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Após o ocorrido, uma mulher chamada Maria procurou por Vitória, viúva de
Joaquim, e contou que seu ex-marido, Mário, teria sido o verdadeiro culpado
pela morte de João das Couves. Segundo ela, o problema começou quando
Mário descobriu que o filho do casal, na verdade, era filho de sua esposa com
João das Couves, seu amigo de infância. De acordo com Maria, seu ex-marido
atirou em João e o matou por ter ficado revoltado com a traição de ambos.
Não bastasse o fato, disse ainda que o irmão de Mário filmou o homicídio para
mostrar a ela o que havia acontecido com o seu amante. Afirmou com
veemência que tal fato poderia acontecer a ela se o caso chegasse ao
conhecimento da polícia.
Mas, agora, ela estava mais tranquila, pois Mário havia sido preso pelo
cometimento de outro delito, fato que lhe deu coragem para contar a verdade.
A autoridade policial, ao tomar conhecimento dos fatos ocorridos, ouviu Mário,
que confessou o crime, entregou a arma utilizada e o vídeo que comprovava ter
sido ele o autor dos disparos que ceifaram a vida de João. Mário repetiu ao juiz
tudo que disse ao delegado.
Afirmou, ainda, não conhecer Joaquim das Dores, condenado pelo crime por
ele cometido, e que não se arrependia de ter lavado a sua honra com o sangue
de João das Couves.
DO DIREITO
De acordo com o que foi relatado, Joaquim das Dores já faleceu. Portanto, ele
não pode fazer parte do polo ativo da demanda, já que a morte extingue a
personalidade jurídica do indivíduo. Portanto, Joaquim não é mais capaz de
titularizar direitos ou contrair obrigações.
Art. 623. A revisão poderá ser pedida pelo próprio réu ou por
procurador legalmente habilitado ou, no caso de morte do réu, pelo
cônjuge, ascendente, descendente ou irmão.
DA INOCENCIA DO CONDENADO
Ocorre que após a morte de João das Dores surgiram provas capaz de
caracterizarem a inocência deste, senão vejamos trechos narrados nos autos
que comprovam o alegado:
Além disso, vale lembrar dos artigos 621 e seguintes do CPP, assim como
poderá citar vários artigos constitucionais, como o inciso III do art. 1º e os
incisos XXXV, XXXVI e LXXV do art. 5º da CF.
Portanto, de acordo com o que foi relatado, houve danos a vários direitos da
personalidade, principalmente ao direito de ir e vir, sem falar na violação à
dignidade da pessoa humana.
Por esse motivo, requer a indenização, com base no art.630 do CPP, vejamos:
Dessa forma, restou provado a inocência do condenado por crime que não
praticou, e caso obtenha o reconhecimento de sua inocência por meio de
revisão criminal, terá direito à indenização estatal, conforme entendimento do
STF (RE 24371, Relator(a): ABNER DE VASCONCELOS - CONVOCADO,
Primeira Turma, julgado em 24/06/1954, DJ 14-10-1954 PP-11059 EMENT
VOL-00189-02 PP-00528).
DO PEDIDO
Local, data.
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Nº da OAB.