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2
Agradecimentos
Juntos, expressamos nossa gratidão aos mais de 3 milhões de professores e
professoras do nosso país. Essa apostila é dedicada aos verdadeiros heróis e heroínas que atuam
todos os dias mudando as gerações e transformando o Brasil.
Vocês são nossos maiores Mestres. E é por cada um de vocês que sempre nos
dedicamos a aprimorar nosso trabalho!
“Não temos que ser perfeitos hoje. Não temos de ser melhores do que outra
pessoa. Tudo o que precisamos fazer é ser o melhor que pudermos.” Joseph B. Wirthlin
Bons Estudos!
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Sumário
Agradecimentos................................................................................................................................................3
Conceitos de Alfabetização............................................................................................................................15
Conceitos de Letramento...............................................................................................................................17
Métodos Sintéticos..........................................................................................................................................28
Métodos Analíticos.........................................................................................................................................32
Ambiente Alfabetizador................................................................................................................................37
Sobre a Autora.................................................................................................................................................57
Quem Somos...................................................................................................................................................58
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Contexto Histórico da Alfabetização no Brasil
Nos anos de 1880 até 1920 o ato de escrever era ligado diretamente ao fato de
se ter boa caligrafia, estar alfabetizado era sinônimo de ser civilizado, já o ato de ler significava
a possibilidades de adquirir novos conhecimentos, porém não se considerava as habilidades de
ler e escrever para comunicação dos indivíduos.
O final da década de 1970 foi cercado por diversos movimentos sociais, após a
queda da Era Militar, iniciou-se a redemocratização do país, e com isso inicia-se também um
novo período na área educacional brasileira, principalmente no que diz respeito a alfabetização.
Os anos seguintes foram tumultuados, com um cenário político conturbado, os índices de
analfabetismo dos brasileiros chegavam aos 26% e o fracasso escolar atingia 19% dos alunos
das séries iniciais.
Entre os anos de 2001 e 2005 as teorias destas autoras foram difundidas pelo
MEC através de cursos de capacitação para professores, como o Programa de Formação de
Professores Alfabetizadores. Mas não foi somente a teoria construtivista que permearam este
período, a partir do ano de 2000 o letramento passou a fazer parte do contexto educacional
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brasileiro. Assim o termo e as pesquisas ao Letramento passaram a conquistar um espaço
privilegiado, através dos estudos de Magda Soares e de cursos como o Pró Letramento (programa
de formação continuada do governo federal).
A partir de ano de 2010, todas as crianças com seis anos deveriam estar
matriculadas no primeiro ano do Ensino Fundamental nas escolas públicas e privadas de
todo o país, a entrada de crianças de seis anos no Ensino Fundamental aumentou o tempo de
escolarização para nove anos.
De acordo com o MEC, o objetivo principal deve ser formar cidadãos mediante
a capacidade de aprender, tendo como meios básicos o pleno domínio da leitura, da escrita e
do cálculo; a compreensão do ambiente natural e social, do sistema político, da tecnologia, das
artes e dos valores em que se fundamenta a sociedade.
A BNCC – Base Nacional Comum Curricular – é outra ação que visa aumentar
os números de crianças alfabetizadas no Brasil e define que a alfabetização deverá ocorrer
até o término do segundo ano do ensino fundamental. Atuais textos divulgados pelo governo
federal junto ao Ministério da educação deixam claro que os alunos das turmas de alfabetização
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devem ter o domínio da leitura e da escrita, algo que é fundamental para o pleno exercício
da cidadania, alfabetizar e formar sujeitos que façam a leitura da realidade para muito além
das letras. A escrita não deve ser mais concebida apenas como código de transcrição gráfica
das letras. Escola e professores precisam proporcionar aos alunos um ambiente alfabetizador,
permitindo o contato com frequente e significativo com os livros e as mais variadas formas de
leitura e escrita, quanto mais situações de uso da leitura e da escrita os alunos forem expostos
mais rápidos e eficazes será o processo de alfabetização destes alunos.
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Concepções de: Ensino e Aprendizagem, Alfabetização e Letramento
Caso você entenda que estar alfabetizado é saber codificar e decodificar, seu
método de trabalho seguirá por um caminho, mas se você entender que alfabetização inclui
também a compreensão do sistema alfabético, a participação em situações reais de leitura e de
escrita, a compreensão de mundo, sua prática pedagógica percorrerá outros caminhos.
A forma como o professor elabora seus objetivos e como prepara suas atividades
revela como esse entende aquele sujeito que aprende. A alfabetização não pode ser algo que
acontece fora de um contexto, por trás do que chamamos de ler e escrever existem competências
específicas para cada etapa do desenvolvimento infantil.
Tudo aquilo que o aluno já sabe, sua história, sua cultura, suas especificidades
devem contemplar todas as situações de aprendizagens. Ao elaborar as atividades o professor
deve ter como objetivo permitir que seus alunos tenham a possibilidade de vivenciar experiências
múltiplas, estimular a criatividade, a imaginação e desenvolver as mais diversas linguagens.
Como foi possível verificar no módulo 1, nosso país possui uma longa história de
insucesso no que diz respeito à alfabetização, assim, o professor além de dar conta deste contexto
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desastroso, deve também levar em consideração as particularidades do aluno que aprende e os
novos paradigmas de alfabetização. Compreender os processos pelos quais a criança percorre
até, de fato, aprender a ler e a escrever é um grande desafio para professores alfabetizadores.
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Como a Criança Aprende
É preciso ter em mente que ler e escrever é um processo contínuo que envolve a
construção e reconstrução de normas próprias de um código linguístico. O aluno constrói como
sujeito ativo, seu conhecimento sobre leitura e escrita. O processo de aprendizagem da leitura e
da escrita não é fácil, nem simples. Trata-se de uma evolução complexa, individual e subjetiva,
porém exige estímulo, motivação e troca de informações.
Para estabelecer uma correta e completa relação entre os sistemas de fala e escrita
o aluno carece de uma diversificada interação com leitura e escrita, assim baseando-se nos
modelos que o meio lhe oferece o aluno vai construindo seu próprio entendimento do que é ler
e escrever.
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Quando começa a aprender escrever a criança rabisca, mistura letras, símbolos e
números, cria, experimenta e assim passa a ajustar a sua escrita à de um adulto, até se apropriar
de fato do sistema convencional de escrita. Para que estas experiências sejam positivas, é
necessário que haja o “erro”, esses são o que chamamos de erros construtivos e serviram como
alavanca no processo de aquisição da escrita.
A criança deve ser vista pelo professor como um sujeito capaz de pensar e fazer
relações em atividades de leitura e escrita mesmo antes de estar alfabetizada, ao ser confrontada
com experiências diversificadas surgem conflitos cognitivos que podemos nomear de motor da
aprendizagem.
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receber motivação para construir seu conhecimento. As práticas pedagógicas devem promover
atividades dinâmicas e lúdicas, com problemas a serem resolvidos e com informações
contextualizadas, nesse sentido as cópias mecânicas e as repetições infinitas das famílias silábicas
devem ser dispensadas.
Para que a evolução do aluno ocorra o professor precisa entender como ocorre
a construção individual de cada um, colocando-se no ponto de vista do ser que aprende e
verificar como e por que ele pensa e faz a sua escrita de determinada maneira, nessa direção o
professor destaca-se como mediador entre o aluno e o objeto de conhecimento. As intervenções
devem ser planejadas para favorecer a atuação do aluno sobre aquilo que ele escreve.
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Conceitos de Alfabetização
Por muito tempo se diferenciava o indivíduo alfabetizado do analfabeto
exclusivamente pela consciência fonológica, ou seja, pela capacidade de associação entre sons e
letras para a construção de palavras.
A autora considera que o termo letramento traz consequências políticas,
econômicas e culturais para os sujeitos e indivíduos que se apropriam da escrita, fazendo com
que tais habilidades se tornem parte de suas vidas como meio de expressão e comunicação. Mas
afinal, qual é a diferença entre estar alfabetizado e letrado?
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Para Soares (2000), letramento é mais que alfabetização, é o estado que vive o
indivíduo que não somente sabe ler e escrever, mas exerce as práticas sociais de leitura e escrita
que circulam na sociedade em que vivem.
Este processo tem início quando a criança começa a conviver com as diferentes
manifestações de escrita, como rótulos, placas, revistas, jornais, sinalização de trânsito, e continua
durante toda a sua vida. A alfabetização e letramento são processos distintos, cada um com
suas particularidades, porém ambos devem ser levados em consideração para aprendizagem da
leitura e da escrita.
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Reconhecendo a importância e as características de cada um desses processos,
o professor precisa combinar a alfabetização com letramento, garantindo aos alunos tanto
a apropriação do sistema de escrita, como o domínio de práticas sociais de leitura e escrita.
O professor como mediador deste contexto de construção de conhecimentos deve aceitar o
desafio de “alfabetizar letrando”, possibilitar que o processo se desenvolva em um ambiente
alfabetizador, onde a criança se relacione com diversos tipos de textos ao mesmo tempo que
constrói sua base alfabética.
Rojo (2009, p. 98) nos explica que o termo letramento “busca recobrir os usos
e práticas sociais de linguagem que envolvem a escrita de uma ou de outro maneira, sejam
eles valorizados ou não valorizados, locais ou globais, recobrindo textos sociais diversos
(família, igreja, trabalho, mídias, escola, etc.) numa perspectiva sociológica, antropológica e
sociocultural”. Para sintetizar esse tema, seguem algumas considerações de Soares (2004).
É possível perceber que o conceito do termo letramento pressupõe uma visão mais
ampla do termo alfabetização, discute a necessidade de entendermos as práticas pedagógicas
como um conjunto de atividades manifestadas por determinado grupo social, em diferentes
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esferas da vida, demonstrando a demanda por diferentes atividades para os mais diversos
grupos por meio do uso da linguagem.
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O Que a Legislação Vigente Fala Sobre Alfebetização
A partir de ano de 2010, todas as crianças com seis anos deveriam estar
matriculadas no primeiro ano do Ensino Fundamental nas escolas públicas e privadas de
todo o país, a entrada de crianças de seis anos no Ensino Fundamental aumentou o tempo de
escolarização para nove anos.
As leis determinam que o Ensino Fundamental de nove anos inicie-se aos seis
anos de idade, de acordo com o MEC o objetivo é formar cidadãos mediante a capacidade
de aprender, tendo como meios básicos o pleno domínio da leitura, da escrita e do cálculo; a
compreensão do ambiente natural e social, do sistema político, da tecnologia, das artes e dos
valores em que se fundamenta a sociedade.
Fazem-se necessário uma atenção especial para como se devem avaliar os alunos
do primeiro ano do Ensino Fundamental, levando em consideração as necessidades e realidades
em que todos os alunos se encontram. A avaliação no processo de alfabetização se da em
uma dimensão formativa continuada e terá a função diagnostica capaz de indicar os níveis, os
conhecimentos e as dificuldades ao longo do processo de alfabetização e quais as estratégias de
intervenção necessárias para os avanços dos alunos.
Conforme a LDB nº 9.394/96 é direito das crianças com seis anos uma educação
que garanta seu desenvolvimento integral, em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social.
De acordo com o Art.31 da LDB nº 9.394/96: a avaliação far-se-á mediante o acompanhamento
e registro de seu desenvolvimento, sem o objetivo de promoção, mesmo para o acesso ao ensino
fundamental. De acordo com o Parecer CNE/CEB nº4/2008 a avaliação deve ser:
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O objetivo da ampliação do ensino Fundamental para nove anos é assegurar a
todas crianças um tempo mais longo de convívio escolar, maiores oportunidades de aprender e
com isso uma aprendizagem significativa. Portando é necessário que esta ampliação seja feita
com cuidado, é preciso ter claro que ampliação não é sinônimo de antecipação, professores,
coordenação, supervisão e direção precisam de estratégias adequadas para que este processo
seja feito de maneira correta sem prejudicar a aprendizagem e o desenvolvimento cognitivo dos
alunos. Sendo assim torna-se indispensável à verificação de como este processo vem acontecendo
na prática, nas salas de aula.
pdf)
A PNA tem como um dos seus princípios a ênfase no ensino dos seis componentes
essenciais para a alfabetização: consciência fonêmica, instrução fônica sistemática, fluência em
leitura oral, desenvolvimento de vocabulário, compreensão de textos e produção escrita. Por
meio da PNA deverão ser implementados programas e ações para a promoção da alfabetização
com base em evidências das ciências cognitivas, aos quais os entes federativos poderão aderir
voluntariamente. A finalidade é melhorar a qualidade da alfabetização no território brasileiro e
combater o analfabetismo absoluto e o analfabetismo funcional.
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Por Dentro da BNCC – Base Nacional Comum Curricular
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A partir deste documento, a especificidade da alfabetização é reconhecida e
propõe a mescla de duas linhas de ensino: a primeira indica para a centralidade do texto e para
o trabalho com as práticas sociais de leitura e escrita, a segunda soma a isso o planejamento de
atividades que permitam aos alunos refletir sobre o sistema de escrita alfabética. Ao assumir essa
postura, o documento considera as contribuições da perspectiva construtivista, principalmente
os estudos sobre os processos pelos quais as crianças passam para se apropriar da escrita. Mas
também aponta ser preciso um trabalho com a consciência fonológica e com conhecimento das
letras para ajudar a criança a evoluir em suas hipóteses de escrita.
O ano de escolaridade limite para uma pessoa aprender a ler e escrever foi
uma das questões mais discutidas durante a elaboração da BNCC. O Pacto Nacional pela
Alfabetização na Idade Certa (Pnaic), que é a diretriz anterior, coloca como prazo-limite o 3º
ano. A BNCC antecipou para o 2º ano e aponta que, no 3º ano, o processo continua com mais
foco na ortografia.
A BNCC estabelece cinco eixos para o ensino da Língua Portuguesa, sendo eles:
Oralidade, Leitura, Escrita, Conhecimentos Linguísticos e Gramaticais e Educação Literária.
Assim a alfabetização deve proporcionar que os alunos dominem o sistema de escrita alfabética
e se aproprie de aspectos lingüísticos e no decorrer do ensino fundamental aconteça a progressão
dos conhecimentos, consolidando aprendizagens anteriores e a ampliação de práticas de
linguagem.
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Métodos, Como Aplicar?
Alfabetizar uma turma com 25, 30 alunos, com ritmos de aprendizagens diferentes,
e experiências leitoras e culturais completamente diversas torna esse processo complexo, mas
não é impossível. O professor precisa ter objetivos claros, conhecer os caminhos que devem
ser percorridos, ter calma e fazer intervenções significativas, assim conseguirá alfabetizar sua
turma, de uma maneira agradável.
A questão da metodologia a ser usada em sala de aula não deve ser discutida como
uma questão mais ou menos importante na área da alfabetização, mas aquele profissional que se
propõe a alfabetizar deve possuir um conhecimento teórico-metodológico sobre alfabetização.
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O construtivismo na prática de sala de aula, muitas vezes limita-se a pontos muitos
específicos: trabalhar com o nome das crianças, ensinar o alfabeto associado a esses nomes, ser
mais tolerante com os erros dos alunos em fase de alfabetização e classificar as crianças em
fases. Mas infelizmente isso é muito pouco para dar conta das especificidades que exigem todo
o processo de alfabetização.
O que professores precisam saber é que uma receita mágica, em que todos os
alunos irão aprender a ler e escrever ao mesmo tempo, no mesmo nível, não existe. Cada
professor deve adaptar seus conhecimentos e seus métodos de acordo com a realidade dos
seus alunos, do contexto em que a escola que trabalha está inserida, assim o professor deve ter
criatividade para criar recursos, inovar a prática, realizar intervenções, auxiliando seus alunos
a construir caminhos necessários para chegarem ao final do processo alfabetizadas.
Nenhuma das duas opções, o que acontece é que para aprender a criança precisa
de condições básicas, de disponibilidade de um material interessante, que faça sentido e esteja de
acordo com o contexto sociocultural do aluno e orientações e intervenções específicas, que sirva
como uma mola propulsora, levando o aluno a evoluir no processo de ensino aprendizagem, o
professor deve assumir este desafio, e desenvolver um trabalho explícito no que diz respeito ao
alfabetizar.
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Métodos Sintéticos
Dependendo do método, essas unidades de análise podem ser escolhidas entre letras,
fonemas ou sílabas, que se junta para formar um todo. A aprendizagem pelos métodos sintéticos
leva à decodificação ou decifração. A proposta dos métodos denominados SINTÉTICOS partia
de uma proposta do ensino das unidades menores, ou seja, primeiro apresenta-se as letras, após
os fonemas, sílabas, até chegar na unidades mais complexas, como palavras e frases.
Dentre os métodos sintéticos, o mais antigo, que foi utilizado em massa até o
início do século XX, é o método alfabético. Consistia em apresentar partes mínimas da escrita,
as letras do alfabeto, que, ao se juntarem umas às outras, formavam as sílabas ou partes que
dariam origem às palavras. Os aprendizes, primeiro, deveriam decorar o alfabeto, letra por
letra, para encontrar as partes que formariam a sílaba ou outro segmento da palavra; somente
depois viriam a entender que esses elementos poderiam se transformar numa palavra. Mais
tarde, criou-se o procedimento de soletração, que gerou exaustivos exercícios e também o treino
com possíveis combinações de letras em silabários.
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Essas atividades eram sem sentido, porque se demorava a chegar ao significado.
Os alunos decoravam combinações (be-a-ba, be-e-be, etc.) e soletrando para tentar decifrar a
palavra bola: “be-o-bo, a-la = bola”.
O material que pode ser citado, que coincide com o uso do método alfabético,
são as Cartilhas de ABC e os silabários. O método alfabético trazia uma vantagem: o próprio
nome de cada letra do alfabeto (com algumas exceções) remete a pelo menos um dos fonemas
que ela representa na escrita.
» Elas podem ser formadas somente por vogal (V) ou por vogal e consoante (V + C), entre
outras opções, tal como acontece com os encontros consonantais.Exemplos: ad-je-ti-vo, ca-ne-
ta, e-la, es-co-la.
» São sílabas canônicas: -je, -ti, -vo (da palavra adjetivo); ca-,-ne,-ta (da palavra caneta);
-la (da palavra ela); -co,-la (da palavra escola).
» São sílabas não canônicas: ad- (da palavra adjetivo); e-(da palavra ela).
Neste método o ensino se inicia pela forma e pelo som das vogais, seguidas pelas
consoantes. Cada letra (grafema) é aprendida como um som (fonema) que, junto a outros
fonemas, pode formar sílabas e palavras. Para o ensino dos sons, há uma sequência que deve
ser respeitada – dos mais simples para os mais complexos.
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No desenvolvimento do método, geralmente é escolhida uma ordem de
apresentação “do mais fácil para o mais difícil”, ou seja, das sílabas “simples” para as
“complexas”. Em várias cartilhas, o trabalho inicial deste método centra-se nas vogais e em
seus encontros, como uma das condições para a sistematização posterior das sílabas. Muitas
delas apresentam desenhos e palavras-chave cujas sílabas iniciais, realçadas em outras cores
e tipos gráficos, são apenas apresentadas e depois destacadas das palavras e memorizadas em
grupos silábicos. As famílias silábicas são inicialmente compostas por consoante e vogal (da, de,
di, do, du) e recompostas para formar novas palavras. Gradativamente, pequenas frases e textos
são propostos, a partir de combinações entre sílabas já estudadas. Em geral, a preocupação
em focar a sílaba é maior do que a preocupação com o sentido e as estruturas das frases e dos
textos. O método silábico resume-se em:
1º. Apresentam-se aos alunos as vogais com imagens e palavras, como A de abelha, E de
elefante e assim por diante;
2º. Apresenta-se as sílabas simples, utilizando como recurso imagens e destacando o MA
macaco, o NA de navio, o PA de pato;
3º. Após inicia-se o trabalho da família silábica da silaba que foi destacada na imagem;
4º. Formação de palavras;
5º. Formação de frases;
6º. Formação de textos;
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Métodos Analíticos
A proposta dos métodos analíticos parte das unidades mais amplas, como palavras,
frases e textos e assim, após a decomposição em sílabas, grafemas e fonemas. O método tem
como objetivo levar os alunos a uma compreensão visual e o conhecimento global das palavras,
possibilitando a leitura de unidades com sentido.
Em alguns momentos, caso não haja uma correta orientação por parte do professor
o aluno pode ter dificuldades, utilizando da memorização sem observar que as palavras são
compostas de unidades menores (sílabas e letras).
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A atenção do aluno pode ser dirigida a componentes da palavra escrita ou falada,
como letras, sílabas e sons. Essas duas estratégias reunidas garantiriam o enfrentamento de
textos novos. Para o desenvolvimento de atividades, são utilizados cartões para fixação, com
palavras de um lado e gravuras de outro, exercícios cinestésicos para o ensino do movimento
de escrita de cada palavra, entre outros recursos e procedimentos. A ênfase no significado e em
ações inteligentes de busca de leitura como fonte de prazer e informação e a crença na ligação
entre a percepção de idéias e formas na aprendizagem.
O ponto de partida são atividades de expressão oral das crianças, cujos enunciados
são transformados em orações simples e escritos em faixas de distintos tamanhos, exibidas na
sala de aula para que as crianças possam ilustrá-las, conservando-as numa certa ordem. Essas
frases podem depois ser consultadas para que as crianças encontrem nelas novas palavras e
combinações. Os passos seriam os seguintes:
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O método global integra o conjunto dos métodos analíticos que se orientam no
sentido do todo para as partes. Defende que a criança percebe as coisas e a linguagem em seu
aspecto global, que a leitura é uma atividade de interpretação de ideias e que a análise de partes
deve ser um processo posterior.
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Vejamos alguns passos do método GLOBAL – CONTOS/TEXTOS:
Na atualidade, enfatiza-se que os textos têm que ser aqueles que circulam na
sociedade e não inventados para efeitos de ensino; as crianças devem ler e escrever na escola
para desenvolver diferentes funções sociais e gêneros da escrita. Os professores têm recuperado
metodologias semelhantes às do método global, utilizando a apresentação de histórias,
parlendas, advinhas e outros textos para que as crianças memorizem, montem e desmontem
frases e depois identifiquem palavras que serão decompostas.
O professor deve estar atento a realidade a sua volta para encontrar assuntos que
sejam interessantes aos seus alunos, assim despertará a curiosidade, com o ensino de palavras
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que façam sentido e posteriormente transformadas em frases e textos criados pelos próprios
alunos.
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Ambiente Alfabetizador
Desde que passou a considerar um AMBIENTE ALFABETIZADOR que
facilitasse a aprendizagem da leitura e da escrita muitos professores passaram a acreditar que
bastava “rechear” as paredes das salas de aula com letras, cartazes, imagens, etiquetas e estariam
proporcionando aos seus alunos um ambiente adequado para o ensino da escrita e leitura.
A questão central é que somente a exposição ao escrito não fará com que se
compreenda o sistema de escrita, mas sim a participação em práticas de leitura e escrita, nas
quais se pode observar o professor como um leitor e escritor realizando tais habilidades, aquele
que o aluno pode perguntar sobre as práticas de linguagem, tirar dúvidas.
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Ensinar os alunos a ler e escrever é deixá-los vivenciar situações cotidianas de
leitura e escrita, criar espaços que seja possível brincar, manusear materiais, ler e escrever de
forma espontânea. Como sugestão, o professor pode organizar uma caixa com diferentes tipos
de histórias, jornais, revistas, gibis, rótulos, proporcionando aos alunos contato com diversos
gêneros textuais, mesmo para os alunos que ainda não estão alfabetizados, aguçar a curiosidades
das crianças sobre a escrita e a leitura é um excelente recurso.
Mas afinal, o que deve ter na minha sala de aula? Você, enquanto professor deve
estar atento a realidade dos seus alunos e ao contexto sociocultural que a escola que você
trabalha se encontra, tudo que inicialmente faz sentido para o aluno é abstraído com mais
facilidade.
Outro aspecto a ser considerado são os objetivos de cada material, quais aspectos
serão trabalhados, quais os procedimentos, por exemplo, qual a finalidade de levar um calendário
para a sala de aula se os alunos não poderão manusear, marcar os dias que já passaram, contar
quantos dias ainda faltam, para determinada data? Tudo isso deve ser pensado pelo professor,
mais uma vez vamos falar na intencionalidade de cada etapa.
Todo material pode ser útil, desde que os alunos tenham a oportunidade de
conhecer, tirar suas dúvidas e colocar em prática tais habilidades em seu contexto diário. Do
que adianta uma sala cheia de informações que não fazem sentido, onde os alunos não têm
oportunidade de realizar experiências práticas, se somente visualizam tais materiais, estas
são algumas reflexões que professor deve levar em consideração ao preparar um ambiente
alfabetizador para sua turma.
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Segue algumas sugestões de materiais que podem ser organizados na sala de aula:
Alfabeto
» É a referência da criança para a escrita e a leitura;
» Em letra bastão (inicialmente) com imagens que fazem relação entre o grafema e o
fonema;
» Alfabeto de bolso (ou concreto) – com objetos que podem ser manipulados.
Canto de Leitura
» Livros de vários gêneros diferentes;
» Fichas de leitura com textos curtos que as crianças já tem de memória, como poesias,
parlendas, trava-línguas e palavras que reconhecem;
» Decoração bacana e aconchegante para ler, onde será realizada a hora do conto e onde
as crianças têm prazer em estar;
» Lista de histórias que serão lidas durante a semana – os títulos não são colocados,
necessariamente, na ordem que serão lidos. O ajudante do dia tem a função de riscar o nome
da obra que foi lida. É um ótimo momento para fazer uma atividade coletiva de leitura com
intervenções da professora.
Listas de Referência
» Listas que contêm palavras que as crianças já tem de memória. Por exemplo: lista de
nomes dos alunos e palavras que estão sendo trabalhadas (banco de palavras).
Calendários
» Importante para construir os conceitos de ano, mês, semana, dias… Pode incluir o clima
(como está o tempo hoje?).
Canto da Matemática
» Espaço para manipulação dos números, materiais de contagem, atividades de relações
entre números e quantidades…
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Canto do Dia a Dia
» Estimulação da motricidade: abrir e fechar zípers, amarrar cadarços, usar um conta-
gotas, traçados, massinha de modelar…
» Em todos os espaços e materiais, os alunos podem auxiliar na confecção, a fim de que se
sintam pertencidas ao ambiente.
Brinquedo: é o objeto manipulado, ele pode ser um objeto concreto como bola,
carrinho, boneca, ou então, fruto da imaginação, ou seja, objeto criado pelo sujeito e sua
imaginação.
Jogos, brincadeiras e cantigas são alguns dos recursos lúdicos que podem ser
trabalhados no contexto escolar com o objetivo de desenvolver determinados aspectos e
habilidades nos alunos. Os jogos e brincadeiras são atividades preferidas pelas crianças,
principalmente aquelas que se encontra em turmas de alfabetização devido à faixa etária, pois
ao mesmo tempo em que se diverte, desenvolvem habilidades cognitivas que facilitam o processo
de ensino aprendizagem.
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Através da ludicidade é possível estimular a aprendizagem com enriquecimento
de experiências, possibilitando assim um trabalho interdisciplinar, desenvolvendo inúmeras
habilidades de reflexão, cooperação, produtividade e o imaginário da criança.
O brincar e o jogo vão além da recreação, pois perpassam por contextos que
ressignificam o contexto da criança, é possível afirmar que a aprendizagem se dá com maior
facilidade dentro de uma perspectiva lúdica, proporcionando aos alunos oportunidades de
desenvolverem novas habilidades, seja elas regras, valores ou conceitos.
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O Jogo e o Desenvolvimento da Língua Escrita
Piaget descreve quatro estruturas básicas de jogos infantis, que vão se sucedendo
e se sobrepondo nesta ordem: Jogo de exercício, Jogo simbólico/dramático, Jogo de construção
e Jogo de regras. O Jogo simbólico é a representação corporal do imaginário onde predomina
a fantasia e a atividade psico-motora exercida acaba por prender a criança à realidade. Na sua
imaginação, a criança pode modificar sua vontade, usando o faz de conta. Mas quando expressa
corporalmente as atividades, ela respeita a realidade concreta e as relações do mundo real.
Existem alguns critérios para que um jogo possa ser útil no processo educacional,
proposição de algo interessante e desafiador para as crianças resolverem, permitir que as
crianças possam se auto-avaliar quanto ao seu desempenho, permitir que todos os jogadores
possam participar ativamente, do começo ao fim do jogo são algumas estratégias que devem ser
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seguidas para que ao final do jogo todos possam ter alcançados os objetivos de aprendizagem
que o mesmo proporciona. Na imagem abaixo é possível verificar uma atividade lúdica para
utilizar com alunos que estão no processo de alfabetização.
FONTE: http://www.sabrina.blog.br/2012/08/jogo-da-memoria-vogais.html
A atividade a ser desenvolvia com o jogo da figura1 é muito conhecida por todos
nós, Jogo da Memória que pode ser jogado em duplas ou grupo maiores. Este jogo consiste em
encontrar a figura e a vogal inicial, formando assim um par. O aluno precisa de atenção e observar
todas as jogadas, através desta atividade é possível desenvolver habilidades como concentração,
estratégias, consciência fonológica da inicial de cada palavra e paciência. A atividade lúdica com
intencionalidade especifica, nesse caso, conhecer as vogais, deve ser observada pelo professor,
para que o mesmo consiga perceber se os objetivos estão sendo alcançados.
De acordo com Vygotsky (1979, p. 138) existe uma estreita relação entre jogo
e a aprendizagem, atribuindo-lhe uma grande importância. Para melhor entendermos esta
importância faz-se necessário recordarmos algumas idéias de sua teoria do desenvolvimento
cognitivo. A principal é que o desenvolvimento resulta da interação entre a criança e as pessoas
com quem mantém contato regulares. Convém lembrar que o principal conceito da teoria de
Vygotsky é o da Zona de Desenvolvimento Proximal em que ele define a diferença entre o
desenvolvimento atual da criança e o nível que atinge quando resolve problemas com auxílio.
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Neste sentido as estratégias lúdicas que possuem em seu objetivo central ensinar
algum conceito ou conteúdo específico devem ser trabalhadas com a observação, orientação e,
em algumas vezes, a intervenção do professor, assim é possível elevar o conhecimento do aluno,
partindo daquilo que ele já sabe e ir em direção ao novo, facilitando o alcance dos objetivos
propostos.
FONTE: http://oincrivelze.com.br/2015/10/professor-ensina-como-fazer-jogos-de-alfabetizacao-com-material-
reciclado/
Brincar e jogar são atividades diárias na vida das crianças. O jogo, o brincar e o
brinquedo desempenham um papel de extrema importância no processo de aprendizagem, e
negar o seu papel na escola é, sem dúvida, dificultar os processos de aprendizagem. O brincar
existe na vida dos indivíduos, embora ao passar dos anos tenha diminuído o espaço físico
e o tempo destinado ao jogo, provocado pelo aparecimento de brinquedos cada vez mais
sofisticados e pela influência da tecnologia.
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necessário salientar que o sucesso pedagógico de qualquer atividade lúdica não depende somente
do aluno, mas sim, da postura do professor durante as atividades pedagógicas, propondo uma
pedagogia baseada na interação coletiva, na criatividade, na ludicidade envolvendo todo o
contexto escolar, valorizando os conhecimento que o aluno já possui e suas estratégias.
O jogo implica para a criança mais que o simples ato de jogar, é através dos
jogos que ela se expressa e conseqüentemente se comunica com o mundo; ao jogar a criança
aprende e investiga o mundo que a cerca, toda e qualquer atividade lúdica deve ser respeitada.
O papel do professor durante o processo lúdico-pedagógico é provocar participação coletiva
e desafiar o aluno a buscar soluções. Através do jogo que se pode despertar na criança um
espírito de companheirismo, cooperação e autonomia. A criança precisa interagir de forma
coletiva, ou seja, precisa apresentar seu ponto de vista, discordar, apresentar suas soluções, é
necessário também criar ambiente propício e incentivar as crianças a terem pensamento crítico
e participativo, fazendo parte das decisões do grupo.
Em relação ao jogo, a criança passa por diversas etapas, sendo que cada uma delas
possui esquemas específicos para assimilação do meio. O jogo representa sempre uma situação-
problema a ser resolvida pela criança, e a solução deve ser construída pela mesma, sendo,
portanto, uma boa proposta o jogo na sala de aula, pois propicia a relação entre parceiros e
grupos, e nestas relações, podemos observar a diversidade de comportamento das crianças para
construir estratégias para a vitória, e as relações diante das derrotas.
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Rótulos, Jornais, Embalagens e Revistas
O recorte de letras e palavras facilita a manipulação e oferece à criança
oportunidades de interagir com diversas formas gráficas da escrita, levando ao reconhecimento
de letra e palavras independentes da sua alteração estética.
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Através dos rótulos das embalagens o professor pode estimular seus alunos
a produzirem textos a partir do que já esta impresso nesse material. Promover situações de
leitura, observando a forma gráfica e a combinação de letras e sílabas de cada item também é
uma ótima atividade.
O aluno deve ser levado a pensar sobre em qual situação determinado rótulo ou
embalagem aparece no contexto fora da sala de aula, por exemplo, rótulos de itens de higiene,
embalagens de alimentos ou bebidas, e assim o professor deve contextualizar as atividades
realizadas em sala de aula com a vida do aluno, trazendo sentido para cada aprendizagem.
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Prática e Avaliação na Alfabetização.
“Avaliação é ação transformada em ação e não uma mera medição. Ação essa,
que nos impulsiona para novas relações. Reflexão permanente do educador sobre a realidade, e
acompanhamentos, passo a passo do educando, na sua trajetória de construção do conhecimento”
Jussara Hoffmann
A ação docente deve sempre priorizar uma avaliação diagnóstica que permita que
o professor conheça seus alunos e a partir disso organizar e traçar metas que atendam as reais
necessidades dos alunos. Além disso, é necessário que exista uma avaliação contínua, que avalie
o processo, a fim de que o professor reflita sobre suas ações e caso seja necessário, reveja suas
ações e estratégias.
» A avaliação não precisa ter dia e hora marcada. Os alunos das turmas de alfabetização
podem ficar nervosos, recomenda-se não usar o termo PROVA.
» Acompanhar a prática do aluno nos exercícios diários, observar o desempenho
diariamente.
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» Observar o desempenho dos alunos em atividades em duplas, ou grupo.
» Os instrumentos de avaliação devem ser diversificados.
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O Caminho Percorrido Pela Criança
Nos anos de 1974 a 1976, Ferreiro e Teberosky realizaram pesquisas com crianças
não alfabetizadas denominada “Psicogênese da Língua Escrita” e comprovaram que para se
apropriar do sistema de representação da escrita a criança constrói hipóteses e respostas para
suas perguntas. Veja algumas características de cada um dos níveis do processo de alfabetização.
Caracteriza uma pala- Pode ou não retribuir Pode dar ênfase para a es- Apresenta estabili-
vra como letra inicial; valor sono às letras; crita só de consoantes ou dade na escrita das
de vogais; palavras;
Não diferencia letras e Usa muitas letras para
números; escrever; Atribui valor sonoro para Compreende que
algumas letras; cada letra corres-
Reproduz traços de Ao fazer a leitura ponde aos mesmos
forma descoordenada; aponta uma letra para valores sonoros das
cada fonema; sílabas;
Supõe que a palavra
representa o objeto e Ao escrever frases Procura adequar a
não o seu nome; pode usar uma letra escrita à fala;
para cada palavra.
Acredita que coisas Já realiza leituras;
grandes possui nomes
grandes e coisas pe- Inicia a preocupação
quenos nomes meno- com as questões or-
res; tográficas;
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ICÔNICA Desenho e símbolos
GARATUJA Traços e imitam a escrita
PRÉ-SILÁBICA ATHSDFRTOD
SILÁBICA SEM VALOR SONRO APL (CADELA)
SILÁBICA COM VALOR SONORO KDA (CADELA)
SILÁBICO ALFABÉTICO KDLA (CADELA)
ALFABÉTICO KADELA (CADELA)
ORTOGRÁFICO CADELA
seus alunos no dia a dia. As atividades quando bem planejadas facilita o processo
de aprendizagem dos alunos. Ao planejar o professor precisa observar alguns aspectos, como:
a) os desafios planejados devem estar ajustados às possibilidades de aprendizagem dos alunos.
b) As intervenções realizadas pelo professor devem mobilizar o aluno o aluno a realizar esforços
para resolver questões sobre a leitura e a escrita. c) os alunos devem ser levados a resolver
situações problemas.
Para uma atividade de alfabetização ser considerada boa deve promover a reflexão
sobre a escrita e a leitura. O professor deve promover situações em que o aluno coloque em
jogo tudo o que ele já sabe para resolver determinada atividade, o aluno precisa pensar, colocar
suas ideias em ordem e organizar estratégias, assim estará desenvolvendo-se no processo de
aprendizagem.
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A sondagem é um importante recurso a ser utilizado, principalmente com alunos
no início do processo de alfabetização. Através das atividades de sondagem o professor tem a
oportunidade de conhecer as hipóteses que os alunos possuem a respeito da escrita.
As atividades de sondagem devem ser feitas no mínimo três vezes ao ano, com
intervalos de tempo considerável, assim o professor tem a oportunidade de acompanhar a
evolução dos alunos, identificar quais as dificuldades e os aspectos eu ainda merecem atenção.
Veja um exemplo da tabela que pode auxiliar o professor nos registros das atividades de
sondagem:
Data:___/___/___
Existem algumas estratégias que podem ser usadas para facilitar, tanto trabalho
do professor, como o processo de aprendizagem dos alunos, são elas:
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Portfólio
Para facilitar o processo de avaliação do caminho percorrido pela criança,
o portfólio mostra-se um grande aliado do professor. Esse recurso auxilia o professor na
elaboração de um diagnóstico e no planejamento de intervenções a serem feitas, e permite que
o aluno e a família consigam visualizar os avanços e refletir sobre o percurso ocorrido.
Recursos Pedagógicos
Sabe-se da importância do concreto para facilitar o processo de aprendizagem
dos alunos e na alfabetização isso não é diferente. É de essencial que o aluno tenha a sua
disposição materiais que facilitem sua aprendizagem, sendo eles: letras móveis (de borracha,
papel...), sílabas móveis, fichas com palavras para consulta, jogos pedagógicos (memória,
dominó, bingo...).
Projetos
Uma das prioridades do professor em turmas de alfabetização é ensinar a ler e
escrever convencionalmente e de modo relacionado às práticas sociais. Trabalhar com projetos
requer uma atenção especial para que os objetivos sejam cumpridos com clareza, o que significa
fazer as crianças avançarem na escrita e na leitura, independentemente do produto final. É
necessário ainda que a rotina seja organizada com clareza e variedade para fazer das aulas
momentos muitos produtivos. Os projetos não se bastam, embora contemplem dois eixos tão
importantes, como a aquisição do sistema de escrita e a reflexão sobre a língua.
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Sobre a Autora
Caren Silva
Pedagoga com Especialização em Supervisão Escolar, atua como professora dos
anos iniciais e professora da Sala de Recursos Multifuncionais com alunos que apresentam
dificuldades de aprendizagem.
Acompanhar o percurso de uma criança até ela estar alfabetizada é, sem dúvidas,
uma experiência sem igual, complexa, cheio de beleza e intensa. É exatamente isso que me
fascina nesse processo, suas peculiaridades.
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Quem Somos
Todos os cursos são aprovados e reconhecidos com honra ao mérito pelas melho-
res instituições e faculdades.
Com sede em Brasília e atuação em todo o território nacional, tem sua história
marcada pela ajuda aos professores e professoras de nosso país. Atualmente a Professorizando
conta com 200 Mil alunos matriculados em todo o país.
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