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CENTRO UNIVERSITÁRIO ANHANGUERA DE SÃO PAULO – CAMPO

LIMPO

LETICIA TAQUENCHI PEDRUZZI

CLINÍCA PSIQUIÁTRICA: Arquitetura da saúde mental.

São Paulo
2019
LETICIA TAQUENCHI PEDRUZZI

CLINÍCA PSIQUIÁTRICA: Arquitetura da saúde mental.

Projeto de pesquisa apresentado à Disciplina de


Trabalho Final de Graduação – I, ministrada pela
Profª. Me. Andreia Maria Bezerra de Araújo no
Curso de Graduação em Arquitetura e Urbanismo
da Faculdade Anhanguera de São Paulo – Campo
Limpo.

Orientador(a): Profª. Me. Arq. ANDREIA MARIA BEZERRA DE ARAÚJO

São Paulo
2019
LETICIA TAQUENCHI PEDRUZZI

CLINÍCA PSIQUIÁTRICA: Arquitetura da saúde mental.

Monografia apresentada ao Curso de Graduação


em Arquitetura e Urbanismo do Centro
Universitário Anhanguera de São Paulo – Campo
Limpo, como requisito parcial à obtenção do
título de Bacharel em Arquitetura e Urbanismo.

Aprovado em:__________________

BANCA EXAMINADORA

_____________________________________

Mestre Andreia Maria Bezerra de Araújo

Centro Universitário Anhanguera de São Paulo – Campo Limpo

_____________________________________

Título e nome professor interno convidado

Nome da Instituição de ensino

_____________________________________

Título e nome professor externo convidado

Nome da Instituição de ensino


Agradeço primeiramente a Deus por segurar me e guiar me e a mim pela força de
continuar.

A minha mãe agradeço pelas contribuições e auxílios que agregaram grandes valores a
minha parte teoria, ao meu pai por todas as vezes que correu para me ajudar e ao Duane por
não me deixar cair.

Ao Daniel e Helena pelas inúmeras consultas que me propiciaram uma evolução de


projeto.

Por fim a minha orientadora, por seus conselhos que guiaram minhas escolhas.
“[...] Não é sobre vencer, é sobre não desistir.
Se você tem um sonho, lute por ele... Não é
sobre quantas vezes você foi rejeitado, caiu e
teve que levantar. É quantas vezes você fica em
pé, levanta a cabeça e segue em frente."

Lady Gaga, premiação Oscar 2019.


RESUMO

A arquitetura da saúde mental vem tomando espaço; devido ao grande


aumento de pessoas com diversos transtornos mentais, surgiu a necessidade de se
criar espaços especializados na área da saúde que potencializem a melhora do
paciente tendo em vista que o meio físico altera diretamente o comportamento do
mesmo. A pesquisa realizada teve como objetivo criar a Clínica Mar, uma Clínica onde
os pacientes se sintam acolhidos, e protegidos, utilizando como base a arquitetura da
saúde mental, com a psicologia das cores e tamanho dos ambientes, agregando o
princípio do meio ambiente trazendo uma qualidade de vida sadia e equilibrada.

Palavras-chave: Clínica Psiquiátrica, Arquitetura, Saúde Mental, Ambiente.


ABSTRACT

The architecture of mental health has been taking space, due to the great
increase of people with diverse mental disorders, the need arose to create spaces
specialized in the health area that potentiates the improvement of the patient
considering that the physical environment directly changes the behavior of the patient.
The objective of the research was to create Clínica Mar, a clinic where patients feel
welcomed and protected, using as a basis the architecture of mental health,
psychology of colors and size of environments, adding the principle of the environment
bringing a quality of life.

Key-Words: Psychiatric Clinic, Architecture, Mental Health, Environment.


Índice de figuras

Figura 1 - Ambiente Psiquiátrico. Fonte: Acervo pessoal. .............................................. 23

Figura 2 - Narrenturm - Hospital Psiquiátrico na Aústria, 1784. Fonte:


<https://www.univie.ac.at/Achse/narrenturm/?lang=en>. Acesso em: 30/05/2019. .. 24

Figura 3- Bicetrê: Hospital Psiquiátrico em Paris. Fonte:


<http://parisisinvisible.blogspot.com/2014/01/the-hopital-bicetre-site-of-
hundred.html>. Acesso em: 30/06/2019. ...................................................................... 25

Figura 4 - Hospício De Pedro II. Fonte: <http://reficio.cc/publicacoes/o-rio-de-janeiro-


sua-historia-monumentos-homens-notaveis-usos-e-curiosidades/hospicio-de-pedro-
ii/>. Acesso em: 30 de maio de 2019. ............................................................................ 26

Figura 5 - Casa de Saúde Anchieta. Fonte: <http://reficio.cc/publicacoes/o-rio-de-


janeiro-sua-historia-monumentos-homens-notaveis-usos-e-curiosidades/hospicio-de-
pedro-ii/>. Acesso em: 30 de maio de 2019................................................................... 27

Figura 6 - Saúde Mental. Fonte: https://pixabay.com/pt/illustrations/sa%C3%BAde-


mental-a-forma%C3%A7%C3%A3o-do-c%C3%A9rebro-2313426. Acesso em: 28 de
junho de 2019. ................................................................................................................ 30

Figura 7 - Símbolo da Esquizofrênia. Fonte:


<https://www.comportarte.com.br/index.php/comportarte-blog/42-esquizofrenia-e-
fatores-ambientais>. Acesso em: 30 de maio de 2019. ................................................. 31

Figura 8 - Símbolo da Apatia. Fonte: <https://pt.depositphotos.com/221609528/stock-


illustration-apathy-color-icon-burnout-depression.html>. Acesso em: 30 de maio de
2019. ............................................................................................................................... 32

Figura 9 - Problema Cognitivo. Fonte:


<http://blog.opsicologo.com.br/2016/07/psicologia-cognitiva-terapia-cognitiva.html>.
Acesso em: 30 de maio de 2019. .................................................................................... 33
Figura 10 - Terapia de Problemas Cognitivos. Fonte:
<http://blog.opsicologo.com.br/2016/07/psicologia-cognitiva-terapia-cognitiva.html>.
Acesso em: 30 de maio de 2019. .................................................................................... 33

Figura 11 - Agnosia. Fonte: <https://amenteemaravilhosa.com.br/agnosia/>. Acesso


em: 30 de maio de 2019. ................................................................................................ 34

Figura 12 - Apraxia. Fonte: <https://www.vero.com.br/meu-filho-nao-fala-e-agora-


saiba-o-que-e-apraxia/>. Acesso em: 30 de maio de 2019. ........................................... 35

Figura 13 - Depressão. Fonte: https://www.vittude.com/blog/13-sintomas-de-


depressao/. Acesso em: 28 de Junho de 2019. .............................................................. 38

Figura 14 - Ansiedade. Fonte: https://super.abril.com.br/blog/como-pessoas-


funcionam/estudo-identifica-5-transtornos-ligados-a-depressao-e-ansiedade/. Acesso
em: 28 de Junho de 2019. .............................................................................................. 39

Figura 15 - Bipolar. Fonte: https://www.ativosaude.com/saude-mental/transtorno-


bipolar/. Acesso em: 29 de Junho de 2019. ................................................................... 41

Figura 16 - Borderline. Fonte:


http://www.espaconelsonpires.com.br/noticias/personalidade-borderline/. Acesso
em: 29 de Junho de 2019. .............................................................................................. 43

Figura 17 - Psicose. Fonte: https://amenteemaravilhosa.com.br/transtorno-psicotico-


breve/.Acesso em: 29 de junho de 2019. ....................................................................... 45

Figura 18 - Psicologia Ambiental. Fonte: https://www.proprofs.com/quiz-


school/story.php?title=hemisfrio-esquerdo-vs-hemisfrio-direito. Acesso em: 29 de
junho de 2019. ................................................................................................................ 46

Figura 19 - Mapa de Transtornos mentais no mundo. Fonte:


<https://www.nexojornal.com.br/grafico/2018/07/13/Os-transtornos-de-
sa%C3%BAde-mental-no-mundo-por-idade-e-g%C3%AAnero. Acesso em:
30/05/2019>. Acesso em: 30/05/2019. ......................................................................... 55

Figura 20 - Gráfico de Porcentagem de Transtornos mentais. Fonte: Elaborado pela


autora com dados de https://www.nexojornal.com.br/grafico/2018/07/13/Os-
transtornos-de-sa%C3%BAde-mental-no-mundo-por-idade-e-g%C3%AAnero. Acesso
em: 28/06/2019. ............................................................................................................. 56

Figura 21 - Dimensão dos ambientes. Fonte:http://ngrevista.com.br/como-usar-a-cor-


para-ampliar-ou-reduzir-o- tamanho-dos-ambientes-edicao-de-outubro-de-2018/.... 58

Figura 22 – Combinação de cores. Fonte: https://rockcontent.com/blog/psicologia-das-


cores/. Acesso em: 07 de julho de 2019. ....................................................................... 60

Figura 23 - Símbolo da Casa do Sol. Fonte:


<http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/monografias/imagens_arquitetura_saud
e_mental.pdf>. Acesso em: 30 de maio de 2019. .......................................................... 61

Figura 24 - Planta de Localização do IMAS. Fonte:


<http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/monografias/imagens_arquitetura_saud
e_mental.pdf>. Acesso em: 30 de maio de 2019. .......................................................... 62

Figura 25 - Planta de Localização das Unidades do IMAS. Fonte:


<http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/monografias/imagens_arquitetura_saud
e_mental.pdf>. Acesso em: 30 de maio de 2019. .......................................................... 63

Figura 26 - Fachada Sul da Casa do Sol. Fonte:


<http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/monografias/imagens_arquitetura_saud
e_mental.pdf>. Acesso em: 30 de maio de 2019. .......................................................... 63

Figura 27 - Casa do Sol Fachada Principal. Fonte:


<http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/monografias/imagens_arquitetura_saud
e_mental.pdf>. Acesso em: 30 de maio de 2019. .......................................................... 64

Figura 28 - Planta de Localização da Casa do Sol. Fonte:


<http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/monografias/imagens_arquitetura_saud
e_mental.pdf>. Acesso em: 30 de maio de 2019. .......................................................... 65

Figura 29 - Planta do Pavimento Térreo da Casa do Sol. Fonte:


<http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/monografias/imagens_arquitetura_saud
e_mental.pdf>. Acesso em: 30 de maio de 2019. .......................................................... 66
Figura 30 - Pavimento Tipo da Casa do Sol. Fonte:
<http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/monografias/imagens_arquitetura_saud
e_mental.pdf>. Acesso em: 30 de maio de 2019. .......................................................... 67

Figura 31 - Aspecto interno dos cobogós. Fonte:


<http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/monografias/imagens_arquitetura_saud
e_mental.pdf>. Acesso em: 30 de maio de 2019. .......................................................... 67

Figura 32 - Hall de Entrada do Pavimento Tipo. Fonte:


<http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/monografias/imagens_arquitetura_saud
e_mental.pdf>. Acesso em: 30 de maio de 2019. .......................................................... 68

Figura 33 - Localização aproximada, pode indicar cidade/país e não necessariamente o


endereço exato. Fonte: <https://www.archdaily.com.br/br/01-173463/hospital-
psiquiatrico-kronstad-slash-origo-arkitektgruppe>. Acesso em: 30 de maio de 2019. . 69

Figura 34 - Fachada. Fonte: <https://www.archdaily.com.br/br/01-173463/hospital-


psiquiatrico-kronstad-slash-origo-arkitektgruppe>. Acesso em: 30 de maio de 2019. . 69

Figura 35 - Imagem frontal do local. Fonte: <https://www.archdaily.com.br/br/01-


173463/hospital-psiquiatrico-kronstad-slash-origo-arkitektgruppe>. Acesso em: 30 de
maio de 2019. ................................................................................................................. 70

Figura 36 - Jardim vertical. Fonte: <https://www.archdaily.com.br/br/01-


173463/hospital-psiquiatrico-kronstad-slash-origo-arkitektgruppe>. Acesso em: 30 de
maio de 2019. ................................................................................................................. 70

Figura 37 – Local de Atividades ao ar livre. Fonte:


<https://www.archdaily.com.br/br/01-173463/hospital-psiquiatrico-kronstad-slash-
origo-arkitektgruppe>. Acesso em: 30 de maio de 2019. .............................................. 71

Figura 38 – Kronstad - Espaço comum de lazer e descanso. Fonte:


<https://www.archdaily.com.br/br/01-173463/hospital-psiquiatrico-kronstad-slash-
origo-arkitektgruppe>. Acesso em: 30 de maio de 2019. .............................................. 71

Figura 39 – Kronstad – Recepção. Fonte: <https://www.archdaily.com.br/br/01-


173463/hospital-psiquiatrico-kronstad-slash-origo-arkitektgruppe>. Acesso em: 30 de
maio de 2019. ................................................................................................................. 72
Figura 40 - Kronstad - Corredor. Fonte: <https://www.archdaily.com.br/br/01-
173463/hospital-psiquiatrico-kronstad-slash-origo-arkitektgruppe>. Acesso em: 30 de
maio de 2019. ................................................................................................................. 72

Figura 41 - Kronstad - Espaço destinado a reuniões. Fonte:


<https://www.archdaily.com.br/br/01-173463/hospital-psiquiatrico-kronstad-slash-
origo-arkitektgruppe>. Acesso em: 30 de maio de 2019. .............................................. 73

Figura 42 - Kronstad - vista da entrada para escadaria. Fonte:


<https://www.archdaily.com.br/br/01-173463/hospital-psiquiatrico-kronstad-slash-
origo-arkitektgruppe>. Acesso em: 30 de maio de 2019. .............................................. 73

Figura 43 - Kronstad - Escadarias. Fonte: <https://www.archdaily.com.br/br/01-


173463/hospital-psiquiatrico-kronstad-slash-origo-arkitektgruppe>. Acesso em: 30 de
maio de 2019. ................................................................................................................. 74

Figura 44 - Kronstad - Hall. Fonte: <https://www.archdaily.com.br/br/01-


173463/hospital-psiquiatrico-kronstad-slash-origo-arkitektgruppe>. Acesso em: 30 de
maio de 2019. ................................................................................................................. 74

Figura 45 - Kronstad - Corredor com vista para o jardim. Fonte:


<https://www.archdaily.com.br/br/01-173463/hospital-psiquiatrico-kronstad-slash-
origo-arkitektgruppe>. Acesso em: 30 de maio de 2019. .............................................. 75

Figura 46 - Kronstad - Corredor com vistapara o pátio. Fonte:


<https://www.archdaily.com.br/br/01-173463/hospital-psiquiatrico-kronstad-slash-
origo-arkitektgruppe>. Acesso em: 30 de maio de 2019. .............................................. 75

Figura 47 - Kronstad - Refeitório. Fonte: <https://www.archdaily.com.br/br/01-


173463/hospital-psiquiatrico-kronstad-slash-origo-arkitektgruppe>. Acesso em: 30 de
maio de 2019. ................................................................................................................. 76

Figura 48 - Kronstad - Copa. Fonte: <https://www.archdaily.com.br/br/01-


173463/hospital-psiquiatrico-kronstad-slash-origo-arkitektgruppe>. Acesso em: 30 de
maio de 2019. ................................................................................................................. 76
Figura 49 - Kronstad - Quadra. Fonte: <https://www.archdaily.com.br/br/01-
173463/hospital-psiquiatrico-kronstad-slash-origo-arkitektgruppe>. Acesso em: 30 de
maio de 2019. ................................................................................................................. 77

Figura 50 - Kronstad - Vista Aerea. Fonte: <https://www.archdaily.com.br/br/01-


173463/hospital-psiquiatrico-kronstad-slash-origo-arkitektgruppe>. Acesso em: 30 de
maio de 2019. ................................................................................................................. 77

Figura 51 - Kronstad - Corredor externo com bancos. Fonte:


<https://www.archdaily.com.br/br/01-173463/hospital-psiquiatrico-kronstad-slash-
origo-arkitektgruppe>. Acesso em: 30 de maio de 2019. Acesso em: 30 de maio de
2019. Figura 52 - Kronstad - Corredor externo com jardins. Fonte:
<https://www.archdaily.com.br/br/01-173463/hospital-psiquiatrico-kronstad-slash-
origo-arkitektgruppe>. Acesso em: 30 de maio de 2019. Acesso em: 30 de maio de
2019. ............................................................................................................................... 78

Figura 53 - Kronstad - Entrada vista interna. Fonte:


<https://www.archdaily.com.br/br/01-173463/hospital-psiquiatrico-kronstad-slash-
origo-arkitektgruppe>. Acesso em: 30 de maio de 2019. Acesso em: 30 de maio de
2019. ............................................................................................................................... 78

Figura 54 - Kronstad - Planta de situação. Fonte:


<https://www.archdaily.com.br/br/01-173463/hospital-psiquiatrico-kronstad-slash-
origo-arkitektgruppe>. Acesso em: 30 de maio de 2019. Acesso em: 30 de maio de
2019. ............................................................................................................................... 79

Figura 55 - Kronstad - Planta térrea. Fonte: <https://www.archdaily.com.br/br/01-


173463/hospital-psiquiatrico-kronstad-slash-origo-arkitektgruppe>. Acesso em: 30 de
maio de 2019. Acesso em: 30 de maio de 2019. ............................................................ 80

Figura 56 - Kronstad - Corte D, D. Fonte: <https://www.archdaily.com.br/br/01-


173463/hospital-psiquiatrico-kronstad-slash-origo-arkitektgruppe>. Acesso em: 30 de
maio de 2019. Acesso em: 30 de maio de 2019. ............................................................ 81

Figura 57 - Kronstad - Corte F, F. Fonte: <https://www.archdaily.com.br/br/01-


173463/hospital-psiquiatrico-kronstad-slash-origo-arkitektgruppe>. Acesso em: 30 de
maio de 2019. Acesso em: 30 de maio de 2019. ............................................................ 81
Figura 58 - Valdemars - Localização aproximada. Fonte:
<https://www.archdaily.com.br/br/781008/schmidt-hammer-lassen-architects-vence-
concurso-para-projetar-conjunto-residencial-em-aarhus>. Acesso em: 30 de maio de
2019. ............................................................................................................................... 82

Figura 59 - Valdemars - Vista para a praça. Fonte:


<https://www.archdaily.com.br/br/781008/schmidt-hammer-lassen-architects-vence-
concurso-para-projetar-conjunto-residencial-em-aarhus>. Acesso em: 30 de maio de
2019. ............................................................................................................................... 83

Figura 60 - Valdemars - Vista do edifício interagindo ao entorno. Fonte:


<https://www.archdaily.com.br/br/781008/schmidt-hammer-lassen-architects-vence-
concurso-para-projetar-conjunto-residencial-em-aarhus>. Acesso em: 30 de maio de
2019. ............................................................................................................................... 83

Figura 61 - Valdermars - Vista aérea. Fonte:


<https://www.archdaily.com.br/br/781008/schmidt-hammer-lassen-architects-vence-
concurso-para-projetar-conjunto-residencial-em-aarhus>. Acesso em: 30 de maio de
2019. ............................................................................................................................... 84

Figura 62 - Vila Vida, Topografia. Fonte: Target Arquitetura. ........................................ 85

Figura 63 - Vila Vida, Corte do Terreno. Fonte: Target Arquitetura. .............................. 85

Figura 64 - Vila Vida, fachada. Fonte: Target Arquitetura. ............................................. 85

Figura 65 - planta para LTA do Vila Vida. Fonte: Target Arquitetura. ............................ 88

Figura 66 - Grace Farms. Fonte: Foto de Iwan Baan. ..................................................... 89

Figura 67 - Hospital do Aparelho Locomotor. Fonte: João Figueiras Lima Lelé, 2000. .. 89

Figura 68 - Localização. Fonte: Acervo pessoal com base no google maps. .................. 91

Figura 69 – Hierarquia viária, Fonte: Acervo Pessoal. .................................................... 91

Figura 70 - Divisão do terreno. Fonte: Acervo pessoal. ................................................. 93

Figura 71 - Mapa de Usos. Fonte Acervo pessoal, com informações do google maps. . 94

Figura 72 - Mapa de Gabarito de Altura. Fonte: Acervo pessoal com informações do


google maps.................................................................................................................... 94
Figura 73 - Mapa de Pontos de Interesse. Fonte: Acervo pessoal com dados do google
maps. .............................................................................................................................. 95

Figura 74- Mapa de Insolação e Ventilação. Fonte: Acervo pessoal. ............................. 95

Figura 75 - Sombras no inverno às 10:00. Fonte: Acervo pessoal. ................................ 96

Figura 76 - Sombras no verão às 10:00. Fonte: Acervo pessoal. .................................... 96

Figura 77 - Sombras no inverno às 14:00. Fonte: Acervo pessoal. ................................ 97

Figura 78 - Sombras no verão às 14:00. Fonte: Acervo pessoal..................................... 97

Figura 79 - Frente do terreno. Fonte: Tirado pela autora no local. ............................... 98

Figura 80 - Frente vista pelo outro lado da rua. Fonte: Tirado pela autora no local. .... 98

Figura 81 - Lateral direita do terreno. Fonte: tirado pela autora no local. .................... 99

Figura 82 - Vista interna do terreno. Fonte: Tirada pela autora no local....................... 99

Figura 83 - Setorizações. Fonte: Acervo pessoal. ......................................................... 106

Figura 84- Plano de massas em zoom. Fonte: acervo pessoal. .................................... 107

Figura 85- Plano de massas com vista inteira do terreno. Fonte: Acervo pessoal. ..... 108

Figura 86- Plano de Massas. Fonte Acerto pessoal. ..................................................... 108

Figura 87 - Croquis de desenvolvimento. Fonte. Acervo pessoal. ............................... 109

Figura 88 - Volumetria. Fonte. Acervo pessoal. ........................................................... 110

Figura 89 - Croqui da cobertura. Fonte: acervo pessoal. ............................................. 110

Figura 90 - Primeira entrega folha 1. Fonte. Acervo pessoal. ...................................... 111

Figura 91 - Primeira entrega folha 2. Fonte. Acervo pessoal ....................................... 111

Figura 92 - Croqui 01. Fonte: Acervo pessoal. .............................................................. 112

Figura 93 - Croqui 2. Fonte: Acervo pessoal. ................................................................ 112

Figura 94 - Croqui 3. Fonte: Acervo pessoal. ................................................................ 113

Figura 95 - Bloco A. Fonte: Acervo pessoal. ................................................................. 115

Figura 96 - Blocos C e E.Fonte: Acervo pessoal. ........................................................... 116


Figura 97 - Área de Convívio. Fonte: Acervo pessoal. .................................................. 117

Figura 98 - Bloco D. Fonte Acervo pessoal. .................................................................. 118

Figura 99 - Bloco A parte de entretenimento. Fonte: Acervo Pessoal. ........................ 118

Figura 100 - Bloco B. Fonte: Acervo Pessoal. ............................................................... 120

Figura 101 - Jardim de Cura. Fonte: Acervo Pessoal. ................................................... 120

Figura 102 - Heuchera. Fonte: https://www.whiteflowerfarm.com/heuchera-dolce-


spearmint. Acesso em: 17/11/2019. ............................................................................ 122

Figura 103 – Gomphrena Globosa. Fonte:


https://br.depositphotos.com/246350200/stock-video-flowerbed-globe-amaranth-
gomphrena-globosa.html. - acesso em 17/11/19. ....................................................... 122

Figura 104 -Sedum Spectabile. Fonte: https://www.jardineiro.net/plantas/sedum-


vistoso-sedum-spectabile.html. Acesso em: 17/11/2019. ........................................... 123

Figura 105 - Lobularia Maritima. Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Alisso. Acesso


em: 17/11/2019. ........................................................................................................... 123

Figura 106- Unxiia Kubitxkii. Fonte:


Fonte:http://www.plantasonya.com.br/bordaduras/caracteristicas-e-cultivo-do-botao-
de-ouro-unxia-kubitzkii.html. Acesso em: 17/11/2019. .............................................. 124

Figura 107 - Pillea Microplhylla. Fonte:


https://www.123rf.com/photo_104352703_artillery-plant-pilea-microphylla-central-
of-thailand.html. Acesso em: 17/11/2019. .................................................................. 124

Figura 108 - Plygonum Capitatum. fonte: https://gardenseedsmarket.com/pink-


knotweed-japanese-knotweed-seeds-polygonum-capitatum.html. Acesso em:
17/11/2019. .................................................................................................................. 125

Figura 109 - Hedera Canariensis. fonte: http://southeastgarden.com/hedera.html.


Acesso em: 17/11/2019................................................................................................ 125

Figura 110 - eugenia Uniflora. Fonte:


http://umaflorpordia.blogspot.com/2015/07/pitangueira.html. Acesso em:
17/11/2019. .................................................................................................................. 126
Figura 111 - Myrciaria Cauliflora. Fonte:
http://www.flora.avph.com.br/jabuticabeira.php. Acesso em: 17/11/2019. ............. 126

Figura 112 - Rubus Rosifolius. Fonte:


https://www.flickr.com/photos/yvone/4245778983. Acesso em: 17/11/2019. ........ 127

Figura 113 - Agapanthus Africanus. Fonte:


http://tropical.theferns.info/viewtropical.php?id=Agapanthus+africanus. Acesso em:
17/11/2019. .................................................................................................................. 127

Figura 114 - Thumbérgia Erecta. Fonte:


https://www.tirolplantas.com/default/tumbergia-azul-arbusto-0oe15m-a-0oe25m-
c10.html. Acesso em: 17/11/2019. .............................................................................. 128

Figura 115 - Ixora Chinesis. Fonte: https://www.123rf.com/photo_61096042_pattern-


of-ixora-chinensis-chinese-ixora-lamk-flower.htm. Acesso em: 17/11/2019.............. 128

Figura 116 - Delonix regia. Fonte: https://www.jardimexotico.com.br/flamboyant-


amarelo. Acesso em: 17/11/2019. ............................................................................... 129

Figura 117 - Caesalpinia Leiostachya. fonte:


https://produto.mercadolivre.com.br/MLB-899837133-fava-vagem-juca-pau-ferro-
caesalpinia-ferrea-20-unidades-_JM. Acesso em: 17/11/2019. .................................. 129

Figura 118 - tecoma Stans. Fonte: https://blog.giulianaflores.com.br/wp-


content/uploads/2014/05/cultivo-caracteristica-ipe-de-jardim.jpg. Acesso em:
17/11/2019. .................................................................................................................. 130

Figura 119 - evolvulos Glomeratus. Fonte:


https://www.jardineiro.net/plantas/evolvulo-evolvulus-glomeratus.html. acesso em:
17/11/2019. .................................................................................................................. 130

Figura 120 - Stenotaphrum Secundatum. Fonte:


https://www.jardineiro.net/plantas/grama-santo-agostinho-stenotaphrum-
secundatum.html. Acesso em: 17/11/2019. ................................................................ 131

Figura 121 - Pathenocissos Quinquefolia. Fonte:


https://www.jardineiro.net/plantas/hera-americana-parthenocissus-
quinquefolia.html. Acesso em: 17/11/2019................................................................. 131
Figura 122 - Plectranthus SP. Fonte: https://www.jardineiro.net/plantas/hera-sueca-
plectranthus-sp.html. Acesso em: 17/11/2019. ........................................................... 132

Figura 123 - Arachis Repens. Fonte:https://www.jardineiro.net/plantas/grama-


amendoim-arachis-repens.html. Acesso em: 17/11/2019. ......................................... 132

Figura 124 - Phoenix Roebelenii. Fonte:https://www.jardineiro.net/plantas/fenix-


phoenix-roebelenii.html. Acesso em: 17/11/2019. ..................................................... 133

Figura 125 - Dracaena Reflexa. Fonte: Https://www.jardineiro.net/plantas/pleomele-


dracaena-reflexa.html. Acesso em: 17/11/2019. ......................................................... 133

Figura 126 - Ophiopogon jaburan. Fonte: https://www.jardineiro.net/plantas/barba-


de-serpente-ophiopogon-jaburan.html. Acesso em: 17/11/2019. .............................. 134

Figura 127 - Dracaena Fragrans. Fonte: https://www.jardineiro.net/plantas/dracena-


dracaena-fragrans.html. Acesso em: 17/11/2019. ...................................................... 134

Figura 128 - Dracaena Marginata. Fonte: https://www.jardineiro.net/plantas/dracena-


de-madagascar-dracaena-marginata.html. Acesso em: 17/11/2019. ......................... 135

Figura 129 - Dietes bicolor. Fonte: https://www.jardineiro.net/plantas/moreia-bicolor-


dietes-bicolor.html. acesso e: 17/11/2019. ................................................................. 135

Figura 130 - Heliconia Rostrata. Fonte: https://www.jardineiro.net/plantas/heliconia-


heliconia-rostrata.html. Acesso em: 17/11/2019. ....................................................... 136

Figura 131 - Liriope Spicata. Fonte: https://www.jardineiro.net/plantas/liriope-liriope-


spicata.html. Acesso em: 17/11/2019. ......................................................................... 136
SUMÁRIO

Índice de figuras ........................................................................................................... 8

1 Ambientes Psiquiátricos ..................................................................................... 23

Instituições Psiquiátricas no Brasil ............................................................... 25

A Reforma Psiquiátrica no Brasil .................................................................. 27

2 Saúde Mental – Transtornos, o que são? Como são? ........................................ 30

Esquizofrenia ................................................................................................ 30

2.1.1 Apatia .................................................................................................... 31

2.1.2 Problema Cognitivo............................................................................... 32

2.1.3 Agnosia .................................................................................................. 34

2.1.4 Apraxia .................................................................................................. 34

2.1.5 Afasia..................................................................................................... 35

2.1.6 Amnésia ................................................................................................ 36

Depressão ..................................................................................................... 36

Ansiedade ..................................................................................................... 38

Bipolaridade ................................................................................................. 40

Borderline ..................................................................................................... 42

Transtorno Psicótico..................................................................................... 44

3 Psicologia Ambiental .......................................................................................... 46

Recepção e obtenção dos estímulos ............................................................ 51

Índices .......................................................................................................... 55

4 Psicologia das cores ............................................................................................ 57

5 Estudos de Caso .................................................................................................. 61

Casa do Sol ................................................................................................... 61

5.1.1 IMAS de Nise da Silveira ....................................................................... 61


Hospital Psiquiátrico Kronstad ..................................................................... 68

Valdemars Have ........................................................................................... 82

Vila Vida ........................................................................................................ 84

Referências arquitetônicas ........................................................................... 88

6 Clínica Mar .......................................................................................................... 90

Diagnóstico ................................................................................................... 90

Programa de necessidades e Plano de massas .......................................... 100

Processo de desenvolvimento ................................................................... 109

Memorial Justificativo ................................................................................ 113

Memorial Botânico ..................................................................................... 122

7 Conclusão.......................................................................................................... 137

8 Referências Bibliográficas ................................................................................. 138


Clínica psiquiátrica – Arquitetura da Saúde Mental 21

Introdução

A vida moderna leva a sociedade a viver em constante movimento, a maioria das


pessoas sofrem de SPA – Síndrome do Pensamento Acelerado. Desde crianças, o excesso de
atividades e cobranças leva o indivíduo a crescer com seus desejos, sentimentos e anseios
reprimidos. Infelizmente isso pode ser o gatilho, em várias fases da vida, para ocasionar
dependências, gerar depressões, desenvolver dos mais leves aos mais graves problemas
psicológicos. Tendo em vista que, para auxiliar no tratamento psicológico e mental dos
pacientes, é necessário analisar o ambiente em que este será tratado, este trabalho visa um
estudo que possa analisar e promover um ambiente clínico que não se resuma às instalações
metódicas que mais se parecem com hospitais. Podendo propor às Clínicas de Tratamento
Mental um ambiente acolhedor que promova uma melhora eficiente da saúde de seus
internos e atividades inovadoras que transmitam sensações de tranquilidade, acolhimento,
segurança e bem-estar geral dos pacientes. Desenvolver um espaço clínico capaz de oferecer
aos internos um ambiente “familiar” agradável, que os faça sentir-se seguros e atenda suas
necessidades específicas. Oferecendo atividades que promovam uma melhoria mais rápida
de seu quadro. A clínica será de moradia assistida, que possa atender pacientes crônicos,
portadores de esquizofrenia, com condições de vida social restrita, sintomas de demência e
dificuldades no autocuidado, pacientes que apresentem quadros de: depressão, apatia,
problemas cognitivos, agnosia, apraxia, afasia, amnésia, etc.

Espera-se com o estudo poder criar um ambiente com arquitetura que favoreça no
tratamento de diversos transtornos, trazendo um ambiente acolhedor e familiar, que possa
oferecer atividades diversificadas que geralmente, na correria da vida cotidiana, a maioria
das pessoas não têm acesso ou simplesmente deixam de fazer pelo cansaço do dia-a-dia;
tendo áreas agradáveis, aconchegantes e diferentes, que visa suprir a necessidade dos
pacientes favorecendo a reinserção ao ambiente social.

O espaço terá o convívio social como principal meio do projeto, pois é indispensável
fazer com que o paciente se sinta igual aos demais, sem a opressão peculiar encontrados nos
tratamentos convencionais, fazendo-o sentir-se livre, confiante, acolhido em um ambiente
não traumatizante.

O Primeiro Capítulo descreve a História dos ambientes psiquiátricos, tendo em vista a


história dos manicômios, as instituições psiquiátricas no Brasil e a reforma psiquiátrica. O
Clínica psiquiátrica – Arquitetura da Saúde Mental 22

Segundo Capítulo menciona todos os distúrbios mentais que a Clínica tratará, definindo e
explicando cada um dos sintomas que os pacientes apresentarão tal como sua influência no
projeto. O Terceiro Capítulo relata os Estudos de Caso realizados, descrevendo a Casa do Sol
localizada no IMAS, o hospital psiquiátrico Kronstad e o Valdemars Have. Por fim o Quarto
Capítulo inicia o Projeto da Clínica Mar, onde serão descritas sua localização, conceito e
partido arquitetônico, apresentará todo o desenvolvimento do projeto até sua conclusão.
Clínica psiquiátrica – Arquitetura da Saúde Mental 23

1 Ambientes Psiquiátricos

O ícone escolhido para este capítulo foi o símbolo de uma casa, representando o
ambiente, dentro do ambiente há a representação de uma pessoa sentada com algum tipo
de transtorno mental que é representado pela mistura de cores, simbolizando a mistura de
pensamentos e sentimentos.

Figura 1 - Ambiente Psiquiátrico. Fonte: Acervo pessoal.

O termo psiquiatria surgiu no início do século XIX, sendo parte dos processos da
Revolução industrial, a partir daí a loucura começa a ser vista como um desvio de padrões de
normalidade aceitos pela sociedade, assim começa a surgir as edificações próprias para
pessoas portadoras de doenças mentais, até então os espaços destas pessoas eram os
mesmos destinados aos criminosos, mendigos e outros doentes em geral.

As primeiras edificações foram descritas por Foucault (2005) como os métodos de


controle da sociedade, o partido arquitetônico das edificações até então chamadas de
Clínica psiquiátrica – Arquitetura da Saúde Mental 24

manicômios possuíam um conceito introspectivo, onde a arquitetura era circular voltada e


fechada para o centro sendo interiorizada o que facilitava o controle e a vigilância do local.

A construção forma uma segregação do mundo exterior, sendo um lugar de reclusão


do “mundo externo”, porém nem todas as edificações da época eram assim, entretanto
todas possuíam a mesma essência.

Figura 2 - Narrenturm - Hospital Psiquiátrico na Aústria, 1784. Fonte:


<https://www.univie.ac.at/Achse/narrenturm/?lang=en>. Acesso em: 30/05/2019.

Destaca se ainda neste período o médico Philipe Pinel (1759/1820) que foi o diretor
do manicômio Bicetrê localizado em Paris, onde em 1798 obteve autorização para a
libertação dos asilados que ficaram acorrentados durante 30 anos, surgiu-se então uma
forma distinta de tratar a loucura agora preocupada com a questão moral do indivíduo e
com um caráter terapêutico observando-os e assim classificando as doenças, então “[...]
definem, pela primeira vez, a dimensão psicológica da psiquiatria (a primeira revolução
psiquiátrica no sentido da evolução científica), introduzindo lhe um sentido moral e de
liberdade [...]” (FONSECA, 1997, p.58).
Clínica psiquiátrica – Arquitetura da Saúde Mental 25

Figura 3- Bicetrê: Hospital Psiquiátrico em Paris. Fonte: <http://parisisinvisible.blogspot.com/2014/01/the-hopital-bicetre-


site-of-hundred.html>. Acesso em: 30/06/2019.

Após a Segunda Guerra Mundial surge a Reforma Psiquiátrica que repercutiu no início
em comparação com os campos de concentração nazistas em relação ao desrespeito dos
direitos humanos.

Em 1946 surgiram as comunidades terapêuticas onde “O paciente é colocado em


posição onde possa, com auxílio de outros, aprender novos meios de superar as dificuldades
e relacionar-se positivamente com as pessoas que o podem auxiliar”. (JONES, 192, p. 23,
apud AMARANTE, 1995, p.29). Destaca-se que:

[...] através da concepção de comunidade, procura-se


desarticular a estrutura hospitalar considerada segregadora e
cronificadora: o hospital deve ser constituído de pessoas,
doentes e funcionários, que executem de modo igualitário as
tarefas pertinentes ao funcionamento da instituição.
(AMARANTE, 1995, p.29).

Instituições Psiquiátricas no Brasil

No Brasil a psiquiatria surgiu durante o Período Imperial, em meados do século XIX,


onde a sociedade dividia-se em um pequeno grupo de proprietários de terras (os senhores)
e um grande grupo de escravos. Os doentes mentais das famílias abastadas eram tratados
Clínica psiquiátrica – Arquitetura da Saúde Mental 26

em suas próprias casas, os escravos eram aprisionados em asilos, geralmente administrados


pela igreja, que não ofereciam nenhum tipo de tratamento, limitando-se apenas a locais de
reclusão.

Em 1852 foi inaugurado o Hospício de Pedro II no Rio de Janeiro que foi a primeira
instituição psiquiátrica do Brasil, que era administrada pelas Irmãs de Caridade.

Figura 4 - Hospício De Pedro II. Fonte: <http://reficio.cc/publicacoes/o-rio-de-janeiro-sua-historia-monumentos-homens-


notaveis-usos-e-curiosidades/hospicio-de-pedro-ii/>. Acesso em: 30 de maio de 2019.

Em 1889 com a implantação da República iniciou-se a entrada de médicos nessas


instituições, com a separação da Igreja e do Estado, surgindo então a psiquiatria médica.

Em 1903 o país estava em uma situação insalubre com episódios constantes de febre
amarela, cólera e outras doenças, o que o fez passar por um processo de higienização,
retirando os cortiços e favelas onde estavam as maiores concentrações epidêmicas, a partir
de então a psiquiatria passa a adotar:

[...] a construção de hospícios-colônias em locais afastados


dos centros urbanos, prática que ia ao encontro dos interesses
do estado republicano, que desejava diminuir os gastos com os
“vadios” que perambulavam pelas ruas das cidades. Nestes
hospícios buscava-se a auto-suficiência dos “doentes”,
diminuindo-se conseqüentemente, os gastos do Estado.
(SANTOS, 1994, p.33)
Clínica psiquiátrica – Arquitetura da Saúde Mental 27

A Reforma Psiquiátrica no Brasil

Em 1970 se iniciou a Reforma Psiquiátrica no Brasil que fora impulsionada por


movimentos sociais pelos direitos humanos dos pacientes, foi um processo político e social
composto de diversas origens institucionais incidente em governos federais, estaduais e
municipais, universidades, conselhos profissionais, mercados de saúde, associações,
familiares de pessoas com transtornos mentais, movimentos sociais, entre outros. Em 1978
surgiu o MTSM - Movimento dos Trabalhadores em Saúde Mental considerado por
Amarante (1995) como o principal impulsionador do pensamento crítico da psiquiatria.

Entre 1987 e 1989 ocorreram duas importantes intervenções na rede hospitalar


brasileira, ambas em São Paulo; foi criado o CAPS – Centro de Atenção Psicossocial do Brasil
e uma importante reformulação na Casa de Saúde Anchieta local com inúmeras denúncias
de maus tratos e mortes de pacientes. Vide Figura 5.

Em 1989, a Reforma se inicia no Poder Legislativo lançando o Projeto de Lei do


deputado Paulo Delgado, regulamentando os direitos dos pacientes, e a extinção dos
manicômios no país.

Em 1990, foi assinada entre os países da América, a Declaração de Caracas,


pleiteando a necessidade de desospitalizar a rede de saúde mental.

Figura 5 - Casa de Saúde Anchieta. Fonte: <http://reficio.cc/publicacoes/o-rio-de-janeiro-sua-historia-monumentos-homens-


notaveis-usos-e-curiosidades/hospicio-de-pedro-ii/>. Acesso em: 30 de maio de 2019.
Clínica psiquiátrica – Arquitetura da Saúde Mental 28

Em abril de 2001, o Projeto de Lei de Paulo Delgado intitula-se como Lei Federal
10.216, onde no:

Art. 1o Os direitos e a proteção das pessoas acometidas de


transtorno mental, de que trata esta Lei, são assegurados sem
qualquer forma de discriminação quanto à raça, cor, sexo,
orientação sexual, religião, opção política, nacionalidade,
idade, família, recursos econômicos e ao grau de gravidade ou
tempo de evolução de seu transtorno, ou qualquer outra.
(BRASIL, 2001).

Em julho de 2003 surge a Lei 10.708, conhecida como o programa “De volta para
casa”, onde:

Art. 1o Fica instituído o auxílio-reabilitação psicossocial para


assistência, acompanhamento e integração social, fora de
unidade hospitalar, de pacientes acometidos de transtornos
mentais, internados em hospitais ou unidades psiquiátricas,
nos termos desta Lei. (BRASIL, 2003)

A rede extra-hospitalar, que visava a reintrodução do interno à sociedade, foi dividida


em três estruturas:

 O CAPS (Centro de Atenção Psicossocial) citado anteriormente, reunindo


pacientes de determinadas regiões e desenvolvendo diversas atividades e
acompanhamentos onde os pacientes não ficam em um sistema de
internação;
 Os SRTs (Serviços Residenciais Terapêuticos), sendo moradias com o intuito
de auxiliar pacientes que necessitam de internação de permanência longa ou
indeterminada, sendo geralmente locais alugados com um responsável e no
máximo oito pacientes;
 As UPHG (Unidades Psiquiátricas Gerais) que visa a substituição de
internações exclusivamente psiquiátricas para internações em hospitais em
geral.

Em 2002 foi publicada a Portaria/GM nº251 que “Estabelece diretrizes e normas para
a assistência hospitalar em psiquiatria, reclassifica os hospitais psiquiátricos, define e
estrutura, a porta de entrada para as internações psiquiátricas na rede do SUS e dá outras
providências”. (Saúde, 2007).
Clínica psiquiátrica – Arquitetura da Saúde Mental 29

Desta forma observamos que no Brasil a rede de locais voltadas a pessoas com
transtornos mentais começa a surgir em 1852, isto é há 71 anos atrás (a partir do ano atual
2019), temos então um histórico novo, e em pouco tempo foram criadas algumas formas de
melhorar estes locais. Hoje 18 anos após o início da Reforma Psiquiátrica que começou com
a Lei Federal 10.216 citada anteriormente, ainda existe manicômios que continuam sendo
um problema no Brasil. Por fim foi passado rapidamente a evolução da história dos hospitais
psiquiátricos e no próximo capítulo entenderemos os transtornos mentais que podem levar
uma pessoa a ficar em uma Clínica psiquiátrica.
Clínica psiquiátrica – Arquitetura da Saúde Mental 30

2 Saúde Mental – Transtornos, o que são? Como são?

Hospitais ou Clinicas psiquiátricas são locais especializados no tratamento de pessoas


com transtornos ou doenças mentais.

Figura 6 - Saúde Mental. Fonte: https://pixabay.com/pt/illustrations/sa%C3%BAde-mental-a-


forma%C3%A7%C3%A3o-do-c%C3%A9rebro-2313426. Acesso em: 28 de junho de 2019.

A Clínica Mar tem o intuito de ajudar na recuperação dos pacientes, quais são as
recuperações atendidas? Pois bem, há a recuperação psiquiátrica que faz a internação caso
o paciente apresente algum risco tanto para si mesmo quanto para outras pessoas o que o
dificulta viver em sociedade. Assim há os transtornos: psicótico, de personalidade ou
bipolaridade, borderline, depressão, esquizofrenia e entre outros.

A internação é feita caso o médico responsável no qual possuí a capacidade de


realizar o pedido de internação do paciente. Este capítulo apresenta a definição dos
distúrbios mentais que serão a especialidade da Clínica Mar. A figura escolhida para este
capitulo representa a mente (cérebro) fazendo exercício (saúde), assim chegamos ao título
saúde mental.

Esquizofrenia
Clínica psiquiátrica – Arquitetura da Saúde Mental 31

Começando pela definição,

[...] Esquizofrenia é uma doença psiquiátrica caracterizada


por alterações no funcionamento da mente que provoca
distúrbios do pensamento e das emoções, mudanças no
comportamento, além de perda noção da realidade e do juízo
crítico. (Tua Saúde, 2019).

A Esquizofrenia possui diversos sintomas dentre eles os principais são: delírios,


alucinações, pensamentos desorganizados, movimentos descoordenados e involuntários,
alterações no comportamento, falta de concentração, alterações na memória dentre outros.
O tratamento destes pacientes precisa ser feito com medicamentos definidos pelo
psiquiatra, além de psicoterapia e terapia ocupacional para assim obter uma reabilitação
mais eficaz, reintegrando o paciente ao convívio social mesmo que apenas dentro da clínica,
tentando ao máximo reproduzir uma vida cotidiana “normal”.

Figura 7 - Símbolo da Esquizofrênia. Fonte: <https://www.comportarte.com.br/index.php/comportarte-blog/42-


esquizofrenia-e-fatores-ambientais>. Acesso em: 30 de maio de 2019.

Assim o paciente o paciente esquizofrênico possui um transtorno complexo que o faz


ter dificuldades entre coisas reais e irreais, interferindo o pensamento lógico e lúcido, com
comportamentos diferentes em situações sociais. Desta forma o local para um paciente com
transtorno esquizofrênico

Conhecendo um pouco mais sobre o que um paciente com esquizofrenia pode


apresentar.

2.1.1 Apatia
Clínica psiquiátrica – Arquitetura da Saúde Mental 32

Um paciente com apatia, apresenta um estado de desânimo com ausência de energia,


tendo uma falta de: motivação, vigor físico, entusiasmo, prostração, interesses. Sendo uma
pessoa que não demonstra sentimentos ou que não se comove facilmente, o caso em que
mais vemos este tipo de sintoma é a depressão onde a pessoa fica totalmente desanimada,
perdendo assim sua saúde, pois não tem vontade nem de levantar da cama. “Apatia é
eufemismo em um mundo de pessoas tão altruístas”. (Queila Haine)

Figura 8 - Símbolo da Apatia. Fonte: <https://pt.depositphotos.com/221609528/stock-illustration-apathy-color-icon-


burnout-depression.html>. Acesso em: 30 de maio de 2019.

2.1.2 Problema Cognitivo

O problema cognitivo ocorre em pessoas que apresentam diversas dificuldades como:


o processamento de informações, atenção ou concentração, perda de memória e/ou
dificuldade de se lembrar das coisas, dificuldade de compreensão, julgamentos e raciocínios,
problemas na execução de várias tarefas, mudanças comportamentais, emocionais e
confusões.

Causas, problemas cognitivos podem ser reversíveis dependendo de sua causa.

 Anemia ou algum desequilíbrio eletrolítico é geralmente solucionado com


tratamentos adequados.
 Medicação, quando a causa é por efeito de uma medicação ocorre o
desaparecimento assim que cessar o uso do medicamento que o ocasionou.
Clínica psiquiátrica – Arquitetura da Saúde Mental 33

 Câncer, quando causados pelo câncer no cérebro, podem melhorar com os


tratamentos adequados, sendo que alguns dos sintomas podem persistir por
tempo indeterminado.
 Quimioterapia e radioterapia, porém, quando causados em pacientes com câncer
devido ao tratamento pela quimioterapia ou radioterapia os sintomas persistem
por tempo indeterminado, devido ao tratamento do paciente.

Figura 9 - Problema Cognitivo. Fonte: <http://blog.opsicologo.com.br/2016/07/psicologia-cognitiva-terapia-cognitiva.html>.


Acesso em: 30 de maio de 2019.

Figura 10 - Terapia de Problemas Cognitivos. Fonte: <http://blog.opsicologo.com.br/2016/07/psicologia-cognitiva-terapia-


cognitiva.html>. Acesso em: 30 de maio de 2019.

Os pacientes podem ser tratados com medicamentos, terapia ocupacional,


reabilitação profissional e cognitiva e treinamento cognitivo.
Clínica psiquiátrica – Arquitetura da Saúde Mental 34

2.1.3 Agnosia

A palavra Agnosia vem do grego e significa “não saber” logo pacientes que
apresentam Agnosia possuem a incapacidade de reconhecer objetos em geral e pessoas é
definida na sentença socrática "Só sei que nada sei". Os sintomas que os pacientes
apresentam dependem de onde o cérebro foi lesionado, para determinar se a pessoa possuí
ou não agnosia os médicos mostram objetos comuns e a pessoa deve identifica-los por meio
dos sentidos de visão e tato.

“As vezes eu não tenho certeza para onde devo ir. Eu me perco o tempo todo”.
(Anne, sofre de Agnosia espacial)

Figura 11 - Agnosia. Fonte: <https://amenteemaravilhosa.com.br/agnosia/>. Acesso em: 30 de maio de 2019.

2.1.4 Apraxia

Uma pessoa que apresenta apraxia possui a incapacidade de executar movimentos


precisos, pois possui um distúrbio neurológico. Uma pessoa apráxica tem dificuldades em
realizar movimentos finos, com: escovar os dentes, acenar, andar, utilizar utensílios ou
ferramentas entre outros.

A pessoa entende a tarefa que precisa realizar, porém não consegue realiza-la e
assim tendem a realizar movimentos para encurtar a tarefa. Há vários tipos de apraxia como:
apraxia onde a pessoa não consegue se vestir corretamente, apraxia que afeta a face ou a
fala, que interferem os sons linguísticos, e movimentos em geral.
Clínica psiquiátrica – Arquitetura da Saúde Mental 35

Figura 12 - Apraxia. Fonte: <https://www.vero.com.br/meu-filho-nao-fala-e-agora-saiba-o-que-e-apraxia/>. Acesso em: 30


de maio de 2019.

2.1.5 Afasia

Pessoas que apresentam afasia possuem uma dificuldade de se comunicar de forma


adequada afetando a capacidade de falar ou se expressar, compreender a linguagem verbal
e escrita e a capacidade de escrever.

Os pacientes possuem afasia com causadas por lesões cerebrais no lado esquerdo do
cérebro, principalmente em regiões próximas as têmporas e frontais onde a maior parte da
população possui as redes neurais que são responsáveis pelas funções cerebrais da
linguagem.

Tipos de Alterações
Tipos de Afasia
Fluência Compreenção Nomeação Repetição
Broca X  X X
Wernicke  X X X
Global X  X X
Condução   X X
Anômica   X 
Motora X  X 
Transcor-
Sensorial  X X 
tical
Mista X X X 
Tabela 1 - Tipos e sintomas de afasias. Fonte: Elaborado pela autora a partir de dados de https://www.einstein.br/guia-
doencas-sintomas/afasias. Acesso em: 28/06/2019.

A tabela 1 mostra os tipos de afasia e as alterações em cada uma sendo que o “X”
representa a incapacidade e o “” a capacidade.
Clínica psiquiátrica – Arquitetura da Saúde Mental 36

2.1.6 Amnésia

A Amnésia é o distúrbio mais conhecido popularmente falando, é o principal


distúrbio referente a memória com causas diversas. O paciente com amnésia pode possuir
perda total ou parcial da memória, podendo ocorrer permanentemente ou parcialmente.

As principais causas ocorrem devido a acidentes como: traumatismo craniano, AVC,


tumor cerebral, crise epilética, Alzheimer, infecções cerebrais, distúrbios
neurodegenerativos em geral entre outros; ou também por Choques psicológicos devidos a
algum trauma, alcoolismo crônico, intoxicações por monóxido de carbono etc.

Os principais tipos de amnésia são:

 Síndrome Amnésica provocada por lesões em ambos os lados do cérebro sendo a


mais grave;
 Síndrome Korsakoff provocada por excesso de álcool levando a carência de vitamina
B1;
 Seletiva provocada pela degeneração dos neurônios do Lóbulo temporal externo
levando a perda do sentido das palavras;
 Síndrome do Buraco Negro provocada por uma disfunção temporária do circuito
cerebral levando a perda de uma parcela de seu passado ou de algo que acabou de
acontecer;
 Alzheimer provocada pela própria doença levando a guardar memória mais antigas e
esquecer memórias recentes;
 Estresse pós-traumático provocado por algum acontecimento violento capaz de
transformar algo em trauma, levando o paciente a esquecer parcelas inteiras de seu
passado inclusive seu próprio nome;

Depressão

A depressão é um distúrbio que causa uma grande tristeza, perda de interesse, falta
de apetite, falta de ânimo, ausência de prazer e oscilação de humor, que podem ocasionar
ou não pensamentos suicidas. A depressão precisa de acompanhamento médico tanto do
psicólogo quanto do psiquiatra, para se adquirir um tratamento e um diagnóstico
Clínica psiquiátrica – Arquitetura da Saúde Mental 37

adequado. Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde a depressão atinge cerca de


300 milhões de pessoas no mundo isto é 9,82% da população.

A depressão é diferente da tristeza propriamente dita, pois, a tristeza pode ser


provocada por algo ocorrido no cotidiano, onde a pessoa sofre com este fato até entender
o que realmente está acontecendo isto ocorre por no máximo quinze a vinte dias. Já a
depressão se fixa e se não for feito um tratamento pode piorar passando por três estágios:
o leve, o moderado e o grave. Há vários tipos de depressão como a depressão psicótica,
pós-parto, sazonal, atípica e bipolar.

Alguns dos gatilhos mais comuns que ocasionam a depressão são:

 Fatores genéticos;
 Neurotransmissores alterados;
 Eventos traumáticos;
 Doenças crônicas;
 Abuso de substâncias químicas;
 Efeitos colaterais de medicamentos;
 Acúmulo de estresse.

E a prevenção da depressão pode ser feita na maioria dos casos com:

 Exercícios físicos;
 Técnicas de relaxamento;
 Religiosidade;
 Are-terapia;
 Lazer;
 Boa qualidade de sono;
 Alimentação saudável;
 Prevenção de doenças, se existirem.

O tratamento para a depressão inclui geralmente remédios e psicoterapia, variando


de paciente para paciente e cada vez mais os tratamentos veem normalizando as alterações
cerebrais que se associam a depressão. A maioria dos casos de pacientes com risco grave de
depressão apresentam sinais através de fala (direta ou indireta) e comportamentos. Desta
forma observar o paciente é fundamental para ajuda-lo, não precisa de “seguir” o mesmo
Clínica psiquiátrica – Arquitetura da Saúde Mental 38

por todo canto, mas sim observar reações, ações diferentes, falas que podem ter algum
outro sentido ou que não fazem sentido e procurar porque ele disse isto, atos inesperados,
manias diferentes entre outras. Desta forma, um paciente que apresenta depressão precisa
de um espaço que o faça interagir com o meio, e que não o faça se sentir preso e vigiado,
trazendo um local seguro e interativo, com atividades que o mantenha ocupado afim de
minimizar pensamentos ruins que possam vir a aparecer, pavimentos térreos são ideais para
pacientes com depressão, pois o pensamento suicida é algo que pode vir a acontecer.

Figura 13 - Depressão. Fonte: https://www.vittude.com/blog/13-sintomas-de-depressao/. Acesso em: 28 de Junho de 2019.

Ansiedade

A ansiedade em si é algo normal do ser humano, entretanto a ansiedade excessiva


pode se tornar em distúrbio de ansiedade. As pessoas com transtorno de ansiedade sofrem
com preocupações e medos extremos em quaisquer atividades cotidianas, pois são difíceis
de se obter um controle. Entretanto os distúrbios de ansiedade possuem tratamento.

A ansiedade está muito relacionada a preocupação, que é um aspecto do medo, onde


há um temos de que algo não ocorra como gostaríamos, o que não pode acontecer é o
exagero. Um tempo longo de ansiedade é a ansiedade crônica que amplia o estresse e a
tensão e conduz ao aparecimento de um medo específico que pode ser real ou irreal. A
ansiedade é a resposta do corpo ao sistema nervoso, que funciona separadamente do do
pensamento racional, como se fosse um reflexo; tendo respostas para o estresse, fazendo
o corpo “lutar” em uma situação de perigo, que acontece devido a liberação de adrenalina,
causando as reações de:
Clínica psiquiátrica – Arquitetura da Saúde Mental 39

 Acelerar os batimentos cardíacos;


 Aumentar a respiração;
 Diminuir o funcionamento do intestino;
 Diminuir as pupilas;
 Aumenta a liberação de glicose;
 Aumenta a liberação de cortisol.

Assim o corpo ganha e guarda mais energia, ficando agitado.

Figura 14 - Ansiedade. Fonte: https://super.abril.com.br/blog/como-pessoas-funcionam/estudo-identifica-5-transtornos-


ligados-a-depressao-e-ansiedade/. Acesso em: 28 de Junho de 2019.

Há diversos tipos de Ansiedade como:

 TAG – Transtorno de Ansiedade Generalizada;


 TOC – Transtorno Obsessivo Compulsivo
 Síndrome do pânico;
 Ansiedade noturna;
 Fobia social;
 Fobias específicas;
 Transtorno de estresse pós-traumático.

O paciente com ansiedade precisa de locais para “extravasar” literalmente, o acumulo


de energia e a agitação são frequentes nestes pacientes, locais para correr, fazer exercícios e
Clínica psiquiátrica – Arquitetura da Saúde Mental 40

locais para relaxar são fundamentais, pois pacientes com este tipo de transtorno não
conseguem descansar, assim o tratamento com medicamentos e, ou terapia é fundamental
para a melhora, após vir a agitação um local para relaxar e que o faça diminuir a frequência
cardíaca acelerada é fundamental. Interação com a natureza o uso de verde e azul na
edificação acalmará o paciente, ajudando na sua recuperação, além da interação com outros
pacientes para que não se sinta sozinho e com medo.

Bipolaridade

Transtorno Afetivo Bipolar, este transtorno se caracteriza com alterações de dois


polos diferentes de pensamentos, o polo depressivo e o polo eufórico, que podem se
alternar de forma inesperada e intensa, esses polos podem acontecer num período de
meses ou semanas.

O polo depressivo é semelhante a depressão citada anteriormente, o paciente


apresenta pessimismo, baixa autoestima, insônia, isolamento, perdas de interesse entre
outros. Pode ser considerado também como transtorno bipolar depressivo.

O polo eufórico ou polo da mania, faz o paciente se sentir quase como na ansiedade
citada anteriormente, se sentindo alegre, eufórico, autoconfiante, hiperativo e falante,
ainda pode apresentar sintomas parecido também com o psicótico apresentando falta de
avaliações em quaisquer situações principalmente de risco, delírios de grandeza, aumento
da libido e atividade sexual, e pode se irritar facilmente.

Uma pessoa com o transtorno bipolar apresenta flutuações de humor onde os


negativos passam a ser enormes pontos negativos, atuando em reações e são geralmente
desproporcionais a real situação. O paciente apresenta os sentimentos de:

 Angústia;
 Ansiedade;
 Apatia;
 Culpa;
 Descontentamento;
 Euforia;
 Mudanças súbitas de humor;
Clínica psiquiátrica – Arquitetura da Saúde Mental 41

 Perda de interesse;
 Raiva;
 Tristeza.

Figura 15 - Bipolar. Fonte: https://www.ativosaude.com/saude-mental/transtorno-bipolar/. Acesso em: 29 de Junho de


2019.

A imagem 15 representa os dois polos do paciente o mesmo ainda pode apresentar


alterações no comportamento como:

 Agitação;
 Agressividade;
 Autolesão;
 Choro Excessivo;
 Hiperatividade;
 Impulsividade;
 Irritabilidade.

O intelecto pode ser alterado e apresentar:

 Falsa imagem de superioridade;


 Falta de Concentração;
 Ilusão;
 Lentidão na execução de atividades;
Clínica psiquiátrica – Arquitetura da Saúde Mental 42

 Pensamento e fala acelerados;

Além disso apresentam ainda:

 Ansiedade;
 Depressão;
 Episódios maníacos;
 Excesso ou falta de sono;
 Fadiga;
 Ganho ou perda de peso;
 Inquietação;
 Paranoia.

O que causam as mudanças de polos no paciente são o desequilíbrio dos


neurotransmissores combinados com fatores externos e com fatores psicológicos. Sendo
assim Pacientes que apresentam o transtorno afetivo bipolar, precisam de um local
adequado para seus dois polos de personalidade (ou mais polos entre eles), ou seja os locais
para depressivos e os locais para pessoas com ansiedade também são adequados par
pessoas bipolares visto que podem apresentar os mesmos sintomas de outros transtornos.

Borderline

O Transtorno de Personalidade Borderline também conhecido como transtorno de


personalidade limítrofe, é um transtorno onde o paciente apresenta mudanças súbitas de
humor, com comportamentos impulsivos e autodestrutivos, onde o paciente passa por
episódios de raiva, depressão e ansiedade. Os sintomas que aparecem nestas pessoas são:

 Agressividade;
 Alterações de humor;
 Autoimagem distorcida;
 Automutilação;
 Baixa autoestima;
 Comportamento suicida;
 Descontrole emocional;
 Emoções intensas;
 Imprudência;
Clínica psiquiátrica – Arquitetura da Saúde Mental 43

 Impulsividade;
 Relações instáveis;
 Sentimento de abandono;
 Solidão;
 Tendências compulsivas;

Este transtorno é uma condição mental complexa e grave, pois os sintomas são
sempre instáveis e podem vir de um modo súbito, desenfreado, caótico e avassalador,
acontecendo a qualquer momento. Os diagnósticos são compreendidos por um padrão de
instabilidade em relações interpessoais, onde os fatores externos são o principal gatilho para
que os sintomas aconteçam, e também podem ser realizados em conjunto com fatores
internos (sentimentais).

Figura 16 - Borderline. Fonte: http://www.espaconelsonpires.com.br/noticias/personalidade-borderline/. Acesso em: 29 de


Junho de 2019.

Desta forma o paciente precisa de um ambiente onde possa se sentir acolhido, que
não ofereça riscos e que o faça ficar ocupado na maior parte do dia, além de precisar de
locais externos para interação com o ambiente e de locais internos que o façam se sentir
mais calmo, não dando a ele a sensação de estar em um hospital, pois o mesmo pode
associar este fato com algo ruim e ocasionar alguma crise momentânea.
Clínica psiquiátrica – Arquitetura da Saúde Mental 44

Transtorno Psicótico

O transtorno psicótico ou psicose é caracterizado por uma desordem de personalidade, a


psicose é um estado mental que faz o individuo perder o contato com a realidade
apresentando um comportamento antissocial e há tratamento, já a psicopatia é uma
condição mais grave da psicose, onde não há tratamento, o paciente apresenta uma
desordem de personalidade. Existem diversos tipos de psicoses e transtornos psicóticos
como a esquizofrenia e a bipolaridade falados anteriormente. A psicose possui três causas,
sendo elas resultantes de:

 Abuso de drogas ou álcool;


 Condição mental os psicológica;
 Norma sanitária médica geral.

As causas da psicose são devido a fatores sociais, biológicos e psicológicos e pode


ocorrer em diversos casos e para cada caso há uma causa específica. Alguns deles são:

 Abstinência de Álcool;
 AIDS;
 AVC;
 Cistos no cérebro ou tumores cerebrais;
 Depressão grave;
 Doença de Alzheimer;
 Epilepsia;
 Estresse psicológico;
 Infecções e Canceres do sistema nervoso central;
 Insuficiência renal ou hepática;
 Lúpus;
 Privação do sono;
 Sífilis;
 Transtorno bipolar;

O abuso de drogas e álcool são o principal gatilho para a psicose e esse tipo de
doença pode surgir em qualquer idade. Os sintomas mais frequentes em pacientes
com este tipo de transtorno são:
Clínica psiquiátrica – Arquitetura da Saúde Mental 45

 Agitação;
 Alucinações;
 Delírios;
 Fala incoerente;

O tratamento inclui medicamentos e psicoterapia, estes tipos de transtornos são


caracterizados por padrões de comportamento e interação interpessoal. Desta forma o
paciente com transtorno psicótico precisa de um ambiente que o traga o seu próprio espaço
para seus momentos interpessoais e de locais onde estimulem a interação com outros
pacientes, para que não aja comportamentos que o faça se isolar dos demais. Locais com
janelas e ventilação são ideais para que o mesmo não se sinta preso e isto o faça ficar
agitado.

Figura 17 - Psicose. Fonte: https://amenteemaravilhosa.com.br/transtorno-psicotico-breve/.Acesso em: 29 de junho de


2019.

Vimos então que ao todo os pacientes com os transtornos citados anteriormente precisam
de espaços aconchegantes, estimulantes, livres, que os façam recuperar e perder energia,
que os façam interagir tanto com o meio quanto com as pessoas ao redor, ambientes claros
e que não os traga sensações de perigo, vamos entender agora como funciona a mente
conforme os estímulos ambientais e sensoriais.
Clínica psiquiátrica – Arquitetura da Saúde Mental 46

3 Psicologia Ambiental

Este capítulo relata sobre como a arquitetura ambiental pode influenciar no


tratamento e no comportamento dos internos. Aborda ainda como o indivíduo capta os
estímulos detectados no ambiente e como estes interferem no comportamento; mostrando
a relação paciente x ambiente contribui na evolução do tratamento. Mostra os principais
fenômenos comportamentais relacionados ao ambiente clínico, no intuito de embasar a
contribuição da arquitetura ambiental à evolução do tratamento do interno.

Figura 18 - Psicologia Ambiental. Fonte: https://www.proprofs.com/quiz-school/story.php?title=hemisfrio-esquerdo-vs-


hemisfrio-direito. Acesso em: 29 de junho de 2019.

Segundo a dissertação de pós-graduação de Leonora da Silva (2008), Diretrizes para a


Arquitetura Hospitalar pós-reforma psiquiátrica sob o olhar da psicologia ambiental será
abordado a importância da arquitetura na psicologia.

Estudiosos da área de arquitetura perceberam que o ser humano sempre construiu


seu “refúgio” que busca refletir seus valores sociais, culturais, seu período e lugar. “Quando
homens constroem casas, eles criam não somente um ambiente físico, mas um ambiente
psicológico de significados, um mundo simbólico que reforça uma combinação de gostos e
valores” (ITTELSON et al., 1974, p.1, tradução nossa).Os estudos da psicologia ambiental
tratam sobre a relação entre o usuário e seu espaço, este campo de estudo é
Clínica psiquiátrica – Arquitetura da Saúde Mental 47

consideravelmente recente, que passou a se desenvolver na década de 1960 onde surgiram


eventos oficializando o tema como disciplina, com raízes de caráter multidisciplinar
acolhendo diversas disciplinas de demasiadas áreas, como psicologia, arquitetura, geografia,
sociologia, história e antropologia. Vamos começar com o estudo de Baterson (1986).

Sempre coloquei em minha vida as descrições de varas,


pedras, bolas de bilhar e galáxias em uma caixa, o
pleroma1, e deixei-as em paz. Na outra caixa coloquei as
coisas vivas: caranguejos, pessoas, problemas de beleza e
problemas de diferença. (BATERSON, 1986, p.15 apud
OKAMOTO, 2002, p.14).

A primeira caixa é o local onde guardamos coisas que não sentem (coisas mortas),
como anéis, bolsas, copos e objetos diversos; já a segunda caixa é o local onde colocamos
coisas com sentimentos (coisas vivas), como animais, familiares, problemas, soluções entre
outros.

Assim, segundo Baterson (1986, apud Okamoto, 2002), a Arquitetura deveria


acompanhar a segunda caixa, haja visto que o ambiente interfere diretamente no
comportamento das “coisas vivas”; que, frequentemente, fica no esquecimento quando na
primeira caixa, devida à demasiada importância dada à funcionalidade do local.

Ao longo da História da Arquitetura, estudiosos observaram como o ser humano


construiu seus refúgios, frequentemente refletindo a carga de valores sociais e culturais de
seus povos, períodos e lugares.

“Quando homens constroem casas, eles criam


não somente um ambiente físico, mas um ambiente
psicológico de significados, um mundo simbólico que
reforça uma combinação de gostos e valores” (ITTELSON et
al., 1974, p.1, tradução nossa)

Neste caso, a casa representa não somente um abrigo, um espaço físico a ser usado
para o desenvolvimento das tarefas de necessidades diárias; mas também como um
ambiente pensado para suprir um conforto psicológico, emocional e físico em harmonia. Na

1 Pleroma: Refere-se à totalidade do poder Divino, também pode representar a plenitude em contextos
teológicos cristãos.
Clínica psiquiátrica – Arquitetura da Saúde Mental 48

Psicologia Ambiental estuda-se a relação espaço x usuário, enfatizando que esta relação
pode ser sinomórfica2. Este estudo é um campo que pode ser considerado recente,
passando a ser mais intenso a partir dos anos 60, quando surgiram congressos, conferências
e seminários que tratavam deste tema e oficializaram-no como disciplina. Sua base possui
caráter multidisciplinar, que engloba história, antropologia, biologia, sociologia, psicologia,
arquitetura e geografia; que, de certa forma, trabalham no linear entre o ser humano e seu
meio físico.

Analisando a relação usuário x ambiente, é possível compreender que este processo


ocorre sistematicamente em etapas, cronologicamente conforme ocorrem. Observe o
fluxograma 1. Podemos também observar a influência dos aspectos físicos no
comportamento do indivíduo ou vice-versa. O comportamento humano pode ser modificado
pelo ambiente tanto quanto o ser humano pode modificar o ambiente com seu
comportamento.

Pela mente seletiva, diante do bombardeio de


estímulos, são selecionados os aspectos de interesse ou
que tenham chamado a atenção, e só aí é que ocorre a
percepção (imagem) e a consciência (pensamento,
sentimento), resultando em uma resposta que conduz a
um comportamento. (OKAMOTO, 2002, p.27).

Os elementos que constituem um espaço são os estímulos transmitidos ao ser


humano, segundo Okamoto (2002) os atributos físicos são classificados como elementos
objetivos de um processo e estão ligados a composição espacial arquitetônica, a partir do
momento que o ser humano recebe esses estímulos ele possuí a reação, entretanto, a “[...]
percepção destes estímulos depende não somente das condições físicas/psicológicas do
observador, mas também da capacidade do ambiente de proporcionar as informações e do
contexto social e cultural em que este processo está inserido” (Vasconcelos, 2004, p.64).

A primeira etapa é a etapa da percepção que intercala tanto os elementos subjetivos


quanto os elementos objetivos, no qual se dá ao recebimento da informação

2
Sinomórfica - Adjetivo empregado ao ambiente quando este possui componentes, regras e propósitos que
estão em harmonia com o comportamento exteriorizado do ser humano, ou seja, ambiente e comportamento
estão em uma relação de simbiose.
Clínica psiquiátrica – Arquitetura da Saúde Mental 49

transformando-a em informação legível ao corpo fazendo assim uma “tradução” da


informação.

Estimulos do meio
• Meio Físico
• Elementos objetivos
Percepção
• recebimento/obtenção, Seleção, Transdução
• Elementos objetivos e subjetivos
Consciência
• Tratamento
• Elementos subjetivos
Comportamento
• Ação
• Elementos Subjetivos
Fluxograma 1 - Etapas de relação entre usuário e ambiente. Fonte: Elaborado pela autora com dados de OKAMOTO, 2002.

A segunda é a etapa da consciência é o período após as informações serem


traduzidas, e a mesma ocorre unicamente de questões ligadas aos elementos subjetivos.

A etapa final é o resultado das duas etapas anteriores transformadas em ação, que
submete o controle do sujeito e assim decorrera ao comportamento que fora tomado
(sendo então o elemento subjetivo).

A função dada aos arquitetos se encontra na ação dentro de todo o processo,


intervindo em elementos objetivos, ao se projetar características ambientais e, por
consequência interferir nos estímulos que o meio poderá transmitir, assim as informações
são compreendidas e estimuladas facilitando assim a percepção por parte do ser
propriamente dito.

A estrutura geral do ambiente terrestre segundo Okamoto (2002) pode ser


fragmentada em dois amplos conjuntos fundamentais: A matéria e a energia.

[...] objetos, pessoas e animais são feitos de


matéria; a luz do sol ou de uma lâmpada, o som que vem
do rádio, a chama que aquece a panela no fogão são
diferentes tipos de energia (eletromagnética, mecânica e
térmica, respectivamente), sejam elas energias refletidas
ou produzidas pelos objetos, pessoas e animais.
(TIEDERMANN E SIMÕES, 1985, p.4 apud OKAMOTO, 2002,
p.33).
Clínica psiquiátrica – Arquitetura da Saúde Mental 50

Entretanto para Gibson (1996) o meio ambiente terrestre é constituído por constantes que
dominam a conexão entre o ser humano e seu ambiente. Sendo elas:

I. Forma rígida da terra – que fornece suporte para a permanência e o movimento nas
relações espaciais, permitindo a percepção da localização, das formas e dos
tamanhos;
II. A Gravidade – que estabelece os planos verticais e horizontais, proporcionando os
movimentos e a posição vertical;
III. As Radiações eletromagnéticas – que pelo meio da luz e da temperatura, comandam
os ciclos dia e noite que exercemos em nosso ritmo de vida e de comportamentos.
IV. A luz – que evidencia todas as formas através da reflexão. Sendo dividida entre a luz
do ambiente (relacionado aos elementos naturais- Sol e Lua) e luz radiante;
V. O ar – que é o meio que transmite um fluxo de ondas eletromagnéticas, de vibrações
e outras informações, permitindo-nos o deslocamento no espaço.

Há, assim, numerosos estímulos energéticos nos rodeando, originado do meio ambiente
em que vivemos. Imagina-se então um campo repleto de diversas energias das mais variadas
que formam e aumentam em sua maioria as ondas de naturezas energéticas e, os seres vivos
são como receptores e captadores de todas estas ondas energéticas. É através da percepção
que o ser humano busca o conhecimento, por meio dos sentidos, dos ambientes, dos
objetos ou de situações que ocorrem ao seu redor. Todavia este ato está desassociado da
condição humana. Sendo assim o ser humano não pode analisar uma percepção fora de um
contexto de tempo e espaço. Sendo o contexto tempo e espaço condicionantes do processo
de percepção da condição humana.

Segundo Mearleau-Ponty (1999), há ainda outra questão sobre a estrutura da


percepção é que compreendemos os objetos os relacionando a outros objetos, ou seja, o
objeto só se torna “visível” pois há um contraste do mesmo relacionado a um outro objeto
no fundo dele. Ao projetar um ambiente a totalidade da percepção e do conjunto de
relações cai em esquecimento, e se dá destaque aos atributos estéticos e funcionais, onde
corre o risco de focar apenas em algum dos estímulos (geralmente o visual), minimizando ou
ignorando os demais que resultam no desequilíbrio da relação entre ser humano e
ambiente. Vamos entender mais sobre estes estímulos a seguir.
Clínica psiquiátrica – Arquitetura da Saúde Mental 51

Recepção e obtenção dos estímulos

Os órgãos dos sentidos possuem células que são responsáveis por receber,
selecionar, transformar e transmitir informações a todo o sistema nervoso do indivíduo.

Os receptores segundo Tiedermann e Simões (1985, OKAMOTO, 2002, p.56) são


divididos em três categorias:

I. Extero-receptores: Sendo a responsável pela captação dos estímulos exteriores para


o organismo, assim são a porta de entradas das informações captadas e recebidas
pelo indivíduo sendo tradicionalmente chamada de os cinco sentidos: visão, audição,
olfato, paladar e tato. Os Extero-receptores são divididos em dois sendo eles: a
distância que permite o recebimento de informações que estão afastadas
fisicamente do ser humano (olhos, nariz e ouvidos, são os responsáveis por essas
captações) e o imediato que consiste em um contato direto do ser humano (o órgão
transmissor deste tipo é o tato por meio de pele, músculos e paladar). Entretanto a
pele por ser o responsável por trocas de calor também pode ser considerada um
receptor a distância por condução de energias.
II. Próprio-receptores: Fornecendo todas as informações ao corpo humano, sendo elas
de movimento, postura ou equilíbrio.
III. Intero-receptores: Ligado ao subconsciente e aos órgãos internos do ser humano,
pode ser representada pela fome (causada pelo sentido de nutrição) ou pela sede
(causada pelo sentido da hidratação).

Assim a teoria de detecção de informações se baseia na detecção de informações


absorvidas do ambiente, deixando assim as sensações recebidas em segundo plano Gibson
lança então uma nova visão diferente dos cinco sentidos conhecidos aristotelicamente,
trabalhando com os sistemas perceptivos e os classificando em sistemas sendo então o
sistema: básico de orientação, visual, paladar-olfato, háptico e auditivo. Surgindo assim o
sistema básico de orientação e fazendo a junção dos dois sistemas tradicionalmente
conhecidos criando o paladar-olfato. A junção ocorre da interligação direta que estes dois
sentidos possuem, pois, nossa boca/garganta está ligada diretamente as nossas vias nasais,
Clínica psiquiátrica – Arquitetura da Saúde Mental 52

sendo um o auxílio de outro nas informações geradas e enviadas ao cérebro, agindo como
um só.

Os sistemas:

 Sistema básico de Orientação – É o sistema que efetua o deslocamento do ser


humano no espaço, utiliza grande parte dos canais sensoriais, colocando em
evidência a importância do sentido vestibular, sendo responsável pela noção de
equilíbrio e gravidade do ser humano, auxiliando na coordenação motora e nas
posturas, responsável também pela posição do ser humano relacionado ao espaço
tridimensional, relacionado as noções dos conjuntos: frente e trás, baixo e cima,
direita e esquerda, detectando assim a organização do ambiente em que se está
situado. Está diretamente ligado ao órgão do ouvido interno ou labirinto que é o
responsável pelo sentido espacial, pois possui vias semicirculares com um liquido em
seu interior, assim o ouvido interno trabalha com uma bolsa cheia de pelos
mergulhados em líquido captando informações sobre nosso posicionamento devido
a movimentação do fluído. Portanto o sistema de orientação está ligado
diretamente aos sistemas perceptivos, e quando o seu funcionamento está
comprometido a maioria dos demais sistemas também possuem comprometimentos
em seu desempenho.
 Sistema Visual – É o sentido mais utilizado entre os seres humanos, aumentando o
grau de importância no estilo de vida do ser humano, considerado então “[...]
predominantemente um animal visual. Um mundo mais amplo se lhe abre e muito
mais informação, que é espacialmente detalhada e específica, chega até ele através
dos olhos, do que através dos sistemas sensoriais da audição, olfato, paladar e tato.”
(TUAN, 1980, p.7). Segundo Okamoto (2002) o sentido da visão ocupa 87% das
atividades divididas entre os cinco sentidos conhecidos aristotelicamente, assim a
mesma dá a sensação de que o que se vê é a realidade objetiva. A visão permite que
seja observado a distância e possui a “missão” de verificar a segurança do espaço
reconhecendo assim possíveis perigos. “Desde o início, o primeiro ato da visão é
enxergar a configuração de tudo ao nosso redor e reconhecer imediatamente se algo
constitui um perigo ou se afeta nossa sobrevivência”. (OKAMOTO, 2002, p.118).
Portanto observamos, decodificamos e identificamos todas as configurações
Clínica psiquiátrica – Arquitetura da Saúde Mental 53

espaciais e objetos que estão em sua volta. Assim possuímos contornos e silhuetas
de um modo de visão geral e os detalhes só são observados numa segunda visão em
um outro momento (quando a atenção não é mais geral e passa a ser direta). O
modo de visão geral equivale a uma visão superficial trazendo apenas a aparência
externa da forma. Segundo Okamoto (2002) distinguimos a visão em três níveis
gradativos: o primeiro é a configuração dos objetos e dos seres (visão geral que
muitas vezes não é nítida), a segunda é a visão de volume, dita pelo jogo de luz e
sombra (onde temos a sensação do que está próximo ou não), e a terceira que é a
sensação do peso, pela textura e padrão (onde já temos os detalhes do nosso objeto
e textura do mesmo). Existe também a tridimensionalidade que é percebida através
da visão estereoscópica disponibilizando a noção de volumetrias e a eletromagnética
que aumento ou diminui a quantidade de luz aos olhos humanos, com uma faixa de
luz ultravioleta ou infravermelha.
 Sistema Paladar e Olfato – São os sentidos que possuem recordações guardadas em
nossa memória por tempo indeterminado, pois o ser humano está frequentemente
ligado a vários odores, fato este que ocorre porque a respiração ou o ato de respirar
não pode ser interrompido ou pausado igual aos demais sentidos quando ocorre o
ser humano morre. “Os cheiros atraem, repelem, excitam, causam ojeriza ou repulsa
nas pessoas. Generalizando, também se pode dizer isso de um ambiente. É a
primeira impressão de compatibilidade. Pelo olfato estabelecemos o contato efetivo
com o mundo, sem necessidade de intérprete.” (OKAMOTO, 2002, p.126). O cheiro
de alguém pode transmitir diversos sentimentos como simpatia ou repulsa ou até a
personalidade do indivíduo. Afeta o humor e causa alterações comportamentais.
Entretanto o seu aspecto mais importante é o que se liga a memória do ser humano,
pois o cheiro pode reavivar diversas sensações, lembranças e comportamentos, nos
fazendo relacionar uma determinada situação a um determinado aroma ou odor.
Nos dias atuais o ser humano prioriza a desodorização dos ambientes e faz deste ato
algo constante no cotidiano do ser humano. “Seu ambiente ideal pareceria requerer
a eliminação de ‘cheiros’ de qualquer tipo. A palavra ‘odor’ quase sempre significa
mal cheiro.” (TUAN, 1980, p.11). Já o paladar é o sentido que trabalha em conjunto
com o olfato, auxiliando na nossa alimentação, trazendo a sensação de prazer ao
saborear alimentos, de gostos e temperos variados que condizem com a sensação
Clínica psiquiátrica – Arquitetura da Saúde Mental 54

do ato da refeição. Este sentido é o primeiro sentido desenvolvido ao nascer e o


último a retroceder na velhice, as papilas gustativas que se localizam na superfície da
língua que são as responsáveis por receber as informações e enviar para o cérebro.
 Sistema Háptico – É responsável por diferenciar diferentes texturas e temperaturas,
é um sistema relacionado ao toque, percebe assim formas, dimensões, volumetrias e
texturas e nos ajuda a compreender o meio à nossa volta. Através do toque
compreendemos uma grande e diversa quantidade de informação sobre o nosso
ambiente. O controle e ajuste das temperaturas são de suma importância para o
nosso corpo. O musculo do corpo humano se distende e se contrai conforme a
variação da temperatura, e é através das diferenças que descobrimos os estímulos
enviados no nosso ambiente.
 Sistema Auditivo – É o sentido que está frequentemente ligado ao exterior, pois está
aberto para o ambiente e é capaz de rastrear perigos ou ruídos diferentes do som
predominante em que o ser está inserido, rastreando qualquer ameaça. “O som nos
leva diretamente ao interior do mundo físico [...]. Com a visão, permanecemos na
superfície do objeto. Batendo e ouvindo o som, penetramos no seu interior.”
(OKAMOTO, 2002, p.144). A sensibilidade auditiva média do ser humano está entre
16.000 a 20.000 Hz sendo considerado pouco se comparado a um animal que ao
utilizar o sentido para caça chega a 120.000 Hz (em morcegos por exemplo).
Segundo Tuan (1980), somos mais sensíveis ao som do que a visão, devido ao fato de
que a visão nós possuímos o controle, pois quando não queremos ver fechamos os
olhos, mas se não queremos ouvir não podemos fechar os ouvidos voluntariamente,
apenas com o auxílio de algum objeto. Outro fato exposto por Tuan é a sensação de
contração do espaço. “O próprio espaço se contrai, porque nossa experiência de
espaço é aumentada grandemente pelo sentido auditivo, que fornece informações
do mundo além do campo visual”. (TUAN, 1980, p.11).

Portanto compreende-se que um ambiente está diretamente ligado ao estimulo do


meio físico e a elementos objetivos que influenciam diretamente no comportamento de um
indivíduo. Assim o ambiente precisa fornecer um espaço que estimule os sentidos: Básico de
orientação, visual, paladar/olfato, háptico e auditivo.
Clínica psiquiátrica – Arquitetura da Saúde Mental 55

Para atender ao sistema básico de orientação precisamos de um ambiente de fácil


acesso entre os seus cômodos e que não haja mudanças súbitas de altura causando o
desequilíbrio do paciente.

Para o sistema visual utilizaremos a psicologia das cores, trazendo um ambiente


visualmente agradável e confortável.

Para o sistema de paladar é necessário que a comida do refeitório do local seja de boa
qualidade e que não seja caracterizada por “comidas de hospitais”, já para o olfato, além das
comidas temos também o ambiente externo, com flores e plantas que possam trazer um
aroma agradável ao ambiente.

Para o sistema Háptico traremos texturas diferentes nas paredes dos ambientes assim
como um local próprio para se trabalhar com texturas.

Por fim para o sistema auditivo teremos sala de música, além do ambiente externo
também que por ser arborizado trará pássaros que cantam e transmitem uma sensação de
paz direta para o paciente.

A seguir veremos os índices de transtornos mentais no mundo.

Índices

Figura 19 - Mapa de Transtornos mentais no mundo. Fonte: <https://www.nexojornal.com.br/grafico/2018/07/13/Os-


transtornos-de-sa%C3%BAde-mental-no-mundo-por-idade-e-g%C3%AAnero. Acesso em: 30/05/2019>. Acesso em:
30/05/2019.
Clínica psiquiátrica – Arquitetura da Saúde Mental 56

O Mapa de Transtornos mentais (figura 19) mostra um gráfico de 2018 onde percebe-
se que no Brasil o transtorno de ansiedade é o mais dotado.

Porcentagem da População que apresenta Transtornos

3,5

2,5

1,5

0,5

0
Esquizofrenia Ansiedade Bipolaridade Depressão

0 à 14 anos 15 à 24 anos 25 à 39 anos 40 à 64 anos mais de 65 anos

Figura 20 - Gráfico de Porcentagem de Transtornos mentais. Fonte: Elaborado pela autora com dados de
https://www.nexojornal.com.br/grafico/2018/07/13/Os-transtornos-de-sa%C3%BAde-mental-no-mundo-por-idade-e-
g%C3%AAnero. Acesso em: 28/06/2019.

No Gráfico apresentado na figura 20 vemos a porcentagem de pessoas que possuem os


transtornos de Esquizofrenia, ansiedade, depressão e bipolaridade com base em faixas etária
divididas em: 0 a 14 anos, 15 a 24 anos, 25 a 39 anos, 40 a 64 anos e mais de 65 anos, com
base na população do mundo inteiro, onde:

 Da população de 0 a 14 anos – O transtorno predominante é o da depressão que


acarreta 0,81% da população desta faixa etária, em segundo lugar há a ansiedade
com 0,57%, em terceiro a bipolaridade com 0,26% e pôr fim a esquizofrenia com
0,06% da população.
 Da população de 15 a 24 anos – O que predomina é a bipolaridade com 1,72% da
população, depois temos a depressão com 0,87% e perto dela a ansiedade com
0,28% e por fim esquizofrenia com 0,28%.
 Da população de 25 a 39 anos – O transtorno predominante é também a
bipolaridade com 2,5% da população, em seguida a depressão com 1,49%, logo após
a esquizofrenia com 1,47% e pôr fim a ansiedade com 1,32%.
Clínica psiquiátrica – Arquitetura da Saúde Mental 57

 Da população de 40 a 64 anos - O transtorno predominante continua sendo a


bipolaridade com 3,09%, em seguida a depressão com 2,94%, a terceira a
esquizofrenia com 2,52% e pôr fim a ansiedade com 2,36%.
 Da população acima de 65 anos – O transtorno que predomina desta vez é a
depressão com 3,71%, seguida da bipolaridade com 3,04%, após a ansiedade com
2,37% e por último a esquizofrenia com 1,8%.

Considerando os resultados realizados com base nas informações adquiridas no


Nexos Jornal em 2018 e estudos realizados pelo Global Burden of Disease – IHME, a
população acima de 25 anos possuí maiores índices de se apresentar transtornos mentais,
assim a Clínica Mar será desenvolvida para pessoas nesta faixa etária.

Ainda se observa que considerando faixas etárias de cinco em cinco anos as pessoas
que apresentam maiores índices de se possuir esquizofrenia apresentam entre 40 e 44 anos,
para ansiedade 45 a 49 anos, para bipolaridade 20 a 24 anos e para depressão 65 a 69 anos.

4 Psicologia das cores

A psicologia das cores é baseada em um estudo sobre a percepção do ser humano


sobre as cores e como o mesmo as transforma em sensações e emoções junto a teoria das
cores, ajudando assim a compreendermos a influência que as cores tem em nosso
psicológico, cada cor possui suas próprias características que são de fundamental
importância na hora de sua utilização. As cores podem afetar na dimensão, peso,
iluminação, temperatura, simbolismos, emoção e recordação. Vamos saber um pouco mais
sobre cada uma delas.

Dimensão: A cor pode afetar diretamente na percepção que o indivíduo tem sobre a
dimensão de um ambiente, assim, dependendo da cor que este ambiente possui a
percepção de espaço nele projetada muda tanto para maior quanto para menor. Vide a
figura 21. Peso: O objeto conforme a cor que se tem pode parecer que está mais leve ou
mais pesado também. Iluminação: dependendo da cor o ambiente pode parecer ou não mais
iluminado, as cores frias por exemplo e próximo ao branco fazem com que o ambiente
aparente que esta mais iluminado e de fato fica mais iluminado, uma cor mais escura precisa
Clínica psiquiátrica – Arquitetura da Saúde Mental 58

de mais luz para que fique claro do mesmo modo afetam na temperatura, entretanto cores
quentes fazem o ambiente parecer mais quente e aconchegante e cores frias tornam o
ambiente mais frio. Simbolismo: assim como cada ser humano é diferente, cada experiência
de vida também é diferente assim cada cor pode transmitir ou não determinadas sensações
dependendo da experiência de vida de cada um. Emoção: para a psicologia as cores também
podem afetar na emoção, assim influenciam no estado de humor, espíritos, motivação entre
outras características que envolvem as emoções e sentimentos do indivíduo e por fim a
recordação pois como vimos anteriormente assim como o cheiro te traz recordações as
cores também podem te trazer sentimentos vividos anteriormente que te lembre algo
ocorrido no seu passado.

Figura 21 - Dimensão dos ambientes. Fonte:http://ngrevista.com.br/como-usar-a-cor-para-ampliar-ou-reduzir-o- tamanho-


dos-ambientes-edicao-de-outubro-de-2018/.

A psicologia das cores identifica oito tipos de emoções a raiva, medo, tristeza, nojo,
curiosidade, aceitação, surpresa e alegria, assim cada emoção possuí uma cor específica.
Assim como cada cor possui determinados sentimentos, cada tom possuí suas
características, desta forma os tons quentes passam a sensação de energia, atividade e
entusiasmo e os tons frios passam a sensação de calmaria, profissionalismo e racionalidade.
/vamos conhecer então um pouco sobre algumas cores fundamentais.
Clínica psiquiátrica – Arquitetura da Saúde Mental 59

 Vermelho: a cor vermelha é uma cor primaria e se está associada a movimentação e


ação e transmite as emoções de: raiva, paixão, ira, calor, perigo, violência, fúria e
excitação.
 Amarelo: o amarelo também é uma cor quente e primaria e é considerada a cor do
estímulo, do otimismo e da energia, tendo ainda a capacidade de ajudar na
concentração do indivíduo, relacionado a essa cor temos também a sensação do
conforto e da felicidade, dando destaque também para a sabedoria, alegria,
otimismo, inveja, doença, idealismo, e covardia.
 Laranja: o laranja é uma cor secundária de tom quente e assim como o vermelho
transmite a sensação de movimentos, excitação, desejo de agir, na psicologia se
atribui a sensação de alegria, sociabilidade e animação, dentre outros destacamos
também as emoções de humor, energia, calor, extravagância, entusiasmo e
amigabilidade.
 Roxo: O roxo é uma cor secundária de tom frio e está ligado a parte de criatividade
no cérebro, o roxo da também a sensação de calmaria e tranquilidade,
representando ainda uma imagem de nobreza e emoções como o erotismo, mistério,
sabedoria, arrogância, sensibilidade e intimidade.
 Azul: o azul é uma cor primaria e de tom frio, transmite calma e tranquilidade,
costuma ser utilizado em ambientes que precisam passar uma aparência de
profissionalismo, segurança e estabilidade e as emoções relacionadas a esta cor são
de lealdade, tranquilidade, harmonia, confiança, limpeza, frio e depressão.
 Verde: o verde é uma cor secundária de tom frio e esta ligada as sensações de saúde,
vitalidade, fertilidade e natureza, e para os psicólogos esta cor é capaz de acalmar o
individuo e alivia o stress, e é a cor tema da Clínica Mar e de todo o estudo por traz
dela, as outras emoções que estão associadas a ela são perseverança, orgulho, boa
sorte, juventude, generosidade, ciúme, imaturidade e meio ambiente.
 Rosa: o rosa é uma cor secundária de tom quente e está associado a inocência e ao
amor, além disso destaca-se também a saúde, satisfação, romantismo, charme,
brincadeira, leveza, delicadeza e feminilidade.
 Marrom: o marrom por sua vez é uma cor secundária de tom quente ou frio
dependendo do seu sub tom, e está associada as emoções de materialismo, terra,
Clínica psiquiátrica – Arquitetura da Saúde Mental 60

casa, ar livre, confiabilidade, conforto, resistência, estabilidade, simplicidade e


excitação.

A seguir veremos como podem ser feitas as combinações de cores, sendo elas em
paletas de cores, primarias, secundárias, terciárias, complementares, análogas, tríades, semi
complementares, tetraédricas ou em quadrado.

Figura 22 – Combinação de cores. Fonte: https://rockcontent.com/blog/psicologia-das-cores/. Acesso em: 07 de julho de


2019.
Clínica psiquiátrica – Arquitetura da Saúde Mental 61

5 Estudos de Caso

Este capítulo aborda os estudos de caso, utilizados como referências no projeto da Clínica
Mar.

Casa do Sol

Todo o estudo de caso referente ao IMAS3 foi desenvolvido através da dissertação de


mestrado de Maria Fontes, nomeado como Imagens da Arquitetura e Saúde Mental – 2003.

Figura 23 - Símbolo da Casa do Sol. Fonte:


<http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/monografias/imagens_arquitetura_saude_mental.pdf>. Acesso em: 30 de
maio de 2019.

5.1.1 IMAS de Nise da Silveira

O IMAS é o antigo Centro Psiquiátrico de Pedro II, conhecido também por CPP II,
localizado no Rio de Janeiro com uma área equivalente a 74.800 m², situado as margens da
via de ligação da Avenida Brasil à Barra da Tijuca. Vide Figura 24.

3
IMAS - Instituto Municipal de Assistência à Saúde de Nise da Silveira.
Clínica psiquiátrica – Arquitetura da Saúde Mental 62

A instituição se iniciou em 1911 nomeada Engenho de Dentro, quando abrigou a


primeira colônia do antigo Hospício Nacional de Alienados (HNA) que eram as Colônias: São
Bento (área masculina) e Conde Mesquita (área feminina), que ocupavam até então as
senzalas. A partir da década de 1940 se tornou o principal centro psiquiátrico do Rio de
Janeiro, pois recebeu toda a estrutura médica do HNA, sendo nomeada como Centro
Psiquiátrico Nacional e logo após Centro Psiquiátrico de Pedro II. Foi nos anos 2000 que
passou a ser nomeada como Instituto Municipal de Assistência à Saúde de Nise da Silveira.

Figura 24 - Planta de Localização do IMAS. Fonte:


<http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/monografias/imagens_arquitetura_saude_mental.pdf>. Acesso em: 30 de
maio de 2019.

O IMAS é composto por unidades distribuídas por edifícios, sendo composta por
diversas propostas de atendimentos como os dois Programas de Moradias que serão
unificados a Casa do Sol, os três centros de convivência, o Museu de Imagens do
Inconsciente, os setores de Emergência, Enfermaria e Ambulatório, o Centro Comunitário e o
CAPS4 Raul Seixas. Vide figura 25.

4
CAPS - Centros de Atenção Psicossocial são unidades especializadas em saúde mental para tratamento e
reinserção social de pessoas com transtorno mental grave e persistente.
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Figura 25 - Planta de Localização das Unidades do IMAS. Fonte:


<http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/monografias/imagens_arquitetura_saude_mental.pdf>. Acesso em: 30 de
maio de 2019.

Figura 26 - Fachada Sul da Casa do Sol. Fonte:


<http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/monografias/imagens_arquitetura_saude_mental.pdf>. Acesso em: 30 de
maio de 2019.
Clínica psiquiátrica – Arquitetura da Saúde Mental 64

A Casa do Sol é o local onde se encontra mais internos do IMAS, em sua maioria pacientes
com longa data de internação e com pouca perspectiva de liberação.

O centro de convivência se localiza no pavimento térreo, onde realizam diversas atividades e


terapias, ocupado tanto por internos quanto por egressos; o Programa de moradias se
localiza no segundo e terceiro pavimentos sendo dividido em duas alas femininas e duas
masculinas totalizando quatro alas de enfermarias que se destinam a pacientes crônicos,
que apresentam esquizofrenia e deficiências físicas; o setor de Emergência se localiza no
quarto e quinto pavimento com pacientes agudos, este setor deverá ser transferido para
outro setor da edificação; Por fim a administração se localiza no sexto pavimento.

Figura 27 - Casa do Sol Fachada Principal. Fonte:


<http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/monografias/imagens_arquitetura_saude_mental.pdf>. Acesso em: 30 de
maio de 2019.

A figura 29 mostra a planta do pavimento térreo onde são atendidos os internos,


egressos e clientes externos o ambiente é confuso e se mistura com setores de outras alas
como o CPD localizado a esquerda do edifício, o pátio sul é inutilizado devido a sua restrição
de uso e o pátio norte é impossibilitado de uso, pois é onde se localiza o estacionamento
localizado como pátio de acesso, sendo assim os ambientes de convivência são os pátios
cobertos a esquerda e direita do edifício; As salas de estudo e oficinas disponibilizadas são
insuficientes para atender o número de internos que se encontram nos pavimentos acima.
Clínica psiquiátrica – Arquitetura da Saúde Mental 65

Figura 28 - Planta de Localização da Casa do Sol. Fonte:


<http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/monografias/imagens_arquitetura_saude_mental.pdf>. Acesso em: 30 de
maio de 2019.

Portanto o fluxo deste pavimento acaba por confundir tanto os internos quanto os
visitantes ou clientes externos, além de não possuir uma estrutura adequada que atenda a
todos de uma maneira geral, além da indisponibilidade de pátios a céu aberto, que poderia
ser resolvido com setorizações adequadas e um acesso livre ao pátio sul, além da
transferência das CPDs para a ala de onde pertencem restando assim mais salas que
poderiam ser utilizadas para demais atividades atendendo a demanda de pacientes do local.

A planta de pavimento tipo figura 30 se repete do segundo ao quinto pavimento,


observasse duas alas, como mencionadas anteriormente, divididas em alas masculinas e
femininas as enfermarias não possuem portas, sendo apenas uma mureta como divisória e
tendo banheiros coletivos, rompendo assim a privacidade dos pacientes, causando
desconforto e insegurança.

É notável a independência dos pavimentos, tendo o refeitório, banheiros, salas de


convivência e enfermarias no mesmo local, o que não passa a sensação de integração do
paciente com a sociedade, pois assim estão difundindo os pacientes, não os fazendo
conviver mutuamente.
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Os ambientes possuem uma iluminação toda trabalhada em cobogós e brises, porém


ao invés de causar conforto térmico e luminíco, causam a sensação de insegurança e
desconforto, pois o ambiente fica escuro e possuí sons desagradáveis por conta dos ventos
além de não apresentar uma sensação agradável e aconchegante, dando a sensação de ser
um espaço “assombrado”; esses desconfortos poderiam ser resolvidos retirando os cobogós
e colocando vidros, deixando os brises apenas em partes mais altas, a colocação de móveis
como bancos e sofás também resolveria o aspecto assombrado do local, acrescentar plantas
e outros elementos de vegetação são fundamentais para causar um ambiente mais alegre e
reconfortante.

Figura 29 - Planta do Pavimento Térreo da Casa do Sol. Fonte:


<http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/monografias/imagens_arquitetura_saude_mental.pdf>. Acesso em: 30 de
maio de 2019.
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Figura 30 - Pavimento Tipo da Casa do Sol. Fonte:


<http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/monografias/imagens_arquitetura_saude_mental.pdf>. Acesso em: 30 de
maio de 2019.

Figura 31 - Aspecto interno dos cobogós. Fonte:


<http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/monografias/imagens_arquitetura_saude_mental.pdf>. Acesso em: 30 de
maio de 2019.
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Figura 32 - Hall de Entrada do Pavimento Tipo. Fonte:


<http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/monografias/imagens_arquitetura_saude_mental.pdf>. Acesso em: 30 de
maio de 2019.

Percebe-se então que a Casa do Sol é um local com um amplo potencial para se
tornar um centro psiquiátrico público exemplar, porém está mal utilizado e mal setorizado, a
requalificação da área e um melhoramento físico e iluminístico melhorariam em grande
parte os problemas de desconforto do espaço, tirando a insegurança dos pacientes, possuir
uma maior integração com áreas abertas e com a natureza também é fundamental para a
melhora do paciente, além da criação de mais áreas de convívio com um melhoramento das
atividades trazendo assim um fluxo maior de internos, fazendo-os conviver entre si para que
se possível sejam integrados a sociedade novamente.

Hospital Psiquiátrico Kronstad

O Hospital Psiquiátrico Kronstad foi desenvolvido pelo Arquiteto Origo


Arkitektgruppe em 2013, localizado em Bergen na Noruega. Vide figura 31.

Este projeto possui como foco principal sua abertura e transparência em conexão
com o público interno, à medida que forma uma proteção aos pacientes. A incorporação dos
espaços públicos, natureza e visual desafiador neste ambiente é o centro de todo processo.
Clínica psiquiátrica – Arquitetura da Saúde Mental 69

Figura 33 - Localização aproximada, pode indicar cidade/país e não necessariamente o endereço exato. Fonte:
<https://www.archdaily.com.br/br/01-173463/hospital-psiquiatrico-kronstad-slash-origo-arkitektgruppe>. Acesso em: 30
de maio de 2019.

Figura 34 - Fachada. Fonte: <https://www.archdaily.com.br/br/01-173463/hospital-psiquiatrico-kronstad-slash-origo-


arkitektgruppe>. Acesso em: 30 de maio de 2019.

O edifício possui um total de 12.500 m², possuindo o departamento de internos nos


pavimentos superiores, Policlínicas nos pavimentos inferiores e o estacionamento no
pavimento subterrâneo. O hospital se localiza em uma área bastante movimentada em
Bergen na Noruega, e possuí serviços de enfermarias de internos por período curto, equipes
móveis e policlínicas destinada a adultos.
Clínica psiquiátrica – Arquitetura da Saúde Mental 70

Figura 35 - Imagem frontal do local. Fonte: <https://www.archdaily.com.br/br/01-173463/hospital-psiquiatrico-kronstad-


slash-origo-arkitektgruppe>. Acesso em: 30 de maio de 2019.

Com a construção do edifício foi criado uma praça pública localizada ao norte do mesmo,
oferecendo um lugar de lazer e descanso para os cidadãos, a praça se estende aos pisos
inferiores do hospital revelando as fachadas verdes com grandes seções de janelas. Os
pontos destacados ao longo do projeto são a transparência induzindo uma maior aceitação
quanto as pessoas com problemas de saúde mental, convidando a todos para conhecer e
interagir com o espaço, onde a cidade inteira é bem-vinda.

Figura 36 - Jardim vertical. Fonte: <https://www.archdaily.com.br/br/01-173463/hospital-psiquiatrico-kronstad-slash-origo-


arkitektgruppe>. Acesso em: 30 de maio de 2019.
Clínica psiquiátrica – Arquitetura da Saúde Mental 71

O jardim vertical, também conhecido por fachada verde, é contornado por painéis
brancos, onde a parte branca possui o significado expressão de equilíbrio e segurança sendo
assim uma recordação do sentimento da casa do interno. Os pisos são sobrejacentes, este
local é destinado ao departamento de internos, possuindo um acervo de jardins destinados a
recreação e atividades ao ar livre.

Figura 37 – Local de Atividades ao ar livre. Fonte: <https://www.archdaily.com.br/br/01-173463/hospital-psiquiatrico-


kronstad-slash-origo-arkitektgruppe>. Acesso em: 30 de maio de 2019.

O Hospital é organizado em três grandes áreas garantindo luz natural, ventilação e


diversas áreas de lazer ao ar livre, proporcionando um contato visual difuso entre os
ambientes dos diferentes departamentos, auxiliando a locomoção a diversos pontos
geográficos do projeto, assim proporcionam diversas concepções do edifício para a natureza.
Os departamentos são interligados por um jardim com cobertura especifica, onde cada um
possui suas próprias características e remete sua localização e sua função.

Figura 38 – Kronstad - Espaço comum de lazer e descanso. Fonte: <https://www.archdaily.com.br/br/01-173463/hospital-


psiquiatrico-kronstad-slash-origo-arkitektgruppe>. Acesso em: 30 de maio de 2019.
Clínica psiquiátrica – Arquitetura da Saúde Mental 72

Figura 39 – Kronstad – Recepção. Fonte: <https://www.archdaily.com.br/br/01-173463/hospital-psiquiatrico-kronstad-


slash-origo-arkitektgruppe>. Acesso em: 30 de maio de 2019.

Figura 40 - Kronstad - Corredor. Fonte: <https://www.archdaily.com.br/br/01-173463/hospital-psiquiatrico-kronstad-slash-


origo-arkitektgruppe>. Acesso em: 30 de maio de 2019.

Os ambientes possuem tons de marrom interligados com os corredores por ser de


vidro do chão ao teto, o tom que predomina é o quente, trazendo aconchego ao lugar.
Clínica psiquiátrica – Arquitetura da Saúde Mental 73

Figura 41 - Kronstad - Espaço destinado a reuniões. Fonte: <https://www.archdaily.com.br/br/01-173463/hospital-


psiquiatrico-kronstad-slash-origo-arkitektgruppe>. Acesso em: 30 de maio de 2019.

Figura 42 - Kronstad - vista da entrada para escadaria. Fonte: <https://www.archdaily.com.br/br/01-173463/hospital-


psiquiatrico-kronstad-slash-origo-arkitektgruppe>. Acesso em: 30 de maio de 2019.

A escadaria possui uma forma conhecida, porém com esquadrias pensadas


diretamente no conforto e segurança, além de possuir diferentes revestimentos deixando o
local agradável. A escadaria foi feita em cimento queimado e madeira, nos patamares há
piso antiderrapante para que o paciente não escorregue o que traz segurança ao desce-las, a
Clínica psiquiátrica – Arquitetura da Saúde Mental 74

luz de LED no corrimão traz um conforto de se saber onde está segurando, logo os tons
quentes trazem o aconchego ao local.

Figura 43 - Kronstad - Escadarias. Fonte: <https://www.archdaily.com.br/br/01-173463/hospital-psiquiatrico-kronstad-


slash-origo-arkitektgruppe>. Acesso em: 30 de maio de 2019.

Figura 44 - Kronstad - Hall. Fonte: <https://www.archdaily.com.br/br/01-173463/hospital-psiquiatrico-kronstad-slash-origo-


arkitektgruppe>. Acesso em: 30 de maio de 2019.
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Os corredores possuem esquadrias de vidro com vista para os jardins e áreas de


lazer, integrando o externo com o interno, trazendo também além de luz natural, a
segurança dos pacientes e funcionários, pois com a transparência vem a visão total do local,
assim uma pessoa consegue ver o que está acontecendo em diversos locais sem precisar
estar necessariamente naquele local.

Figura 45 - Kronstad - Corredor com vista para o jardim. Fonte: <https://www.archdaily.com.br/br/01-173463/hospital-


psiquiatrico-kronstad-slash-origo-arkitektgruppe>. Acesso em: 30 de maio de 2019.

Figura 46 - Kronstad - Corredor com vistapara o pátio. Fonte: <https://www.archdaily.com.br/br/01-173463/hospital-


psiquiatrico-kronstad-slash-origo-arkitektgruppe>. Acesso em: 30 de maio de 2019.
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Figura 47 - Kronstad - Refeitório. Fonte: <https://www.archdaily.com.br/br/01-173463/hospital-psiquiatrico-kronstad-slash-


origo-arkitektgruppe>. Acesso em: 30 de maio de 2019.

Figura 48 - Kronstad - Copa. Fonte: <https://www.archdaily.com.br/br/01-173463/hospital-psiquiatrico-kronstad-slash-


origo-arkitektgruppe>. Acesso em: 30 de maio de 2019.

A área de refeição possui um local com o mesmo intuito das demais áreas trazendo o
externo para o interno, e possui um ambiente confortável e aconchegante, devido as suas
paletas de cores e luzes escolhidas de forma correta, proporcionando ao paciente um local
de calma e paz para que possa se alimentar e se sentir “em casa”.
Clínica psiquiátrica – Arquitetura da Saúde Mental 77

Figura 49 - Kronstad - Quadra. Fonte: <https://www.archdaily.com.br/br/01-173463/hospital-psiquiatrico-kronstad-slash-


origo-arkitektgruppe>. Acesso em: 30 de maio de 2019.

A quadra faz parte do ambiente externo e é destinada a atividades dos internos,


sejam juntos em grupo ou separados individualmente, onde podem interagir entre si e
praticar diversas atividades.

Figura 50 - Kronstad - Vista Aerea. Fonte: <https://www.archdaily.com.br/br/01-173463/hospital-psiquiatrico-kronstad-


slash-origo-arkitektgruppe>. Acesso em: 30 de maio de 2019.
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Figura 51 - Kronstad - Corredor externo com bancos. Fonte: <https://www.archdaily.com.br/br/01-173463/hospital-


psiquiatrico-kronstad-slash-origo-arkitektgruppe>. Acesso em: 30 de maio de 2019. Acesso em: 30 de maio de 2019.
Figura 52 - Kronstad - Corredor externo com jardins. Fonte: <https://www.archdaily.com.br/br/01-173463/hospital-
psiquiatrico-kronstad-slash-origo-arkitektgruppe>. Acesso em: 30 de maio de 2019. Acesso em: 30 de maio de 2019.

Os corredores são confortáveis, observa-se que o mesmo possui bancos, além de


brises, pensado justamente no conforto e bem-estar das pessoas que o utilizam, assim em
uma época de sol intenso a luminosidade entra porém não é direta, deixando frestas de
sombra mantendo o local arejado e agradável, e os bancos são locais onde os pacientes
podem se sentar e tomar o sol da manhã ou da tarde de maneira agradável, sentindo o
frescor das plantas a sua volta e os aromas, além das brisas de ventos que passam pela
cobertura.

Figura 53 - Kronstad - Entrada vista interna. Fonte: <https://www.archdaily.com.br/br/01-173463/hospital-psiquiatrico-


kronstad-slash-origo-arkitektgruppe>. Acesso em: 30 de maio de 2019. Acesso em: 30 de maio de 2019.
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Figura 54 - Kronstad - Planta de situação. Fonte: <https://www.archdaily.com.br/br/01-173463/hospital-psiquiatrico-


kronstad-slash-origo-arkitektgruppe>. Acesso em: 30 de maio de 2019. Acesso em: 30 de maio de 2019.
Clínica psiquiátrica – Arquitetura da Saúde Mental 80

O projeto do hospital tem como foco principal a clareza estrutural e a legibilidade dos
espaços, tendo linhas de comunicação claras, lógicas e funcionais. A transparência das
plantas aumenta a compreensão do edifício tanto para pacientes, quanto para visitantes e
funcionários, criando assim um ambiente mais calmo que é essencial para o bem-estar dos
pacientes.

Figura 55 - Kronstad - Planta térrea. Fonte: <https://www.archdaily.com.br/br/01-173463/hospital-psiquiatrico-kronstad-


slash-origo-arkitektgruppe>. Acesso em: 30 de maio de 2019. Acesso em: 30 de maio de 2019.
Clínica psiquiátrica – Arquitetura da Saúde Mental 81

A entrada principal se conecta diretamente a estação de trem, dando acesso direto


aos ambulatórios e departamentos internos. A segurança do local obteve uma atenção
redobrada, trazendo segurança tanto aos funcionários quanto aos pacientes através de
esquadrias colocadas estrategicamente e do desenho das escadas. As unidades foram
projetadas proporcionando uma visão geral dos espaços, garantindo espaços menores e
minimizando as sensações de estarem sendo observados.

Figura 56 - Kronstad - Corte D, D. Fonte: <https://www.archdaily.com.br/br/01-173463/hospital-psiquiatrico-kronstad-slash-


origo-arkitektgruppe>. Acesso em: 30 de maio de 2019. Acesso em: 30 de maio de 2019.

Figura 57 - Kronstad - Corte F, F. Fonte: <https://www.archdaily.com.br/br/01-173463/hospital-psiquiatrico-kronstad-slash-


origo-arkitektgruppe>. Acesso em: 30 de maio de 2019. Acesso em: 30 de maio de 2019.
Clínica psiquiátrica – Arquitetura da Saúde Mental 82

Todas as soluções abordadas no projeto possui como objetivo constituir um


ambiente de trabalho agradável para os funcionários e colaboradores e simplificar áreas de
encontros fortalecendo assim a sensação de realidade dos espaços, além de o espaço
privado do paciente, para que assim o mesmo possa ser reinserido na sociedade sem muitas
consequências, onde todos os processos de interação do mesmo com a natureza e o espaço
o ampare e ajude.

Valdemars Have

A Valdemars Have feita por Schmidt Hammer Lassen Architects é um conjunto residencial
que se localiza próximo a Aarhus na Dinamarca.

Figura 58 - Valdemars - Localização aproximada. Fonte:


<https://www.archdaily.com.br/br/781008/schmidt-hammer-lassen-architects-vence-
concurso-para-projetar-conjunto-residencial-em-aarhus>. Acesso em: 30 de maio de 2019.

O uso da vegetação, do meio ambiente e do paisagismo é o enfoque deste projeto,


que ganhou o concurso para projetar este conjunto habitacional, o mesmo procura tornar-se
um oásis no meio da cidade, servindo como um grande jardim público para a população, a
proposta do projeto apresentado propõe 106 apartamentos, alternando de apartamentos
com dois dormitórios e coberturas com terraços privados.
Clínica psiquiátrica – Arquitetura da Saúde Mental 83

Figura 59 - Valdemars - Vista para a praça. Fonte: <https://www.archdaily.com.br/br/781008/schmidt-hammer-lassen-


architects-vence-concurso-para-projetar-conjunto-residencial-em-aarhus>. Acesso em: 30 de maio de 2019.

O projeto lembra construções antigas de tijolos devido as escolhas de padrões de


alvenaria utilizados no mesmo. O equilíbrio dos elementos faz a criação de "aparência lúdica
e vívida sem o uso da ornamentação tradicional." (Eric Oh, 2016)

Figura 60 - Valdemars - Vista do edifício interagindo ao entorno. Fonte: <https://www.archdaily.com.br/br/781008/schmidt-


hammer-lassen-architects-vence-concurso-para-projetar-conjunto-residencial-em-aarhus>. Acesso em: 30 de maio de 2019.

O edifício se ajusta a escala de seu entorno não fazendo uma mudança brusca de
alturas predominantes ao seu redor, em direção à Rua Valdemarsgade que é o antigo
hospital militar, o edifício abaixa quatro pavimentos e em outros lados se proporciona de
Clínica psiquiátrica – Arquitetura da Saúde Mental 84

acordo com os edifícios ao redor chegando a seis pavimentos, com um layout que garante o
aproveitamento de luz natural e ventilação.

Figura 61 - Valdermars - Vista aérea. Fonte: <https://www.archdaily.com.br/br/781008/schmidt-hammer-lassen-architects-


vence-concurso-para-projetar-conjunto-residencial-em-aarhus>. Acesso em: 30 de maio de 2019.

Há uma diversidade de plantas e flores, que proporcionam a característica de jardim


as áreas externas, a biodiversidade e o microclima criado com a vegetação implantada no
edifício garantem áreas mais agradáveis, frescas e tranquilas, além das diversas vantagens
que toda essa nova vegetação trará ao local, minimizando inclusive ruídos externos.

Vila Vida

Vila Vida é um Residencial para idosos, do proprietário Rui Coelho, projetado pela
arquiteta Helena Uchiyama. Se localiza em um terreno de 3000 m², situado Rua José Félix de
Oliveira, nº1914, Campus de Carapicuíba, Cotia-SP.

O terreno possui várias curvas de nível em sua topografia, como podemos observar
na figura 63, assim com o andamento do projeto foi definido como o edifício se comportaria
conforme o perfil natural do terreno, na figura 64 vemos o perfil natural do terreno, o novo
perfil, os locais onde foram feitos os cortes de terra (marrom) e o local para onde essas
terras foram remanejadas (verde).
Clínica psiquiátrica – Arquitetura da Saúde Mental 85

Figura 62 - Vila Vida, Topografia. Fonte: Target Arquitetura.

Figura 63 - Vila Vida, Corte do Terreno. Fonte: Target Arquitetura.

O edifício possuí dois pavimentos, o térreo e o inferior. Podemos notar pela fachada na
figura 64.

Figura 64 - Vila Vida, fachada. Fonte: Target Arquitetura.

A tabela a seguir, detalha todos os ambientes exceto de circulação que o local possuí,
por ela temos a noção do programa de necessidades voltado para o lar de idosos, que
também pode ser usado em uma clínica psiquiátrica devido aos cuidados com ambos serem
parecidos.
Clínica psiquiátrica – Arquitetura da Saúde Mental 86

Ambiente Área em m²

Dormitório do caseiro 9,81

Sala Caseiro 17,79

Banheiro Caseiro 2,46

Vestiários (masculio e feminino) 18,00

Copa dos funcionários 5,22

Estar dos funcionários 8,85

Depósito de equipamentos e materiais 6,10

DML 2,31

Sala de Roupa Suja 4,83

Sala de Roupa Limpa 8,74

Expurgo 1,61

Lixo hospitalar 1,80

Lixo comum 1,78

Almoxarifado central 11,77

Farmácia 19,15

Sala do farmacêutico 3,80

Morgue 9,74

16 quartos com banheiros 15,37

02 salas de fisioterapia 41,48


Clínica psiquiátrica – Arquitetura da Saúde Mental 87

Sala de massagem 10,50

02 Consultórios com WC 14,64

Sala de cinema/aula 22,90

Sala de administração com WC 16,83

Sala de reunião 14,75

Sanitários PNE 4,55

Salão de jogos 17,12

Recepção 20,99

Sala de estar/biblioteca 22,91

Espaço de artes 22,34

Refeitório 33,59

Lavagem de carrinhos 3,30

Guarda de carrinhos 9,90

Área de cocção com AC Pessoas 37,40

Sala da nutricionista 3,96

Área de cocção de dietas especiais 4,42

Área de cocção de desjejum e lanches 4,73

Despensa 4,61

Área de refrigerados 4,53

Posto de enfermagem 10,61


Clínica psiquiátrica – Arquitetura da Saúde Mental 88

Figura 65 - planta para LTA do Vila Vida. Fonte: Target Arquitetura.

Para finalizar temos um modelo de Planta para LTA – Laudo Técnico de Avaliação
para a Vigilância sanitária, a partir dela que temos as indicações de Ambiente e área
relacionada acima, que dará uma linha de raciocínio de fluxos para a autora.

Referências arquitetônicas

Grace Farms é uma fundação cristã localizada em New Canaan, Connecticut, EUA, feita pelos
arquitetos Kazuyo Sejima e Ryue Nishizawa, em uma área de 7.700 m², o conceito utilizado
foi o da cobertura cuja estrutura é feita em madeira laminada suportada por colunas
metalicas e o acabamento é feito por painéis de alumínio anodizado de 2 x 0,60 metros.
Clínica psiquiátrica – Arquitetura da Saúde Mental 89

Figura 66 - Grace Farms. Fonte: Foto de Iwan Baan.

Hospital do Aparelho locomotor Sarah Kubitschek Salvador/Associação das Pioneiras Sociais


localizado em Salvador, Bahia, BR. O projeto é do arquiteto João Figueiras Lima Lelé, estes
cobogós foram colocados para garantir que a iluminação e ventilação natural chegue aos
ambientes.

Figura 67 - Hospital do Aparelho Locomotor. Fonte: João Figueiras Lima Lelé, 2000.
Clínica psiquiátrica – Arquitetura da Saúde Mental 90

6 Clínica Mar

“O mar simboliza a dinâmica da vida, os


nascimentos, as transformações, a morte, e os
renascimentos. O movimento das ondas do mar
simbolizam o estado transitório da vida, a ambivalência
entre a realidade e as possibilidades de realidade,
representa a incerteza, a dúvida, a indecisão, podendo
levar tanto ao bem como ao mal. Por isso, o mar
simboliza tanto a vida como a morte. ”

(Dicionário de Símbolos, 2019)

A clínica Mar será de porte pequeno, com capacidade para atender vinte pacientes
internos, ou seja, pacientes que ficarão no local por um período indeterminado até poder
ser reinserido na sociedade ou casos específicos de que precisam de cuidados especiais e
ficarão sob supervisão sem previsão de retorno, serão tidas vagas para dez pacientes
homens e dez pacientes mulheres, sendo assim os quartos serão divididos em alas A e B
respectivamente, as áreas de convivência e demais salas serão livres para ambos. E tratará
de portadores de esquizofrenia, com condições de vida social restrita, apresentando
sintomas de demência e dificuldades no autocuidado; ou que apresentem quadros de:
Apatia, Problema Cognitivo, Agnosia, Apraxia, Afasia, Amnésia, Depressão e outros,
portadores de depressão, bipolaridade, ansiedade e borderline.

Diagnóstico

O local escolhido está implantado na Sub-região oeste da RMSP, Rua Francisco


Ferrari, Bairro Vila Lageado, Distrito da Lapa.

A figura anterior mostra a localização do local com base no país, estado, bairro e por fim o
local. Este possui um grande potencial, por se localizar próximo a grandes hospitais como o
Hospital Universitário, além de possuir uma boa infraestrutura, com supermercados,
shopping center e outros comércios ao redor. A aproximação de grandes áreas de saúde é
de grande importância para a clínica. Tendo também uma ampla linha de transportes
públicos que atendem o local como as linhas da CPTM e diversos ônibus. Atualmente o
Clínica psiquiátrica – Arquitetura da Saúde Mental 91

terreno não está desmembrado como veremos nas figuras a seguir, o desmembramento foi
feito devido ao zoneamento do local e a utilização parcial do terreno.

Figura 68 - Localização. Fonte: Acervo pessoal com base no google maps.

Figura 69 – Hierarquia viária, Fonte: Acervo Pessoal.


Clínica psiquiátrica – Arquitetura da Saúde Mental 92

Observa-se que há dois pontos de ônibus próximo ao local, e diversos outros pontos
ao redor. O terreno está situado em um lote vazio perto de residências, trazendo então um
ambiente calmo, que é importante para o bem-estar dos pacientes. Em frente ao terreno há
uma via coletora e ao lado uma via local, assim o melhor ponto para entrada e saída de
veículos no terreno se localiza ao lado direito pela via local, não interferindo no fluxo médio
da via coletora, visto também que a clínica não possuí um fluxo alto de veículos por seu
acesso ser particular apenas para ambulâncias, colaboradores e familiares dos pacientes.

Na figura 67 há também as curvas de nível do terreno, observando que o mesmo


possuí várias delas.

O terreno pertence a Macrozona de Estruturação e qualificação urbana, classificado


na Legislação da prefeitura de São Paulo como ZM-2 (Zona mista de média densidade) o PDE
– Plano Diretor Estratégico incluiu essa região a ZEIS-3 (Zona especial de interesse social)
conforme Lei 16.050/14, conforme ilustrado na figura 56. De acordo com o anexo VIII do
livro VIII, nas Zeis-3 deve-se conforme o caso recuperar áreas urbanas deterioradas e
aproveitar terrenos e edificações não utilizadas ou subutilizadas para a construção de novos
empreendimentos com HIS5, HMP6 ou atividades não residenciais. E a ZM são aquelas
destinadas a implantação de usos residenciais e não residenciais, de comércio, serviços e
indústrias, conjugada mente aos usos residenciais. Conclui-se então que em consideração
aos dois usos atribuídos ao lote:

 O CA7 e TO8 adotam o CA básico que é igual a 1,00;


 Os Recuos frontais, laterais e dos fundos, possuem nos dois usos as mesmas
dimensões, descrito no artigo 186, Lei 13.885 de 25 de agosto de 2004;
 Gabarito de Altura: Respeitando o mínimo de 3,00 metros:

R= (H-6) +10

5
HIS – Habitação de Interesse Social

6
HMP – Habitação de Mercado Popular

7
CA - Coeficiente de Aproveitamento

8
TO – Taxa de Ocupação
Clínica psiquiátrica – Arquitetura da Saúde Mental 93

CA = 0,20 Mínimo, 1,00 básico e 2,00 máximos.

TP = 0,50

A divisão do terreno foi feita com menos de um terço para a zona mista, e todo o
resto para a zona de especial de interesse social, assim: O terreno inicialmente possuía cerca
de Mil metros quadrados, entretanto como pertence a uma zeis 3 somente poderão ser
utilizados 0,3 para a criação de clínica e hospitais, assim o terreno foi dividido onde a área
reservada para a clinica ficou com 11628,87 m²

Assim o terreno possuí como C.A. mínimo de 2325,77 m², C.A. básico de 11628,87 m² C.A.
máximo de 23257,74 m² e recuo de frente com cinco metros e laterais com três metros, por
ser um terreno com duas frentes possuíra então a face norte e leste com cinco metros de
recuo e oeste e sul com três metros de recuo.

A taxa de permeabilidade do terreno é de acordo com o PA 7, que de terrenos com mais de


500 m² se refere a 0,20, assim a taxa de permeabilidade do terreno éde 2325,77 m².

Figura 70 - Divisão do terreno. Fonte: Acervo pessoal.

A figura 69 mostra o uso feito lote a lote dos terrenos num raio de 300 metros a
partir do centro do terreno, nesta imagem podemos observar que há uma igreja de frente ao
lote e um shopping também próximo a ele, há várias praças ao redor e muitos edifícios
Clínica psiquiátrica – Arquitetura da Saúde Mental 94

residenciais, já na figura 70 vemos o gabarito de altura lote a lote, onde o gabarito


predominante é de um e dois pavimentos, há no lado direito do terreno altura de edifícios
entre cinco e seis pavimentos.

Figura 71 - Mapa de Usos. Fonte Acervo pessoal, com informações do google maps.

Figura 72 - Mapa de Gabarito de Altura. Fonte: Acervo pessoal com informações do google maps.
Clínica psiquiátrica – Arquitetura da Saúde Mental 95

Figura 73 - Mapa de Pontos de Interesse. Fonte: Acervo pessoal com dados do google maps.

O vento predominante do local segundo o Clima Tempo vem do Sul para o Norte, ou
seja, dos fundos do terreno para a frente, conforme a imagem a seguir.

Figura 74- Mapa de Insolação e Ventilação. Fonte: Acervo pessoal.

A partir dos dados do mapa de gabarito de altura e de estudo de insolação, observa-


se o estudo de sombras no terreno. As imagens a seguir mostraram como as sombras se
comportam próximo o terreno.
Clínica psiquiátrica – Arquitetura da Saúde Mental 96

Figura 75 - Sombras no inverno às 10:00. Fonte: Acervo pessoal.

Figura 76 - Sombras no verão às 10:00. Fonte: Acervo pessoal.

É possível identificar que no período da manhã não bate sombra no terreno devido
aos edifícios estarem distantes do terreno. Veremos agora imagens no período da tarde.
Clínica psiquiátrica – Arquitetura da Saúde Mental 97

Figura 77 - Sombras no inverno às 14:00. Fonte: Acervo pessoal.

Figura 78 - Sombras no verão às 14:00. Fonte: Acervo pessoal.

Nota-se então que os edifícios ao redor do terreno não o afetam, assim deve-se
manter o padrão de sombras ao redor, então o edifício que se localizará no terreno não deve
possuir mais de quatro pavimentos para que não se torne um ponto chocante do local.

A seguir veremos imagens tiradas pela autora no local onde está situado o terreno, a
figura 77 mostra a frente de lote visto da própria calçada, já a figura 78 mostra a frente do
lote vista do outro lado da rua, o excesso de ônibus no local é devido o ponto de ônibus em
frente ao terreno que é o ponto final da linha de ônibus chamada Parque Continental, que
dá acesso do local ao metrô Butantã, Paulista e ao Centro de São Paulo. Na figura 86 vemos
a lateral direita do lote, que ainda está junta, como falamos anteriormente o terreno é
enorme e será desmembrado doando uma para dele para a concepção de ruas, melhorando
Clínica psiquiátrica – Arquitetura da Saúde Mental 98

o acesso e fluxo do local, a lateral esquerda não possuí fotos por ser uma área residencial
próxima as várias habitações de interesse social que há no local, devido a este motivo os
moradores ficam sentados em cadeiras nas calçadas e fazendo churrasco, portanto não foi
possível tirar fotos. Conclui-se que o bairro é tranquilo e familiar, a maioria das pessoas são
trabalhadores e pessoas de renda média.

Figura 79 - Frente do terreno. Fonte: Tirado pela autora no local.

Figura 80 - Frente vista pelo outro lado da rua. Fonte: Tirado pela autora no local.
Clínica psiquiátrica – Arquitetura da Saúde Mental 99

Figura 81 - Lateral direita do terreno. Fonte: tirado pela autora no local.

Figura 82 - Vista interna do terreno. Fonte: Tirada pela autora no local.


Clínica psiquiátrica – Arquitetura da Saúde Mental 100

Programa de necessidades e Plano de massas

O programa de necessidades da Clínica Mar foi desenvolvido conforme o programa de


necessidades dos estudos de caso e a partir da proposta inicial da Clínica, assim foi feita
uma reunião da autora junto ao seu superior onde ambos trabalham com vigilância
sanitária e assim foram definidas as áreas de acordo com a RDC 50. Por se tratar de projeto
que necessita de Laudo técnico de Avaliação para que seu funcionamento seja permitido a
autora tratará de assuntos técnicos com superiores em todo o estágio de formulação de
projeto.

A seguir será apresentado o Programa de necessidades:

Setor Ambiente Descrição m²

Sala provida de balcão de atendimento com


cadeira e computador, duas poltronas,
revisteiro, mesa de canto com água e café,
Administrativo Recepção 20
destinada a recepção e atendimento de
clientes e visitantes. Sala projetada para um
colaborador.

Sala provida de mesas com cadeiras,


computadores e armários, destinada aos
Administrativo Financeiro 35
funcionários da parte financeira do local. Sala
projetada para dois colaboradores.

Sala provida de mesas com cadeiras,


computadores e armários, destinada aos
Administrativo Administração 35
funcionários administrativos do local. Sala
projetada para dois colaboradores.

Sala provida de mesa com cadeira,


Administrativo Diretor 12
computador e armários, destinada ao diretor.
Clínica psiquiátrica – Arquitetura da Saúde Mental 101

Sala provida de mesa de reunião com quatro


cadeiras, armário baixo e computador,
Administrativo Reunião 12
destinada a reuniões com clientes,
fornecedores e colaboradores.

Sala provida de telas, computador e mesa


com cadeira, destinada ao colaborador
Administrativo Segurança (CFTV) 12
responsável pela vigilância e segurança do
local.

Sala com prateleiras, destinada ao servidor do


Administrativo Servidor 4
local. (Não haverá colaborador fixo no local)

Local provido de bacias sanitárias e pias,


Sanitário
Administrativo destinada aos colaboradores. Serão dois 4
funcionários
sanitários um feminino e um masculino.

Local provido de bacia sanitária e pia com


Sanitário visitantes acessibilidade para PNE, destinada aos
Administrativo 4
(PNE) visitantes. Serão dois sanitários um feminino e
um masculino.

Quarto provido de Cama de solteiro, armário,


Quarto individual poltrona, mesa com cadeira, e sanitário com
Pacientes 14
com Sanitário bacia sanitária, pia e chuveiro, destinada a um
paciente. Dimensão de acordo com RDC 50.

Quarto provido de Camas de solteiro,


armário, poltrona, mesa com cadeira, e
Quarto duplo com
Pacientes sanitário com bacia sanitária, pia e chuveiro, 18
sanitário
destinada a dois pacientes. Dimensão de
acordo com RDC 50.
Clínica psiquiátrica – Arquitetura da Saúde Mental 102

Quarto provido de Cama de solteiro, armário,


poltrona, mesa com cadeira, e sanitário com
bacia sanitária, pia e chuveiro, destinada a um
Pacientes Quarto de triagem 14
paciente que será observado por 12 horas
para seguir a um quarto duplo ou individual.
Dimensão de acordo com RDC 50.

Local provido de prateleiras, balcão e


geladeira, destinada ao armazenamento de
Pacientes Farmácia 12
medicamento dos pacientes do local.
Dimensão de acordo com RDC 50.

Sala provida de mesa com cadeira e


Sala do computador destinada ao farmacêutico
Pacientes 8
farmacêutico responsável pela farmácia do local. Dimensão
de acordo com RDC 50.

Sala provida de mesa com cadeira,


Posto de computador e poltrona, destinada as
Pacientes 6
enfermagem enfermeiras. Dimensão de acordo com RDC
50.

Sala provida de mesa com cadeira e


computador, destinada ao médico
Pacientes Prescrição médica responsável pelas prescrições médicas dos 2
pacientes do local. Dimensão de acordo com
RDC 50.

Sala provida de mesa, cadeiras, computador,


Consultório armário e maca, destinada ao atendimento e
Pacientes 7,5
indiferenciado consultas indiferenciadas dos pacientes.
Dimensão de acordo com a RDC 50.
Clínica psiquiátrica – Arquitetura da Saúde Mental 103

Sala provida de mesa, cadeiras, computador,


Consultório
armário e maca, com WC, destinada ao
Pacientes ginecológico com 16
atendimento e consultas indiferenciadas dos
WC
pacientes. Dimensão de acordo com a RDC 50.

Sala provida de mesa, cadeiras, computador,


Consultório e equipamentos oftalmológicos, destinada ao
Pacientes 9
oftalmológico atendimento dos pacientes. Dimensão de
acordo com a RDC 50.

Sala provida de mesa, cadeiras, computador,


equipamentos de pilates, colchonete e
Consultório de
Pacientes armário, destinada ao atendimento e consulta 16
fisioterapia
dos pacientes para fisioterapia. Dimensão de
acordo com a RDC 50.

Sala provida de poltronas e tela com projetor,


com mesa e computador, destinada a
Recreação Sala de vídeo 45
atividades de assistir filmes, séries e
programas.

Sala provida de cadeiras, mesas de jogos


como: ping pong, pebolim, e jogos de carta e
Recreação Sala de jogos 60
tabuleiro, armário para armazenamento dos
jogos, destinada a atividades em grupo.

Sala provida de mesas com telas e cadeiras,


Recreação Sala de artes 40
destinada a atividades artísticas.

Sala provida de mesas, cadeiras e lousa,


Recreação Sala de aula 40
destinada a diversas aulas para os pacientes.

Sala de terapia
Sala com cadeiras e mesa destinada a terapia
Recreação ocupacional em 45
em grupo.
grupo
Clínica psiquiátrica – Arquitetura da Saúde Mental 104

Sala de terapia
Sala com mesa e cadeiras destinada a terapia
Recreação ocupacional 12
individual.
individual

Sala provida de prateleiras com livros e


Recreação Biblioteca 40
poltronas, destinada a lazer dos pacientes.

Sala provida de aparelhos de ginástica


Recreação Academia 100
destinada a atividades dos pacientes.

Área de lazer Área livre com bancos, destinada a lazer dos


Recreação 150
externa pacientes.

Área de lazer Área livre com sofás e te4levisão destinada a


Recreação 100
interna lazer dos pacientes.

Sala provida de tanque e armários, destinada


Serviços DML 3
a lavagem e guarda de materiais de limpeza.

Sala provida de sofá, televisão, e mesa de


Sala de descanso
Serviços canto destinada ao descanso dos 6
funcionários
funcionários.

Sala provida de mesa, pia, armário, cadeiras,


Serviços Copa funcionários micro-ondas e geladeira, destinada a 6
alimentação dos funcionários.

Local provido de duas cabines com bacia


sanitária e duas cabines com chuveiros,
Sanitário/vestiário
Serviços armários e pias, destinada a guarda de 16
funcionários
pertences pessoais e trocas de roupas dos
colaboradores. (um masculino e um feminino)

Sala com prateleiras destinada a


Serviços Lixo comum armazenagem de lixo comum até a sua 4
retirada.
Clínica psiquiátrica – Arquitetura da Saúde Mental 105

Sala com prateleiras destinada a


Lixo perfuro
Serviços armazenagem de lixo perfuro cortante, até a 4
cortante
sua retirada por empresa terceirizada.

Sala com prateleiras destinada a guarda de


Serviços Roupa limpa 20
rouparia limpa.

Sala com prateleiras destinada a rouparia


Serviços Roupa suja 20
suja.

Local provido de tanque e bancada destinada


Cozinha Área de lavagem a lavagem de produtos para o 6
armazenamento.

Despensa Local provido de geladeiras destinada a


Cozinha refrigerados e armazenagem de produtos refrigerados e 4,5
congelados congelados.

Local provido de prateleiras destinada a


Cozinha Despensa comum 4,5
armazenagem de produtos não refrigerados.

Local provido de pia e armário, destinada a


Cozinha AC pessoas 3
paramentação de funcionários da cozinha.

Local provido de pias com bancadas destinada


Cozinha Área de preparo 8
ao preparo da alimentação dos pacientes.

Local provido de balcão, fogão e exaustor


Cozinha Área de cocção destinada a cocção dos alimentos dos 16
pacientes.

Sala provida de mesa, cadeira, computador e


Sala da
Cozinha prateleira destinada ao colaborador 4
nutricionista
responsável técnico pela cozinha.

Sala provida de pia, bancada e armários


Área de lavar
Cozinha destinada a lavagem de panelas e utensílios 5
utensílios
auxiliadores da área de preparo e cocção.
Clínica psiquiátrica – Arquitetura da Saúde Mental 106

Sala provida de pia, bancada e armários,


Área de lavar
Cozinha destinada a lavagem de pratos, copos e 5
pratos
talheres, utilizados no refeitório.

Área provida de mesas com cadeiras


Cozinha Refeitório 25
destinada as refeições dos pacientes.

Percebe-se então que há toda uma estrutura por trás dos serviços mais vistos como os
quartos e os consultórios, após ter pré-estabelecido as áreas de cada ambiente parte-se
então para o croqui de massas e após o plano de massas do projeto.

Figura 83 - Setorizações. Fonte: Acervo pessoal.

O estudo inicial de onde ficaria setorizado cada ambiente partiu do conceito de conforto,
como os pacientes precisam de uma área confortável e calma no ponto certo optou-se por
colocar a área de lazer com atividades como academia e salão de jogos do lado mais
movimentado da rua, assim a lateral seria o local que dá acesso as áreas internas para o
Clínica psiquiátrica – Arquitetura da Saúde Mental 107

externo, pois a rua lateral é menos movimentada não causando um confronto de fluxos no
local (observe o tom de rosa) foi colocado então os pacientes (tom de laranja) no lado
oeste/sul, pois é um local mais fresco e com menos casas ao lado o que traz um ambiente
calmo e arejado de frente para vegetação existente no local, trazendo assim uma visão
agradável, após essas três primeiras colocações optou-se por colocar a cozinha e os
consultórios no centro que são locais com fluxo em todo o período de internação dos
pacientes. É importante lembrar que a Clínica é para internações de média duração, que
auxiliam e preparam o indivíduo a conviver em sociedade assim obter atividades que
estimulam sua interação torna-se um ponto principal entre as atividades de lazer, portanto
todas as demais áreas serão para lazer comum onde todos possuem acesso.

Assim obtém-se então o plano de massas com as áreas pré-determinadas como as imagens a
seguir, onde foram colocadas todas as áreas representadas e setorizadas com cores,
formando então o modelo base do projeto.

Figura 84- Plano de massas em zoom. Fonte: acervo pessoal.


Clínica psiquiátrica – Arquitetura da Saúde Mental 108

Figura 85- Plano de massas com vista inteira do terreno. Fonte: Acervo pessoal.

Figura 86- Plano de Massas. Fonte Acerto pessoal.


Clínica psiquiátrica – Arquitetura da Saúde Mental 109

Processo de desenvolvimento

O processo evolutivo do desenho se originou a partir do plano de massas, com isso foram
considerados alguns fatores que foram mudando o design da implantação, o primeiro
conceito do projeto seria as formas. Ao longo do processo de desenvolvimento as formas do
edifício foram mudando, no inicio foi considerado um edifício único, a partir do fluxo
desejado foram pensados em criações de blocos, a seguir há algumas imagens de croquis.

Figura 87 - Croquis de desenvolvimento. Fonte. Acervo pessoal.

A partir destes conceitos foi iniciado a questão de como seria a volumetria do edifício,
criando-se então o edifício ilustrado a seguir.
Clínica psiquiátrica – Arquitetura da Saúde Mental 110

Figura 88 - Volumetria. Fonte. Acervo pessoal.

Entretanto o terreno estava sendo subutilizado, sendo adensado a um dos lados o edifício e
o outro lado vazio, assim foram sendo distribuído os blocos para um maior aproveitamento
do terreno. Foi iniciado então a questão de como seriam ligados os blocos, chegando ao
croqui a seguir ilustrando como seria a cobertura.

Figura 89 - Croqui da cobertura. Fonte: acervo pessoal.

A primeira etapa do projeto:


Clínica psiquiátrica – Arquitetura da Saúde Mental 111

Figura 90 - Primeira entrega folha 1. Fonte. Acervo pessoal.

Figura 91 - Primeira entrega folha 2. Fonte. Acervo pessoal


Clínica psiquiátrica – Arquitetura da Saúde Mental 112

A partir do projeto anterior foram feitas algumas tentativas de cobertura que fluíssem com
todo o edifício mas que fosse em formato orgânico pois os blocos lineares representam a
parte estática que há no fundo do mar a parte onde os pacientes estão estáveis onde o mar
e a psiquiatria se encontram, já a forma orgânica representa todo o movimento do mar a
forma com que ele se move, os altos e baixos, e também representa as partes em que os
pacientes estão vulneráveis e precisando de ajuda, é a parte que cobre (mascara) o
verdadeiro ser. Por estes motivos os blocos são lineares e imponentes onde tudo acontece e
a cobertura orgânica que apenas fica por cima mas que pode ser controlada (por pilares).

Assim chegamos ao primeiro croqui.

Figura 92 - Croqui 01. Fonte: Acervo pessoal.

O segundo croqui foi o processo de desenvolvimento e tentativa de entender novas


possibilidades estruturais.

Figura 93 - Croqui 2. Fonte: Acervo pessoal.


Clínica psiquiátrica – Arquitetura da Saúde Mental 113

O terceiro croqui mostra o formato final conseguido após mais de dez tentativas de
formatos diferentes que não conseguiram chegar perfeitamente ao conceito do projeto.

Figura 94 - Croqui 3. Fonte: Acervo pessoal.

Memorial Justificativo

O projeto foi dividido em cinco blocos, bloco A onde se encontra a parte administrativa e
recreativa, Bloco B parte de refeitório, cozinha e serviços, Bloco C e E onde se localizam os
dormitórios e Bloco D encontra-se a parte dos consultórios.

O portão de acesso principal e de serviços se encontram de frente para a Rua Peixe boi, o
portão de acesso principal leva ao estacionamento de visitantes, a entrada a clínica e ao
acesso de ambulância, partindo pela entrada da Clínica, a entrada fica mais afastada do
bloco então há um espaço para sair do carro e aguardar demais visitantes e após passar pela
porta de entrada feita de vidro e mais alta, a primeira visão é do jardim de inverno um
grande vidro o separando da recepção com pontos de luz de led branca e amarela pra dar
um brilho e a sua frente há o balcão da recepcionista de madeira pintado em branco, a
direita há uma porta que dá acesso a sala de reuniões e a esquerda há um foyer, foi pensado
em um armário baixo de mdf branco com detalhes em dourado e com louças douradas em
cima também, mais à esquerda há um sofá para espera foi pensado em um sofá amarelo que
Clínica psiquiátrica – Arquitetura da Saúde Mental 114

contrasta com o verde do jardim de inverno ao lado e todo o branco que há em volta. O local
de guarda de pertences dos visitantes inicialmente seria em armários, mas então foi feito o
balcão extenso da recepcionista onde possibilita a guarda de pertences em armários
escondidos pelo lado de dentro do balcão, há também um sanitário pne ao lado do balcão
para a utilização dos visitantes.

O Jardim de inverno possui a grama amendoim e plantas como a Yucca que fica alta e a Cica,
dando um charme ao local, além de deixar o ambiente acolhedor o jardim de inverno serve
também para segregar setorizações então de um lado fica a área comum com a recepção e o
outro lado fica uma parte restrita a funcionários administrativos, seu acesso é por dentro do
jardim que possui uma continuação do piso com uma largura de 1,20 m suficiente para a
circulação, o jardim não é aberto ele possui uma chapa de policarbonato para seu
fechamento possibilitando a passagem de pessoas mesmo em dias chuvosos.

A parte administrativa conta com uma sala para administração e financeiro com capacidade
para seis pessoas, sala do diretor com banheiro, sala de segurança e sanitários feminino e
masculino. O Diretor possui uma sala com um foyer, um banheiro privativo com chuveiro e
acesso direto para a sala de reuniões, foi pensado em um espaço onde o diretor tivesse
controle do que acontece ao redor, a sala administrativa é ampla e foram colocadas 6 mesas
em L, inicialmente iria ser separado a parte de financeiro da administrativa entretanto iria
diminuir o contato entre os funcionários desta ala, por isso ao invés deter uma parede
dividindo a sala foi pensado de um armário baixo assim de um lado ficam os funcionários
administrativos e do outro os do financeiro. Os sanitários desta parte possuem dois boxes
com vasos sanitários.

Segurança e controle, uma Clínica psiquiátrica precisa de muita segurança, por isso foi
pensado em uma sala de segurança com um banheiro próprio e acessos tanto a recepção
quanto para a parte interna da Clínica, a sala serve para descanso dos funcionários enquanto
aguardam seus próximos turnos, e mais adentro a sala de CFTV (Circuito Fechado de
Televisão) onde há pessoas que monitoram todas as câmeras espalhadas pela Clínica, há
necessidade de se ter essa sala para a segurança dos internos, averiguar quais quer
movimentos inesperados que eles façam e assim avisar tanto os seguranças como as
enfermeiras para que cheguem o mais rápido possível ao local e também verificar se não há
nenhuma fuga acontecendo, esta sala é de acesso restrito aos funcionários desta ala.
Clínica psiquiátrica – Arquitetura da Saúde Mental 115

O último local que há nesta primeira parte do Bloco A é a sala de triagem com um banheiro
privativo também, neste local o paciente chega e deixa seus pertences e é monitorado junto
a uma enfermeira por um dia até ter sido classificado, assim é possível descobrir se o
paciente pode ir para um quarto duplo ou se há necessidade de um quarto individual.

Figura 95 - Bloco A. Fonte: Acervo pessoal.

Adentrando a Clínica chega-se a primeira visão três blocos (C, D e E) onde o D possui uma
ampla visão do outro lado pois está quase em balanço mantendo uma vista térrea para o
outro lado. Os blocos C e E formam um ambiente interno de convívio juntamente a uma
divisória orgânica que lembra as ondas do mar.
Clínica psiquiátrica – Arquitetura da Saúde Mental 116

Figura 96 - Blocos C e E.Fonte: Acervo pessoal.

Dormitórios: como citados anteriormente os blocos C e E são bocós de dormitórios em cada


bloco há 6 dormitórios individuais e 2 dormitórios duplos, cada um possui um banheiro com
chuveiro cama, guarda roupa e mesa com cadeira, além de uma ampla janela com isto para
jardins, a frente de cada dormitório possui uma entrada individual separada por jardins, foi
pensado em jardins diferentes para cada uma são 4 tipos de jardins a frente dos blocos que
se alternam em 8 jardins, (Para saber mais vide memorial botânico). Os quartos estão
dispostos como uma dupla mais a frente e outra mais atrás assim as entradas ficam mais
distantes e agregam um pouco mais de privacidade, foi pensado em 4 cores pastéis para as
quatro partes dos blocos verde, rosa, laranja e azul as cores são claras apenas para não
deixar tudo branco e trazer um pouco de cor aos locais, assim cada parte do bloco possui sua
individualidade.

Jardins: há jardins de convívio diferentes em frente aos blocos, o maior deles é o jardim do
Clínica psiquiátrica – Arquitetura da Saúde Mental 117

Flamboyant, que possui um enorme flamboyant amarelo no centro e bancos espalhados ao


redor, formando uma área de lazer agradável, o próximo se localiza próximo a entrada e
possui uma árvore pau ferro com bancos em volta, este por sua vez não está em gramado e
sim em piso, o próximo possuí jabuticabeiras e é um jardim de tato e paladar onde quando
der frutos os pacientes podem colher e saborear.

Figura 97 - Área de Convívio. Fonte: Acervo pessoal.

A parte dos consultórios possuí a circulação vertical na frente e ao lado da circulação existe o
posto de enfermagem, local onde há acesso apenas das enfermeiras para apoio, trabalho e
descanso das mesmas, no segundo pavimento existe um hall para espera dos pacientes, uma
farmácia onde ficam localizados os remédios dos pacientes e a sala do farmacêutico onde
ele separa os remédios e possui um controle sobre entrada e saída dos mesmos, assim da os
remédios as enfermeiras que por sua vez dão os remédios aos pacientes, há 4 consultórios, o
consultório indiferenciado, o consultório ginecológico com um banheiro, o consultório
Clínica psiquiátrica – Arquitetura da Saúde Mental 118

oftalmológico e o consultório de fisioterapia, o profissional de fisioterapia tem total


liberdade de fazer as seções nas dependências da clínica como a academia por exemplo.

Figura 98 - Bloco D. Fonte Acervo pessoal.

Seguindo para a parte de entretenimento do Bloco A, temos a academia, sala de vídeo, sala
de aula, sala de artes, salas de terapia em grupo e individual também com sanitários. Nesta
parte não há corredores pois é aberto o intuito foi fazer um projeto com o menos de
corredores possíveis.

Figura 99 - Bloco A parte de entretenimento. Fonte: Acervo Pessoal.


Clínica psiquiátrica – Arquitetura da Saúde Mental 119

Na frente do bloco A há a praça de alimentação com cadeiras e mesas redondas, e piso


diferente do demais para delimitar o espaço, assim quem quiser pode comer ao ar livre mas
no coberto fora do refeitório.

Chega-se então ao bloco B que é separado em quatro partes, na primeira temos o refeitório
com grades janelas com vistas para a horta e parte externa, com mesas redondas na cor
vermelha e cadeiras brancas, há dois lavatórios, uma porta com acesso para a cozinha e um
buffet onde são servidas as comidas, além de passthrouth onde passam os pratos, talheres e
demais utensílios para dentro da área de lavagem. A parte de cozinha possui entrada pela
lateral com acesso passando pela Ante câmara de pessoas, e produtos com acesso a área de
recebimento onde são lavados e mandados para a despensa, toda a parte da cozinha foi
feita pensando no fluxo e utilização dos ambientes, assim há duas despensas próximas as
áreas de preparo e área de recebimento uma é a despensa de produtos secos e outra de
produtos molhados, após esta parte há as áreas de preparo são quatro áreas cada uma com
uma bancada e uma pia para preparo dos alimentos, uma para carne, uma para Legumes e
verduras, uma para o desjejum e uma para as sobremesas, as partes de desjejum e
sobremesa possuem uma geladeira para guarda de alimentos prontos até serem levados ao
refeitório, ao lado das áreas de preparo há a cocção com uma grande bancada para apoio a
esta etapa, em frente a área de cocção há a lavagem de utensílios e em frente a lavagem de
utensílios há também a lavagem de pratos, foi feito a sala do nutricionista em um espaço
estratégico pois há nesta sala janelas com vista para a cocção, preparo e despensa, assim
este profissional tem controle e visualização de tudo que acontece na cozinha.

Há neste bloco locais como Área de Roupa limpa, roupa suja, dml, área para os lixos com
locais separados destinados a lixo comum, lixo orgânico e lixo infectante. Por fim chega-se a
parte dos funcionários onde encontra-se os vestiários e sanitários dos funcionários, e a copa,
ao lado de fora há também a área de descanso e lazer dos funcionários com mesas, cadeiras
e bancos tanto em piso quanto em gramados e em partes cobertas e ao ar livre.
Clínica psiquiátrica – Arquitetura da Saúde Mental 120

Figura 100 - Bloco B. Fonte: Acervo Pessoal.

Voltando a frente do bloco A e B temos a área de piquenique com mesas e bancos rodeados
de arvores frutíferas, seguindo o caminho chegamos a horta onde se inicia o jardim de cura,
pois nesta parte é possível tocar a terra, e não é apenas mexer com a terra e sim cuidar de
outra vida, o que causa um grande valor emocional nos internos, trabalha-se neste sentido a
depressão e ansiedade, pois você deve esperar algo brotar após você plantar a semente e a
satisfação de ver algo brotar e que você mesmo plantou é gratificante.

Figura 101 - Jardim de Cura. Fonte: Acervo Pessoal.


Clínica psiquiátrica – Arquitetura da Saúde Mental 121

A próxima parte é de acesso restrito, pois passa a uma área mais arborizada, então o acesso
é feito apenas sob supervisão. Após a área da horta temos um caminho que leva ao redário
onde os pacientes podem se deitar sob as sombras das árvores e ouvir o canto de pássaros,
além do som suave da fonte que está mais a frente pelo caminho sendo o espaço do som,
pois o som da água é um calmante natural e serve de fonte para pássaros o que faz com que
mais venham para a área, seguindo o percurso temos um deck de madeira com bancos,
onde também há uma área livre que pode ser usada para meditar, além de também ficar
próximo a fonte dando assim para ouvir o barulho da água, e ao redor da fonte será
implantada uma forração com coloração vermelha e ao redor uma forração verde que
trabalha e estimula a visão, seguindo o percurso chega-se ao final que é a área do jardim das
cores onde há 6 canteiros formando formas orgânicas cada um com uma cor diferente e
algumas com cheiros, como a branca que cheira a mel.

O partido do projeto paisagístico foi a sensação e os cinco sentidos, olfato, visão, paladar,
tato e audição, por estes motivos foi pensado em diversos elementos que trouxessem a tona
estes sentidos, como por exemplo:

Tato: Horta e arvores frutíferas onde você pode tocar a terra, mexer com as plantas e colher
as frutas. Olfato: Utilização de Flores e Arvores com aromas diferentes, além do cheiro da
própria grama e da terra quando é molhada.

Visão: utilização de cores, arvores com florações coloridas, forrações com cores diferentes,
além das arvores frutíferas que também possuem frutos com cores diferentes e atraem
pássaros que por sua vez podem ser coloridos.

Paladar: utilização de árvores frutíferas onde quando for época de colheita os próprios
internos podem colher e comer as frutas que são: pitanga, amora e jabuticaba, com sabores
diferentes entre cítrico e doce.

Audição: para audição há uma fonte e o barulho da água estimula os pacientes e os


acalmam, além de chamar os pássaros, as árvores frutíferas também chamam os pássaros, e
assim também há o som do canto dos pássaros, além do barulho dos ventos batendo nas
árvores.
Clínica psiquiátrica – Arquitetura da Saúde Mental 122

Memorial Botânico

Heuchera SP, também conhecida como Heuchera, é uma espécie que sobrevive em meia
sombra e sol pleno, e chega a 0,4 a 0,9 metros de altura, esta espécie está na categoria de
Forrações e Folhagens, possuí a cor predominante vermelha e foi colocada no jardim de
cura.

Figura 102 - Heuchera. Fonte: https://www.whiteflowerfarm.com/heuchera-dolce-spearmint. Acesso em: 17/11/2019.

Gomphrena globosa, também conhecida como Perpétua, Amaranto-globoso, Gonfrena e


Perpétua-roxa, é uma espécie que sobrevive em sol pleno, chega a 0,4 metros de altura e
está na categoria de folhagens e forrações, sua cor predominante é o roxo.

Figura 103 – Gomphrena Globosa. Fonte: https://br.depositphotos.com/246350200/stock-video-flowerbed-globe-amaranth-


gomphrena-globosa.html. - acesso em 17/11/19.
Clínica psiquiátrica – Arquitetura da Saúde Mental 123

Sedum Spectabile, també conhecido por Sedum vistoso ou sedum espetacular, sobrevive em
locais de sol pleno, está na categoria de cactos e suculentas e flores perenes, chega a 0,6
metros de altura e sua cor predominante é o Rosa.

Figura 104 -Sedum Spectabile. Fonte: https://www.jardineiro.net/plantas/sedum-vistoso-sedum-spectabile.html. Acesso em:


17/11/2019.

Lobularia Maritima, também conhecida como Alísso e Flor de Mel, sobrevive a meia sombra
e sol pleno, está na categoria de flores anuais e chega a medir 0,15 metros de altura, Cor
predominante é o branco.

Figura 105 - Lobularia Maritima. Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Alisso. Acesso em: 17/11/2019.

Unxiia Kubitxkii, também conhecida como Botão de Ouro, sobrevive em locais com sol pleno,
e chega a 0,4 metros de altura, está na categoria de Flores Perenes, sua cor predominante é
o amarelo.
Clínica psiquiátrica – Arquitetura da Saúde Mental 124

Figura 106- Unxiia Kubitxkii. Fonte: Fonte:http://www.plantasonya.com.br/bordaduras/caracteristicas-e-cultivo-do-botao-


de-ouro-unxia-kubitzkii.html. Acesso em: 17/11/2019.

Pillea Microphylla, também conhecida como brilhantina, sobrevive em meia sombra e sol
pleno, chega a 0,3 metros de altura, e está na categoria de forrações, sua cor predominante
é o verde.

Figura 107 - Pillea Microplhylla. Fonte: https://www.123rf.com/photo_104352703_artillery-plant-pilea-microphylla-central-


of-thailand.html. Acesso em: 17/11/2019.

Polygonum Capitatum, também conhecido como Tapete inglês, sobrevive em meia sombra e
sol pleno, chegando a 0,15 metros de altura, é considerado uma forração, e sua cor
predominante é vermelho e verde.
Clínica psiquiátrica – Arquitetura da Saúde Mental 125

Figura 108 - Plygonum Capitatum. fonte: https://gardenseedsmarket.com/pink-knotweed-japanese-knotweed-seeds-


polygonum-capitatum.html. Acesso em: 17/11/2019.

Hedera Canariensis, também conhecida como Hera, sobrevive em meia sombra e sol pleno é
considerada uma forração e pode chegar a 4,7 metros se encostada em algum lugar como
muros por exemplo. Sua cor predominante é o verde.

Figura 109 - Hedera Canariensis. fonte: http://southeastgarden.com/hedera.html. Acesso em: 17/11/2019.

Eugenia Uniflora, também conhecida como pitangueira, sobrevive em sol pleno chega a 12
metros de altura, considerada uma árvore frutífera. Sua cor predominante é o verde.
Clínica psiquiátrica – Arquitetura da Saúde Mental 126

Figura 110 - eugenia Uniflora. Fonte: http://umaflorpordia.blogspot.com/2015/07/pitangueira.html. Acesso em:


17/11/2019.

Myrciaria Cauliflora, conhecida como Jabuticabeira é uma árvore frutífera, vive em sol pleno
e pode chegar a 12 metros de altura, sua cor predominante é o verde.

Figura 111 - Myrciaria Cauliflora. Fonte: http://www.flora.avph.com.br/jabuticabeira.php. Acesso em: 17/11/2019.

Rubus rosifolius, conhecida como amoreira é uma árvore frutífera, sobrevive em meia
sombra e sol pleno e pode chegar a 1,8 metros de altura, sua cor predominante é o verde.
Clínica psiquiátrica – Arquitetura da Saúde Mental 127

Figura 112 - Rubus Rosifolius. Fonte: https://www.flickr.com/photos/yvone/4245778983. Acesso em: 17/11/2019.

Agapanthus Africanus, também conhecida como agapanto, é uma flor perene e sobrevive
em sol pleno, pode chegar a 0,9 metros de altura e sua com predominante é o lilás.

Figura 113 - Agapanthus Africanus. Fonte: http://tropical.theferns.info/viewtropical.php?id=Agapanthus+africanus. Acesso


em: 17/11/2019.
Clínica psiquiátrica – Arquitetura da Saúde Mental 128

Thumbérgia Erecta, também conhecida como manto rei, é considerado um arbusto e


sobrevive em meia sombra e sol pleno, sua cor predominante é o verde e o azul e pode
chegar a 2,4 metros de altura.

Figura 114 - Thumbérgia Erecta. Fonte: https://www.tirolplantas.com/default/tumbergia-azul-arbusto-0oe15m-a-0oe25m-


c10.html. Acesso em: 17/11/2019.

Ixora Chinesis, conhecida como Ixora Chinesa, é um arbusto sobrevive em meia sombra e sol
pleno, chega a 1,8 metros, sua cor predominante é o vermelho.

Figura 115 - Ixora Chinesis. Fonte: https://www.123rf.com/photo_61096042_pattern-of-ixora-chinensis-chinese-ixora-lamk-


flower.htm. Acesso em: 17/11/2019.

Delonix regia, conhecida como Flamboyant é uma árvore ornamental, pode chegar a 12
metros de altura, sua cor predominante é o amarelo e ela sobrevive em sol pleno.
Clínica psiquiátrica – Arquitetura da Saúde Mental 129

Figura 116 - Delonix regia. Fonte: https://www.jardimexotico.com.br/flamboyant-amarelo. Acesso em: 17/11/2019.

Caesalpinia leiostachya, conhecida como pau ferro, é uma árvore que pode chegar a 12
metros de altura e sobrevive em sol pleno, sua cor predominante é o verde.

Figura 117 - Caesalpinia Leiostachya. fonte: https://produto.mercadolivre.com.br/MLB-899837133-fava-vagem-juca-pau-


ferro-caesalpinia-ferrea-20-unidades-_JM. Acesso em: 17/11/2019.
Clínica psiquiátrica – Arquitetura da Saúde Mental 130

Tecoma Stans, conhecido como Ipê de Jardim é uma árvore que chega a 3,6 metros de
altura, sobrevive em sol pleno, e sua cor predominante é o amarelo.

Figura 118 - tecoma Stans. Fonte: https://blog.giulianaflores.com.br/wp-content/uploads/2014/05/cultivo-caracteristica-


ipe-de-jardim.jpg. Acesso em: 17/11/2019.

Evolvulos Glomeratus, conhecido como azulzinha, é considerada uma forração a meia


sombra, sobrevive a meia sombra e sol pleno, pode chegar a 0,3 metros de altura, e sua cor
predominante é o azul.

Figura 119 - evolvulos Glomeratus. Fonte: https://www.jardineiro.net/plantas/evolvulo-evolvulus-glomeratus.html. acesso


em: 17/11/2019.
Clínica psiquiátrica – Arquitetura da Saúde Mental 131

Stenotaphrum secundatum, conhecida como grama Santo Gostinho, esta na categoria de


gramados, pode chegar a 0,15 metros, sobrevive em meia sombra e sol pleno, sua cor
predominante é o verde.

Figura 120 - Stenotaphrum Secundatum. Fonte: https://www.jardineiro.net/plantas/grama-santo-agostinho-stenotaphrum-


secundatum.html. Acesso em: 17/11/2019.

Parthenocissos Quinquefolia, conhecida como hera americana, é considerada uma forração


ou trepadeira, pode chegar a 12 metros e sobrevive em meia sombra e sol pleno, sua cor
predominante é o vermelho.

Figura 121 - Pathenocissos Quinquefolia. Fonte: https://www.jardineiro.net/plantas/hera-americana-parthenocissus-


quinquefolia.html. Acesso em: 17/11/2019.
Clínica psiquiátrica – Arquitetura da Saúde Mental 132

Plectranthus SP, conhecido como Hera Sueca, é considerado uma folhagem ou forração,
pode chegar a 0,9 metros e sobrevive em meia sombra, sua cor predominante é o verde
claro.

Figura 122 - Plectranthus SP. Fonte: https://www.jardineiro.net/plantas/hera-sueca-plectranthus-sp.html. Acesso em:


17/11/2019.

Arachis Repens, conhecido como grama amendoim, é considerado uma forração, e sobrevive
a meia sombra e sol pleno, pode chegar a 0,3 metros de altura e sua cor predominante é o
verde.

Figura 123 - Arachis Repens. Fonte:https://www.jardineiro.net/plantas/grama-amendoim-arachis-repens.html. Acesso em:


17/11/2019.
Clínica psiquiátrica – Arquitetura da Saúde Mental 133

Phoenix roebelenii conhecido como palmeira anã, é considerada uma palmeira e pode
chegar a 3,6 metros, sobrevive em meia sombra e sol pleno, sua cor predominante é o
verde.

Figura 124 - Phoenix Roebelenii. Fonte:https://www.jardineiro.net/plantas/fenix-phoenix-roebelenii.html. Acesso em:


17/11/2019.

Dracaena Reflexa, conhecida como Pleomele, considerado um arbusto, pode chegar a 3,0
metros de altura, sobrevive em luz difusa, meia sombra e sol pleno, Sua cor predominante é
o verde e amarelo.

Figura 125 - Dracaena Reflexa. Fonte: Https://www.jardineiro.net/plantas/pleomele-dracaena-reflexa.html. Acesso em:


17/11/2019.
Clínica psiquiátrica – Arquitetura da Saúde Mental 134

Ophiopogon Jaburan, também conhecido como Barba de serpente, é uma folhagem,


sobrevive em meia sombra e sol pleno, pode chegar a 0,4 metros de altura e sua cor
predominante é o verde.

Figura 126 - Ophiopogon jaburan. Fonte: https://www.jardineiro.net/plantas/barba-de-serpente-ophiopogon-jaburan.html.


Acesso em: 17/11/2019.

Dracaena Fragrans, conhecida como pau d’água, é considerado um arbusto e pode chegar a
9,0 metros de altura, ele sobrevive a luz difusa, meia sombra e sol pleno, e sua cor
predominante é o verde.

Figura 127 - Dracaena Fragrans. Fonte: https://www.jardineiro.net/plantas/dracena-dracaena-fragrans.html. Acesso em:


17/11/2019.
Clínica psiquiátrica – Arquitetura da Saúde Mental 135

Dracaena Marginata, conhecida como Dracena de Madagascar, é considerada um arbusto e


pode chegar a 6,0 metros de altura, sobrevive em meia sombra e sol pleno e sua cor
predominante é o verde.

Figura 128 - Dracaena Marginata. Fonte: https://www.jardineiro.net/plantas/dracena-de-madagascar-dracaena-


marginata.html. Acesso em: 17/11/2019.

Dietes bicolor, conhecida como moréia, é considerada uma flor perene e sobrevive em meia
sombra e sol pleno, pode chegar a ,9 metros de altura e sua cor predominante é o amarelo.

Figura 129 - Dietes bicolor. Fonte: https://www.jardineiro.net/plantas/moreia-bicolor-dietes-bicolor.html. acesso e:


17/11/2019.

Heliconia Rostrata, conhecida como papagaio, é um arbusto que pode chegar a 3,6 metros
de altura e sobrevive a meia sombra e sol pleno. Sua cor predominante é o laranja.
Clínica psiquiátrica – Arquitetura da Saúde Mental 136

Figura 130 - Heliconia Rostrata. Fonte: https://www.jardineiro.net/plantas/heliconia-heliconia-rostrata.html. Acesso em:


17/11/2019.

Liriope Spicata, conhecida como Liriope, é considerada uma folhagem ou forração, sobrevive
em meia sombra e sol pleno, pode chegar a 0,3 metros de altura, sua cor predominante é o
verde.

Figura 131 - Liriope Spicata. Fonte: https://www.jardineiro.net/plantas/liriope-liriope-spicata.html. Acesso em: 17/11/2019.


Clínica psiquiátrica – Arquitetura da Saúde Mental 137

7 Conclusão

O projeto de uma Clínica psiquiátrica foi feito considerando diversos fatores, toda a pesquisa
feita durante a monografia agregou conhecimento a área o que fez o projeto ser único, cada
parte do projeto seja nos blocos, mobiliários, paisagismo e demais, foram projetados
pensando em sua real utilização, chegou-se a um conceito único sendo visto inicialmente
como o mar mas partiu para a psicologia dos próprios internos, assim foram definidos
diversos pontos de interesse no projeto.

Conclui-se que a Clínica Psiquiátrica aborda a arquitetura da saúde mental, visando a


melhora dos pacientes que nela estariam internados, foram utilizados diversos elementos
que ajudam a aliviar as tensões e diminuir as pressões que os pacientes possam vir a ter.
Cada espaço foi planejado de acordo com o fluxo e utilização, sendo um local divertido e
sem as características marcantes dos antigos manicômios como um mar de branco e
corredores escuros.
Clínica psiquiátrica – Arquitetura da Saúde Mental 138

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