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2018
Ficha Técnica:
1ª Edição: 2010
Moçambique
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por qualquer processo, electrónico, mecânico ou fotográfico, incluindo fotocópia ou gravação,
sem autorização prévia e escrita do Instituto Superior Monitor. Exceptua-se a transcrição de
pequenos textos ou passagens para apresentação ou crítica do livro. Esta excepção não deve
de modo nenhum ser interpretada como sendo extensiva à transcrição de textos em recolhas
antológicas ou similares, de onde resulte prejuízo para o interesse pela obra. Os transgressores
são passíveis de procedimento judicial.
Prezados Estudantes: A disciplina de Gestão Geral será ministrada em 3 unidades. Nesta 3.ª
unidade, o estudante será capaz de:
Os testes devem ser enviados ao fim de cada 5 semanas de estudo por forma a garantir o
conhecimento atempado dos resultados obtidos no mesmo. Não entregue os 3 testes ao
mesmo tempo, pois assim não estará a par da sua progressão e dos seus erros e melhorias que
deve levar a cabo para ter sucesso.
CAPITULO I - COORDENAÇÃO 1
1.1 Eficácia na coordenação.................................................................................................. 2
Uso de técnicas básicas de administração ............................................................................. 3
Aumento do potencial de coordenação .................................................................................. 3
Redução da necessidade de coordenação............................................................................... 3
Lista de figuras
CAPITULO I - COORDENAÇÃO
Nesta parte desta unidade iremos falar dos problemas para se chegar a coordenação eficaz,
maneiras de se chegar a uma coordenação eficaz e os mecanismos de coordenação eficaz.
No módulo de introdução à gestão de empresas falamos da estrutura organizacional e
definimo-la como o modo como as actividades de uma organização são divididas, organizadas
e coordenadas. Ernest Dale citado por Stoner e Freeman (1999) apontam cinco etapas no
processo de organização, nomeadamente:
1. Listar o trabalho que precisa ser feito para alcançar os objectos da organização. Por
exemplo, o objectivo de um hospital pode ser cuidar de doentes, e este envolve tarefas
que vão desde a compra de equipamentos e suprimentos até a contratação de pessoal e
a busca de credenciamentos ou reconhecimento, por parte de várias organizações
profissionais.
2. Dividir a carga total de trabalho em tarefas que possam ser realizadas lógica e
confortavelmente por indivíduos ou grupos;
3. Combinar as tarefas de modo lógico e eficiente. O agrupamento de empregados e
tarefas é geralmente conhecido por departamentalização.
4. Criar mecanismos de coordenação. Esta integração dos esforços de indivíduos, grupos
e departamentos facilita o alcance dos objectivos;
5. Monitorar a eficiência da estrutura organizacional e fazer os ajustes necessários.
Muitas instituições públicas como Ministérios, institutos públicos, empresas públicas que
trabalham com contratos programas, utilizam a departamentalização matricial para
Existem três maneiras de se chegar a uma coordenação eficaz segundo Stoner e Freeman
(1999): utilização de técnicas básicas de administração, aumento do potencial de coordenação
e redução da necessidade de coordenação.
A produção por unidade refere-se à produção de itens individuais sob medida obedecendo às
especificações de um cliente. A produção em pequenos lotes refere-se a produtos feitos em
pequenas quantidades em estágios separados, como peças de máquinas que são montadas
posteriormente. A produção em grandes quantidades e a produção em massa refere-se a
fabricação de grandes quantidades de produtos, algumas vezes numa linha de montagem.
A produção por processo refere-se à produção de materiais que são vendidos por peso ou
volume, como por exemplo, produtos químicos ou medicamentos; esses materiais geralmente
são produzidos com equipamentos altamente complexos que operam em fluxo contínuo.
A instituição que não faz o planeamento dos seus recursos humanos dificilmente atinge a
eficácia e os objectivos gerais da organização.
Esse entendimento decorre do facto de que os recursos humanos são os únicos que têm
vontade, são os responsáveis pela escolha e utilização dos demais recursos e, portanto, são os
únicos capazes de se orientar pela missão da organização e, mais que isso, são os únicos
capazes de transformar visão de futuro em realidade.
Para o entendimento do que vem a ser Planeamento de Recursos Humanos, é necessário que
se parta do conceito geral de planeamento. Desde os pioneiros estudos em Administração, o
planeamento tem sido visto como a primeira actividade no conjunto de atribuições do
Administrador.
que prescinda dele, mesmo que não seja configurado em uma sistemática formalizada.
Considerando que todos os recursos que a organização utiliza provêm do ambiente e que
todos os resultados produzidos pela organização, sejam bens ou serviços, se destinam ao
ambiente, conclui-se que os objectivos a serem alcançados devem estar sintonizados com as
necessidades do ambiente. Só assim, é possível garantir a sobrevivência e o crescimento da
organização.
Com base no comentário acima, é preferível não utilizar a expressão "planeamento estratégico
de recursos humanos", uma vez que, sendo parte do planeamento estratégico global e dizendo
respeito a uma área específica, o planeamento de RH é de nível táctico. Para exemplificar,
imagine que uma organização defina seu crescimento ou diversificação em um novo espaço
geográfico, para os próximos cinco anos (Planeamento Estratégico). Cabe ao Planeamento de
Recursos Humanos estabelecer como as pessoas que irão trabalhar nas novas actividades
serão obtidas, capacitadas, pagas etc.
1Existem várias escolas de análise estratégica. Este assunto pode ser objecto de análise em disciplinas de gestão
estratégica.
a) A Missão procura responder à questão: Por que esta organização existe? Isto é: qual é
o papel da organização na sociedade (ambiente) onde está inserida? Seus produtos
(bens ou serviços) estão voltados a atender que necessidades do ambiente?
b) A Visão de Futuro procura responder à questão: O que queremos ser? Ou seja: como
a organização se vê no futuro? Em qual espaço estará inserida? Como serão seus
métodos e processos de trabalho? Como o ambiente estará vendo essa organização?
c) Os Valores e Crenças são os princípios que norteiam as relações internas da
organização, assim como o seu relacionamento com o ambiente externo
(principalmente clientes, fornecedores, regulamentadores e concorrentes). Envolvem
questões de ética e respeito, além de outras, que se referem aos padrões de
comportamento aprovados e esperados por parte da organização.
d) Ambiente Externo é composto, principalmente, dos clientes, fornecedores,
concorrentes e regulamentadores.
e) Ambiente Interno é composto pelos recursos disponíveis, estrutura e tecnologia
utilizada.
f) Oportunidades são condições externas favoráveis à sobrevivência (cumprimento da
Missão) e crescimento (alcance da visão de futuro) da organização.
g) Ameaças são condições externas favoráveis, em relação à sobrevivência e
crescimento.
h) Pontos Fortes são as forças internas que contribuem para o cumprimento da Missão e
alcance da Visão de Futuro.
i) Pontos Fracos são as forças internas que restringem o cumprimento da Missão e o
alcance da Visão de Futuro.
j) Estratégias são as linhas a serem seguidas pela organização para, tirando partido de
seus Pontos Fortes e superando os Pontos Fracos, aproveitar as Oportunidades e
minimizar as Ameaças, de forma a cumprir sua Missão e alcançar sua visão de futuro.
k) Objectivos são os alvos a serem atingidos. Devem ser quantificados e aprazados, para
posterior verificação.
l) Plano de Acção é um conjunto de Projectos organizados para o alcance de um
Objectivo.
m) Projecto é um conjunto de actividades organizadas para a consecução de uma meta
(subdivisão de um objectivo). Contém a sequência das tarefas, com definição da
responsabilidade, dos recursos a serem utilizados (incluindo orçamento financeiro),
além do cronograma de execução.
n) Acompanhamento e Avaliação são compostas do conjunto de actividades que se
destinam a verificar o cumprimento dos objectivos e metas, dentro dos prazos
determinados e dos recursos previstos. Tem como principal finalidade o controle do
processo, a correcção de rumos e a prevenção de recorrência de erros, quando for o
caso. Destina-se, também, a reciclar o Planeamento, actualizando-o e mantendo a
actuação organizacional sintonizada com as necessidades do ambiente.
Não faz sentido planear sem verificar se os objectivos estão sendo alcançados, assim como
não faz sentido verificar o que não foi previsto.
Recrutamento
Antes de serem recrutados, os administradores devem ter em mente quais as funções que novo
funcionário irão ocupar. Quando o trabalho específico e detalhado faz-se um organograma
numa descrição do seu conteúdo e localização. No nível de execução esta descrição é
chamada descrição do trabalho; assim que um trabalho específico tenha sido analisado,
incorpora-se ao organograma a descrição escrita do seu conteúdo e localização. No nível de
gestão fala-se de descrição de cargo e no organograma faz-se a descrição de funções e os
deveres de cada cargo.
Fontes de recrutamento
Muitas empresas usam várias fontes externas de recrutamento para preencher vagas em
diferentes níveis da administração. Para as grandes empresas as universidades e as escolas de
pós-graduação, são uma fonte importante de funcionários de nível inicial e de novos
participantes de gerência. Entretanto, o recrutamento no campus, tem algumas desvantagens,
pois este pode ser demasiado caro. Geralmente quando se faz o recrutamento para gerência ou
posições de topo, muitas empresas tem de partir para estratégias de recrutamento que são mais
caras e muito competitivas.
Quando há dificuldades de contratação de pessoal especializado pela empresa, o recrutamento
pode ser feito recorrendo-se aos serviços de agências de emprego ou a publicação de anúncios
em jornais e revistas de circulação nacional.
O Recrutamento interno é uma outra fonte muito importante para o prover profissionais na
organização e para ocupar cargos. Muitas empresas têm uma política de recrutar ou promover
internamente. As principais vantagens desta política estão relacionadas com:
1. Os indivíduos recrutados dentro da empresa já estão familiarizados com a instituição e
seus membros, e esse conhecimento aumenta a probabilidade de sucesso.
2. Uma política de promoção interna estimula a lealdade e inspira maior esforço por
parte dos membros da organização.
3. É mais barato recrutar e promover internamente do que contratar fora da organização.
As desvantagens desta política é que ela limita a quantidade de talentos disponíveis, reduz a
chance de novos pontos de vista entrem na empresa e pode incentivar a complacência entre os
empregados que presumem que a antiguidade assegura a promoção.
3.3.4 Selecção
As actividades de selecção tratam de escolher os melhores dentre os candidatos recrutados.
Para essa escolha, há o pressuposto de que se pode predizer o desempenho de futuros
colaboradores através do processo selectivo.
Planear a selecção é escolher que métodos serão utilizados (provas de conhecimento, testes
psicotécnicos e psicométricos, entrevistas, análise de currículo, dinâmica de grupo e outras)
para predizer o desempenho futuro dos candidatos. É, ainda, definir local, horário e duração
O processo de avaliação e controle tem duas dimensões: uma, mais imediata, que pode ser
atendida através de relatórios sobre a aplicação dos métodos e o surgimento de eventuais
problemas; outra, mais remota no tempo, que é feita através da gestão de desempenho e do
clima organizacional, as quais verificam, respectivamente, a adequação do colaborador ao
cargo e à carreira e sua adaptação ao ambiente interno.
O processo a selecção envolve tomada de decisões mútuas: a organização decide ou não se vai
fazer a selecção de emprego, e se esta será ou não atractiva. O candidato decide se a
organização e o emprego atende ou não as suas necessidades e seus objectivos.
A selecção é definida como sendo uma actividade que busca entre os candidatos recrutados
aqueles que são mais adequados aos cargos existentes na empresa visando manter ou
aumentar a eficiência e o desempenho do pessoal bem como a eficácia da organização.
Esta varia entre as organizações. A entrevista de selecção para empregados de nível mais
baixo pode ser bastante superficial. A ênfase maior pode ser posta na entrevista de triagem
inicial ou nos testes, apesar de estes serem feitos para definição de interesses aptidões e a
inteligência do candidato ser muito importante para avaliação para um emprego, seu uso foi
perdendo aderência aos últimos 25 anos.
As entrevistas para altos cargos de administração tendem a ser demorados. Uma outra
particularidade é que na selecção de administradores de nível médio ou alto, a entrevista
chega a levar muito tempo por vezes 8 horas ou mais, e pode não haver fichas de inscrição.
No entanto, para maior parte dos cargos a entrevista tem sido a primordial, tem sido um factor
importante de decisão da organização de fazer uma oferta de emprego e na decisão do
indivíduo se aceita ou rejeita o emprego.
As entrevistas mais eficazes são aquelas que são capazes de apurar se é possível medir o nível
de desempenho dos candidatos. As entrevistas inadequadas podem levar a decisões erradas de
emprego. RICHARD NERHRBASS identificou nas entrevistas 3 efeitos comuns que podem
produzir informações erradas sobre candidatos a emprego:
O desequilíbrio de poder na situação de entrevista. O mais provável é que o
entrevistador seja experiente e que fique a vontade, enquanto o entrevistado não está
tranquilo pois é sua carreira e auto-imagem que estão em jogo;
O candidato pode adoptar um comportamento falso, tentando transmitir uma imagem
boa ao entrevistador, e obviamente dependendo das capacidades deste, pode ser fácil
ou difícil de se verificar a falsidade no entrevistado.
Quando o entrevistador faz perguntas sem nexo, pedindo ao entrevistado por vezes
para falar dele mesmo podem retrair o candidato ao se sentir pouco a vontade e podem
dar respostas superficiais.
Este processo de entrevista pode também se mostrar não confiável por causa dos objectivos
divergentes do entrevistador e do entrevistado por vezes para falar dele mesmo, quando o
empregador exagera na venda da organização como um bom lugar para se trabalhar e com
isso exagera também naqueles que seriam suas qualidades. Algumas organizações vêm
tentando minimizar esta situação com a apresentação realista do trabalho.
Selecção de gerentes
E difícil fazer a selecção de gerentes devido à complexidade do trabalho que fazem, pois estes
usam uma variedade de habilidades e competências. Sua selecção depende de uma avaliação
de habilidades e competências ou potencialidades dos candidatos.
Em suma os entrevistadores tentam determinar até que ponto o candidato se adequa a ideia
que eles têm sobre como deve ser um bom gerente, os valores pessoais e o estilo operacional
do candidato. Se estes serão compatíveis com a organização e a cultura da mesma.
A maioria das avaliações de futuros gestores é feita com base nas notas obtidas na faculdade,
ainda que uma coisa não tenha relação. Muitas organizações buscam evidências de interesse,
experiência de gestão extracurricular, como por exemplo, ter trabalhado num jornal de uma
universidade.
Os gerentes potenciais podem ser amplamente entrevistados para se verificar se tem ou não o
estilo pessoal adequado que a organização procura.
Quando o indivíduo se sente incapaz haverá insatisfação, as taxas de rotatividade são quase
sempre máximas entre os novos empregados de organização. É importante que o trabalhador
trabalhe sabendo que tem garantia de que os empregados podem trabalhar para o bem da
empresa sem negligenciar as suas obrigações pessoais.
Avaliação
As actividades de capacitação são susceptíveis de avaliação em dois níveis:
Em qualquer dos casos, é necessário que as tarefas sejam planeadas, definindo-se equipa
responsável, métodos e instrumentos (observação, entrevistas ou questionários), assim como
as fontes de informações (primárias e secundárias) e cronograma das actividades.
A avaliação e o acompanhamento dos resultados são feitos a partir do controle dos custos, dos
níveis de satisfação (clima organizacional) e da gestão de desempenho.
Os dois elementos centrais no planeamento dos recursos humanos são a previsão e a auditoria.
A previsão procura determinar o pessoal de que a organização irá precisar para manter o
crescimento e explorar oportunidades futuras, este tende prever o número, o tipo e a qualidade
de pessoas necessárias. A Auditoria utiliza o prognóstico feito pela previsão e procura de
seguida obter informações sobre o pessoal actual da organização. Neste processo são
necessários dois tipos de informações - será que os trabalhadores têm habilidades
apropriadas? Eles estão tendo um desempenho eficaz? Com as respostas a estas questões, os
planeadores avaliam os pontos fracos e fortes do pessoal da organização em face as
necessidades futuras.
Para o nível mais alto da administração o processo de auditoria pode ser o desenvolvimento
de um plano de sucessão detalhado com base num gráfico de substituição, este gráfico mostra
cargos na organização.
A EXXON, uma outra companhia americana da área de produtos químicos, prefere alimentar
seus novos talentos dando-lhes experiências práticas de trabalho mandando executivos de
todos os níveis para posicões-chave pelo mundo fora para alargar sua visão e aprimorar sua
capacidade de julgamento.
Esta técnica retira os trabalhadores das tensões e exigências do local de trabalho. Esta técnica
permite que o indivíduo se concentre nas técnicas de aprendizagem pois ele trabalha a tempo
inteiro e tem a oportunidade de trocar experiência com trabalhadores de outros departamentos
ou organizações e fazem até mesmo novos contactos.
características. Por exemplo, um empregado que sempre trabalhe até tarde pode
receber nota alta em produtividade e qualidade de produto, bem como em motivação,
empregado atraente ou popular pode receber uma alta avaliação geral. Avaliar os
empregados separadamente em cada uma de várias medidas de desempenho e
encorajar os avaliadores a se precaverem contra o efeito halo são dois meios de reduzir
esse problema.
Aproximadamente duas décadas depois de estudo original de Meyer e seus colegas, uma outra
equipa constituída por Eduard Lawler, Allan Mohman e Susan Resnik conduziu um estudo na
mesma linha na General Electric, levou a mais algumas recomendações:
1. A administração do topo deveria ter cuidado na implementação da avaliação de
desempenho na cultura geral da organização e na estratégia de recursos humanos;
1- A Natureza do trabalho do empregado, das expectativas de desempenho devem se
tornar claras desde o inicio;
2- As discussões sobre as bases para os aumentos salariais e da relação entre o salário e o
desempenho devem ser uma parte natural e importante do processo de avaliação.
3- O administrador deve discutir as oportunidades de desenvolvimento de carreira do
empregado e delinear o que ele precisa para alcançar o seu potencial, o empregado
deve ser um parceiro igual e activo do administrador, durante todo o processo de
avaliação.
As Transferências atendem a uma variedade de propósitos. As vezes são usadas para dar as
pessoas experiência mais amplas de trabalho, como parte de seu desenvolvimento e para
preencher as vagas que surgem. Também são usados para deixar abertas as rotas de promoção
e para manter os indivíduos interessados no trabalho. Por exemplo, muitos administradores
devem ser transferidos para outros cargos, para manter altos seus níveis de motivação no
trabalho.
No entanto, alguns empregados recusam transferências porque não querem deslocar suas
famílias ou prejudicar a carreira do seu cônjuge ou o receio do desconhecido, nas situações
em a transferência é para um outro país não habitual para o empregado ou gestor. Estes ficam
preocupados com situações políticas instáveis.
Embora reconhecida como essencial a todo tipo de organização humana, a liderança não
obteve maior atenção dos primeiros estudiosos da administração. Inicialmente voltada para a
tarefa, como visto nos trabalhos de Taylor e, posteriormente à estrutura organizacional, nos de
Fayol, foi somente por volta da década de 1930, com o advento da Teoria das Relações
Humanas, que a ciência administrativa passou a priorizar as pessoas e seus relacionamentos
sociais, em detrimento de aspectos técnicos e formais das organizações.
Na Teoria Clássica, a liderança era considerada apenas sob o aspecto de autoridade formal,
vinculada ao cargo de chefia e suas relações com os subordinados. Segundo Tead (1956, apud
Chiavenato, 1993, p. 188), cada chefe deve ser um líder e o líder é um agente moral e símbolo
da democracia dentro da organização. Salienta a relação entre autoridade e poder pessoal,
apresentando a autoridade como o “exercício da influência pessoal em consequência de uma
condição superior” enquanto o poder pessoal é a “acção exercida sobre os outros como
resultado da integridade para consigo mesmo e da solicitude para com o bem-estar do grupo”.
A Teoria das Relações Humanas resgatou a existência e a influência das lideranças informais
dentro dos grupos de trabalhadores, actuando paralelamente ao poder formal. A Liderança se
torna, paulatinamente, um dos temas administrativos mais pesquisados e estudados pelos
académicos. Desde meados do século XX, diversas teorias foram desenvolvidas, com o intuito
de melhor compreender as relações entre líderes e subordinados.
De acordo com John P. Kotter, os administradores de hoje precisam saber como liderar e
como administrar, ou suas empresas fecharam as portas. Após pesquisar sobre o assunto ele
verificou as seguintes distinções entre administração e liderança: A administração é mais
formal e científica do que a liderança. Ela se baseia em habilidades universais, como o
planeamento, a organização, a liderança e o controle. A administração é um conjunto de
ferramentas e técnicas explícitas, baseadas no raciocínio e na experiência, que podem ser
usadas em uma grande variedade de situações de acordo com a figura abaixo:
A liderança, ao contrário, implica ter uma visão do que a organização pode vir a se tornar. A
liderança requer trazer à tona a cooperação e o trabalho em equipa de uma ampla rede de
pessoas e manter motivadas as pessoas-chave da rede, utilizando todos os tipos de persuasão.
A figura acima mostra a relação entre a liderança e a administração. Podemos verificar que,
para trazer à tona aumentos de produtividade e do moral, os administradores precisam fazer
duas coisas. Primeiro, eles usam poder, autoridade, influência e características individuais de
personalidade. Segundo, aplicam comportamentos e práticas de liderança.
O moderno ambiente de trabalho exige igualmente a administração e a liderança eficazes. Os
administradores devem ser líderes, mas os líderes também devem ser bons administradores.
Figura 3 – Comparação entre líder e administrador
Liderar significa compartilhar objectivos, ouvir sugestões, delegar poder, informar, debater,
mobilizar esforços, transformar grupos em verdadeiras equipas. Consequentemente, o
incentivo ao crescimento de pessoas torna-se pressuposto cada vez mais necessário,
importante e valorizado. O líder promove a verdadeira gestão participativa, que ultrapassa as
fronteiras da empresa e amplia a interacção com a sociedade. Como consequência, ocorre o
aumento da competência profissional de cada colaborador.
Para Kuczmarski (1999) citado por Silva (2008), liderança é o resultado de fazer com que as
pessoas ajam por meio de um grupo. Isso requer que uma direcção seja dada ao esforço do
grupo e que o compromisso seja tomado por seus próprios membros. A autora considera que
liderança é a responsabilidade por um grupo.
Se não houver grupo, não há necessidade de líder. Em vista de todos trabalharem em grupos,
todos precisam de habilidades de liderança. “A liderança aprendida é um processo contínuo.
A pessoa não se torna repentinamente um líder, nem pára de aprender as habilidades de
liderança” (Kuczmarski, 1999, p. 181).
Wheatley (1999) considera que, em algumas organizações, certos valores e formas de fazer
negócios podem ser identificados em qualquer dos seus membros, seja num operário ou num
gerente sénior. Essa similaridade é encontrada em toda a organização, apesar da
complexidade de funções e níveis. Lembra a importância da existência de princípios
directores simples: visões orientadoras, valores fortes, crenças organizacionais – as poucas
regras que as pessoas podem usar para moldar seu comportamento. A tarefa do líder é
comunicá-las, mantê-las sempre presentes e claras, permitindo às pessoas a liberdade de
agirem dentro do sistema.
A influência é uma força psicológica; abrange todas as maneiras pelas quais se introduzem
mudanças no comportamento de pessoas ou de grupos e envolve conceitos como poder e
autoridade.
3.1.2 Poder
O poder pode causar muitas transformações na vida das pessoas e também nas organizações,
fonte de interesse para a administração. Para Weber (1954), “o poder é a possibilidade de
alguém impor sua vontade sobre o comportamento de outras pessoas” (Araújo, 2006). Essa
conceituação apresentada por Max Weber associa o poder a questão da autoridade ou poder
legítimo (como dizem alguns autores) nas organizações. Para outros estudiosos, o poder pode
ser definido como o potencial de influência de uma pessoa sobre outra.
Sendo assim, como veremos a seguir que a definição de liderança envolve directamente a
capacidade de influenciar pessoas, temos que poder e liderança estão fortemente relacionados,
como diz Vergara (1999), “liderança é poder”, contudo, o inverso não é verdade, pois poder,
nos seus variados tipos, pode não surgir informalmente, como acontece na liderança, mas de
forma imposta.
Os líderes influenciam as pessoas a fazer coisas através do uso do poder e da autoridade. Para
compreender como os líderes usam o poder e a autoridade, é necessário entender os vários
tipos de poder, tácticas de influência, e como os líderes compartilham o poder com os
membros da equipa. Compreender estas diferentes abordagens para o exercício da influência
pode auxiliar um administrador a se tornar um líder mais eficaz. Afinal, porque o poder é tão
almejado pelas pessoas? Segundo Galbraith (1999), a pessoa quer poder para se
autopromover; para disseminar seus valores pessoais, religiosos e sociais, seja de forma
persuasiva ou impositiva; e, para poder disseminar o modo de enxergar o mundo como pode
ser ilustrado na figura abaixo:
Para Araújo (2006), para desfrutar do poder é necessário ser dotado de algumas
características, classificadas por Galbraith (1999) como fontes do poder:
Figura 5 – Fontes de Poder
Os líderes usam vários tipos de poder para influenciar as pessoas. No entanto, o poder
exercido pelos membros da equipa, ou por subordinados, actua como um limitador de quanto
poder os líderes podem exercer. A lista seguinte descreve alguns tipos de poder exercidos por
líderes e, às vezes, pelos membros do grupo, segundo Galbraith (1999); Schermerhorn, Hunt e
Osborn (1999) e Vergara (1999:
Figura 6 – Tipos de Poder
De acordo com Kipins, Schmidt e Swaffin-Smith (1984), existem outras estratégias utilizadas
para conseguir influenciar as pessoas, definidas como os instrumentos do poder:
Figura 7 – Instrumentos do Poder
A liderança é diferente da autoridade formal, que é uma das bases das organizações e um
atributo dos cargos gerenciais. O gerente, em uma organização formal, ocupa uma posição, ou
seja, um cargo, dentro de uma hierarquia com normas formais, o qual lhe fornece o direito de
tomar decisões e se fazer obedecido (Maximiano, 2005).
Assim, pode-se dizer que autoridade é o poder legítimo; a autoridade formal em virtude da
posição hierárquica na estrutura organizacional. Autoridade formal e liderança nem sempre
andam e nem precisam andar juntas, uma vez que quem ocupa uma posição de autoridade
formal pode não ter liderança informal, concedida por quem quer ser liderado.
Segundo Max Weber (1954) a autoridade pode ser classificada em três tipos que envolvem
desde as tradições e características pessoais às normas e regulamentos do ambiente.
Estudos sobre os estilos de liderança distinguem, por um lado, uma estrutura orientada para a
tarefa – autoritária ou de iniciação – visando à direcção e a produção e, por outro lado, um
estilo centrado no empregado – democrático ou participativo – dando apoio às necessidades
deste e às necessidades de manutenção do grupo. Dessa forma, deduzia-se que os
comportamentos poderiam ser aprendidos. Assim, pessoas treinadas nos comportamentos de
liderança apropriados seriam capazes de liderar com maior eficácia.
Esses estilos são reconhecidos desde a Antiguidade clássica, assim como suas disfunções: o
excesso de democracia (a demagogia) e a tirania (o abuso da autoridade), os quais são
sintetizados na figura abaixo:
Segundo Maximiano (2005, p. 293), “quanto mais concentrado o poder de decisão no líder,
mais autocrático é seu comportamento ou estilo”.
O líder que se assume autoritário ou autocrático tem o comportamento regido pela tradição,
não ouvindo, geralmente, seus seguidores. Assim, suas decisões são centralizadas, estando
"preocupado essencialmente com a tarefa" (Bandeira; Marques; Santos, 2005). O estilo
autocrático pode se tornar patológico e transformar-se no autoritarismo.
O estilo autocrático é caracterizado por: estilo tarefa, liderança orientada para a tarefa,
liderança orientada para a produção, para a produtividade ou eficiência e liderança orientada
para o planeamento e a organização.
Segundo Maximiano (2005, p. 294), “quanto mais as decisões forem influenciadas pelos
integrantes do grupo, mais democrático é o comportamento do líder”. Ao contrário do estilo
autocrático, o enfoque é nas pessoas e não na produção.
Os líderes da liderança liberal são chamados de "líderes da rédea solta" - "são frouxos e
permissivos e deixam os seguidores fazerem o que querem" (Megginson; Mosley; Pietrijr,
1998). Contudo, esta liberdade oferecida às pessoas pode passar a impressão de que a
liderança não existe, pois não há um foco como nos dois estilos anteriormente vistos.
Um exemplo deste estilo pode ser observado na área académica, onde geralmente as pessoas
têm tarefas predeterminadas, mas quem define o tempo necessário para o cumprimento de tais
tarefas é a própria pessoa.
Liderança Conjunta
Alguns estudos passam a sugerir, então, que a eficácia de um estilo de liderança em particular
depende das circunstâncias em que ele é usado. Em algumas situações, o líder autoritário,
voltado para a tarefa (como, por exemplo, nas acções militares) era considerado mais eficaz;
em outras, entretanto, era necessário um estilo onde predominasse a consideração (como o
líder ocupado em missões sociais ou religiosas).
De acordo com Stoner e Freeman (1995), “A escolha do estilo de liderança deve ser
influenciada por várias forças que existem no administrador, nos subordinados e na situação
de trabalho”.
Ou seja, um líder pode ser autocrático em uma determinada situação e democrático e/ou
liberal em outra. Mas cuidado: este facto não significa incoerência de atitudes, pelo contrário,
demonstra que o líder é capaz de adaptar-se às necessidades do ambiente.
Uma abordagem lógica para compreender a liderança é o estudo dos traços e características
dos líderes eficazes, que foi o primeiro esforço sistemático para compreender a liderança,
realizado por psicólogos e outros pesquisadores.
À tentativa de identificar as características e os traços pessoais, físicos, mentais e culturais dos
líderes ficou conhecida como Teoria dos Traços de Personalidade. É a teoria mais antiga a
respeito da liderança, na qual os pesquisadores, na procura das características mensuráveis da
liderança, utilizaram duas abordagens:
1. Comparar as características das pessoas que se revelaram como líderes com as das
pessoas normais;
2. Comparar as características dos líderes eficazes com as dos líderes ineficazes.
A crença é de que você nasce líder ou não, concepção esta contestada por autores que dizem:
“liderança não é, nasce com a pessoa” (Araújo, 2006).
A abordagem baseada nos traços mostrou-se pouco útil, já que nenhuma combinação de
características distinguia consistentemente os líderes dos não-líderes, ou os eficazes dos não-
eficazes. Esta teoria falhou ao não levar em consideração a influência e a reacção dos
subordinados e a situação em que a liderança se efectiva. Embora tenha permanecido
desprezada durante muitos anos, a teoria dos traços voltou a ser utilizada a partir da década de
1980, em especial nas pesquisas que estudavam traços relacionados à eficácia e ao sucesso em
situações organizacionais específicas. Neste período, destacaram-se, também, os estudos
sobre líderes corporativos fortes e sua capacidade de desenvolver um senso compartilhado de
valores e da missão entre seus subordinados.
À medida que se evidenciava a dificuldade em isolar traços ou características que
distinguissem os líderes eficazes, os pesquisadores passaram a tentar identificar os
comportamentos que pudessem determinar o seu sucesso.
Abordagem Comportamental
Apresenta o mesmo pressuposto que a abordagem dos traços de personalidade, que determina
a liderança como crucial para o desenvolvimento da organização, contudo, a análise
comportamental considera as atitudes dos indivíduos e não suas características peculiares
(Araújo, 2006).
Dessa forma, Likert (1979) identificou quatro sistemas presentes nas organizações que
pesquisou:
1. Autoritário-exploratório;
2. Autoritário-benevolente;
3. Consultivo;
4. Grupos participativos
Do sistema 1 ao 4 a ideia é descentralizar o poder, consistindo o sistema 1 em uma
centralização que vai desfazendo-se até alcançar o sistema mais eficaz para o alcance de
metas, o sistema 4.
grupo está definida), e o grau de poder do cargo do líder sobre seus subordinados.
Este modelo prevê qual tipo de líder será mais eficaz nas oito combinações possíveis dessas
variáveis. Dessa forma, as relações entre líder e subordinados podem ser boas ou más, as
tarefas estruturadas ou não, e o poder do cargo do líder pode ser grande ou pequeno,
combinado com um estilo de gerência voltado para a tarefa ou para o relacionamento.
A abordagem caracterizada por Fiedler sugere que os estilos de liderança são relativamente
inflexíveis. Portanto, ou os líderes devem estar adequados a uma situação particular ou a
situação deve ser mudada para se adequar ao líder.
Um dos primeiros estudos a respeito das habilidades de liderança foi realizado por Robert
Katz (1974) – que foi professor em Harvard e Stanford, além de dirigir empresas e actuar
como consultor – onde identificava três grupos de habilidades básicas que o líder
deveriapossuir em grau variado, dependendo do nível de administração que estivesse
exercendo.
1. Habilidades Técnicas - definidas como o entendimento e eficiência em uma actividade
específica, que particularmente envolva métodos, processos, técnicas e procedimentos.
Envolve conhecimento especializado, capacidade analítica e facilidade no uso de ferramentas
e técnicas dentro de uma determinada disciplina.
2. Habilidades Humanas – definidas como a capacidade que o líder deve ter para trabalhar
efectivamente como membro de um grupo e para obter esforço cooperativo do grupo por ele
liderado. A real habilidade em saber trabalhar com outras pessoas deve se tornar uma
actividade contínua e natural, uma vez que a mesma envolve sensibilidade não só nos
momentos de tomadas de decisões, mas também no dia-a-dia do comportamento de cada um.
Para esta habilidade ser efectiva, a mesma deve ser natural e “inconscientemente”
desenvolvida e, da mesma forma, de modo consistente, ser demonstrada em cada acção do
indivíduo.
interdependentes, e como mudanças em cada parte podem afectar todas as demais. Pode-se
dizer que a habilidade conceitual incorpora considerações dos demais aspectos, técnico e
humano. Ainda que o conceito de “habilidade” seja a capacidade de transformar
conhecimento em acção, o líder deve ser capaz de transitar entre as três habilidades, ao
desempenhar actividades técnicas (habilidades técnicas), ter entendimento e motivação em
nível individual e de grupo (habilidades humanas), promover a coordenação e integração de
todas as actividades da organização conduzindo para um objectivo comum (habilidade
conceitual).
Katz (1974) retoma alguns conceitos que haviam sido abordados por Fayol, no que tange às
funções administrativas. Em sua obra, "Administração Geral e Industrial", Fayol (1950)
concluía que, “a capacidade principal de um operário é a capacidade técnica” e que “à medida
que se eleva a escala hierárquica, a importância da capacidade administrativa aumenta
enquanto a da capacidade técnica diminui”. A habilidade humana, capacidade de trabalhar
com outras pessoas, é considerada essencial para a administração efectiva em cada nível.
Entretanto, sua importância seria maior nos níveis mais baixos da hierarquia, onde a
interacção entre gerentes e subordinados é elevada. Para o nível mais alto da administração, a
habilidade conceitual se torna a mais importante de todas (Figura abaixo).
Figura 11
O pensamento de Drucker representa uma ruptura em relação à Teoria dos traços. Como
afirma Drucker (1996), no prefácio do livro "O Líder do Futuro", líderes natos podem existir,
mas, com certeza, poucos dependerão deles. A liderança deve e pode ser aprendida. Esta
constatação motivou uma série de estudos por parte de professores e consultores. Para o autor,
o que define o líder é o atendimento a quatro condições básicas de liderança, apresentadas
pelos líderes por ele estudados:
1. A única definição de líder é alguém que possui seguidores. Algumas pessoas são
pensadoras, outros profetas. Os dois papéis são importantes e muito necessários, mas,
sem seguidores, não podem existir líderes;
2. Um líder eficaz não é alguém amado e admirado. É alguém cujos seguidores fazem as
coisas certas. Popularidade não é liderança, resultados, sim;
3. Os líderes são bastante visíveis, portanto, servem de exemplo;
4. Liderança não quer dizer posição, privilégios, títulos ou dinheiro. Significa
responsabilidade (Drucker, op. cit., p. 13).
c) Aplicação: dar ao aprendiz a oportunidade de usar o que aprendeu, para que o líder
possa perceber se o aprendizado ocorreu ou não. O aprendiz descobre se aprendeu
correctamente e avalia seu próprio desempenho. Ele assume a responsabilidade pelo
próprio aprendizado.
O desempenho dos empregados deve ser uma responsabilidade compartilhada e não apenas
uma questão de fracasso ou sucesso individual. A força de trabalho não deve apenas
responder a directivas de cima para baixo. Os empregados querem ter autonomia, querem
aceitar responsabilidade colectiva pelo estabelecimento de valores e normas, definindo sua
cultura e aprendendo a liderar.
De acordo com Steere Junior (1996), parte crítica da função do líder é a definição e o
desenvolvimento da cultura organizacional. Os líderes do futuro serão conhecidos, segundo
Ulrich (1996, p. 221):
Não obstante, os líderes precisam conhecer os elementos com que estão trabalhando, possuir
altas aspirações e grandes ideais, e compreender a dinâmica do movimento e como ela gera
energia. “Líderes que são flexíveis quando se deparam com obstáculos recarregam a energia
de seus empregados, em vez de consumi-la, e mantêm a organização seguindo em frente”
(Plamondon, 1996, p. 271).
Meléndez (1996) considera que, para atender aos diversos requisitos da liderança, são
desejáveis as seguintes características:
Entusiasmo - Líderes eficazes são entusiasmados com a causa que patrocinam;
Clareza das metas - Bons líderes normalmente conseguem explicar suas realizações;
Perseverança - Os líderes aprendem com o fracasso - eles tentam novamente;
Gentileza - Líderes tratam todos à sua volta com gentileza, respeito e honestidade;
Renovação contínua - Líderes e organizações eficazes estão engajados na
autoavaliação;
Líderes como professores - O bom ensino é, basicamente, uma boa comunicação;
Auto-conhecimento.
Como afirma Bennis (1996), há líderes de todo tipo, tamanho e disposição, no entanto, todos
parecem abrigar, ao menos, algumas das seguintes características:
1. Visão maior – o líder tem uma ideia clara do que fazer – tanto no campo profissional
quanto pessoal – e força para persistir diante de reveses e mesmo derrotas. Você só
pode chegar a algum lugar se souber onde está indo e por quê.
2. Paixão (entusiasmo) – a paixão silenciosa pelo que a vida pode oferecer, combinada a
uma paixão específica por uma vocação, uma profissão, um rumo. O líder que exala
Embora sejam abordados como ingredientes básicos, não seriam características inatas, que
não possam ser mudadas. Para o autor, os verdadeiros líderes não nasceram líderes, mas se
fizeram líderes, e, normalmente, por iniciativa própria. Para tornar-se líder é preciso tornar-se
o autor de sua própria vida. Embora não haja regras para se fazer isto, há algumas lições que
podem ser aprendidas. As pessoas começam a tornarem-se líderes no momento em que
decidem, por conta própria, como devem ser. Conhecer a si mesmo, portanto, significa
separar quem a pessoa é e quem gostaria de ser, das expectativas impostas pela família ou
sociedade.
Autoconhecimento e auto-invenção são processos que duram uma vida. As pessoas que,
quando crianças ou adolescentes, lutaram para conhecer a si mesmas e tornarem-se elas
mesmas, continuam hoje a investigar seus aspectos mais profundos, a reflectirem sobre suas
experiências e a testar a si mesmas. Ninguém, excepto o próprio indivíduo, pode ensiná-lo
como tornar-se a si mesmo, como assumir o comando de sua própria vida, como expressar-se
(Bennis, 1996, p. 38).
Em suma, os líderes do futuro, para Bennis (1996), deverão apresentar os seguintes atributos:
educação ampla, curiosidade ilimitada, entusiasmo ilimitado, confiança nas pessoas e no
trabalho em equipa, disposição para correr riscos, devoção ao crescimento de longo prazo em
vez de lucro de curto prazo, compromisso com a excelência, prontidão, virtude e visão.
Exercícios
1. O que é diferenciação, e porque ela torna mais difícil a coordenação?
2. Quais são as vantagens e desvantagens da abordagem clássica do projecto
organizacional? E da abordagem neoclássica?
3. Que forma de estrutura organizacional é mais adequada a um ambiente simples e
estático? A um ambiente simples e dinâmico? A um ambiente complexo e porém
estático?
Sumário da Unidade
O objectivo desta unidade foi apresentar conceitos relacionados com a coordenação, falar das
várias abordagens de projecto organizacional para perceber a relevância de um desenho
cuidadoso da estrutura organizacional de uma empresa.
Vimos que existem três tipos de estrutura organizacional formal: estrutura funcional, a
estrutura por produtos/mercado e a estrutura matricial. A coordenação, como a integração de
tarefas individuais de departamentais, é necessária para suportar a diferenciação, que é a
diferente forma de pensar que cada departamento de uma organização tende a desenvolver.
Hoje em dia percebemos que o projecto organizacional, que é o processo de escolher a melhor
estrutura organizacional apropriada a uma determinada estratégia e a um determinado meio
ambiente, envolve tentativas e erros e considerações políticas. Mostramos que existiam quatro
abordagens: clássica, neoclássica, ambiental e da tecnologia de produção.
Na secção sobre a gestão de RH vimos que o processo de gestão de recursos humanos inclui
(1) planeamento de recursos humanos; (2) recrutamento; (3) selecção; (4) socialização; (5)
treinamento e desenvolvimento; (6) avaliação de desempenho; (7) promoções, transferências,
rebaixamentos e desligamentos.
O planeamento de recursos humanos inclui prever as necessidades futuras de pessoal da
organização, planear qual será o equilíbrio futuro de pessoal na organização, projectar um
recrutamento – selecção ou um programa de demissões, e estruturar um programa de
desenvolvimento. Os planos de recursos humanos baseiam-se em previsões e na auditoria de
recursos humanos, onde as habilidades e o desempenho dos membros da organização são
avaliados. Para serem significativos, os planos de recursos humanos têm de considerar o
planeamento estratégico e o ambiente externo da organização.
O recrutamento geral e o de especialidade destinam-se a dar à organização um conjunto
suficientemente grande de candidatos a emprego. Antes de o recrutamento acontecer, deve ser
feita uma análise de trabalho consistindo na descrição do cargo e na especificação do trabalho.
Os candidatos podem ser obtidos de dentro ou de fora da organização.
O processo de selecção segue um procedimento em sete etapas: preenchimento de formulário
de inscrição, entrevistas de triagem inicial, testes, investigação da vida pregressa, entrevista,
entrevista de selecção profunda, exame médico e oferta de emprego. Para cargos de gerência,
a entrevista aprofundada é, provavelmente, a etapa mais importante. Em termos ideais, deve
ser realista e baseada em factos.
A socialização ajuda o novo empregado e a organização a se ajustarem mutuamente. Há uma
correlação entre dar atribuições desafiantes ao empregado e seu futuro.
Os programas de treinamento buscam manter e melhorar o desempenho no trabalho actual, ao
passo que os programas de desenvolvimento destinam-se a proporcionar as habilidades
necessárias a trabalhos futuros. A necessidade de treinamento pode ser determinada através de
avaliação de desenvolvimento, da análise dos requisitos do trabalho, análise organizacional e
de levantamentos de recursos humanos. Tanto os métodos de treinamento como os de
desenvolvimento, podem ser classificados como no trabalho como fora do trabalho. O
treinamento dado pelo chefe é o método formal mais importante de desenvolvimento no
trabalho. Outros métodos de desenvolvimento incluem a rotação do trabalho e o ensino em
sala de aula. Tanto o treinamento quanto o desenvolvimento devem ser reforçados na situação
de trabalho.
GESTÃO GERAL
2. De forma detalhada fale sobre responsabilidade social no nosso país, dando exemplos e
enfatizando a sua importância para as empresas e para os diversos stakeholders das
empresas.
Consulte: Gestão Geral, Unidade II, Capitulo I.
10. Um Gestor bem-sucedido em uma organização de venda de viaturas vai de certeza sê-
lo noutra de igual actividade? Justifica a sua resposta.
a) Os melhores gestores são aqueles que agem como líderes passivos na
organização. Concorda com a afirmação? Porquê?
b) Resuma o modelo de Porter (análise das cinco forças competitivas) e as
respectivas estratégias genéricas para melhorar o poder competitivo.
c) Qual é a importância deste modelo.
d) Aborde os tipos de estratégias competitivas.
e) Apresente outros modelos de formulação de estratégias.
Consulte: Gestão Geral, Unidade I, Capitulo II.
11. Tendo sido contratado por uma empresa do ramo de papel para avaliar o potencial do
mercado sul-africano, para onde a empresa se pretende internacionalizar, quais são as
principais informações (indique 4) que precisaria obter e analisar?
Consulte: Gestão Geral, Unidade II, Capitulo II.
Atenção: este plano não substitui a leitura da matéria constante nas unidades.
Bom trabalho!
Bom trabalho.