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RA.

1 – Compreender os conceitos básicos sobre Cadeias de


Fornecimentos e Gestão de Inventários

CD a) Definir o conceito de Logistica de cadeia de fornecimentos


A logística é uma operação integrada para cuidar de suprimentos e distribuição de produtos de forma
racionalizada, o qual significará a esta Empresa o planeamento, coordenação, e a execução de um processo de
controle de todas as atividades ligadas à aquisição de materiais para a formação de estoques, desde o momento
de sua concepção até seu consumo final.

Importância da logistica
É de vital importância à redução de custos e ao aumento da competitividade. A Logística empresarial nasceu da
importância da redução de custos nas empresas e na maior importância que se dá hoje em atendimento das
necessidades dos clientes.
Quando todos os produtos se tornam iguais, a empresa mais competitiva será aquela que conseguir ser mais
eficiente e eficaz, se antecipando a prováveis problemas que possa vir a enfrentar. Some-se a isso, que o mundo
está se tornando cada vez mais um mercado global, as fronteiras geográficas estão desaparecendo e a
expectativa é que as empresas estejam preparadas para enfrentar as realidades desse novo desafio.

Definição Geral
Em termos atuais, pode-se dizer que a Logística é a arte da preparação da produção que cuida do planejamento
dos materiais, da obtenção de materiais, do planejamento da linha de produção, da alimentação da linha de
produção e da distribuição dos produtos finais. A logística moderna passa a ser a maior preocupação dentro das
empresas.
Pela definição do Council of Supply Chain Management Professionals, "Logística é a parte do Gerenciamento da
Cadeia de Abastecimento que planeja, implementa e controla o fluxo e armazenamento eficiente e econômico de
matérias-primas, materiais semi-acabados e produtos acabados, bem como as informações a eles relativas, desde
o ponto de origem até o ponto de consumo, com o propósito de atender às exigências dos clientes" (Carvalho,
2002, p. 31).
Ela deve abranger toda a movimentação de materiais, interna e externa à empresa, incluindo chegada de
matéria-prima, estoques, produção e distribuição até o momento em que o produto é colocado nas prateleiras
a disposição do consumidor final.

Atividades envolvidas
A logística é dividida em dois tipos de atividades - as principais e as secundárias:
• Principais: Transportes, Gerir os Estoques, Processamento de Pedidos.
• Secundárias: Armazenagem, Manuseio de materiais, Embalagem, Obtenção / Compras, Gestão de
produtos e Sistema de informação.

Cadeia de fornecimentos (Supply Chain)


Conceito
Cadeia de fornecimento é o grupo de fornecedores que supre as necessidades de uma empresa na criação e no
desenvolvimento dos seus produtos. Pode ser entendido também como uma forma de colaboração entre
fornecedores, retalhistas e consumidores para a criação de valor.

Definição
Cadeia de fornecimento pode ser definida como o ciclo da vida dos processos que compreendem os fluxos físicos,
informativos, financeiros e de conhecimento, cujo objectivo é satisfazer os requisitos do consumidor final com
produtos e serviços de vários fornecedores ligados.
A cadeia de fornecimento, no entanto, não está limitada ao fluxo de produtos ou informações no sentido
Fornecedor→ Cliente. Existe também um fluxo de informação, de reclamações e de produtos, entre outros, no
sentido Cliente→ Fornecedor (Ayers, 2001, p. 4-5).
O Supply Chain Management (SCM) é a gestão da cadeia de fornecimento. Segundo alguns estudiosos, a
competição no mercado global não ocorre entre empresas, mas entre cadeias de fornecimento. A gestão da
logística e do fluxo de informações em toda a cadeia permite aos executivos avaliar pontos fortes e pontos fracos
na sua cadeia de fornecimento, auxiliando a tomada de decisões que resultam na redução de custos, aumento
da qualidade, entre outros, aumentando a competitividade do produto e/ou criando valor agregado e
diferenciais em relação a concorrência (Shapiro, 2001, p. 4).

Diferença entre Logística e Cadeia de Suprimentos?


É comum a confusão entre os termos logística e cadeia de suprimentos, ou Supply Chain. Principalmente, em que
pontos cada um deles atuam. É importante lembrar que todas as etapas de qualquer produto, desde a produção,
estoque e entrega até o consumidor final, podem variar de acordo com cada empresa. Mas quanto mais definido
e individualizado os processos da cadeia de suprimentos, melhor será o resultado final.
Dessa forma, com o processo bem gerenciado, a empresa pode otimizar os processos e ganhar tempo e
rentabilidade. Isso com o descarte de etapas que não acrescentam e só atrasam a linha de produção.

Diferenças entre logística e cadeia de suprimentos


Basicamente, a gestão da cadeia de suprimentos é responsável pelos métodos e sistemas operacionais ligados
ao produto, direta ou indiretamente. Por exemplo, cumpre as tarefas de compras, depósitos, inventários – da
produção até a pesquisa de satisfação do cliente.
Já a logística é uma etapa dentro do processo de cadeia de suprimentos. Está relacionada com o movimento
físico do produto da empresa até o cliente, preocupada com o prazo de entrega. Por esses motivos são operações
conectadas e dependentes.

Logística x cadeia de suprimentos


Apesar das diferenças citadas acima, ambos os conceitos tem muito em comum. Isso porque a logística não deixa
de ser uma parte da cadeia de suprimentos. Afinal, ambos gerenciam os produtos até chegar ao mercado.
Entenda como se diferenciam e se complementam ao mesmo tempo:

Logística
▪ Função técnica dentro da cadeia de suprimentos;
▪ Processo interno de uma empresa, às vezes terceirizado para uma empresa própria de logística;
▪ Objetiva baixos custos, modelo de distribuição just in time de produtos e centros de distribuição.
Cadeia de Suprimentos
▪ Visão estratégica que abrange logística, aquisição e planejamento;
▪ Trabalha com fornecedores, fabricantes e outros parceiros externos;
▪ Objetiva vantagem competitiva ao trabalhar com parceiros externos para impulsionar a inovação e
redução de custos em todas as etapas da produção.
Para tornar tudo isso que falamos acima mais visual, disponibilizamos este infográfico. Confira nele todas as
estratégias que envolvem a logística e a cadeia de suprimentos:

CD b) Definir o conceito de Inventário e descrever os diferentes sistemas de


gestão de Inventário
Inventário. Conceito
Um inventário é uma lista dos elementos constituintes do património de uma pessoa ou organização e
do seu valor. Numa empresa, o inventário deve conter não só as mercadorias, mas também outros bens
necessários para a prossecução da atividade económica, como viaturas e outros equipamentos usados.

Razões para fazer o inventário


A razão principal para uma empresa fazer o inventário é, evidentemente, conhecer a sua situação em
termos de existências. Porém, este também pode ser realizado para:
➢ Responder antecipadamente a aumentos na procura;
➢ Precaver-se contra aumentos inesperados na procura;
➢ Aproveitar os descontos de encomendar mercadorias em grandes quantidades;
➢ Prevenir ruturas na atividade;
➢ Prevenir que as mercadorias passem demasiado tempo armazenadas.

Quando é feito o inventário


Nas empresas, o inventário é realizado, por norma, nos últimos dias de cada ano ou nos primeiros dias
do ano seguinte. É nestes períodos que muitas empresas se encontram “fechadas para inventário”.
Ao fazer a listagem é possível saber quais os bens que estão disponíveis para venda, bem como outros
que tenham eventualmente desaparecido ou se tenham deteriorado.
Sistemas de Gestão de Inventário
Os sistemas de gestão de inventário são ferramentas que apoiam as actividades ligadas à gestão de
inventário, como o registo do histórico da procura de determinados produtos, controlo dos níveis de
stock de diferentes produtos e calcular a quantidade económica de encomenda bem como o stock de
segurança para cada produto. Estes sistemas são usados para encontrar o equilíbrio entre os custos de
inventário e os custos de ruptura de stock.
Os 5 Tipos de Inventários e seus Funcionamentos
Um controle de inventário mal feito poderá gerar maiores custos de armazenagem, aumentando sem razão as
correções de falhas, podendo até fazer você perder vendas em razão da falta de produtos. Sendo assim, é de
suma importância adotar um sistema de inventário para o seu estoque, buscando por tipos de inventários de
estoque mais utilizados no mercado.

As necessidades de uma empresa se determinam, com o tipo de inventário adequado às suas


expectativas.

1. Inventários Anuais
Esse tipo de inventário se rege por uma contagem de bens de uma empresa em todo fechamento de
ano. Em geral é realizado na última semana do ano, sem esse inventário, não é possível saber se a
empresa obteve resultados durante o ano vigente.

2. Inventários Periódico
As empresas que adotam o inventário periódico, realizam uma contagem juntamente com uma
atualização do estoque em períodos preestabelecidos, que poderão ser semanais, quinzenais,
mensais e trimestrais. Nessas situações, as vendas por si só não atualizam o números
automaticamente, porém, será somente em uma nova verificação. Essa periodicidade no qual o
inventário é atualizado está relacionada com o fluxo de movimentações do seu empreendimento.

Esse tipo de inventário é mais indicado para às empresas que não possuem maiores movimentações
de estoque ou que tem grandes reposições de mercadorias junto aos fornecedores.

3. Inventário Permanente
As empresas que usam este tipo de inventário realizam uma atualização do estoque em tempo real,
toda vez que uma mercadoria entra ou sai dos depósitos. E claro que se os relatórios forem fidedignos, o
empreendedor deve procurar o auxílio de um software de gestão que tenha uma função de controle
de estoques integrada. Assim, o sistema fará o controle de forma automática, reduzindo a incidência
de falhas humanas.

A vantagem desse tipo de inventário é obter dados atualizados a qualquer momento, de forma que o
gestor não ficará dependente de contagens que só irão ocorrer em datas determinadas.

4. Inventário Rotativo
Muitas pessoas confundem o conceito de inventário rotativo com o cíclico. Em razão desse tipo de
inventário, também existe a verificação do estoque em períodos pré-definidos, no entanto, os objetivos
do rotativo são diferenciados.

O inventário rotativo assegura uma espécie de segurança administrativa para o negócio, evitando
assim, que a empresa tenha uma surpresa com a perda de produtos por questões alheias a sua vontade
e planejamento.
O controle do estoque é feita em períodos que poderão variar entre o mensal, semanal e diário. Assim,
a empresa faz a verificação com o intuito de localizar possíveis problemas como extravios, vencimento
de produtos, e etc.

5. Inventários Geral
Esse tipo de modelo é o mais simples, todos os itens que compõem a empresa.

Sendo necessário que os produtos sejam verificados e não somente os colocados à venda precisarão
ser controlados mas os demais também. Nesse tipo são conferidos os itens do almoxarifado, os
insumos, as mercadorias para revenda, o maquinário e materiais de uso e consumo diários, o que é
muito útil para a avaliação dos patrimônios da empresa. Realizando a soma da conferência com o ativo
imobilizado, é possível ter uma maior clareza, exercendo um controle mais efetivo sobre o valor
patrimonial do seu negócio.

Vantagens de realizar um Inventário


Agora que você entendeu o que é um inventário e como funciona e seus 5 tipos de inventário, é hora
de saber quais as vantagens de se ter um inventário, seja o tipo que for.
São elas:
• Controle sobre o patrimônio;
• Controle do estoque;
• Evita desperdícios;
• Controle sobre o prazo de validade;
• Redução custos;
• Evita reposições desnecessárias;
• Redução de perda em vendas;
• Adequação de um espaço físico;
• Adequação de uma força de trabalho.

Considerações Finais
Em um mercado mais tecnológico e cada vez mais concorrido, os empreendedores que trabalham com
inventários, evitam inúmeras situações saindo na frente e crescendo no mercado. Assim, pode se
concluir que todos os tipos de inventário de estoque são fundamentais para assegurar o controle e
gerenciamento dos itens que são armazenados em sua empresa. Prevendo e evitando surpresas
desagradáveis que poderão prejudicar todo o processo e investimento, fazendo com que a sua empresa
se torne mais competitiva no mercado.
CD c) – Ilustrar a interligação entre o conceito de logística e as diferentes
áreas funcionais da organização.

Interligação entre a logística e os sectores funcionais da empresa


Logística e Setor de Compras – A logística oferece meios para que o setor de compras realize melhores
negociações e escolha os melhores fornecedores. Com isso os ganhos da empresa são muito grandes,
pois reduz os custos e o tempo de fabricação dos produtos. Os consumidores também ganham
recebendo seus produtos mais rapidamente e com menor preço. Utilizando as ferramentas logísticas,
o desperdício de matéria-prima é evitado e a empresa consegue trabalhar com o estoque apenas na
quantidade necessária para a demanda.
Logística e Setor de Armazenamento – A logística pode ajudar o setor de armazenamento no
recebimento de produtos, na realização de controle quantitativo e qualitativo dos produtos recebidos.
Após o material ser aprovado nessa inspeção, segue para o estoque e o que for reprovado será
devolvido ao fornecedor. Esta devolução também faz parte da responsabilidade do setor de
armazenamento e da logística.
Logística e Setor de Planejamento – A interação entre estes setores pode ajudar a antecipar as
necessidades de materiais, isto se dá através de planilhas, como pedidos de fornecimentos, controle de
estoque e inventários de almoxarifado. Sendo assim, consegue controlar não apenas a previsão de
estoque como também suprir a demanda mesmo em períodos acima ou abaixo da média.
Logística e Setor Financeiro – As movimentações financeiras como entrada e saída de valores também
podem ser controladas com as ferramentas da logística.

Canais de distribuição
Oferecer um produto de qualidade com preço competitivo não é garantia de sucesso de vendas. É de
suma importância possuir um sistema de distribuição que proporcione ao cliente agilidade na entrega,
e para isto, é preciso definir quem serão os distribuidores e os locais de venda.
Por exemplo: em uma empresa fabricante de calçados, a nova coleção vem com vários modelos de
botas, esta empresa precisa exportar seus calçados para todas as regiões do Brasil e proporcionar
comodidade aos consumidores. Para que isto seja feito de forma eficaz é necessário realizar um estudo
de quais cidades utilizam mais este tipo de calçado, quais cidades possuem um clima mais frio e além
disso é preciso fazer com que este produto chegue ao consumidor final no outono e no inverno, pois
de nada adianta levar este tipo de produto para o comércio no verão.
Para este tipo de ação podemos afirmar que o fabricante está proporcionando utilidade de tempo e
lugar para os clientes.
A distribuição dos produtos certos, na época certa de venda, acessível ao consumidor daquele tipo de
mercadoria é determinante no sucesso de vendas. Esta é uma Estratégia Mercadológica aliada à
logística que gera resultados positivos.
Para que o produto chegue corretamente ao público alvo, precisamos averiguar as diferentes atividades
de distribuição, que são elas:
Movimentação física dos produtos – Nada mais é do que a movimentação eficiente dos produtos desde
a saída da linha de produção até a entrega aos clientes. Está incluso nesta movimentação, o transporte,
o armazenamento e o estoque. Diz respeito a movimentação dos produtos.
Canal de distribuição – São as empresas responsáveis pela distribuição dos produtos, desde a
fabricação até a aquisição pelos consumidores finais. Incluem os agentes, atacadistas e varejistas. Um
intermediário ajuda a diminuir o esforço do fabricante na distribuição dos produtos, e facilita para que
o produto abranja mais consumidores interessados na aquisição deste tipo de mercadoria.
Como a responsabilidade de distribuição é dividida com empresas especializadas, possibilita economia
de tempo e dinheiro. Além de diminuir a responsabilidade com transporte, armazenamento, vendas e
publicidade, podendo assim focar na produção da mercadoria.
A escolha do canal de distribuição fica sob responsabilidade do setor administrativo de cada empresa,
que deverá escolher o melhor canal para o tipo de produto comercializado. O setor administrativo
deverá escolher de forma que a distribuição seja feita em estabelecimentos apropriados e com preço
de acordo com o público alvo.
Aqui podemos observar que a logística está diretamente ligada à Estratégia Mercadológica. Os
intermediários nos canais de distribuição são responsáveis por distribuir os produtos, e reduzir os custos
para o fabricante. Este processo é chamado de economia de escala, onde quanto mais produtos forem
distribuídos, menor será o custo por unidade.
O trabalho dos intermediários precisa ser de qualidade e com custos cada vez mais baixos, para assim
suprir a exigência dos consumidores.

Funções dos intermediários:


Compra – O intermediário compra para revender ao consumidor. Ele precisa obter produtos
diversificados para conseguir oferecer para o maior número de clientes possível.
Armazenamento – Os produtos precisam ser armazenados de forma correta para não haver perda de
material. É necessário também que haja preocupação na quantidade de material estocado, para que
não se tenha produto em excesso e nem escassez do mesmo.
Distribuição – O intermediário faz a ponte entre os fabricantes e os consumidores.
Transporte – É a movimentação dos produtos, para levá-los às lojas ou aos consumidores.
Esquema ilustrativo da interligação entre as actividades de logistica e as áreas fucionais da
organização

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