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Docente

INTRODUÇÃO

Alexandre Falcão Costa Lopes, nascido a 27 de Junho de 1967, no Lobito, Angola,


licenciou-se pela Faculdade de Arquitectura da Universidade Técnica de Lisboa, em 1994. Por essa
altura já tinha colaborado com o Atelier Intergaup e entrado no seu primeiro projeto como
associado, o Atelier Conjunto – Estudos Projectos. Terminado o curso, integra, por um breve
período, o Atelier do Monte e volta a colaborar com a Intergaup.
Em 1994, funda a Alexandre Costa Lopes, Arquitectos Associados que, em 1999,
dá lugar ao CLCS – Arquitectos Associados. Quatro anos mais tarde, em 2003, regressa a Angola
para criar, com o irmão António Falcão Costa Lopes, a Costa Lopes Arquitectos Associados, que
hoje se assume como um dos Ateliers de maior referência no país.
Atelier De Arquitetura
COSTALOPES é um escritório de arquitectura sedeado em Luanda (Angola) e liderado por
Alexandre e António Falcão Costa Lopes. Com uma equipa multidisciplinar, entre arquitectos,
urbanistas, engenheiros e designers, actua nos âmbitos da arquitectura, urbanismo, paisagismo e
interiorismo, desde grandes intervenções territoriais e empreendimentos urbanos até habitações
unifamiliares.
Os seus projectos, para além de diferentes escalas, programas, sítios, materiais, clientes e
utilizadores – são sempre equacionados como um processo que pressiona investigação, imaginação,
aproximações comuns e condições locais de modo a enfrentar os desafios constantes da vida
contemporânea. A ampla experiência em Angola habilita-os a lidar com qualquer problema em
qualquer parte do mundo.

Alexandre Costa Lopes:


“Life inspired. Acreditamos em projetos abertos, ancorados nas culturas locais, ampliados pelos
recursos mundiais e enraizados numa ética traduzida em espaço público, vida coletiva e felicidade
partilhada. Orgulhamo-nos em participar no despertar da arquitectura africana e, a partir de Angola,
em responder a problemas noutros continentes”
Atelier Costa Lopes projetos:

1º Congresso
Endereço: Avenida do 1º Congresso do MPLA, Luanda, Angola.
Ano: 2013

A Torre 1º Congresso assume destaque na baixa de Luanda e remate sobre o Largo Lumeji.
A volumetria revela suave e sóbrio dinamismo formal, imprimindo uma forte carga plástica na sua
identidade urbana. O embasamento, na sua geometria vidrada, contrasta com o volume dinâmico e
ondulante da torre. Comporta uma agência bancária, um auditório e uma galeria de arte, apoiados
por uma cafetaria. Abaixo deste nível acomodam-se cinco pisos subterrâneos destinados a
estacionamento e áreas técnicas. A torre é composta por pisos de escritórios (pisos 3 a 5, 9 a 16 e 18
a 21), em open-space, intercalados por pisos técnicos, com equipamento lúdico, de segurança e
funcionalidade complementar (pisos 2, 7, 17 e 25). O topo da torre é coroado pelos pisos da
Administração (pisos 22 a 24) onde também se situam áreas administrativas e um restaurante. A
soma das distintas silhuetas rítmicas da platibanda de cada piso resulta num todo volumétrico que
institui uma elegante presença identitária no sky-line da cidade, sendo esta singularidade
feericamente avivada e exortada pela iluminação nocturna.
Immeuble Congo
Localização: Brazzaville, D.R. Congo
Ano: 2010

Área Construção: 9 485 m²

O Immeuble Congo situa-se em Brazzaville, a capital da República do Congo. É a sua maior cidade
(aproximadamente 9 milhões de habitantes), e localiza-se no sudeste do país, na margem norte do
Rio Congo. Conurbada com Kinshasa (capital da República Democrática do Congo, anteriormente
conhecida por Zaire), é dos únicos locais do mundo onde duas capitais nacionais se defrontam em
margens opostas de um rio. Com a forma de um cubo perfeito de 32x32x32 metros, o programa
contempla um misto de habitação e escritórios, distribuídos por um total de 8 pisos. A área de
implantação corresponde a 960 m², enquanto a área de construção perfaz 9 485 m². O primeiro piso
(estacionamento, áreas técnicas e distribuições) é semi-enterrado por modo a estabelecer uma
relação permanente com a envolvente exterior e rentabilizar as circulações interiores de veículos e
pessoas. Os espaços comerciais encontram-se distribuídos no topo do gaveto e contêm um duplo pé
direito, o que permite uma maior exploração do espaço e ampliação da relação com o exterior. A
área de habitação foi orientada com as margens do rio, permitindo aos habitantes o desfrute da
serenidade e comunhão com a Natureza. Em oposição, colocaram-se as áreas destinadas a
escritórios, direccionadas para a cidade e aeroporto, compondo uma ligação de carácter mais urbano
e empresarial. A unir os dois espaços de enquadramentos distintos, estão as áreas de circulação,
distribuição e espaços técnicos (que se propõe como comuns, para efeitos de rentabilização infra-
estrutural e funcional).
Solar Village
Endereço: Estrada Nacional 110, Catete, Angola
Ano: 2012

A Aldeia Solar situa-se nas margens do lago Lalama, na Comuna do Cabiri, a cerca de 50 km da
capital. Sobre uma linha de cumeeira com largura suficiente para a sua implantação, cerca de 100
hectares, está preparada para receber cerca de 500 famílias de baixos rendimentos que subsistem
maioritariamente da actividade agrícola. No cruzamento entre a estrada Funda-Catete e uma via
local, toma-se uma estrada de terra ligeiramente ondeada, onde a sua cor ocre contrasta com a
frescura verde do capim-limão que a delimita e acompanha. Lentamente, as baixas coberturas, com
apenas uma água e múltiplas orientações, surgem por entre a topografia suavemente ondulada,
escoltadas pelas verdes raízes invertidas dos embondeiros que ali crescem há centenas de anos.
Cada casa (composta por 3 a 5 divisões, w.c. e bancada de cozinha), distende-se na garantia de auto-
sustentabilidade das famílias através das lavras (cada lote perfaz 210 m² para criar animais, plantar
árvores e vegetais). Através de inúmeros equipamentos de encontro colectivo (escola, centro
comunitário, centro de ofícios, posto de saúde, mercado ao ar livre, anfiteatro, campos de jogos,
espaços de comércio e hortas colectivas), é enaltecida a comunhão humana.
Margem Da Baía De Luanda

Localização: Luanda, Angola


Ano: 2013

A Baía de Luanda deu origem à marginal marítima e respectiva orla urbana da capital de Angola,
uma das suas matrizes fundacionais, que, ao longo do tempo, tem sido o principal espaço público da
cidade e o epicentro social e económico do país. Foi a partir da marginal que surgiu a cidade baixa
e, depois desta, as principais redes e vias de expansão urbana. Diante da actual e rapidíssima
transformação da cidade baixa, o projecto da nova Marginal de Luanda procura salvaguardar esta
matriz urbana legitimada pelo tempo, reestruturando vasta extensão da frente marítima e
revitalizando uma dimensão pública que, de certo modo, havia já desaparecido. Com cerca de 3 500
m de extensão e 510 000 m² de espaço de intervenção em novos aterros, transforma-se o antigo
passeio marítimo num grande parque urbano, agora mais capaz de servir o encontro e a vitalidade
da vida colectiva luandense. Admite-se, também, que, por capilaridade, a nova marginal possa
contaminar, a partir de si mesma, os espaços públicos adjacentes e, a partir destes, os demais da
cidade. A intervenção, para além de novas infraestruturas, compreende estrutura verde com
arborização, percursos pedonais e cicláveis, e um conjunto de espaços que estabelecem ligação com
o sistema espacial público da cidade: pontos de concentração cívica, praças e espaços de estadia,
equipamentos e mobiliário urbano, ou áreas de convívio e serviços que permitem maior interacção
social, dinamização recreativa e actividade cultural. Neste quadro, a nova Marginal de Luanda tem
um alcance monumental, se por monumento considerarmos a comemoração de toda a cidade no
espaço mais representativo, identitário e carismático da sua vida e história colectivas. Com a
Marginal da Baía de Luanda, COSTALOPES (com o ateliê de arquitectura paisagista Landplan) foi
seleccionado para a exposição "100 Arquitectos do Ano 2015", organizada pelo Instituto Coreano
de Arquitectos (KIA) com o apoio da União Internacional de Arquitectos (UIA).

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