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RESPOSTAS

1) Sim. Pois a separação de fato independentemente de ser judicial, obsta a


existência de impedimentos. O que não é possível para a divisão do beneficio, é
a convivência concomitantemente entre dois relacionamentos, pois aí seria
configurado concubinato.

2) Não. O STJ mantém o entendimento de que as relações extraconjugais e união


estável não se confundem, pois, o concubinato não recebe um amparo jurídico de
família. Defende o STJ que pouco importa a duração do relacionamento, caso
não haja o cumprimento dos deveres legais, não há configuração da família
previdenciária.

3) O que se propõe o recurso 1045273 do STF é o reconhecimento concomitante de


uma relação homoafetiva e heterossexual para fins de pensão pós morte. Porém,
ao analisarmos os posicionamentos dos tribunais superiores, pouco importaria a
sexualidade das partes, sendo ela heterossexual ou homossexual, pois caso
houvesse provimento do recurso, estaria sendo reconhecida a bigamia, instituto
na qual não é abarcado pelo nosso ordenamento jurídico. O ministro Alexandre
de Moraes, por exemplo, votou pelo desprovimento do recurso, baseando-se
nesse argumento supracitado. O relator mantém o argumento de que havendo a
existência de uma união estável, haveria o impedimento do reconhecimento de
outra relação paralela. Por outro lado, o ministro Fachin pede provimento ao
recurso entendendo ser possível a divisão de pensão desde que presentes a boa-fé
objetiva.
Ainda há muitas divergências em torno desse assunto.

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