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1.

CONTEXTO HISTÓRICO

O México foi colonizado pela Espanha, com o advento das Grandes Navegações,
a partir do século XV. Durante três séculos, o México pertenceu à Espanha, que liderados
por Hernán Cortéz, conquistou, dominou e explorou os povos astecas que habitavam
anteriormente este território, que por sua vez, era chamado pelos espanhóis de Vice-Reino
da Nova Espanha.
Até 1810, os espanhóis, da alta elite conhecido como *Os Chapetones espanhóis
chapetones*, exploraram de todas as formas o território e as de nascimento, providos da
Espanha, que detinham todos
populações nativas. O povo mexicano, além de ser explorado os cargos mais importantes
da administração pública
pelos espanhóis, tinha que seguir as leis da Espanha. Estas eram
feitas sempre para privilegiar a aristocracia de origem espanhola e a corte metropolitana.
O Vice-Reino da Nova Espanha era a mais rica e populosa *Os Criollos eram, as pessoas
que eram descendentes de pais
colônia espanhola. Por esse motivo, a coroa espanhola mantinha
espanhóis, mas que haviam
um controle excessivo sobre a região, sendo esse o principal nascido nas Américas. Embora
socialmente e economicamente
motivo das queixas dos criollos*.
privilegiados, não podiam
Foi neste contexto de injustiças e exploração, que o povo assumir os cargos coloniais
mais altos
mexicano foi a luta em busca da emancipação política. Os ideais
iluministas e a Revolução Francesa também foram elementos motivadores deste processo
histórico.

2. INDEPENDÊNCIA DO MÉXICO

Como em todas as colônias espanholas da América, a sociedade da Nova Espanha


estava dividida em:
E a rivalidade entre estes grupos que marcaram a Independência do México.
Os primeiros conflitos aconteceram quando Napoleão Bonaparte tomou o trono
Espanhol, onde os Chapetones defendiam que a colônia devia manter-se submissa até a
chegada de ordens da Metrópole, enquanto os criollos propuseram que o vice-rei deveria
assumir, provisoriamente, o comado da Nova Espanha.
Apesar dos criollos defenderem uma formação fiel ao rei espanhol deposto, a
proposta de uma administração separada da Espanha alarmou os Chapetones, que em
setembro de 1808 prenderam o vice-rei, juntamente com grande parte dos criollos que
defendiam tal administração.
Coube, assim, aos criollos de regiões periféricas, aliados a grupos indígenas e
mestiços, a liderança na luta pela independência.

2.1 CONSPIRAÇÃO DE QUERÉTARO E GRITO DE DOLORES

Em Querétaro, centro agrícola de Guanajuato, um grupo de ricos criollos se


organizou para depor os realistas da Nova Espanha. Entre os conspiradores se encontrava
os padres Miguel Hidalgo e José Maria Morelos.
Hidalgo era criollo, padre, acadêmico, estudioso do Iluminismo e defensor das
causas dos grupos explorados, por isso contava com a admiração de indígenas e mestiços.
E sob sua liderança, organizaram um grande levante popular conta a Cidade do
México. Em 16 de setembro de 1810, Hidalgo convocou as massas populares para lutar
contra o domínio espanhol. Esse episódio passou à história como o Grito de Dolores,
marcou o início da luta pela Independência do México e transformou Miguel Hidalgo no
primeiro líder desse processo, à frente de milhares de indígenas e mestiços.
O discurso de Hidalgo falava sobre,o fim da escravidão, a devolução das terras
aos povos indígenas e da independência em nome da Virgem de Guadalupe (a protetora
do México) e repercutiu em várias regiões, fazendo com que tropas desordenadas e mal
treinadas se formassem em quase toda a Nova Espanha. Assim, as batalhas foram
iniciadas.
2.2 GUERRA CÍVIL

Hidalgo acabou sendo vencido, preso e fuzilado em 1811. Mas a luta popular
continuou sob a liderança do padre José Maria Morelos. Dessa vez, as tropas eram mais
bem treinadas e causaram grande temor aos Chapellones.
Porém, a guerra se tornou civil, pois os Indígenas e mestiços tomaram frente
contra a elite criolla, que não queria perder seus privilégios e, portanto, não estava
disposta a ceder às reivindicações populares. Foram os mexicanos que, divididos, lutaram
uns contra os outros.
Em 1815, após a prisão e fuzilamento de Morelos, as rebeliões populares foram
aniquiladas pelos criollos. E nesse mesmo ano, o Rei Fernando 7°, que recuperou o trono
espanhol, iniciou uma perseguição aos criollos que defenderam quaisquer ideais liberais
na América.
A partir desse momento, a Nova Espanha entrou em conflito novamente, porém,
os criollos estavam na liderança da rebelião e focalizaram as guerras contra a metrópole
e aos Chapetones. Depois de 11 anos de guerra, em setembro de 1821, o México se tornou
independente.
Mas, apesar de os criollos terem vencido os povos indígenas e concluído o
processo de independência, a luta social persiste até hoje.

3. ATUALIDADES DO MÉXICO

3.1 SOCIAL

Apesar da grande ascensão social, o país ainda enfrenta muitos problemas, tais
como desigualdade, marginalização, corrupção, falta de infraestrutura, entre outros.
3.2 ECONOMICO

A economia mexicana, a segunda maior economia da América Latina, é bastante


diversificada, com muitas atividades industriais, agropecuárias, mineradoras e turísticas.
O principal produto de exportação do país é o petróleo, exportado principalmente para os
Estados Unidos.

3.3 POLITICA

O México é uma república federal governada pela Constituição de 1917. O poder


executivo é exercido por um presidente elegido ao sufrágio universal direto para um
mandato de seis anos não renovável. É assistido pelo seu governo, que nomeia ele mesmo.

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