoramento, ou
consideração ao tempo de
reação do sistema e que o dois canais ou mais M 1.3 A.2.5
sistema seguirá para um com comparação.
estado seguro.
Unidades de Falhas nas unidades de Hardware de correção M 2.1 A.3.4
processamento processamento que podem de falha, e
levar a resultados incorretos,
devem ser detectadas com a autoteste de software M 2.3 A.3.3
devida consideração ao tempo suportado por hardware
de reação do sistema. para estrutura de um
canal, ou
Se estas falhas puderem
conduzir a uma situação de comparador para M 2.4 A.1.3
perigo, o sistema deve seguir estrutura de dois
para um estado seguro. canais, ou

comparação recíproca M 2.5 A.3.5


por software para
estrutura de dois
canais.

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Tabela B.5 (conclusão)


Componentes e Ver N° Referência
Requisitos Medidas
funções em B.3 IEC 61508-7:2010
Faixas de Alteração incorreta da As seguintes medidas M 3.1 A.4.3
memória informação, ou seja, todas as são referentes somente
invariável falhas de bit ímpar ou de 2 bits à estrutura de um
e algumas falhas de 3 bits e canal:
múltiplos bits, devem ser
detectadas com a devida Segurança de bloco M 3.2 A.5.6
consideração ao tempo de com redundância de
reação do sistema. uma palavra, ou
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armazenamento de
palavras com múltiplos
bits redundantes.
Faixas de Falhas globais durante As seguintes medidas M 3.2 A.5.6
memória endereçamento, escrita, são referentes somente
variável armazenamento e leitura bem à estrutura de um
como todas as falhas de bit canal:
ímpar ou 2 bits e algumas
falhas de 3 bits e múltiplos bits, Armazenamento de M 4.1 A.5.2
devem ser detectadas com a palavras com múltiplos
devida consideração ao tempo bits redundantes, ou
de reação do sistema.
verificação pelo padrão
de teste contra falhas
estáticas ou dinâmicas.
Unidades I/O e Falhas estáticas e crosstalk Códigos com M 5.4 A.6.2
interfaces (interferência entre linhas) nas segurança, ou
incluindo links linhas de I/O, bem como falhas
de aleatórias e sistemáticas no padrão de teste. M 5.5 A.6.1
comunicação fluxo de dados, devem ser
detectadas com a devida
consideração ao tempo de
reação do sistema.
Clock Falhas na geração de clock Watchdog com base de M 6.1 A.9.4
para unidades de tempo separado, ou
processamento, como
modificação de frequência ou monitoramento M 6.2
quedas, devem ser detectadas recíproco.
com a devida consideração ao
tempo de reação do sistema.
Sequência do Sequência errada do programa Combinação de M 7.1 A.9.4
programa e tempo de execução monitoramento do
inapropriado das funções instante e da lógica da
relacionadas à segurança sequência do
devem ser detectados com a programa.
devida consideração ao tempo
de reação do sistema.
Como consequência da detecção da falha, um estado seguro do elevador deve ser mantido.

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Tabela B.6 — Medidas específicas de acordo com SIL 3 (continua)


Componentes e Ver N° Referência
Requisitos Medidas
funções em B.3 IEC 61508-7:2010
Estrutura A estrutura deve ser tal que Dois canais ou mais M 1.3 A.2.5
qualquer falha aleatória seja com comparação.
detectada com a devida
consideração ao tempo de
reação do sistema e que o
sistema seguirá para um
estado seguro.
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Unidades de Falhas nas unidades de Comparador para dois M 2.4 A.1.3


processamento processamento, que podem canais, ou
levar a resultados incorretos,
devem ser detectadas com a comparação recíproca M 2.5 A.3.5
devida consideração ao tempo por software para
de reação do sistema. estrutura de dois
canais.
Se estas falhas puderem
conduzir a uma situação de
perigo, o sistema deve seguir
para um estado seguro.
Faixas de Alteração incorreta da Procedimento de M 3.3 A.4.5
memória informação, ou seja, todas as segurança de bloco
invariável falhas de 1 bit ou de múltiplos com replicação de
bits, devem ser detectadas com bloco, ou
a devida consideração ao
tempo de reação do sistema. segurança de bloco M 3.4 A.4.4
com redundância de
múltiplas palavras.

Faixas de Falhas globais durante Procedimento de M 4.2 A.5.7


memória endereçamento, escrita, segurança de bloco
variável armazenamento e leitura bem com bloco de
como falhas de bit estático e replicação, ou
acoplamentos dinâmico devem
ser detectadas com a devida verificações por M 4.3 A.5.3
consideração ao tempo de inspeção, como
reação do sistema. "galpat".

Unidades I/O e Falhas estáticas e cruzamento Entrada paralela de M 5.1 A.6.5


interfaces de conversa nas linhas de I/O, múltiplos canais e
incluindo links bem como falhas aleatórias e
de sistemáticas no fluxo de dados saída paralela de M 5.3 A.6.3
comunicação devem ser detectados com a múltiplos canais, ou
devida consideração ao tempo
de reação do sistema. releitura de M 5.2 A.6.4
confirmação da saída,
ou

segurança dos códigos, M 5.4 A.6.2


ou

padrão de teste. M 5.5 A.6.1

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Tabela B.6 (conclusão)


Componentes e Ver N° Referência
Requisitos Medidas
funções em B.3 IEC 61508-7:2010
Clock Falhas na geração de clock Watchdog com base de M 6.1 A.9.4
para unidades de tempo separado, ou
processamento, como
modificação de frequência ou monitoramento M 6.2
danos, devem ser detectadas recíproco.
com a devida consideração ao
tempo de reação do sistema.
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Sequência do Sequência errada do programa Combinação de M 7.1 A.9.4


programa e tempo de execução monitoramento do
inapropriado das funções instante e da lógica da
relacionadas à segurança sequência do
devem ser detectados com a programa.
devida consideração ao tempo
de reação do sistema.
Como consequência da detecção da falha, um estado seguro do elevador deve ser mantido.

B.3 Descrições de possíveis medidas conforme a Tabela B.7


A Tabela B.7 contém descrições de possíveis medidas que são consideradas úteis quando os requisitos
desta Parte da ABNT NBR 16858 forem requeridos por outras normas (por exemplo,
ABNT NBR 16858-1:2020, 5.11.2.6).

Tabela B.7 — Descrição das possíveis medidas para controle da falha (continua)
Componentes e Medida
Descrição das medidas
funções N°
Estrutura M 1.1 Estrutura de um canal com autoteste
Descrição:
Mesmo que a estrutura consista de um único canal, linhas de saídas
redundantes devem ser fornecidas para garantir um desligamento seguro.
Autotestes (cíclicos) são aplicados nas subunidades do PESSRAL em
intervalos de tempo que podem ser dependentes da aplicação. Estes testes
(por exemplo, teste da CPU ou testes de memória) são projetados para
detectar falhas latentes que são independentes do fluxo de dados.
Uma falha detectada deve fazer com que o sistema entre em um estado
seguro.
M 1.2 Estrutura de um canal com autoteste e monitoramento
Descrição:
Uma estrutura de um canal com autoteste e monitoramento consiste de uma
unidade de monitoramento de hardware separado que, independentemente da
aplicação, recebe periodicamente dados de testes do sistema que podem ser
resultados de procedimentos de autoteste. No caso de dados incorretos, o
sistema deve seguir para um estado seguro.
Pelo menos dois caminhos de desligamento independentes são necessários
para que o desligamento possa ocorrer ou pela própria unidade de
processamento ou pela unidade de monitoramento.

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Tabela B.7 (continuação)


Componentes e Medida
Descrição das medidas
funções N°
Estrutura M 1.3 Dois canais ou mais com comparação
Descrição:
O two-channel safety-related design (projeto relativo à segurança de dois
canais) consiste de duas unidades funcionais independentes e feedback-free
(sem realimentação). Isso permite que as funções especificadas sejam
processadas independentemente em cada canal. Para um PESSRAL de dois
canais projetado exclusivamente para o funcionamento de um dispositivo de
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segurança, o projeto dos canais pode ser idêntico em termos de hardware e


software. No caso de um PESSRAL de dois canais utilizado para soluções
complexas (por exemplo, combinações de diversas funções de segurança) e
onde os processos ou condições não são verificáveis definitivamente, a
diversidade para hardware e software deve ser considerada.
A estrutura inclui uma função que compara sinais internos (por exemplo,
comparação de barramento) e/ou sinais de saída que são relevantes para
funções de segurança, a fim de auxiliar na detecção de falhas.
Pelo menos dois caminhos de desligamento independentes são necessários
para que o desligamento possa ser provocado ou pelos próprios canais ou pelo
comparador. A própria comparação também dever estar sujeita ao
reconhecimento de falha.
Unidades de M 2.1 Hardware de correção da falha
processamento
Descrição:
Estas unidades podem ser percebidas utilizando técnicas especiais de circuito
de reconhecimento de falha ou correção de falha. Essas técnicas são
conhecidas por suas estruturas simples.
M 2.2 Autoteste por software
Descrição:
Todas as funções da unidade de processamento, que forem utilizadas nas
aplicações relacionadas à segurança, devem ser testadas ciclicamente.
Esses testes podem ser combinados com o teste de subcomponentes, por
exemplo, memórias, I/O etc.
M 2.3 Autoteste de software suportado por hardware
Descrição:
Um recurso especial de hardware é utilizado para a detecção de falha que
suporta as funções de autoteste. Por exemplo, uma unidade de monitoramento
que verifica a saída periódica de certos padrões de bit.

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Tabela B.7 (continuação)


Componentes e Medida
Descrição das medidas
funções N°
Unidades de M 2.4 Comparador para estruturas de dois canais
processamento
Descrição

Dois canais com comparador de hardware:


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a) Os sinais de ambas unidades de processamento são comparadas cíclica ou


continuamente utilizando uma unidade de hardware. O comparador pode ser
uma unidade testada externamente ou projetada como dispositivo de
automonitoramento, ou
b) Os sinais de ambos os canais são comparados utilizando uma unidade de
processamento. O comparador pode ser uma unidade testada externamente
ou projetada como dispositivo de automonitoramento.
M 2.5 Comparação recíproca de dois canais
Descrição:

São utilizadas duas unidades de processamento redundantes que trocam


dados relevantes de segurança reciprocamente. Uma comparação de dados é
realizada por cada unidade.
Faixas de M 3.1 Procedimento de segurança de bloco com redundância de uma palavra
memória (por exemplo, formação de assinatura por meio de ROM com largura de
invariável palavra única)
(ROM,
Descrição:
EPROM...)
Nesse teste, os conteúdos da ROM são comprimidos por um certo algoritmo
para pelo menos uma palavra de memória. O algoritmo por exemplo, cyclic
redundancy check (verificação de redundância cíclica-CRC), pode ser
implementado utilizando hardware ou software.
M 3.2 Armazenamento de palavra com multi-bit-redundancy (múltiplos bits
redundantes) (por exemplo, código de hamming modificado)
Descrição:
Cada palavra da memória é estendida por diversos bits redundantes para
produzir um código de hamming modificado com uma distância de hamming de
pelo menos 4. Toda vez que uma palavra é lida, pode-se determinar se houve
corrupção de dados ao verificar os bits redundantes. Se uma diferença for
encontrada, o sistema deve entrar em um estado seguro.

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Tabela B.7 (continuação)


Componentes e Medida
Descrição das medidas
funções N°
Faixas de M 3.3 Procedimento de segurança de bloco com replicação de bloco
memória
Descrição:
invariável
(ROM, O espaço de endereço é equipado com duas memórias. A primeira memória é
EPROM...) operada de maneira normal. A segunda memória contém a mesma informação
e é acessada em paralelo à primeira. As saídas são comparadas e uma falha é
considerada se uma diferença for detectada. Para detectar certos tipos de erros
de bit, os dados devem ser armazenados de forma invertida em uma das duas
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memórias e reinvertida quando lidos. No procedimento do software, os


conteúdos de ambas as áreas de memória são comparados ciclicamente
utilizando um programa.
M 3.4 Procedimento de segurança de bloco com multi word redundancy
(múltiplas palavras redundantes)
Descrição:
O procedimento calcula uma assinatura utilizando o algoritmo CRC, porém o
valor resultante é de pelo menos duas palavras de tamanho. A assinatura
estendida é armazenada, recalculada e comparada da mesma forma do caso
de palavra única. Uma mensagem de falha é produzida se ocorrer uma
diferença.
M 3.5 Palavra que armazena one-bit-redundancy (um bit redundante) (por
exemplo,monitoramento da ROM com bit de paridade)
Descrição:
Cada palavra da memória é estendida por um bit (o bit de "paridade") que
completa cada palavra para um número ímpar ou par de lógica 1. A paridade da
palavra de dados é verificada toda vez que é lida. Se a quantidade errada de
números 1 for encontrada, uma mensagem de falha é produzida.
A escolha de paridade ímpar ou par deve ser realizada considerando que a
palavra zero (nada além de 0) ou a palavra 1 (nada além de 1) seja mais
desfavorável em caso de falha, então essa palavra é um código não válido. A
paridade pode também ser utilizada para detectar falhas de endereçamento,
quando a paridade for calculada para a concatenação da palavra de dados e
seu endereço.
Faixas de M 4.1 Verificar por meio de padrão de teste contra falhas estáticas ou
memória dinâmicas, por exemplo, teste de RAM "walkpath"
variável
Descrição:
A faixa de memória a ser testada é inicializada por um stream de bits uniforme.
A primeira célula é invertida e a área de memória remanescente é inspecionada
para garantir que o background esteja correto. Após isso, a primeira célula é
reinvertida para retornar ao valor original e todo processo é repetido para a
próxima. Uma segunda execução do "wandering bit model" ("modelo de bit
vagante") é realizada com inverse background pre-assignment. Se uma
diferença ocorrer, o sistema deve entrar em um estado seguro.

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Tabela B.7 (continuação)


Componentes e Medida
Descrição das medidas
funções N°
Faixas de M 4.2 Procedimento de segurança de bloco com replicação do bloco, por
memória exemplo, RAM duplicada com comparação de hardware ou software
variável
Descrição:
O espaço de endereço é equipado com duas memórias. A primeira memória é
operada de maneira normal. A segunda memória contém a mesma informação
e é acessada em paralelo à primeira. As saídas são comparadas e uma falha é
considerada se uma diferença for detectada. Para detectar certos tipos de erros
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de bits, os dados devem ser armazenados de forma invertida em uma das duas
memórias e reinvertida quando lidos. No procedimento do software, os
conteúdos de ambas as áreas de memórias são comparados ciclicamente
utilizando um programa.
M 4.3 Inspeção para verificar falhas estáticas ou dinâmicas, por exemplo,
"GALPAT"
Descrição:
a) Teste de RAM "galpat": Um dado invertido é escrito na memória
pré-atribuída padrão e, em seguida, todas as células remanescentes são
inspecionadas para garantir que seu conteúdo esteja correto. Após cada
acesso de leitura para uma das células remanescentes, a célula
inversamente escrita também é inspecionada e lida. Este processo é
repetido para cada célula. Uma segunda execução é realizada com inverse
pre-assignment. Uma falha é considerada se houver diferença, ou
b) Teste "galpat" transparente: No início do teste, uma "assinatura" é formada
utilizando software ou também hardware com relação ao conteúdo da faixa
de memória a ser testada e é armazenada no registrador, isso corresponde
a pre-assignment da memória no teste "galpat". Os conteúdos estão escritos
agora na célula de teste de forma invertida e deve inspecionar os conteúdos
das células remanescentes.
O conteúdo da célula de teste também é lido após cada acesso de leitura para
uma dessas células. Como os conteúdos das células remanescentes são de
fato desconhecidos, seus conteúdos não são inspecionados individualmente,
porém pela formação novamente da assinatura. Após essa primeira execução
para a primeira célula, uma segunda execução para essa célula é realizada
com conteúdo que foi invertido diversas vezes – portanto conteúdo que são os
reais (originais) novamente. Assim, os conteúdos originais da memória são
restabelecidos. Todas as outras memórias são testadas da mesma maneira.
Uma falha é considerada se houver diferença.
Unidades e M 5.1 Entrada paralela de múltiplos canais
interfaces I/O
Descrição:
Esta é uma comparação dependente do fluxo de dados de entradas
independentes que estão de acordo com tolerâncias definidas em uma área
(tempo, valor).
M 5.2 Leitura de confirmação da saída (saída monitorada)
Descrição:
Isto é uma comparação dependente do fluxo de dados de saídas com entradas
independentes que seguem uma tolerância definida em uma área (tempo,
valor). A falha não pode sempre estar relacionada à saída defeituosa.

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Tabela B.7 (conclusão)


Componentes e Medida
Descrição das medidas
funções N°
Unidades e M 5.3 Saída paralela com múltiplos canais
interfaces I/O
Descrição:
Isto é uma saída dependente do fluxo de dados redundantes. Reconhecimento
de falhas ocorre diretamente por meio de processo técnico ou por meio de
comparadores externos.
M 5.4 Código de segurança
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Descrição:
Esse procedimento protege a informação de entrada e saída em relação a
falhas coincidentes e sistemáticas. Fornece reconhecimento de falha
dependente do fluxo de dados das unidades de entrada e saída com
redundância de informação e/ou redundância de tempo.
M 5.5 Teste padrão (modelo)
Descrição:
Este é um teste cíclico independente do fluxo de dados das unidades de
entrada e saída realizado com o auxílio de um teste-padrão definido para
comparar observações com os valores esperados correspondentes. As
informações do teste-padrão, a recepção do teste-padrão e a avaliação do
teste-padrão devem ser independentes entre si. Deve ser considerado que
todos os possíveis padrões de entrada sejam testados.
Clock M 6.1 Watchdog com base de tempo separada
Descrição:
Temporizador de hardware com base de tempo separada acionado pela
operação correta do programa.
M 6.2 Monitoramento recíproco
Descrição:
Temporizador de hardware com base de tempo separada acionado pela
operação correta do programa do outro processador.
Sequência do M 7.1 Combinação do instante e monitoramento lógico da sequência do
programa programa
Descrição:
Um recurso baseado no tempo que monitora a sequência do programa é
reativado somente se a sequência das seções do programa for executada
corretamente.

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Anexo C
(informativo)

Exemplo de cálculo de guias

C.1 Generalidades
C.1.1 O seguinte exemplo é utilizado para explicar o cálculo das guias.
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C.1.2 Os seguintes símbolos para as dimensões do elevador serão utilizados com um sistema de
coordenadas cartesianas para todos os possíveis casos geométricos:

C é o centro da cabina;

Dx é a dimensão da cabina na direção do eixo X, profundidade da cabina;

Dy é a dimensão da cabina na direção do eixo Y, largura da cabina;

δstr–x é a deflexão da estrutura do edifício no eixo x;

δstr–y é a deflexão da estrutura do edifício no eixo y;

h é a distância entre cursores do carro;

l é a distância entre as fixações da guia;

P são as massas do carro vazio e de componentes suportados pelo carro, ou seja, parte do
cabo de comando, cabos/correntes de compensação (se existirem) etc.;

Q é a carga nominal;

S é a suspensão do carro;

xc, yc é a posição do centro "C" da cabina em relação às coordenadas transversais da guia;

xi , yi é a posição da porta da cabina, i = 1, 2, 3 ou 4;

xp, yp é a posição da massa "P" do carro em relação às coordenadas transversais da guia;

xQ, yQ é a posição da carga nominal "Q" em relação às coordenadas transversais da guia;

xs, ys é a posição da suspensão "S" em relação às coordenadas transversais da guia;

1,2,3,4 são os centros de portas da cabina 1, 2, 3 ou 4;

—→ é o sentido de aplicação de carga.

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Figura C.1 — Distribuição da carga na cabina do elevador – Caso geral

Os seguintes símbolos são utilizados nas equações, ver C.2 e Figura C.1:

A é a área da seção transversal de uma guia, expressa em milímetros quadrados (mm2);

c é a largura da alma da guia, expressa em milímetros (mm);

δperm é a deflexão máxima admissível, expressa em milímetros (mm);

δx é a deflexão na direção do eixo X, expressa em milímetros (mm);

δy é a deflexão na direção do eixo Y, expressa em milímetros (mm);

δstr–x é a deflexão da estrutura do edifício na direção do eixo x, expressa em milímetros (mm);

δstr–y é a deflexão da estrutura do edifício na direção do eixo y, expressa em milímetros (mm);

E é o módulo de elasticidade, expresso em newtons por milímetro quadrado (N/mm2);

Fp é a força aplicada pelos suportes em uma guia (devido ao assentamento normal do edifício ou à
retração do concreto), expressa em newtons (N);

Fs é a força vertical que age na soleira da cabina devido ao carregamento e descarregamento,


expressa em newtons (N);

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Fv é a força vertical sobre uma guia do carro, contrapeso ou peso de balanceamento, expressa em
newtons (N);

Fx é a força aplicada à guia pelo cursor na direção do eixo X, expressa em newtons (N);

Fy é a força aplicada à guia pelo cursor na direção do eixo Y, expressa em newtons (N);

gn é a aceleração-padrão da gravidade, expressa em metros por segundo ao quadrado (m/s2);

lx é o momento de inércia da área na direção do eixo X, expresso em milímetros à quarta potência


(mm4);
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ly é o momento de inércia da área na direção do eixo Y, expresso em milímetros à quarta potência


(mm4);

k1 é o fator de impacto para o tipo de freio de segurança utilizado;

k2 é o fator de impacto para a condição de operação;

k3 é o fator de impacto das peças auxiliares e outras condições operacionais;

Maux é a força em uma guia devido aos equipamentos auxiliares, expressa em newtons (N);

Mg é a massa de um segmento de guia, expressa em quilogramas (kg);

Mm é o momento fletor, expresso em newtons milímetros (N⋅mm);

Mx é o momento fletor na direção do eixo x, expresso em newtons milímetros (N⋅mm);

My é o momento fletor na direção do eixo y, expresso em newtons milímetros (N⋅mm);

n é a quantidade de guias;

σ é a tensão combinada, expressa em newtons por milímetro quadrado (N/mm2);

σk é a tensão de flambagem, expressa em newtons por milímetro quadrado (N/mm2);

σm é a tensão de flexão, expressa em newtons por milímetro quadrado (N/mm2);

σF é a tensão de flexão na alma, expressa em newtons por milímetro quadrado (N/mm2);

σperm é a tensão admissível, expressa em newtons por milímetro quadrado (N/mm2);

σx é a tensão de flexão na direção do eixo x, expressa em newtons por milímetro quadrado


(N/mm2);

σy é a tensão de flexão na direção do eixo y, expressa em newtons por milímetro quadrado


(N/mm2);

σv é a tensão de compressão, expressa em newtons por milímetro quadrado (N/mm2);

Wx é o módulo de resistência da seção transversal no eixo x, expresso em milímetros cúbicos


(mm3);

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Wy é o módulo de resistência da seção transversal no eixo y, expresso em milímetros cúbicos


(mm3);

ω é o valor de ômega.

C.2 Configuração geral para elevadores com freio de segurança


C.2.1 Atuação do freio de segurança

C.2.1.1 Tensão de flexão


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a) tensão de flexão na direção do eixo y da guia, devido à força na guia (ver Figura C.2):

k1 × gn × (Q × xQ + P × xP ) 3 × Fx × l My
Fx = My = σy =
n×h 16 Wy

b) tensão de flexão na direção do eixo x da guia, devido à força na guia (ver Figura C.3):

k1 × gn × (Q × y Q + P × y P ) 3 × Fy × l Mx
Fy = Mx = σx =
n 16 Wx
×h
2

Legenda

Figura C.2 — Atuação do freio de segurança – Distribuição da carga na cabina –


Caso 1, em relação ao eixo x

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Legenda

Figura C.3 — Atuação do freio de segurança – Distribuição da carga na cabina –


Caso 2, em relação ao eixo y
C.2.1.2 Flambagem

Fv =
k1 × gn × (P + Q )
+ M g × gn + Fp σk =
(Fv + k 3 × M aux ) × ω
n A

C.2.1.3 Tensão combinada 2)

Fv + k 3 × M aux
σ = σ m = σ x + σ y ≤ σ perm σ = σm + ≤ σ perm σ = σ k + 0,9 × σ m ≤ σ perm
A

C.2.1.4 Flexão do flange 3)

1,85 × Fx
σF = ≤ σ perm cursores de rolos
c2

ou

6 × Fx × (h1 − b − f )
σF = ≤ σ perm cursores deslizantes
c 2 × (l + 2 × (h1 − f ))

2)Essas figuras são aplicáveis a ambos os casos de distribuição de carga 1 e 2, ver C.2.1.1. Se σperm < σm, as
equações de 5.10.2.2 podem ser utilizadas para obtenção das dimensões mínimas da guia.
3) Essas equações são aplicáveis a ambos os casos de distribuição de carga de C.2.1.1.

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C.2.1.5 Deflexões 4)

Fx × l 3 Fy × l 3
δ x = 0,7 × + δ str - x ≤ δ perm δ y = 0,7 × + δ str - y ≤ δ perm
48 × E × I y 48 × E × I x

C.2.2 Operação normal, em funcionamento

C.2.2.1 Tensão de flexão

a) tensão de flexão relativa ao eixo y da guia, devida à força de guiamento:


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k 2 × gn × [Q × (xQ − xS ) + P × (xP − xS )] 3 × Fx × l My
Fx = My = σy =
n×h 16 Wy

b) tensão de flexão relativa ao eixo x da guia, devida à força de guiamento:

k 2 × gn × [Q × (y Q − y S ) + P × (y P − y S )] 3 × Fy × l Mx
Fy = Mx = σx =
n 16 Wx
×h
2

Distribuição da carga:

Caso 1, em relação ao eixo x (ver C.2.1.1).

Caso 2, em relação ao eixo y (ver C.2.1.1).

C.2.2.2 Flambagem

Fv + k 3 × M aux
Fv = M g × gn + Fp σv =
A

C.2.2.3 Tensão combinada 5)

Fv + k 3 × M aux
σ m = σ x + σ y ≤ σ perm σ = σm + ≤ σ perm
A

C.2.2.4 Flexão do flange 6)

1,85 × Fx
σF = ≤ σ perm cursores de rolos
c2

ou

6 × Fx × (h1 − b − f )
σF = ≤ σ perm cursores deslizantes
c 2 × (l + 2 × (h1 − f ))

4) Essas equações são aplicáveis a ambos os casos de distribuição de carga de C.2.1.1.


5) Essas equações são aplicáveis a ambos os casos de distribuição de carga de C.2.2.1. Se σperm < σm, as
equações de 5.10.2.2 podem ser utilizadas para obtenção das dimensões mínimas da guia.
6) Essas equações são aplicáveis a ambos os casos de distribuição de carga de C.2.1.1.

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C.2.2.5 Deflexões 7)

F ×l3 Fy × l 3
δ x = 0,7 × x + δ str - x ≤ δ perm δ y = 0,7 × + δ str - y ≤ δ perm
48 × E × I y 48 × E × I x

C.2.3 Operação normal, carregamento, (ver Figura C.4)


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Figura C.4 — Operação normal – Distribuição do carregamento

C.2.3.1 Tensão de flexão

a) tensão de flexão relativa ao eixo y da guia, devido à força de guiamento:

gn × P × (xP − xS ) + Fs × (xi − xS ) 3 × Fx × l My
Fx = My = σy =
n×h 16 Wy

b) tensão de flexão relativa ao eixo x da guia, devido à força de guiamento:

gn × P × (y P − y S ) + Fs × (y i − y S ) 3 × Fy × l Mx
Fy = Mx = σx =
n 16 Wx
×h
2

7)Essas equações são aplicáveis a ambos os casos de distribuição de carga de C.2.1.1.

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C.2.3.2 Flambagem

Fv + k 3 × M aux
Fv = M g × gn + Fp σk =
A

C.2.3.3 Tensão combinada 8)

Fv + k 3 × M aux
σ = σ m = σ x + σ y ≤ σ perm σ = σm + ≤ σ perm
A

C.2.3.4 Flexão do flange


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1,85 × Fx
σF = ≤ σ perm cursores de rolos
c2

ou

6 × Fx × (h1 − b − f )
σF = ≤ σ perm cursores deslizantes
c 2 × (l + 2 × (h1 − f ))

C.2.3.5 Deflexões

F ×l3 Fy × l 3
δ x = 0,7 × x + δ str - x ≤ δ perm δ y = 0,7 × + δ str - y ≤ δ perm
48 × E × I y 48 × E × I x

8) Se σperm < σm, as equações de 5.10.2.2 podem ser utilizadas para obtenção das dimensões mínimas da guia.

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Anexo D
(informativo)

Cálculo da tração — Exemplo

O arranjo exemplificado na Figura D.1 é para uma instalação sem meios de compensação. Para outros
arranjos, as equações devem ser convenientemente ajustadas.
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Legenda
1 carro
2 contrapeso
3 polia
4 cabo de comando
5 meios de suspensão

Figura D.1 — Exemplo 2:1, sem meios de compensação

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Para o exemplo mostrado na Figura D.1, as seguintes equações se aplicam:

Condição de aplicação de carga da cabina:

Cabina com 125 % da carga nominal no pavimento extremo inferior, sem considerar o atrito.

 T1 =
(p + 1,25 × Q ) × g + M SRcar × gn
n
2

M cwt
 T2 = × gn
2
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Condição de frenagem de emergência:

Considerado atrito mínimo devido às polias e força de guiamento.

a) Cabina carregada com carga nominal no pavimento extremo inferior

 T1 =
(P + Q ) × (g + a ) + M SRcar × (gn + 2 × a ) +
mPcar × 2 × a FRcar

n
2 2 2

M cwt m × 1× a FRcwt
 T2 = × (gn − a ) − Pcwt +
2 2 2

b) Cabina vazia no pavimento extremo superior

M cwt m × 1× a FRcwt
 T1 = × (gn + a ) + M SRcwt × (gn + 2 × a ) + Pcwt −
2 2 2

 T2 =
(P + M Trav ) × (g − a) −
mPcar × 2 × a FRcar
+
n
2 2 2

Condição de contrapeso retido (contrapeso apoiado no para-choque)

Cabina vazia na posição mais alta, sem considerar o atrito.

 T1 =
(P + M Trav ) × g
n
2

 T2 = M SRcwt × gn

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Anexo E
(informativo)

Número equivalente de polias Nequiv — Exemplos

E.1 Efeito 2:1, polia motriz com ranhuras V (ver Figura E.1)
γ = 40°
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Nequiv(t) = 10 (conforme Tabela 2)


4
 600 
Kp =   = 2,07
 500 

Nequiv(p) = 2,07 × (2 + 0) = 4,14

Nequiv = 10 + 4,14 = 14,14

NOTA Considera-se neste exemplo que não há flexão reversa por motivo da geometria das polias (ver
5.12.2.3).

Legenda
 lado da cabina

Figura E.1 — Efeito 2:1 – Ranhuras V

E.2 Efeito 1:1, polia motriz com ranhuras U recortadas (ver Figura E.2)
β = 90°

Nequiv(t) = 5 (conforme Tabela 2)


4
 600 
Kp =   = 5,06
 400 

Nequiv(p) = 5,06 × (1 + 0)

Nequiv = 5 + 5,06 = 10,06

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Figura E.2 — Efeito 1:1 – Ranhuras U recortadas


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E.3 Efeito 1:1, polia motriz com ranhuras U em dupla laçada (ver Figura E.3)
Nequiv(t) = 1 + 1 (ver 5.12.2.2)

Kp = 1

Nequiv(p) = 1 × (1 + 1) = 2

Nequiv = 2 + 2 = 4

NOTA Os cabos passam por duas vezes nas polias motriz e secundária.

Figura E.3 — Efeito 1:1 (dupla laçada) – Ranhuras U

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Bibliografia

[1] CEN/TS 81-11, Safety rules for the construction and installation of lifts — Basics and interpretations
— Part 11: Interpretations related to EN 81 family of standards
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