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O Estado Propiciando bem-estar à sociedade

A ação do Estado, tanto do ponto de vista econômico quanto do


jurídico, supõe-se esteja voltada para o bem-estar da população.

É por meio dos tributos – impostos, taxas e contribuição de


melhoria – que as várias esferas governamentais arrecadam suas
receitas, que serão gastas de acordo com as diretrizes
orçamentárias estabelecidas em lei.

Segundo John Locke, teórico do contrato social, os indivíduos,


por um acordo, teriam colocado parte de seus direitos naturais sob
o controle de um governo parlamentar, limitando em suas
competências e responsável perante o povo. Assim, de maneira
voluntária e unânime , os homens decidiram entrar num acordo
para criar uma sociedade civil cuja finalidade fosse promover e
ampliar seus direitos naturais “a vida, à liberdade e à
propriedade”.

O Estado tem uma função redistribuitiva, voltada para canalisar


recursos para as camadas economicamente desfavorecidas, bem
como para as regiões mais pobres do país.

Falando assim, procuramos alguns dos principais programas de


governo para expor de maneira clara e suscinta seus objetivos e a
quem se aplica. Não esquecendo porem de salientar seus custos, e
em muitos casos suas eventuais fraudes.

Veja então alguns dos principais programas do governo:

1. Bolsa-Família É o carro-chefe dos programas. Criado em


2004, a partir da reforma e fusão de programas de transferência de
renda já existentes, beneficia famílias em situação de pobreza -
com renda mensal por pessoa de R$ 70 a R$ 140 - e que tenham
em sua composição gestantes, nutrizes, crianças ou adolescentes
entre 0 e 17 anos.
Extrema pobreza - com renda mensal por pessoa de até R$ 70.
Para permanecerem no programa, as famílias precisam cumprir
determinadas

condições, como a permanência das crianças de até 15 anos na


escola, com freqüência mínima de 85%; e a atualização das
carteiras de vacinação. Beneficiados - 11 milhões de famílias.

O programa Bolsa Família tem por objetivos combater a fome e


promover a segurança alimentar e nutricional; combater a pobreza
e outras formas de privação das famílias; promover o acesso à
rede de serviços públicos, em especial, saúde, educação,
segurança alimentar e assistência social.

As Prefeituras Municipais são responsáveis em cadastrar, digitar,


transmitir, manter e atualizar a base de dados, acompanhar as
condições do benefício e articular e promover as ações
complementares destinadas ao desenvolvimento autônomo das
famílias pobres do município.

Vale lembrar que “O Bolsa Família” unificou alguns benefícios,


portanto as famílias integradas ao programa deixam de receber os
benefícios do Bolsa Escola, Bolsa Alimentação, Cartão
Alimentação e Auxílio-Gás e passam a receber exclusivamente o
benefício Bolsa Família.

O reajuste previsto para o Programa Bolsa Família deste ano terá


um custo de R$ 2,095 bilhões além dos R$ 13,4 bilhões previstos
no Orçamento da União. Um decreto de suplementação vai
disponibilizar R$ 1,34 bilhão, sendo que R$ 1 bilhão estão
previstos na LOA e o restante, R$ 340 milhões, serão
remanejados internamente do Ministério do Desenvolvimento
Social e Combate à Fome. Um projeto de lei vai complementar os
recursos, remanejando R$ 755 milhões da reserva de
contingência.

O aumento do Bolsa Família não compromete a consolidação


fiscal e a redução de despesas previstas para 2011, de R$ 50
bilhões. Tais informações são da Agência Brasil.
2. Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (Peti)
Criado em 1996, ainda na gestão do ex-presidente Fernando
Henrique Cardoso, é um programa que tem por objetivo retirar
crianças e adolescentes entre 7 e 15 anos de idade do trabalho
infantil considerado perigoso - aquele que coloca em risco sua
saúde e segurança. O Peti concede bolsas mensais - que chegam a
R$ 40 - para que a criança ou adolescente freqüente a

escola. E promove atividades culturais e esportivas, artísticas e de


lazer em período complementar. Beneficiados - 875 mil crianças e
adolescentes . Investimento previsto para 2011, será R$ 1,3
bilhão: R$ 336 milhões a menos, que no ano passado

3. Luz para Todos Foi criado em novembro de 2003 para levar


energia elétrica a 10 milhões de brasileiros residentes no meio
rural até o ano de 2008, e dessa forma universalizar o acesso a
energia a todas as pessoas. Beneficiados - 7,2 milhões. Orçamento
do programa é proveniente de recursos federais dos fundos
setoriais de energia, dos governos estaduais e das companhias de
energia elétrica.

4. Brasil Alfabetizado e Educação de Jovens e Adultos O


programa é voltado para pessoas com 15 anos ou mais e faz
parcerias com Estados, municípios, universidades, empresas
privadas, organizações não-governamentais, organismos
internacionais e instituições civis para combater o analfabetismo.
É articulado à Educação de Jovens e Adultos (EJA) e tem por
objetivo ainda fortalecer políticas que estimulem a continuidade
nos estudos e a reinserção nos sistemas de ensino. Beneficiados -
8,9 milhões de pessoas . 3,66 bilhões do Orçamento da União
serão destinados a projetos.

5. ProUni Criado em 2004, o Programa Universidade para Todos


ter por objetivo permitir o acesso de jovens de baixa renda à
educação superior, por meio da concessão de bolsas de estudo,
integrais ou parciais. Os beneficiados são estudantes de cursos de
graduação em instituições privadas de educação superior. As
instituições precisam aderir ao programa e recebem, em
contrapartida, isenção de alguns tributos. Os critérios de seleção
são os resultados dos estudantes no Exame Nacional do Ensino
Médio (Enem) e o perfil socioeconômico. Beneficiados - 116 mil
pessoas em 2005 Instituições privadas cadastradas - 1.142. Tem
orçamento de R$243 milhões para 2011.

6. Programa minha casa minha vida: Primeiramente, há de se


convir que a meta é ambiciosa: construir um milhão de
habitações, priorizando famílias com renda de até 3 salários
mínimos, mas que também abrange famílias com renda de até 10
salários mínimos.

Isto só será possível com uma ampla parceria entre União,


estados, municípios, empreendedores e movimentos sociais.
Trata-se de um esforço inédito em nosso país, mas necessário e
viável. Segundo a Caixa, o cadastramento para pessoas físicas
com renda mensal de até três salários mínimos será feito pelos
estados e municípios e as datas e os locais serão divulgados
regionalmente. Com isso, quem tem renda dentro dessa faixa
ainda precisa esperar pela adesão dos municípios. Caso a procura
pelas famílias de baixa renda (de zero a três salários mínimos)
supere a oferta de casas, haverá sorteio, informou a Caixa.

O programa Minha Casa, Minha Vida foi estendido para todos os


municípios. Anteriormente, só podiam participar municípios com
mais de 100 mil habitantes. A informação é do Ministério das
Cidades. A Caixa, que que no dia 14 de abril começou as
operações do programa, deve divulgar em breve quantos
municípios já aderiram ao Minha Casa, Minha Vida, cuja meta é a
construção de 1 milhão de moradias

Condições para concorrer a uma casa:

1. Não ter sido beneficiado anteriormente em programas de


habitação social do governo.

2. Não possuir casa própria ou financiamento em qualquer UF.

3. Estar enquadrado na faixa de renda familiar do programa.


4. Pagamento de 10% da renda durante 10 anos, com prestação
mí-nima de R$ 50,00, corrigida pela TR e registro do imóvel em
nome da mulher.

5. Sem entrada e sem pagamento durante a obra.

6. Sem cobrança de seguro por Morte e Invalidez Permanente ““


MIP e Danos Físicos do Imóvel ““ DFI.

7. Programa Brasil sem miséria: O mais novo programa do


governo, atenderá. 16, 2 milhões de pessoas. Plano foi divulgado
no último dia, 03/05 /2011. Dilma Roussef anunciou, o
lançamento do programa Brasil Sem Miséria. Sem especificar
ações concretas, a presidente prometeu "integrar novos e antigos
programas sociais" contra a miséria no País. A declaração foi
dada por causa do Dia do Trabalho, comemorado no dia, 1º de
maio.

Dilma ainda afirmou que o novo programa irá ampliar recursos e


oportunidades, além de "mobilizar todos os setores da sociedade
para a luta decisiva para acabar com a pobreza extrema" no
Brasil.

Os brasileiros com renda mensal de até R$ 70 - o que corresponde


a 16.267.197 pessoas -, irão formar o público prioritário do
Programa Brasil sem Miséria, que será lançado em breve pela
presidenta Dilma Rousseff. A linha da extrema pobreza, tem
como base os dados do Censo do Instituto Brasileiro de Geografia
e Estatística (IBGE) e estudos do Instituto de Pesquisa Econômica
Aplicada (Ipea).

8. Programa saúde não tem preço: Este programa tem como


finalidade a distribuição de remédios gratuitos contra hipertensão
e diabetes. Programa lançado no ultimo dia 03/02/2011.

Este programa deve dobrar o número de benefiários do Aqui Tem


farmácia Popular.
A presidenta Dilma destacou que os medicamentos são o item de
maior peso no bolso das famílias mais humildes: 12% da renda da
população mais pobre são gastos com remédios, contra 1,7% no
caso das faixas de maior poder aquisitivo.

TRANSPARÊNCIA E CONTROLE – No lançamento do Saúde


Não Tem Preço, o ministro Alexandre Padilha anunciou o
fortalecimento dos mecanismos de controle e transparência da
rede Aqui Tem Farmácia Popular: blindagem eletrônica das
transações, que repele tentativas de violações à privacidade do
cliente ou usuário dos serviços; implantação de um cupom
vinculado, que conterá informações detalhadas sobre o
comprador, o estabelecimento e o médico que prescreveu aquele
medicamento; criação de um cadastro de vendedores, com
controle do acesso de todos os atendentes das empresas
credenciadas; e cruzamento com o Sistema de Óbito do Ministério
da Previdência (SISOBI), excluindo indivíduos registrados como
falecidos que estejam relacionados às vendas realizadas.
ABRANGÊNCIA – O Aqui Tem Farmácia Popular atualmente
beneficia cerca de 1,3 milhão de brasileiros por mês. Destes,
aproximadamente 660

mil são hipertensos e 300 mil, diabéticos. O programa é


desenvolvido pelo governo federal em parceria com a rede
privada de farmácias e drogarias, que se credenciam
espontaneamente ao firmarem convênio com o Ministério da
Saúde. Com exceção dos medicamentos para diabetes e
hipertensão – que a partir de agora passam a ser gratuitos – o
governo federal financia 90% do valor de referência dos
medicamentos no Aqui Tem Farmácia Popular, cujo orçamento
para 2011 é de R$ 470 milhões.

Além dos programas sociais sitados , gostariamos de destacar


duas ações do Estado que geram polêmica:

1. Auxílio- reclusão: Desde 1º de Janeiro de 2010 o Auxílio


Reclusão é devido aos dependentes do segurado cujo salário-de-
contribuição seja igual ou inferior a R$ R$ 798,30 (setecentos e
noventa e oito reais e trinta centavos) independentemente da
quantidade de contratos e de atividades exercidas. O benefício
será pago se o trabalhador não estiver recebendo salário da
empresa, auxílio-doença, aposentadoria ou abono de permanência
em serviço. Não há tempo mínimo de contribuição para que a
família do segurado tenha direito ao benefício, mas o trabalhador
precisa estar na qualidade de segurado. Após a concessão do
benefício, os dependentes devem apresentar à Previdência Social,
de três em três meses, atestado de que o trabalhador continua
preso, emitido por autoridade competente. Esse documento pode
ser a certidão de prisão preventiva, a certidão da sentença
condenatória ou o atestado de recolhimento do segurado à prisão.
Para os segurados com idade entre 16 e 18 anos, serão exigidos o
despacho de internação e o atestado de efetivo recolhimento a
órgão subordinado ao Juizado da Infância e da Juventude.

2. Distribuição de preservativos nas escolas: A grande incidência


de aids entre adolescentes motivou o Ministério da Saúde a
realizar a distribuição de camisinhas diretamente nas escolas. Para
facilitar o acesso ao jovem, que muitas vezes fica constrangido de
pedir preservativos aos adultos, estão sendo testadas máquinas
que disponibilizam o produto automaticamente.

o Ministério da Saúde distribui gratuitamente camisinhas através


da Rede Pública de saúde. Além do uso da camisinha, a
informação é também uma forma de prevenção.

O número de pessoas infectadas por DST vem aumentando. O


Ministério da Saúde está realizando uma Campanha Nacional de
combate à AIDS, para informar às pessoas sobre a importância do
sexo seguro. Por ser uma Campanha Nacional, atinge todos os
públicos de todas as idades. A distribuição de camisinhas é feita
para evitar a transmissão de DST e não para estimular o ato
sexual, ou a promiscuidade.

Se metade da população de 15 a 49 anos usasse camisinha uma


vez por semana, seriam necessários 42,2 bilhões de preservativos
por ano – quantia 2,7 vezes maior do que a produção mundial de
15,3 bilhões anuais. Até a primeira semana de dezembro de 2010,
os gastos do governo com a distribuição de preservativos chegou
a R$ 1 bilhão de reais.

No último dia 13/04/2011 , comissão aprovou projeto que obriga


motel a fornecer camisinha de graça .

Segundo texto, casal terá direito a um preservativo feminino ou


masculino, Matéria ainda precisa ser aprovada pela Câmara dos
Deputados para virar lei.

Bibliografia:

grzero.com.br

dprimeiraedição.com.br

portal.saude.gov.br

Site da Caixa Econômica Federal

Site da IPC

Site do Estadão

Rede Globo , programa Fantástico , exibido dia 01/05/2011

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