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MANUAL DO nd
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Editora responsável:
Lucimara Regina de Souza Vasconcelos
Bacharel e licenciada em História pela Universidade Federal do Paraná.
Mestre em Teoria Literária pelo Centro Universitário Campos Andrade. Editora.
MANUAL DO PROFESSOR
1a edição
Obra em 5 v. do 1o ao 5o ano.
Componente curricular: História.
17-09774 CDD-372.89
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Todos os direitos reservados
EDITORA MODERNA LTDA.
Rua Padre Adelino, 758 - Belenzinho
São Paulo – SP – Brasil – CEP 03303-904
Vendas e Atendimento: Tel. (0_ _11) 2602-5510
Fax (0_ _11) 2790-1501
www.moderna.com.br
2017
Impresso no Brasil
Sumário
1. Apoio ao professor
Manual do Professor – Livro impresso
Este Manual foi elaborado com a finalidade de auxiliar o professor na utilização dos livros
desta coleção e na realização de propostas de trabalho complementares.
O Manual está organizado em duas partes.
A primeira parte expõe a proposta da coleção para o ensino de História, descreve os
princípios norteadores da coleção, apresenta a estrutura dos livros, explicita a concepção de
avaliação adotada e faz indicações de leitura para o professor.
A segunda parte apresenta e explica alguns dos recursos que o professor encontrará no
livro. Na sequência, iniciam-se as orientações específicas de trabalho do Livro do Estudante.
Essas orientações são explicitadas unidade a unidade, de acordo com a estrutura do livro.
Nas orientações de trabalho de cada unidade, há sugestões de como abordar determi-
nados conteúdos dos assuntos desenvolvidos e do encaminhamento de algumas atividades
propostas no livro. Há também sugestões de atividades, textos com informações comple-
mentares para enriquecer o trabalho com o tema ou assunto desenvolvidos.
Sequências didáticas
A sequência didática é mais uma modalidade de abordagem de conteúdos e desenvol-
vimento de habilidades.
Em cada sequência didática proposta, definimos quais conteúdos serão trabalhados e
seus respectivos objetivos, assim como as habilidades que serão desenvolvidas. No encami-
nhamento de cada sequência, o professor encontrará orientações didáticas e estratégias,
passo a passo, para contemplar os objetivos definidos.
Assim, sugerimos a abordagem de objetos de conhecimento e de habilidades por meio
de um planejamento detalhado da dinâmica de cada aula proposta na sequência.
IV
Proposta de acompanhamento de aprendizagem
Nessa proposta, apresentamos sugestões e orientações para que o professor verifique
a aprendizagem dos alunos de acordo com as estratégias indicadas. Nesse sentido, pro-
curamos auxiliar o professor a verificar se houve assimilação dos conteúdos trabalhados,
em contextos significativos para os alunos e em situações que perpassam a abordagem de
conceitos, procedimentos e atitudes.
São diversos os recursos que contribuem para a prática docente, mas cabe destacar que
todos os recursos oferecidos, tanto no Manual do Professor (impresso) quanto no material
digital desta coleção, devem ser adaptados pelo professor para atender às necessidades da
turma e dialogar com o projeto político-pedagógico da escola.
A concepção de História
A História é o estudo das ações humanas no tempo. Isso significa que, ao analisar o
passado, os historiadores buscam vestígios de realizações humanas chamadas de fontes
históricas – para reconstruir um determinado tema do passado. Essa construção pode se
apresentar sob a forma de uma estrutura, da narrativa de uma personagem ou da vida co-
tidiana de um grupo de pessoas. Mas somente os historiadores podem analisar o passado?
Não. Todos os seres humanos, de uma forma ou de outra, se relacionam com o passado em
sua vida, quer seja para buscar respostas para problemas atuais, quer seja para rememorar
algum evento familiar, entre outras intenções. A diferença entre essas formas de “voltar
ao passado” e o trabalho do historiador é que o historiador utiliza alguns métodos de pes-
quisa. Esse retorno ao passado, promovido pelo historiador com o auxílio de métodos, vai
resultar no que chamamos de História.
Ser membro de uma comunidade humana é situar-se em relação ao seu passado (ou da comunida-
de) ainda que apenas para rejeitá-lo. O passado é, portanto, uma dimensão permanente da consciência
humana, um componente inevitável das instituições, valores e outros padrões da sociedade humana. O
problema para os historiadores é analisar a natureza desse ‘sentido de passado’ na sociedade e localizar
as mudanças e permanências.2
V
A concepção de ensino e aprendizagem em História
Se o passado conta, é pelo que significa para nós. [...] Ele nos ajuda a compreender melhor a socie-
dade na qual vivemos hoje, a saber o que defender e preservar, saber também o que mudar e destruir.
A história tem uma relação ativa com o passado.3
O conhecimento histórico é uma forma de racionalidade, que inclui uma série de ha-
bilidades mentais que tornam possível o olhar crítico sobre o cotidiano, fundamentado
na compreensão da sua historicidade e de seus significados para a sociedade. Ensinar
História é ajudar o aluno a situar-se historicamente, a compreender a historicidade da sua
realidade e das relações humanas nela estabelecidas. Como afirma o historiador Fernand
Braudel:
[As experiências do passado] só podem ser compreendidas se tomadas em seu conjunto; mais ainda,
que elas devem ser aproximadas umas das outras, que a luz do presente frequentemente lhes convém e
que é a partir do que vemos hoje que julgamos e compreendemos o passado.4
3. CHESNEAUX, Jean. Fazemos tábula rasa do passado? São Paulo: Ática, 1995. p. 22.
4. BRAUDEL, Fernand. O espaço e a História no Mediterrâneo. São Paulo: Martins Fontes, 1988. p. 4.
5. Diretrizes Curriculares Nacionais. Educação Básica. Brasília: MEC/SEF, 2002. p. 7.
6. BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Terceira versão.
Brasília: MEC, 2017. p. 16.
VI
De acordo com a BNCC, professores e alunos devem assumir uma “atitude historiadora”
diante dos conteúdos abordados, o que se dá com base em processos de ensino e aprendi-
zagem que estimulam o pensamento e envolvem a identificação de um objeto ou questão a
ser estudado; promovem a comparação entre objetos de estudo, exigem a contextualização
de um fato histórico e propõem a interpretação e análise de um objeto.
Para alcançar essas competências, é necessário o desenvolvimento gradual de diversos
aspectos da oralidade e da escrita, como a explicação, a narração e a descrição e, também,
a produção de narrativas e outras formas textuais, utilizando conceitos e vocabulário espe-
cíficos de História. Cabe ao professor promover situações de aprendizagem que possibilitem
o exercício de diversas competências, selecionando os materiais adequados, estimulando a
participação ativa do aluno, com seus conhecimentos, interesses e necessidades. O profes-
sor deve criar um ambiente interativo, assumindo a postura de mediador entre a cultura do
aluno e o conhecimento escolar.
7. BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Terceira versão. Brasília: MEC, 2017. p. 350.
VIII
• Valorizar o patrimônio sociocultural e respeitar a diversidade, reconhecendo-a como
direito dos povos e indivíduos e como um elemento de fortalecimento da democracia.8
Assim, os conteúdos de História, com base nesses conceitos, devem ser organizados para
favorecer, especialmente, o desenvolvimento da reflexão crítica sobre os grupos humanos e
as relações que estabelecem suas histórias, formas de organização, modos de vida em dife-
rentes tempos e espaços. Nos anos iniciais do Ensino Fundamental, temas como a história
pessoal da criança, da família, da escola, das tradições e da cultura da localidade (comuni-
dade, bairro, povoado ou município), do país e do mundo permitem estabelecer inúmeras
relações, proporcionando às crianças ampliar a compreensão de sua própria história, de
suas formas de viver e de se relacionar. Identificar diferenças e semelhanças entre as histó-
rias vividas pelos colegas, entre grupos sociais do presente e do passado, ouvir histórias de
vida, investigar memórias de familiares e de outros adultos são atividades que auxiliam na
percepção de que as histórias individuais e coletivas participam da construção da história da
sociedade e são fontes valiosas de conhecimento histórico.
Na dimensão cognitiva, ensinar História tem por objetivo, portanto, fazer os alunos de-
senvolverem o pensamento histórico por meio de procedimentos e atitudes de observação,
comparação, identificação e contextualização. Para isso, a utilização de diferentes fontes
históricas e linguagens – textos, imagens, músicas, objetos e elementos do patrimônio cul-
tural – é fundamental.
Na dimensão social, a História no Ensino Fundamental busca capacitar os alunos a reali-
zar uma leitura diferenciada da sua realidade, iniciando a compreensão de que ela é produ-
to de uma série de relações complexas que constituem a sua própria historicidade.
8. BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: História, Geografia. Brasília: MEC/SEF, 1997.
p. 50-51.
9. BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Terceira versão. Brasília: MEC, 2017. p. 18-19.
10. BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Terceira versão. Brasília: MEC, 2017. p. 16.
IX
processos linguísticos, culturais, sociais, econômicos, científicos, tecnológicos e natu-
rais), colaborando para a construção de uma sociedade solidária.
2. Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à abordagem própria das ciências, in-
cluindo a investigação, a reflexão, a análise crítica, a imaginação e a criatividade, para
investigar causas, elaborar e testar hipóteses, formular e resolver problemas e inventar
soluções com base nos conhecimentos das diferentes áreas.
3. Desenvolver o senso estético para reconhecer, valorizar e fruir as diversas manifesta-
ções artísticas e culturais, das locais às mundiais, e também para participar de práticas
diversificadas da produção artístico-cultural.
4. Utilizar conhecimentos das linguagens verbal (oral e escrita) e/ou verbo-visual
(como Libras), corporal, multimodal, artística, matemática, científica, tecnológica e
digital para expressar-se e partilhar informações, experiências, ideias e sentimentos
em diferentes contextos e, com eles, produzir sentidos que levem ao entendimen-
to mútuo.
5. Utilizar tecnologias digitais de comunicação e informação de forma crítica, signi-
ficativa, reflexiva e ética nas diversas práticas do cotidiano (incluindo as escolares)
ao se comunicar, acessar e disseminar informações, produzir conhecimentos e re-
solver problemas.
6. Valorizar a diversidade de saberes e vivências culturais e apropriar-se de conhecimen-
tos e experiências que lhe possibilitem entender as relações próprias do mundo do
trabalho e fazer escolhas alinhadas ao seu projeto de vida pessoal, profissional e so-
cial, com liberdade, autonomia, consciência crítica e responsabilidade.
7. Argumentar com base em fatos, dados e informações confiáveis, para formular, nego-
ciar e defender ideias, pontos de vista e decisões comuns que respeitem e promovam
os direitos humanos e a consciência socioambiental em âmbito local, regional e global,
com posicionamento ético em relação ao cuidado de si mesmo, dos outros e do planeta.
8. Conhecer-se, apreciar-se e cuidar de sua saúde física e emocional, reconhecendo suas
emoções e as dos outros, com autocrítica e capacidade para lidar com elas e com a
pressão do grupo.
9. Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a cooperação, fazendo-se res-
peitar e promovendo o respeito ao outro, com acolhimento e valorização da diversidade
de indivíduos e de grupos sociais, seus saberes, identidades, culturas e potencialidades,
sem preconceitos de origem, etnia, gênero, orientação sexual, idade, habilidade/ne-
cessidade, convicção religiosa ou de qualquer outra natureza, reconhecendo-se como
parte de uma coletividade com a qual deve se comprometer.
10. Agir pessoal e coletivamente com autonomia, responsabilidade, flexibilidade, resiliên-
cia e determinação, tomando decisões, com base nos conhecimentos construídos na
escola, segundo princípios éticos democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários.
11. BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Terceira versão. Brasília: MEC, 2017. p. 305.
12. BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Terceira versão. Brasília: MEC, 2017. p. 307.
13. BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Terceira versão. Brasília: MEC, 2017. p. 309.
XI
6. Compreender os conceitos históricos e geográficos para explicar e analisar situações do
cotidiano e problemas mais complexos do mundo contemporâneo e propor soluções.
7. Reconhecer e fazer uso das linguagens cartográfica, gráfica e iconográfica e de diferen-
tes gêneros textuais no desenvolvimento do raciocínio espaço-temporal relacionado
a localização, distância, direção, duração, simultaneidade, sucessão, ritmo e conexão.
14. BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Terceira versão. Brasília: MEC, 2017. p. 352.
XII
As habilidades de História para os anos iniciais do Ensino
Fundamental
Para garantir o desenvolvimento das competências gerais e específicas previstas na
BNCC, os diferentes componentes curriculares apresentam um conjunto de objetos de
conhecimento e habilidades. Os objetos de conhecimento “são entendidos como con-
teúdos, conceitos e processos”15. As habilidades “expressam as aprendizagens essenciais
que devem ser asseguradas aos alunos nos diferentes contextos escolares”16.
Apresentamos a relação entre as unidades temáticas, os objetos de conhecimento e as
habilidades previstos na BNCC para a disciplina de História 17, nos anos iniciais do Ensino
11
HISTÓRIA – 1o ANO
15. BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Terceira versão. Brasília: MEC, 2017. p. 26.
16. BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Terceira versão. Brasília: MEC, 2017. p. 27.
17. BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Terceira versão. Brasília: MEC, 2017. p. 356-365.
XIII
HISTÓRIA – 2o ANO
XIV
HISTÓRIA – 3o ANO
XV
HISTÓRIA – 4o ANO
XVI
HISTÓRIA – 5o ANO
XVII
O desenvolvimento das habilidades nesta coleção
Nesta coleção, os conteúdos temáticos e as atividades apresentados no Livro do Estu-
dante foram elaborados com a finalidade de desenvolver as habilidades previstas na BNCC
para o componente curricular História. O quadro a seguir relaciona os conteúdos temáticos
desenvolvidos no Livro do Estudante do 1o ano do Ensino Fundamental aos objetos de co-
nhecimento e às habilidades da BNCC (3a versão).
1o ANO
Unidade 1:
As fases da vida e a ideia
Quem sou eu EF01HI01: Identificar aspectos do seu crescimento,
de temporalidade (passado,
por meio do registro das lembranças.
• Eu sou assim presente, futuro)
• A história de cada um
• A cada dia uma nova Os vínculos pessoais: as dife-
história rentes formas de organiza- EF01HI02: Identificar a relação entre as suas histórias
• Todo mundo tem uma ção familiar e as relações de e as histórias das famílias.
história amizade
XVIII
3. A História nesta coleção
Nos trabalhos com os alunos, não deve existir a preocupação em ensinar, formalmente, conceitua-
ções de tempo histórico, mas deve existir a intencionalidade didática de escolher temas de estudos que
abarquem acontecimentos que possam ser dimensionados em diferentes durações […]. No estudo da
História, considera-se, ainda, a dimensão do tempo que predomina como ritmo de organização da vida
coletiva, ordenando e sequenciando, cotidianamente, as ações individuais e sociais. 20 14
18. MATOZZI, Ivo. A História ensinada: educação cívica, educação social ou formação cognitiva? Atas do Congresso O ensino
da História: problemas da didática e do saber histórico. Revista O Estudo da História, n. 3, out. 1998, p. 39.
19. BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Terceira versão. Brasília: MEC, 2017. p. 347.
20. BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: História, Geografia. Brasília: MEC/SEF,
1997. p. 83-87.
XIX
É importante enfatizar que as crianças constroem, em suas vivências, concepções espon-
tâneas e intuitivas do tempo e, aos poucos, a noção de cronologia trabalhada nas aulas de
História integra-se a essas concepções iniciais. Assim, não basta datar acontecimentos para
que a criança realize a sua localização temporal. É preciso que o trabalho com essas noções
possibilite às crianças ultrapassar as experiências do tempo vivido e construir noções sobre
o tempo percebido, estabelecendo relações entre presente, passado e futuro. As categorias
temporais trabalhadas nos quatro livros desta coleção incluem:
Ritmos temporais
Abordados em diferentes unidades ao longo da coleção mobilizam a criança a observar e
refletir sobre determinados fatos do tempo que ocorrem de forma regular, por exemplo, o
dia e a noite, a rotina da família, o período de aulas e férias, o horário do recreio escolar, a
data de aniversário e fatos que se repetem, como o estabelecimento de relações comerciais
entre povos e o desenvolvimento das cidades.
Duração
Essa categoria se refere ao período de tempo que transcorre entre dois acontecimentos.
Corresponde à categoria de distância na localização espacial. Essa categoria apresenta duas
dimensões fundamentais: a mudança e a permanência. A dimensão da mudança refere-se à
noção de transformação, à diferença entre o antes e o depois e inclui a ideia de passageiro,
efêmero, pouco durável. A dimensão da permanência refere-se às estruturas que se modifi-
cam lentamente e à ideia de longa duração. A categoria de duração é trabalhada por meio
de temas em que os alunos são mobilizados a identificar, caracterizar e analisar elementos
do cotidiano do ponto de vista histórico: por exemplo, a alimentação, os transportes, a
comunicação e também grandes acontecimentos que influenciaram não só a comunidade,
mas toda a sociedade, como a formação das cidades e o desenvolvimento do comércio e
das tecnologias. Atividades como a construção de uma “linha do tempo” possibilitam a
percepção e a reflexão sobre a noção de duração temporal.
XX
Orientação no tempo
Por meio da categoria de orientação temporal, constrói-se o conceito de tempo histó-
rico – a relação entre as dimensões de passado, presente e futuro. Esse trabalho se inten-
sifica com a utilização consciente de noções e expressões que indicam essas dimensões:
ontem, anteontem, há algum tempo, anteriormente (que se referem ao passado); atual-
mente, hoje, agora, neste momento (que se referem ao presente); além das expressões que
se relacionam ao futuro, como amanhã, mais tarde, daqui a algum tempo. A consciência
do momento presente, da memória individual que liga o passado ao presente, possibilita,
por meio da percepção dos ciclos de vida (nascimento, crescimento, maturidade e morte),
a reflexão sobre diferentes fases da vida. Essa reflexão auxilia na construção das relações
entre passado, presente e futuro, e por isso, nas orientações temporais.
Medição do tempo
A característica dessa categoria é a possibilidade de ser apreendida por meio da quan-
tificação: a passagem do tempo pode ser medida. Há formas subjetivas de apreensão da
medição do tempo, que se referem à maneira como os sujeitos se relacionam com os acon-
tecimentos, e há as formas objetivas, construídas pelos seres humanos ao longo da História.
Essas formas objetivas medem o tempo por meio de métodos e instrumentos diversos.
XXI
A Educação Fundamental e o domínio da linguagem
Todas as esferas da atividade humana, por mais variadas que sejam,
estão relacionadas com a utilização da língua. 21 15
De acordo com a BNCC, a ampliação das práticas de linguagem e das experiências es-
tética e intercultural dos alunos, bem como a consolidação das aprendizagens anteriores,
permitirá a progressão do conhecimento ao longo dos anos iniciais do Ensino Fundamental:
O domínio da língua tem estreita relação com a possibilidade de plena participação social, pois é
por meio dela que o homem se comunica, tem acesso à informação, expressa e defende pontos de vista,
partilha ou constrói visões de mundo, produz conhecimento. Assim, um projeto educativo comprome-
tido com a democratização social e cultural atribui à escola a função e a responsabilidade de garantir a
todos os seus alunos o acesso aos saberes linguísticos necessários para o exercício da cidadania, direito
inalienável de todos. 24 18
21. BAKHTIN, Mikhail. Os gêneros do discurso. In: Estética da criação verbal. 3. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2000. p. 85.
22. BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Terceira versão. Brasília: MEC, 2017. p. 55.
23. BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Terceira versão. Brasília: MEC, 2017. p 21.
24. BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: Língua Portuguesa. Brasília: MEC/SEF, p. 21.
XXII
Educação em valores e os temas transversais
O compromisso com a construção da cidadania pede necessariamente
uma prática educacional voltada para a compreensão da realidade social e dos direitos
e responsabilidades em relação à vida social, coletiva e ambiental. 25 19
25. BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: apresentação dos temas transversais, ética.
Brasília: MEC/SEF, 1997. p. 15.
XXIII
4. A avaliação
A avaliação da aprendizagem proposta nesta coleção configura-se em um processo
contínuo, isto é, o acompanhamento sistemático da aprendizagem e do desenvolvimento
das competências dos alunos em História. Esse acompanhamento propõe diversos crité-
rios relativos a informações, conceitos, procedimentos, valores e atitudes que os alunos
devem adquirir ao longo de um processo de ensino e aprendizagem. Os critérios de
avaliação em cada unidade devem contemplar de modo equilibrado os diversos aspectos
do desenvolvimento da criança: a cognição, a afetividade e a sociabilidade. Assim, a ava-
liação deve considerar os objetivos conceituais, procedimentais e atitudinais. A esses, o
professor deve articular as particularidades de cada aluno, turma ou escola e as possibili-
dades e os limites de cada fase e aspecto do desenvolvimento de seus alunos.
Ao avaliar o processo de aprendizagem em História, é preciso considerar que habili-
dades e atitudes os alunos vão desenvolver. Para isso, o professor deve atentar para as
operações cognitivas que compõem o processo de ensino e aprendizagem. Os alunos
desenvolvem habilidades de maneira sucessiva: a primeira operação cognitiva é a identifi-
cação de informações presentes no livro ou no caderno. Após essa operação, devem con-
seguir caracterizar o objeto de estudo, quais as qualidades (características) que o diferem
de outros objetos relacionados. A partir daí, os alunos conseguem realizar a operação de
comparação entre dois ou mais objetos de seus universos de saber. A comparação possi-
bilita aos alunos expor argumentos, por meio da escrita ou da fala. As avaliações devem
abordar cada uma dessas fases para um acompanhamento mais próximo dos alunos. É
importante ressaltar que a avaliação é um recurso que o professor deve utilizar para orga-
nizar o trabalho, verificando onde pode avançar e o que deve ser revisto ou reformulado
em suas aulas, sempre abrangendo os aspectos citados e visando à aprendizagem e ao
desenvolvimento dos alunos.
Enquanto o planejamento é o ato pelo qual decidimos o que construir, a avaliação é o ato crítico que
nos subsidia na verificação de como estamos construindo nosso projeto. A avaliação atravessa o ato
de planejar e de executar, por isso contribui em todo o percurso da ação planificada […]. A avaliação
como crítica de percurso é uma ferramenta necessária ao ser humano na posse da construção dos resul-
tados que planificou produzir. 26 20
26. LUCKESI, Cipriano. Avaliação da aprendizagem escolar. São Paulo: Cortez, 1995. p. 19.
XXIV
• Análise dos resultados das atividades: é o procedimento que, por meio dos registros
realizados pelos alunos, possibilita ao professor documentar os avanços e as dificul-
dades durante o desenvolvimento do trabalho. As diversas atividades propostas ao
longo desta coleção permitem realizar esse acompanhamento, como uma avaliação
permanente dos resultados delas para a aprendizagem dos alunos.
• Avaliações formais: provas e testes são instrumentos que, quando bem elaborados,
possibilitam verificar o quanto os objetivos propostos foram atingidos. É necessário
que esses instrumentos considerem os aspectos já citados e, principalmente, as opor-
tunidades de aprendizagem proporcionadas ao aluno.
• Estimular a autoavaliação: é importante trabalhar com os alunos para que percebam
os próprios avanços, dificuldades, interesses. Ao realizar a autoavaliação, os alunos
têm a oportunidade de refletir sobre sua aprendizagem e avançar no processo de
autonomia. Desse modo, como ação contínua, avaliar em História é considerar as
mudanças ocorridas nas concepções dos alunos; o envolvimento deles nas ativida-
des; como atuam nas ações em grupo; como articulam seus conhecimentos prévios
às novas informações e aos conceitos; como compreendem os principais elementos
históricos: a cronologia, as fontes históricas, os conceitos expressos na linguagem
específica da disciplina, as semelhanças e as diferenças entre passado e presente,
a continuidade e a mudança; e, por fim, considerar a capacidade de eles se identi-
ficarem com as pessoas do passado, enquanto portadoras de modos de vida e de
pensamento diferentes dos deles.
XXV
A estrutura dos livros
Os livros desta coleção são compostos de 4 unidades. Nos livros
do 1o ao 5o ano, as unidades apresentam uma estrutura semelhan-
te, com pequenas variações de um volume a outro.
Abertura da unidade
As imagens apresentadas na abertura de cada unidade convi-
dam o aluno a expressar suas ideias acerca do tema a ser traba-
lhado. Por meio de ilustrações, fotografias, gravuras e pinturas
históricas, o aluno é motivado com questões propostas na seção
Vamos conversar que promovem a leitura da(s) imagem(ns) e o
debate do tema apresentado. O objetivo é estimular a participa-
ção ativa, ao expressar, ouvir e confrontar ideias e opiniões.
Capítulos e atividades
Cada unidade apresenta um conjunto de quatro capítulos, de-
senvolvidos em textos e atividades. Os textos apresentam estru-
tura clara, com foco nos aspectos essenciais do conteúdo, ade-
quados à faixa etária dos primeiros anos do Ensino Fundamental.
Os termos e os conceitos mais complexos são apresentados gra-
dualmente, com explicações e exemplos. Há também o auxílio de
um glossário que acompanha os textos. As atividades permeiam EU SOU ASSIM
EM GERAL, O NOME DA CRIANÇA É ESCOLHIDO PELA FAMÍLIA
OU PELOS RESPONSÁVEIS.
o conteúdo dos capítulos e oferecem reflexões imediatas sobre os TODAS AS PESSOAS, OBJETOS, ANIMAIS, PLANTAS E LUGARES NOME FOI ESCOLHIDO. FAÇA AS PERGUNTAS ABAIXO
MARCOS MACHADO
TÊM NOME. E REGISTRE AS RESPOSTAS NO CADERNO.
CADA NOME TEM UMA ORIGEM E UMA HISTÓRIA. • QUEM ESCOLHEU O MEU NOME?
• POR QUE ESSE NOME FOI ESCOLHIDO?
MARCOS MACHADO
Esta coleção apresenta um programa sistemático de atividades MEU NOME
É MATEUS.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
OI, SOFIA,
EU SOU A
tados, estabelecer relações entre as partes dos conteúdos e ALÉM DO NOME, AS PESSOAS TAMBÉM TÊM SOBRENOME.
ELE TAMBÉM CONTA UM POUCO DA NOSSA HISTÓRIA PESSOAL
E AJUDA A DIFERENCIAR PESSOAS QUE TÊM O MESMO NOME.
O QUE VAMOS FAZER HOJE? 2 QUE ATIVIDADE ESTÁ MARCADA PARA AS 15 HORAS?
A seção Para ler e escrever melhor nesta coleção ocorre NA SEGUNDA-FEIRA, JOÃO CHEGOU NO HORÁRIO CORRETO
EM SEU PRIMEIRO DIA DE AULA NA ESCOLA. ELE VAI ESTUDAR NO
PERÍODO DA TARDE, NA CLASSE DO 2o ANO DA PROFESSORA HELENA.
Hora do lanche e de brincar.
apenas do 2º ao 5º ano e é voltada à leitura, à compreensão e à AOS ALUNOS UM CARTAZ, AFIXADO NA PAREDE, COM A DIVISÃO DAS
ATIVIDADES DAQUELE DIA E DISSE QUE TODOS DEVERIAM ANOTAR NA
AGENDA A ROTINA ESCOLAR.
4 QUE ATIVIDADE JOÃO TERÁ ÀS 16 HORAS?
Aula de História.
Cód Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
produção de textos. Os temas são relacionados aos conteúdos da ATIVIDADES QUE OS ALUNOS DESENVOLVEM NA ESCOLA E É MUITO 5 QUAL É A SUA ROTINA ESCOLAR?
IMPORTANTE NA VIDA DA CRIANÇA. A ROTINA ESCOLAR AJUDA A ESCREVA NA AGENDA A SEQUÊNCIA DE SUAS TAREFAS EM UM
DIVIDIR O TEMPO E A ORGANIZAR O QUE O ALUNO TERÁ DE REALIZAR DIA DE ESCOLA. LEMBRE-SE DE COLOCAR O DIA E O HORÁRIO
AO LONGO DE CADA DIA. DE CADA ATIVIDADE. Resposta pessoal.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código
EVANDRO MARENDA
XXVI
O mundo que queremos
Esta seção é apresentada em todas as unidades e propõe um O MUNDO QUE QUEREMOS OR
M A ÇÃ
O
C IDA D
à 1 POR QUE O NOME É IMPORTANTE?
de nossa história.
vidades articulados aos conteúdos das unidades e relacionados aos AO MUNDO. AO NASCER, TODA CRIANÇA DEVE SER REGISTRADA
E RECEBER UM NOME.
O NOME FAZ PARTE DE QUEM SOMOS. ELE COMPÕE NOSSA
IDENTIDADE. TER UM NOME É UM DOS DIREITOS BÁSICOS DAS
ITEM NO LOCAL INDICADO.
temas transversais: formação cidadã; meio ambiente; pluralidade CRIANÇAS GARANTIDOS PELA DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS
DIREITOS DAS CRIANÇAS.
ESSES DIREITOS VALEM PARA TODAS AS CRIANÇAS, SEM
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
M E I N O
A C A
SIMONE ZIASCH
ao manejo sustentável e à valorização dos recursos naturais; ao 18 19
Atividade divertida
Apresentada em todas as unidades, esta seção tem por obje-
tivo trabalhar de forma lúdica questões centrais dos conteúdos.
O lúdico pode se dar na forma do jogo ou da brincadeira. Os jo-
gos são geralmente regidos por regras predefinidas e envolvem
situações de competição ou de cooperação. As brincadeiras,
por sua vez, são marcadas por um maior grau de espontanei-
dade. É importante ressaltar que o lúdico, tanto na forma do
jogar quanto na do brincar, não implica necessariamente em
falta de seriedade, pois, embora diversos jogos e brincadeiras
provoquem risos, há muitos que exigem alto grau de empenho
e concentração.
XXVII
6. Sugestões de leitura
ABUD, Katia Maria. Currículos de História e políticas públicas: os programas de História
do Brasil na escola secundária. In:BITTENCOURT, Circe. O saber histórico na sala de aula.
São Paulo: Contexto, 1998.
BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais:
apresentação dos temas transversais, ética. Brasília: MEC/SEF, 1997.
. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais:
História, Geografia. Brasília: MEC/SEF, 1997.
. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais:
pluralidade cultural, orientação sexual. Brasília: MEC/SEF, 1997.
BRAUDEL, Fernand. O espaço e a História no Mediterrâneo. São Paulo: Martins Fontes,
1988.
BURKE, Peter. A Escola dos Annales: 1929 1989. A Revolução Francesa da historiografia.
São Paulo: Editora Unesp, 1997.
CHESNEAUX, Jean. Fazemos tábula rasa do passado? São Paulo: Ática, 1995.
ECO, Umberto. Baudolino. 6. ed. Rio de Janeiro: Record, 2007.
HOBSBAWM, Eric. Sobre a História. São Paulo: Companhia das Letras, 1998.
LUCKESI, Cipriano. Avaliação da aprendizagem escolar. São Paulo: Cortez, 1995.
MATOZZI, Ivo. A História ensinada: educação cívica, educação social ou formação
cognitiva? Atas do Congresso O ensino da História: problemas da didática e do saber
histórico. Revista O Estudo da História, n. 3, out. 1998.
OLIVEIRA, S. R. F. de. O tempo, a criança e o ensino de História. In: DE ROSSI, V. L. S.;
ZAMBONI, E. (Org.). Quanto tempo o tempo tem! Campinas: Alínea, 2003.
SCHIMIDT, M. A.; CAINELLI, M. Ensinar História. São Paulo: Scipione, 2004.
SIMAN, L. M. C. A temporalidade histórica como categoria central do pensamento
histórico: desafios para o ensino e a aprendizagem. In: DE ROSSI, V. L. S.; ZAMBONI, E.
(Org.). Quanto tempo o tempo tem! Campinas: Alínea, 2003.
VAINFAS, Ronaldo. História das mentalidades e história cultural. In: CARDOSO,
Ciro Flamarion; VAINFAS, Ronaldo (Org.). Domínios da História: ensaios de teoria e
metodologia. Rio de Janeiro: Campus, 1997.
VYGOTSKY, Lev Semenovich. Pensamento e linguagem. São Paulo: Martins Fontes,
2003.
XXVIII
7. Bibliografia
ARIÉS, Philippe. História social da criança e da família. Rio de Janeiro: LTC, 2006.
BISSILIAT, Maureen; VILLAS-BÔAS, Cláudio; VILLAS-BÔAS, Orlando. Xingu: território
tribal. São Paulo: Cultura Editores Associados, 1990.
BITTENCOURT, Circe. Livros didáticos: entre textos e imagens. In: BITTENCOURT, Circe
(Org.). O saber histórico na sala de aula. São Paulo: Contexto, 1996.
BLOCH, Marc. Apologia da História ou O ofício do historiador. Rio de Janeiro: Jorge
Zahar, 2001.
BOSI, Eclea. Memória e sociedade: lembranças de velhos. 7. ed. São Paulo: Companhia
das Letras, 1999.
BRASIL. Estatuto da Criança e do Adolescente: lei no 8.069 de 13 de julho de 1990. São
Paulo: Fisco e Contribuinte, 1999.
BRAUDEL, Fernand. O espaço e a História no Mediterrâneo. São Paulo: Martins Fontes,
1988.
BURKE, Peter. A Escola dos Annales: 1929-1989. A Revolução Francesa da historiografia.
São Paulo: Editora Unesp, 1997.
CARVALHO, José Sérgio F. Educação, cidadania e direitos humanos. São Paulo: Vozes,
2004.
CHERMAN, Alexandre; VIEIRA, Fernando. O tempo que o tempo tem. Rio de Janeiro:
Jorge Zahar, 2008.
CHESNEAUX, Jean. Fazemos tábula rasa do passado? São Paulo: Ática, 1995.
CHIQUETTO, M. Breve história da medida do tempo. São Paulo: Scipione, 1996.
CÔRTES, Gustavo Pereira. Dança, Brasil!: festas e danças populares. Belo Horizonte:
Leitura, 2000.
CUNHA, Manuela Carneiro da. História dos índios no Brasil. 2. ed. São Paulo: Companhia
das Letras, 1998.
CUNHA, Nylse Helena Silva. Brinquedoteca: um mergulho no brincar. São Paulo:
Aquariana, 2007.
ECO, Umberto. Baudolino. 6. ed. Rio de Janeiro: Record, 2007.
FREYRE, Gilberto. Casa-grande & senzala. 42. ed. Rio de Janeiro: Record, 2001.
HOBSBAWM, Eric. Sobre a História. São Paulo: Companhia das Letras, 1998.
HOLANDA, Sérgio Buarque de. Raízes do Brasil. 26. ed. São Paulo: Companhia das
Letras, 2004.
JECUPÉ, Kaka Werá. A terra dos mil povos. São Paulo: Peirópolis, 2000.
KRAEMER, Maria Luiza. Quando brincar é aprender... São Paulo: Loyola, 2007.
LUCKESI, Cipriano. Avaliação da aprendizagem escolar. São Paulo: Cortez, 1995.
MARCÍLIO, Maria Luiza. A lenta construção dos direitos da criança brasileira: século XX.
XXIX
Disponível em: Biblioteca Virtual de Direitos Humanos <http://www.direitoshumanos.
usp.br/>. Data de acesso: 23 mar. 2017.
MARTINS, Maria Helena Pires. História da escola em São Paulo e no Brasil. São Paulo:
Imprensa Oficial do Estado de São Paulo/Instituto Fernand Braudel, 2005.
MARZANO, Robert J.; PICKERING, Debra J. Building academic vocabulary: teacher’s
manual. Alexandria-VA: Association for Supervision and Curriculum Development, 2005.
MATOZZI, Ivo. A História ensinada: educação cívica, educação social ou formação
cognitiva? Atas do Congresso “O ensino da História: problemas da didática e do saber
histórico”. Revista O Estudo da História, n. 3, out. 1998.
MELATTI, Julio Cezar. Índios do Brasil. São Paulo: Edusp, 2007.
MUNDURUKU, Daniel. Coisas de índio. São Paulo: Callis, 2000.
OLIVEIRA, S. R. F. de. O tempo, a criança e o ensino de História. In: DE ROSSI, V. L. S.;
ZAMBONI, E. Quanto tempo o tempo tem? Campinas: Alínea, 2003.
PEREIRA, Maria Regina; PRADO, Zuleika de Almeida. Nosso folclore. São Paulo: Ave-
Maria, 2003.
PETTA, Nicolina Luiza de. A fábrica e a cidade até 1930. 6. ed. São Paulo: Atual, 1995.
PINSKY, Jaime (Org.). O ensino de História e a criação do fato. 7. ed. São Paulo: Contexto,
1997.
PRIORE, Mary Del (Org.). História das crianças no Brasil. São Paulo: Contexto, 1999.
SCHIMIDT, M. A.; CAINELLI, M. A construção das noções de tempo. In: SCHIMIDT, M.
A.; CAINELLI, M. Ensinar História. São Paulo: Scipione, 2004.
BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais:
apresentação dos temas transversais, ética. Brasília: MEC/SEF, 1997.
SORJ, Bernardo. brasil@povo.com: a luta contra a desigualdade na sociedade da
informação. Rio de Janeiro: Jorge Zahar; Brasília: Unesco, 2003.
SOUZA, Herbert de; RODRIGUES, Carla. Ética e cidadania. São Paulo: Moderna, 1994.
TINHORÃO, José Ramos. As festas no Brasil colonial. São Paulo: 34, 2000.
TODOROV, Tzvetan. A conquista da América: a questão do outro. 2. ed. São Paulo:
Martins Fontes, 1999.
VILLAS-BÔAS, Orlando; VILLAS-BÔAS, Cláudio. Xingu: território tribal. São Paulo:
Cultura Editores Associados, 1990.
VYGOTSKY, Lev Semenovich. Pensamento e linguagem. São Paulo: Martins Fontes,
2003.
XXX
Orientações específicas
Reprodução da página
do Livro do Estudante.
XXXI
Objetivos do capítulo ou da seção Educação em valores
Apresenta os objetivos a serem atingidos pelos Orientações e encaminhamentos para trabalhar
alunos em relação aos conteúdos e habilidades atitudes, valores e temas transversais.
desenvolvidos no capítulo ou na seção.
Editora responsável:
Lucimara Regina de Souza Vasconcelos
Bacharel e licenciada em História pela Universidade Federal do Paraná.
Mestre em Teoria Literária pelo Centro Universitário Campos Andrade. Editora.
1a edição
1
2
IVAN COUTINHO
O QUE É A HISTÓRIA?
É UM MUNDO DE PEQUENAS HISTÓRIAS.
É O QUE MUITOS JÁ VIVERAM E VIVEM.
SÃO AS SUAS EXPERIÊNCIAS.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
3
CONHEÇA SEU LIVRO
E
AD
ABERTURA DA UNIDADE
ID
VAMOS CONVERSAR
BRINCADEIRAS
UN
1. QUAIS ATIVIDADES ESTÃO
E FESTAS REPRESENTADAS NA IMAGEM?
2. VOCÊ JÁ PARTICIPOU DE UM
GUS MORAIS
EVENTO COMO ESSE?
SE SIM, QUANDO E ONDE?
NAS PÁGINAS DE
ABERTURA, VOCÊ VAI
EXPLORAR IMAGENS
E PERCEBER QUE JÁ
SABE MUITAS COISAS.
86 87
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
EM GERAL, O NOME DA CRIANÇA É ESCOLHIDO PELA FAMÍLIA
CAPÍTULO E ATIVIDADES
EU SOU ASSIM OU PELOS RESPONSÁVEIS.
MARCOS MACHADO
TÊM NOME. E REGISTRE AS RESPOSTAS NO CADERNO.
CADA NOME TEM UMA ORIGEM E UMA HISTÓRIA. • QUEM ESCOLHEU O MEU NOME?
• POR QUE ESSE NOME FOI ESCOLHIDO?
• MEU NOME TEM ALGUM SIGNIFICADO ESPECIAL?
• CONTE AOS COLEGAS E AO PROFESSOR AS DESCOBERTAS
MARCOS MACHADO
MEU NOME
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
OI, SOFIA,
EU SOU A
PROFESSORA
É MARCOS.
AS ATIVIDADES. OI, EU ME
CHAMO
BRUNO.
OI, EU SOU A
SOFIA. QUEM
É VOCÊ?
DEPOIS DO NOME, O SOBRENOME
ALÉM DO NOME, AS PESSOAS TAMBÉM TÊM SOBRENOME.
ELE TAMBÉM CONTA UM POUCO DA NOSSA HISTÓRIA PESSOAL
E AJUDA A DIFERENCIAR PESSOAS QUE TÊM O MESMO NOME.
ATIVIDADE DIVERTIDA
ATIVIDADE DIVERTIDA
QUAIS PESSOAS E MOMENTOS VOCÊ GOSTARIA DE DEIXAR
REGISTRADOS NO SEU ÁLBUM DE FAMÍLIA?
ALGUNS CONTEÚDOS.
ILUSTRAÇÕES: TATIANA PAIVA
50 51
4
M A ÇÃ
O
CIDAD
O MUNDO QUE QUEREMOS
à 1 POR QUE O NOME É IMPORTANTE?
O DIREITO AO NOME
O NOME DE CADA PESSOA É MUITO IMPORTANTE. É POR MEIO
DO NOME QUE CADA PESSOA SE APRESENTA E É APRESENTADA 2 COMPLETE A CRUZADINHA ESCREVENDO O NOME DE CADA
AO MUNDO. AO NASCER, TODA CRIANÇA DEVE SER REGISTRADA ITEM NO LOCAL INDICADO.
E RECEBER UM NOME.
O NOME FAZ PARTE DE QUEM SOMOS. ELE COMPÕE NOSSA
VOCÊ VAI LER, REFLETIR E IDENTIDADE. TER UM NOME É UM DOS DIREITOS BÁSICOS DAS
CRIANÇAS GARANTIDOS PELA DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS
DIREITOS DAS CRIANÇAS.
ESSES DIREITOS VALEM PARA TODAS AS CRIANÇAS, SEM
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
ALGUMAS POSTURAS NO SIM, ESCOLHI O
SIMONE ZIASCH
PRESERVAR O MEIO AMBIENTE E 18 19
CUIDAR DA SAÚDE.
NESSAS PÁGINAS, VOCÊ VAI ✔ PODEMOS NOS DIVERTIR E APRENDER COM NOSSOS FAMILIARES. 4. NO PASSADO, A MAIORIA DAS FAMÍLIAS VIVIA NO
5. OS ACONTECIMENTOS DA VIDA DE UMA PESSOA PODEM SER
.
1 OBSERVE O GRÁFICO.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
fevereiro de 1998.
ORGANIZADOS EM UMA LINHA DO .
AS .
VOCÊ
3
PAI MÃE 1 V
2
I
SIMONE ZIASCH
AVÓ MÃE
2
3
D
A
AVÔ AVÓ AVÔ AVÓ
A
5 M
6 A
56 R 57
ÍCONES UTILIZADOS
ÍCONES QUE INDICAM COMO REALIZAR ALGUMAS ATIVIDADES:
FIN
BIENTE
DE C U
A N CE
L
TU IR
R AL A
5
SUMÁRIO
IDADE
UN
1 QUEM SOU EU 8
CAPÍTULO 1. EU SOU ASSIM ................................................................................................................................ 10
CAPÍTULO 2. A HISTÓRIA DE CADA UM ................................................................................................... 14
O MUNDO QUE QUEREMOS: O DIREITO AO NOME .............................................................. 18
EVANDRO MARENDA
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
IDADE
UN
2 A VIDA FAMILIAR 34
CAPÍTULO 1. MINHA FAMÍLIA ............................................................................................................................... 36
CAPÍTULO 2. MUITOS TIPOS DE FAMÍLIA ................................................................................................ 40
O MUNDO QUE QUEREMOS: FAMÍLIA É FAMÍLIA ..................................................................... 44
6
7
UNIDADE 11Objetivos
da unidade 1
• Valorizar a diversidade
étnica, cultural e de
necessidades especiais nos
espaços de socialização
dos quais o aluno
participa.
• Identificar mudanças e
permanências em aspectos
físicos e de personalidade
próprios e dos demais ao
longo do tempo.
• Desenvolver a empatia e
atitudes de autoestima e
de solidariedade.
• Conhecer a noção básica
de registros históricos.
• Identificar as lembranças
como parte de sua história
de vida.
• Organizar acontecimentos
históricos em sequência,
no tempo e no espaço.
Competências específicas 1
e 2 de Ciências Humanas da
BNCC – 3a versão – que se
relacionam aos conteúdos
desta unidade
• Reconhecer a si e ao
outro como identidades
diferentes, de modo a
exercitar o respeito à
diferença.
• Compreender eventos
cotidianos e suas variações
de significado no tempo e
no espaço.
8
• Peça aos alunos que observem
a ilustração e estimule-os a co-
mentar o que observaram: a
alegria das crianças represen-
tadas, as brincadeiras, os ele-
mentos do parque poderão ser
citados nesse contato inicial.
• Utilize as atividades do boxe
Vamos conversar para explorar
a ilustração com a turma. De-
pois da atividade 1, quando os
alunos tiverem indicado suas
brincadeiras preferidas, peça a
eles que observem se as brinca-
deiras que foram citadas estão
representadas na ilustração.
• Destaque a diversidade retra-
tada na cena. Pergunte aos
alunos se todas as crianças re-
presentadas na ilustração são
iguais ou se possuem caracte-
rísticas físicas (como a altura,
cor do cabelo, da pele e dos
olhos, formato do corpo e do
rosto) e de personalidade (es-
colha das brincadeiras e das
roupas) diferentes.
• Prossiga com a atividade 2 e
pergunte aos alunos se eles
se identificam com alguma
personagem da ilustração ou
se eles têm características em
comum com mais de uma per-
sonagem. Por exemplo, um
aluno pode usar óculos, gos-
tar de brincar no balanço e ter
cabelo cacheado. Há muitas
possibilidades de combinação
de características.
• Converse com os alunos sobre
a variedade de maneiras de
ser que existem tanto na ilus-
tração quanto entre os cole-
gas da turma, enfatizando o
respeito às diferenças.
• Para encerrar, peça aos alunos
que digam seus nomes, confor-
me sugerido na atividade 3, e
Base Nacional Comum Curricular: equidade e igualdade destaque a importância deles
como uma maneira de reconhe-
A equidade reconhece e aprecia os padrões de sociabilidade das várias culturas que são parte
cer a identidade de cada um.
da identidade brasileira. Compreende que todos são diversos, que a diversidade é inerente ao
conjunto dos alunos, inclusive no que diz respeito às experiências que trazem para o ambiente
escolar e aos modos como aprendem.
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. 3a versão. Brasília: MEC, 2017. p. 11.
Disponível em: <http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCCpublicacao.pdf>. Acesso em: 25 out. 2017.
9
UNIDADE 1
Objetivos
• Reconhecer a identidade
pessoal a partir da
reflexão sobre o nome
próprio.
• Reconhecer a si mesmo e
ao outro desenvolvendo a
empatia, a autoestima e a
solidariedade.
• Valorizar a diversidade
étnica, cultural e de
necessidades especiais nos
espaços de socialização
dos quais o aluno
participa.
• Descrever aspectos da
história pessoal a partir
da definição do nome
próprio e do sobrenome.
• Identificar mudanças e
permanências em aspectos
da personalidade ao
longo do tempo.
10
• A atividade 3 propõe uma re-
flexão sobre a história pessoal
do aluno, contribuindo para
o desenvolvimento da habi-
lidade EF01HI01: Identificar
aspectos do seu crescimen-
to, por meio do registro das
lembranças particulares ou de
lembranças dos membros de
sua família. Nessa atividade,
por meio da entrevista com
os familiares, os alunos terão
contato com a prática da inves-
tigação histórica. Estimule-os a
registrar as respostas dos fami-
liares por escrito. A entrevista
poderá ser considerada uma
fonte histórica relacionada à
história de vida do aluno.
• Após a realização das entrevis-
tas, proponha aos alunos que
compartilhem as respostas com
os colegas e peça a eles que di-
gam se descobriram algum sig-
nificado para o próprio nome.
• Explique aos alunos que o
nome é escolhido por alguém,
mas o sobrenome se recebe da
família e é compartilhado en-
tre os parentes. Isso diferencia
uma família de outras e cria
entre os membros uma identi-
dade comum.
• A atividade 4, de escrita do
sobrenome, e a atividade 5,
de escrita do nome completo,
aliadas à reflexão sobre os so-
brenomes e a identidade em
comum da família, contribuem
para o desenvolvimento da ha-
bilidade EF01HI02: Identificar
a relação entre as suas histó-
rias e as histórias das famílias.
A construção da identidade
O conceito de identidade agrupa uma série de noções, como a de permanência, de
manutenção de referências que não mudam com o tempo, por exemplo, seu nome, suas relações
de parentesco, sua nacionalidade. Apesar de saber que mudei com o passar do tempo, sei que
sou o mesmo que era ontem, ou seja, tenho dentro de mim um autorreconhecimento a partir
de aspectos fundamentais de minha história de vida. Assim, quando penso em quem eu sou,
esse meu “eu” tem uma constância ao longo do tempo. Tem também uma unidade, ou seja, sei
que sou uma única pessoa e que mesmo mudando não me transformei em outra. A identidade,
então, é essa consciência do reconhecimento individual que permite a distinção do “eu”.
AMARAL, Vera Lúcia do. A formação da identidade: alteridade e estigma. Natal: EDUFRN, 2007. p. 4.
11
UNIDADE 1
12
• A atividade 7, de escrita e re-
presentação de gostos e pre-
ferências, acompanhada da
reflexão sobre identidade,
explora a competência espe-
cífica de Ciências Humanas da
BNCC: 1. Reconhecer a si e ao
outro como identidades dife-
rentes, de forma a exercitar o
respeito à diferença em uma
sociedade plural. E, também,
aborda a competência espe-
cífica de História da BNCC: 1.
Reconhecer que diferentes
sujeitos possuem percepções
diferenciadas da realidade, es-
tejam eles inseridos no mesmo
tempo e espaço ou em tempos
e espaços diferentes.
• Oriente os alunos a realizar a
atividade 7. Eles devem preen-
cher cada quadro escrevendo,
desenhando ou pintando para
representar o esporte, o ali-
mento, a brincadeira e a cor
preferida. Procure garantir
uma atmosfera de liberdade,
respeito e compreensão entre
os alunos, de modo que se sin-
tam confortáveis para partilhar
gostos e opiniões distintos. Ao
perceber as particularidades
que os diferenciam, estimule os
alunos a respeitar e a estimar as
preferências dos demais. Apro-
veite para orientá-los a ouvir os
colegas e respeitar o momento
de fala de cada um.
13
UNIDADE 1
Objetivos
• Identificar mudanças
e permanências nos
aspectos físicos próprios
e dos demais ao longo
do tempo.
• Refletir sobre o próprio
desenvolvimento
cognitivo e a aquisição
de novas habilidades ao
longo do tempo.
14
• A atividade 1 relaciona análise
de ilustração e leitura. Acom-
panhada da reflexão sobre as
transformações físicas ao longo
do tempo, contribui para o de-
senvolvimento da habilidade
EF01HI01: Identificar aspectos
do seu crescimento, por meio
do registro das lembranças par-
ticulares ou de lembranças dos
membros de sua família.
• Leia com os alunos os textos
da atividade 1 e estimule-os a
reconhecer as letras que com-
põem os nomes das crianças
ilustradas, associando cada per-
sonagem à letra inicial do res-
pectivo nome.
• Leia novamente a descrição
referente a cada criança e ex-
plore com os alunos as infor-
mações que o texto traz sobre
elas. Depois, cite as caracterís-
ticas das crianças e peça aos
alunos que as identifiquem na
cena da página 14, por exem-
plo: Quem tem 6 anos e sabe
escrever algumas palavras?
E quem tem apenas 1 ano e
aprendeu a andar?
• Pergunte aos alunos qual é a
personagem que tem a idade
que mais se aproxima da deles.
Auxilie-os a identificar o nome
para que possam assinalar a
resposta.
• Cada personagem é identifi-
cada pelo nome, pela idade e
pelas habilidades que já desen-
volveu. Leia com os alunos as
habilidades elencadas na ati-
vidade e auxilie-os a assinalar
aquela(s) que já sabem e gos-
tam de fazer. Se julgar neces-
sário, inclua outras habilidades.
15
UNIDADE 1
As impressões digitais
As impressões digitais resultam de elevações conhecidas como papilas dérmicas, pre-
sentes na derme, a camada mais profunda da pele.
As impressões digitais são formadas por dobras da pele encontradas nos dedos das mãos
e dos pés. [...]
Os diferentes desenhos das papilas contribuem para a importância das características, que são:
• Unicidade – não existem dois indivíduos diferentes com impressões idênticas;
16
• A atividade 3, de desenho,
propõe uma reflexão sobre as
transformações pelas quais os
alunos passaram ao longo do
tempo, contribuindo para o de-
senvolvimento da habilidade
EF01HI01: Identificar aspectos
do seu crescimento, por meio
do registro das lembranças par-
ticulares ou de lembranças dos
membros de sua família.
• Depois da atividade, incentive
os alunos a apresentar o dese-
nho para a turma e oriente-os
a identificar, entre os colegas,
aqueles que escolheram ativi-
dades semelhantes.
• Atividade 4. Pergunte aos alu-
nos quais características físicas
mudaram no corpo deles com
o passar do tempo e faça uma
lista na lousa com as respostas
que surgirem. Em seguida, leia
as alternativas da atividade
para eles e oriente-os a assina-
lar as respostas.
• Peça aos alunos que observem
atentamente as duas imagens
da atividade 5 e pergunte se
elas retratam a mesma pessoa
com idades diferentes. Auxilie-
-os a assinalar as respostas es-
timulando o reconhecimento
das letras iniciais das palavras.
Se for preciso, leia as opções
várias vezes e pausadamente.
17
UNIDADE 1
Objetivos
• Reconhecer a importância
do nome para a
identidade pessoal.
• Valorizar a diversidade
étnica, cultural e de
necessidades especiais nos
espaços de socialização
dos quais o aluno
participa.
Registro civil
O registro civil e a certidão de nascimento são direitos de cada criança brasileira, garantidos
pelo artigo 102 do Estatuto da Criança e do Adolescente. Desde 1997, a lei federal 9.534 obriga
os cartórios a fazerem o registro civil e emitirem a primeira via da certidão de nascimento
gratuitamente. Além disso, o direito a um nome e sobrenome também está previsto na
Convenção sobre os Direitos da Criança, da qual o Brasil é signatário. [...]
Além de privar a criança do direito a um nome e sobrenome, a falta de registro compromete
o planejamento de políticas públicas de educação, saúde e assistência social.
Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF). Registro civil. UNICEF.
Disponível em: <https://www.unicef.org/brazil/pt/activities_10160.htm>. Acesso em: 27 out. 2017.
18
• As atividades 1 e 2, acompa-
nhadas da reflexão sobre a
importância dos nomes, con-
templam a competência espe-
cífica de Ciências Humanas da
BNCC: 1. Reconhecer a si e ao
outro como identidades dife-
rentes, de forma a exercitar o
respeito à diferença em uma
sociedade plural.
• Atividade 1. Peça aos alunos
que digam por que o nome
de cada pessoa é importante.
Escreva na lousa as indicações
que surgirem e releia cada res-
posta pronunciando pausada-
mente as palavras. Depois da
atividade, ajude os alunos a
anotar suas respostas pessoais
no livro.
• Atividade 2. Peça aos alunos
que identifiquem a palavra
que está registrada na cruza-
dinha. Então, explique a eles
que deverão escrever o nome
de cada um dos itens ilustra-
dos, de modo que comparti-
lhem letras em comum com a
palavra “navio”.
Educação em valores
A formação de cidadãos cons-
cientes de seu papel na socie-
dade passa pelo conhecimento
acerca de seus direitos. Desde
1959 existe a Declaração Univer-
sal dos Direitos das Crianças que
orienta os países do mundo intei-
ro a respeitarem as necessidades
básicas das crianças. Toda criança
tem direitos e um deles é o direi-
to ao nome.
19
UNIDADE 1
Objetivos
• Identificar mudanças e
permanências nos aspectos
físicos e da personalidade
próprios e dos demais ao
longo do tempo.
• Compreender eventos
cotidianos e suas variações
de significado no tempo
e no espaço, por meio do
uso da linha do tempo.
• Organizar acontecimentos
históricos em sequência,
no tempo e no espaço.
• Compreender que os
objetos também mudam
com a passagem do tempo.
20
• As atividades 2 e 3, de reconhe-
cimento de aspectos da história
pessoal, aliadas à reflexão so-
bre a cronologia e as transfor-
mações, contribuem para o de-
senvolvimento da habilidade
EF01HI01: Identificar aspectos
do seu crescimento, por meio
do registro das lembranças par-
ticulares ou de lembranças dos
membros de sua família.
• Peça aos alunos que realizem
as atividades 2 e 3 em casa,
pois será com a ajuda dos fa-
miliares que eles anotarão as
datas em que nasceram e co-
meçaram a andar, bem como
serão os familiares que pode-
rão falar sobre quais foram os
brinquedos preferidos deles
quando eram mais novos.
• É possível que os alunos encon-
trem em casa os objetos que fi-
zeram parte do cotidiano deles
no passado. Se julgar adequa-
do, peça autorização à família
para que eles tragam esses ob-
jetos para a escola e mostrem
aos colegas. Nesse caso, orga-
nize um espaço na sala de aula
para que cada aluno possa ex-
por os objetos relacionados à
sua história pessoal próximos
à linha do tempo composta
de fotografias. Esse espaço
ampliará o conhecimento de
cada um sobre sua história. A
proposta também favorece a
autoestima e a solidariedade
entre os alunos para que pre-
servem e valorizem a própria
história e a dos colegas.
Como fazer
1. Selecione fotos de diferentes períodos da sua vida e mostre as imagens aos alunos
sem avisá-los de quem se trata, até que, com as fotos mais recentes eles possam reco-
nhecê-lo (a).
2. Peça ajuda aos alunos para organizar as fotos em ordem cronológica em uma linha do
tempo disposta na lousa com o uso de fita adesiva.
21
UNIDADE 1
22
• A atividade 5 propõe a asso-
ciação de imagens e a reflexão
sobre as transformações de
objetos ao longo do tempo,
contemplando a competência
específica de Ciências Huma-
nas da BNCC: 2. Compreender
eventos cotidianos e suas va-
riações de significado no tem-
po e no espaço.
• A atividade 6, de pesquisa e
reflexão sobre a cronologia da
própria história e de mudanças
cotidianas, contribui para o de-
senvolvimento da habilidade
EF01HI01: Identificar aspectos
do seu crescimento, por meio
do registro das lembranças
particulares ou de lembranças
dos membros de sua família.
Peça aos alunos que reali-
zem essa atividade em casa e
oriente-os a conversar com os
familiares sobre as mudanças
cotidianas relacionadas às di-
ferentes fases de crescimento
da criança. Eles podem citar al-
gum objeto que foi substituído,
como tipo de pratos e talheres
e de brinquedos ou tamanhos
de roupa e de calçados.
• A atividade 7 propõe uma re-
flexão sobre as transforma-
ções tecnológicas pelas quais
os objetos passam ao longo do
tempo, contemplando a com-
petência específica de Ciên-
cias Humanas de número 2,
já mencionada nesta página.
Caso os alunos apresentem di-
ficuldade para responder, liste
com eles os objetos que foram
substituídos pelos smartpho-
nes, como a câmera fotográfi-
ca, a calculadora, o calendário
e o despertador.
Objetivos
• Recordar, por meio de
atividade lúdica, alguns
conteúdos trabalhados na
unidade.
24
• Incentive os alunos a retratar
as atividades preferidas deles
em um desenho. Depois, pro-
ponha uma roda de conversa
para que apresentem o que de-
senharam e aproveite para va-
lorizar as habilidades e os gos-
tos pessoais de cada um. Com
isso, todos poderão conhecer
melhor os colegas e perceber
semelhanças e diferenças entre
as preferências deles.
• Proponha aos alunos que es-
colham uma das atividades
apresentadas pelos colegas
da qual tenham gostado para
representá-la em um desenho
em folha avulsa ou, se for pos-
sível, realizá-la na escola.
• Combine com os alunos para a
próxima aula de História uma
oficina de troca de saberes.
Eles poderão ensinar aos co-
legas um pouco sobre a ativi-
dade de que mais gostam. Se
possível, registre a oficina por
meio de fotografias.
• Você também pode retomar
toda a proposta com os alu-
nos e elaborar uma linha do
tempo na lousa dividida em
três partes: início, meio e fim.
Os alunos devem indicar o que
ocorreu em cada momento:
primeiro, realizaram o dese-
nho e apresentaram o que
mais gostam de fazer, depois,
desenharam ou realizaram
uma das atividades escolhidas
pelos colegas e, por fim, par-
ticiparam das oficinas. Apro-
veite para relacionar os even-
tos ocorridos no “início” e no
“meio” da linha do tempo ao
passado e o evento do “fim”
ao momento presente.
25
UNIDADE 1
Objetivos
• Identificar as lembranças
como parte de sua história
de vida.
• Desenvolver a noção
básica de registros
históricos.
• Reconhecer a importância
das relações de
convivência para sua
história de vida e para o
desenvolvimento afetivo e
cognitvo.
26
• A atividade 1, sobre as lem-
branças de sua história de
vida, acompanhada da re-
flexão sobre as noções de
identidade, memória e regis-
tros, contribui para o desen-
volvimento das habilidades
EF01HI01: Identificar aspectos
do seu crescimento, por meio
do registro das lembranças
particulares ou de lembranças
dos membros de sua família e
EF01HI02: Identificar a rela-
ção entre as suas histórias e
as histórias das famílias.
• Para a realização da ativida-
de 1, converse com os alunos
sobre as lembranças que eles
têm. Se preciso, auxilie-os a
recordar eventos passados vi-
vidos por eles. Proponha per-
guntas como: o que você lem-
bra da sua pré-escola? Você se
recorda de alguma festa ou
passeio familiar?
• Depois, peça que escolham
uma palavra associada a essa
lembrança e anote na lousa as
palavras indicadas. Ajude-os,
individualmente, a escrever no
livro a palavra escolhida. Du-
rante o processo de alfabeti-
zação, todo progresso deve ser
valorizado para que os alunos
ganhem confiança e possam
seguir para as próximas etapas.
• A atividade 2, de associação
de ilustrações, aliada à refle-
xão sobre as noções de iden-
tidade, memória e registros,
também contribui para o de-
senvolvimento da habilidade
EF01HI01, já mencionada nes-
ta página.
27
UNIDADE 1
28
• Atividade 3. Pergunte aos
alunos quem são as pessoas
com quem eles convivem, por
exemplo, na própria casa ou na
casa de parentes, no prédio ou
na rua em que moram e na es-
cola. Depois de relatarem suas
vivências, escreva as alternati-
vas na lousa e leia cada uma
delas pausadamente. Peça aos
alunos que encontrem as res-
pectivas palavras no livro e as-
sinalem as alternativas.
• Atividade 4. Peça aos alunos
que digam o nome de uma
pessoa com quem convivem.
Para auxiliá-los a realizar a
atividade, faça uma lista na
lousa com os nomes indicados
por eles. Verifique se há nomes
repetidos e se algum aluno da
turma possui o mesmo nome
de uma das pessoas que com-
põe a lista e chame a atenção
deles para esse fato. Explore as
letras de cada nome, estimu-
lando os alunos a reconhecer
as letras iniciais e as vogais.
• Atividade 6. Oriente os alunos
a formar dupla com um colega.
Peça a eles que digam quem
é a pessoa retratada na ativi-
dade 5, por que a escolheram
e que histórias eles têm para
contar sobre ela. Incentive-os
a dizer o que aprenderam na
convivência com essa pessoa e
o que gostam de fazer na com-
panhia dela.
Memória coletiva
De acordo com o sociólogo francês Maurice Halbwachs, a lembrança deve ser coerente
com os pensamentos de outros integrantes do grupo.
Não basta reconstituir pedaço por pedaço a imagem de um acontecimento passado para
obter uma lembrança. É preciso que esta reconstituição funcione a partir de dados ou de
noções comuns que estejam em nosso espírito e também no dos outros, porque elas estão
sempre passando destes para aqueles e vice-versa, o que será possível se somente tiverem feito
e continuarem fazendo parte de uma mesma sociedade, de um mesmo grupo.
HALBWACHS, Maurice. A memória coletiva. São Paulo: Centauro Editora, 2006. p. 39.
29
UNIDADE 1
Objetivos
• Valorizar a diversidade
étnica, cultural e de
necessidades especiais nos
espaços de socialização
dos quais o aluno
participa.
• Identificar mudanças e
permanências nos aspectos
físicos e da personalidade
próprios e dos demais ao
longo do tempo.
30
• Atividade 2. Leia o texto de
Adélia Prado para os alunos.
Em seguida, peça a eles que
circulem todos os nomes que
são citados. Interprete o texto
com os alunos e, se necessário,
reconte-o com outras palavras.
Estimule-os a falar sobre as
preferências de Carmela e, en-
tão, peça a eles que assinalem
os quadrinhos com os nomes
preferidos da personagem.
• Comente com os alunos que
cada época tem seus nomes
mais comuns e é por isso que,
assim como Carmela, podem
existir outras pessoas que re-
ceberam nomes que eram co-
muns antigamente e os consi-
deram antiquados. Os nomes
refletem a cultura da época e
do local em que a pessoa nas-
ceu. Se desejar, faça uma lista
na lousa com os nomes dos
avós dos alunos e verifiquem
se há nomes que não são mais
comuns atualmente.
• Proponha uma conversa sobre
os motivos que levam alguém
a gostar ou não do próprio
nome. Explique que o nome de
uma pessoa é um componente
importante da sua identida-
de pessoal e por isso é preciso
conhecer a história que o en-
volve. Pergunte aos alunos se
eles gostam do próprio nome e
que nome gostariam de ter se
pudessem escolher. Oriente-os
a escrever a resposta no livro.
Adélia Prado
Adélia Luzia Prado de Freitas nasceu em Divinópolis, Minas Gerais, em 1935. Poetisa,
professora, filósofa, contista e autora de histórias infantis, ela é conhecida pelos seus tex-
tos literários que retratam o cotidiano, permeados pelo aspecto lúdico.
A poetisa foi professora durante 24 anos e deixou a profissão apenas quando a carreira
de escritora se tornou sua atividade principal. Em sua obra, Adélia Prado desenvolve um
retrato da condição feminina, além de abordar questões famíliares, o ambiente doméstico
e o sagrado. Suas principais obras são: Bagagem, de 1975; O coração disparado, de 1978;
O homem da mão seca, de 1994; e A duração do dia, de 2010.
31
UNIDADE 1
32
• A atividade 5, de escrita do
nome de familiares, aliada
à reflexão sobre as noções
de convivência, aprendizado
e história pessoal, e a ativi-
dade 6, sobre lembranças e
objetos como registro de me-
mória, contribuem para o de-
senvolvimento da habilidade
EF01HI02: Identificar a relação
entre as suas histórias e as his-
tórias das famílias.
• Para realizar a atividade 5, os
alunos deverão investigar as
informações com seus familia-
res e anotar os nomes e sobre-
nomes solicitados.
• Atividade 6. Peça aos alunos
que se organizem em grupos
de três ou quatro integrantes
e estimule-os a relatar aos co-
legas a lembrança favorita de
sua infância. Então, oriente os
alunos a conversar com fami-
liares sobre os objetos relacio-
nados à lembrança escolhida.
Para promover a reflexão, per-
gunte à turma: por que os ob-
jetos são capazes de nos evocar
lembranças? Vocês acham im-
portante guardar objetos que
fazem parte da sua história?
Que objetos vocês pretendem
guardar da infância?
Como fazer
1. Pesquise com os alunos em jornais, revistas e na internet imagens de diferentes equi-
pamentos utilizados para ouvir música ao longo do tempo, como vitrola, toca-fitas,
toca-CDs, discman e MP3 player.
2. Na lousa, organize as imagens em ordem cronológica, do equipamento mais antigo
para o mais atual e peça aos alunos que produzam cartazes em grupo representando
essa linha do tempo.
33
UNIDADE 11Objetivos
da unidade 2
• Reconhecer a existência
de diferentes formas de
organização familiar.
• Conhecer as principais
diferenças entre as
famílias do passado e as
do presente.
• Reconhecer a importância
da árvore genealógica
no estudo dos diferentes
tipos de família e de
relações familiares.
• Refletir sobre a prática da
adoção na composição de
famílias.
Competências gerais 1 e 9
da BNCC – 3a versão – que
se relacionam aos
conteúdos desta unidade.
• Valorizar e utilizar os conheci-
mentos historicamente cons-
truídos sobre o mundo físico,
social e cultural para entender
e explicar a realidade (fatos,
informações, fenômenos e
processos linguísticos, culturais,
sociais, econômicos, científicos,
tecnológicos e naturais), cola-
borando para a construção de
uma sociedade solidária.
• Exercitar a empatia, o diálo-
go, a resolução de conflitos e a
cooperação, fazendo-se respei-
tar e promovendo o respeito
ao outro, com acolhimento e
valorização da diversidade de
indivíduos e de grupos sociais,
seus saberes, identidades, cul-
turas e potencialidades, sem
preconceitos de origem, etnia,
gênero, idade, habilidade/ne-
cessidade, convicção religiosa
ou de qualquer outra nature-
za, reconhecendo-se como par-
te de uma coletividade com a
qual deve se comprometer. Habilidades da 3a versão da BNCC em foco nesta unidade
• EF01HI02: Identificar a relação entre as suas histórias e as histórias das famílias.
• EF01HI03: Descrever e distinguir os seus papéis e responsabilidades relacionados à fa-
mília e à escola.
• EF01HI06: Conhecer as histórias da família e da escola e identificar o papel desempe-
nhado por diferentes sujeitos em diferentes espaços.
• EF01HI07: Identificar mudanças e permanências nas formas de organização familiar, de
modo a reconhecer as diversas configurações de família, acolhendo-as e respeitando-as.
34
• Pergunte aos alunos quem eles
acreditam ser as pessoas repre-
sentadas. Pergunte onde elas
estão e por que estão juntas.
Espera-se que os alunos digam
que estão em uma casa e que
podem ser pessoas de uma
mesma família.
• Leia para a turma as perguntas
do boxe Vamos Conversar e em
seguida questione se é possível
haver diversidade dentro da
mesma família. Peça que ob-
servem todas as atividades que
estão ocorrendo: uma mulher
traz pães de queijo quentes; um
homem está servindo café; um
menino está sentado no sofá
comendo uma fatia de bolo;
há uma menina no sofá brin-
cando com uma boneca; uma
mulher sentada em uma cadei-
ra de rodas segura uma bacia
cheia de pipoca; o homem atrás
dela está comendo pipoca; há
duas crianças sentadas no chão:
o menino está brincando com
um fogãozinho e a menina está
brincando com um aviãozinho.
• Peça também que observem e
descrevam a mobília e a deco-
ração. Pergunte se os quadros
e o porta-retratos têm ima-
gens desta família.
• É fundamental que os alunos
percebam que não existe um
único modelo de família e que
devemos respeitar a todos.
• Comente com os alunos que a
sala de estar representada na
imagem de abertura é um lo-
cal de convivência doméstica.
• A partir da imagem, converse
com os alunos sobre a convi-
vência em suas moradias. Que
atividades fazem juntos? Em
que locais realizam essas ativi-
dades? Quando é possível ver a
Definição de família no dicionário família reunida?
No Brasil há diversos modelos de organização familiar. A definição do dicionário Houaiss, • Pergunte aos alunos o que en-
por exemplo, é aberta e compreende diversas formas de família. tendem por família. Esclareça
que as famílias se formam a
Família: “Núcleo social de pessoas unidas por laços afetivos, que geralmente compartilham partir de laços de afeto e pa-
o mesmo espaço e mantêm entre si uma relação solidária”. rentesco, sendo que tais laços
HOUAISS, Antônio; VILLAR, Mauro de Salles. Dicionário Houaiss da língua portuguesa. não são necessariamente bio-
Rio de Janeiro: Objetiva, 2009. p. 871. lógicos, como é o caso dos fi-
lhos adotivos.
35
UNIDADE 2
Objetivos
• Reconhecer a existência
de diferentes formas de
organização familiar.
• Compreender as maneiras
como se formam as
famílias.
• Refletir sobre a prática da
adoção na composição
de famílias.
36
• Leia o texto e peça que todos
observem as fotos e as legen-
das que as acompanham. Re-
force a ideia de que as famílias
se unem por laços de afeto e
pelo cuidado que as pessoas
têm umas com as outras nesse
núcleo social.
• Estimule os alunos a relatar
como são suas famílias e se co-
nhecem famílias com composi-
ções diferentes da sua.
• Pergunte para os seus alunos
se eles conhecem pessoas que
foram adotadas e o que eles
pensam sobre o assunto.
• É importante que os alunos
percebam que a adoção é um
ato de amor que deve focar
no bem-estar da criança ou do
adolescente adotado.
• Pergunte para eles se acredi-
tam haver uma idade máxima
para adoção ou se podemos
adotar um idoso, por exemplo.
37
UNIDADE 2
38
• Explique aos alunos que há di-
ferentes tipos de escola e que
a oferta das escolas na cidade
é maior do que no campo, de
modo que há maior possibili-
dade de os alunos da cidade
estudarem nos bairros em que
moram.
• Converse com os alunos sobre
a distância entre a escola e o
local onde moram.
• Peça aos alunos que observem
as imagens do livro e pergunte
a eles:
✔ O que você encontra na
imagem que pode relacio-
nar com o seu dia a dia?
✔ Quais são as diferenças en-
tre a escola rural e a escola
urbana?
✔ Sua escola fica perto ou lon-
ge da sua casa? Por quê?
✔ Como você faz para chegar
até a sua escola?
• Após todas essas etapas, espe-
ra-se que o aluno seja capaz
de diferenciar uma escola da
outra e perceber as suas parti-
cularidades.
Além das escolas quilombolas, temos cerca de 2.698 escolas indígenas espalhadas por
todo o país, e 62% delas estão localizadas na região Norte. Nessas escolas, os alunos são
alfabetizados primeiro na língua indígena materna e depois em português.
Fontes:
CAMPOS, Margarida Cássia e GALLINARI, Tainara Sussai. A educação escolar quilombola e as escolas quilombolas
no Brasil. Revista Nera, ano 20, nº 35. São Paulo: Unesp, jan./abr. 2017.
Disponível em: <http://revista.fct.unesp.br/index.php/nera/article/viewFile/4894/3688>.
Acesso em: 20 nov. 2017.
Censo Escolar da Educação Básica 2016. Notas Estatísticas. Brasília – DF: INEP, 2017. Disponível em:
<http://download.inep.gov.br/educacao_basica/censo_escolar/notas_estatisticas/2017/notas_estatisticas_censo_escolar_da_
educacao_basica_2016.pdf>. Acesso em: 20 nov. 2017.
39
UNIDADE 2
Objetivos
• Reconhecer a existência
de diferentes formas de
organização familiar.
• Comparar as
características da própria
família com as de outras,
identificando semelhanças
e diferenças.
Família tentacular
[...] Tem aumentado o número de famílias que se agregam na mesma casa, seja por
questões de laços de afeto ou mesmo para dividir os custos financeiros. Talvez haja casos de
famílias tentaculares na sala de aula e por isso é fundamental você conhecer esse fenômeno
contemporâneo e citá-lo como possibilidade de formação familiar.
Segundo a psicanalista Maria Rita Kehl, criadora do conceito, o termo tentacular vem dos
tentáculos, como os de um polvo, que abraçam membros familiares antes inexistentes, como
frutos de novos casamentos, filhos destes novos pais, filhos de adolescentes que engravidaram
e não têm onde morar etc.
KEHL, Maria Rita. Em defesa da família tentacular. In: GROENINGA, G.; PEREIRA, R. (Org.).
Direito de família e psicanálise: rumos a uma nova epistemologia. Rio de Janeiro: Imago, 2003. p. 163-176.
40
• Atividade 1. Peça aos alunos
que assinalem o tipo de famí-
lia que consideram ser o mais
comum no lugar onde vivem.
• Antes de pedir que iniciem a
atividade 2, lembre-se de falar
que nem sempre as famílias
conseguem ficar juntas o tem-
po que gostariam. Se os alunos
disserem que não possuem
momentos de lazer com seus
familiares, estimule-os a dese-
nhar momentos do cotidiano
em que haja troca, aprendiza-
do e afeto.
• Fique atento para, se necessá-
rio, mediar situações de cons-
trangimento de alguns alunos
(bullying), provocado por uma
constituição familiar diferente
da maioria dos colegas da tur-
ma. Comparações são naturais
e funcionam como esquemas
de aprendizagem para as crian-
ças; porém, o professor deve
sempre mediar para que as
comparações caminhem para a
naturalização da diversidade e
não para o estranhamento.
41
UNIDADE 2
42
• Atividade 4. Leia pausadamen-
te o texto com os alunos e peça
que circulem as palavras desco-
nhecidas. Pergunte a eles quais
são as sensações que eles têm
ao chegar em casa. Essa sensa-
ção está relacionada às pessoas
que nela vivem?
• Esteja atento aos relatos de
crianças que não se sentem
completamente seguras em
sua moradia. Algumas podem
viver em lugares muito precá-
rios, com risco de inundação,
por exemplo.
• A insegurança também pode
ser provocada por outros mo-
tivos, como nos casos em que
há violência doméstica.
43
UNIDADE 2
Objetivos
• Reconhecer a existência
de diferentes formas de
organização familiar.
• Refletir sobre a prática da
adoção na composição de
famílias.
• Abordar o tema da
pluralidade cultural por
meio da conscientização
sobre parte do processo
de adoção.
44
• Converse com os alunos e per-
gunte-lhes o que sabem sobre
a adoção de crianças e adoles-
centes. Em seguida, pergunte
se eles conhecem alguém que
foi adotado.
• Esclareça que existem inúme-
ras situações que levam à ado-
ção e que os filhos adotivos
possuem os mesmos direitos e
deveres dos filhos biológicos.
• Comente que a adoção de
crianças e adolescentes pode
envolver muitas dificuldades
legais e emocionais. Explique
também que é importante
para as famílias envolvidas re-
ceber apoio durante o proces-
so de adoção.
• Atividade 1. Peça aos alunos
que tentem registrar o que
entenderam sobre o grupo
de apoio à adoção. Auxilie os
alunos que apresentarem difi-
culdades.
• Atividade 2. Esclareça que
animais de estimação não são
membros da família, mas são
parte importante do ambien-
te doméstico, pois com eles
geralmente se estabelecem
relações de afeto.
• Esclareça que o desenho pode-
rá ser sobre o futuro da família
da qual ele faz parte agora –
os adultos vão envelhecer e as
crianças serão adultas –, mas
também poderá ser sobre a
família que talvez o aluno for-
me no futuro: a organização
familiar que ele imagina para
sua vida.
Educação em valores
A formação de cidadãos cons-
cientes de seu papel na sociedade
passa pelo conhecimento acerca
A maioria das crianças adotadas é feliz e saudável da pluralidade da formação de
famílias, como a observação pri-
A adoção ainda pode ser um assunto delicado principalmente para muitos pais. [...] Mas
meira e mais próxima do respeito
uma nova pesquisa mostra que, ao contrário do que se pensava, muitas delas estão satisfeitas
à diversidade cultural.
em seus novos lares.
O estudo [...] analisou 2 mil famílias com filhos maiores de 6 anos. Entre as descobertas,
está a de que 80% dos pais disseram ter filhos felizes e saudáveis.
O mesmo foi constatado em relação às crianças: 88% delas têm mostrado um comporta-
mento harmonioso em casa e 50% não encontram problemas na escola. Além disso, a maioria
(97%) diz saber que foi adotada desde pequena.
BENVENUTO, Julia. Maioria das crianças adotadas é feliz e saudável. Revista Crescer. Disponível em:
<http://revistacrescer.globo.com/Revista/Crescer/0,,EMI108468-10514,00.html>. Acesso em: 12 nov. 2017.
45
UNIDADE 2
Objetivos
• Reconhecer a existência
de diferentes formas de
organização familiar.
• Conhecer as principais
diferenças entre as
famílias do passado e as
do presente.
• Reconhecer a importância
da árvore genealógica
no estudo dos diferentes
tipos de família e de
relações familiares.
• Compreender eventos
cotidianos e suas variações
de significado no tempo e
no espaço.
A família brasileira
Nos últimos dez anos, historiadores têm-se voltado para o estudo sistemático da família,
penetrando em um campo anteriormente limitado a trabalhos de antropólogos e sociólogos.
Essa preocupação se justifica dada a importância do tema para se entender a natureza
das sociedades, tanto no presente como no passado, levando-se em conta que a família é uma
instituição social fundamental, de cujas contribuições dependem todas as outras instituições.
SAMARA, Eni de Mesquita. A família brasileira. São Paulo: Brasiliense, 1986. p. 7.
46
• A atividade 1, de interpreta-
ção da árvore genealógica da
família desenhada por Ana,
contribui para o desenvolvi-
mento da habilidade EF01HI0:
Identificar a relação entre as
suas histórias e as histórias das
famílias.
• Auxilie os alunos durante a ob-
servação da árvore genealógi-
ca e o reconhecimento do grau
de parentesco entre as pessoas
da família de Ana. Peça a eles
que leiam as perguntas com
muita atenção e observem as
figuras, principalmente a se-
gunda, porque se trata da mãe
da mãe de Ana, ou seja, da avó
materna dela.
47
UNIDADE 2
48
• Atividade 3. Para essa ativi-
dade da linha do tempo, os
alunos precisam da ajuda dos
familiares.
• Leia o texto para os alunos e
ressalte a ideia de antes e de-
pois, ou seja, o conceito de
anterioridade e de posteriori-
dade, tendo como referência o
aluno. Peça-lhes que observem
em que ano cada evento acon-
teceu e quantos anos se passa-
ram entre um acontecimento
e outro.
• Peça aos alunos que pergun-
tem aos familiares sobre even-
tos que aconteceram antes de
eles nascerem e que selecio-
nem os que considerar mais
interessantes. Depois, peça-
-lhes que procedam da mesma
forma com os acontecimentos
ocorridos depois de seu nasci-
mento.
• O conteúdo desta página e as
atividades que o acompanham
apresentam um trabalho com
a linha do tempo, recurso mui-
to utilizado nos estudos de
História, a partir da trajetória
particular dos alunos. A ati-
vidade 3 contribui para o de-
senvolvimento da habilidade
EF01HI01: Identificar aspectos
do seu crescimento, por meio
do registro das lembranças
particulares ou de lembranças
dos membros de sua família.
• Retome a linha do tempo da
vida de Ana e de seus pais e
peça aos alunos que compa-
rem seu ano de nascimento
e um de seus aniversários aos
eventos representados na li-
nha de Ana. Pergunte a eles:
Existe algum fato que ocorreu
no mesmo ano? Anote na lou-
sa o nome do aluno, o ano e
o acontecimento. Depois, mos-
Nome: tre aos alunos os anos e even-
Data e local de nascimento: tos em que haja mais coinci-
Nome do pai: dência.
Data e local de nascimento do pai:
Nome da mãe:
Data e local de nascimento da mãe:
Nome do avô materno, data e local de nascimento:
Nome da avó materna, data e local de nascimento:
Nome do avô paterno, data e local de nascimento:
Nome da avó paterna, data e local de nascimento:
49
UNIDADE 2
Objetivos
• Reconhecer a existência
de diferentes formas de
organização familiar.
• Abordar, de forma lúdica,
o tema das composições
familiares e da linha do
tempo.
50
Lúdico em sala de aula
A atividade lúdica tem como
princípio facilitar a aprendiza-
gem e fornecer um estímulo po-
sitivo para desenvolver a comuni-
cação, a expressão, a criatividade
e, no caso desta seção de página
dupla, retomar alguns conteúdos
trabalhados na unidade.
51
UNIDADE 2
Objetivos
• Perceber as diversas
formas de aprendizado no
convívio familiar.
• Constatar que o
aprendizado de forma
lúdica e a cooperação
podem pautar muitas
atividades do cotidiano,
em casa ou na escola.
• Compreender eventos
cotidianos e suas variações
de significado no tempo e
no espaço.
52
• Converse com os alunos sobre
quais são suas tarefas e o que
uma criança pode fazer para
auxiliar nas atividades de casa.
Mesmo que os familiares não
solicitem a ajuda, essa opção
pode partir dos próprios alu-
nos. Pergunte se há uma di-
visão de tarefas entre as pes-
soas que vivem na casa deles
e como essa divisão acontece.
• Explique que a cooperação e
a ajuda contribuem para que
todos os membros da família
possam desfrutar de momen-
tos de lazer. Pergunte também
se consideram correto que al-
guns familiares fiquem sobre-
carregados, enquanto outros
quase não colaboram.
• Aproveite a atividade 2 para
reforçar a importância da ideia
de cooperação e cuidado en-
tre os membros da família ou
entre as pessoas que vivem na
mesma moradia. Esta ativida-
de busca desenvolver a habi-
lidade EF01HI03: Descrever e
distinguir os seus papéis e res-
ponsabilidades relacionados à
família e à escola.
[...]
Em sua pesquisa de doutorado, ela entrevistou crianças com idade entre cinco e sete anos e
constatou que a superproteção e o excesso de controle dos adultos aparecem como as principais
causas da vivência do tédio na infância. Ela explica que a superproteção tira das crianças a
criatividade e a espontaneidade. E o que fica no lugar é um vazio. [...]
MACENA, Thaís; TUNES, Suzel. Criança pode fazer tarefas sozinha? Saiba a importância da autonomia.
Gravidez e filhos. Notícias do UOL. 3 ago. 2014. Disponível em:
<https://estilo.uol.com.br/gravidez-e-filhos/noticias/redacao/2014/08/03/criancas-podem-fazer-tarefas-sozinhas-saiba-a-
importancia-de-dar-autonomia.htm>. Acesso em: 27 nov. 2017.
53
UNIDADE 2
54
• Leia o texto para os alunos e
explique que muitas famílias
aproveitam os momentos de
lazer para compartilhar co-
nhecimentos e transformam
as tarefas diárias em um modo
de diversão e em situações de
aprendizado.
• Pergunte aos alunos o que eles
aprendem com os mais velhos.
Depois, peça que analisem as
imagens no Livro do Estudante
e que repensem suas respostas.
• Atividade 4. Auxilie os alunos
que apresentarem dificuldade
a escrever o nome das ativi-
dades que aprenderam com
familiares. Depois disso, peça a
alguns voluntários que verba-
lizem o tipo de atividade que
mais gostaram de aprender.
Outra ação importante para evitar o estresse na criança é respeitar o ritmo natural dela. Os
ritmos de aprendizagem, crescimento e desenvolvimento são diferentes e os pais precisam saber
lidar com isso. Até mesmo entre irmãos há essas peculiaridades, que devem ser observadas e
levadas em conta quando se cobra algo de uma criança. [...]
Podemos observar que na maioria das vezes o estresse vem de casa, da família e do convívio
com familiares e isso reflete na escola, o professor tem que saber lidar com isso para poder
amenizar os impactos.
PACÍFICO, Marsiel; FACCHIN, Marcele Martins Provinciatti; CORRÊA SANTOS, Fabiana de Fátima Ferreira.
Crianças também se estressam? A influência do estresse no desenvolvimento infantil. Temas em Educação e Saúde.
Araraquara, v. 13, n. 1, p. 107-123, jan./jun. 2017.
55
UNIDADE 2
Objetivos
• Recordar aspectos da
vida familiar por meio do
conhecimento da própria
família.
• Aplicar os conhecimentos
adquiridos a situações
relativamente novas.
56
• Atividade 2. Leia o comando
da atividade e, em seguida,
cada uma das seis frases. Peça
aos alunos que preencham os
espaços em branco com a pa-
lavra que considerem correta.
• Em seguida, peça que preen-
cham a cruzadinha de acordo
com o número de cada frase.
• Explique aos alunos que para
preencher uma cruzadinha
pode-se fazer uso de várias
estratégias, como contar os
espaços e, em seguida, a quan-
tidade de letras de cada uma
das palavras que devem ser
encaixadas. Depois, é preciso
ver se as letras já disponíveis
encaixam-se nas palavras que
cabem nos espaços e se essas
palavras correspondem às di-
cas (quando houver).
57
UNIDADE 2
58
• A atividade 5, de comparação
entre os dois tipos de famí-
lia – a primeira composta de
pai, mãe e filho, e a segunda
composta de pais, avós e seis
filhos –, colabora para o de-
senvolvimento da habilidade
EF01H107: Identificar mudan-
ças e permanências nas formas
de organização familiar, de
modo a reconhecer as diversas
configurações de família, aco-
lhendo-as e respeitando-as.
• Peça aos alunos que observem
as imagens e identifiquem as
diferenças entre as duas famí-
lias. Pergunte a eles se obser-
vam outras diferenças, além do
número de componentes.
• A atividade 6, de observação
e identificação da natureza da
atividade que a família está
realizando, contribui para o
desenvolvimento da habilida-
de EF01HI03: Descrever e distin-
guir os seus papéis e responsa-
bilidades relacionados à família
e à escola.
• Peça aos alunos que obser-
vem a imagem e indiquem a
atividade de lazer (um pique-
nique) e a atividade de coope-
ração (todos estão ajudando a
servir os alimentos).
59
UNIDADE 11Objetivos
da unidade 3
• Compreender o papel
social da escola.
• Comparar diferentes tipos
de escola – urbana, rural,
indígena, quilombola e
inclusiva –, identificando
semelhanças e diferenças.
• Refletir sobre a
diversidade existente no
universo da escola.
• Comparar características
da escola atual com a
escola de antigamente.
• Identificar objetos que
fazem parte do cotidiano
da escola no presente e no
passado.
• Reconhecer os diferentes
papéis desempenhados
pelas pessoas que participam
do cotidiano do espaço
escolar.
Competência geral 9 da
BNCC – 3a versão – que se
relaciona aos conteúdos
desta unidade
• Exercitar a empatia, o diálo-
go, a resolução de conflitos e
a cooperação, fazendo-se res-
peitar e promovendo o respei-
to ao outro, com acolhimento
e valorização da diversidade de
indivíduos e de grupos sociais,
seus saberes, identidades, cul-
turas e potencialidades, sem
preconceitos de origem, etnia,
gênero, idade, habilidade/ne-
cessidade, convicção religiosa
ou de qualquer outra natu-
reza, reconhecendo-se como
parte de uma coletividade com
a qual deve se comprometer.
Competência específica 3
de História da BNCC –
Habilidades da 3a versão da BNCC em foco nesta unidade
3a versão – que se
• EF01HI03: Descrever e distinguir os seus papéis e responsabilidades relacionados à famí-
relaciona aos conteúdos lia e à escola.
desta unidade • EF01HI04: Identificar as diferenças entre o ambiente doméstico e o ambiente escolar,
• Estabelecer relações entre su- reconhecendo as especificidades dos hábitos e das regras que os regem.
jeitos e entre sujeitos e obje- • EF01HI06: Conhecer as histórias da família e da escola e identificar o papel desempenha-
tos, e seus significados em di- do por diferentes sujeitos em diferentes espaços.
ferentes contextos, sociedades
e épocas.
60
• Peça aos alunos que observem
a imagem que representa a
chegada dos alunos e da pro-
fessora à escola. Há um fun-
cionário na entrada da escola,
dois adultos acompanhando
alunos e um auxiliar de ônibus
escolar.
• Alguns alunos e alunas vão à
escola a pé, de ônibus, de van
escolar ou de bicicleta.
• No boxe da seção Vamos con-
versar há questões que ajuda-
rão na observação da imagem:
✔ sobre os meios de transpor-
te utilizados;
✔ sobre o meio de transporte
utilizado por dois alunos;
✔ sobre a comparação entre
a situação representada e a
entrada dos alunos na esco-
la em que estudam.
• Peça também que observem
os equipamentos de seguran-
ça: coletivos e pessoais. Há
faixa tátil para cegos, faixa de
travessia para pedestres com
sinalização adequada para área
escolar, guia de calçada rebai-
xada para tráfego de cadeira de
rodas e, por fim, o menino na
bicicleta está usando capacete,
joelheiras e cotoveleiras.
61
UNIDADE 3
Objetivos
• Identificar diferentes
espaços no interior do
ambiente escolar.
• Reconhecer as funções
de aprendizagem e
características específicas
de cada espaço da escola.
• Diferenciar as funções
dos espaços escolares
em relação aos espaços
domésticos.
• Conhecer diferentes tipos
de escola, como as escolas
indígenas, as escolas
rurais e as escolas de
comunidades quilombolas.
• Relacionar cada tipo de
escola às necessidades
educacionais dos alunos
que as frequentam.
• Valorizar a diversidade
cultural brasileira expressa
pelos diferentes tipos de
escola.
62
• Atividade 1. Os alunos relacio-
narão os diferentes espaços da
escola a suas respectivas carac-
terísticas e funções.
• Atividade 2. Ressalte que nos
lugares que frequentamos,
como a escola, na maioria
das vezes, há espaços com os
quais nos identificamos por
vários motivos: é ao ar livre,
tem brinquedos etc.
• É importante notar na imagem
a constante presença de um
adulto, geralmente um pro-
fessor ou professora. A escola
geralmente é o primeiro am-
biente na vida da criança onde
ela convive com figuras de
autoridade com as quais não
têm laços familiares. Embora
os adultos que trabalham na
escola sejam em grande parte
responsáveis pelo cuidado com
as crianças, tal como os pais ou
responsáveis no ambiente do-
méstico, a grande diferença
entre a família e a escola é que
nesta a prioridade é o ensino.
• A atividade 3, de comparação
entre o espaço escolar e o es-
paço de moradia, contribui
para o desenvolvimento da ha-
bilidade EF01HI04: Identificar
as diferenças entre o ambiente
doméstico e o ambiente esco-
lar, reconhecendo as especifici-
dades dos hábitos e das regras
que os regem.
63
UNIDADE 3
64
4 RELACIONE O TIPO DE ESCOLA ÀS CARACTERÍSTICAS • As atividades 4 e 5, de identi-
DE CADA UMA. ficação de diferentes tipos de
escola, comparando-as entre si
ANANALINE/SHUTTERSTOCK
e depois de comparação entre
escolas do campo, indígena e
VALORIZAÇÃO DA
quilombola, com a própria es-
ESCOLA INDÍGENA. CULTURA AFRO- cola do aluno, contribuem para
-BRASILEIRA. o desenvolvimento da compe-
tência específica de História 3
da BCNN: Estabelecer relações
entre sujeitos e entre sujeitos e
objetos, e seus significados em
diferentes contextos, socieda-
CUIDADOS COM des e épocas.
O MEIO AMBIENTE • Atividade 4. Oriente os alunos
ESCOLA DO CAMPO. para a realização da atividade,
E O CULTIVO DE
de modo que eles associem os
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
65
UNIDADE 3
Objetivos
• Conhecer os papéis
desempenhados pelos
diferentes sujeitos da
comunidade escolar.
• Compreender a
diversidade de funções
na escola como condição
para a aprendizagem
e para a convivência de
seus integrantes.
• Valorizar os profissionais
que atuam na escola.
• Identificar algumas das
atividades desenvolvidas
no espaço escolar.
• Conhecer algumas
regras de convivência no
ambiente escolar.
• Desenvolver atitudes de
respeito e consideração
para com os colegas,
professores e funcionários
da escola.
• Reconhecer a
importância da partilha
de conhecimentos e
experiências.
66
• Retome brevemente o con-
teúdo da unidade 1, sobre a
identidade pessoal, e comen-
te a importância de conhe-
cermos as pessoas pelo nome.
Explique que existem diferen-
tes formas de tratamento e
que é apropriado chamarmos
uma pessoa pela forma de
tratamento da profissão, mas
há muitas profissões em que
isso não se aplica. Outros pro-
fissionais devem, portanto,
ser mencionados e chamados
pelo nome, e não pelo nome
de sua ocupação.
• Pergunte aos alunos se conhe-
cem os nomes dos diferentes
profissionais que atuam na es-
cola. Caso não saibam o nome
de alguém, solicite que procu-
rem se informar.
• A atividade 2, ao identificar
algumas das atividades rea-
lizadas na escola, contribui
para a habilidade EF01HI04:
Identificar as diferenças entre
o ambiente doméstico e o am-
biente escolar, reconhecendo
as especificidades dos hábitos
e das regras que os regem.
67
UNIDADE 3
Educação em valores
O mundo moderno é marcado pela burocracia, e com a escola não é diferente. Na
administração escolar, os funcionários desempenham funções bem definidas e seguem
um regulamento. Na escola há ainda uma hierarquia, com papéis de autoridade bem
demarcados. A burocracia é importante, pois permite uma melhor organização das ati-
vidades. Numa sociedade burocrática, porém, corremos sempre o risco de ver as pessoas
como coisas. Por isso é sempre importante conhecermos as pessoas que atuam no espaço
escolar, promovendo um bom relacionamento entre todos.
68
• As atividades 3, 4 e 5, ao en-
fatizar a importância de atitu-
des para uma boa convivência
escolar, contribuem para a
competência geral da BNCC 9:
Exercitar a empatia, o diálo-
go, a resolução de conflitos e
a cooperação, fazendo-se res-
peitar e promovendo o respei-
to ao outro, com acolhimento
e valorização da diversidade de
indivíduos e de grupos sociais,
seus saberes, identidades, cul-
turas e potencialidades, sem
preconceitos de origem, etnia,
gênero, idade, habilidade/ne-
cessidade, convicção religiosa
ou de qualquer outra natu-
reza, reconhecendo-se como
parte de uma coletividade com
a qual deve se comprometer.
• Oriente a realização das ativi-
dades 3 e 4 e estimule os alunos
a citar exemplos de situações
que eles tenham vivido e que
correspondam ou não a regras
de boa convivência escolar. Co-
mente situações específicas de
sala de aula em que os alunos
devem saber expressar suas
ideias, fazer perguntas, ouvir
a opinião dos colegas e agir
de forma solidária.
• Na atividade 5, acompanhe os
grupos na realização da ativi-
dade e auxilie-os na redação
da lista de direitos e deveres.
Ao final, reúna toda a turma e
escreva na lousa os principais
direitos e deveres levantados
pelos alunos.
69
UNIDADE 3
Objetivos
• Conhecer aspectos do modo
de vida das sociedades
indígenas no Brasil.
• Compreender a importância
da educação indígena para
a manutenção do legado
cultural dos indígenas
do Brasil.
• Distinguir atividades
relacionadas à educação
escolar daquelas relativas
a situações informais de
aprendizagem.
70
• A atividade proposta depende
da percepção pessoal dos alu-
nos. Provavelmente eles res-
ponderão que se aprende na
escola a ler e a escrever, além
dos conteúdos de História e
Matemática. É também prová-
vel que indiquem que apren-
deram a falar com a família. É
importante que, após a reali-
zação da atividade, os alunos
conversem entre si e justifi-
quem as respostas que deram à
atividade. É oportuno também
que eles comparem entre si as
respostas que deram, identi-
ficando possíveis diferenças.
Um aluno pode afirmar que
aprendeu a andar de patins em
casa, enquanto outro dirá que
aprendeu com os amigos ou
que aprendeu sozinho. Assim,
eles ampliarão sua compreen-
são sobre diferentes modos e
lugares de aprendizagem.
Educação em valores
Os temas de Pluralidade Cul-
tural propõem o conhecimento
das diversidades culturais e étni-
cas da sociedade brasileira e suas
diversas manifestações, como a
cultura indígena e seu modo de
educar as crianças, mostrando as
atividades do mundo adulto aos
poucos e de forma lúdica.
71
UNIDADE 3
Objetivos
• Conhecer alguns aspectos
do ambiente escolar e do
cotidiano das escolas no
passado.
• Comparar aspectos do
cotidiano escolar no
passado e no presente,
identificando semelhanças
e diferenças.
• Conhecer materiais
escolares do passado que
não são mais comuns no
presente.
• Identificar os materiais
escolares que se utilizava
no passado e que
continuam existindo no
presente.
• Compreender as
transformações que
ocorrem no uso do
material escolar ao longo
do tempo.
72
• As atividades 1, 2 e 3 ao pro-
por comparações entre a esco-
la atual e a do passado, con-
tribuem para a competência
específica de História da BNCC:
Estabelecer relações entre su-
jeitos e entre sujeitos e obje-
tos, e seus significados em di-
ferentes contextos, sociedades
e épocas.
• Na atividade 2 é importante
atentar para o fato de que no
presente ainda existem escolas
nas quais o uniforme escolar é
obrigatório, ou que têm aulas
de canto ou caligrafia. Comen-
te com os alunos que o que
diferencia o presente do pas-
sado é que antigamente essa
era a norma para a maioria das
escolas.
• Na atividade 3, o teclado de
computador no quadro, o fone
de ouvido e o tablet são objetos
que não existiam nas escolas de
décadas atrás. Chame a atenção
dos alunos para o fato de que
a tecnologia é um instrumento
a serviço da educação e que o
mais importante na aprendiza-
gem deriva das relações de en-
sino e aprendizagem entre as
pessoas que compõem o espaço
e a comunidade escolares.
73
UNIDADE 3
Da caligrafia à escrita
No início do século XX, em vários estados brasileiros, discursos pedagógicos, apoiados em
preceitos higienistas, preocuparam-se em normatizar a escrita. A caligrafia inclinada, utilizada
durante o século XIX, apesar de “elegante, graciosa e pessoal”, era criticada, porque percebida
como a causa para os problemas de miopia e escoliose encontrados nos/as escolares. [...]
Ao mesmo tempo que se normatizavam as práticas de escrever substituía-se a ardósia
pelo caderno de caligrafia impresso, abrindo a possibilidade da extensão de uma escrita mais
homogênea a todo o território nacional, difundindo um novo modelo caligráfico, apresentado
como moderno e civilizador.
VIDAL, Diana Gonçalves. Da caligrafia à escrita: experiências escolanovistas com caligrafia muscular nos anos 30.
Revista da Faculdade de Educação. São Paulo, v.24, n.1, jan./jun. 1998.
74
• As atividades 4 e 5, de compa-
ração do material escolar no
presente e no passado, aliadas
à reflexão sobre as mudanças
e permanências, contribuem
para o desenvolvimento da
competência específica de
História da BNCC: Estabelecer
relações entre sujeitos e entre
sujeitos e objetos, e seus signi-
ficados em diferentes contex-
tos, sociedades e épocas.
• A partir das atividades 4 e 5,
converse com os alunos sobre
as mudanças no material es-
colar. Chame a atenção dos
alunos para o fato de que no
passado eram comuns as pas-
tas escolares, e hoje em dia a
maioria dos alunos usa a mo-
chila. Comente que muitos
materiais usados no passado
continuam existindo no pre-
sente. O apontador de lápis,
por exemplo, existe há muito
tempo, mas o apontador com
reservatório, que faz menos
sujeira, só se tornou comum
há algumas décadas. O mes-
mo pode ser dito da régua,
que antigamente era feita de
madeira ou de metal, quando,
hoje em dia, a maioria delas é
de plástico ou acrílico.
75
UNIDADE 3
Objetivos
• Reconhecer mudanças
e permanências no
ambiente escolar de
forma lúdica.
• Identificar materiais
escolares do passado que
já não são mais comuns
no presente.
• Identificar materiais
escolares do presente que
não existiam no passado.
76
• Se julgar conveniente, procu-
re na internet imagens de salas
de aula no passado, imprima-
-as e traga para que os alunos
possam analisá-las. Explique
que, mesmo no presente, as
salas de aula podem ser mui-
to diferentes umas das outras,
dependendo do lugar onde a
escola está situada e do públi-
co que ela atende. Uma sala
de aula em uma comunidade
indígena, por exemplo, pode
ter um aspecto físico muito
diferente de uma sala de aula
em uma escola pública de um
grande centro urbano.
• A Atividade divertida, ao tra-
balhar as mudanças e as per-
manências no espaço da sala
de aula, contribui para o de-
senvolvimento da competên-
cia específica de História 3 da
BNCC: Estabelecer relações en-
tre sujeitos e entre sujeitos e
objetos, e seus significados em
diferentes contextos, socieda-
des e épocas.
• Solicite aos alunos que ob-
servem a imagem da página
77 e procurem identificar os
materiais escolares atuais que
estão na representação dessa
sala de aula do passado: a mo-
chila com rodinhas ao lado da
mesa da professora e o tablet
nas mãos do aluno sentado na
primeira carteira.
77
pandora/materialidade/renata.pdf>. Acesso em: 23 out. 2017.
UNIDADE 3
Objetivos
• Reconhecer situações
do cotidiano escolar e
familiar comuns à maioria
das crianças brasileiras.
• Diferenciar as atividades
realizadas na escola
daquelas realizadas no
espaço doméstico.
• Desenvolver atitudes de
respeito e cooperação
adequados a diferentes
contextos e situações da
vida cotidiana.
• Identificar características
específicas do espaço
doméstico.
• Identificar características
específicas do espaço
escolar.
• Reconhecer que
muitas ações e atitudes
correspondem aos
diferentes espaços nos
quais os sujeitos interagem
uns com os outros.
78
• No encaminhamento das ati-
vidades 1 e 2, retome com os
alunos os conteúdos estudados
anteriormente sobre o espaço
doméstico e o espaço escolar.
Elabore uma lista dos diferen-
tes espaços da escola em que
eles estudam e por onde circu-
lam (salas de aula, pátio, qua-
dra de esportes, laboratório
etc.). Em seguida, solicite que
enumerem os espaços do am-
biente doméstico, tais como
quarto, cozinha, sala etc.
• É importante não esquecer
que o ambiente doméstico
pode sofrer significativa va-
riação de um caso para outro.
Alguns alunos, por exemplo,
moram em apartamentos, ou-
tros, em casas, e isso faz uma
grande diferença. Um aparta-
mento em um prédio geral-
mente não tem quintal, mas
pode dar direito ao uso de um
salão de festas, que a maioria
das casas não possui. Leve isso
em consideração ao orientar
as atividades em que os alunos
manifestam suas preferências.
• As atividades 1 e 2, nas quais
os alunos devem identificar e
desenhar espaços em casa e na
escola, aliadas a uma reflexão
sobre os diferentes espaços de
circulação na vida cotidiana
do aluno, contribuem para o
desenvolvimento da habili-
dade EF01HI04: Identificar as
diferenças entre o ambiente
doméstico e o ambiente esco-
lar, reconhecendo as especifici-
dades dos hábitos e das regras
que os regem.
A lição de casa
“Dever”, “tarefa”, “lição”, “atividade” ou “trabalho” são termos que [...] possuem significados
semelhantes: obrigação, conveniência, imposição, esforço, luta, lida, exercício, serviço, diligência ou
ocupação com o intuito de alcançar determinada finalidade. Todos indicam em seu significado um
encargo, uma incumbência a ser realizada em cumprimento a uma prescrição ou em atendimento
a uma necessidade. Sugerem, portanto, atividades nem sempre voluntárias ou aprazíveis. [...]
No entanto, a nomenclatura atribuída a uma prática que conceba como um de seus propósitos
promover as aprendizagens dos estudantes deveria indicar uma ação mais prazerosa, uma vez
que aprendizagem implica avanço e progresso; logo, condições promotoras de bem-estar.
SOARES, Enilvia Rocha Morato. O dever de casa no contexto da avaliação das aprendizagens. 2011. 232 f. (Tese de
doutorado). Faculdade de Educação, Universidade de Brasília, Brasília. p. 47.
79
UNIDADE 3
Objetivos
• Revisar os conteúdos
abordados na unidade.
• Aprofundar a
compreensão sobre
as características e as
atividades do espaço
escolar.
82
• Antes da realização da ativi-
dade 3, retome brevemente
o conteúdo sobre diferentes
tipos de escolas – rurais, in-
dígenas e quilombolas – e as
características de cada uma. O
reconhecimento das diferen-
ças entre os tipos de escola es-
tudados contribui, assim, para
o desenvolvimento da habili-
dade EF01HI06: Conhecer as
histórias da família e da escola
e identificar o papel desempe-
nhado por diferentes sujeitos
em diferentes espaços.
• Oriente a realização da ativi-
dade 4, solicitando que procu-
rem encontrar palavras no ca-
ça-palavras primeiro, e depois
buscar a correspondência nas
frases. Se julgar conveniente,
realize a atividade em grupos,
de modo que os alunos auxi-
liem uns aos outros. Após a
conclusão da atividade, con-
verse com eles sobre valores
e atitudes que devem ser esti-
mulados no ambiente escolar.
Esta atividade, ao definir as-
pectos das relações interpes-
soais na escola, contribui para
o desenvolvimento da habili-
dade EF01HI04: Identificar as
diferenças entre o ambiente
doméstico e o ambiente es-
colar, reconhecendo as espe-
cificidades dos hábitos e das
regras que os regem.
83
• Leia o texto da atividade 5 com
os alunos e, em seguida, orien-
te a realização da atividade.
Sugira que conversem entre si,
comparando a escola em que
estudam com a descrição da
escola no texto.
• Após a realização da atividade,
comente que eram comuns no
passado as carteiras para dois
alunos.
• Se julgar conveniente, traga
para a sala de aula uma pena
e tinteiro para que os alunos
possam manuseá-los. Explique
que o uso da pena exigia cui-
dado para não borrar o papel
com a tinta.
• As atividades 5 e 6 tratam da
comparação entre a escola
do passado e a do presente,
contribuindo assim para o de-
senvolvimento da habilidade
EF01HI06: Conhecer as histó-
rias da família e da escola e
identificar o papel desempe-
nhado por diferentes sujeitos
em diferentes espaços.
84
• Após a realização da atividade
7, converse com os alunos so-
bre os espaços representados
nas imagens. Pergunte quais
pertencem à escola e quais per-
tencem à moradia. Em seguida,
sugira aos alunos que citem
exemplos de outros espaços,
distinguindo se eles se referem
à escola, à moradia ou a ambos.
• Oriente a realização da ativi-
dade 8, chamando a atenção
para o fato de que nas escolas
são servidas merendas. Assim,
as refeições, embora diferen-
tes, podem dizer respeito tan-
to ao espaço da escola quan-
to ao espaço da moradia. A
atividade visa, assim, ao de-
senvolvimento da habilidade
EF01HI04: Identificar as dife-
renças entre o ambiente do-
méstico e o ambiente escolar,
reconhecendo as especificida-
des dos hábitos e das regras
que os regem.
Segundo o IBGE, em 1940, o Brasil tinha 3,3 milhões de estudantes no primário, secundário
e técnico (equivalentes hoje ao ensino fundamental e médio). O número de brasileiros em idade
para estudar em um desses níveis de ensino, no entanto, era muito maior: 15,5 milhões de
pessoas de 5 a 19 anos de idade.
Isso significa que os estudantes efetivamente na escola representavam apenas 21% da
população em idade escolar. Em 1960, essa porcentagem subiu para 31%, mas continuou
muito baixa. Somente em 1998 o país chegou próximo de ter todos os jovens e crianças na
escola: 86%.
GOIS, Antonio. A escola “daquele tempo”. Disponível em:
<http://www2.uol.com.br/aprendiz/n_colunas/a_gois/index.htm>. Acesso em: 25 out. 2017.
85
UNIDADE 11Objetivos
da unidade 4
• Valorizar a ludicidade
como meio de identidade
e de interação.
• Conhecer um conjunto
variado de brinquedos,
brincadeiras e jogos
infantis.
• Desenvolver as noções
de permanência e
mudança ao identificar
as semelhanças e as
diferenças entre as
brincadeiras do passado e
as do presente.
• Compreender as
transformações pelas
quais passaram os jogos e
brincadeiras ao longo do
tempo.
• Valorizar a pluralidade
cultural brasileira por
meio do estudo dos jogos
e brincadeiras populares e
indígenas.
• Compreender o
significado das
comemorações que fazem
parte da vida da criança.
• Diferenciar as festas
escolares das datas festivas
comemoradas com a
família.
Competência específica
de História 3 da BNCC –
3a versão – que se relaciona
aos conteúdos desta
unidade
• Estabelecer relações entre
sujeitos e entre sujeitos e ob-
jetos, e seus significados em
diferentes contextos, socieda-
des e épocas.
Competência específica
de Ciências Humanas 2 da Habilidades da 3a versão da BNCC em foco nesta unidade
BNCC – 3a versão – que se • EF01HI04: Identificar as diferenças entre o ambiente doméstico e o ambiente escolar,
reconhecendo as especificidades dos hábitos e das regras que os regem.
relaciona aos conteúdos
• EF01HI05: Identificar semelhanças e diferenças entre jogos e brincadeiras atuais e de
desta unidade outras épocas e lugares.
• Compreender eventos cotidia- • EF01HI06: Conhecer as histórias da família e da escola e identificar o papel desempenha-
nos e suas variações de signi- do por diferentes sujeitos em diferentes espaços.
ficado no tempo e no espaço. • EF01HI08: Reconhecer o significado das comemorações e festas escolares, diferenciando-
-as das datas festivas comemoradas no âmbito familiar.
86
• Peça aos alunos que observem
a ilustração e estimule-os a co-
mentar o contexto e as ações
das pessoas representadas.
Chame a atenção deles para a
faixa na qual está escrito “Ani-
versário do Jardim Paraíso” e
para as atividades variadas
que estão acontecendo na rua.
Desse modo, espera-se que os
alunos sugiram que a rua teria
sido fechada para o evento.
• Desafie os alunos a identificar
as brincadeiras representadas
na imagem de abertura: fute-
bol, perna-de-pau, pés de la-
tas, jogo de tabuleiro, bolinha
de gude, pular corda, amareli-
nha e corrida de saco.
• Utilize as atividades do boxe
Vamos conversar para explorar
a ilustração com a turma. Per-
gunte aos alunos quais dessas
brincadeiras eles conhecem, se
já brincaram e onde acontece-
ram. Solicite que expliquem
como se brinca em cada uma
delas. Se houver alguma brin-
cadeira que os alunos não co-
nheçam, explique as regras e o
objetivo dela.
O jogo e o brinquedo
Entre o material lúdico, certos objetos são usualmente designados como jogo; outros
como brinquedo. O brinquedo supõe uma certa relação com a infância e uma abertura, uma
indeterminação quanto ao uso, isto é, a ausência de uma relação direta com um sistema de
regras que organize sua utilização. Por conseguinte, o brinquedo não é a materialização de um
jogo, mas uma imagem que evoca um aspecto da realidade e que o jogador pode manipular
conforme sua vontade.
BROUGÈRE, Gilles. Jogo e educação. Porto Alegre: Artes Médicas, 1998. p. 15.
87
UNIDADE 4
Objetivos
• Valorizar a ludicidade
como meio de identidade
e de interação.
• Conhecer um conjunto
variado de brinquedos,
brincadeiras e jogos
infantis.
• Perceber que há
brincadeiras praticadas
mais comumente em casa
e outras, na escola.
• Valorizar a pluralidade
cultural brasileira por
meio dos jogos e das
brincadeiras populares.
88
• Chame a atenção dos alunos
para as fotografias da página
89 e peça que descrevam o que
veem. Comente que algumas
brincadeiras, como o quebra-
-cabeça ou o patinete, podem
ser realizadas por uma pessoa
sozinha, mas outras, como
queimada ou corrida de saco,
precisam de um grupo de pes-
soas para serem realizadas.
• Pergunte aos alunos quais são
suas brincadeiras favoritas
quando estão sozinhos. Faça
uma lista na lousa e marque
toda vez que a mesma brin-
cadeira for mencionada. Ao
final, retome a lista e indique
a brincadeira com mais mar-
cações como a preferida da
maioria dos alunos da turma.
Em seguida, repita a dinâmi-
ca abordando as brincadeiras
realizadas em grupo.
• Atividade 3. Oriente a reali-
zação dos desenhos. Se julgar
conveniente, sugira aos alunos
que façam os desenhos em fo-
lhas de papel sulfite para que
depois você possa montar um
mural em sala de aula.
89
UNIDADE 4
90
• Atividade 7. Peça aos alunos
que destaquem as páginas 119
e 121 dos encartes do final do
livro. Na página 119, há um
tabuleiro com a Trilha da brin-
cadeira. Na página 121, há um
dado para ser recortado, do-
brado e colado nos locais in-
dicados. Uma borracha ou um
pequeno apontador podem
ser usados como peças para
avançar as casas da trilha do
tabuleiro. Solicite aos alunos
que se reúnam em pequenos
grupos, de no máximo qua-
tro integrantes, e explique o
que acontece se o jogador cair
em cada uma das casas com
brincadeiras ilustradas. Para
iniciar a partida, as peças dos
jogadores devem estar posi-
cionadas no início da trilha. O
primeiro jogador lança o dado
e percorre a quantidade de
casas indicadas. Em seguida,
cada jogador, na sua vez, faz
o mesmo. Quem passar pelas
cinco brincadeiras e alcançar a
linha de chegada primeiro será
o vencedor.
• Atividade 8. Oriente os alunos
a ordenar cronologicamente os
eventos representados nas ilus-
trações: primeiro as crianças es-
tão retirando os brinquedos da
prateleira; em seguida, estão
brincando com os jogos e, por
último, depois de brincar, estão
guardando os brinquedos na
mesma prateleira.
91
UNIDADE 4
Objetivos
• Desenvolver as noções
de permanência e
mudança ao identificar
as semelhanças e as
diferenças entre as
brincadeiras do passado e
as do presente.
• Compreender as
transformações pelas
quais passaram os jogos e
as brincadeiras ao longo
do tempo.
• Compreender de
que maneira muitos
brinquedos antigos
continuam sendo usados
no presente.
• Valorizar a pluralidade
cultural brasileira por
meio dos jogos e das
brincadeiras populares.
92
• Existem adultos que guardam
seus brinquedos favoritos e,
depois, os passam para os fi-
lhos. Há ainda aqueles que se
interessam por antiguidades
e possuem brinquedos anti-
gos. Há também brinquedos
comuns no passado que conti-
nuam sendo fabricados até os
dias de hoje. Converse com os
alunos e pergunte sobre a ori-
gem dos brinquedos antigos
que eventualmente possuem.
• Estimule os alunos a comparar
os brinquedos que possuem
com os de antigamente, in-
dicando semelhanças e dife-
renças entre eles. Em função
das inovações tecnológicas,
os brinquedos antigos apa-
rentam maior simplicidade.
Observe que muitos brinque-
dos se mantêm, mesmo com
o passar do tempo. A bola de
futebol e alguns modelos de
boneca, por exemplo, já eram
populares na época dos avós
dos alunos.
• Compartilhe com os alunos
as suas próprias experiências
como representante de uma
geração mais velha que a deles.
Conte como eram os brinque-
dos e as brincadeiras no tempo
em que você era criança.
• Atividade 1. A comparação
entre brinquedos do passado
e do presente contribui para
o desenvolvimento da habili-
dade EF01HI05: Identificar se-
melhanças e diferenças entre
jogos e brincadeiras atuais e
de outras épocas e lugares.
• Os alunos devem perceber
que muitos brinquedos atuais
incorporam inovações tecno-
lógicas, se comparados a brin-
quedos antigos. Mesmo os
Redescobrindo antigos brinquedos e brincadeiras brinquedos motorizados eram,
em média, mais simples que os
Nos últimos tempos, o processo de industrialização e urbanização desvendaram a olho nu, atuais. É interessante observar
os meandros da não tão atual sociedade tecnológica. Este processo vem “roubando” a cena das também que alguns objetos,
tradicionais brincadeiras infantis, ao mesmo tempo em que impõe seus próprios mecanismos de como o drone, tornam-se brin-
entretenimento. Mesmo assim, nos quatros cantos do Brasil, crianças continuam manifestando quedos, dependendo do uso
culturalmente uma enorme lista de brinquedos e brincadeiras transmitidas por outras gerações, que se faz deles.
promovendo nos pequenos espaços a conservação do universo dos jogos infantis. Nem mesmo
a expansão urbana e o frenético mundo do trabalho, conseguem afastar da cultura infantil, a
magnitude do universo dos antigos brinquedos e brincadeiras.
SILVA, Wagner Luiz da. Redescobrindo antigos brinquedos e brincadeiras: a realidade do faz de conta.
Avesso avesso, Araçatuba, v. 2, n.2, p. 13 , jun. 2004.
93
UNIDADE 4
As questões [...] engendram uma problematização no que concerne aos discursos criados
e sustentados, a respeito do jogo na escola, pelos escolanovistas. Embora as questões não
possam ser facilmente respondidas, é notório que, como indicam os documentos analisados,
o jogo, seja livre, utilitário ou forma de treinamento, era defendido como uma atividade
precípua no contexto escolar, visto que rechaçava o modelo de aula tradicional, era parte da
cultura infantil e promovia a “aprendizagem ativa”. Em outras palavras, o jogo era, ao lado
do trabalho, o principal eixo pedagógico e o diferencial da Escola Nova em relação aos outros
métodos de ensino entendidos como tradicionais.
GRILLO, Rogério de Melo; PRODÓCIMO, Elaine; GÓIS JÚNIOR, Edivaldo. O jogo e a “Escola Nova” no contexto da
sala de aula: Maceió, 1927-1931. Educação em revista. Belo Horizonte, v. 32, n. 4, out.-dez. 2016.
95
UNIDADE 4
Objetivos
• Abordar os temas
transversais de Meio
ambiente e de Saúde por
meio da análise de um
texto sobre a infância de
alguém que era criança nas
décadas de 1960 e 1970.
• Entrevistar um adulto
sobre a infância dele e
apresentar os resultados
da entrevista para os
colegas.
• Compreender as
transformações pelas
quais passaram os jogos e
as brincadeiras ao longo
do tempo.
96
• Oriente os alunos a realizar
as entrevistas. Esta é uma boa
oportunidade para a troca de
experiências entre os alunos e
seus familiares. Há brincadei-
ras e brinquedos que se tornam
modismos e depois perdem
popularidade. Converse com
os alunos sobre as brincadei-
ras e brinquedos do momento
e, a partir dessa compreensão,
sugira que especulem com os
familiares sobre brincadeiras
que eram moda no passado.
• Depois de realizadas as entre-
vistas, organize uma roda de
conversa com a turma e solici-
te aos alunos que apresentem
aos colegas a entrevista que
realizaram. Faça um levan-
tamento para verificar quais
eram as brincadeiras mais co-
muns entre os familiares dos
alunos no passado.
Educação em valores
As atitudes favoráveis aos
cuidados com o meio ambiente e
com a saúde, de modo geral, são
desenvolvidas desde a infância.
Ao brincar ao ar livre, a criança
tende a valorizar os espaços ex-
ternos, como parques, calçadas
e praças e, por consequência,
a preservá-los por tornarem-se
locais de vivência associados ao
lazer. Nesse contexto, a escola
tem papel de destaque na for-
mação de cidadãos conscientes
da necessidade de se preservar os
ambientes e da importância das
atividades ao ar livre para a saú-
de e o bem-estar da coletividade.
97
UNIDADE 4
Objetivos
• Conhecer um conjunto
variado de brinquedos,
brincadeiras e jogos
infantis de diferentes
regiões brasileiras.
• Descobrir outras formas
de brincar, valorizando a
interação com a natureza
e com o corpo.
• Compreender as
diferentes motivações
que levam as crianças
a construírem os seus
próprios brinquedos.
• Valorizar a pluralidade
cultural brasileira por
meio do estudo de jogos
e brincadeiras populares e
indígenas.
98
• Em geral, as crianças que vi-
vem em grandes cidades têm
mais acesso a brinquedos in-
dustrializados. As crianças que
vivem em áreas rurais têm me-
nos acesso e acabam produzin-
do seus próprios brinquedos.
Contudo, independentemente
do local, muitas crianças con-
feccionam seus próprios brin-
quedos porque isso também
pode ser divertido.
• Pergunte aos alunos se eles já
construíram algum brinquedo
com materiais reaproveitados
da natureza e incentive-os a
relatar suas experiências.
• A atividade 1, de desenho de
um brinquedo imaginado,
acompanhada por uma refle-
xão sobre brinquedos típicos
do Brasil, contribui para o de-
senvolvimento da habilidade
EF01HI05: Identificar seme-
lhanças e diferenças entre jo-
gos e brincadeiras atuais e de
outras épocas e lugares.
• Para a elaboração do desenho,
os alunos poderão usar a imagi-
nação ou realizar pesquisas na
internet ou em livros. Depois,
estimule-os a confeccionar os
brinquedos que tiverem ima-
ginado ou pesquisado. Eles po-
dem trazer os brinquedos para
a sala de aula para brincar com
os colegas.
99
UNIDADE 4
100
• Atividades 3 e 4. Oriente os
alunos a realizar as atividades
e, com base nos nomes das
brincadeiras, organize uma
roda de conversa para rever
brevemente os conteúdos so-
bre brincadeiras brasileiras e
aprofundar a compreensão
do tema. Se julgar convenien-
te, proponha que escolham
uma ou duas das brincadeiras
mencionadas nas atividades e
realize-as com os alunos, pre-
ferencialmente em um local
espaçoso da escola.
dos recursos metodológicos que vem sendo apontado como viabilizador desse processo é o
brincar. Toda criança gosta de brincar. Considerar a brincadeira como estratégia de ensino
e aprendizagem é compreender que a criança administra a sua relação com o outro e com o
mundo permeada pelo uso de brinquedos.
[...]
É relevante resgatar “o lúdico” no contexto escolar, de modo que esse processo trabalhe
com a diversidade cultural e desperte a vontade para o aprender. Acreditar no brincar como
subsídio para a construção do conhecimento é possibilitar uma aprendizagem prazerosa e
significativa.
MALUF, Ângela Cristina Munhoz. Brincadeiras para sala de aula. 6. ed. Petrópolis: Vozes, 2007. p. 11-12.
101
UNIDADE 4
Objetivos
• Conhecer um jogo de
tabuleiro de origem
indígena.
• Relacionar o jogo da onça
a aspectos das culturas
indígenas do Brasil.
A matemática indígena
As propostas pedagógicas associadas à Etnomatemática através da conceituação de
currículo dinâmico reconhecem a adequação das ticas de materna [técnicas de conhecimento]
dos indígenas como completamente desenvolvidas e adequadas ao seu contexto natural, social
e cultural. Esses conhecimentos não podem ser interpretados como “ainda não chegaram
ao conhecimento matemático do branco”. Trata-se de outro conhecimento e poder-se-ia
igualmente dizer que o branco ainda não chegou ao conhecimento do índio. De fato não
chegou, como um povo e como um sistema cultural, e nunca chegará, assim como a cultura
dos índios, se sua evolução não houvesse sido interrompida em 1.500, provavelmente jamais
se tornaria parecida com a cultura do branco. Pouco provável que chegassem à Mecânica
102
• Leia as instruções do jogo da
onça nas páginas 102 e 103 e
peça aos alunos que observem
as imagens.
• Organize a turma em um cír-
culo com um amplo espaço
no meio. Desenhe no chão as
linhas do tabuleiro com giz e
providencie objetos para re-
presentar a onça e os cachor-
ros. Solicite dois voluntários
para jogar uma partida de
demonstração enquanto os
demais observam para com-
preender como se joga.
• Oriente os alunos quanto ao
movimento das peças. Se neces-
sário, repita o jogo até que to-
dos não tenham mais dúvidas.
• Em seguida, organize os alu-
nos em duplas e peça que des-
taquem o tabuleiro da página
125 e recortem as peças da pá-
gina 127 nos locais indicados.
• Se considerar pertinente,
quando os alunos estiverem
familiarizados com o jogo,
apresente uma nova regra. Ex-
plique que a onça pode fazer
saltos duplos ou triplos, captu-
rando mais de um cachorro na
mesma jogada, como acontece
no jogo de damas.
Quântica. Mas é muito provável que teriam atingido formas muito sofisticadas de organização
social e de relacionamento com a natureza, pontos debilíssimos na civilização europeia.
Lamentavelmente, alguns especialistas pensam em Etnomatemática e, portanto, cultura
indígena em geral como algo “que ainda não chegou ao estágio da racionalidade do branco”.
Pasmem! Ao reconhecer um desenvolvimento pleno, ancorado numa lógica própria e adequada
ao próprio contexto sociocultural, estaremos reconhecendo o índio na plenitude e no domínio
de sua criatividade e assim capaz de adquirir, no contexto de sua autenticidade cultural, outras
formas culturais que lhes sejam convenientes e de interesse [...].
D’AMBROSIO, Ubiratan. A etnomatemática no processo de construção de uma escola indígena. Em Aberto.
Brasília, ano 14, n. 63, p. 97, jul./set. 1994.
103
UNIDADE 4
Objetivos
• Perceber aspectos
da cultura popular
brasileira presentes
em comemorações
particulares, da escola e
da comunidade.
• Compreender o
significado das
comemorações que fazem
parte da vida da criança.
• Diferenciar as festas
escolares das datas
festivas comemoradas
com a família.
104
• Converse com os alunos sobre
o significado da palavra “fei-
ra”. É uma palavra que pode
ter significados diferentes,
dependendo do contexto, po-
dendo se referir a um evento
em local público destinado
à compra e venda de merca-
dorias, um complemento ao
nome de cinco dos dias da
semana (segunda-feira, terça-
-feira, quarta-feira, quinta-fei-
ra e sexta-feira), assim como
pode designar uma exposição
sobre um tema específico,
como feiras dedicadas a livros,
animais ou tecnologia. Expli-
que que a expressão “feira
cultural” se refere ao terceiro
sentido da palavra, e envolve a
exposição de conteúdos e pro-
jetos que foram trabalhados
e desenvolvidos ao longo do
ano na escola.
• Se a escola estiver envolvida
em algum projeto cultural,
traga informações sobre esse
projeto para os alunos. Se
julgar conveniente, procure
integrá-los, dando à turma al-
gum tipo de participação no
projeto da escola.
105
UNIDADE 4
Os aniversários da infância
Pois a criança aprende a receber e a oferecer ao mesmo tempo [...]. Trata-se de um
aprendizado conjunto e precoce das regras de civilidade modernas, tanto para as crianças
como para os pais, que vão logo ter de enfrentar esse novo ritual. Pois ao ritual do aniversário
familiar veio se somar, já há uns 15 anos, o aniversário “amigal”, festa de crianças reunindo o
círculo social do “impetrante”. Assim, tanto os presentes de aniversário recebidos no primeiro
como os trocados no segundo, infinitamente mais frequentes, marcam ao mesmo tempo a
constituição do círculo social e a construção de regras de civilidade: em outras palavras,
a aprendizagem da implementação do vínculo social por meio da dádiva.
SIROTA, Régine. Primeiro os amigos: os aniversários da infância, dar e receber. Educação e Sociedade.
Campinas, v. 26, n. 91, p. 536-537, maio-ago. 2005.
106
• Converse com os alunos sobre
as festas que eles comemoram
com a família, como aniver-
sário, Natal ou Ano-novo. Ex-
plique que as mesmas festas
podem ser comemoradas em
lugares diferentes e com signi-
ficados diversos. Uma festa de
aniversário com a família não é
igual a uma festa de aniversá-
rio na escola. Uma celebração
de Natal em família é diferen-
te de uma celebração de Natal
em um centro de compras,
como em um shopping center.
• Converse com os alunos sobre
as festas que costumam reali-
zar em família e na escola. So-
licite que descrevam cada tipo
de festa e identifiquem seme-
lhanças e diferenças entre as
festas realizadas no ambiente
doméstico e no espaço escolar.
107
UNIDADE 4
Objetivos
• Valorizar a pluralidade
cultural brasileira por
meio das brincadeiras
populares.
• Refletir sobre as noções de
permanência e mudança
entre as brincadeiras do
passado e as do presente.
• Valorizar as diferentes
formas de expressão da
cultura brasileira.
108
• Atividade 3. Chame a atenção
dos alunos para as fotografias.
Comente que alguns espaços
são mais apropriados a deter-
minados jogos e brincadeiras
que outros, e que existem es-
paços que foram planejados
para a realização de brincadei-
ras específicas.
• Pergunte aos alunos que ati-
vidades podem ser realizadas
em uma rua de lazer. Comente
que algumas pessoas usam o
espaço para andar de bicicleta,
patinete ou skate e para ativi-
dades coletivas, como futebol
de rua.
• A quadra poliesportiva é um
exemplo de espaço planeja-
do para atividades específicas,
como jogos esportivos, mas
também pode ser utilizada
para brincadeiras que deman-
dam espaços amplos.
• No playground há brinque-
dos fixos, como escorrega-
dor, gangorra e balanço, e
também é um exemplo de
ambiente planejado para ati-
vidades específicas.
• A praia é um local onde é possí-
vel realizar atividades de lazer
diversas, na areia ou no mar,
como jogos com bola, peteca,
frescobol e fazer esculturas de
areia. Converse com os alunos
sobre as adaptações que são
necessárias a uma mesma brin-
cadeira em espaços diferentes,
como o futebol.
• Os parques são espaços públicos
e amplos que permitem uma sé-
rie de atividades. As pessoas os
utilizam para brincadeiras ao ar
livre, como pular corda, soltar
pipa e subir em árvores.
• A escola é local de estudo, mas
também de brincar. Em algu-
Retomando a análise das brincadeiras da tradição, pode-se dizer que elas incluem a mas aulas, o professor pode
produção cultural de um povo, em certo período histórico, uma cultura não oficial, fluida, desenvolver atividades lúdi-
caracterizada pela oralidade e sempre em transformação incorporando criações anônimas cas e, no recreio, também há
das gerações que se sucedem. [...] Tais brincadeiras evidenciam o pertencimento de crianças e a oportunidade de os alunos
jovens a um grupo social que convive e partilha dos mesmos signos culturais, socializando-se, brincarem com crianças de ou-
indicando seu lugar na sociedade e criando identidades [...]. tras turmas.
KISHIMOTO, Tizuko Morchida. Jogos, brinquedos e brincadeiras do Brasil. Espacios en blanco, Serie indagaciones.
Tandil, v. 24, n. 1, p. 84-85, jun. 2014.
109
UNIDADE 4
110
• A atividade 6, sobre festas
juninas, contribui para o de-
senvolvimento da habilidade
EF01HI08: Reconhecer o sig-
nificado das comemorações e
festas escolares, diferencian-
do-as das datas festivas come-
moradas no âmbito familiar.
• As festas juninas são realiza-
das geralmente nos meses de
junho e julho e são muito po-
pulares em todo o Brasil. Essa
festa se caracteriza por uma
série de elementos comuns,
como a fogueira, a dança de
quadrilha, a decoração com
bandeirinhas coloridas, além
de comidas típicas, principal-
mente feitas de milho, como
pamonha, curau de milho-
-verde, milho cozido, canjica,
cuscuz e pipoca. Outros ali-
mentos, como arroz-doce, pé
de moleque, cocada e pinhão,
também são tradicionais des-
ses festejos.
• Atividade 6. Chame a atenção
dos alunos para a imagem da
página 111 e solicite que iden-
tifiquem qual é a festa repre-
sentada e quais elementos a
caracterizam.
• Pergunte aos alunos se já par-
ticiparam de algum festejo
junino fora do ambiente esco-
lar e incentive-os a descrever
como foi o evento. Se houve
a realização de festa junina na
escola no ano corrente, peça
que comparem a festa no es-
paço escolar com a festa junina
em outros espaços.
dançadores, neste caso específico) propicia a construção de uma identidade cultural importante
para os participantes. É a sua cultura, é o capital cultural que possuem que os distingue dos
Outros, que viabiliza seu reconhecimento e até mesmo sua maior aceitação pelo Outro.
MENDONÇA, Maria Luiza Martins de. Festas populares hoje: muito além da tradição.
Anais do XXIV Congresso Brasileiro da Comunicação. Campo Grande, p. 6-7, set. 2001.
111
112
113
114
115
116
117
VASCONCELOS, JOSÉ ANTONIO. FUNDAMENTOS FILOSÓFICOS DA
EDUCAÇÃO. 7. ED. CURITIBA: INTERSABERES, 2017.
. METODOLOGIA DO ENSINO DE HISTÓRIA. CURITIBA: IBPEX,
2011.
VASQUEZ, PEDRO KARP. POSTAES DO BRAZIL: 1893-1930. SÃO
PAULO: METALIVROS, 2002.
VENÂNCIO, RENATO PINTO. MENSAGENS DE ABANDONO. IN: REVISTA
DE HISTÓRIA DA BIBLIOTECA NACIONAL, ANO 1, N. 4, OUT. 2005.
VILLAS-BÔAS, ORLANDO; VILLAS-BÔAS, CLÁUDIO. XINGU:
TERRITÓRIO TRIBAL. SÃO PAULO: CULTURA EDITORES ASSOCIADOS,
1990.
VYGOTSKY, LEV SEMENOVICH. PENSAMENTO E LINGUAGEM. SÃO
PAULO: MARTINS FONTES, 2003.
118
118
119
120
121
122
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
123
ILUSTRAÇÕES: CLAUDIA MARIANNO
123
124
O TABULEIRO DEVE SER RECORTADO E UTILIZADO NA
ATIVIDADE DIVERTIDA: JOGO DA ONÇA DAS PÁGINAS 102 E 103.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
JADER DE MELO
125
125
126
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
127
ILUSTRAÇÕES: JADER DE MELO
127
128
ISBN 978-85-16-10964-6
9 788516 109646