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FEMINISMO: MISSÃO DE LUZ OU DE TREVAS?

UM BRILHO DA CONSCIÊNCIA ANTIPATRIARCAL

1. Feminismo: O que é?

Feminismo é, independentemente de gênero, um movimento de


essência: política, social, filosófica, que durante muito tempo vem
enfrentando as estruturas sociocomportamentais de nossa
civilização patriarquica, tendo como propósito reivindicar direitos de
autonomia, paz e respeito à integridade de todos os seres, homens
e mulheres, heterossexuais ou LGBT. O feminismo estritamente
definido, embora haja quem lamente uma tal definição tão
simplista, é a luta de indivíduos que creem, acima de tudo, que,
são donos de si mesmos. O problema em definir de forma simplista
que, tem como fundamento que “somos donos de nós mesmos” e,
“fazemos o que queremos”, é que nos mostra, muitas vezes, que, o
feminismo se torna demais individualista e tem menos efeito sobre
a realidade de significância sistêmica. O feminismo em sua forma
mais preponderante é aquele que exige de nossa sociedade
mudanças desde o comportamento sapiens que, durante muito
tempo foi restrito aos interesses patriarquistas, ou seja, de
importância da irmandade dos homens, somente, aproximando
mais os fraternos entre si que as mulheres até consigo mesmas
que, infelizmente, não tiveram a mesma conduta de desapego do
gênero oposto que, em nossa contemporaneidade, tem tido. O
problema na ausência desse mesmo desapego, isso é,
desestimular a existência do gênero oposto desde o âmago que,
desafortunadamente, resultaria em um prejuízo em seu caminho
evolutivo, sobre os méritos do saber, desconhecendo a
humanização de si mesmos. Portanto, se houvesse a existência,
por exemplo, de um matriarcado, sistema de irmandade da mulher,
poderíamos estimar uma vida paralela de maior autoridade entre
mulheres e até com relação aos homens, de acordo com a união
das fraternas entre si.

Decerto, houve um atraso colossal sobre a humanização da


mulher. Pois assim creem feministas que dizem que o princípio de
sua crítica é sobre si mesmas como “produto” da civilização
machista que é o de ser mulher, que é, a princípio, o de ser
escrava.

De acordo com a feminista Ngozi:

“Por séculos, os seres humanos eram divididos em dois grupos,


um dos quais excluía e oprimia o outro”.

Ou seja, a espécie atrasou a autonomia da mulher.

Particularmente acredito que o feminismo pode ser uma missão de


evolução moral sobre os direitos de igualdade entre os indivíduos
terrestres. Ele, assim como o patriarquismo, pode começar desde
os lares, em que o comportamento é influenciado desde a infância.

Embora atualmente vejo muitos casais dividindo as


responsabilidades de casa, nossa civilização teve como tradição o
labor de um lar como das senhoras e suas filhas, criadas durante
muitas gerações pra função de serventia.

Mas, para o feminismo, a maioria dos homens são também


forçados pelo sistema a uma forma de escravismo, porque há um
comprometimento integral de seu tempo todo voltado para o labor
da indústria ou do comércio. E isso, infelizmente, torna um
trabalhador, um não-livre. O feminismo não reconhece liberdade no
capitalismo, mas ele é um movimento que crê que há de se lutar
por mais direitos do povo. Já o otimista diz que o capitalismo e o
feminismo podem caminhar de mãos dadas, sendo esse, o
feminismo liberal que dialoga com o sistema corrente. Quando
assim, o feminismo luta para se integrar a um estilo de vida que
demanda de nós, nossa própria autonomia financeira, e isso, na
verdade, ainda não diz, claramente, respeito à liberdade em sua
plenitude, no entanto, um objetivo que, para muitos feministas,
além de exigir de nosso tempo, nos sufoca com o fato de que sem
essa autonomia, não seremos dignos de uma vida plena.

O feminismo está, essencialmente, fundado na ideia de


desestruturação coletiva do caráter machista e homofóbico,
escravagista e sistêmico em que se mantém paradigmas que tem
dificultado o bem-estar, principalmente, da mulher, transsexual e
preta. São essas, inclusive, que, sofrem muito preconceito,
encaradas por um escopo desumanista, que vem as empurrando
para a prostituição marginalizada. O feminismo não tolera a
ausência de humanidade nos corações dos homens. E é, para ele,
impressionante como a elite que, embaraçosamente, influencia a
muitos homens e mulheres de classe proletária a seguir com a
apatia sobre os méritos humanitários ou ecossistêmicos,
infelizmente, embaçados pela ganância extremista, investida na
derrota de governos público-populistas, e ascensão da privatização
totalitarista. Ele tem, como propósito revolucionário, enfrentar os
propósitos conservadoristas. O conservador trata, aliás, o
estabelecimento e mantimento de um patriarcado, o que há de
mais sagrado para a irmandade de homens, que desde os
primórdios, privilegiaram os direitos, somente, dos fraternos,
homens, para que amadurecessem, unidos e em paz com suas
sociedades e terras. Embora o homem em sua evolução até a
contemporaneidade tenha sido cruel, o feminismo não tem como
objetivo insuflar ódio contra eles.

O feminismo não se trata de odiá-los, mas unir a todos por um bem


comum, incluindo nossas filhas, filhos, de toda orientação sexual,
de apreço por uma paz universal. No entanto, muitas feministas
tratam a si mesmas, mulheres, vilãs, como uma forma de criticar ou
ora se martirizar, sob os maus-tratos dos homens que, tentam
inferiorizar, desumanizar até quando conseguem, em cada Estado,
cidade, cada família, toda mulher, contudo, o feminismo, contrário
ao silêncio das mulheres que, o faziam para sobreviver entre os
homens, grita e, por direitos. Entende-se que, para ele, não há
liberdade, a liberdade é ilusão, já que se vive pelo sistema, e só
esse sistema nos dará uma chance de conhecer tal escravidão que
nos tira tempo, e, no entanto, nos envolve em entretenimento,
talvez aos sábados ou domingos, mas também mata, e de tristeza.
Quando a vida de todos é comprometida com a perda de
humanidade, tendo em vista que, por todo o globo, recursos
importantes para a vitalidade de todos são mal distribuídos,
enquanto o homem que se converte em crime por ausência de
opções, deve ser, talvez um mal amado, em que a vida não é
reconhecida, mas, marginal. O feminismo também questiona o
contraste da high society e a vida marginal, pois muitos encaram o
crime como um fruto maldito do individualismo sistêmico e de elite.
O feminismo não está interessado na abominação de jovens que
são perdidos para o crime. Quando ele, na verdade, ao devotar
fidelidade à elite, já não é mais feminismo, porque o feminismo é a
filosofia que se isentou da ganância e do ego de todos os homens
e do desafrouxar das combinadas corrupções de quem mantém o
controle sobre base em dinheiro. A abominação das pessoas é
justamente aquilo que mais afeta o feminismo, isso é, decerto,
desumanização. O desumanizado é aquele rechaçado pela
sociedade hegemonista, tendo a autonomia comprometida, sendo,
muitas vezes, os homens e mulheres oriundas, por exemplo, das
tribos mortas indígenas, pretos como escravos, ou quaisquer
outros alvos de opressão. O patriarcado não é, de forma alguma,
aliado do feminismo, quando, percebe-se que somente o feminismo
liberal é que se envolve no sistema.
2. O feminismo e a evolução social

O princípio da evolução social está na formação de relações


sociais e em como isso pode nos estabelecer de uma troca de
valores, isso é, toda a evolução é acirrada por trocas. A vida das
múltiplas humanidades que atuavam em terras por todo o globo,
que, colhiam, caçavam, passaram a reconhecer que a
subsistência, era assim, digna, de quem trabalhava por recursos
alimentícios. Recursos que, primordialmente, foram reconhecidos
como bens de troca, sendo, noutros casos, a troca, também, não
só de bens, mas dos serviços, assim explicam os que concernem
dos méritos econômicos, que a vida humana proporciona uma
aprendizagem que pode se tornar meio de reconhecimento e
ganho. Quem caça, ensina a caçar, quem colhe, ensina a colher,
facilitando a obra do cotidiano e das próximas gerações. Assim
definimos o conhecimento de cada um deles como capital humano
que tornará uma região mais capacitada que outras. Na evolução
das sociedades dos homens, foi, naturalmente e essencialmente,
dos homens, o gênero masculino. Sociedades cujas fraternidades
fortaleciam mais as relações entre homens que entre as mulheres.
A fraternidade que aproximou e uniu os homens jamais fora uma
vida de toda a humanidade. As mulheres que, decerto, são
consideradas humanas, embora tenham sido vítimas da
desumanização, viveram uma realidade moral paralela e desigual
de quem era institucionalmente, de acordo com o estabelecimento
patriarcal, submetido ao escravagismo até familiar, que, por
milênios, fora como se a própria naturalidade de ser mulher fosse
desde o de servir da realização do labor dos lares até ao do
alimento sexual, silenciadas sob ameaça de castigo e violência
física e moral. O patriarcado que tem mantido essa forma de
escravagismo extremista de gênero, é o sagrado-profano que,
embora tenha existido com naturalidade sobre a defesa de
interesses do homem e somente, perdeu forças com o passar do
tempo em que os direitos humanos evoluíram em sociedade. Isso
não significa que o patriarcado não tenha sido uma forma de
evolução das sociedades, que, inclusive, também amadureceu com
pluralidade entre as terras, essa forma de civilização. O
estabelecimento de crenças e costumes que favorecem aos
homens, é, na verdade, muito capaz de ser independente até de
uma força suprema a quem se refere como deidade, quando a
civilização humana reconhece a existência de Deus, como
existência masculina. Esse estabelecimento, quando muito
machista, como há de ser, por exemplo, na cultura bíblica, torna o
homem o indivíduo egocêntrico que centraliza toda a moral para si.
Estabelece o homem como o único dotado de autoridade,
autonomia e saber. A vida humana foi e tem sido muito influenciada
por indivíduos do ramo profético e filosófico, sendo eles
inteiramente devotados sobre uma reflexão vital pertinente à ética
que nos direciona a uma nova era. A maioria era de defesa
patriarcal. Durante muito tempo, não houve, para as mulheres, um
olhar que as fitasse com ar além de que frágeis, isso é, sem
considerar que a fragilização da mulher estava na
institucionalização dessa fraqueza, sob o olhar do homem então
considerado o ser de muitas responsabilidades enquanto a mulher
era apenas uma criatura, geralmente, encarada como dócil e
ignorante. A docilidade e brutalização era uma combinação de
opostos generalizados entre homens e mulheres que viviam
realidades morais paralelas, como seres humanos, inconscientes
de que a moral devia ser para a humanidade, de forma igualitária, e
não uma defesa de ambos os indivíduos diferenciados por suas
características biológicas, mesmo com seus direitos desigualados,
servindo a um sistema machista e elitista que desumaniza a
existência, e, inclusive, criticam, pensadores de esquerda, que, se
considera, quem se conhece como homem, mesmo um sonhador,
que talvez haja em si a perda de todo o senso de humanidade,
quando se submetem à destruição do caráter em prol da superação
individual dos obstáculos sistêmicos econômicos, já que, para o
capitalismo, o tempo é essencial, e a tirania dos valores acontece,
quando a urgência é o dinheiro acima de toda a moral. Ou seja, o
capitalismo pode ser de sonhos, mas sonhos que ora se tornam
pesadelos, quando homens dotados de poderio financeiro se
enrustem de uma visão de homens-águias, pisoteando sobre o
proletariado. O mundo novo que se ergueu sob influência do
iluminismo, intrínseca à burguesia, defendeu que o melhor para
todos seria uma realidade de autonomia financeira que
pressionasse o povo a descobrir um investimento ocupacional
árduo sobre o tempo, de produtividade escolar combinada à vida
laboral, na indústria e comércio, enquanto descobrem um
escapismo emocional da obra de ídolos envolvidos no
entretenimento de sua contemporaneidade e do passado, uma
forma de cultura depreciada por teóricos como um método de
alienação da massa. A compreensão sobre a vida é muito diferente
quando ocorre a emersão do globalismo e de toda a diversificação
de identidades sobre toda a Terra. O entendimento da evolução é
incomparável com os últimos avanços da nossa civilização que tem
se adequado a uma realidade tecnológica que tanto facilita, como
também prejudica, e de forma absurda, quando ouvimos que
muitos seres da fauna e a flora vêm sofrendo com os impactos do
extrativismo de recursos que comprometem de forma muitas vezes
irreversível, enquanto atualmente a vida humana se identifica mais
com a tecnologia, automatismos e praticidades viciosas. O
comportamento capitalista desumanista estranha qualquer forma
de crítica ecossocial, cujo argumento é de que nossa vida da forma
que conhecemos terá impactos que um dia destruirá o próprio
sistema econômico explorativista, quando o mesmo depende do
funcionamento da vida orgânica, do solo e todo o ecossistema. O
mesmo capitalista desumanista é aquele que não estranha a
destrutividade em seu sistema sobre o bem-estar dos homens e
mulheres que trabalham para manter o seu funcionamento
rotineiro. A autodestruição do sistema capitalista é uma teoria de
que a interdependência biológica e humana desatará com os
abusos explorativistas que matarão a espécie que tem mantido
esse sistema, causando o declínio da existência moderna. Então,
como salvar o trajeto da evolução social, tendo tanto a causar um
declínio da espécie? A pluralidade do feminismo abrange até à
ecologia, e ainda assim, o mais essencial já é capaz de causar
irritação e questionamento sobre sua importância entre os
conservadores. Enquanto o sagrado-profano conservadorismo é
viciado num modelo de sistema que não favorece a quem mantém
o relacionamento, conhecido por muitos feministas, como
escravagista, tendo essa relação socioeconômica de trabalho do
proletário com o sistema à frieza da mecânica de engrenagens e
máquinas, o feminismo é, como em uma história fictícia de
cyberpunk, como o Matrix, os indivíduos que sonham em deixar de
ser engrenagens. As engrenagens cuja durabilidade é influenciada
pela demanda de produção da mesma máquina que tornará a sua
existência, com o tempo, cansativa e, além disso, aumentará a
chance de perder reconhecimento pelo seu trabalho que será ainda
mais difícil de executar, esses meios de existência talvez não fujam
nem mesmo dos parâmetros do capitalismo humano, embora a
saúde seja um dos pilares mais importantes para o funcionamento
dessa forma centrada em capacitação, o capitalismo humano,
existente principalmente nos EUA, uma das grandes potencias
econômicas, há de haver política pra todo tipo de desgraça contra
o bem-estar social. De todas as direitas, de onde se originam os
capitalismos, a mais estranha é aquela que exige do povo mais do
que o mesmo pode oferecer. Enquanto o Estado escolherá
favorecer cada vez menos o povo de serviços públicos essenciais
que incluem a saúde e toda forma de capacitação básica do
cidadão. O feminismo é a chance de apenas se questionarem
sobre o que eles estão vivendo. Ele oferece apenas uma
medicação: filosofia, e contemporânea, eficaz e progressista. Ele
pode não libertar a todos os homens e mulheres, mas tornará a
muitos conscientes da ilusão de liberdade que nos acorrenta à
ignorância extrema como servidores, muitas vezes, cidadãos ora
desestimulados, talvez ainda haja aqueles que morrem de medo do
comunismo e discutam nas redes sobre possíveis maracutaias de
anticristos da esquerda, mas talvez haja bons otimistas que creem
na vida de forma generalizada, bela, e assim, para muitos deles,
será incrível o sistema enquanto tivermos aquilo que ele demanda,
reconhecimento, tempo, saúde e dinheiro. Enquanto há
reconhecimento, tempo, saúde e dinheiro estamos de pé para o
que der e vier, mas o que será de quem vive aqui na ausência
desses pilares de nossas existências capitalizadas e pouco
capitalistas?
3. Feminismo como crença

Enquanto a religião é um sistema de crenças, estabelecendo


paradigmas sobre a conduta, o feminismo é a crença na igualdade,
tendo como objetivo a conscientização dos paradigmas impostos
sobre nossas vidas, e mesmo que conservadores discordem,
também é uma conduta, mas não é um sistema que nos priva da
liberdade, o feminismo é a divergência que nos mostra a ausência
dela. Por que questionamos se a missão do feminismo é de luz ou
de trevas? Há consciência no que o feminismo representa para a
sociedade? Há mais sobriedade no feminismo ao andar contra a
maré de institucionalização da submissão de gerações e gerações,
embora o sapiens tenha amadurecido tanto em âmbitos de
comportamento ético? Embora os pessimistas encarem cada era,
em sua contemporaneidade, como um retrocesso descarado, o
cotidiano será sempre fruto do casamento entre o amor e o ódio,
isso é, caos e paz, e principalmente nos últimos tempos em que se
vive até melhor suprindo e servindo ao nicho do entretenimento no
atual sistema capitalista.

As questões de desenvolvimento humano se envolvem bem no


mérito da moral que o próprio feminismo, em seus estudos, há de
oferecer. Decerto nosso atual meio existencial nos leva a crer que
muitas de nossas identidades civis se mesclam, com a emersão do
globalismo e a contribuição tecnológica em rede global. Embora
haja feminismo que se envolva no capitalismo e ainda se afirme
livre, haverá o feminismo que, para si mesmo, somente lhe
oferecerá um despertar de consciência. Tal despertar da
consciência é, nada mais, nada menos que, reconhecer a
ignorância que temos suprido e que se enruste de elegância,
enquanto opositores acusam ambos os lados, seja comunismo ou
capitalismo, responsáveis pela miséria por todo o globo. A mesma
rede globalista em que nos envolvemos é um banco de dados que
tem oferecido uma realidade multi-identitária. Assimilamos tanta
cultura diversificada, e de tantas regiões terrestres que, acabamos
criando, em curtos períodos, nossas próprias identidades, de
acordo com um princípio de assimilação e mesclagem de dados, o
que diz respeito também a ambos informação e desinformação.
Sendo assim, o ser feminista, ou o ser cristão, islâmico ou budista,
ou quaisquer identidades de crença, não são apenas aqueles que
encontram a verdade moral, mas múltiplas verdades de
informação, desinformação, e, no entanto, alienam-se socialmente
até menos, com as comunidades que o capitalismo contemporâneo
formou, com a cultura da massa, ainda que tenham tantas
divergências ideológicas, como há entre os conflitos do feminista
sobre o machismo que há nas religiões patriarquistas. Portanto,
embora haja feministas que rechacem cada traço patriarquista
religioso, tendo ocorridas tantas mesclagens, não se priva da de
crenças, ou seja, um feminista pode crer em Deus, ou nenhuma
deidade. Um feminista pode se integrar à umbanda ou kardecismo,
para muitos, isso é natural. Essa é a naturalidade de uma vida
globalizada, em que se vive por liberdade, embora não haja
liberdade, jamais, para feministas que, até então, não têm uma
observação simpatizante do modelo capitalista e individualista. Mas
e quanto aos religiosos? Cristãos, por exemplo? Há uma diferença
grave entre religiosos e espiritualidade. Os religiosos creem que a
prosperidade na vida pode ser algumas vezes no concernimento
econômico. Mas a espiritualidade é muito diferente, a
espiritualidade está fora das ânsias e ganâncias, ela é pura de paz
e ética. O feminismo também.

Ele diz aos homens:


Acalma-te!
Respeitai!
Despertai!

Não ponha o dinheiro sobre as prioridades.


Ajude o próximo! Seja você mesmo..
Ofereça no teu olhar muito mais que luxúria ou inveja:
Sobre os casais, sobre as pessoas no geral.
Renasça hoje e sempre, porque o futuro importa,
e nossa sociedade é construída através do bom saber
Da paz que lutamos muito pra prevalecer,
Pra nossos filhos estudarem felizes
E sofrer menos com as falhas das gerações passadas.
4. O feminismo e a cultura

O envolvimento da filosofia feminista à cultura é um exemplo de


integração social de manifestação, e de sonhos, criticismo e
progresso. Há tempo que muitas escritoras das últimas eras, como
Charlotte Brontë, Jane Austen, Emily Dickinson e Florbela
Espanca, representaram e retrataram os pesares e anseios da
existência da mulher. Em determinadas manifestações, como em
“Orgulho e preconceito”, a crítica era sobre a relação das finanças
familiares e casamentos em que, desesperadamente, as famílias
de noivas arranjavam e estabeleciam uma troca de submissão da
mulher de um gentleman que portava heranças de segurança
financeira e conforto do lar.

Na literatura, assim como a filosofia, a poesia tem sido muito um


meio de expressão das camaradas que, criticam uma sociedade de
defesa de direitos e interesses majoritariamente de homens, sendo
a própria manifestação literária, a princípio, um passo, não de
rebeldia, mas de revolta na sociedade que pouco ofereceu ao
gênero feminino. O caminho da expressão literária é uma conquista
intelectual que desafia as correntes de machismo e misoginia.

A realização de desatares dos nós de repressão sobre a autonomia


das mulheres, em seu direito de expressão, gradativamente, nos
enriqueceu de novas linguagens pós-coloniais, como no pretuguês,
muito presente nas manifestações líricas de muitos feministas, com
suas experiências de desencanto, tendo o desencanto,
primordialmente, o de ser mulher, quando a mulher é produto de
nossa civilização sapiens que, institucionalmente, estabelece sobre
elas, a submissão generalizada de suas existências.

A relação do feminismo com a cultura é muito mais de olhar crítico


sobre todas as cousas da civilização que as poetisas zombam
chamando de “falocêntrica” que, primeiramente, quer dizer que os
homens são muito mais adorados, felizes, livres, cujas limitações
são menores. E, também há, em nossa civilização de
“falocentrismo arquitetônico”, a cultura dos obeliscos, que
expressam toda a adoração sobre a virilidade.
A sagacidade da poesia feminista está em como fazer de
experiências difíceis chocar contra a realidade de quem não se
preocupa com nada e persuadi-lo sobre a importância da mudança
de comportamento. Como anteriormente, o amor cresce ao lado do
ódio, mas o homem dos tempos atuais há de ser mais ético e
educado, pleno de cultura, quando não é, francamente,
desconhece o que há de mais prazeroso em ser um sapiens. Ser
um sapiens é digno de progresso evolucionista, porque todos nós
dependemos de nossas integridades físicas e morais respeitadas,
nossa luta por autonomia e a segurança de nossos familiares.
Assim age o feminismo que reclama por um mundo melhor em que
nós temos menos preocupações, onde o crime tem menos
autoridade, e a paz se estende até os bares, concertos e
shoppings, e, principalmente, nos lares.

A poesia feminista também pressiona a ausência de liberdade de


uma mulher por ser criticada ao desejar mais respeito sobre sua
sexualidade, e ansiando por mais respeito e ser menos alvo da
sexualização. Os desejos sexuais, para o feminismo e sua filosofia,
não devem ser confundidos com o pensamento de que o direito de
agir como bem entende sobre a integridade de outrem é liberdade,
quando agimos, pelo menos, a maioria em sociedade
interdependente. Isso, nem mesmo o mais ético dos patriarcados
tolera.

A vida que tolera mais vacilos de homens maus é, de fato,


patriarcal, mas, o patriarca que não confunda, em sua procura pela
ética feminista, com fragilização da mulher, interpretando os fatos
como de quem vê que a vida delas é de coitadas que precisam ser
protegidas e não libertadas, isso é, respeitadas como humanas,
acima de tudo. Feministas têm mesmo sede de respeito à
integridade de todos que agem em coletivo e não seguem
nenhuma individualidade. E quando tratam de crítica à cultura,
dizem algo sobre a cultura do abuso. O homem ou a mulher que
abusa ou mascara, defende o abuso físico e moral de outrem é
desconhecedor de todo o progresso da ética integral do sapiens.
5. Superação sexual ou do intelecto?

O que diz respeito à existência dos sapiens e seu comportamento


moral e de estima está na busca de superação sexual ou
intelectual. Considerando o mérito mitológico em que as deidades
envolvidas na fundação da civilização são no princípio sexualmente
arrogantes transcendidos na realidade bíblica como indivíduos
supraconscientes sobre os âmbitos da ética, abandonando o foco
sobre os atos de perversão sexual, e abraçando a manifestação
intelectual do saber divino de todas as coisas, quando a realização
está no amor fraterno e no respeito. Deuses são autoridades
cósmicas, que descenderam ao ofício profético, messiânico,
santificado. Quando a sua autonomia, antes tomada por um desejo
bestial, é interferida pelo chamado espírito santo. Portanto, se
deuses são as autoridades cósmicas que criaram a nossa espécie
e fundaram a civilização sob meios morais, a superação entre
homens e mulheres vai além dos concernimentos sexuais, e há
milênios que muitos sapiens têm vivido pelo mesmo propósito:
superação intelectual-espiritual como os deuses, permitindo que o
sexo seja apenas uma forma de abstração. No entanto, o sapiens
que investe toda sua energia e estima no ato do sexo sobre todas
as coisas, ora, infelizmente, sob conduta de bestialização e se
entende como um indivíduo pleno de glória através do sexo, é
conhecido por muitos como aquele que busca menos méritos de
superação intelectual-espiritual como os santos e deuses.

Ser um sapiens, tradicionalmente, se tornou aquele que busca


prosperidade em potenciais e superação intelectual-espiritual de
acordo com os criadores do universo. Os sapiens que se
multiplicaram pela Terra milênios atrás, com seus potenciais
aprimorados com o passar do tempo, tornaram a espécie
preponderante sobre outras humanidades, sendo algumas delas,
por exemplo neandertais e erectus, que foram perdendo espaços
de conquista pelo globo terrestre.

Embora o sapiens tenha lutado muito pra prevalecer sobre as


outras espécies, o sapiens, hoje, é uma só espécie pluralizada
entre humanidades de si mesma também. E como? É claro! Os
seres humanos que lutam hoje pra prevalecer em prosperidade,
acima de tudo, de paz, e manter um sistema que oferece educação
pública, saúde e segurança para jovens e adultos, podem, de
forma ambígua, ora simpatizar e ora desprezar muitos de nós que
por muitos momentos do cotidiano foram menosprezados e
tratados de forma desumanista, cruelmente taxados de vermes, ora
tornados escravos, ora exterminados. Portanto, o desumanizado,
oprimido, sendo ele, branco, preto, asiático, mulher, LGBT, são
uma pluralidade humana porque cresceram e lutaram pra serem
reconhecidos pelas outras humanidades e desclassificá-los como
demônios e alienígenas. O feminismo lutou para que a humanidade
acreditasse na importância do respeito pela integridade dos seres.

O ser sapiens é exemplo de espécie que se importa mais com a


prosperidade porque embora muitos fitem a massa com pesar,
considerando-a alienada pela forma de adoração de um bravo novo
mundo de ídolos envolvidos no entretenimento que nos oferece
distração, as suas múltiplas identidades se envolvem por um único
bem comum, que é a família, isso é, gerações que se encontram
nas escolas, nas praças e nas ruas, nos lares, e de forma geral,
centrados na aprendizagem que é viver.

Para muitos houve quem representasse o sapiens, um ícone de


humildade e perseverança, com o propósito de unir os fraternos
num gesto de compaixão. Os maiores exemplos, incluindo Joana
D’Arc, Gandhi, Martin Luther King, não foram reconhecidos por
conquistas sexuais, mesmo Martin Luther King, que foi, muito
contrariamente, acusado de adultero. O mais incrível dos sapiens é
estimado por sua devoção à humanidade. E o que, basicamente,
define humanidade? Acredita-se que é essencialmente conduta,
aquela que se comporta de acordo com a sociedade. Mas dentre
tantas humanidades, o homem encarou desafios que outros
indivíduos sapiens trouxeram por ausência de conduta. O ser
humano não é, muitas vezes, ser digno de humanidade. Embora a
sociedade seja um fruto estrutural de um antigo patriarcado que se
assegura dotado de moral, os seus integrantes mais inconscientes,
geralmente, falham de conduta, por desconhecer a importância da
mais absoluta fraternidade, até em suas sociedades mais
civilizadas. Infelizmente, não há uma sociedade humana que
desconheça o mal iniquidade, já que a imposição do patriarcado,
estabeleceu um desnivelamento da autonomia de muitos,
principalmente da mulher. Nos tempos antigos, de profetas e
filósofos, reconheciam, geralmente, somente os homens como
fraternos, e com sua fraternidade, questionava a sua sociedade e
seus meios, em que se encontrava tanta injustiça, mas se
desconhecia o direito da autonomia da mulher.

Esse mesmo desnivelamento formou mulheres pra que fossem


caladas e agissem menos sobre os assuntos sexuais e também
intelectuais. Desde os primórdios elas vêm sendo vítimas de um
escopo de hiperssexualização, em que se trata a todas como um
meio de alimentação sexual, uma pontuação glorificada, pelos pais,
primos, irmãos e tios. O homem fez do sexo, seu abastecimento
moral, desregulando de forma imoral do como e quando obtê-lo.

A mulher levou tempo pra dizer, de forma quase geral: “Eu quero”,
ou “eu sonho” com uma relação afetiva, quando, basicamente
chovia-se homens sobre elas, enquanto diziam: “Quando é que vão
me poupar?”. O que desperta muita curiosidade sobre o sonho
feminista é que tudo começa com um pesadelo, que, é o de ser
mulher. Ser mulher, automaticamente, a torna vítima de uma
institucionalização de submissão escravagista. Não há, em tempos
antigos, uma mulher que não tenha sido observada, de forma
preconceituosa, como uma criatura dócil, frágil e ignorante. A
relação entre a mulher e a conquista sexual fora muito
diferenciada. A sociedade humana generalizou um comportamento
de que a mulher era a passiva, o homem o ativo, portanto, a mulher
fora o alvo de sexualização mais assíduo. Em muitas sociedades, e
principalmente religiosas, abominada era a mulher luxuriosa que
jamais tornava um homem uma vítima de escravização sexual, mas
também não pontuava, não obtinha conquistas eróticas, ela corria
risco, e de ser julgada. O feminismo estará ao lado de quem se
interessa pela humanidade, contra um sistema cuja moral enferruja
e que se perde e que estabelece o banal escravagismo sexual. A
consciência humana depende de quem forme uma nova
humanidade que respeite nossas gerações futuras.
6. Idiocracia

A relação entre a humanidade e a idiocracia é naturalmente parcial,


como há de haver da ignorância prevalecente, o saber é suprimido.
O ser humano não é formado, inteiramente, de conhecimento, mas,
de forma inconsciente, abraça a idiocracia que o torna decadente
sobre a moral que estruturou a sociedade seguindo ao lado da
ignorância. Enquanto a ignorância é um status de dimensão
cósmica, a idiocracia é comportamental. A relação entre a
ignorância e o saber é parecida com a realidade cósmica de luz e
trevas. As trevas prevalecem, porque a existência é aprendiz,
embora jamais sempre aprendizagem. Para o idiocrata que peca,
mas recrimina, o LGBT é inconsciente, quando não existe ser
formado inteiramente de pecado, o amor é respeito, o respeito pela
existência também forma LGBT.

Para o patriarca, mesmo em tempos atuais, que jura que defende o


direito da mulher, recrimina e afirma que o ser trans é inconsciente.
Para ele, o feminismo vai contra muito que se diz sagrado, e será
abominado como “caminho anticristão”. O ser crístico e ser
anticrístico dizem respeito àqueles que sim ou não transcendem
suas formas de agir e encarar a realidade. O crístico é associado
ao consciente, mas, o anticrístico, faz tudo que é errado e imoral.
Mas quando a própria fundação da sociedade sofre da iniquidade,
por que o feminista que luta pela igualdade será anticristo? Ser
feminista não define que somos incapazes de entender, por
exemplo, os abismos da imoralidade.

O feminismo nasceu porque precisávamos ouvir todos os dias qual


era o princípio de humanidade: que é respeito. Mas o feminismo
não é como uma mulher a quem julgamos uma esposa irritante, ele
pode ser como um luto contínuo, porque vive a incomodar a
sociedade, enquanto o patriarcado é a alegria escancarada que ri
de tudo, e não vê o sofrimento que causa. Mesmo que falhemos,
ouvir sobre o respeito à integridade de nossos fraternos e fraternas
é por um bem comum. Por séculos, o povo era iludido sobre o que
era cristianismo e seus princípios mais essenciais. Dia após dia, e
ser cristão era muito pecar, mas recriminar e abominar outras
existências, e desconheciam o transcendentalismo de consciências
pelos valores morais que talvez aprimorariam o comportamento
humano, mas além de haver tanta miséria, se aproveitavam da
extrema alienação da população sobre a autonomia da
interpretação dos ensinamentos religiosos e sua própria
representação da cristandade. Conheço quem encare cristianismo
como um grande fracasso do patriarcado abraâmico. O mundo foi,
durante muito tempo, o playground dos homens detentores de
riqueza e maior autoridade. Portanto, quando será determinado
que de verdade amadurecemos? Atualmente, a vida ocidental, e
em muitas regiões orientais, é voltada para o entretenimento. No
capitalismo contemporâneo, deter poder financeiro não nos torna
necessariamente escravagistas, mas mais um alimentador do
sistema. Mas em que está de fato a imaturidade de nossa espécie?
Talvez na forma de muitos alienados acusarem de responsáveis
pela desigualdade, quando se age pouco pelo bem da sociedade,
definindo inimigos ocultos que na verdade não existem. Muitos
conservadores sofrem de uma paranoia que contribui para uma
histeria coletiva de indivíduos que acusam um comunismo
disfarçado que destruiu a economia do mundo, quando a atual
civilização é majoritariamente construída pela burguesia.

Uma sociedade contemporânea capitalista é aquela que tem sido


criticada por apoiar a alienação da massa, quando a inconsciência
fora ainda maior no passado. No entanto, há uma determinação, na
atual sociedade integrada ao entretenimento em rede, e global, de
que o consciente é aquele que sabe investir seu tempo pelo bem
financeiro. Tal conceito se torna um gerador também da terrível
idiocracia. Quando muitos buscam dialogar, outros muitos se
interessam por rir de coisas banais.

Embora o estabelecimento da iniquidade em que se dissimula não


enxergar, a idiocracia é encarada como um comportamento em que
se prevalece de uma gente mesquinha, mas um dos maiores dos
inimigos do feminismo que pode ser definido como o patriarcado,
pode não ser necessariamente um elemento da civilização que
define idiocracia, mas uma investida de repressão que cresceu
numa corrida evolutiva e que dividiu de forma desigual as
autoridades patriarcais e matriarcais, cujo objetivo fora unir em
irmandade mais os homens entre si.
A idiocracia seria, sob o escopo do feminismo, um comportamento
geral em sociedade, machista, misógino, homofóbico e racista em
que a prevalecência está não só no desconhecimento, mas na
arrogância, bestialidade, preconceito e na estupidez. O cultivo pode
ser do ódio e da repressão, enquanto os indivíduos conscientes
são alvos de ridicularização, independentemente do que a
sociedade impõe, o consciente pensa, uma, duas, três vezes,
quantas vezes forem necessárias. O solidário é aquele que pensa
por melhores resultados coletivos. Os pacientes constroem e
prosperam, os intolerantes obtêm seus resultados comprometidos
e vacilam, arriscam suas vidas por propósitos banais e morrem
mais cedo.

A idiocracia é um comportamento que também parte de um


indivíduo. Não importa a sua identidade e o quanto ela pode lhe
determinar moral, a ausência de caráter pode estar em todos os
meios. Não é por nada que associam os anticristos com os lobos
em pele de cordeiro. Os lobos representam traidores, enquanto os
cordeiros, os leais. Já a lealdade não define caráter, a cristandade
patriarquista e escravocrata envelheceu sobre as terras
manchando sua história de sangue inocente e oprimindo outras
humanidades. Até que um dia despertaram novas gerações que
incluíam também os negros evangélicos, carregando um fardo,
neste chamado bravo novo mundo, fundado pela burguesia, o
iluminismo e o protestantismo, como há de acontecer
esporadicamente com uma ideia de cristandade não-supremacista.

O fardo está na desabilidade dos evangélicos em convencer as


novas gerações de que há fundamento puro de caráter em ser
cristão e sobre o quão incrível é, para ele, sua missão de paz. Os
cristãos de nossa nova era, ora encarados como loucos e
alienados, ora podem parecer pobres miseráveis da atenção de
nossas novas gerações. Em tempos atuais, há muitos convencidos
de que a ética cristã e o instrumento bíblico estão ultrapassados.
Enquanto os abraâmicos suplicavam muito dificilmente pelo perdão
das adúlteras, trocava-se o perdão por suas vidas apedrejadas.

Hoje, o povo vê crimes em massa retratados pelos jornais,


mandados de prisão talvez para aqueles que apedrejam, mas o
adultério da mulher, continua sendo hiper-recriminado, enquanto o
homem adúltero é algo tradicional entre pais e filhos. Há, entre
tantas mulheres, exemplos que já foram forçadas a perdoar seus
homens por infidelidade. Já o homem passivo que vive com uma
mulher adúltera é um estúpido. A importância do perdão é um valor
de essência cristã, mas quantos cristãos, homens, toleraram
aventuras extraconjugais de suas esposas? A resposta é duvidosa.
Toda a evolução dos sapiens, inclusive sobre o senso de moral
levou tempo pra se concretizar, e assim será, por milênios, embora
a ignorância insista em caminhar com a humanidade mais que a
sabedoria.
7. Cristianismo versus feminismo

Como será possível a essência do cristianismo conseguir


ultrapassar os últimos séculos, conquistar a população preta,
impedindo que o feminismo, partido majoritariamente das mulheres
afrodescendentes, ganhasse força e comprimisse a cristandade? A
cristandade teve como veículo o patriarcado de proporção milenar.
Não houve, entre muitos homens, incluindo pretos, o mesmo
consenso, como há na contemporaneidade, de que a vida deles
estava encaminhada ao favorecimento de poucos, como afirma o
feminismo. Seria considerável que a preponderância cristã torna
mais fácil que haja feministas cristãos mais que cristãos
feministas? Feministas, decerto, permitiram-se compreender a
essência da espiritualidade e compaixão cristã. Mas há uma
grande barreira sociopolítica entre conservadores cristãos para que
se componham como cristãos feministas. O conservadorismo é
muito rígido sobre seus princípios mais especificamente
patriarquistas que até cristãos, e dificulta muito a crença de que o
feminismo contribui para suas vidas, e principalmente, homens que
não se interessam na autonomia da mulher. Há muito que se ouve
histórias de pais de família e seu temperamento difícil a respeito
dos anseios de uma filha pela própria autonomia, mas as tristes
ironias da realidade nos tornaram inimigos de nós mesmos, porque
defendemos o machismo, e o machismo consome famílias
enrustindo-se de uma fraternidade que respeita e protege. E assim,
o crime venceu a liberdade da juventude que tenta aproveitar as
noitadas, e infelizmente, há o crime que se permite respeitar mais
que a própria autonomia dos indivíduos, incluindo filhos e filhas de
gerações que tem apelado por suas noites de sextas-feiras
almejando a curtição. A atualidade em que feministas têm mais
liberdade de expressão é um momento de importância também de
famílias que cansaram de alimentar o machismo. Outra triste ironia
é que o cristianismo foi tão passivo de desestruturação que se
permitiu recriar-se através da cristandade patriarcal e escravagista
uma outra essência que fugia de princípios de espiritualidade,
compaixão por todos, e paz acima de tudo. Em tempos antigos,
além da autoridade teocrática e monárquica, nada mais importa, o
pecado, a crueldade pertinente no racismo e no machismo podem
consumir famílias doutras humanidades existentes e permitindo-se
a um sistema em que se mantinha extrema desigualdade financeira
dificultava a sensibilização das autoridades detentoras de poder
monetário que se apavorassem com sua própria vantagem.
8. CRIG: Cristianismo & Igualdade

Há tempo que venho pensando sobre o reconhecimento das outras


humanidades, incluindo mulheres, como fraternos e iguais, isso é,
não questionemos a identidade de cada um, mas representemos
dedicados: humanidade. Quem crê em Cristo, assimila e oferece
da compaixão. Cristo é, essencialmente, o filho não do homem,
mas da humanidade. Para Cristo o que mais importa é o respeito
entre os indivíduos. Amar é legitimamente respeitar. O CRIG:
Cristianismo e igualdade seria dizer ao mundo que nele há de
haver uma essência relevante para aquele mesmo religioso que
rala pra convencer novas gerações sedentas por mais liberdade,
embora seu senso de moral tenha sido ultrapassado com a relação
dos direitos, por exemplo, das mulheres em ascensão, tendo
associado Cristo ao mesmo sistema de opressão que o feminismo
vem lutando pra desestruturar.

De fato, não há como negar que haverá muita dificuldade para o


CRIG separar a essência cristã de uma velha conclusão Bíblica de
que a mulher teria desestimulado a relação de toda a humanidade
com Deus, de acordo com a Gênesis. A tentativa de afastar uma
nova era de Cristandade do princípio abraâmico de que a mulher
foi cúmplice de toda a corrupção enquanto se tem o homem como
vítima, pode parecer ultrajante.

Cristianismo e igualdade é uma mescla de cristianismo com


feminismo? Não, cristianismo e igualdade é a discussão sobre o
que há de mais essencial no cristianismo e até no próprio Cristo.
Cristianismo e igualdade é uma lembrança de que Cristo esteve
entre nós como irmão, e que, mesmo sendo autoridade cósmica,
dedicou um gesto de humildade e sacrifício, presente entre os
homens e mulheres para unir a todos em fraternidade, e
essencialmente para vencer o pecado.

E nesta atualidade, vencer o pecado não depende de sua


identidade ideológica, cultural e sexual. Um homem e uma mulher,
independentemente de sua orientação sexual, e seus
envolvimentos com o conteúdo na nova era, podem ser formados
de mais amor de que pecado, mas o amar é sempre um maior
desafio. Para o CRIG, amar não é só respeitar, mas também
aprender, e não esperar, assim era Cristo. Cristo não espera que a
humanidade o ame, ele realiza o amor. A autoridade cósmica é o
maior aprendiz.

O CRIG crê que o sonho cristão verdadeiro é no respeito fraternal


de um povo que aprende a amar sem possuir,

Que o sonho de um cristão é envolvido na conscientização.

Quando deixamos de lado as bebidas e o sexo,

e os casamentos que jamais se concretizarão de corpo e alma, e


buscamos:

Nos acompanhar de nós mesmos e,

Encontrar nossa própria essência


De criação,

Pois assim acreditavam homens como Chico Xavier e Gandhi,


Que no princípio da cristandade há:

autoconhecimento

E que devemos superar a solidão maior


Que é a falta de si mesmos.
9. Capitalismo comunitário(O modelo do céu)

Enquanto os feministas mais radicais e marxistas vivem um


deslocamento social e político em terras dominadas pela
competitividade e individualismo, o capitalismo comunitário diz
“Saudações”, e pede para que nossos habitantes descubram que
seu mundo é pobre e limitado, mas que a vida tem pressa.

O capitalismo comunitário é um sistema de alto reconhecimento de


todo indivíduo que faz algo de significante. Artistas, oradores,
professores, médicos, filósofos, cientistas e quaisquer praticantes
de obras de valor.

O modelo capitalista do céu é avançado no reconhecimento de


todos os proletários que se empenharam na autodescoberta
ocupacional.

No céu dos capitalistas comunitários ninguém se importa com as


diferenças, porque todos têm o que se precisa.

Enquanto o capitalismo da Terra é, para entusiastas, um mundo de


sonhadores, o céu é um mundo de realizadores, e também de si
mesmos.

No céu não há entediados,


no céu há gratidão.

Acompanhe a parábola do reconhecimento:

Quem vive no cosmos terá prazo para se descobrir aprendiz,


Um pouco menos para se descobrir: aprendizagem.
O sentido de toda a vida cósmica está em aprender,
Todo o cosmos é informação: frutos de luz e trevas.
E os escolhidos hão de descobrir que são filhos de um Pai
E seu nome é urgência,
Sua esposa a paciência.
O reconhecimento leva tempo,
Mas o tempo é dinheiro.
A vida tem pressa,
E a pressa cria e o tempo inteiro!
A pressa cria o tempo inteiro,
Porque conheceu o tempo,
e seu grande amor:
A paciência,
Que em seu ventre:
Gerou seus filhos
A aprendizagem.
E a aprendizagem
era amar. . .

O que é amar se não devoção pela aprendizagem?


E quão difícil é amar, gerá-lo como um filho entre os homens!
Quando o homem é a urgência,
A mulher, a paciência!

E a mulher, que pobrezinha, teve de esperar. . .


Mas também soube aprender e a amar.

Já o homem foi tanto amante de si mesmo


que se descobriu Narcisista!!

E amou mais os outros homens,


E intensificou a urgência,
E a urgência foi tanta,
Que se aprendeu menos,
E se amou menos
Com a paciência e seus filhos. . .
Nasceu a solidão
Que era o desamor.
E o desamor criou a intolerância,
Que causou a morte da aprendizagem.
O Pai que era esperto,
Trouxe o espírito consigo até o céu
E aprendeu muito sobre a tolerância,
E com a paciência, gerou o reconhecimento.
O capitalismo comunitário é a utopia do céu que disse adeus para
o mundo da desigualdade. Todo filho será aprendiz, e com a
aprendizagem, terá reconhecimento nesse sistema. Todos
reconhecerão sua própria gratidão pela existência e amarão o
saber de si mesmo. Os bem-aventurados de todas as Terras são
aqueles que reconhecem o amor, e permitem-se criar antes de
destruir.
10. A cultura do estupro

Ora, se não é o estupro um dos pecados que mais traumatizam


suas vítimas e familiares, sendo as vítimas de maioria mulher
acerca dos 13. Embora haja hoje no livro de leis uma determinada
correspondência de defesa dos direitos sob quaisquer
circunstâncias de assédio e agressão sexual, a instituição do
patriarcado milenar estabeleceu paradigmas de autoridade
masculina abusiva sobre a mulher que perduraram até os tempos
atuais, calando, oprimindo, agredindo e abusando de seus corpos
como forma de alimento sexual.

Infelizmente, mesmo depois de muitos de nós nos reconhecermos


como indivíduos maduros, sapiens, éticos e contemporâneos,
ainda vemos a quem abrace o livro dito sagrado, mas que,
particularmente, sobre os âmbitos morais e de nosso tempo e
espaço, está superado pela nova era. O livro sagrado é tão
ultrapassado que em sua própria fundação abraâmica mal
percebeu que ela é uma catástrofe moral que futuramente puniria
com a morte e cruelmente agredido, crucificado, seu próprio Deus,
indivíduo de classe universalmente favorecida e acima da
compreensão humana que se sacrificava aqui por um gesto de
humildade popular e fraterna. Se até Deus que fundou muitas
civilizações ao lado dos homens sofrerá punições cruéis e injustas
incutidas pelo patriarcado, tendo Ele, almejado, por exemplo, o
perdão das pecadoras, imagine mulheres que vêm sido alvo de
opressão que as mantêm sob silêncio. O mesmo silêncio bíblico
que dificulta ainda mais a injustiça do estupro em que a mulher não
reage e é punida assim como o criminoso.

Nós homens, de forma antiquada e mesquinha, exploramos a


mulher desde a condição da virgindade que é observada como
uma prioridade em casamentos. E contraditoriamente julgamos
quando se comportam promiscuamente e deseja-se mal a mulher
por não ser de alguma forma um meio de suprimento escravizado
do sexo ou consensual. O casamento é, e para muitos feministas,
uma forma de manter a serventia da mulher, no lar, nos cuidados
de seus filhos e também do alimento sexual. Muitos estupradores
estão envolvidos no silêncio familiar, conhecidos que, de alguma
forma, pensam que a facilidade está nas relações mais íntimas.

O abuso sexual é um assunto que, embora tabu, deve ser melhor


observado. Não se deve calar quem sofre e nem culpabilizá-las por
se vestirem da forma que se vestem, nem como agem ou como
falam. Quem tira à força da vantagem sexual é de uma cultura que
capitaliza ao máximo o alimento do crime machista e misógino,
pedofílico e ultrajante. Por isso, tratamos como cultura do estupro
porque a sociedade cala, se cala, ignora e culpa a vítima e a faz
sofrer dobrado, triplicado, de uma memória que a envergonha por
ser julgada fruto de sua vulnerabilidade.

E, ainda na contemporaneidade, homens tiram vantagem das


falhas jurídicas que comprometem a punição desses criminosos,
quando o sistema não oferece reparação por servir mais ao
patriarquismo que a própria lei, em que se generaliza muitos
estupradores como indivíduos que seguem seus próprios impulsos
instintivos naturais acirrados pela sensualidade de suas vítimas. O
sapiens homem é naturalizado estuprador porque o sistema
patriarquista favorece uma determinada autoridade de seu gênero
que vem mantendo a cultura da exploração sexual e do silêncio da
mulher.

O silêncio vai além de toda a ignorância da sociedade que dizia em


tempos antigos:

“Se uma virgem se tiver casado, e um homem, encontrando-a na


cidade, dormir com ela, conduzireis um e outro à porta da cidade e
os apedrejareis até que morram: a donzela, porque, estando na
cidade, não gritou e o homem por ter violado a mulher do próximo”.

Ambos mulher e homem mortos, mas, se a mulher é violada, por


que punimos ela, então? E prioriza-se quando é violação da mulher
de alguém, homem, e, principalmente, senhor, e dotado de bens,
possuindo a existência dela cuja própria autonomia fora fora de
cogitação. Sabemos que o grito somente não fora e nem será
suficiente! Sabemos que muitas se cansam de gritar, porque são
ameaçadas e forçadas sob violência física. E, como há de provar
que se há estupro para uma sociedade que reluta em ouvir a maior
parte dos casos? Muitas desanimam-se, principalmente em
realidades de terceiro mundo e de pretas que, ainda no século 21,
temem expressar-se e lutar pelos seus direitos de defesa de sua
própria integridade. Uma sociedade de antigos apedrejadores que
une mais os homens, e que até as mulheres protegem, e sem
medo de ver uma fraterna abusada brutalmente, e em seguida,
assassinada, sem que haja justiça contra o criminoso. Nos
encontramos, muitos negros, defendendo o patrimônio do
patriarcado supremacista e escravagista, ignorando o feminismo
que floresceu da consciência de suas fraternas, pretas e
perseverantes por seus direitos. O desejo do homem preto de ser
reconhecido humano como o branco, sobressaiu até como
prioridade do respeito às mulheres pretas. Inigualável é a história
impressionante da evolução da sociedade humana e seu sistema
patriarcal, não importa a sua raça, o ser homem sempre se destaca
nas oportunidades de autonomia e o respeito por sua integridade.

Há sempre humanidades no sistema que são mais subordinadas,


ou seja, tratadas como complementares das que prevalecem,
porque, dizia o pensador da educação, Paulo Freire, que:

“O sonho do oprimido é ser opressor”.

As humanidades, do homem somente, detêm um poder de


autoridade, mesmo nos últimos séculos, sendo ainda pais de
família pobres do proletariado que vivem por gerações que
desconhecem ter assumido um papel de opressor e causador do
sofrimento das mulheres, como se a injustiça maior estivesse na
recusa da serventia de todo tipo, como se as mulheres fossem
obrigadas a reconhecer o homem como um indivíduo de
responsabilidades maiores.

O feminismo esteve à sombra de um saber divino que desconhecia


a injustiça sob a fundação d’Ele e sua irmandade de homens com
seus valores morais e sobressaimento de sua autonomia acima
dos direitos de toda mulher.
A cultura do estupro vai além das fundações de submissão da
mulher, do patriarquismo, de uma deidade, mas dessa essência
“falocêntrica”, do machismo egocêntrico, narcisista, em que o
homem se descobre como indivíduo sexual, glorificando conquistas
eróticas, ou de abuso do sexo oposto, e que impõem sobre as
mulheres a ideia de sensibilidade e vulnerabilidade, explorada sob
ordem do silêncio.
11. Lúcifer deseja conhecer e assimilar as sombras

Se conhecemos os homens como filhos de um patriarca celestial,


criador de todo o universo e suas estrelas e Terras, planetas e
planetas, até então, conhecidos como inabitados, e ora
ambicionados pelos novos colonizadores contemporâneos, quando
tratamos do arquétipo de Lúcifer na exploração do saber, o Pai é a
representação absoluta do patriarcado. Os braços políticos de
Deus, fundador da política sapiens, são uma interdependência
entre a esquerda e a direita, o que integra todo o trabalhismo,
capitalismo e a prosperidade de sua civilização sobre a moral,
ciência e tecnologia. O pai do cosmos criou um fruto de saber que
é o universo, mas as sombras do universo político, estavam no
feminismo, na igualdade de gênero, talvez até no matriarcado.

Lúcifer é como um alguém que cansou da realidade em que vivia.


Lúcifer pode ser a essência da revolução.
Lúcifer levou muitos para as sombras, porque a igualdade

Jamais fora plena.

Lúcifer pode ser, como você, Joana D’Arc e suas profetisas, que:
Hoje dizem cada vez mais um NÃO.
E se calam cada vez menos.

Criticando aquele homem que não reconheceu


sua própria fraqueza tentando insistir
de que sua vítima era vulnerável
e que por isso, a culpou!!!

Que, como Lisístrata negou alimentar de estima o homem que já


não exerce a mesma autoridade sobre essas que, ora ainda se
consideram bruxas e, muitas encorajam-se de um poder que vem
de dentro pra fora, e que reforça as luzes de suas irmãs caídas.

Desistindo de casamentos que eram pra libertar a ambos com um


amor inspirador, mas nem os homens amavam o matrimônio.
O matrimônio por si só, fora, por tanto tempo, um valor patriarcal de
estabelecimento de um acordo da ordem do homem sobre sua
companheira mascarado de sonho muitas vezes da mulher, tendo
como fim a serventia em seus lares.

E, hoje, não importa o quão rico ou belo é o homem, o feminismo


florescerá nos corações de muitas Joanas, Marielles e Magdallas,
dizendo também muitos “nãos”, o mesmo feminismo que para
homens míopes de falta de bom senso por sua contemporaneidade
que, era para se reconhecer como a melhor e a que mais respeita
a diversidade, a mais consciente e, a mais escolarizada, compõe
as sombras da realidade mórbida construída como uma Babel da
institucionalização da opressão patriarquista, as sombras pelas
quais anseia esse Lúcifer.

O conto de Deus, Lúcifer e todos os anjos é, para muitos, apenas


uma história e, ficcional, passada de geração para geração, num
mundo conhecido desde os tempos antigos por sua realidade em
que a iniquidade, o ódio, a miséria, a fome, a peste, toda
adversidade e forma de injustiça acontecem enquanto se ouve um
pequeno suspiro de busca por aprendizagem na Terra suprimido
pela ignorância, e ele há de ser além do horizonte de suas antigas
filosofias, isso é, avant-garde.

Já a cristandade contemporânea, surpreendentemente, ainda


mantém laços fortes sobre a fé em um Deus antigo que conheceu,
em sua omnisciência e atemporalidade cósmica, muitas eras,
Terras, o vasto universo, e suas outras camadas que
desconhecemos e, no entanto, não há fato mais monstruoso de
uma autoridade que a civilização patriarcal da espécie humana em
seu ambiente, e pra si mesma.

Muitos de nós ignoram a profundidade da história de Deus, Lúcifer


e todos os anjos, mas asseguram-se causas, e, com nossas
causas, os braços, dessa vez, não de Deus, mas de um coletivo
representando toda a vontade da interdependência sociopolítica,
que, com sua massa, pressiona e desata nós pela direita e pela
esquerda(luz e sombra). O que diz respeito também aos direitos de
igualdade de gênero face a um obstáculo: A Babel da estrutura de
toda a sociedade patriarcal que se eleva até a morte do
matriarcado(a irmandade da mulher). Nossa evolução nos mostra
um nascimento de múltiplos patriarcados em torno do planeta que
convenciam mulheres a lutar pelo interesse que priorizava o
homem. Muitos desses patriarcados incluem os abraâmicos,
asiáticos e europeicos.
12. Os patriarcas mataram o nº 1

Ora se não seria um gesto de humildade cósmica, o primogênito da


luz encarar tantas adversidades ao lado de seu povo. Os céticos
não veem sentido em tal sacrifício, mas a profundidade desse ato
está na importância universal do mesmo indivíduo que contribuiu,
ao lado de sua família, com a criação de todos nós, Cristo,
conhecido também como o antigo Apolo, um deus que sabia muito,
mas não conhecia tudo, porque até os deuses permitem-se a
observar os seus filhos criarem suas próprias criações. A
informação sobre Deus é como um cosmos inteiro que é a
expansão da omnisciência que haverá de ser maior amanhã e
depois. Não há aprendiz maior que Jeová que, mesmo sabendo
tanto, escolhe a inconsciência várias vezes pra aprender com a
irmandade. Não há deus das profecias que não tenha encarnado
sem haver em sua maturidade: seus pensamentos e manifestações
de acordo com sua contemporaneidade, misturada ao colosso do
dessaber. O Deus manifestou-se muitas vezes contribuindo com
sua própria perspectiva e, fundou ao lado de seus fraternos, suas
sociedades.

No entanto, a manifestação de um antigo deus das profecias


mostrou que a formação de seus valores morais mosaicos era
como um investimento direcionado às sombras da evolução da
ética, um em que se observa um estabelecimento de leis que hoje
já são ultrapassadas. Eu, particularmente não defendo o princípio
de apedrejamento coletivo como uma maneira de disciplinar a
população, mas creio que seja uma medida extremista de quem
investe num modelo de justiça que, com certeza, é arcaica e causa
terror.

Não adianta pra Deus, hoje, um muro de lamentações sobre os


próprios pecados, quando o mesmo desperta na Palestina com um
ideal de paz e prosperidade acima de tudo, enquanto é alvo dos
patriarcas judeus com todos os métodos de punição possíveis e
imagináveis tendo como finalidade expurgar o próprio Senhor de
toda a Terra.
Deus diz que sua vida foi sacrificada para aliviar os pecados dos
homens, mas não será um passado de um mesmo deus das
profecias, como a vida de um ser que não conhecia a paz, assim
como todos os fraternos que duvidavam de si? O sacrifício é de
humildade, mas, todo seu sofrimento, pode ser caótico demais pra
um deus que custou a se perdoar. O sangue do patriarca nº 1 foi
derramado sem que pensassem, sem que poupassem de uma
punição extrema e dor além da compreensão. Eis “o pacto de luz”
na consciência dos homens a dizer: nem mesmo o Pai de todos
fora poupado na Terra, e aguardava a misericórdia, não dos
homens cruéis a quem não se deve esperança, nem respeito, mas
do céu, a paz do espírito santo.

Um deus que representa os homens, e diz que está prestes a se


sacrificar para aliviar nossos pecados, e não só pagar com sangue,
mas nega a si mesmo até privando-se de sexo. E o passado dos
deuses? Não fora sexual? Feministas sabem que os mais
arrogantes dos deuses estupravam. Os mitos têm passagens de
perseguição e abuso da mulher. Moisés, o profeta, tempos depois,
implica em leis severas contra o estupro, mas as punições incluíam
também vítimas. Já Cristo, acreditava no perdão dos pecadores, e
rechaçava a punição por apedrejamento, ou seja, o que querem as
deidades além da aprendizagem, com seus profetas, afinal? Deus
é sempre o mais consciente? E se é, por que não privou a
humanidade de seus mesmos estabelecimentos de punições tão
severas, como era o apedrejamento, que o próprio Jeová
rechaçou? Por que a inconsciência era tão necessária? Seria mais
um gesto de humildade? Pois permitir-se ser quem estrutura os
meios de justiça que punem seu próprio Senhor, tendo esses meios
como errados diante de sua visão, leva a crer que o Deus não
amoleceu o coração sobre suas decisões, mas estava inconsciente
sobre a melhor escolha, e por isso mais de um profeta.

Portanto, distribuiu-se múltiplas visões de moral e justiça:

A mosaica
A cristã
A islâmica
As encarnações ora têm decisões parecidas, mas embora as
fundações fossem todas abraâmicas, descobrimos que cada
profeta é dissociado de seus antepassados. Ora visto como infiel,
farsa, e o desprezam até os últimos tempos, dizendo: esse profeta
não diz respeito a nossa vida!

Há um tempo eu pensava que seus trabalhos seriam uma espécie


de fundação que acompanhava uma evolução moral, mas o que
ocorre não é uma evolução, mas uma separação de gerações
atemporais em senso de moral e justiça, porque quando tornamos
o escopo sobre as terras menos tomadas pela sociedade
capitalista e ocidental fundada pela burguesia e pelo iluminismo,
mantêm-se, por exemplo, em regiões do oriente médio, seus
mesmos meios de consulta, doutrina e execução das ordens e não
se aceitam como legitimamente ultrapassados.

Os profetas são como cartas de um baralho, com seus respectivos


valores, alguns mais próximos que os outros, ou mais distantes,
considerando que, cada carta abraâmica implica numa decisão,
envolvendo um povo em sua contemporaneidade que desconhece
a relação das cartas com o mesmo conjunto posto sobre a mesa.

O que importava era postar as cartas, causando uma mistura de


valores, isso é, uma diversidade de autoridades patriarcais que
teve e terá muitas vantagens sobre o matriarcado suprimido que há
quase oculto entre nós.

Consideramos a carta da Joana D’Arc uma carta feminista, e seu


valor é impressionante para quem crê em sua causa igualitária.

Sua carta é de valor inspiracional, motivada por Cristo e seu povo,


diferente de muitas outras de valor patriarquista de imposição de
dogmas sobre os homens e mulheres.

Seria a carta de um Deus misericordioso misturado a um baralho


com personagens impiedosos, um convite para outras diversidades
morais, como a sociedade de homens como Martin Luther King,
para muitos, um homem de Deus, e para outros, do pecado, assim
como muitos de nós.
Mas o pecado maior está no anticristo que: causa discórdia, aliena
e julga com um propósito de se passar por homem de Deus.

Uma carta de anticristo é como Hitler.

A carta do anticristo enfraqueceu, com o passar do tempo, o olhar


de nossas novas gerações sobre a cristandade.

Ateístas, feministas, cientistas, comunistas, muitas sociedades


dizem NÃO ao jogo inteiro que aposta “Quem é que tem mais
moral”.

Quando é que o jogo de valores vai deixar de ser uma aposta


sobre um planeta cujas sombras duma vasta ignorância teve Deus
também como vítima, embora não na mesma escala?

A história de Deus não é somente cósmica, mas também:

N E B U L O S A.
13. Há feminismo em homens?

Muitas mulheres vêm discutindo sobre o movimento de igualdade


de gênero como um movimento que diz respeito também aos
homens, e que muitos desses não reconheceram a verdade em
que feministas despertaram.

Houve, portanto, um esforço delas sobre a filosofia para que hoje,


eu dissesse que:
Há ausência de liberdade plena e da consciência do mal do
individualismo e
Há falta de autonomia financeira de muitos de nós,
vítimas da desigualdade.

Nos conscientizamos de que:


O feminismo do homem há de ser o mesmo da mulher,
O movimentar-se sociocomportamental de quem crê que
Sobre todas as coisas, há de haver uma percepção de
transformação coletiva,
E assim há menos individualismo.

Eu sei que muitos homens conservadores se sentem no mínimo


estranhos pela ideia de representantes do sexo masculino se
considerarem feministas, e que isso, vindo desses, é, para eles,
como falta de amor próprio!

Mas como, nós, homens, hemos de respeitar até a nós mesmos se


priorizamos D I N H E I R O como único salvador?

No entanto, a mudança de um modelo de individualismo, só


passará a ser significativa se partir do individual.

O servo do patriarcado só passa a ser feminista quando a filosofia


dos últimos tempos se torna para ele um enriquecimento de
habilidade de discussão e reflexão.

Embora asseguremos que o feminismo é igual para todos,


Há quem diga que a mulher por si só é o feminismo, ou seja,
vê-se por toda parte: família, e isso inclui respeito por nossas
fraternas, irmãs, mães e todas as outras, nos lares, nos bares, nas
praças, por toda parte.
Mas e quanto aos homens???

Paz, honestidade e respeito:


assumimos responsabilidade por esses pilares.

Já se lembrou de quantos momentos deixou de ser família?

E o casamento? Embora não sejam só feministas que tenham algo


a dizer contra essa cultura, muitos homens machistas, ainda
casados, criticam e zombam de seus próprios matrimônios, e vivem
como se estivessem presos em relações que, na verdade, não
veem necessidade de se manter.

Casamento não é para céticos.

Casamento é para aqueles que se realizam com seus cônjuges


através da inspiração matrimonial, sua experiência de amizade e
privacidade com alguém especial e que admiramos.

O termo “casamento” é, para muitos, perda de tempo

Porque é, para eles, limitação,

jamais libertação!

Utópica é a relação que nos inspira e


com quem devotamos nossas vidas com paixão.

Mas, sendo homem, feminista ou não,


A favor ou contra o casamento,

A nossa relação com a mulher demanda AMIZADE.


Não ser amigo apenas, se assumir como amigo de verdade
E esquecer a amizade!

A amizade é construída de respeito à integridade moral e física.


Quando há amizade: não estamos aqui pra posar de protetores de
donzelas, dum sexo frágil e que se deve observá-las somente
como coitadinhas e não como lutadoras!
Não detemos como troféus, nós libertamos com o respeito.
Não deixamos de passar bons momentos e,
Nós aprendemos muito sobre a dificuldade em amá-las
Mas sequer odiamos o que somos!
14. A relação do feminismo e a comunidade

O feminismo é o movimento coletivo que tem como objetivo


também educar e se envolver na descentralização hegemonista
dos saberes e culturas, e o erradicar do etnocentrismo, do racismo,
da homofobia e do machismo, pelo bem de toda comunidade.

Porque o feminismo não é quem vive a tratar das próprias feridas,


feminismo não é solidão.

Ele é o movimento que dedica a toda diversidade humana uma


busca de equilíbrio.

O feminismo não é como coelhos esquivos,


ou gatos traiçoeiros,
Ele é expressado de corpo e alma!
E não dissimula suas intenções,
Ainda que pressionem com suas autoafirmações de que:
São netas das bruxas que não conseguiram queimar!
E dizendo também que são vilãs!
Ora, se não somos homens também vilões, e muitos bruxos,
Ilusionistas e selvagens. . .
Ah, se ao menos nossas vidas não fossem arriscadas por causa
dos vacilos de quem se integra mal à comunidade e sua
diversidade natural. . .

Mas não me refiro aos homens que se convencem


de que sua paz está na desordem,
Mas quem se ilude de que está acima de toda lei.
E desconhece o sentido do coletivo e sua interdependência,
E vacila assim como aqueles que julgou.

O mais pobre de todos os homens só tem uma escolha: vingança.


Mas sequer aqueles que vivem sem um tostão são sempre os mais
pobres. Porque a pobreza maior vem dum coração amargo que
tenta se divertir, dizendo que é salvador da pátria, quando é
totalmente o contrário e seu objetivo é favorecer somente à elite.
O anticristo: inimigo de todas as comunidades.
Mas você, feminista, seja luz, se crê na luz!
Você que jura que não odeia a nós, homens,
E que diz que Deus mimou seus filhos e te castigou,
A filha desmamada de Vénus, com a iniquidade.

Você que ouve o termo “anticristo”


E logo lhe vem más impressões..
Pensa também que é toda amaldiçoada por ser mulher,
E, mesmo que seu luto represente nenhuma obscuridade,
De uma Viúva Negra que empurra pra bem longe o preconceito:

Um luto de quem já viu de tudo!


E diz que o sexo não é seu barato.
E que seu prazer está nos livros,
Na poesia, na filosofia,

Enquanto o inimigo é só ignorância: fissuras da comunidade.

A superação de tais fissuras demanda:


Relações de trocas de aprendizagem
(Mais senso comunitário)
E não em nosso esforço de contar somente: as cicatrizes.
Não se silencie, portanto, nem mesmo teus pensamentos,
Pois o bom pensa por todos, tal como faz o filósofo mais brilhante
de nosso tempo!
Tal como a feminista que presenciou:
Tantos abismos da imoralidade
Até nos lares,
Há de instigar o senso crítico em nossa juventude
Pra você que despertou e não importa por onde anda,
E vê mais trevas do que luz!

Mas só por que somos distantes,


Não determina que não há troca.
Como a luz de uma estrela no horizonte
Que ouvirá cantos sobre a sua história.
15. A feminista assexuada versus o homem carente

Diana era uma senhorita muito estudiosa que adorava cantar e


cursava uma faculdade. Ela era uma mulher um pouco solitária, e
às vezes perdia o dia com seu sono excessivo. Um de seus
amigos, o Pedro que, havia se enroscado num supletivo por anos,
era muito mais carente e sedento por experiências sexuais que ele
não fazia ideia de como conquistar. Pedro, assim como muitos
homens que passaram pela vida de Diana, era só mais um
coadjuvante, diferentemente de Kennedy, um “crush” de Diana que,
morreu jovem de acidente vascular cerebral. O pai de Pedro que,
era preocupado com seu filho que tinha a saúde mental
comprometida, apresentou Diana, uma jovem interrompida por sua
perda. Diana sofria também de transtorno bipolar e se queixava de
momentos de improdutividade. Pedro que tocava piano, mas sofria
de um transtorno paranoide, logo se identificou com ela que não
almejava nenhum romance com a maioria dos homens, nem
mesmo relações casuais.

Sexo, para Diana, uma feminista, era como um vinho seco e


barato, tinha para ela gosto ruim, e que ao consumi-lo, acordava no
dia seguinte com desconforto. Diana detestava o sexo. Ela gostava
mesmo é de cerveja, enchia a cara, falava um bocado de besteirol
pros amigos no celular, mas se tinha alguém que ela levava a sério
mesmo era seu pai, comunista, já falecido, e que era para Diana,
uma grande influência. Ela adorava ler e conversava muito sobre a
vida de Frida Kahlo, Lula, Dilma Rousseff e Guevara. Seu mais
novo amigo, Pedro, um rapaz que, embora simpatizasse com o
feminismo de Diana, lamentava muito não ter a quem o suprisse de
afeto. Ele, assim como muitos outros amigos de Diana, notava que
ela era absurdamente apaixonada por seu amigo falecido chamado
Kennedy. Ela dizia: — “Jamais conheci homem mais puro e gentil!”.
Kennedy era, para Diana, sua única luz, e jamais seria feliz sem
ele. Ela conversava inúmeras vezes com a mãe do amigo falecido
por quem era apaixonada, relembrando dos momentos em que a
cativava com sua gentileza. Diana se lembrava das vezes em que
apanhava da família, dizendo que ninguém a compreendia, e
ouvindo deles que era uma vagabunda que não sabia dar valor pra
quem tentava ajudá-la a sair da fossa. E Pedro que ouvia seus
problemas de vez em quando, pensava que aquela era mesmo
uma mulher desafortunada e que não podia ajudá-la com quaisquer
gestos afetivos que ele tentasse, porque Diana dizia que não tinha
o mínimo de interesse pelo romantismo. Com o passar do tempo
em que Diana e Pedro ainda eram amigos, descobriam que sua
relação não era lá das melhores.

Embora tivessem muitos sonhos em comum, o que importava mais


para eles era falar sobre o quão difíceis eles eram um para o outro.
Enquanto Diana queria a amizade, Pedro queria afeto. Os dois
sabiam como ferir um ao outro. Diana começou a evitar Pedro, mas
vivia pedindo favores. Não só para ele, mas até para seu amigo
gay com quem ela tinha uma amizade colorida. Então, Pedro
descobriu-se azarado: estava apaixonado. Declarou seus
sentimentos por Diana, igual a muitos outros amigos que
descobriam que o maior prazer estava em abandoná-la. Ela
sempre rompia os laços de amizade com alguém, e sempre pelo
mesmo motivo. Chorava de tristeza pelo seu amigo morto, mas não
topava carinho com heterossexuais. Vira e mexe estava ela tirando
fotos com seu amigo gay que dizia: — “menina, você é tão bonita,
como é que ainda não encontrou ninguém?!”. A mãe de Kennedy
dizia o mesmo.

Mas ela continuava a magoar os amigos que, sentiam-se atraídos


por ela, mas jamais conseguiam conquistá-la. Seu pensamento era
só no amigo falecido, e passava momentos fazendo desenhos
dele, algo que ela adorava e a mantinha inspirada, mesmo depois
de sua perda. Pedro que notara que sua amiga era irritante para
muitos amigos e familiares, embora sensibilizado pela forma com a
que ela se comportava, chegou a concluir que a mulher era “caso
perdido”, e teve, no entanto, interesse em tentar compreender o
lado da garota interrompida e feminista.

Pedro percebeu que o maior problema estava na sua vida isolada,


e não em Diana. Pensando que a maior vantagem entre homens e
mulheres estava na amizade, e que, infelizmente, Diana não era
boa química, já que ambos só serviam de psicólogos baratos que
não tinham o mínimo interesse em suprir as necessidades um do
outro. Pedro continua descobrindo enorme interesse em feminismo,
embora tivesse concluído ter dificuldade em amar as mulheres de
verdade.

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