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PERIODONTIA G1

HISTORICO
 Século XX-. Americam academy of periodontology: fundada em 1914- por duas
periodontistas: Grace Rogers Spalding e Gillette Hayden.
Tornou-se a maior organização de periodontia do mundo. Publicação cientifica mensal The
Journal of Periodontology. Periodontia reconhecida como especialidade da odontologia em
1947 pela American Dental Association.

PERIODONTO- ao redor do dente- estuda os tecidos de recobrimento e suporte dos


dentes
Composição: gengiva + aparato de inserção

Gengiva- G.
Ligamento periodontal.- PL.
Cemento radicular- RC.
Osso alveolar- AP
Osso alveolar propriamente dito-ABP.
Dividido em periodonto de proteção e sustentação
Gengiva= periodonto de proteção – epitélio juncional, sulco, inserção conjuntiva, mucosa
queratinizada
Aparato de inserção= periodonto de sustentação- ligamento periodontal, cemento
radicular, osso alveolar- propriamente dito e processo alveolar
PERIODONTO DE PROTEÇÃO
Periodonto sadio: gengiva livre, gengiva inserida, sulco gengival, junção mucogengival,
mucosa alveolar.

Características de normalidade: Rosa claro, consistência firme, capacidade de resiliência,


firmemente ligado ao osso alveolar, aspecto casca de laranja.
Função: inserir o dente no tecido ósseo dos maxilares. Manter a integridade da superfície
da mucosa mastigatória da cavidade oral. Proteção e sustentação.
Gengiva: É a parte da mucosa oral que recobre o processo alveolar dos maxilares e
circunda o colo dos dentes. Ele recobre o osso alveolar e a raiz do dente em um nível
coronal até a junção cemento-esmalte.
Dividida em: interdental, marginal (livre) e inserida

- Gengiva marginal: ou não inserida. É a porção terminal ou borda da gengiva ao


redor dos dentes em forma de colar.
Ela é demarcada de gengiva inserida adjacente por uma depressão linear rasa, o sulco
gengival.
Medindo em media 1mm de largura, a gengiva marginal forma a parede de tecido mole do
sulco gengival e pode ser separada da superfície dental com uma sonda periodontal. É
recoberta por epitélio com características não firme.
Pelos lados vestibular e lingual, estende-se a partir da margem gengival livre ate ranhura
gengival que está posicionada em um nível correspondente a junção cemento-esmalte
Ranhura gengival: todas as estruturas que se encontram coronariamente a uma linha que
passa ao nível da junção cemento-esmalte.

- Sulco gengival: é um espaço raso ou fenda ao redor do dente delimitado pela


superfície dental de um lado e o epitélio de revestimento da gengiva marginal livre no
outro.
Possui formato em V. Permite a entrada da sonda periodontal. A profundidade de
sondagem encontrada em humanos é de aproximadamente 1,8mm.
Anatomia microscópica: Arredondada, pequena invaginação entre o dente e a gengiva.
- Gengiva inserida: ela é continua com a gengiva marginal. É firme, resiliente e
fortemente ligada ao periósteo do osso alveolar subjacente.
O aspecto vestibular se estenda à mucosa alveolar relativamente frouxa e móvel (gengiva
marginal livre) e é demarcada pela junção mucogengival.
Anatomia microscocipa: Delimitada pela ranhura gengival na região coronal e a junção
mucogengival na região apical.
Pequenas depressões, que lhe conferem um aspecto de “casca de laranja”.
Firmemente inserida no osso alveolar, por meio de fibras colágenas de tecido conjuntivo e,
portanto, são imóveis  manutenção da saúde periodontal
A largura varia entre os indivíduos e nas diferentes partes da boca Maxila- mais larga na
área de incisivos e estreita próximo aos pré molares e molares. Mandíbula- mais estreita
na área de incisivos e larga na região de pré molares e molares.

- Gengiva interdental: papila interdental. Região anteriores forma piramidal.


Região posteriores- achatadas no sentido vestíbulo-lingual  cool.
As bordas laterais e as pontas das papilas interdentais são formadas pela: gengiva
marginal livre dos dentes adjacentes. A porção central consiste na gengiva inserida. 
aspecto misto.
Quanto mais posterior o arco, maior é a área de contato. Formato de gengiva em um
determinado espaço interdental depende do ponto de contato entre dois dentes
adjacentes.
Aspectos microscópicos: a gengiva é composta de um epitélio externo escamoso
estratificado e do tecido conjuntivo central subjacente lâmina própria.
Periodonto de proteção: epitélio + tecido conjuntivo.
Epitélio externo escamoso estratificado: camada basal, camada espinhosa, camada
granulosa e camada ceratinizada.
Epitélio gengival: função  proteger as estruturas profundas, enquanto permite o
intercambio seletivo com meio ambiente oral.
São três: epitélio oral externo, epitélio oral do sulco/sulcular e epitélio juncional

 1-EPITÉLIO ORAL EXTERNO- voltado para a cavidade oral. Pavimentoso-


queratinócitos (escamoso- camada de células mais superficial), estratificado (dividido em
camadas) e queratinizado.
Proteção e defesa, cristas epiteliais, células unidas entre si por meio de desmossomos.

Epitélio gengival- resumo: Consiste em um revestimento contínuo de epitélio escamoso


estratificado. O principal tipo celular do epitélio gengival é o queratinócito.
Outras células presentes –são chamadas de células claras ou não queratinócitos, são
elas células de langerhans, as células de merkel e os melanócitos.

Epitélio paraqueratinizado: nele, o estrato córneo retém núcleos picnoticos e os grânulos


de querato-hialina estão dispersos, não dando origem a um estrato granuloso.

Epitélio não queratinizado: a diferença é que não tem estrato granuloso, nem córneo,
enquanto as células superficiais possuem núcleos viáveis.

Como essas células estão interconectadas? Através de estruturas: DESMOSSOMOS.


Desmossomo: é uma junção celular constituída por duas partes, uma delas na membrana
de uma das células e a outra, na membrana da célula vizinha.

 2- EPITÉLIO ORAL DO SULCO/SULCULAR- voltado para o dente, sem entrar em


contato com a superfície do dente.
Reveste o sulco gengival. Estende-se do epitélio oral para dentro do sulco gengival.
Delimitado apicalmente pelo epitélio juncional e coronariamente pelo epitélio oral. Não
queratinizado e sem cristas epiteliais próximo ao epitélio juncional.
Fica em contato com o dente. É considerada escamoso estratificado não queratinizado
(NÃO possui estrato granuloso e corneo) fino sem cristas epiteliais e se estende do limite
coronal do epitélio juncional à crista da gengiva marginal.
Tem potencial de se queratinizar, se ele for rebatido e exposto a cavidade oral.

 3 – EPITÉLIO JUNCIONAL- Promove a inserção da gengiva ao dente.


É uma inserção fraca, a base de hemidesmossomos. Não possui cristas epiteliais. Não
queratinizado. Mais delgado. Menor número de células.
Consiste em uma faixa de epitélio escamoso estratificado não queratinizado em forma
de colar (cunha).
Ele se afunila a partir da extremidade coronal, que deve ter de 10 a 29 células de largura
para uma ou duas células na sua extremidade mais apical, localizada na junção cemento-
esmalte.
As células são agrupadas em dois estratos: camada basal: que reveste o tecido
conjuntivo. E a camada basal que estende para a superfície dental. O comprimento varia
de 0,25 a 1,35 mm.

Como é formado biologicamente o epitélio juncional? Pela confluência do epitélio oral


e o epitélio reduzido do órgão do esmalte durante a erupção dental.
Está unido ao tecido conjuntivo por uma lâmina basal externa que tem a mesma estrutura
como qualquer outra união entre tecido epitelial e conjuntivo.
Os hemidesmossomos têm um papel decisivo na firme união das células à lâmina basal
interna na superfície dental.
Reforçando essa adesão ao dente e são as fibras gengivais, as quais ligam a gengiva
marginal à superfície dental.
Por esta razão, o epitélio juncional e as fibras gengivais são considerados uma unidade
funcional, citados como a unidade dentogengival

RESUMINDO
Epitélio juncional apresenta várias características estruturais e funcionais únicas que
contribuem para prevenir a superfície dental sub gengival da colonização pelo biofilme
bacteriano patogênico.
1-Está firmemente aderido à superfície dental. Formando uma barreira epitelial
contra o biofilme bacteriano.
2 Ele permite o acesso do fluido gengival, células inflamatórias e componentes do
sistema imunológico de defesa do hospedeiro à gengiva marginal.
3 As células do epitélio juncional apresentam uma rápida renovação, que contribui
para o equilíbrio hospedeiro-parasita e permite um rápido reparo do dano tecidual.

 Tecido conjuntivo/ lamina própria: componente tecidual predominante da


gengiva;
Consiste em duas camadas: (1) uma camada papilar, subjacente ao epitélio, que consiste
em projeções papilares entre as cristas epiteliais; e (2) uma camada reticular contínua com
o periósteo do osso alveolar.
Três tipos de fibras são encontradas no tecido conjuntivo: colágenas, reticulares e
elásticas
Fibras gengivais: são organizadas em três grupos: gengivodental, circular e transseptal.

Grupos gengivodental: são aquelas nas superfícies vestibular, lingual e interproximal. Elas
estão inseridas no cemento logo abaixo do epitélio na base do sulco gengival.

Grupo circular: percorrem através do tecido conjuntivo da gengiva marginal e interdental e


circundam o dente de forma semelhante a um anel.

Grupo transseptal: Localizadas na região interproximal, as fibras interproximais formam


feixes horizontais que se estendem entre o cemento de dois dentes próximos, nos quais
estão inseridas. Elas se encontram na área entre o epitélio da base do sulco gengival e a
crista do osso interdental e, às vezes, são classificadas como fibras principais do ligamento
periodontal.

PERIODONTO DE SUSTENTAÇÃO

LIGAMENTO PERIODONTAL: tecido conjuntivo frouxo, ricamente vascularizado e


celularizado que circunda as raízes dos dentes e une o cemento radicular à lamina dura do
osso alveolar propriamente dito.
Fibras periodontais  principais estruturas do ligamento periodontal : são de natureza
colágena, dispostas em feixes. Fibras de sharpey- são as porções terminais das fibras
principais que se insere no cemento e no osso.

Distribuição das principais fibras do ligamento periodontal

- Transeptal
- Crista alveolar
- Horizontal
- Obliqua
- Apical
- Inter-radicular

 Grupo transeptal: estendem-se interproximalmente sobre a crista alveolar e estão


inseridas no cemento de dentes adjacentes. Elas são reconstruídas mesmo após perda
óssea alveolar pela doença periodontal. Como não possuem inserção óssea, podem ser
consideradas como pertencentes da gengiva.
 Grupos da crista alveolar: estendem-se obliquamente, desde o cemento,
imediatamente abaixo do epitélio juncional, ate a crista alveolar. Elas previnem a extrusão
do dente, oferecendo resistência aos movimentos laterais do elemento dental.
A incisão dessas fibras não aumenta significativamente a mobilidade do dente.
 Grupo horizontal: estas fibras estendem-se formando um ângulo reto com o longo eixo
do dente e vão desde o cemento ate o osso alveolar.
 Grupo obliquo: representam o maior grupo de fibras do ligamento periodontal e
estendem-se obliquamente em direção coronal desde o cemento ate o osso.
Esse grupo suporta o impacto vertical das forças de mastigação, transformando-o em
tensão para o osso alveolar. Principal fibra!
 Grupo apical: as fibras apicais irradiam-se do cemento ao osso alveolar no fundo do
alvéolo.
 Fibras inter-radiculares: tais fibras estendem-se em forma de leque do cemento ao
dente, em áreas de furca de dentes multirradiculares.
.

Células:
 Fibroblastos- renovação do colágeno; (resistência e flexibilidade)
 Osteoblastos- revestem a superfície óssea;
 Cementoblastos- revestem a superfície do cemento;
 Osteoclastos- associadas com a reabsorção do osso;
 Células nervosas.

Funções do ligamento periodontal:


 Permite que as forças produzidas durante a mastigação sejam dissipadas pelo
processo alveolar  Mobilidade dentaria.
 Proporcionar um involucro de tecidos moles para proteger os vasos e nervos de
lesões por forças mecânicas.
 Transmite forças oclusais ao osso. Fixa o dente ao osso.
 Mantem os tecidos gengivais em suas relações adequadas aos dentes.
 Resiste ao impacto das forças oclusais (absorção de choques).
 Fornece nutrientes para o cemento, osso e gengiva através dos vasos sanguíneos.
 Propseção. (quando esta mastigando e morde uma pedra no feijão, estimulo de não
morder)
Altamente vascularizado, tanto que 10% do seu volume é composto por vasos sanguíneos.
OSSO ALVEOLAR: é definido como as partes da maxila e da mandíbula que formam os
alvéolos dos dentes e dão suporte a esses alvéolos.
Em conjunto com cemento radicular e o ligamento periodontal, constitui o aparelho de
inserção dos dentes, cuja função principal é distribuir e absorver as forças que são
geradas.
Processo alveolar: porção externa de osso cortical formada de osso haversiano e lamelas
ósseas compactas.

CEMENTO RADICULAR: tecido calcificado especializado que recobre as superfícies


radiculares dos dentes. Não contem vasos sanguíneos, linfático ou inervação.
Hidroxiapatita (65% peso).
Funções: insere as fibras do ligamento periodontal na raiz. Reparo após danos a superfície
celular.
É um tecido mesenquimal calcificado e avascular que forma a camada mais externa da raiz
anatômica  cemento acelular- primário. Cemento celular- secundário. Ambos possuem
cementoblasto.

Cemento acelular: É o primeiro a ser formado e recobre o terço cervical e médio da


raiz ou aproximadamente metade da raiz. Ele não contem células (cementocitos)
Esse cemento é formado antes que o dente alcance o plano oclusal e sua espessura varia
de 30 a 230 μm. Associado a formação da raiz e erupção.
As fibras de Sharpey constituem a maior parte do cemento acelular, que tem como
principal função suporte do dente.

Cemento celular: terço apical das raizes e nas áreas de furca; estratificado misto:
fibras extrínsecas e intrínsecas. Formado após a raiz alcançar o plano oclusal, é mais
irregular e contem células (cementocitos) em lacunas, que se comunicam entre si através
de um sistema de canalículos que fazem anastomose. É associado ao contato oclusal e as
demandas funcionais.
Sistemas de fibras:
Extrínseco: fibras de Sharpey; produzidas pelos fibroblastos do ligamento
periodontal.
Intrínseco: produzido pelos cementoblastos.
Junção amelocementaria (JAC): é a união entre a esmalte da coroa dentaria e o
cemento da raiz. Tem uma importância clinica em procedimentos de raspagem. Possui 3
tipos de relação envolvendo a posição da JAC.
60% a 65% dos casos- cemento sobrepõe-se ao esmalte. 30% união é topo a topo. 5% a
10% não há união entre o cemento e esmalte.

HIPERCEMENTOSE: refere-se a um espessamento do cemento, com deposição de


cemento acelular no ápice da raiz do dente. O ligamento periodontal não perde sua função,
porem sua presença dificulta a extração do dente. Excesso de cemento na raiz está
associado à idade, podendo ser localizado em um dente ou afetar toda a dentição.
Matriz Matriz Água
Organica Inorganica
Esmalte 0,2% 86% 12%
Dentina 18% 70% 12%
Cemento 23% 65% 12%
Osso 25% 60% 15%

CLASSIFICAÇÃO DAS DOENÇAS PERIODONTAIS

Critérios das classificações:


 Etiologia. Características Clínicas. Características Radiográficas. Características
Microbiológicas. Características Histopatológicas. Resposta do Hospedeiro

Classificações propostas
 John hunter- 1771/ 1802. Orban- 1942. Carranza & carranza- 1959. Oms- 1961. Suzuki-
1988. Ramjord & ash -1991. Ranney- 1993. Genco, goldman e cohen- 1993
 A.a.p - 1986/ 1989/ 1999.
 Todescan -1995/ 2001

Classificação das doenças periodontais da AAP, 1989.


I.Periodontite do Adulto (mais de 35 anos)
II.Periodontite de Inicio Precoce (menos de 35 anos)
A. Periodontite Pré-puberal: Generalizada. Localizada
B. Periodontite Juvenil: Generalizada. Localizada
C. Periodontite de Rápida Progressão
III. Periodontite Associada a Doenças Sistêmicas
IV. Periodontite Ulcerativa Necrosante
V. Periodontite Refratária

Classificação das doenças periodontais e condições 1999


I.Doenças Gengivais
-Induzida pela placa
-Não induzida pela placa
II. Doenças Periodontais
-Periodontite Crônica
-Periodontite Agressiva
-Periodontite como manifestação de doenças sistêmicas
-Doenças Periodontais Necrosantes (GUN, PUN)
-Abcessos Periodontais
-Periodontite associada a lesões endoperio
-Condições e Deformidades Congênitas ou Adquiridas (deformidades
mucogengivais, trauma oclusal...)

MODIFICAÇÕES CONCEITUAIS -(AAP -1989/ 1999)


 Inclusão das doenças gengivais
 Periodontite do adulto  periodontite crônica (sem idade dependente)
 Periodontite início precoce  periodontite agressiva (localizadas / generalizadas)
 Eliminação periodontite refratária como entidade distinta
 Periodontite como Manifestação de Doença Sistêmica
 Reunião de GUNA e PUNA  Doenças Periodontais Necrosantes
 Categoria de Abscessos Periodontais (Gengivais/ Periodontais + Pericoronarites)
 Categoria de Lesões Combinadas Periodontais-Endodônticas
 Categoria de Deformidades e Condições de Desenvolvimento ou Adquirida
A) Fatores relacionados ao dente
b) Def. E Cond. Mucogengivais (dente e rebordos)
c) Trauma oclusal primário e Secundário

DOENÇAS GENGIVAIS INDUZIDAS PELA PLACA


Gengivites induzidas somente pela placa (com ou sem fatores locais associados)
-Associada ao periodonto que não exibe perda óssea
-Associada ao periodonto sadio, porém reduzido
Sinais clínicos da inflamação (gengivite ): sinais visuais: vermelhidão, edema, flacidez.
Sangramento ao estimulo. Exsudato ligeiramente aumentado.

Características da gengivite induzida pela placa


-Presença de placa na margem gengival. Doença começa na margem gengival
-Alteração de cor e contorno gengival
-Mudança da temperatura sulcular (ligeiramente aumentada)
-Sangramento ao toque
-Ausência de perda de inserção. Ausência de perda óssea
-Mudanças histológicas
-Reversível com a remoção da placa
-Possível papel como precursor da perda de inserção em volta dos dentes

Modificadas por fatores sistêmicos


Associadas ao sistema endócrino : Gengivite associada à puberdade. Gengivite associada
a ciclo menstrual. Gengivite associada à gravidez
Associada a medicamentos: Aumento gengival influenciado por droga. Gengivite associada
a anticoncepcional
Associadas a doenças sistêmicas: Gengivite associada ao diabetes. Gengivite associada à
Leucemia
Associada a má nutrição: Gengivite por deficiência de ácido ascórbico

PERIODONTITE CRÔNICA
Considera-se que a periodontite crônica inicia-se como uma gengivite induzida por placa,
uma condição reversível que, sem tratamento, pode progredir para periodontite crônica. As
lesões da periodontite crônica incluem perda de inserção e perda óssea, e são
consideradas como irreversíveis. -Caracterizada pela extensão e severidade
 Localizada
 Generalizada

Periodontite Crônica Localizada <30 % DE SÍTIOS AFETADOS


Periodontite Crônica Generalizada> 30 % DE SÍTIOS AFETADOS

De acordo com a severidade:


Leve = 1 a 2 mm de perda de inserção.
Moderada= 3 a 4mm de perda de inserção
Severa= >- a 5 mm de perda de inserção

Características e aspectos clínicos:


 Lento a moderado padrão de progressão
 Pode haver períodos de progressão rápida
 Pode ser classificada por sua extensão e severidade
 Pode ser associada com fatores locais predisponentes
 Pode ser modificada ou associada a fatores sistêmicos
 Pode ser modificada por outros fatores como por exemplo fumo e estresse
 Maior prevalência em adultos podendo acometer crianças e adolescentes
 Extensão da destruição é consistente com a presença de fatores locais
 Calculo sub gengival é achado frequente
 Associada com padrões microbiológicos variáveis

PERIODONTITE AGRESSIVA
" É um tipo específico de Periodontite, um com achados clínicos e laboratoriais claramente
identificados, que a tornam suficientemente diferente da Periodontite Crônica.”

- Localizada. – Generalizada

Características: (Localizadas e Generalizadas)


Mais Comuns:
 Pacientes clinicamente saudáveis
 Rápida perda de inserção e osso
 Tendência familiar
Secundárias:
 Quantidade de placa inconsistente com severidade de destruição
 Progressão da perda de inserção e osso podem cessar espontaneamente
Periodontite Agressiva Localizada
Características
 Início no período Puberal
 Forte resposta de anticorpos
 Localizada nos primeiros molares / incisivos, com perda de inserção proximal em
pelo menos 2 dentes, um dos quais o primeiro molar
 Envolver não mais que 2 outros dentes

Periodontite Agressiva Generalizada


Características
 Afeta usualmente pessoas abaixo de 30 anos, mas os pacientes podem ser mais
velhos
 Resposta pobre de anticorpos
 Declarada natureza episódica da destruição da inserção e osso alveolar
 Perda de inserção interproximal generalizada em pelo menos 3 dentes
permanentes, além dos primeiros molares e incisivos

EX: periodontite agressiva: a pessoa escova bem os dentes- fator genético, biofilme não é
compatível com a doença periodontal dele.

PERIODONTITE COMO MANIFESTAÇÃO DE DOENÇAS SISTÊMICAS


Associada com Distúrbios Hematológicos:
 Neutropenia Adquirida
 Leucemias
 Outros
Associada com Distúrbios Genéticos:
 Neutropenia Familiar e Cíclica
 Síndrome de DOWN
 Deficiência de Adesão de Leucócitos (DAL)
 Síndrome de PAPILLON LÈVEFRE
 Síndrome CHEDIAK HIGASHI
 Síndromes de Histiocitose
 Doença retentiva de Glicogênio
 Agranulocitose Genética Infantil
 Síndrome de COHEN
 Síndrome de EHLERS-DANLOS (Tipos IV e VIII)
 Hipofosfatasia
 Outras

DOENÇA PERIODONTAL NECROTIZANTE


 Gengivite ulcerativa necrotizante (gun)
 Periodontite ulcerativa necrotizante (pun)
Gengivite ulcerativa necrotizante (gun)
Necrose gengival, com papilas "removidas". Sangramento gengival (provocado ou
espontâneo). DOR. Odor fétido e formação de pseudomembrana (sec.). Estresse
emocional, dieta pobre. Fumo e infecção pelo HIV. Bactérias fusiformes, Prevotela
intermedia e Spiroquetas (tem sido associadas)

Periodontite ulcerativa necrotizante (pun)


Necrose dos tecidos gengivais, ligamento periodontal e osso. Observadas em indivíduos
com condições sistêmicas incluindo hiv (não limitada). Má-nutrição severa e
imunossupressão

ABCESSOS DO PERIODONTO
 Abcesso Gengival: Infecção purulenta localizada na gengiva marginal e papilar

 Abcesso Periodontal: Infecção purulenta localizada nos tecidos adjacentes à bolsa


periodontal. Pode levar à destruição do ligamento e osso alveolar
 Abcesso Pericoronário: Infecção purulenta localizada nos tecidos em volta de
dentes parcialmente erupcionados

PERICORONARITE
Características Clínicas: Capuz com coloração avermelhada, edemaciado. Dores
localizadas ou irradiadas. Supuração e áreas de ulceração. Odor fétido, trismo, linfadenite

Periodontite associadas com lesões endodônticas


Lesão periodontal-endodôntica combinada

DEFORMIDADES E CONDIÇÕES DESENVOLVIDAS OU ADQUIRIDAS


 Fatores localizados em relação ao dente que modificam ou predispõem à doença
gengival /periodontite placa-induzidas
 Fatores anatômicos do dente. Restaurações ou aplicações dentais. Fraturas
radiculares. Reabsorções radiculares cervicais e rupturas do cemento

 Deformidades mucogengivais e condições em volta dos dentes


 Recessão gengival / tecido mole (face livre ou papilar). Falta de gengiva
queratinizada. Profundidade diminuída do vestíbulo. Posições anormais de freios e
músculos. Excesso gengival (Falsas bolsas, Margem gengival inconsistente,
Desenvolvimento gengival excessivo.

Recessão gengival
Características: Retração da gengiva. Exposição cementária. Ausência de bolsas/rasas.
Coloração normal geng. Remanescente. Presença lâmina dura

Trauma oclusal
 Trauma Oclusal Primário
 Trauma Oclusal Secundário

Características das forças: Intensidade. Direção. Frequência. Duração

ETIOLOGIA DAS DOENÇAS PERIODONTAIS


Fatores etiológicos:
Fatores determinantes: é imperativo para que a doença ocorra.
Fatores predisponentes: interferem direta ou indiretamente na retenção de placa,
facilitando a instalação e progressão da doença periodontal.
Fatores modificadores: agem modificando o curso da doença, podendo piorar ou proteger,
e podem ser locais ou ambientais e sistêmicos.

Fator determinante: placa bacteriana ou biofilme.


Comunidade microbiana que se forma sobre os dentes e outras superfícies não-renováveis
presentes na cavidade bucal (implantes, coroa unitária, aparelho ortodôntico). Apresenta
metabolismo próprio, e sistema de informação incipiente, sendo capazes de troca de
informação entre as colônias.
Matéria alba: acumulação leve de bactérias e células que não fazem parte de uma
estrutura organizada e pode ser facilmente removida com jato de agua.
Calculo: deposito duro de placa calcificada, coberto por placa não-mineralizada.
Placa bacteriana mineralizada que se forma sobre a superfície de dentes, próteses,
restaurações. Superfície porosa dificulta higienização.

Fatores predisponentes: fatores que facilitam o acumulo de tártaro.


 Margem de restauração. Prótese mal adaptadas. Materiais dentais pouco polidos.
Dentes apinhados. Aparelho ortodôntico. Tabagismo. Má higiene. Carie. Dente giro vertido.

Fatores modificadores: respiração bucal. Medicamentos (anticonvulsivantes,


anticoncepcionais). Diabetes. Aids. Fatores genéticos. Estresse.

DOENÇAS PERIODONTAIS- resumo: As mais comuns são a gengivite e a periodontite


e caracterizam-se por processos inflamatórios que, no caso da gengivite não há alteração
óssea, enquanto que na periodontite leva à reabsorção do osso alveolar.
O agente causador da doença é a placa bacteriana que se acumula sobre as superfícies
do esmalte dentaria e no sulco gengival, devido a má higienização. Com a evolução da
inflamação gengival, as fibras e tecidos que suportam os dentes são comprometidos.
Como decorrência, os dentes podem ficar com mobilidade é a conhecida reabsorção
óssea. Conforme o grau de destruição óssea pode ocorrer a perda dos dentes sem
nenhuma sintomatologia dolorosa.
A gengivite é um pré-requisito para o estabelecimento de uma periodontite, mas nem
toda a gengivite evolui para uma periodontite.

Periodontite: destruição irreversível. Perda de inserção (destruição tecidual + reabsorção


óssea)
GENGIVITE: destruição reversível. Restrita ao tecido mole. É uma doença causada pela
placa bacteriana, é uma inflamação da gengiva, seguida de dor e sangramento, muitas
vezes, causado por placa bacteriana e calculo dental.
É um processo inflamatório decorrente da presença do biofilme supragengival. Caracteriza-
se por gengivas sangrantes e vermelhas. Não apresenta perda das estruturas que
suportam os dentes/tecido ósseo. O tratamento é controle do biofilme supragengival.
Características clinicas: tecido gengival vermelho e esponjoso, sangramento a um
estimulo, alterações no contorno da gengiva e presença de calculo ou placa sem
evidencias radiográficas de perda óssea na crista alveolar.
Pode ser generalizada ou localizada.

Alterações de cor da gengiva: a cor da gengiva é determinada por diversos fatores,


incluindo o numero e tamanho de vasos sanguíneos, a espessura epitelial, a quantidade de
queratinização e os pigmentos no interior do epitélio.
A cor normal da gengiva é o “rosa coral” gerado pela vascularidade do tecido e
modificado pelas camadas epiteliais sobrepostas.

Por isso, a gengiva torna-se vermelha quando a vascularização aumenta ou quando o grau
de queratinização epitelial é reduzido ou desaparece.

Alterações na textura superficial da gengiva: a superfície da gengiva normal geralmente


apresenta muitas depressões e elevações de pequeno tamanho, dando ao tecido uma
aparência de casca de laranja, chamado de pontilhado.

Gengiva saudável: coloração rosa pálido, contorno festonado, consistência firme, aspecto
de casca de laranja, opaca e ausência de sangramento.

Estabelecimento de sinais clínicos de gengivite: após 10-20 dias de não higienização,


existe variação entre indivíduos.

Sinais clínicos: vermelhidão, tumefação, maior tendência ao sangramento, característica


de reversibilidade.
GENGIVITES NÃO INDUZIDAS POR PLACA: deficiência nutricional. Induzida por
fármacos: anticonvulsivante, anti-hipertensivos, imunossupressores. Reações alérgicas.
Injurias traumáticas.
Tratamento: remoção ou tratamento de fatores retentivos de placa. Raspagem e polimento
supra gengival profissional. Ações educativas para controle de placa. Monitoramento e
controle dos fatores de risco como diabetes, gravidez, alterações hormonais, entre outros.
Em caso da gengivite estar relacionada com fatores sistêmicos ou medicamentosos, deve
ser avaliada a possibilidade de intervenção sobre esses fatores.
O principal autocuidado com a saúde bucal é a higienização dos dentes
diariamente, que tem como objetivo a remoção do biofilme supragengival.

Características histopatológicas da gengivite: a exposição do organismo, à placa


dental, promove alterações no complexo vascular gengival, tanto no tecido conjuntivo,
quanto no epitélio juncional  e essas alterações são responsáveis pelas alterações
clinicas.

Alterações vasculares: dilatação dos vasos sanguíneos. Aumento da permeabilidade.


Infiltração de leucócitos. Aumento do fluxo sanguíneo no local aumento da inflamação

GENGIVITE ULCERATIVA NECROSANTE - Características


Presença de pseudo membranas cinza, depressão ou ulceração nas papilas, dolorosa, não
tem febre no estágio inicial, possui prostaglandinas- mediador químico, sangramento.

INSTRUMENTAÇÃO
Sonda periodontal: p/ sondagem e medição. Profundidade de bolsa e perda de inserção.
Sonda de Nabers: para região de lesões de furca.
Curetas: Emprego de somente um ângulo de corte 70º-80ª. Tipos:
Curetas McCall:
- Nº 13/14  Todas as faces dos dentes anteriores
- Nº 17/18 e 19-20  Todas as faces dos dentes posteriores

Cureta Gracey:
•Nº 1 –2 e Nº 3 -4  Dentes anteriores
•Nº 5 -6  Dentes anteriores e pré-molares
•Nº 7 -8 e Nº 9 -10  Dentes posteriores -V e L
•Nº 11 –12  Dentes posteriores –mesial
•Nº 13 -14  Dentes posteriores –distal

Curetas gracey after-five: inclusão de lamina mais fina para melhor alisamento subgengival
e menor dilaceração tecidual, com haste mais afilada e alongada, haste terminal 3mm mais
longa, lamina mais fina

Curetas gracey mini-five: desenho para acabamento. Com hastes mais flexíveis,
apropriadas para raspagem suave, remoção de placa de pacientes em manutenção e
bolsas estreitas e profundas. Lamina equivalente a metade da lamina da after five ou das
tradicionais

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