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LIMPO
São Paulo
2019
LETICIA TAQUENCHI PEDRUZZI
São Paulo
2019
LETICIA TAQUENCHI PEDRUZZI
Aprovado em:__________________
BANCA EXAMINADORA
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A minha mãe agradeço pelas contribuições e auxílios que agregaram grandes valores a
minha parte teoria, ao meu pai por todas as vezes que correu para me ajudar e ao Duane por
não me deixar cair.
Por fim a minha orientadora, por seus conselhos que guiaram minhas escolhas.
“[...] Não é sobre vencer, é sobre não desistir.
Se você tem um sonho, lute por ele... Não é
sobre quantas vezes você foi rejeitado, caiu e
teve que levantar. É quantas vezes você fica em
pé, levanta a cabeça e segue em frente."
The architecture of mental health has been taking space, due to the great
increase of people with diverse mental disorders, the need arose to create spaces
specialized in the health area that potentiates the improvement of the patient
considering that the physical environment directly changes the behavior of the patient.
The objective of the research was to create Clínica Mar, a clinic where patients feel
welcomed and protected, using as a basis the architecture of mental health,
psychology of colors and size of environments, adding the principle of the environment
bringing a quality of life.
Figura 65 - planta para LTA do Vila Vida. Fonte: Target Arquitetura. ............................ 88
Figura 67 - Hospital do Aparelho Locomotor. Fonte: João Figueiras Lima Lelé, 2000. .. 89
Figura 68 - Localização. Fonte: Acervo pessoal com base no google maps. .................. 91
Figura 71 - Mapa de Usos. Fonte Acervo pessoal, com informações do google maps. . 94
Figura 80 - Frente vista pelo outro lado da rua. Fonte: Tirado pela autora no local. .... 98
Figura 81 - Lateral direita do terreno. Fonte: tirado pela autora no local. .................... 99
Figura 84- Plano de massas em zoom. Fonte: acervo pessoal. .................................... 107
Figura 85- Plano de massas com vista inteira do terreno. Fonte: Acervo pessoal. ..... 108
Esquizofrenia ................................................................................................ 30
2.1.5 Afasia..................................................................................................... 35
Depressão ..................................................................................................... 36
Ansiedade ..................................................................................................... 38
Bipolaridade ................................................................................................. 40
Borderline ..................................................................................................... 42
Transtorno Psicótico..................................................................................... 44
Índices .......................................................................................................... 55
Diagnóstico ................................................................................................... 90
7 Conclusão.......................................................................................................... 137
Introdução
Espera-se com o estudo poder criar um ambiente com arquitetura que favoreça no
tratamento de diversos transtornos, trazendo um ambiente acolhedor e familiar, que possa
oferecer atividades diversificadas que geralmente, na correria da vida cotidiana, a maioria
das pessoas não têm acesso ou simplesmente deixam de fazer pelo cansaço do dia-a-dia;
tendo áreas agradáveis, aconchegantes e diferentes, que visa suprir a necessidade dos
pacientes favorecendo a reinserção ao ambiente social.
O espaço terá o convívio social como principal meio do projeto, pois é indispensável
fazer com que o paciente se sinta igual aos demais, sem a opressão peculiar encontrados nos
tratamentos convencionais, fazendo-o sentir-se livre, confiante, acolhido em um ambiente
não traumatizante.
Segundo Capítulo menciona todos os distúrbios mentais que a Clínica tratará, definindo e
explicando cada um dos sintomas que os pacientes apresentarão tal como sua influência no
projeto. O Terceiro Capítulo relata os Estudos de Caso realizados, descrevendo a Casa do Sol
localizada no IMAS, o hospital psiquiátrico Kronstad e o Valdemars Have. Por fim o Quarto
Capítulo inicia o Projeto da Clínica Mar, onde serão descritas sua localização, conceito e
partido arquitetônico, apresentará todo o desenvolvimento do projeto até sua conclusão.
Clínica psiquiátrica – Arquitetura da Saúde Mental 23
1 Ambientes Psiquiátricos
O ícone escolhido para este capítulo foi o símbolo de uma casa, representando o
ambiente, dentro do ambiente há a representação de uma pessoa sentada com algum tipo
de transtorno mental que é representado pela mistura de cores, simbolizando a mistura de
pensamentos e sentimentos.
O termo psiquiatria surgiu no início do século XIX, sendo parte dos processos da
Revolução industrial, a partir daí a loucura começa a ser vista como um desvio de padrões de
normalidade aceitos pela sociedade, assim começa a surgir as edificações próprias para
pessoas portadoras de doenças mentais, até então os espaços destas pessoas eram os
mesmos destinados aos criminosos, mendigos e outros doentes em geral.
Destaca se ainda neste período o médico Philipe Pinel (1759/1820) que foi o diretor
do manicômio Bicetrê localizado em Paris, onde em 1798 obteve autorização para a
libertação dos asilados que ficaram acorrentados durante 30 anos, surgiu-se então uma
forma distinta de tratar a loucura agora preocupada com a questão moral do indivíduo e
com um caráter terapêutico observando-os e assim classificando as doenças, então “[...]
definem, pela primeira vez, a dimensão psicológica da psiquiatria (a primeira revolução
psiquiátrica no sentido da evolução científica), introduzindo lhe um sentido moral e de
liberdade [...]” (FONSECA, 1997, p.58).
Clínica psiquiátrica – Arquitetura da Saúde Mental 25
Após a Segunda Guerra Mundial surge a Reforma Psiquiátrica que repercutiu no início
em comparação com os campos de concentração nazistas em relação ao desrespeito dos
direitos humanos.
Em 1852 foi inaugurado o Hospício de Pedro II no Rio de Janeiro que foi a primeira
instituição psiquiátrica do Brasil, que era administrada pelas Irmãs de Caridade.
Em 1903 o país estava em uma situação insalubre com episódios constantes de febre
amarela, cólera e outras doenças, o que o fez passar por um processo de higienização,
retirando os cortiços e favelas onde estavam as maiores concentrações epidêmicas, a partir
de então a psiquiatria passa a adotar:
Em abril de 2001, o Projeto de Lei de Paulo Delgado intitula-se como Lei Federal
10.216, onde no:
Em julho de 2003 surge a Lei 10.708, conhecida como o programa “De volta para
casa”, onde:
Em 2002 foi publicada a Portaria/GM nº251 que “Estabelece diretrizes e normas para
a assistência hospitalar em psiquiatria, reclassifica os hospitais psiquiátricos, define e
estrutura, a porta de entrada para as internações psiquiátricas na rede do SUS e dá outras
providências”. (Saúde, 2007).
Clínica psiquiátrica – Arquitetura da Saúde Mental 29
Desta forma observamos que no Brasil a rede de locais voltadas a pessoas com
transtornos mentais começa a surgir em 1852, isto é há 71 anos atrás (a partir do ano atual
2019), temos então um histórico novo, e em pouco tempo foram criadas algumas formas de
melhorar estes locais. Hoje 18 anos após o início da Reforma Psiquiátrica que começou com
a Lei Federal 10.216 citada anteriormente, ainda existe manicômios que continuam sendo
um problema no Brasil. Por fim foi passado rapidamente a evolução da história dos hospitais
psiquiátricos e no próximo capítulo entenderemos os transtornos mentais que podem levar
uma pessoa a ficar em uma Clínica psiquiátrica.
Clínica psiquiátrica – Arquitetura da Saúde Mental 30
A Clínica Mar tem o intuito de ajudar na recuperação dos pacientes, quais são as
recuperações atendidas? Pois bem, há a recuperação psiquiátrica que faz a internação caso
o paciente apresente algum risco tanto para si mesmo quanto para outras pessoas o que o
dificulta viver em sociedade. Assim há os transtornos: psicótico, de personalidade ou
bipolaridade, borderline, depressão, esquizofrenia e entre outros.
Esquizofrenia
Clínica psiquiátrica – Arquitetura da Saúde Mental 31
2.1.1 Apatia
Clínica psiquiátrica – Arquitetura da Saúde Mental 32
2.1.3 Agnosia
A palavra Agnosia vem do grego e significa “não saber” logo pacientes que
apresentam Agnosia possuem a incapacidade de reconhecer objetos em geral e pessoas é
definida na sentença socrática "Só sei que nada sei". Os sintomas que os pacientes
apresentam dependem de onde o cérebro foi lesionado, para determinar se a pessoa possuí
ou não agnosia os médicos mostram objetos comuns e a pessoa deve identifica-los por meio
dos sentidos de visão e tato.
“As vezes eu não tenho certeza para onde devo ir. Eu me perco o tempo todo”.
(Anne, sofre de Agnosia espacial)
2.1.4 Apraxia
A pessoa entende a tarefa que precisa realizar, porém não consegue realiza-la e
assim tendem a realizar movimentos para encurtar a tarefa. Há vários tipos de apraxia como:
apraxia onde a pessoa não consegue se vestir corretamente, apraxia que afeta a face ou a
fala, que interferem os sons linguísticos, e movimentos em geral.
Clínica psiquiátrica – Arquitetura da Saúde Mental 35
2.1.5 Afasia
Os pacientes possuem afasia com causadas por lesões cerebrais no lado esquerdo do
cérebro, principalmente em regiões próximas as têmporas e frontais onde a maior parte da
população possui as redes neurais que são responsáveis pelas funções cerebrais da
linguagem.
Tipos de Alterações
Tipos de Afasia
Fluência Compreenção Nomeação Repetição
Broca X X X
Wernicke X X X
Global X X X
Condução X X
Anômica X
Motora X X
Transcor-
Sensorial X X
tical
Mista X X X
Tabela 1 - Tipos e sintomas de afasias. Fonte: Elaborado pela autora a partir de dados de https://www.einstein.br/guia-
doencas-sintomas/afasias. Acesso em: 28/06/2019.
A tabela 1 mostra os tipos de afasia e as alterações em cada uma sendo que o “X”
representa a incapacidade e o “” a capacidade.
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2.1.6 Amnésia
Depressão
A depressão é um distúrbio que causa uma grande tristeza, perda de interesse, falta
de apetite, falta de ânimo, ausência de prazer e oscilação de humor, que podem ocasionar
ou não pensamentos suicidas. A depressão precisa de acompanhamento médico tanto do
psicólogo quanto do psiquiatra, para se adquirir um tratamento e um diagnóstico
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Fatores genéticos;
Neurotransmissores alterados;
Eventos traumáticos;
Doenças crônicas;
Abuso de substâncias químicas;
Efeitos colaterais de medicamentos;
Acúmulo de estresse.
Exercícios físicos;
Técnicas de relaxamento;
Religiosidade;
Are-terapia;
Lazer;
Boa qualidade de sono;
Alimentação saudável;
Prevenção de doenças, se existirem.
por todo canto, mas sim observar reações, ações diferentes, falas que podem ter algum
outro sentido ou que não fazem sentido e procurar porque ele disse isto, atos inesperados,
manias diferentes entre outras. Desta forma, um paciente que apresenta depressão precisa
de um espaço que o faça interagir com o meio, e que não o faça se sentir preso e vigiado,
trazendo um local seguro e interativo, com atividades que o mantenha ocupado afim de
minimizar pensamentos ruins que possam vir a aparecer, pavimentos térreos são ideais para
pacientes com depressão, pois o pensamento suicida é algo que pode vir a acontecer.
Ansiedade
locais para relaxar são fundamentais, pois pacientes com este tipo de transtorno não
conseguem descansar, assim o tratamento com medicamentos e, ou terapia é fundamental
para a melhora, após vir a agitação um local para relaxar e que o faça diminuir a frequência
cardíaca acelerada é fundamental. Interação com a natureza o uso de verde e azul na
edificação acalmará o paciente, ajudando na sua recuperação, além da interação com outros
pacientes para que não se sinta sozinho e com medo.
Bipolaridade
O polo eufórico ou polo da mania, faz o paciente se sentir quase como na ansiedade
citada anteriormente, se sentindo alegre, eufórico, autoconfiante, hiperativo e falante,
ainda pode apresentar sintomas parecido também com o psicótico apresentando falta de
avaliações em quaisquer situações principalmente de risco, delírios de grandeza, aumento
da libido e atividade sexual, e pode se irritar facilmente.
Angústia;
Ansiedade;
Apatia;
Culpa;
Descontentamento;
Euforia;
Mudanças súbitas de humor;
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Perda de interesse;
Raiva;
Tristeza.
Agitação;
Agressividade;
Autolesão;
Choro Excessivo;
Hiperatividade;
Impulsividade;
Irritabilidade.
Ansiedade;
Depressão;
Episódios maníacos;
Excesso ou falta de sono;
Fadiga;
Ganho ou perda de peso;
Inquietação;
Paranoia.
Borderline
Agressividade;
Alterações de humor;
Autoimagem distorcida;
Automutilação;
Baixa autoestima;
Comportamento suicida;
Descontrole emocional;
Emoções intensas;
Imprudência;
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Impulsividade;
Relações instáveis;
Sentimento de abandono;
Solidão;
Tendências compulsivas;
Este transtorno é uma condição mental complexa e grave, pois os sintomas são
sempre instáveis e podem vir de um modo súbito, desenfreado, caótico e avassalador,
acontecendo a qualquer momento. Os diagnósticos são compreendidos por um padrão de
instabilidade em relações interpessoais, onde os fatores externos são o principal gatilho para
que os sintomas aconteçam, e também podem ser realizados em conjunto com fatores
internos (sentimentais).
Desta forma o paciente precisa de um ambiente onde possa se sentir acolhido, que
não ofereça riscos e que o faça ficar ocupado na maior parte do dia, além de precisar de
locais externos para interação com o ambiente e de locais internos que o façam se sentir
mais calmo, não dando a ele a sensação de estar em um hospital, pois o mesmo pode
associar este fato com algo ruim e ocasionar alguma crise momentânea.
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Transtorno Psicótico
Abstinência de Álcool;
AIDS;
AVC;
Cistos no cérebro ou tumores cerebrais;
Depressão grave;
Doença de Alzheimer;
Epilepsia;
Estresse psicológico;
Infecções e Canceres do sistema nervoso central;
Insuficiência renal ou hepática;
Lúpus;
Privação do sono;
Sífilis;
Transtorno bipolar;
O abuso de drogas e álcool são o principal gatilho para a psicose e esse tipo de
doença pode surgir em qualquer idade. Os sintomas mais frequentes em pacientes
com este tipo de transtorno são:
Clínica psiquiátrica – Arquitetura da Saúde Mental 45
Agitação;
Alucinações;
Delírios;
Fala incoerente;
Vimos então que ao todo os pacientes com os transtornos citados anteriormente precisam
de espaços aconchegantes, estimulantes, livres, que os façam recuperar e perder energia,
que os façam interagir tanto com o meio quanto com as pessoas ao redor, ambientes claros
e que não os traga sensações de perigo, vamos entender agora como funciona a mente
conforme os estímulos ambientais e sensoriais.
Clínica psiquiátrica – Arquitetura da Saúde Mental 46
3 Psicologia Ambiental
A primeira caixa é o local onde guardamos coisas que não sentem (coisas mortas),
como anéis, bolsas, copos e objetos diversos; já a segunda caixa é o local onde colocamos
coisas com sentimentos (coisas vivas), como animais, familiares, problemas, soluções entre
outros.
Neste caso, a casa representa não somente um abrigo, um espaço físico a ser usado
para o desenvolvimento das tarefas de necessidades diárias; mas também como um
ambiente pensado para suprir um conforto psicológico, emocional e físico em harmonia. Na
1 Pleroma: Refere-se à totalidade do poder Divino, também pode representar a plenitude em contextos
teológicos cristãos.
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Psicologia Ambiental estuda-se a relação espaço x usuário, enfatizando que esta relação
pode ser sinomórfica2. Este estudo é um campo que pode ser considerado recente,
passando a ser mais intenso a partir dos anos 60, quando surgiram congressos, conferências
e seminários que tratavam deste tema e oficializaram-no como disciplina. Sua base possui
caráter multidisciplinar, que engloba história, antropologia, biologia, sociologia, psicologia,
arquitetura e geografia; que, de certa forma, trabalham no linear entre o ser humano e seu
meio físico.
2
Sinomórfica - Adjetivo empregado ao ambiente quando este possui componentes, regras e propósitos que
estão em harmonia com o comportamento exteriorizado do ser humano, ou seja, ambiente e comportamento
estão em uma relação de simbiose.
Clínica psiquiátrica – Arquitetura da Saúde Mental 49
Estimulos do meio
• Meio Físico
• Elementos objetivos
Percepção
• recebimento/obtenção, Seleção, Transdução
• Elementos objetivos e subjetivos
Consciência
• Tratamento
• Elementos subjetivos
Comportamento
• Ação
• Elementos Subjetivos
Fluxograma 1 - Etapas de relação entre usuário e ambiente. Fonte: Elaborado pela autora com dados de OKAMOTO, 2002.
A etapa final é o resultado das duas etapas anteriores transformadas em ação, que
submete o controle do sujeito e assim decorrera ao comportamento que fora tomado
(sendo então o elemento subjetivo).
Entretanto para Gibson (1996) o meio ambiente terrestre é constituído por constantes que
dominam a conexão entre o ser humano e seu ambiente. Sendo elas:
I. Forma rígida da terra – que fornece suporte para a permanência e o movimento nas
relações espaciais, permitindo a percepção da localização, das formas e dos
tamanhos;
II. A Gravidade – que estabelece os planos verticais e horizontais, proporcionando os
movimentos e a posição vertical;
III. As Radiações eletromagnéticas – que pelo meio da luz e da temperatura, comandam
os ciclos dia e noite que exercemos em nosso ritmo de vida e de comportamentos.
IV. A luz – que evidencia todas as formas através da reflexão. Sendo dividida entre a luz
do ambiente (relacionado aos elementos naturais- Sol e Lua) e luz radiante;
V. O ar – que é o meio que transmite um fluxo de ondas eletromagnéticas, de vibrações
e outras informações, permitindo-nos o deslocamento no espaço.
Há, assim, numerosos estímulos energéticos nos rodeando, originado do meio ambiente
em que vivemos. Imagina-se então um campo repleto de diversas energias das mais variadas
que formam e aumentam em sua maioria as ondas de naturezas energéticas e, os seres vivos
são como receptores e captadores de todas estas ondas energéticas. É através da percepção
que o ser humano busca o conhecimento, por meio dos sentidos, dos ambientes, dos
objetos ou de situações que ocorrem ao seu redor. Todavia este ato está desassociado da
condição humana. Sendo assim o ser humano não pode analisar uma percepção fora de um
contexto de tempo e espaço. Sendo o contexto tempo e espaço condicionantes do processo
de percepção da condição humana.
Os órgãos dos sentidos possuem células que são responsáveis por receber,
selecionar, transformar e transmitir informações a todo o sistema nervoso do indivíduo.
sendo um o auxílio de outro nas informações geradas e enviadas ao cérebro, agindo como
um só.
Os sistemas:
espaciais e objetos que estão em sua volta. Assim possuímos contornos e silhuetas
de um modo de visão geral e os detalhes só são observados numa segunda visão em
um outro momento (quando a atenção não é mais geral e passa a ser direta). O
modo de visão geral equivale a uma visão superficial trazendo apenas a aparência
externa da forma. Segundo Okamoto (2002) distinguimos a visão em três níveis
gradativos: o primeiro é a configuração dos objetos e dos seres (visão geral que
muitas vezes não é nítida), a segunda é a visão de volume, dita pelo jogo de luz e
sombra (onde temos a sensação do que está próximo ou não), e a terceira que é a
sensação do peso, pela textura e padrão (onde já temos os detalhes do nosso objeto
e textura do mesmo). Existe também a tridimensionalidade que é percebida através
da visão estereoscópica disponibilizando a noção de volumetrias e a eletromagnética
que aumento ou diminui a quantidade de luz aos olhos humanos, com uma faixa de
luz ultravioleta ou infravermelha.
Sistema Paladar e Olfato – São os sentidos que possuem recordações guardadas em
nossa memória por tempo indeterminado, pois o ser humano está frequentemente
ligado a vários odores, fato este que ocorre porque a respiração ou o ato de respirar
não pode ser interrompido ou pausado igual aos demais sentidos quando ocorre o
ser humano morre. “Os cheiros atraem, repelem, excitam, causam ojeriza ou repulsa
nas pessoas. Generalizando, também se pode dizer isso de um ambiente. É a
primeira impressão de compatibilidade. Pelo olfato estabelecemos o contato efetivo
com o mundo, sem necessidade de intérprete.” (OKAMOTO, 2002, p.126). O cheiro
de alguém pode transmitir diversos sentimentos como simpatia ou repulsa ou até a
personalidade do indivíduo. Afeta o humor e causa alterações comportamentais.
Entretanto o seu aspecto mais importante é o que se liga a memória do ser humano,
pois o cheiro pode reavivar diversas sensações, lembranças e comportamentos, nos
fazendo relacionar uma determinada situação a um determinado aroma ou odor.
Nos dias atuais o ser humano prioriza a desodorização dos ambientes e faz deste ato
algo constante no cotidiano do ser humano. “Seu ambiente ideal pareceria requerer
a eliminação de ‘cheiros’ de qualquer tipo. A palavra ‘odor’ quase sempre significa
mal cheiro.” (TUAN, 1980, p.11). Já o paladar é o sentido que trabalha em conjunto
com o olfato, auxiliando na nossa alimentação, trazendo a sensação de prazer ao
saborear alimentos, de gostos e temperos variados que condizem com a sensação
Clínica psiquiátrica – Arquitetura da Saúde Mental 54
Para o sistema de paladar é necessário que a comida do refeitório do local seja de boa
qualidade e que não seja caracterizada por “comidas de hospitais”, já para o olfato, além das
comidas temos também o ambiente externo, com flores e plantas que possam trazer um
aroma agradável ao ambiente.
Para o sistema Háptico traremos texturas diferentes nas paredes dos ambientes assim
como um local próprio para se trabalhar com texturas.
Por fim para o sistema auditivo teremos sala de música, além do ambiente externo
também que por ser arborizado trará pássaros que cantam e transmitem uma sensação de
paz direta para o paciente.
Índices
O Mapa de Transtornos mentais (figura 19) mostra um gráfico de 2018 onde percebe-
se que no Brasil o transtorno de ansiedade é o mais dotado.
3,5
2,5
1,5
0,5
0
Esquizofrenia Ansiedade Bipolaridade Depressão
Figura 20 - Gráfico de Porcentagem de Transtornos mentais. Fonte: Elaborado pela autora com dados de
https://www.nexojornal.com.br/grafico/2018/07/13/Os-transtornos-de-sa%C3%BAde-mental-no-mundo-por-idade-e-
g%C3%AAnero. Acesso em: 28/06/2019.
Ainda se observa que considerando faixas etárias de cinco em cinco anos as pessoas
que apresentam maiores índices de se possuir esquizofrenia apresentam entre 40 e 44 anos,
para ansiedade 45 a 49 anos, para bipolaridade 20 a 24 anos e para depressão 65 a 69 anos.
Dimensão: A cor pode afetar diretamente na percepção que o indivíduo tem sobre a
dimensão de um ambiente, assim, dependendo da cor que este ambiente possui a
percepção de espaço nele projetada muda tanto para maior quanto para menor. Vide a
figura 21. Peso: O objeto conforme a cor que se tem pode parecer que está mais leve ou
mais pesado também. Iluminação: dependendo da cor o ambiente pode parecer ou não mais
iluminado, as cores frias por exemplo e próximo ao branco fazem com que o ambiente
aparente que esta mais iluminado e de fato fica mais iluminado, uma cor mais escura precisa
Clínica psiquiátrica – Arquitetura da Saúde Mental 58
de mais luz para que fique claro do mesmo modo afetam na temperatura, entretanto cores
quentes fazem o ambiente parecer mais quente e aconchegante e cores frias tornam o
ambiente mais frio. Simbolismo: assim como cada ser humano é diferente, cada experiência
de vida também é diferente assim cada cor pode transmitir ou não determinadas sensações
dependendo da experiência de vida de cada um. Emoção: para a psicologia as cores também
podem afetar na emoção, assim influenciam no estado de humor, espíritos, motivação entre
outras características que envolvem as emoções e sentimentos do indivíduo e por fim a
recordação pois como vimos anteriormente assim como o cheiro te traz recordações as
cores também podem te trazer sentimentos vividos anteriormente que te lembre algo
ocorrido no seu passado.
A psicologia das cores identifica oito tipos de emoções a raiva, medo, tristeza, nojo,
curiosidade, aceitação, surpresa e alegria, assim cada emoção possuí uma cor específica.
Assim como cada cor possui determinados sentimentos, cada tom possuí suas
características, desta forma os tons quentes passam a sensação de energia, atividade e
entusiasmo e os tons frios passam a sensação de calmaria, profissionalismo e racionalidade.
/vamos conhecer então um pouco sobre algumas cores fundamentais.
Clínica psiquiátrica – Arquitetura da Saúde Mental 59
A seguir veremos como podem ser feitas as combinações de cores, sendo elas em
paletas de cores, primarias, secundárias, terciárias, complementares, análogas, tríades, semi
complementares, tetraédricas ou em quadrado.
5 Estudos de Caso
Este capítulo aborda os estudos de caso, utilizados como referências no projeto da Clínica
Mar.
Casa do Sol
O IMAS é o antigo Centro Psiquiátrico de Pedro II, conhecido também por CPP II,
localizado no Rio de Janeiro com uma área equivalente a 74.800 m², situado as margens da
via de ligação da Avenida Brasil à Barra da Tijuca. Vide Figura 24.
3
IMAS - Instituto Municipal de Assistência à Saúde de Nise da Silveira.
Clínica psiquiátrica – Arquitetura da Saúde Mental 62
O IMAS é composto por unidades distribuídas por edifícios, sendo composta por
diversas propostas de atendimentos como os dois Programas de Moradias que serão
unificados a Casa do Sol, os três centros de convivência, o Museu de Imagens do
Inconsciente, os setores de Emergência, Enfermaria e Ambulatório, o Centro Comunitário e o
CAPS4 Raul Seixas. Vide figura 25.
4
CAPS - Centros de Atenção Psicossocial são unidades especializadas em saúde mental para tratamento e
reinserção social de pessoas com transtorno mental grave e persistente.
Clínica psiquiátrica – Arquitetura da Saúde Mental 63
A Casa do Sol é o local onde se encontra mais internos do IMAS, em sua maioria pacientes
com longa data de internação e com pouca perspectiva de liberação.
Portanto o fluxo deste pavimento acaba por confundir tanto os internos quanto os
visitantes ou clientes externos, além de não possuir uma estrutura adequada que atenda a
todos de uma maneira geral, além da indisponibilidade de pátios a céu aberto, que poderia
ser resolvido com setorizações adequadas e um acesso livre ao pátio sul, além da
transferência das CPDs para a ala de onde pertencem restando assim mais salas que
poderiam ser utilizadas para demais atividades atendendo a demanda de pacientes do local.
Percebe-se então que a Casa do Sol é um local com um amplo potencial para se
tornar um centro psiquiátrico público exemplar, porém está mal utilizado e mal setorizado, a
requalificação da área e um melhoramento físico e iluminístico melhorariam em grande
parte os problemas de desconforto do espaço, tirando a insegurança dos pacientes, possuir
uma maior integração com áreas abertas e com a natureza também é fundamental para a
melhora do paciente, além da criação de mais áreas de convívio com um melhoramento das
atividades trazendo assim um fluxo maior de internos, fazendo-os conviver entre si para que
se possível sejam integrados a sociedade novamente.
Este projeto possui como foco principal sua abertura e transparência em conexão
com o público interno, à medida que forma uma proteção aos pacientes. A incorporação dos
espaços públicos, natureza e visual desafiador neste ambiente é o centro de todo processo.
Clínica psiquiátrica – Arquitetura da Saúde Mental 69
Figura 33 - Localização aproximada, pode indicar cidade/país e não necessariamente o endereço exato. Fonte:
<https://www.archdaily.com.br/br/01-173463/hospital-psiquiatrico-kronstad-slash-origo-arkitektgruppe>. Acesso em: 30
de maio de 2019.
Com a construção do edifício foi criado uma praça pública localizada ao norte do mesmo,
oferecendo um lugar de lazer e descanso para os cidadãos, a praça se estende aos pisos
inferiores do hospital revelando as fachadas verdes com grandes seções de janelas. Os
pontos destacados ao longo do projeto são a transparência induzindo uma maior aceitação
quanto as pessoas com problemas de saúde mental, convidando a todos para conhecer e
interagir com o espaço, onde a cidade inteira é bem-vinda.
O jardim vertical, também conhecido por fachada verde, é contornado por painéis
brancos, onde a parte branca possui o significado expressão de equilíbrio e segurança sendo
assim uma recordação do sentimento da casa do interno. Os pisos são sobrejacentes, este
local é destinado ao departamento de internos, possuindo um acervo de jardins destinados a
recreação e atividades ao ar livre.
luz de LED no corrimão traz um conforto de se saber onde está segurando, logo os tons
quentes trazem o aconchego ao local.
A área de refeição possui um local com o mesmo intuito das demais áreas trazendo o
externo para o interno, e possui um ambiente confortável e aconchegante, devido as suas
paletas de cores e luzes escolhidas de forma correta, proporcionando ao paciente um local
de calma e paz para que possa se alimentar e se sentir “em casa”.
Clínica psiquiátrica – Arquitetura da Saúde Mental 77
O projeto do hospital tem como foco principal a clareza estrutural e a legibilidade dos
espaços, tendo linhas de comunicação claras, lógicas e funcionais. A transparência das
plantas aumenta a compreensão do edifício tanto para pacientes, quanto para visitantes e
funcionários, criando assim um ambiente mais calmo que é essencial para o bem-estar dos
pacientes.
Valdemars Have
A Valdemars Have feita por Schmidt Hammer Lassen Architects é um conjunto residencial
que se localiza próximo a Aarhus na Dinamarca.
O edifício se ajusta a escala de seu entorno não fazendo uma mudança brusca de
alturas predominantes ao seu redor, em direção à Rua Valdemarsgade que é o antigo
hospital militar, o edifício abaixa quatro pavimentos e em outros lados se proporciona de
Clínica psiquiátrica – Arquitetura da Saúde Mental 84
acordo com os edifícios ao redor chegando a seis pavimentos, com um layout que garante o
aproveitamento de luz natural e ventilação.
Vila Vida
Vila Vida é um Residencial para idosos, do proprietário Rui Coelho, projetado pela
arquiteta Helena Uchiyama. Se localiza em um terreno de 3000 m², situado Rua José Félix de
Oliveira, nº1914, Campus de Carapicuíba, Cotia-SP.
O terreno possui várias curvas de nível em sua topografia, como podemos observar
na figura 63, assim com o andamento do projeto foi definido como o edifício se comportaria
conforme o perfil natural do terreno, na figura 64 vemos o perfil natural do terreno, o novo
perfil, os locais onde foram feitos os cortes de terra (marrom) e o local para onde essas
terras foram remanejadas (verde).
Clínica psiquiátrica – Arquitetura da Saúde Mental 85
O edifício possuí dois pavimentos, o térreo e o inferior. Podemos notar pela fachada na
figura 64.
A tabela a seguir, detalha todos os ambientes exceto de circulação que o local possuí,
por ela temos a noção do programa de necessidades voltado para o lar de idosos, que
também pode ser usado em uma clínica psiquiátrica devido aos cuidados com ambos serem
parecidos.
Clínica psiquiátrica – Arquitetura da Saúde Mental 86
Ambiente Área em m²
DML 2,31
Expurgo 1,61
Farmácia 19,15
Morgue 9,74
Recepção 20,99
Refeitório 33,59
Despensa 4,61
Para finalizar temos um modelo de Planta para LTA – Laudo Técnico de Avaliação
para a Vigilância sanitária, a partir dela que temos as indicações de Ambiente e área
relacionada acima, que dará uma linha de raciocínio de fluxos para a autora.
Referências arquitetônicas
Grace Farms é uma fundação cristã localizada em New Canaan, Connecticut, EUA, feita pelos
arquitetos Kazuyo Sejima e Ryue Nishizawa, em uma área de 7.700 m², o conceito utilizado
foi o da cobertura cuja estrutura é feita em madeira laminada suportada por colunas
metalicas e o acabamento é feito por painéis de alumínio anodizado de 2 x 0,60 metros.
Clínica psiquiátrica – Arquitetura da Saúde Mental 89
Figura 67 - Hospital do Aparelho Locomotor. Fonte: João Figueiras Lima Lelé, 2000.
Clínica psiquiátrica – Arquitetura da Saúde Mental 90
6 Clínica Mar
A clínica Mar será de porte pequeno, com capacidade para atender vinte pacientes
internos, ou seja, pacientes que ficarão no local por um período indeterminado até poder
ser reinserido na sociedade ou casos específicos de que precisam de cuidados especiais e
ficarão sob supervisão sem previsão de retorno, serão tidas vagas para dez pacientes
homens e dez pacientes mulheres, sendo assim os quartos serão divididos em alas A e B
respectivamente, as áreas de convivência e demais salas serão livres para ambos. E tratará
de portadores de esquizofrenia, com condições de vida social restrita, apresentando
sintomas de demência e dificuldades no autocuidado; ou que apresentem quadros de:
Apatia, Problema Cognitivo, Agnosia, Apraxia, Afasia, Amnésia, Depressão e outros,
portadores de depressão, bipolaridade, ansiedade e borderline.
Diagnóstico
A figura anterior mostra a localização do local com base no país, estado, bairro e por fim o
local. Este possui um grande potencial, por se localizar próximo a grandes hospitais como o
Hospital Universitário, além de possuir uma boa infraestrutura, com supermercados,
shopping center e outros comércios ao redor. A aproximação de grandes áreas de saúde é
de grande importância para a clínica. Tendo também uma ampla linha de transportes
públicos que atendem o local como as linhas da CPTM e diversos ônibus. Atualmente o
Clínica psiquiátrica – Arquitetura da Saúde Mental 91
terreno não está desmembrado como veremos nas figuras a seguir, o desmembramento foi
feito devido ao zoneamento do local e a utilização parcial do terreno.
Observa-se que há dois pontos de ônibus próximo ao local, e diversos outros pontos
ao redor. O terreno está situado em um lote vazio perto de residências, trazendo então um
ambiente calmo, que é importante para o bem-estar dos pacientes. Em frente ao terreno há
uma via coletora e ao lado uma via local, assim o melhor ponto para entrada e saída de
veículos no terreno se localiza ao lado direito pela via local, não interferindo no fluxo médio
da via coletora, visto também que a clínica não possuí um fluxo alto de veículos por seu
acesso ser particular apenas para ambulâncias, colaboradores e familiares dos pacientes.
R= (H-6) +10
5
HIS – Habitação de Interesse Social
6
HMP – Habitação de Mercado Popular
7
CA - Coeficiente de Aproveitamento
8
TO – Taxa de Ocupação
Clínica psiquiátrica – Arquitetura da Saúde Mental 93
TP = 0,50
A divisão do terreno foi feita com menos de um terço para a zona mista, e todo o
resto para a zona de especial de interesse social, assim: O terreno inicialmente possuía cerca
de Mil metros quadrados, entretanto como pertence a uma zeis 3 somente poderão ser
utilizados 0,3 para a criação de clínica e hospitais, assim o terreno foi dividido onde a área
reservada para a clinica ficou com 11628,87 m²
Assim o terreno possuí como C.A. mínimo de 2325,77 m², C.A. básico de 11628,87 m² C.A.
máximo de 23257,74 m² e recuo de frente com cinco metros e laterais com três metros, por
ser um terreno com duas frentes possuíra então a face norte e leste com cinco metros de
recuo e oeste e sul com três metros de recuo.
A figura 69 mostra o uso feito lote a lote dos terrenos num raio de 300 metros a
partir do centro do terreno, nesta imagem podemos observar que há uma igreja de frente ao
lote e um shopping também próximo a ele, há várias praças ao redor e muitos edifícios
Clínica psiquiátrica – Arquitetura da Saúde Mental 94
Figura 71 - Mapa de Usos. Fonte Acervo pessoal, com informações do google maps.
Figura 72 - Mapa de Gabarito de Altura. Fonte: Acervo pessoal com informações do google maps.
Clínica psiquiátrica – Arquitetura da Saúde Mental 95
Figura 73 - Mapa de Pontos de Interesse. Fonte: Acervo pessoal com dados do google maps.
O vento predominante do local segundo o Clima Tempo vem do Sul para o Norte, ou
seja, dos fundos do terreno para a frente, conforme a imagem a seguir.
É possível identificar que no período da manhã não bate sombra no terreno devido
aos edifícios estarem distantes do terreno. Veremos agora imagens no período da tarde.
Clínica psiquiátrica – Arquitetura da Saúde Mental 97
Nota-se então que os edifícios ao redor do terreno não o afetam, assim deve-se
manter o padrão de sombras ao redor, então o edifício que se localizará no terreno não deve
possuir mais de quatro pavimentos para que não se torne um ponto chocante do local.
A seguir veremos imagens tiradas pela autora no local onde está situado o terreno, a
figura 77 mostra a frente de lote visto da própria calçada, já a figura 78 mostra a frente do
lote vista do outro lado da rua, o excesso de ônibus no local é devido o ponto de ônibus em
frente ao terreno que é o ponto final da linha de ônibus chamada Parque Continental, que
dá acesso do local ao metrô Butantã, Paulista e ao Centro de São Paulo. Na figura 86 vemos
a lateral direita do lote, que ainda está junta, como falamos anteriormente o terreno é
enorme e será desmembrado doando uma para dele para a concepção de ruas, melhorando
Clínica psiquiátrica – Arquitetura da Saúde Mental 98
o acesso e fluxo do local, a lateral esquerda não possuí fotos por ser uma área residencial
próxima as várias habitações de interesse social que há no local, devido a este motivo os
moradores ficam sentados em cadeiras nas calçadas e fazendo churrasco, portanto não foi
possível tirar fotos. Conclui-se que o bairro é tranquilo e familiar, a maioria das pessoas são
trabalhadores e pessoas de renda média.
Figura 80 - Frente vista pelo outro lado da rua. Fonte: Tirado pela autora no local.
Clínica psiquiátrica – Arquitetura da Saúde Mental 99
Sala de terapia
Sala com cadeiras e mesa destinada a terapia
Recreação ocupacional em 45
em grupo.
grupo
Clínica psiquiátrica – Arquitetura da Saúde Mental 104
Sala de terapia
Sala com mesa e cadeiras destinada a terapia
Recreação ocupacional 12
individual.
individual
Percebe-se então que há toda uma estrutura por trás dos serviços mais vistos como os
quartos e os consultórios, após ter pré-estabelecido as áreas de cada ambiente parte-se
então para o croqui de massas e após o plano de massas do projeto.
O estudo inicial de onde ficaria setorizado cada ambiente partiu do conceito de conforto,
como os pacientes precisam de uma área confortável e calma no ponto certo optou-se por
colocar a área de lazer com atividades como academia e salão de jogos do lado mais
movimentado da rua, assim a lateral seria o local que dá acesso as áreas internas para o
Clínica psiquiátrica – Arquitetura da Saúde Mental 107
externo, pois a rua lateral é menos movimentada não causando um confronto de fluxos no
local (observe o tom de rosa) foi colocado então os pacientes (tom de laranja) no lado
oeste/sul, pois é um local mais fresco e com menos casas ao lado o que traz um ambiente
calmo e arejado de frente para vegetação existente no local, trazendo assim uma visão
agradável, após essas três primeiras colocações optou-se por colocar a cozinha e os
consultórios no centro que são locais com fluxo em todo o período de internação dos
pacientes. É importante lembrar que a Clínica é para internações de média duração, que
auxiliam e preparam o indivíduo a conviver em sociedade assim obter atividades que
estimulam sua interação torna-se um ponto principal entre as atividades de lazer, portanto
todas as demais áreas serão para lazer comum onde todos possuem acesso.
Assim obtém-se então o plano de massas com as áreas pré-determinadas como as imagens a
seguir, onde foram colocadas todas as áreas representadas e setorizadas com cores,
formando então o modelo base do projeto.
Figura 85- Plano de massas com vista inteira do terreno. Fonte: Acervo pessoal.
Processo de desenvolvimento
O processo evolutivo do desenho se originou a partir do plano de massas, com isso foram
considerados alguns fatores que foram mudando o design da implantação, o primeiro
conceito do projeto seria as formas. Ao longo do processo de desenvolvimento as formas do
edifício foram mudando, no inicio foi considerado um edifício único, a partir do fluxo
desejado foram pensados em criações de blocos, a seguir há algumas imagens de croquis.
A partir destes conceitos foi iniciado a questão de como seria a volumetria do edifício,
criando-se então o edifício ilustrado a seguir.
Clínica psiquiátrica – Arquitetura da Saúde Mental 110
Entretanto o terreno estava sendo subutilizado, sendo adensado a um dos lados o edifício e
o outro lado vazio, assim foram sendo distribuído os blocos para um maior aproveitamento
do terreno. Foi iniciado então a questão de como seriam ligados os blocos, chegando ao
croqui a seguir ilustrando como seria a cobertura.
A partir do projeto anterior foram feitas algumas tentativas de cobertura que fluíssem com
todo o edifício mas que fosse em formato orgânico pois os blocos lineares representam a
parte estática que há no fundo do mar a parte onde os pacientes estão estáveis onde o mar
e a psiquiatria se encontram, já a forma orgânica representa todo o movimento do mar a
forma com que ele se move, os altos e baixos, e também representa as partes em que os
pacientes estão vulneráveis e precisando de ajuda, é a parte que cobre (mascara) o
verdadeiro ser. Por estes motivos os blocos são lineares e imponentes onde tudo acontece e
a cobertura orgânica que apenas fica por cima mas que pode ser controlada (por pilares).
O terceiro croqui mostra o formato final conseguido após mais de dez tentativas de
formatos diferentes que não conseguiram chegar perfeitamente ao conceito do projeto.
Memorial Justificativo
O projeto foi dividido em cinco blocos, bloco A onde se encontra a parte administrativa e
recreativa, Bloco B parte de refeitório, cozinha e serviços, Bloco C e E onde se localizam os
dormitórios e Bloco D encontra-se a parte dos consultórios.
O portão de acesso principal e de serviços se encontram de frente para a Rua Peixe boi, o
portão de acesso principal leva ao estacionamento de visitantes, a entrada a clínica e ao
acesso de ambulância, partindo pela entrada da Clínica, a entrada fica mais afastada do
bloco então há um espaço para sair do carro e aguardar demais visitantes e após passar pela
porta de entrada feita de vidro e mais alta, a primeira visão é do jardim de inverno um
grande vidro o separando da recepção com pontos de luz de led branca e amarela pra dar
um brilho e a sua frente há o balcão da recepcionista de madeira pintado em branco, a
direita há uma porta que dá acesso a sala de reuniões e a esquerda há um foyer, foi pensado
em um armário baixo de mdf branco com detalhes em dourado e com louças douradas em
cima também, mais à esquerda há um sofá para espera foi pensado em um sofá amarelo que
Clínica psiquiátrica – Arquitetura da Saúde Mental 114
contrasta com o verde do jardim de inverno ao lado e todo o branco que há em volta. O local
de guarda de pertences dos visitantes inicialmente seria em armários, mas então foi feito o
balcão extenso da recepcionista onde possibilita a guarda de pertences em armários
escondidos pelo lado de dentro do balcão, há também um sanitário pne ao lado do balcão
para a utilização dos visitantes.
O Jardim de inverno possui a grama amendoim e plantas como a Yucca que fica alta e a Cica,
dando um charme ao local, além de deixar o ambiente acolhedor o jardim de inverno serve
também para segregar setorizações então de um lado fica a área comum com a recepção e o
outro lado fica uma parte restrita a funcionários administrativos, seu acesso é por dentro do
jardim que possui uma continuação do piso com uma largura de 1,20 m suficiente para a
circulação, o jardim não é aberto ele possui uma chapa de policarbonato para seu
fechamento possibilitando a passagem de pessoas mesmo em dias chuvosos.
A parte administrativa conta com uma sala para administração e financeiro com capacidade
para seis pessoas, sala do diretor com banheiro, sala de segurança e sanitários feminino e
masculino. O Diretor possui uma sala com um foyer, um banheiro privativo com chuveiro e
acesso direto para a sala de reuniões, foi pensado em um espaço onde o diretor tivesse
controle do que acontece ao redor, a sala administrativa é ampla e foram colocadas 6 mesas
em L, inicialmente iria ser separado a parte de financeiro da administrativa entretanto iria
diminuir o contato entre os funcionários desta ala, por isso ao invés deter uma parede
dividindo a sala foi pensado de um armário baixo assim de um lado ficam os funcionários
administrativos e do outro os do financeiro. Os sanitários desta parte possuem dois boxes
com vasos sanitários.
Segurança e controle, uma Clínica psiquiátrica precisa de muita segurança, por isso foi
pensado em uma sala de segurança com um banheiro próprio e acessos tanto a recepção
quanto para a parte interna da Clínica, a sala serve para descanso dos funcionários enquanto
aguardam seus próximos turnos, e mais adentro a sala de CFTV (Circuito Fechado de
Televisão) onde há pessoas que monitoram todas as câmeras espalhadas pela Clínica, há
necessidade de se ter essa sala para a segurança dos internos, averiguar quais quer
movimentos inesperados que eles façam e assim avisar tanto os seguranças como as
enfermeiras para que cheguem o mais rápido possível ao local e também verificar se não há
nenhuma fuga acontecendo, esta sala é de acesso restrito aos funcionários desta ala.
Clínica psiquiátrica – Arquitetura da Saúde Mental 115
O último local que há nesta primeira parte do Bloco A é a sala de triagem com um banheiro
privativo também, neste local o paciente chega e deixa seus pertences e é monitorado junto
a uma enfermeira por um dia até ter sido classificado, assim é possível descobrir se o
paciente pode ir para um quarto duplo ou se há necessidade de um quarto individual.
Adentrando a Clínica chega-se a primeira visão três blocos (C, D e E) onde o D possui uma
ampla visão do outro lado pois está quase em balanço mantendo uma vista térrea para o
outro lado. Os blocos C e E formam um ambiente interno de convívio juntamente a uma
divisória orgânica que lembra as ondas do mar.
Clínica psiquiátrica – Arquitetura da Saúde Mental 116
Jardins: há jardins de convívio diferentes em frente aos blocos, o maior deles é o jardim do
Clínica psiquiátrica – Arquitetura da Saúde Mental 117
A parte dos consultórios possuí a circulação vertical na frente e ao lado da circulação existe o
posto de enfermagem, local onde há acesso apenas das enfermeiras para apoio, trabalho e
descanso das mesmas, no segundo pavimento existe um hall para espera dos pacientes, uma
farmácia onde ficam localizados os remédios dos pacientes e a sala do farmacêutico onde
ele separa os remédios e possui um controle sobre entrada e saída dos mesmos, assim da os
remédios as enfermeiras que por sua vez dão os remédios aos pacientes, há 4 consultórios, o
consultório indiferenciado, o consultório ginecológico com um banheiro, o consultório
Clínica psiquiátrica – Arquitetura da Saúde Mental 118
Seguindo para a parte de entretenimento do Bloco A, temos a academia, sala de vídeo, sala
de aula, sala de artes, salas de terapia em grupo e individual também com sanitários. Nesta
parte não há corredores pois é aberto o intuito foi fazer um projeto com o menos de
corredores possíveis.
Chega-se então ao bloco B que é separado em quatro partes, na primeira temos o refeitório
com grades janelas com vistas para a horta e parte externa, com mesas redondas na cor
vermelha e cadeiras brancas, há dois lavatórios, uma porta com acesso para a cozinha e um
buffet onde são servidas as comidas, além de passthrouth onde passam os pratos, talheres e
demais utensílios para dentro da área de lavagem. A parte de cozinha possui entrada pela
lateral com acesso passando pela Ante câmara de pessoas, e produtos com acesso a área de
recebimento onde são lavados e mandados para a despensa, toda a parte da cozinha foi
feita pensando no fluxo e utilização dos ambientes, assim há duas despensas próximas as
áreas de preparo e área de recebimento uma é a despensa de produtos secos e outra de
produtos molhados, após esta parte há as áreas de preparo são quatro áreas cada uma com
uma bancada e uma pia para preparo dos alimentos, uma para carne, uma para Legumes e
verduras, uma para o desjejum e uma para as sobremesas, as partes de desjejum e
sobremesa possuem uma geladeira para guarda de alimentos prontos até serem levados ao
refeitório, ao lado das áreas de preparo há a cocção com uma grande bancada para apoio a
esta etapa, em frente a área de cocção há a lavagem de utensílios e em frente a lavagem de
utensílios há também a lavagem de pratos, foi feito a sala do nutricionista em um espaço
estratégico pois há nesta sala janelas com vista para a cocção, preparo e despensa, assim
este profissional tem controle e visualização de tudo que acontece na cozinha.
Há neste bloco locais como Área de Roupa limpa, roupa suja, dml, área para os lixos com
locais separados destinados a lixo comum, lixo orgânico e lixo infectante. Por fim chega-se a
parte dos funcionários onde encontra-se os vestiários e sanitários dos funcionários, e a copa,
ao lado de fora há também a área de descanso e lazer dos funcionários com mesas, cadeiras
e bancos tanto em piso quanto em gramados e em partes cobertas e ao ar livre.
Clínica psiquiátrica – Arquitetura da Saúde Mental 120
Voltando a frente do bloco A e B temos a área de piquenique com mesas e bancos rodeados
de arvores frutíferas, seguindo o caminho chegamos a horta onde se inicia o jardim de cura,
pois nesta parte é possível tocar a terra, e não é apenas mexer com a terra e sim cuidar de
outra vida, o que causa um grande valor emocional nos internos, trabalha-se neste sentido a
depressão e ansiedade, pois você deve esperar algo brotar após você plantar a semente e a
satisfação de ver algo brotar e que você mesmo plantou é gratificante.
A próxima parte é de acesso restrito, pois passa a uma área mais arborizada, então o acesso
é feito apenas sob supervisão. Após a área da horta temos um caminho que leva ao redário
onde os pacientes podem se deitar sob as sombras das árvores e ouvir o canto de pássaros,
além do som suave da fonte que está mais a frente pelo caminho sendo o espaço do som,
pois o som da água é um calmante natural e serve de fonte para pássaros o que faz com que
mais venham para a área, seguindo o percurso temos um deck de madeira com bancos,
onde também há uma área livre que pode ser usada para meditar, além de também ficar
próximo a fonte dando assim para ouvir o barulho da água, e ao redor da fonte será
implantada uma forração com coloração vermelha e ao redor uma forração verde que
trabalha e estimula a visão, seguindo o percurso chega-se ao final que é a área do jardim das
cores onde há 6 canteiros formando formas orgânicas cada um com uma cor diferente e
algumas com cheiros, como a branca que cheira a mel.
O partido do projeto paisagístico foi a sensação e os cinco sentidos, olfato, visão, paladar,
tato e audição, por estes motivos foi pensado em diversos elementos que trouxessem a tona
estes sentidos, como por exemplo:
Tato: Horta e arvores frutíferas onde você pode tocar a terra, mexer com as plantas e colher
as frutas. Olfato: Utilização de Flores e Arvores com aromas diferentes, além do cheiro da
própria grama e da terra quando é molhada.
Visão: utilização de cores, arvores com florações coloridas, forrações com cores diferentes,
além das arvores frutíferas que também possuem frutos com cores diferentes e atraem
pássaros que por sua vez podem ser coloridos.
Paladar: utilização de árvores frutíferas onde quando for época de colheita os próprios
internos podem colher e comer as frutas que são: pitanga, amora e jabuticaba, com sabores
diferentes entre cítrico e doce.
Memorial Botânico
Heuchera SP, também conhecida como Heuchera, é uma espécie que sobrevive em meia
sombra e sol pleno, e chega a 0,4 a 0,9 metros de altura, esta espécie está na categoria de
Forrações e Folhagens, possuí a cor predominante vermelha e foi colocada no jardim de
cura.
Sedum Spectabile, també conhecido por Sedum vistoso ou sedum espetacular, sobrevive em
locais de sol pleno, está na categoria de cactos e suculentas e flores perenes, chega a 0,6
metros de altura e sua cor predominante é o Rosa.
Lobularia Maritima, também conhecida como Alísso e Flor de Mel, sobrevive a meia sombra
e sol pleno, está na categoria de flores anuais e chega a medir 0,15 metros de altura, Cor
predominante é o branco.
Unxiia Kubitxkii, também conhecida como Botão de Ouro, sobrevive em locais com sol pleno,
e chega a 0,4 metros de altura, está na categoria de Flores Perenes, sua cor predominante é
o amarelo.
Clínica psiquiátrica – Arquitetura da Saúde Mental 124
Pillea Microphylla, também conhecida como brilhantina, sobrevive em meia sombra e sol
pleno, chega a 0,3 metros de altura, e está na categoria de forrações, sua cor predominante
é o verde.
Polygonum Capitatum, também conhecido como Tapete inglês, sobrevive em meia sombra e
sol pleno, chegando a 0,15 metros de altura, é considerado uma forração, e sua cor
predominante é vermelho e verde.
Clínica psiquiátrica – Arquitetura da Saúde Mental 125
Hedera Canariensis, também conhecida como Hera, sobrevive em meia sombra e sol pleno é
considerada uma forração e pode chegar a 4,7 metros se encostada em algum lugar como
muros por exemplo. Sua cor predominante é o verde.
Eugenia Uniflora, também conhecida como pitangueira, sobrevive em sol pleno chega a 12
metros de altura, considerada uma árvore frutífera. Sua cor predominante é o verde.
Clínica psiquiátrica – Arquitetura da Saúde Mental 126
Myrciaria Cauliflora, conhecida como Jabuticabeira é uma árvore frutífera, vive em sol pleno
e pode chegar a 12 metros de altura, sua cor predominante é o verde.
Rubus rosifolius, conhecida como amoreira é uma árvore frutífera, sobrevive em meia
sombra e sol pleno e pode chegar a 1,8 metros de altura, sua cor predominante é o verde.
Clínica psiquiátrica – Arquitetura da Saúde Mental 127
Agapanthus Africanus, também conhecida como agapanto, é uma flor perene e sobrevive
em sol pleno, pode chegar a 0,9 metros de altura e sua com predominante é o lilás.
Ixora Chinesis, conhecida como Ixora Chinesa, é um arbusto sobrevive em meia sombra e sol
pleno, chega a 1,8 metros, sua cor predominante é o vermelho.
Delonix regia, conhecida como Flamboyant é uma árvore ornamental, pode chegar a 12
metros de altura, sua cor predominante é o amarelo e ela sobrevive em sol pleno.
Clínica psiquiátrica – Arquitetura da Saúde Mental 129
Caesalpinia leiostachya, conhecida como pau ferro, é uma árvore que pode chegar a 12
metros de altura e sobrevive em sol pleno, sua cor predominante é o verde.
Tecoma Stans, conhecido como Ipê de Jardim é uma árvore que chega a 3,6 metros de
altura, sobrevive em sol pleno, e sua cor predominante é o amarelo.
Plectranthus SP, conhecido como Hera Sueca, é considerado uma folhagem ou forração,
pode chegar a 0,9 metros e sobrevive em meia sombra, sua cor predominante é o verde
claro.
Arachis Repens, conhecido como grama amendoim, é considerado uma forração, e sobrevive
a meia sombra e sol pleno, pode chegar a 0,3 metros de altura e sua cor predominante é o
verde.
Phoenix roebelenii conhecido como palmeira anã, é considerada uma palmeira e pode
chegar a 3,6 metros, sobrevive em meia sombra e sol pleno, sua cor predominante é o
verde.
Dracaena Reflexa, conhecida como Pleomele, considerado um arbusto, pode chegar a 3,0
metros de altura, sobrevive em luz difusa, meia sombra e sol pleno, Sua cor predominante é
o verde e amarelo.
Dracaena Fragrans, conhecida como pau d’água, é considerado um arbusto e pode chegar a
9,0 metros de altura, ele sobrevive a luz difusa, meia sombra e sol pleno, e sua cor
predominante é o verde.
Dietes bicolor, conhecida como moréia, é considerada uma flor perene e sobrevive em meia
sombra e sol pleno, pode chegar a ,9 metros de altura e sua cor predominante é o amarelo.
Heliconia Rostrata, conhecida como papagaio, é um arbusto que pode chegar a 3,6 metros
de altura e sobrevive a meia sombra e sol pleno. Sua cor predominante é o laranja.
Clínica psiquiátrica – Arquitetura da Saúde Mental 136
Liriope Spicata, conhecida como Liriope, é considerada uma folhagem ou forração, sobrevive
em meia sombra e sol pleno, pode chegar a 0,3 metros de altura, sua cor predominante é o
verde.
7 Conclusão
O projeto de uma Clínica psiquiátrica foi feito considerando diversos fatores, toda a pesquisa
feita durante a monografia agregou conhecimento a área o que fez o projeto ser único, cada
parte do projeto seja nos blocos, mobiliários, paisagismo e demais, foram projetados
pensando em sua real utilização, chegou-se a um conceito único sendo visto inicialmente
como o mar mas partiu para a psicologia dos próprios internos, assim foram definidos
diversos pontos de interesse no projeto.
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