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Faculdade Dom Alberto

Grupo Educacional Faveni


Polo Educacional – Vila Caquetá
Curso de Graduação – Letras/Inglês

ANDRÉ LUCAS DOS SANTOS RICARDO

Turores (as): João Rodrigues Santana


Keila Regiane Jardim Chieli da Silva

Seminario Presencial III: Educação Inclusiva – Avanços e Desafios

Porto Acre – AC
2020
“Educação é o ponto em que decidimos se amamos o
mundo o bastante para assumirmos a responsabilidade por
ele.”

Hannah Arendt
Seminario Presencial III: Educação Inclusiva – Avanços e Desafios

O presente artigo tem por objetivo explanar pontos pertinentes, ainda


evidenciados e questionados com relação a educação inclusiva, suas caracteristicas e
dificuldades, que ano após ano vem sido discutidas em seminarios, palestras e
simposios.
Embora a educação inclusiva não nos deixe claro seu significado, é plausivel e
gritante a sua significancia no que tange a incluir crianças com deficiencia na
modalidade de ensino regular, pode-se intender não só como inclusão mas
pricipalmente como garantir o direito basico de toda criança, protegido por lei federal
da nossa constituição (Constituição Brasileira e ECA).

“ O estatuto da Criança e do Adolescente


regulamentou o artigo 227 da constituição
federal que atribuiu à criança e ao
Adolescente, prioridade absoluta no
atendimento aos seus direitos como cidadãos
brasileiros.” ECA

Capitulo IV do direito à educação, à cultura,


ao esporte e ao lazer – Art.53° A criança e o
Adolescente têm direito à educação, visando
ao pleno desenvolvimento de sua pessoa […]
Assim como a criança dita “ Normal” pela sociedade tem direitos, a criança e o
Adolescente com deficiencias, seja ela qual for também tem esse direito, já assistidos
pela lei ora mencionada no paragrafo acima, e se por alguma razão não for o
suficiente, vale ressaltar aqui que essa mesma lei afirma que é dever do estado
garantir “ atendimento especializado aos portadores com deficiencia
preferencialmente na rede regular de ensino.
Ao logo dos anos a educação foi tratada como uma formadora de opiniões,
contudo, é preciso antes de mas nada sanar problemas evidenciados e negligenciados,
veja bem, até um certo tempo atras não era permitido crianças ou adolescentes que
tivesse deficiencias mentais em sala de aula regular, isso incluindo os Autistas, porém
com o passar dos anos e avanços da tecnologia ficou mais comum termos estudantes
inclusos por assim dizer, contudo, ao mesmo tempo em que aumenta inclusão,
aumenta também a falta de profissionais capacitados adequadamente para este fim.
A Falta de Qualificação não deve ser vista como um problema, mas como um
amontoado de desafios vivenciados na educação, e pricipalmente na educação
inclusiva, um dos grandes vilões é a falta de infraestrutura predial, poucas escolas ou
instituições de ensino estão aptas a receber um adolescente ou uma criança com
deficiencia, a falta de ascesso adequado, sinalização, são caracterisitcas comuns da
vivencia em escolas do nosso Brasil.
“Eu trabalho em uma escola da rede municipal
de ensino regular, ela possui duas salas de
aulas, um total de 120 aluno, de pré escola
entre 04 e 05 anos de idade, o nosso predio
tem dois andares cujo o ascesso ao segundo
piso é uma escada espiral de 78 degraus.”
O relato acima é de um profissional preocupado, contudo a prefeitura pouco
demostrou enteresse por este problema e assim acontece em muitas instiuições de
ensino, tal escola como esta do relato enfrenta o dilema aceitar ou não aceitar uma
criança com de mobilidade, ficou claro e evidente que este é um problema serio da
educação inclusiva, não podemos também aqui dizer a educação inclusiva é um
problema, é ir loge de mais, mas é preciso salientar que existe problemas reais como
estes além da falta de profissionais.
A Educação inclusiva tem sim avançado bastante ao longo dos anos, mas este
avanço tem sido a passos lentos e curtos, pois tomamos por exemplo a escola citada
no relato, e partimos da primicia de que esta escola possua dez crianças pequenas
com deficiencia, a lei regulamentar do mec diz que cada criança deficiente conta-se
por duas, cada sala de aula então fica com duas crianças em dois turnos a contar com
uma professora, uma auxiliar de desenvolvimento infantil, uma mediadora e uma
assistente educacional, serão quatro profissionais em uma sala com quarenta alunos,
embora a lei só permita vinte e cinco, esta é uma caracteristica classica da educação
em si, não só da educação inclusiva.
Somos diferentes, temos os mesmos
direitos e a escola é para todos. Sabemos e
concordamos com esses princípios. Entretanto,
quando estamos envolvidos nas tarefas
cotidianas na escola, às vezes nos sentimos
impelidos a repetir repertórios e ferramentas
com os quais nos sentimos mais seguros, pois
fomos forjados a partir deles. Nesse sentido,
vale dizer que os estudantes público-alvo da
modalidade de educação especial estão em
desvantagem porque em nossa formação foram
raros os momentos que pudemos conviver e
estudar com pessoas com deficiência,
transtorno do espectro autista (TEA) e altas
habilidades ou superdotação.
Se a educação tem como objetivos
desenvolver as potencialidades e capacidades,
preparar para o exercício laboral e para ser
cidadã(o), é imprescindível romper com os
preconceitos e compreender as diferentes
características como valor e não como
problemas a serem sanados. Os princípios não
são negociáveis. As atitudes sim, são passiveis
de mudança. Esse é o desafio. (Liliane
Garcez é mestre em educação)
A educação inclusiva avança em direção ao futuro, com brilhantismo real, e as
tecnologias tambem, mas é preciso ter um olhar mais critico e construtivo,
principalmente para as dificuldades que ao longo dos anos tem se mostrado cada vez
mais evidentes, e isso é resultado do descaso do poder publico com relação à
educação, tanto na má formação do profissional como tambem na elaboração de um
ambiente sauldavel e acolhedor para receber nossas crianças e adolescentes.
Atuar no campo educacional a partir dos
princípios da inclusão é uma chance que os
educadores têm de reorganizar as escolas com
o objetivo de garantir e qualificar socialmente
o acesso de todas e todos às oportunidades
educacionais e sociais. Os desafios aparecem
nas relações entre pessoas diferentes
convivendo no espaço comum. Fazer a escola
para todos é aceitar o desafio de reinventar
cotidianamente o mundo em que vivemos!
(Liliane Garcez é mestre em
educação)
Resumidamente, a escola como instituição social tem como tarefa a transmissão e a
veiculação de saberes e práticas para todos (qualidade social). Por meio das relações
de diálogo e da criação de vínculos e tendo a diversidade como valor, trabalha no
sentido de romper com a lógica da exclusão e da homogeneização. Ou seja, seu papel
principal é formar as crianças para a tarefa de renovar um mundo que está ainda
repleto de situações de exclusão. Nessa perspectiva, são pressupostos que o processo
de aprendizagem de cada criança é singular, que toda a criança aprende e que todas
são importantes para o processo de construção de conhecimento no ambiente escolar.
A educação inclusiva diz respeito a todas e todos! todos é aceitar o desafio de
reinventar cotidianamente o mundo em que vivemos! (Liliane Garcez é mestre em
educação).

Portanto conclui-se que a educação inclusiva é um grande achado para


educação, mas é preciso que nossos governantes atente-se com olhar humano para
nossas escolas, para a infraestrutura, e paraa formação de competentes profissionais,
dê valor a eles, tanto patrimonial como constitucional, a saber que um agrega o valor
ao outro. “Os avanços nos marcos legais são inegáveis e apontam para a
necessidade de mudar a escola para além de modelos “normatizantes” que são
geradores de exclusão” (citação de Liliane Garcez)
Bibliografia

A Declaração de Salamanca (1994) Site externo

Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência (2006) Site externo

O Instituto Rodrigo Mendes Site externo

políticas públicas

Conanda – Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente

Política Nacional de Educação Especial na perspectiva da Educação


Inclusiva (2008) Site externo

gestão escolar

Liliane Garcez é mestre em educação, licenciada em psicologia pela Universidade de


São Paulo (USP) e administradora pública pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).
Atua como gerente de programas no Instituto Rodrigo Mendes.

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