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autora, exceto em citações breves com indicação da fonte. (Lei nº 9.610 de
19.02.1998). Todos os direitos reservados.

Título: Inteligência Emocional


Subtítulo: Como Fazer Boas Escolhas Emocionais
Autor: SILVA, CRISTIANE da
Edição: 1ª edição - 2021
Local: Jundiaí, SP

Todos os direitos desta edição reservados à

INSTITUTO CRISTIANE SILVA LTDA.


cursos@institutocristianesilva.com.br
www.institutocristianesilva.com.br

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"O que nos define é a forma como trilhamos o nosso caminho”
Cristiane Silva
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Sobre a Autora

Psicanalista e Escritora

Sou uma pessoa comum que busca sempre por autoconhecimento, autoconsciência
e autorrealização. Minha vida sempre foi uma jornada de autossuperação, aprendi
como identificar meus potenciais e viver com mais propósito, hoje ajudo as pessoas
a ressignificar suas crenças para viver uma vida extraordinária!

Depois de muito estudo, cursos e formações sobre neurociência, psicoterapias,


coaching e comportamento humano, desenvolvi o Método de Transformação
Inconsciente, encontrei técnicas e ferramentas práticas que fazem toda a diferença
no dia a dia, e me tornei uma especialista em Cocriar e Transformar Vidas.

Atuo como Psicanalista e Escritora. Sou uma profissional que se dedica a apoiar e
Transformar Vidas em Propósito, com base nos princípios de Identidade,
Capacidade e Merecimento (ICM), ensinando que é possível reconhecer sua
essência, ressignificar crenças e criar uma vida extraordinária!

Meus Valores: transparência, consciência e amor.

“Minha missão é transformar vidas e ajudá-las a desenvolver seu ICM,


para que possam viver com mais propósito e consciência”.
Cristiane Silva

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Apresentação
“Conheça-te a ti mesmo, e conhecerás os deuses e o universo”.
Inscrição no Oráculo de Delfos

Minha proposta aqui é que você, assuma as rédeas da sua vida e adote hábitos
que o impulsionará a trilhar caminhos novos. Desenvolver um novo
comportamento. Aprender novas lições e seguir rumo a sua abundância e
prosperidade.
Este ebook sobre: Inteligência Emocional, destina-se a responder algumas de
nossas perguntas sobre nossa vida. Nele encontram-se os fundamentos essenciais
para qualquer pessoa que busque novos caminhos e resultados. Para conquistar
grandes resultados em nossas vidas não precisamos trabalhar duro e as coisas não
precisam ser complicadas ou difíceis.
O que precisamos fazer é trabalhar de maneira simples e inteligente. É por
isso que este ebook é poderoso. Reúne informações estratégicas para que você atue
de forma mais inteligente e amplie suas conquistas.
Você e eu estamos começando uma nova jornada, onde você vai se conhecer
melhor, irá avaliar seus objetivos, compreenderá o que impede as pessoas de
seguirem adiante e muito mais.
Suponho que você esteja lendo este ebook porque queira aproveitar melhor
sua vida, então, comece agora a desvendar os segredos das grandes realizações.
Está preparado? Então, vamos em frente. Já estou torcendo por você,

Cristiane Silva

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Sumário
Sobre a Autora ................................................................................................................ 4
Apresentação .................................................................................................................. 5

INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 7
1 – Seja vem vindo ..................................................................................................... 8

INTELIGÊNCIA EMOCIONAL .............................................................................. 10


1 – O que é inteligência emocional? ...................................................................... 11
2 – Desvendando o cérebro emocional ................................................................ 14
3 – Inteligência emocional e sua natureza ............................................................ 18
4 – Aprimore sua inteligência emocional .............................................................. 22
5 – Inteligência emocional na prática .................................................................... 25
6 – Uma chave para a qualidade de vida .............................................................. 27
7 – Desbloqueie o seu gênio emocional ............................................................... 31
8 – A teoria das inteligências emocionais ............................................................. 37
9 – Inteligência emocional: como fazer ................................................................. 41
10 – Inteligência emocional: a chave do sucesso ................................................. 44

CONCLUSÃO ....................................................................................................... 49

BIBLIOGRAFIA ..................................................................................................... 51

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Seja Bem Vindo!
“Você pode mudar o mundo, mas antes deve mudar a si mesmo!”
Cristiane Silva

Inteligência Emocional de fato impacta em diversos aspectos da vida, podendo


ser uma solução para pessoas que têm dificuldade de se relacionar, de trabalhar em
grupo, ansiosas e estressadas e outras ocorrências comuns atualmente.

“Conhecer os outros é inteligência conhecer-se a si próprio é verdadeira


sabedoria”
Lao Tse

O que escrevi nesse e-book é fruto de observações, conversas, leituras e


estudos sobre o que faz a vida das pessoas ser tão diferente uma das outras,
embora muitas vezes, submetidos aos mesmos estímulos. O porquê de uma pessoa
alcançar o sucesso e outra amargar frustrações. Seria algo interior ou exterior a cada
um, reflexo das oportunidades que ambas tiveram ou deixaram de ter? Poderia uma
pessoa, mesmo com todas as oportunidades e facilidades, não se sentir realizada e
feliz? Tudo é muito relativo, não existe uma equação exata como resposta a essas
perguntas.
O posicionamento de cada um, frente às situações mais simples ou complexas,
no decorrer das horas, dias, meses, e assim sucessivamente, é o fator determinante
e diferenciador do caminho percorrido e do ponto de chegada.

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Este e-book oferece conceitos, técnicas, ferramentas e atitudes para que você
se torne excelente e mude seus hábitos para viver melhor. Nunca é o ponto de
partida. É o passo a passo. Diariamente. São os hábitos, o jeito de ser e de viver.
Alcançar o sucesso e a prosperidade está diretamente ligado à forma como cada um
se comporta diante dos acontecimentos. Onde alguns enxergam uma oportunidade
de crescimento, outros ficam paralisados e não conseguem avançar e isso é em
qualquer área da vida.
Encarar as adversidades com positividade, entendendo que tudo é
aprendizado é a ponte para alçar voos mais altos. Os motivos para a ação são muito
pessoais, por exemplo, o ter (preciso trabalhar mais para comprar o carro que
desejo). Mas a evolução é sempre de dentro para fora, o ser. Isso faz sentido.
Depositar a responsabilidade sobre a própria vida à terceiros é fuga. E não há como
ser feliz fugindo da própria verdade.

Seja bem-vindo........ Vamos descobrir uma nova vida!

Cristiane Silva

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1. O que é Inteligência
Emocional?
“Na batalha por seus objetivos é essencial agir com inteligência e ter
controle emocional para superar os obstáculos”
Cristiane Silva

A Inteligência Emocional é a capacidade de integrar pensamentos e


sentimentos com o objetivo de tomar melhores decisões, seja em ambientes
profissionais quanto nos pessoais. Sendo assim, a pergunta que fica é a seguinte:
como passar por esses momentos, altos e baixos, com a mesma determinação e paz
de espírito? É aí que entra a inteligência emocional.
De acordo com a Kronberg | Six Seconds, a inteligência emocional é possível
por meio de três ações:
 tornar-se mais consciente ao perceber o que você faz e como se sente;
 ser mais intencional deixando de responder no “piloto automático”;
 ser mais proposital, compreendendo e fazendo escolhas por algum motivo claro

A partir dessa maior capacidade de reflexão, as decisões e escolhas passam a


ter componentes relevantes de racionalidade, mas sem perder a importância dos
dados e sinais contidos nas emoções.

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Quais os pilares da inteligência emocional?
Para que a inteligência emocional possa ser
alcançada, além da capacidade de reflexão
apresentada, outros elementos devem ser
valorizados.
Autoconsciência - A autoconsciência é o alicerce
da inteligência emocional. A autoconsciência é a
habilidade de identificar nossas emoções, como estas influenciam nossa forma de
pensar e de agir e, como contagiam as pessoas à nossa volta. Quanto mais elevada
a autoconsciência, mais oportunidade de escolhas e de mudanças criamos para
nossas vidas.
Autorregulação - Após ter consciência sobre as próprias ações, emoções,
entretanto, é necessário ser intencional com elas, dirigi-las aos resultados
esperados ao invés de reagir no automático, sem reflexão. As decisões precipitadas
e que geram arrependimentos, por exemplo, nada mais são do que ações tomadas
sem a devida reflexão sobre seus impactos. Portanto, ao aprender a autogerir os
próprios sentimentos é possível evitar muitas das decisões que fogem ao controle
e que geram resultados indesejados para a pessoa.
A autorregulação não representa, entretanto, a racionalização exacerbada da
vida, mas sim o desenvolvimento da capacidade de melhor alinhar ações e paixões,
para que não se perca o prazer dos momentos, mas possa ter clareza sobre eles.
Empatia - Outra habilidade desenvolvida pela inteligência emocional sem a qual
não é possível ter controle pleno sobre as ações é a empatia, ou seja, a capacidade
de compreender o que as outras pessoas estão sentindo. Uma pessoa com
inteligência emocional, além de conhecer as próprias emoções e conseguir navegá-
las de forma mais satisfatória, também deve ser capaz de identificar as emoções das
pessoas que estão a sua volta, e responder apropriadamente ao que identificou,
pois, a vida em sociedade exige constantemente lidar com indivíduos diferentes.
A empatia é o conduíte para o entendimento, para a liderança inspiradora, para
a conexão emocional com os clientes. Para ter domínio das situações é necessário
saber identificar como os demais envolvidos em uma dada circunstância reagem. A
empatia permite essa sensibilidade.
Habilidades de relacionamento - A inteligência emocional nos permite
gerenciar relacionamentos de forma produtiva e prazerosa. Para que haja uma
plena capacidade de relacionamento.

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Todas as habilidades anteriores devem ser somadas, proporcionando ao
indivíduo com inteligência emocional um conjunto de aptidões que geram mais
controle sobre o dia a dia e melhor aprendizado sobre cada situação que vive e,
consequentemente, melhor resultados na vida.
Propósito - O propósito é uma das competências emocionais que nos permite
detectar o porquê fazemos o que fazemos, a razão maior do porquê fazemos o que
fazemos. Quando detectamos este sentido dominante de significado na vida,
passamos a ter uma internalidade de controle maior, a agir de acordo com nossos
compromissos, valores, sonhos e relacionamentos mais íntimos, com nossa visão
de futuro e não somente a partir de estímulos externos. Como dizia Nietzsche, quem
tem um “porque”, enfrenta qualquer “que” e “como”.

Ser inteligente emocionalmente, ou seja, ter o potencial de ser capaz de


traduzir sentimentos em si mesmo ou no outro não significa necessariamente que
se é competente, no que diz respeito à esta habilidade. Ser competente em termos
emocionais significa ser capaz de pensar e perceber os próprios sentimentos,
emoções (e atitudes), incluindo o compreender a linguagem emocional do outro – a
qual é fundamentalmente não verbal.
Essa capacidade de alinhar aquilo que se diz àquilo que se demonstra
gestualmente, através de pequeninas expressões, ricas de mensagens emocionais
(direção do olhar, qualidade do sorriso, posição do corpo, ritmo respiratório etc.) é
uma grande habilidade, que exige prática, a qual inclui alguns elementos
fundamentais: autoconsciência, autocontrolo, consciência social e manejo das
relações.
Resumindo: inteligência emocional é a capacidade que um ser humano tem de
observar, identificar e lidar com emoções (suas e de outras pessoas). Com isso, podemos
dizer que uma pessoa que possui inteligência emocional tem um controle maior sobre seus
sentimentos. Em meu entendimento atual, ter inteligência emocional significa ser o
observador consciente por trás das emoções.

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2. Desvendando o Cérebro
Emocional
“Inteligência Emocional é quando o cérebro e o coração são amigos”
Fernanda Franklin

As emoções têm um papel muito importante na evolução da espécie humana,


em momentos decisivos nosso coração acaba se colocando acima da razão e nos
fazem tomar decisões que podem fazer toda a diferença. São nossas emoções que
nos orientam quando estamos diante de um impasse e quando temos de tomar
atitudes que seriam importantes demais para ser deixada a cargo exclusivo do
intelecto.
Como por exemplo, em uma situação de perigo, quando estamos diante de
uma situação de tristeza causada pela dor de alguém próximo. As emoções nos
fazem tomar ações imediatas em diversos momentos de nossas vidas, muitas vezes
ela é assertiva, em outras toma o controle da situação perdendo o equilíbrio que
seria necessário tanto para agir como para pensar.
À medida que fomos evoluindo o repertório emocional foi um elemento
essencial para garantir sobrevivência de nossa espécie, o papel das emoções é
muito importante, porém a sociedade como um todo tendem a dar mais atenção a
razão, pelo medo da falta de controle das emoções.

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EMOÇÃO X RAZÃO
Os antigos gregos diziam que era rpeciso subjulgar os
impulsos da paixão à sobriedade e ao cálculo da razão. Já,
na época do romantismo, dizia-se que o melhor seria
deixar-se pelos des-caminhos das paixões e gozar a vida.
Normalmente quando querem avaliar a inteligência de
alguém costumam fazer o famoso teste de Qi, e as pessoas
que tem um pensamento mais racional são as mais
exaltadas, mas vale lembrar que o intelecto sem as emoções não levam para tão
longe quanto levaria quando os dois andam junto de forma equilibrada.
Reações automáticas como estas ficaram gravadas em nosso sistema nervoso
porque, durante um longo e crucial período da pré-história humana, eram decisivas
para a sobrevivência ou a morte. Foram essas reações que desempenharam a
principal tarefa da evolução, deixar descendentes que passassem para frente às
mesmas predisposições genéticas.
Mesmo que nossas emoções tenha nos guiado ao longo do caminho da
evolução e sobrevivência, elas foram freadas com o surgimento das grandes
civilizações e regras de convívio. Cada emoção tem um papel a desempenhar, e
como elas já foram amplamente pesquisadas, podemos listar como cada uma delas
refletem em nossos corpos em diferentes situações:
Raiva - A raiva é uma das emoções mais atuantes na sociedade moderna,
existem vários momentos ao longo da semana no qual se pode experienciar esse
sentimento em maior ou menor grau. A raiva durante muitos séculos foi a principal
arma contra situações de risco de vida ou correlatos. Quandos e está nesse estado
o sangue flui para as mãos, tornando mais fácil golpear o inimigo, os batimentos
cardiácos aceleram-se e uma onda de hormônios, a adrenalina, entre outros, gera
uma pulsação de energia suficientemente forte para uma atuação vigorosa gerando
até mesmo situações de força descomunal quando o corpo é tomado por emoções.
Medo - O medo é uma das mais antigas e poderosas emoções dos seres vivos.
Sua origem vem da parte “mais antiga” do cérebro, o sistema líbico, a qual
chamamos de cérebro reptiliano. O medo é uma grande ferramenta de
autopreservação, que usamos desde a pré-história até hoje. O medo nos ajuda a
afastar de perigos reais e imaginários. Quando estamos com medo, o sangue corre
para os músculos, como os das pernas, apra facilitar a fuga, o rosto fica pálido, e
pode haver uma breve paralisação.

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Talvez para permitir que a pessoa analise se é melhor agir, fugir ou se esconder.
O cérrebro dispara uma grande quantidade de hormônios que põe o corpo em
alerta geral, tornando-o inquieto e pronto para agir, e toda atenção se volta para a
ameaça presente, assim fica fácil de encontrar alguma solução.
Felicidade - A sensação e felicidade causa uma maior atividae do centro
cerebral, e isso faz com que os sentimentos negativos fiquem inibidos, silenciando
os pensamentos de preocupação, é gerando uma tranquilidade acolhedora,
fazendo com que o corpo se recupere rapidamente de emoções perturbadoras.
Amor - Amor está ligado diretamente ao estado da afetividade e também tem
relações com outros sentimentos, pode ser definido como uma intensa afeição por
outra pessoa ou por algo, ligado às relações sociais e(ou) físicas. O amor é sinalizado
pela troca de ajuda, consolo e aceitação. Envovle sentimentos positivos fortes,
compromisso e até mesmo sacrificio: “ o amor gera sentimentos de afeição. É um
conjunto de reações que percorrem o corpo, gerando um estado geral de calma e
satisfação, fazendo assim que a cooperação seja facilitada.
Surpresa - A expressão de medo pdoe ser confundida com surpresa em alguns
momentos, quando o individuo se assusta também se surpreende. A surpresa pode
ser uma reação relativa a um acontecimento inesperado. Ela pode se manifestar a
partir de impulsos nervosos com manifestações químicas que acarretam na
liberação de adrenalina e físicas, aumentando o ritmo cardíaco e impulsionando a
pessoa a ter uma reação corporal.
Aversão - Refere-se a uma resposta fisiológica ou emocional a um estímulo que
indica que um objeto, organismo ou situação deve ser evitado. É geralmente
acompanhada por um desejo de retirar ou evitar o estímulo aversivo.
Tristeza - A tristeza é caracterizada pela falta de alegria, disposição. Ânimo e
outras emoções de insatisfação. Todos os seres humanos ficam ou já ficaram tristes
em algum momento de suas vidas e em diferentes graus. É uma condição natural
de nossa espécie. O metabolismo do corpo fica mais lento, a pessoa fica mais
introspectiva e se cria um espaço para que a lamentação da perda ou da decepção
para extravassar sentimentos. As emoções não são atitudes puramente impulsivas,
o lado racional está sempre presente, mesmo que em grau menor. A mente
emocional e a racional, na maior parte do tempo operam em estreita harmonia, elas
têm quem se unir para criar os caminhos por onde percorremos.
Sequestro Emocional - Quando estamos diante de uma situaçãomuito
estressante é normal que percamos o controle.

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Nossas ações acabam se tornando desproprocional relacionados e como
agiríamos normalmente e quando paramos para refletir nos perguntamos “Porque
agi dessa forma?” Quando isso ocorre é porque sua mente racional foi “sequestrada”
pelas suas amoções, mas o que fazer em momentos como esse?
Uma pessoa diante de uma forte reação emocional,
pode chegar a ponto de “explodir”, quando isso ocorre, o
corpo responde com grandes reações psicológicas e
fisiolóficas e passamos a reagir de forma mais automática
aos estímulos gerenciados pelo cérebro emocional
(sistema límbico), e o nosso cérebro racional (neocórtex) fica menos ativo. Isso
ocorre porque o cérebro emocional, ou límbico, responde de forma mais rápida e
como eles não passam pela análsie racional, suas respostas são menos precisas.
Existem técnicas que são utilizadas para evitar ou reduzir os impactos gerados
pelo sequestro emocional:
A Técnica da visualização - Quanto mais visualizarmos a nossa performance
adequada em um cenário complexo, mairoes serão as chances de identificar
situações de perigo e aplciar os procedimentos apropriados usando o lado racional
e emocional. O treinamento da sua visualização pode ser feita em conjunto com
técnicas de meditação, que ajudarão a tornar suas visualizações mais efetivas.
Controle da respiração - Esta técnica é muito boa diante de uma situação de
emergência, pois respirar lentamente ajuda o corpo a relaxar naturalemtne, oxigena
o cérebro e melhora sua concentração, evitando assim que o processo de sequestro
emocional seja desencadeado. Para começar, lentamente inspire 4 vezes e expire 4
vezes pelo nariz, para acrescentar uma resistência natural na respiração. Quando
estiver se sentindo confortável com esse ritmo, inspire 8 vezes e expire mais 8. Pode
ser feita em qualquer lugar, mas é especialemtne eficaz antes de dormi.
Experimente.
Diálogo Interno Positivo - Ter um controle da sua mente e saber gerenciar a
inteligência emocional para que ela não se torne apenas “impulsos aleatórios” pode
ser a chave para uma vida mais plena e equilibrada. Pense em coisas positivas, assim
o seu cérebro ficará mais feliz e isso gera hormônios que equilibram seu organismo
e fortalece sua alma.

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3. Inteligência Emocional e sua
Natureza
“A inteligência emocional nos conduz ao equilíbrio entre a mente e o
coração, que é essencial em um mundo tão conturbado”
Lázaro de Souza Gomes

O Conceito e significado da Inteligência Emocional ainda estão em


desenvolvimento. Com cada nova definição, portanto, sua natureza e contextos
estão se tornando muito mais ampla, o que dificulta listas os itens de sua natureza
em alguns pontos.
Uma definição bem refinada de inteligência emocional foi feita por Salovey e
Mayer (1997), que descreveu seu significado como:
“A capacidade de processar informações emocionais, mais especificamente, a
capacidade de reconhecer os significados das emoções e seus relacionamentos, bem
como ser capaz de raciocinar e resolver problemas com base neles. Em particular,
envolve a capacidade de perceber e assimilar os sentimentos emocionais, de
compreender a informação dessas emoções e, por fim, a gestão delas”

A inteligência emocional afeta como podemos gerenciar o comportamento,


navegar pelas complexidades sociais e tomar decisões pessoais que alcançam
resultados positivos.

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A inteligência emocional pode ser desenvolvida - “Plasticidade” é o termo que
os neurologistas usam para descrever a capacidade do cérebro para mudar. Seu
cérebro desenvolve conexões novas conforme você aprende habilidades novas e
essa mudança é gradual.

Inteligência Emocional X Inteligência Cognitiva


Um bom indicador de sucesso
no passado foi o nível da sua
inteligência cognitiva (QI). Antes se
supunha que a relação entre o Qi e
o sucesso de alguém eram bastante
correlacionadas. Se o individuo
fosse considerado muito inteligente (QI alto), ele era rpaticamente obrigado a
triunfar sobre os menos inteligentes.
Então, pode um individuo com um QI médio ser mais bem sucedido do que um
gênio do QI? Sim é provável, mas somente se o individuo em questão tive um nível
elevado de inteligência emocional (QE). O QI irá ajudá-lo através dos estudo e
cálculos, mas QE irá te ajudar a construir relacionamentos melhores.
QI (quociente de inteligência) – um número que define a inteligência relativa de
uma pessoa. A fórmula do QI é feita pela divisão da idade mental pela idade
cronológica, sendo que esse número deve ser multiplicado por 100. O QI é usado
principalmente para medir as habilidades cognitivas, como a capacidade de
aprender ou entender novas situações, como raciocinar através de um problema
específico ou situação, e a capacidade de aplciar o conhecimento nas situações
atuais. Ela envolve principalmente o neocórtex ou parte superior do cérebro.
Mais de 140 pontos: Gênio
120 – 140 pontos: Superdotado
110 – 119 pontos: Acima da média
90 – 109 pontos: Inteligência média ou normal
80 – 89 pontos: Média baixa
70 – 79 pontos: Abaixo da média
Menos de 70 pontos: baixo e muito baixo.

QE (quociente emocional) – é uma medida do conjunto de habilidade


emocionais como autocontrole, empatia, autoestima, autoconfiança, afabilidade,
automotivação, resiliência, autoconhecimento e outros traços pessoais, que ajudam
no desempenho individual e facilitam os relacionamentos interpessoais.

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Em outras palavras, o QE se refere à capacidade que as pessoas têm para
perceber, controlar, avaliar, expressar emoções.

Vantagens do QE em relação ao QI - Com inteligência emocional se apela á


emoções para convencer alguém em vez de usar fatos sozinhos. Usa suas emoções,
além de suas habilidades cognitivas para executar algo, em vez de confiar
unicamente na lógica.
Como e porque x saber - Saber como motivar indivíduos de forma única ao
invés de tratar todos da mesma forma. Entender e controlar suas emoções para
usá-las para algo contra deixar suas emoções controlá-lo porque você não sabe lidar
com elas.
Os componentes do QE - A inteligência emocional é medida usando 5
componentes principais e 15 subcomponentes:
1. Habilidades Intrapessoais (capacidade de aplicar e compreender emoções
pessoais)
 Autoestima (A qualidade que pertence a satisfeito com a sua identidade, ou seja, uma
pessoa dotada de confiança e que valoriza a si mesmo)
 Autoconhecimento emocional (Capacidade de reconhecer os próprios sentimentos, o que
nos permite gerenciá-los e tomar melhores decisões)
 Assertividade (Capacidade de expressar crenças, sentimentos e pensamentos sem se tornar
antagônico e não cooperativo com os outros)
 Independência (Habilidade de ser autodirigido e autocontrolado em pensamento e ações, e
estar livre de dependência emocional)
 Autorrealização (Capacidade de realizar o seu potencial de forma plena)

2. Habilidades Interpessoais (habilidades pessoais)

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 Empatia (Afinidade em se identificar com outra pessoa, saber ouvir os outros, compreender
os seus reais problemas e emoções)
 Responsabilidade Social (Comportamentos e práticas positivas e construtivas, que
contribuem para preservar, melhorar o bem-comum e elevar a qualidade de vida de todos.
 Relações Interpessoais (Capacidade de estabelecer e manter relacionamentos mutuamente
benéficos. Um relacionamento interpessoal, pode ser de vários níveis e envolver diferentes
sentimentos como o amor, compaixão, amizade etc.)

3. Gestão do Estresse (capacidade de lidar com desafios)


 Tolerância ao Estresse (Capacidade de lidar com situações difíceis sem explodir)
 Controle de Impulso (Capacidade de resistir ou retardar um impulso ou tentação,
controlando assim a necessidade da “gratificação instantânea”)

4. Adaptabilidade (capacidade de reagir de forma rápida, apropriada e eficiente as


mudanças que surgem)
 Teste de Realidade (Capacidade de avaliar a correspondência entre o que é realizável e o
que não é, e saber analisar entre o que você quer fazer x o que você realmente pode fazer)
 Flexibilidade (Capacidade de ajustar suas emoções, pensamentos e comportamento a
situações e condições em mudança)
 Resolução de problemas (Capacidade de identificar e definir problemas, bem como gerar e
implementar soluções potencialmente eficazes)

5. Humor Geral
 Otimismo
 Felicidade

Como a QE (inteligência emocional) pode te ajudar?


Os componentes do QE são úteis para auxiliar
as pessoas na hora de tomar decisões em áreas
como trabalho em equipe, inclusão, produtividade
e comunicação.
Além disso, ajuda a desenvolver bons hábitos
como por exemplo, saber escutar os outros, e
carregam os elementos de autoconsciência e
controle, empatia e especialização social.

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4. Aprimore sua Inteligência
Emocional
“Ter inteligência emocional é entender que só conseguimos resolver as
coisas que estão ao nosso controle”
Cristiane Silva

A Seguir iremos apresentar três práticas que você pode começar agora e irá
ajudar você a fortalecer sua consciência emocional:
Analisando suas próprias emoções - O perfil de QE identifica o seguinte como
emoções humanas essenciais: alegria, amor, raiva, medo, ansiedade, tristeza e
vergonha. Curiosamente, nós frequentemente não nos permitimos sentir certas
emoções por causa de nossas associações e percepções negativas com uma
experiência de nosso passado.
Percebendo as emoções dos outros - Quando você aprende a notar suas
emoções, você terá mais facilidade de detectar as emoções dos outros. Lembre-se,
todos nós temos sentimentos essenciais e é saduável estar em cotnato com eles.
Permitir aos outros a mesma liberdade de experimentar suas emoções sem tentar
gerenciá-las é uma prática de conscientização e aceitação que pode fortalecer sua
própria inteligência emocional.

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Analisando suas estratégias de relacionamento - As estratégias de
relacionamento estão enraizadas na auto regulação da inteligência emocional. Na
maioria das vezes, queremos colaborar com os outros. A colaboração requer uma
estratégia de alta confiança em nós mesmos e nos outros.
Exercite bastante - Treinar a inteligência emocional é como andar de bicicleta,
no começo você vai cometer alguns deslizes, ams é preciso praticar atér tornar estas
competências algo natural em sua vida. Então, se alguma competência é
fundamental para seu sucesso, será preciso praticar esta atividade até que se torne
espontânea.
Todo mundo precisa de Inteligência Emocional - Desenvolver a inteligência
emocional poderá ser a diferença entre uma trajetória bem sucedida com uma vida
cheia de realizações e uma vida medíocre.
“Se suas habilidades emocionais não estão sob seu controle, se você não
tem autoconsciência, se você não é capaz de gerenciar suas emoções
angustiantes, se você não pode ter empatia e ter relacionamentos eficazes,
então, não importa o quão inteligente você é, Você não vai chegar muito
longe”. Daniel Goleman

Dicas de ouro para Desenvolver sua Inteligência Emocional

A seguir vamos detalhar algumas estratégias apra desenvolver cada um desses


campos citados por ele:

Autopercepção
1. Identifique os “gatilhos” das suas emoções. Todos nós reagimos de forma diferente a
determinados eventos. Então, pare e estude seus sentimentos, procure descobrir porque
você está se sentindo tão nervoso ou tão aliviado, por exmeplo.
2. Identifique os seus valores. Reconhecer o que é importante para você contribui para o
autoconhecimento, com isso você fica mais centrado no que gera valor para você e também
ajuda a prever as suas próprias reações.

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3. Procure feedback dos outros. Estar aberto a criticas e estar disposto a aprender com elas é
uma virtude muito grande. Saber o que as pessoas pensam das suas atitudes ajuda você a
se conhecer melhor, pois as vezes achamos que somo uma pessoa, mais nossas atitudes
acabam mostrando outra coisa, então, esteja sempre aberto a essas opiniões.

Autogestão
1. Controle seus impulsos. É comum perdemos o controle por causa de um momento de raiva
ou ansiedade por exemplo, que acabam nos levando a reações adversas.
2. Saiba que mudanças irão ocorrer. Quem se acomoda com algo costuma se chocar muito
mais a mudanças no ambiente do que as pessoas que estão cienes que elas irão ocorrer a
qualquer momento. É preciso ter consciência que os vínculos e conflitos são passageiros,
você resiste mais ao impacto de um problema quando sabe que ele vai ter fim.

Percepção Social
1. Chame as pessoas pelo nome. Esse hábito desarma e faz com que o outro fique mais aberto
a te receber. Com esse vínculo criado, você terá um acesso mais fácil às emoções alheias.
2. Evite distrações quando for interagir socialmente. Fixe sua atenção quando estiver
conversando com alguém, esqueça suas preocupações por alguns momentos e se dedique
a aquela interação, principalmente se for um assunto muito importante, é impossível você
perceber as emoções das pessoas, principalmente se você não é capaz de ouvi-las.
3. Observe o comportamento das pessoas. Antes de interagir com uma pessoa ou um grupo,
é importante estudar o que sobre o que eles falam, o que causam o riso deles, como
interagem e etc, cada comportamento observado pode te dar dicas de como interagir com
aquela pessoa ou grupo de pessoas.

Gestão de Relacionamentos
1. Demonstra interesse no outro. Seja um ouvinte atento, demonstre interesse em conhecer a
pessoa. Faça perguntas que ela sinta prazer em responder e incentive-a falar sobre si e sobre
seus assuntos prediletos. Sua capacidade de influenciá-la cresce e você também cria laços
emocionais mais fortes.
2. Explique as suas decisões, antes de executá-las. Para não pegar as pessoas ao seu redor de
surpresa, às vezes é necessário anunciar determinadas ações antes que sejam colocadas
em prática.
3. Contorne os conflitos. Muitas vezes um sincero pedido de desculpas é o suficiente para
evitar conflitos. Se desculpar é uma das formas mais elegantes de assumir o erro, outra
forma é anunciar o erro antes que seja percebido pelos outros, assumindo ele para si.

Para melhor desenvolver a Inteligência Emocional é fundamental você se


conhecer a fundo, pois somente assim saberá como pode se comprotar em diversas
situações, e para ter autocontrole sobre suas emoções.
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5. Inteligência Emocional na
Prática
“Emoções fora do controle fazem das pessoas espertas, estúpidas”
Daniel Goleman

Vamos abordar hoje a forma que entendemos e praticamos a Inteligência


Emocional. O objetivo principal é mostrar a todos como reconhecer suas próprias
emoções, para que desenvolvam controle e resiliência emocional. Além disso,
aumentar a capacidade de detectar seu próprio estado emocional e dos outros, de
forma prática e eficaz.
O que é inteligência Emocional? É a capacidade de perceber e administrar as
emoções.
Por quê? Ser Feliz, AGIR x REAGIR.

Conjunto de seis pilares da Inteligência Emocional


 Auto responsabilidade
 Autopercepção das Emoções
 Percepção das Emoções dos outros – EMPATIA
 Gerenciamento das emoções
 Foco
 Ação

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Ciclo das cinco emoções básicas: medo, raiva, tristeza, alegria, amor. Quando
temos consciência dos pilares e agimos, focando e com ações, e conseguimos
enxergar o caminho que precisamos dentro do ciclo básico das emoções, podemos
identificar o sentimento no qual nos encontramos, e mudar a forma do estado
emocional. Quando, por exemplo, estamos com raiva, já passamos pelo processo
do medo, medo de ser rejeitado, medo de ser abandonado, medo de errar, medo
de ser julgado, medo que algo dê errado, ou algo no qual já passamos e ainda nos
gera medo, conforte seus medos.
A raiva vem de forma a mostrar o porquê estamos sentindo o medo. Procure
identificar a fonte da sua dor ou medo. Entre em contato com seus sentimentos, use
esse momento de raiva para descobrir mais sobre si mesmo.
A tristeza faz parte da nossa vida. É a informação que o cérebro emocional está
passando de que precisamos mais ainda de atenção, pois pode estar mostrando
que algo já está além da raiva. Não a deixe direcionar seu olhar para o caminho mais
difícil, use-a como um alerta e como ela pode ser sua amiga. Ouça suas emoções.
Todos nós precisamos olhar para as dores que fazem parte da nossa história de
vida.
A felicidade vem para nos tirar de estados emocionais anteriores. Para mostrar
o quanto podemos ser otimistas, e podemos nos livrar de velhos padrões e com
uma nova atitude de vida muito mais leve, livre e flexível, além de encontrar o pilar
principal da vida e das emoções, o AMOR.

Benefícios da Inteligência Emocional


 Aumento da autoestima e autoconfiança
 Redução de conflitos em relacionamentos
 Direcionamento competente das emoções
 Aumento do nível de comprometimento
 Senso de responsabilidade
 Enriquecimento dos relacionamentos interpessoais
 Equilíbrio emocional
 Aumento de nível de felicidade
 Superação de barreiras
 Clareza nos objetivos
 Diminuição no Nível de Estresse
 Melhora na tomada de decisão
 Aumento de qualidade de Vida
 Maior realização pessoal, familiar e profissional

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6. Uma Chave para a Qualidade de
Vida
“Inteligência Emocional é não deixar que seu humor seja alterado por
ações idiotas das pessoas seu redor”
Cristiane Silva

Estresse e depressão decorrentes de crises profissionais e de carreiras tem se


tornado recorrente e tem crescido de forma exponencial. Só para ter uma ideia do
cenário, uma pesquisa sobre qualidade de vida no trabalho realizada pelo
International Stress Management Association (Isma – Brasil).
Apontou que 70% dos brasileiros sofrem com estresse e 69% dos entrevistados
relacionaram o estresse com o trabalho. Em outra pesquisa o Dataprev indicou que
a depressão é uma das principais causas de afastamento do trabalho. O cenário é
preocupante, mas como a Inteligência Emocional poderia modificar essa realidade?
Tem se tornado comum jovens apresentarem sinais de ansiedade extrema
cada vez mais cedo, e um dos causadores desse quadro é a corrida insana para ter
sucesso financeiro o mais breve possível. Até mesmo os mais experientes estão
sujeitos a essa situação. O país passa por uma crise e os profissionais vivem em
constante medo de que ocorram mudanças que gere cortes na empresa.
O pensamento constante é “Será que sou o próximo?” Apesar do estresse estar
sempre presente no dia a dia.

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Muitas pessoas ainda ignoram a influência que as emoções têm na sua
qualidade de vida no trabalho e em casa. Por isso a Inteligência Emocional é cada
vez mais um atributo indispensável. Segundo uma pesquisa da consultoria
TalentSmart, o QE (Quociente Emocional) pode ser mais decisivo para o sucesso na
carreira do que o famoso QI (Quociente de Inteligência). O levantamento mostrou
que cerca de 90% dos funcionários mais bem avaliados por seus empregadores têm
uma boa gestão de suas emoções. Enquanto isso, apenas 20% dos profissionais com
desempenho aquém do esperado apresentam a mesma habilidade.
Nesse capítulo vamos falar sobre como a sua qualidade de vida no trabalho
pode está sendo prejudicada por uma falta de Inteligência Emocional e o que você
pode fazer para mudar essa realidade.
1. Você consegue descrever suas emoções de forma precisa? Ter um vasto
“vocabulário emocional” é uma capacidade rara, segundo Travais Bradberry,
coautor do livro “Emotional intelligence 2.0”. Dizer apenas que está se sentindo “mal”
é muito diferente de saber descrever como “perplexo”, “frustrado” ou “ansioso”, por
exemplo. Parece besteira, mas saber exatamente o que você está sentindo te ajuda
a entender qual foi o gatilho que ativou aquele sentimento específico. E entender é
o primeiro passo para controlar.
Quando olhamos com mais atenção para o ambiente profissional podemos ver
que stress, frustração, tédio e ansiedade são os sentimentos que mais se repetem.
Principalmente naqueles que não estão satisfeitos com a sua qualidade de vida no
trabalho. Pessoas com inteligência emocional sabem gerir seus próprios
sentimentos porque sabem exatamente quais são eles.
2. Você conhece suas fragilidades? Saber quais são as suas principais
vulnerabilidades é essencial na hora de administrar o seu comportamento. Quando
você se conhece ao ponto de saber quais gatilhos despertam sentimentos negativos
em sua mente você está um passo à frente de impedir que eles aconteçam. No
ambiente de trabalho muitas vezes nos sentimos pisando em gelo fino em certos
momentos.
Durante uma reunião importante ou nas vésperas da entrega de um trabalhoso
relatório, por exemplo. Sabendo que você passará por esses momentos cabe a você
se preparar para encará-los da melhor forma. Ter um bom quociente emocional
significa conhecer as suas forças, e como usá-las a seu favor. Mas também significa
impedir que as suas fraquezas te atrapalhem.

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3. Seja um bom Juiz. Desenvolver habilidades como empatia para interpretar
os sentimentos, intenções e motivações das outras pessoas é essencial para um
bom desenvolvimento da sua Inteligência Emocional. Dessa forma, você consegue
prever certas atitudes além de entender melhor quais pessoas são de fato tóxicas
para você. No ambiente de trabalho existirão dois tipos de pessoas que você deve
prestar bastante atenção. Aqueles que você deve modelar e aqueles que você deve
evitar. Uns são fontes de inspiração, por seu comportamento, atitudes ou excelência
no trabalho. Outros só vão te trazer angústia, dúvidas e ainda mais ansiedade. Saiba
julgar que relacionamentos nutrir e quais você deve evitar. Possuir Inteligência
Emocional também passa por uma Empatia acentuada na hora de perceber e
entender as emoções daqueles que estão a sua volta.
4. Não se ofenda facilmente. É difícil acabar com a alegria de quem tem
autoconfiança. Segurança e mente aberta são atributos imprescindíveis para te
garantir uma maior resistência aos desafios do dia a dia. Se você não possui tanta
confiança assim, aprenda a lidar com momentos de crise. Crie seu escudo pessoal
e perceba que muitas vezes aqueles que querem te puxar para baixo estão fazendo
isso porque eles mesmos estão perdidos. Não confunda essa habilidade com aceitar
qualquer tipo de situação, em situações abusivas no ambiente do trabalho você
deve sim se posicionar. Muitas vezes saber lidar com as ofensas significa não as
receber de cabeça baixa. Manter a calma e saber como e quando responder são
habilidades impressindíveis pra qualquer um com uma boa gestão de Inteligência
Emocional.
5. Perdoe a si mesmo. Aprenda a contemplar seus próprios erros de forma
tranquila, mas nunca os ignorar. A grande dor que as pessoas passam a vida toda
remoendo é a falta de perdão por si mesmo, si culpar muitas vezes por situações
que não tem razão, isso destrói a autoconfiança e o amor próprio. Remoer falhas só
te traz timidez e ansiedade, mas esquecê-las pode ser a porta de entrada para que
elas se repitam. Aprenda a trilhar seu caminho de pedras, nele você só tem a opção
de seguir em frente. A percepção de entender suas falhas e buscar uma melhora
sem se permitir afundar em culpa e em pena por si mesmo é muitas vezes o
principal diferencial de uma pessoa com boa Inteligência emocional.
6. Neutralize pessoas “tóxicas”. Aprenda a identificar e a se comportar perante
pessoas tóxicas a você. Na hora de lidar com colegas ou chefes difíceis, o identifique
e controle sentimentos como frustração ou raiva para que eles não se transformem
em descontrole.

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Mesmo que você discorde completamente daquela situação é seu dever
manter a paz e a calma. Muitas vezes isso significa ceder a ideias e decisões que vão
ser contrárias as suas. Não deixe que isso roube a sua qualidade de vida no trabalho.
Junte seus argumentos e os apresente de maneira calma e educada. Se você estiver
em posição de poder sobre aquele assunto, saiba quando vetar opiniões adversas
sem se postar em uma posição ditatorial. Use sempre de argumentação e muita
conversa.
Procure também respeitar o ponto de vista da pessoa “tóxica”. Tente enxergar
pelo seu ponto de vista. Se ainda assim você for contrário a aquela opinião busque
encontrar soluções positivas para ambas as partes. Muitas vezes o meio termo é a
melhor resposta.
7. Esquecer a ideia da perfeição vai aumentar sua qualidade de vida no
trabalho. Quando você aprende a aceitar que a perfeição é uma meta irreal você
para de se queixar diante da inevitabilidade dos problemas e aprende a seguir em
frente sempre. Aprenda a dar o melhor de si e se sentir satisfeito com o resultado.
Mas também não confunda satisfação com comodismo. Busque sempre melhorar,
aprender mais e evoluir.
Não buscando a perfeição, buscando se tornar hoje alguém melhor do que
ontem. Entregando sempre o melhor de si.

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7. Desbloqueie o seu Gênio
Emocional
“As pessoas bem-sucedidas fazem melhores perguntas e como resultado,
obtêm melhores respostas”
Cristiane Silva

Crescimento contínuo.
Para que seja possível desbloquear nosso gênio emocional, é preciso
estabelecer 5 passos para nosso desenvolvimento interno.

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 Questionar: não aceitar tudo como verdade, aprender a questionar e formar suas próprias
opiniões.
 Despertar: se libertar das amarras internas e externas e despertar para sua própria
consciência.
 Reconectar: aprender a se reconectar com sua verdadeira essência, se autoconhecer para
sintonizar com seu corpo, mente e espírito.
 Planejar: criar estratégias para alcançar a vida que sempre sonhou e cumprir sua missão e
vida.
 Interagir: compartilhar de conhecimentos e experiências para contribuir com as outras
pessoas e evoluir.

30 Perguntas que Libertarão sua Mente:

“Uma boa pergunta vale mais que mil respostas medíocres. E, habitualmente,
mais que uma resposta inteligente”
Você alguma vez, já encontrou com uma espécie de bloqueio mental que afetou
a sua visão da vida, da felicidade e das relações humanas? Já se encontrou frente a
dificuldade de tomar decisões sobre o seu futuro e não saber o que fazer ou que
levar em conta na hora de decidir? Ou, simplesmente, uma mudança ocorreu e você
não sabe para onde ela o levará?
Para tudo isso e muitas coisas mais, vale a pena fazer a si próprio as perguntas
a seguir. Estas perguntas não têm respostas certas ou erradas, mas servem para
ajudá-lo a libertar-se de todos esses pensamentos limitantes e negativos que
bloqueiam sua mente e não lhe permitem pensar com clareza.

Aqui estão 30 perguntas que libertarão sua mente!


1. Minha idade real corresponde com a idade que eu sinto ter?
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2. Se a vida é tão breve, por que faço tantas coisas que não gosto e adio o que eu
realmente desejo fazer?
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3. Quando sinto que tudo está decidido e feito, ao que dediquei mais tempo: a
decidir ou a fazer?
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4. Preocupo-me em fazer algo bem feito ou faço o que é certo?
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5. Se pudesse mudar uma coisa no mundo, e só uma, o que mudaria?
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6. Se a felicidade fosse uma moeda, ao que me dedicaria para me fazer rico?
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7. Luto para fazer o que gosto ou me conformo com o que faço?
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8. Até que ponto eu tenho o controle sobre a minha vida?
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9. O que eu faço quando alguém a que admiro ou respeito faz uma crítica
desagradável e/ou injusta?
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10. Se pudesse dar um único conselho a uma pessoa, o qual lhe mudaria a vida, o
que lhe diria?
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11. Quantas vezes um gênio já foi considerado um louco?
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12. Prefiro ser um gênio preocupado ou um bobo feliz?
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13. O que você sabe fazer que os demais não sabem?
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14. Que coisas desejo fazer e não fiz ainda? O que me impede?
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15. Ao que estou preso e que não me deixa avançar?
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16. Isso que ocorreu no passado tem, realmente, alguma importância?
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17. Por que eu sou eu?
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18. Sou o tipo de amigo que eu desejaria ter?
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19. Pelo que me sinto mais agradecido na vida?
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20. Qual é momento mais feliz de minha infância? Por quê?
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21. Se não for agora, quando será?
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22. Se não consegui ainda isso que tanto sonho, o que eu estou esperando?
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23. Posso me permitir esperar mais algum tempo ou tenho que agir?
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24. Sinto que já vivi um milhão de vezes antes?
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25. Se amanhã, o mundo acabasse, com quem eu passaria o dia de hoje?
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26. Renunciaria a vários anos da minha vida para ser bonito/a e famoso/a?
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27. Qual a diferença entre viver e estar vivo?
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28. Se sei que posso aprender com os meus erros, por que então tenho medo de
fracassar?
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29. Como eu agiria se eu não tivesse ninguém que julgasse meus atos mais do que
eu mesmo/a?
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30. Tomo minhas próprias decisões ou deixo que os demais as tomem por mim?
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PENSAR E AGIRA PARA MUDAR SUA VIDA


É importante reservar um tempo todos os dias para ter um diálogo consigo e
libertar a mente. Isso deixa a porta aberta para a criatividade, o autocontrole
emocional e a reflexão consciente sobre quem somos, o que queremos ser, o que
desejamos na vida e o que vamos fazer para conseguir.
Tomar as medidas necessárias a cada dia nos ajuda a entender se o que
estamos fazendo, está de acordo com as nossas crenças e nossos valores
fundamentais. Celebrar nossas vitórias, por menores que sejam, nos ajuda a
desfrutar e a viver uma vida que valha a pena. Desbloquear a sua mente lhe ajudará
a sentir mais livre e a focar no que realmente sente que deve fazer, no que faz você
sentir que a vida tem sentido.
Sugiro o seguinte exercício para trabalhar a capacidade emocional: Durante
uma semana preste atenção em si mesmo e numa folha papel, dividida em três
colunas, tome notas de tudo aquilo que pensa ou sente, mas que considera difícil
de conter (de perdoar, de aceitar, de controlar).
Escreva ao lado desta emoção ou pensamento que consequências tudo isso,
que se passa de modo intenso dentro de si, poderia ter se viesse à tona de modo
irrefletido. Na terceira coluna escreva o que diria, sentiria ou viveria se isto não lhe
mobilizasse tanto.

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O que diria, sentiria ou
Minhas Emoções ou
O que sinto ou penso? viveria se não me
pensamentos?
imobilizasse?

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8. A Teoria das Inteligências
Múltiplas
“A inteligência é o que você usa quando não sabe o que fazer”
Jean Piaget

A TEORIA DAS INTELIGÊNCIAS MÚLTIPLAS


Os testes de inteligência surgiram na China, no século V, e começaram a ser
usados cientificamente na França no século XX. Em 1905, Alfred Binet e Theodore
Simon criaram a Escala de Binet-Simon, usada para identificar estudantes que
pudessem precisar de ajuda extra na sua aprendizagem escolar. Os autores da
escala assumiram que os baixos resultados nos testes indicavam uma necessidade
para uma maior intervenção dos professores no ensino destes alunos e não
necessariamente que estes tivessem inabilidade de aprendizagem. Em 1912,
Wilhelm Stern propôs o termo “QI” (quociente de inteligência) para representar o
nível mental, e introduziu os termos “idade mental” e “idade cronológica”.
Contudo, foi com a Teoria das Inteligências Múltiplas, desenvolvida por Howard
Gardner (1985), que surgiu como uma alternativa para o conceito de inteligência
como uma capacidade inata, geral e única que permite aos indivíduos um
desempenho, maior ou menor, em qualquer área de atuação. Inteligências Múltiplas
é uma teoria desenvolvida a partir dos anos 80 por uma equipe de pesquisadores
da universidade de Harvard.

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Liderada pelo psicólogo Howard Gardner, que inicialmente identificou sete
tipos de inteligência que proporcionou grande impacto na educação no início dos
anos 90.

As inteligências múltiplas de Howard Gardner são classificadas em:

1. Lógico-Matemática (Abstrata) - Capacidade de analisar problemas, operações


matemáticas e questões científicas. É a mais associada com a ideia tradicional de
inteligência (Matemáticos, engenheiros, cientistas, físicos). Os componentes centrais
desta inteligência são descritos por Gardner como uma sensibilidade para padrões,
ordem e sistematização.
É a habilidade para explorar relações, categorias e padrões, através da
manipulação de objetos ou símbolos, e para experimentar de forma controlada; é a
habilidade para lidar com séries de raciocínios, para reconhecer problemas e
resolvê-los.
2. Linguística (Abstrata) - Habilidade para lidar com palavras de maneira criativa
e de se expressar de maneira clara e objetiva. É a inteligência da fala e da
comunicação verbal e escrita e não tem relação com a cultura da pessoa.

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Sensibilidade para a língua escrita e falada (Oradores, escritores, poetas,
jornalistas e publicitários). Os componentes centrais da inteligência linguística são
uma sensibilidade para os sons, ritmos e significados das palavras, além de uma
especial percepção das diferentes funções da linguagem. É a habilidade para usar a
linguagem para convencer, agradar, estimular ou transmitir ideias.
3. Espacial (Concreta) - Capacidade de compreender o mundo visual de modo
minucioso. Capacidade de reproduzir, pelo desenho, situações reais ou mentais, de
organizar elementos visuais de forma harmônica; além de situar-se e localizar-se no
espaço. Permite formar um modelo mental preciso de uma situação espacial,
utilizando-o para fins práticos (Orientação/disposição). Capacidade de transportar-
se mentalmente a um espaço (Arquitetos, desenhistas, escultores, artistas plásticos,
ilustradores, navegadores e pilotos). Gardner descreve a inteligência espacial como
a capacidade para perceber o mundo visual e espacial de forma precisa.
4. Musical (Abstrata) - Habilidade para tocar, compor e apreciar padrões
musicais. Capacidade de entender a linguagem sonora e de se expressar por meio
dela. Permite organizar elementos sonoros de forma criativa e independe de
aprendizado formal. É a mais associada com a ideia de talento. (Músicos,
compositores e dançarinos). Para Gardner, inclui discriminação de sons, habilidade
para perceber temas musicais, sensibilidade para ritmos, texturas e timbre, e
habilidade para produzir e/ou reproduzir música.
5. Físico-Cinestésica = Corporal (Concreta) - Potencial de usar o corpo para
dança, esportes. Capacidade de utilizar o próprio corpo para expressar ideias e
sentimentos. Facilidade de usar as mãos. Incluem habilidades como coordenação,
equilíbrio, flexibilidade, força, velocidade e destreza (Mímicos, dançarinos,
desportistas, mágicos e malabaristas). Esta inteligência se refere à habilidade para
resolver problemas ou criar produtos através do uso de parte ou de todo o corpo. É
a habilidade para usar a coordenação grossa ou fina em esportes, artes cênicas ou
plásticas no controle dos movimentos do corpo e na manipulação de objetos com
destreza.
6. Interpessoal (Social) - Habilidade de entender as intenções, motivações e
desejos dos outros. Capacidade de compreender as pessoas e de interagir bem com
os outros, o que significa ter sensibilidade para o sentido de expressões faciais, voz,
gestos e posturas de habilidade para responder de forma adequada às situações
interpessoais (Terapeutas, políticos, religiosos, professores e animadores de
espetáculos).

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Para Gardner, esta inteligência pode ser descrita como uma habilidade para
entender e responder adequadamente a humores, temperamentos motivações e
desejos de outras pessoas.
7. Intrapessoal (Social) - Capacidade de se conhecer. De estar bem consigo
mesmo, de administrar os próprios sentimentos a favor de seus projetos. Inclui
disciplina, autoestima e autoaceitação podemos citar os escritores, psicoterapeutas
e conselheiros. Esse tipo de inteligência é importante para todas as profissões. Esta
inteligência é o correlativo interno da inteligência interpessoal, isto é, a habilidade
para ter acesso aos próprios sentimentos, sonhos e ideias, para discriminá-los e
lançar mão deles na solução de problemas pessoais. É o reconhecimento de
habilidades, necessidades, desejos e inteligências próprias, a capacidade para
formular uma imagem precisa de si própria e a habilidade para usar essa imagem
para funcionar de forma efetiva.

CONSIDERAÇÕES FINAIS
Portanto, em relação a essa explanação sobre inteligências múltiplas, trabalho
desenvolvido por Gardner, dito no início desta pesquisa, se pode concluir que as
pessoas possuem inteligências em diferentes graus de desenvolvimento. Isto
significa dizer que ninguém recebeu dádivas especiais e exclusivas. Não existem
homens e mulheres com perfil psicológico melhor ou pior.
Os seres humanos devem individuar-se em busca de uma singularidade como
diferenciação do coletivo para o bem de todos. Deste modo, filosofa Jung, o que nos
falta é treino, ou, aprender a aprender e completa dizendo que: “quem olha para
fora sonha, quem olha para dentro desperta”.

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9. Inteligência Emocional:
Como Fazer?
“A inteligência é o que você usa quando não sabe o que fazer”
Jean Piaget

Você já ouviu essa afirmação?


“Você é responsável pelas escolhas que você faz. Você é responsável por
escolher sentir raiva, tristeza e medo”. Com certeza sim, pois é o que mais se escuta
nos tempos atuais. Como se ser feliz fosse uma obrigação!!!!! Ter raiva, medo ou
tristeza é coisa de gente fraca, sem equilíbrio emocional. Não caia nessa conversa,
pois sentir emoções indica simplesmente que você é um ser humano. Raiva, medo
ou tristeza são emoções que causam sim um certo desconforto, mas são
necessárias e afloram sem o seu controle.
E você só tem consciência quando você sente reações fisiológicas, tais como
aceleração dos batimentos cardíacos, tremor, aumento na pressão sanguínea,
palidez ou sangue nos olhos.
Todas essas reações indicam alguma emoção aflorando e prontas para gerar
um pensamento, um sentimento e uma ação: de fuga, de ataque ou de
enfrentamento equilibrado. É aqui que você pode fazer toda a diferença, é aí que
você pode demonstrar sua inteligência emocional, se realmente você tem um
emocional inteligente ou apenas é um reativo e defensivo, pronto para se defender.

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Entendeu agora por que dizem que você é responsável pelas suas escolhas?
Você pode escolher ser defensivo ou assertivo com seu emocional.
Ser defensivo é uma forma automática de reagir quando você se sente sob
ameaça física ou psicológica. Você cria mecanismos de defesas percebidos como os
hábitos comportamentais de agredir ou de se submeter, como estratégia de
sobrevivência nos relacionamentos profissionais e pessoais. Em nossos
relacionamentos cotidianos, podemos constatar que são poucas as pessoas que se
sentem livres para expressar o que está dentro delas.
Pessoas mal resolvidas nas suas necessidades emocionais buscando ser
amadas a qualquer preço, serem aceitas e reconhecidas pelas suas posses e status,
não pelas suas qualidades pessoais. Essas pessoas preferem se proteger por meio
de comportamentos defensivos e pagar os custos da relação agressão/submissão.
Parecem ser essas as formas mais corriqueiras que aprendemos para resolver
nossos problemas. Nosso repertório de escolhas diminuído dificultará a livre vazão
de nossos desejos, necessidades e opiniões, e a sensação de ameaça se torna um
gatilho de emoções aflitivas como medo, raiva e tristeza.
Os problemas crescem e geram situações mal resolvidas e rancorosas entre as
pessoas. Pessoas rancorosas lidam cm o cotidiano de trabalho ora de forma passiva,
ora de forma manipuladora. Quando estão à beira do colapso, tornam-se agressivas
e invasivas, construindo relações destrutivas. Pessoas rancorosas são mais
vulneráveis emocionalmente e “presas fáceis” nos relacionamentos interpessoais,
ou seja, facilmente perdem o controle da situação e acionam o ciclo da emoção
aflitiva, de forma negativa.
A passividade, a manipulação e a agressividade são ingredientes típicos de
mecanismos de defesa.
Como mudar tudo isso? Pare de agir baseado em escolha inconsciente e faça
uma escolha consciente de como você quer sentir, pensar e agir para se sentir mais
confortável e de bem com a vida. Mas, como? Utilizando seu cérebro a seu favor.
Como? Diminuindo a ativação da área emocional (sistema límbico) e
fortalecendo mais uma área do seu cérebro que está localizado no lobo frontal do
córtex cerebral que se chama pré-frontal. O pré-frontal, também considerado a sede
da personalidade e a mente consciente, é hábil em diferenciar pensamentos
conflitantes, analisar custos e benefícios de uma decisão, e prever consequências
futuras, o que possibilita a proatividade para planejar ações que antecipem
problemas.

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O pré-frontal tem um papel fundamental na gestão emocional, pois regula a
energia límbica e pode assim, criar comportamentos adaptativos adequados ao
ambiente e situação, na tomada da consciência das emoções. Isso quer dizer que
na ausência da ativação e uso do pré-frontal, as emoções ficam fora do controle.
Assim, podemos concluir que o pré-frontal é o responsável pelo processamento
inteligente das emoções. Isso é uma escolha consciente, isso é inteligência
emocional.
Se você quer realmente se apropriar do seu emocional e utilizar a razão (pré-
frontal) para equilibrar a emoção você precisa:
 Tomar consciência da emoção que está sentindo
 Entender os gatilhos da emoção
 Planejar respostas adequadas ao ambiente e a situação
 Agir de forma pensada, enfrentando a situação com tranquilidade e expressando a emoção
de forma assertiva

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10. Inteligência Emocional: A
Chave do Sucesso
“O que muda as nossas crenças é agir na direção de nossos sonhos”
Paulo Vieira

Como está a sua Inteligência Emocional?


Não, não estamos querendo saber como eram suas notas no colégio ou
quantos dígitos apareceram no resultado do seu teste de Q.I. A pergunta tem a ver
com o modo como você lida e encara os seus sentimentos e emoções, assim como
os dos outros. Essa é uma expressão que tem ganhado destaque ao longo dos
últimos anos, sobretudo no ambiente corporativo, mas que ainda permanece
desconhecida de muita gente. Mas fique tranquilo, pois você vai ter um bom tempo
para pensar em uma resposta para a nossa pergunta inicial?

O que é inteligência emocional?


Inteligência emocional é um conceito
relacionado com a chamada “inteligência social”,
criada por Daniel Goleman. Um indivíduo
emocionalmente inteligente é aquele que consegue
identificar e controlar as suas emoções com mais
facilidade.

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Podemos dizer também que ela nada mais é do que a forma como nós
aprendemos a encarar nossas próprias emoções e as usamos para o nosso
benefício. Mas não é só olhar para o próprio umbigo – ou, nesse caso, para a própria
mente -, como também olhar para o outro e os seus sentimentos. Na correria da
rotina, no entanto, essa parece uma atitude cada vez mais distante.

Os pilares da inteligência emocional


Para facilitar um pouco mais a compreensão sobre inteligência emocional,
Goleman delimitou os cinco pilares que regem o seu funcionamento. Veja quais são
eles agora.
Autoconhecimento emocional - Não somos robôs, mas ser humanos dotados
de sentimentos. Mesmo que alguns digam que possuem um coração de pedra, a
emoção é intrínseca a cada um de nós. O desafio é aprender a ouvir e a conhecer
os nossos próprios sinais.
Controle emocional - Não basta apenas reconhecermos a existência de nossos
sentimentos, é preciso também saber lidar com eles – eis a parte mais difícil, a
propósito. Quem não conta com essa habilidade também não possui o real domínio
da sua vida e pode estar totalmente dependente das suas emoções. Isso significa
instabilidade a cada curva, especialmente se ela tiver obstáculos.
Automotivação - É a nossa capacidade de redirecionar um sentimento a fim de
obter algum ganho pessoal. Manter a serenidade e a calma na hora de realizar
nossas atividades profissionais para que, no final do dia, venha aquela sensação de
dever comprido é um exemplo.
Empatia - Os outros também possuem emoções e elas precisam ser
respeitadas. É sobre isso que trata o quarto pilar da inteligência emocional. É essa
preocupação com o que o outro sente que faz surgir as relações pessoais mais
sinceras. É olhar sem julgamento prévio e tentar entender o que levou a pessoa a
agir daquela forma, mesmo que você teria feito diferente.
Relacionamentos interpessoais - As trocas e as interações são frutos da nossa
capacidade de também gerir o sentimento do outro. Sem os relacionamentos
humanos, não existiria a vida em sociedade e todos os elementos positivos e
negativos que esse compartilhamento de emoções possibilita.

Por que é importante desenvolver a inteligência emocional?


A inteligência emocional é importante porque é a única forma possível de se
viver de maneira saudável.

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Com ela, você consegue equilibrar a razão
e os sentimentos, a fim de neutralizar as
emoções negativas e acabar com as crenças
limitantes e os comportamentos prejudiciais.
Da mesma forma, emoções positivas são
criadas e potencializadas. A partir delas, fica
mais fácil a obtenção dos resultados que você
tanto espera. E como viver sem estabelecer relações pessoais? Só se você morar em
uma caverna, isolado do mundo. Sabendo que você não é essa pessoa, vai precisar
da inteligência emocional para criar vínculos e conexões com os outros.
Vantagens da inteligência emocional - Ainda não está totalmente convencido
da importância da inteligência emocional? Então, preparamos uma lista para você
com algumas vantagens a se colher com esta habilidade fundamental:
 Melhora da sua relação com os outros
 Diminuição da sua ansiedade e do seu estresse
 Aumento da empatia pelo próximo
 Mais poder de decisão
 Metas mais claras e palpáveis
 Crescimento da produtividade
 Controle maior do tempo
 Autoestima nas alturas
 Mais responsabilidade e comprometimento
 Equilíbrio emocional.

Não é má ideia seguir por esse caminho, não é mesmo?

Daniel Goleman e a inteligência emocional


Já falamos brevemente sobre ele, mas a importância de Daniel Goleman para a
disseminação da inteligência emocional é tamanha que merece mais
aprofundamento. Foi através de sua obra homônima ao tema deste artigo, de 1986,
que o assunto foi popularizado. Não por acaso, foram mais de cinco milhões de
cópias vendidas.
Segundo o especialista, a inteligência emocional representa a capacidade que
toda a pessoa tem de identificar suas próprias emoções e as dos outros. Mas isso
você já sabe e a definição não para por aí. A forma como gerimos todos os nossos
sentimentos dentro de nós e em nossas relações também é agir de maneira
emocionalmente inteligente. Para Goleman, nossos circuitos cerebrais podem ser
trabalhados, pois não são estáticos.

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E a maneira com a qual os manipulamos pode determinar ou não o sucesso
das nossas ações. Como exemplo, o autor lembra que a vida em sociedade só é
possível através das relações. Logo, quem melhor sabe se conectar e estabelecer
laços com as outras pessoas têm melhores chances de chegar mais longe do que
aqueles que não têm essa capacidade.

Como aumentar a inteligência emocional?


A dica foi dada pelo próprio Goleman
no item anterior: para melhorar a sua
inteligência emocional, é preciso trabalhar
melhor suas relações. E isso não significa
sair por aí fazendo amigos da noite para o
dia.
Você conheceu há pouco os cinco
pilares que fundamentam essa teoria. E a
construção dos relacionamentos é a última
etapa. Antes disso, você deve reconhecer,
saber controlar e usar a seu favor as emoções que sente, para aí então partir para
empatia. Tudo tem que estar muito bem resolvido dentro de você primeiro.

Como desenvolver a inteligência emocional


Então, vamos a algumas dicas que podem ajudar a você desenvolver essa
habilidade tão determinante para o sucesso:
 Comece a observar o seu próprio comportamento e a refletir sobre ele
 Encontre maneiras de dominar as suas emoções – exercícios de controle da respiração
podem ajudar
 Lide melhor com os seus sentimentos negativos
 Trabalhe a sua autoestima
 Pratique a arte da resiliência
 Desenvolva a empatia.

Maior inteligência emocional x maior satisfação pessoal


A relação entre inteligência emocional e satisfação pessoal é direta: quanto
maior for uma, maior também será a outra. E é fácil entender o porquê. Quanto
mais você consegue controlar os seus sentimentos, ser o verdadeiro ator da sua
vida e perceber os resultados disso aparecendo, é natural que o sentimento
de bem-estar acompanhe essa relação.

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Qual seu nível de inteligência emocional?
E por falar em percepção, você se deu conta que, de alguma forma, esses
elementos conversam com os cinco pilares da inteligência emocional? Digamos que
você seja muito mais extrovertido do que introvertido, leve as suas intuições muito
em conta, consiga equilibrar a razão e o sentimento e seja uma pessoa que se
adapta às situações.
Nesse caso, é possível dizer que possui uma inteligência emocional elevada.
Agora, se as suas respostas mostrarem o contrário, é preciso mudar um pouco a
maneira como você encara e lida com os seus sentimentos.

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Conclusão
“Eu sou do tamanho daquilo que sinto, que vejo e que faço, não do
tamanho que os outros me enxergam”
Bob Marley

PASSADO, PRESENTE e FUTURO são formas de organizar o


tempo e a vida. Na verdade, o único tempo que temos é o
presente. O passado já passou, e o futuro ainda não chegou.
Mesmo assim, podemos revisitar o passado e avistar o futuro,
daqui mesmo de onde estamos: no aqui e agora. É no hoje que
ressignificamos as experiências vividas e plantamos os sonhos
que vamos colher amanhã. É no hoje que nos conhecemos,
descobrimo-nos e reinventamos novas maneiras de ser, viver e conviver. Hoje é o
tempo mágico, no qual tudo é possível e nada é distante. Podemos ler o nosso
passado e imaginar o futuro, mas nós só podemos escrever no presente.
Escrever é ser a presença do momento. É captar sentimentos e sensações e
traduzi-los em palavras. É estar presente e perder-se no tempo. É trilhar um
caminho de linhas e curvas. É revelar a alma e desnudar o coração. Escrever é ser
você mesmo e transformar-se em quem quer ser. Escrever é guardar o passado
num baú mágico e remexer lembranças amadas revivendo as emoções. Escrever é
visitar o futuro em pensamento, é ouvir a intuição e pensar com o coração. Escrever
é mil e uma possibilidades de viver a vida e deixar a sua marca única no mundo.
Escrever é revelar-se, é amar-se, é amar, é ser amado.
Espero que o Ebook Inteligência Emocional tenha despertado o seu amor pela
escrita como um caminho de autoconhecimento.
 Que você possa escrever a jornada da sua vida com amor, saúde e felicidade!
 Que você seja o escritor da sua história, e que a sua trajetória revele a sua
missão de alma.
Numa bela mandala multicolorida, que você encontre a unidade e a totalidade,
no centro de um sorriso desenhado pelo coração.
Cristiane Silva
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Bibliografia
• grupokronberg.com.br/o-que-e-inteligencia-emocional/
• folharj.com.br/2018/08/20/inteligencia-emocional-da-teoria-pratica/
• pt.psy.co/7-dicas-super-simples-para-desbloquear-seu-genio-criativo.html
• amenteemaravilhosa.com.br/30-perguntas-libertarao-mente/
• blog.controversia.com.br/2009/01/19/realismo-howard-gardner.
• infoescola.com/psicologia.
• cesvale.edu.br/a-teoria-das-inteligencias-multiplas/
• ludmilaventuroli.com.br/qual-e-a-importancia-da-inteligencia-emocional/
• sbcoaching.com.br/blog/atinja-objetivos/inteligencia-emocional/
• assertiva.com.br/comunicacao/inteligencia-emocional-como-fazer-boas-
escolhas-emocionais/
• assertiva.com.br/comunicacao/as-10-acoes-para-desenvolver-um-emocional-
inteligente/
• manualdasecretaria.com.br/inteligencia-emocional/
• ifh.com.br/blog/inteligencia-emocional/

WEINBERG Monica – Revista Veja Edição 2018 – 25 de julho de 2007.

ULBRICHT Vânia, ZANDOMENEGHI Ana – Texto de aula: Inteligências Múltiplas.

GARDNER, Howard – Estruturas da Mente – A Teoria das Inteligências Múltiplas. Ed.


Artes Médicas, 1994

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