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MEDIDAS E AVALIAÇÃO

EM PSICOLOGIA I
PROF. MS. ALESSANDRO AGUIAR DE PAULA
Fonte:
https://www.abrafi.org.br/index.php/site/noticiasnovo/ver/4032/educacao-superior
2

conteúdo
retomar o

anterior?
Vamos
Fonte: https://bit.ly/3dAn3Po
3

DÚVIDAS?
4

Testes
psicológicos e a
aplicação:
momento x
pertinência
clínica
5
A avaliação psicológica

O psicólogo é o
É um processo Possibilita profissional
abrangente, que descrever habilitado para
objetiva a comportamentos a realizar a
obtenção de partir de avaliação
dados detalhados procedimentos psicológica e, para
sobre os sujeitos ou variados, sendo os isso, deve ter
as situações testes psicológicos objetivos claros
avaliadas um deles que possam guiá-
lo até a conclusão

(CFP, 2018)
6
A avaliação psicológica
“Vai além de uma coleta de dados, sobre a qual se organiza um
raciocínio. Ela é um momento de transição, como um passaporte para a
intervenção posterior. Usa de aproximação sucessiva para entrar em
contato com seu objeto de estudo e gerar conhecimento a partir de fatos,
fenômenos e processos produzidos pelo próprio objeto de estudo”

Dessa forma, não podemos mais nos contentar com uma concepção
apenas psicométrica da avaliação psicológica, visto estar nela uma
prática fundamental para o fortalecimento do caráter científico da
Psicologia

(CFP. Nº 010/05 –; AMBIEL)


7
Questiona-se:

Qual deve ser o


posicionamento do psicólogo
diante da aplicação do teste
no processo de avaliação
psicológica?
Fonte: https://bit.ly/3aQ8FjG
Acesso em: set de 2021
8
Posicionamento:
Requer desse profissional o desenvolvimento de competências e
habilidades que pressupõem o estabelecimento de um vínculo
profissional baseado na verdade

Seja facilitador do encontro do sujeito suas potencialidades e fragilidades


e acolha as mesmas

Ter uma postura de imparcialidade e neutralidade técnica, bem como


distanciamento da subjetividade.

Precisa incluir-se no processo avaliativo, fazendo uso de todo seu


potencial intelectual, afetivo, relacional, funcional

Leva-se em consideração a investigação do sujeito como ser


biopsicossocial, desse modo, considera-se suas características psíquicas,
o contexto da qual o sujeito está inserido e as características físicas.
(CFP. Nº 010/05 –; AMBIEL)
9
Na aplicação:
 Cabe exclusivamente ao psicólogo a responsabilidade pela
qualidade da aplicação dos testes psicológicos, sendo esta
condição essencial para a obtenção de um resultado
fidedigno;
 O psicólogo deverá respeitar rigorosamente as instruções, os
exemplos, o tempo e outras orientações que se encontram
no manual ou no próprio caderno de teste;
 O psicólogo deve evitar quaisquer improvisações que possam
comprometer todo o processo de validade do instrumento.
(CFP. Nº 010/05 –; AMBIEL)
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Momento de
perguntas
11

A interferência
do vínculo
terapêutico na
aplicação de
testes
psicológicos
12
Vínculo
 O campo relacional se caracteriza por uma relação que inspira
confiança e favorece o estabelecimento e manutenção de um vínculo
saudável aos objetivos de um processo de avaliação.
 A possibilidade do sujeito da avaliação atualizar suas configurações
vinculares, representadas por atitudes e condutas na relação com a(o)
Psicóloga(o), ao longo do processo, pressupõe o uso criterioso da
observação por parte da(o) Psicóloga(o), onde ela(e) passa a fazer
vigília a esse comportamento que vem permeado de significados,
tendo como foco o valor atribuído à figura da(o) Psicóloga(o).
(SATEPSI, 2011)
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Vínculo
 Dar continente a esses modelos, que esse sujeito estabeleceu ao
longo de seu desenvolvimento, facilita à(o) Psicóloga(o) identificar
papéis e funções assumidas nas relações interpessoais que, por
vezes, são difíceis de trazer para o setting da Avalição Psicológica;

Importante uma atitude acolhedora da(o) Psicóloga(o) a


esses conteúdos, sem deixar de considerar a importância de
seu distanciamento e identificação de um sentimento contra
transferencial que pode dificultar à(o) Psicóloga(o) selecionar
elementos essenciais que devem fazer parte do escopo da
relação transferencial.
(SATEPSI, 2011)
14
Vínculo
A(o) Psicóloga(o) O encontro na
ressignifica seu papel de Avaliação Psicológica se
técnico ou especialista configura,
detentor do saber e fundamentalmente, em
estabelece com o sujeito uma relação humana
da avalição uma onde a(o) Psicóloga(o),
relação de cooperação, ao fazer uso de seus
em que a capacidade recursos intelectuais,
de ambas as partes, de suas emoções, suas
observarem, percepções e
aprenderem e interpretações não pode
compreenderem, abrir mão da
constitui a base potencialização de um
indispensável de um processo de dissociação
processo de avalição instrumental
(SATEPSI, 2011)
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Vínculo
Pode-se considerar, portanto, que os aspectos que
permeiam a dimensão relacional na Avaliação
Psicológica podem configurar um efeito terapêutico a
esse processo que decorre, principalmente, da
qualidade dos vínculos estabelecidos na relação da(o)
Psicóloga(o) com o sujeito da avaliação

Importante a constante busca pela imparcialidade e


pela neutralidade técnica, bem como pelo
distanciamento da subjetividade
(SATEPSI, 2011)
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O vínculo não é permitido
Quando se é perito, avaliador ou
parecerista em situações nas quais
Interferir na validade e fidedignidade
seus vínculos pessoais ou profissionais,
de instrumentos e técnicas
atuais ou anteriores, possam afetar a
psicológicas, adulterar seus resultados
qualidade do trabalho a ser realizado
ou fazer declarações falsas
ou a fidelidade aos resultados da
avaliação

Realizar diagnósticos ou ensinar a


terceiros, o que pode acarretar no uso
ilegal da profissão

(SATEPSI, 2011)
17

Momento de
perguntas
18

Vantagens e
limitações do
uso dos testes
nas avaliações
psicológicas
19
Vantagens e limitações do uso dos testes nas
avaliações psicológicas.
 Segundo Wechsler (1999), o Brasil encontra-se na retomada dos
estudos sobre Avaliação Psicológica. Para ela, nos últimos quinze
anos, a avaliação psicológica sofreu um descrédito, em que os
testes passaram a ser criticados por não serem adequados à
realidade brasileira;
 Diante disso, existem vantagens e limitações (desvantagens) na
utilização dos testes psicológicos.

(Noronha, A. P. 2019)
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Vantagens
São importantes instrumentos que podem contribuir com o plano de
trabalho do profissional

Baseia-se em evidências empíricas e não apenas em meras


especulações

Mede um fenômeno psicológico que se deseja observar e investigar

Visam somente diagnosticar os indivíduos e categoriza-los

(Noronha, A. P. 2019)
21
Limitações
 Construção do Instrumento;
 Uso do instrumento;
 Formação profissional;
 Normas do instrumento.

(Noronha, A. P. 2019)
22

Momento de
perguntas
23

Cuidados na
divulgação de
resultados e
devolutiva
24
Divulgação de processos avaliativos

No Código de Ética É dever fundamental do


Profissional do Psicólogo, psicólogo zelar para O psicólogo não
há algumas indicações que a comercialização, divulgará, ensinará,
que merecem destaque aquisição, doação, cederá, emprestará ou
como as dos artigos 1 e empréstimo, guarda e venderá a leigos
18 sobre o dever de forma de divulgação do instrumentos e técnicas
zelar pelo material material privativo do psicológicas que
privativo e de não psicólogo sejam feitos permitam ou facilitem o
divulgar instrumentos conforme os princípios exercício ilegal da
que facilitem o exercício do Código de Ética profissão.
ilegal da profissão Profissional;

(CFP. RESOLUÇÃO CFP Nº 010/05)


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Divulgação de processos avaliativos
 O candidato deverá ser informado sobre os serviços prestados e
orientado quanto aos resultados obtidos, conforme artigo l 2,
alíneas “g” e “h” do Código de Ética, que diz ser responsabilidade
do psicólogo “informar a quem de direito os resultados
decorrentes da prestação de serviços psicológicos, transmitindo
somente o que for necessário, para a tomada de decisões, que
afetam o usuário ou beneficiário”.

(CFP. RESOLUÇÃO CFP Nº 010/05)


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A entrevista devolutiva

É resultante de um processo de avaliação psicológica

Entendida como um processo técnico-científico de


coleta de dados, estudos e interpretação de
informações a respeito dos fenômenos psicológicos

Estes fenômenos psicológicos são resultantes da


relação do indivíduo com a sociedade, utilizando-se
de estratégias psicológicas: métodos, técnicas e
instrumentos
(CFP. RESOLUÇÃO CFP Nº 010/05)
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A Devolutiva
 Refere-se ao momento em que o psicólogo transmite à pessoa
atendida o resultado do trabalho realizado, orientando-o e
fazendo os encaminhamentos necessários, mas é, também, o
fruto de um trabalho realizado a partir de uma solicitação
externa;
 Tem a finalidade de servir como instrumentos para atuar não
somente sobre o indivíduo, mas na modificação desses
condicionantes que operam desde a formulação da demanda até
a conclusão do processo.
(CFP. RESOLUÇÃO CFP Nº 010/05)
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Postura do psicólogo na devolutiva dos
resultados.
• E importante • Ser empático e • Em solicitações
destacar o tipo considerar a externas,
de linguagem a subjetividade, transmitir
ser empregada bem como somente o que
na devolutiva: contexto social é necessário,
deve ser da qual o não
sempre clara e paciente está detalhando ou
acessível de inserido invadindo a
compreensão, privacidade do
visando paciente e
promover o presando pelo
crescimento do sigilo e
indivíduo, e não confidencialida
o contrário de das
informações
(CFP. RESOLUÇÃO CFP Nº 010/05)
29
Postura do psicólogo na devolutiva dos
resultados.
Dar devolutiva a • O comunicado pode ser feito em termos técnicos, fazer referências aos
um(a) colega recursos utilizados e discutir os detalhes, dos aspectos mais primitivos às
psicólogo(a) defesas mais regressivas e mais maduras do cliente.

Dar devolutiva a • O psicólogo deve compartilhar somente as informações relevantes,


resguardando o caráter confidencial e preservando o sigilo psicólogo
outros deve compartilhar somente as informações relevantes, resguardando o
profissionais caráter confidencial e preservando o sigilo.

• Deve resultar em um laudo ou um parecer, sendo que esses tipos de


Dar devolutiva a documentos escritos devem ser formulados com os devidos cuidados de
um juiz redação e transmitindo somente o que for necessário para a tomada de
decisões e para que os operadores do Direito possam compreendê-los.

(CFP. RESOLUÇÃO CFP Nº 010/05)


30

Momento de
perguntas
31

Documentos
Psicológicos
32
Documentos Psicológicos
RESOLUÇÃO
Nº 6, DE 29 DE • Institui as regras para a elaboração de documentos escritos
MARÇO DE produzidos pela(o) psicóloga(o) no exercício profissional
2019

• Orientar a(o) psicóloga(o) na elaboração de documentos escritos


produzidos no exercício da sua profissão e fornecer os subsídios éticos
Tem por e técnicos necessários para a produção qualificada da
objetivo comunicação escrita. Toda e qualquer comunicação por escrito,
decorrente do exercício profissional da(o) psicóloga(o), deverá seguir
as diretrizes descritas nesta Resolução

(RESOLUÇÃO Nº 6, DE 29 DE MARÇO DE 2019)


33
Documentos Psicológicos
 A não observância da presente norma constitui falta ético-
disciplinar, passível de capitulação nos dispositivos referentes ao
exercício profissional do Código de Ética Profissional do Psicólogo,
sem prejuízo de outros que possam ser arguidos

(RESOLUÇÃO Nº 6, DE 29 DE MARÇO DE 2019)


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Documentos Psicológicos
Declaração

Parecer Atestado

(RESOLUÇÃO Nº 6, DE 29
DE MARÇO DE 2019)
Laudo Relatório
35
Declaração
 Documento escrito que tem por finalidade registrar, de forma
objetiva e sucinta, informações sobre apresentação de serviço
realizado ou em realização, abrangendo as seguinte informações:
 I - Comparecimento da pessoa atendida e seu(sua) acompanhante;

 II - Acompanhamento psicológico realizado ou em realização;

 III - Informações sobre tempo de acompanhamento, dias e horários.

 § 1.º É vedado o registro de sintomas, situações ou estados


psicológicos na Declaração.
(CFP, 06/2019)
36
Declaração – Estrutura
 II - Expor no texto:
a) Nome da pessoa atendida: identificação do nome completo ou nome
social completo;
b) Finalidade: descrição da razão ou motivo do documento;
c) Informações sobre local, dias, horários e duração do acompanhamento
psicológico.

 III - O documento deve ser encerrado com indicação do local,


data de emissão e carimbo, em que conste nome completo ou
nome social completo da(o) psicóloga(o), acrescido de sua
inscrição profissional e assinatura.
(CFP, 06/2019)
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Atestado psicológico
 Consiste em um documento que certifica, com fundamento em
um diagnóstico psicológico, uma determinada situação, estado ou
funcionamento psicológico, com a finalidade de afirmar as
condições psicológicas de quem, por requerimento, o solicita.

(CFP, 06/2019)
38
Atestado psicológico
 O atestado presta-se também a comunicar o diagnóstico de
condições mentais que incapacitem a pessoa atendida, com fins
de:
 I - Justificar faltas e impedimentos;
 II - Justificar estar apto ou não para atividades específicas (manusear
arma de fogo, dirigir veículo motorizado no trânsito, assumir cargo
público ou privado, entre outros), após realização de um processo de
avaliação psicológica, dentro do rigor técnico e ético que subscrevem a
Resolução CFP n.º 09/2018 e a presente, ou outras que venham a alterá-
las ou substituí-las;
 III - Solicitar afastamento e/ou dispensa, subsidiada na afirmação
atestada do fato.
(CFP, 06/2019)
39
Atestado psicológico – Estrutura
 I - Título: "Atestado Psicológico";
 II - Nome da pessoa ou instituição atendida: identificação do nome
completo ou nome social completo e, quando necessário, outras
informações sócio demográficas;
 III - Nome da(o) solicitante: identificação de quem solicitou o
documento, especificando se a solicitação foi realizada pelo Poder
Judiciário, por empresas, instituições públicas ou privadas, pela(o)
própria(o) usuária(o) do processo de trabalho prestado ou por
outras(os) interessadas(os);
 IV - Finalidade: descrição da razão ou motivo do pedido;

(CFP, 06/2019)
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Atestado psicológico – Estrutura
 V - Descrição das condições psicológicas do beneficiário do serviço
psicológico advindas do raciocínio psicológico ou processo de avaliação
psicológica realizado, respondendo a finalidade deste. Quando
justificadamente necessário, fica facultado à(ao) psicóloga(o) o uso da
Classificação Internacional de Doenças (CID) ou outras Classificações de
diagnóstico, científica e socialmente reconhecidas, como fonte para
enquadramento de diagnóstico;
 VI - O documento deve ser encerrado com indicação do local, data de
emissão, carimbo, em que conste nome completo ou nome social
completo da(do) psicóloga(o), acrescido de sua inscrição profissional,
com todas as laudas numeradas, rubricadas da primeira até a penúltima
lauda, e a assinatura da(o) psicóloga(o) na última página.
(CFP, 06/2019)
41
Relatório
 Visa a comunicar a atuação profissional da(o) psicóloga(o)
em diferentes processos de trabalho já desenvolvidos ou em
desenvolvimento, podendo gerar orientações,
recomendações, encaminhamentos e intervenções
pertinentes à situação descrita no documento, não tendo
como finalidade produzir diagnóstico psicológico.
I - O relatório psicológico é uma peça de natureza e valor técnico-
científico, devendo conter narrativa detalhada e didática, com
precisão e harmonia. A linguagem utilizada deve ser acessível e
compreensível à(ao) destinatária(o), respeitando os preceitos do
Código de Ética Profissional do Psicólogo.
(CFP, 06/2019)
42
Relatório
 II - Deve ser construído com base no registro documental
elaborado pela(o) psicóloga(o), em conformidade com a
Resolução CFP n.º 01/2009 ou resoluções que venham a
alterá-la ou substituí-la.
 III - O relatório psicológico não corresponde à descrição literal
das sessões, atendimento ou acolhimento realizado, salvo
quando tal descrição se justifique tecnicamente. Este deve
explicitar a demanda, os procedimentos e o raciocínio técnico-
científico da(o) profissional, bem como suas conclusões e/ou
recomendações.
(CFP, 06/2019)
43
Relatório – Estrutura
 § 1.º O relatório psicológico deve apresentar as informações da
estrutura detalhada abaixo, em forma de itens ou texto corrido:

a) Identificação;

b) Descrição da demanda;

c) Procedimento;

d) Análise;

e) Conclusão.
(CFP, 06/2019)
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Relatório Multiprofissional
 Esta modalidade de documento contempla a atuação em equipes
multiprofissionais e permite a elaboração conjunta, a
responsabilidade compartilhada e referenciais interdisciplinares,
resguardando-se a autonomia das demais categorias profissionais
e do contexto de cada serviço/equipe multiprofissional;
 O Relatório Multiprofissional é proveniente da atuação
multidisciplinar, interdisciplinar ou transdisciplinar

(CFP, 06/2019)
45
Relatório Multiprofissional – Estrutura

a) Identificação;

b) Descrição da demanda;

c) Procedimento;

d) Análise;

e) Conclusão.

(CFP, 06/2019)
46
Laudo
 Resulta de um processo de avaliação psicológica e objetiva subsidiar
decisões relacionadas ao contexto em que surgiu a demanda;
 O laudo psicológico deve fornecer apenas as informações necessárias
e relacionadas à demanda, relatando o encaminhamento, as
intervenções, o diagnóstico, o prognóstico, a hipótese diagnóstica, a
evolução do caso, orientação e/ou sugestão de projeto terapêutico;
 A linguagem deve ser didática, precisa, harmônica e acessível ao
destinatário.

(RESOLUÇÃO Nº 6, DE 29 DE MARÇO DE 2019)


47
Laudo – Estrutura
a) Identificação;

b) Descrição da demanda;

c) Procedimento;

d) Análise;

e) Conclusão;

f) Referências.

(CFP, 06/2019)
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Identificação
 I - Título: "Laudo Psicológico";
 II - Nome da pessoa ou instituição atendida: identificação do nome
completo ou nome social completo e, quando necessário, outras
informações sócio demográficas;
 III - Nome do solicitante: identificação de quem solicitou o documento,
especificando se a solicitação foi realizada pelo Poder Judiciário, por
empresas, instituições públicas ou privadas, pela(o) própria(o) usuária(o) do
processo de trabalho prestado ou por outras(os) interessadas(os);
 IV - Finalidade: descrição da razão ou motivo do pedido;
 V - Nome do(a) autor(a): identificação do nome completo ou nome social
completo da(do) psicóloga(o) responsável pela construção do documento,
com a respectiva inscrição no Conselho Regional de Psicologia. (CFP, 06/2019)
49
Descrição da Demanda
 § 3.º Neste item, a(o) psicóloga(o), autora(or) do documento,
deve descrever as informações sobre o que motivou a busca pelo
processo detrabalho prestado, indicando quem forneceu
asinformações e as demandas que levaram à solicitação do
documento.
I - A descrição da demanda constitui requisito indispensável e deverá
apresentar o raciocínio técnico-científico que justificará procedimentos
utilizados, conforme o parágrafo 4.º deste artigo.

(CFP, 06/2019)
50
Procedimento
 § 4.º Neste item, a(o) psicóloga(o) autora(or) do laudo deve
apresentar o raciocínio técnico-científico que justifica o processo de
trabalho realizado pela(o) psicóloga(o) e os recursos técnico-
científicos utilizados no processo de avaliação psicológica,
especificando o referencial teórico metodológico que fundamentou
suas análises, interpretações e conclusões.
 I - Cumpre, à(ao) autora(or) do laudo, citar as pessoas ouvidas no
processo de trabalho desenvolvido, as informações objetivas, o número
de encontros e o tempo de duração do processo realizado.
 II - Os procedimentos adotados devem ser pertinentes à complexidade
do que está sendo demandado e a(o) psicóloga(o) deve atender à
Resolução CFP n.º 09/2018, ou outras que venham a alterá-la ou
substituí-la.
(CFP, 06/2019)
51
Análise
I - A análise não deve apresentar descrições literais das sessões ou
atendimentos realizados, salvo quando tais descrições se
justifiquem tecnicamente.
 II - Nessa exposição, deve-se respeitar a fundamentação teórica que
sustenta o instrumental técnico utilizado, bem como os princípios
éticos e as questões relativas ao sigilo das informações. Somente
deve ser relatado o que for necessário para responder a demanda,
tal qual disposto no Código de Ética Profissional do Psicólogo.
 III - A(o) psicóloga(o) não deve fazer afirmações sem sustentação
em fatos ou teorias, devendo ter linguagem objetiva e precisa,
especialmente quando se referir a dados de natureza subjetiva
(CFP, 06/2019)
52
Conclusão
 I - Na conclusão indicam-se os encaminhamentos e intervenções, diagnóstico,
prognóstico e hipótese diagnóstica, evolução do caso, orientação ou sugestão de
projeto terapêutico.
 II - O documento deve ser encerrado com indicação do local, data de emissão,
carimbo, em que conste nome completo ou nome social completo da(o)
psicóloga(o), acrescido de sua inscrição profissional, com todas as laudas
numeradas, rubricadas da primeira até a penúltima lauda, e a assinatura da(o)
psicóloga(o) na última página.
 III - É facultado à(ao) psicóloga(o) destacar, ao final do laudo, que este não poderá
ser utilizado para fins diferentes do apontado no item de identificação, que possui
caráter sigiloso, que se trata de documento extrajudicial e que não se responsabiliza
pelo uso dado ao laudo por parte da pessoa, grupo ou instituição, após a sua
entrega em entrevista devolutiva.
(CFP, 06/2019)
53
Referências
 § 7.º Na elaboração de laudos, é obrigatória a informação das
fontes científicas ou referências bibliográficas utilizadas, em nota
de rodapé, preferencialmente.

(CFP, 06/2019)
54
Parecer
 Art. 14 O parecer psicológico é um pronunciamento por escrito, que tem
como finalidade apresentar uma análise técnica, respondendo a uma
questão-problema do campo psicológico ou a documentos psicológicos
questionados.
 I - O parecer psicológico visa a dirimir dúvidas de uma questão-problema ou
documento psicológico que estão interferindo na decisão do solicitante, sendo,
portanto, uma resposta a uma consulta.
 II - A elaboração de parecer psicológico exige, da(o) psicóloga(o), conhecimento
específico e competência no assunto.
 III - O resultado do parecer psicológico pode ser indicativo ou conclusivo.
 IV - O parecer psicológico não é um documento resultante do processo de
avaliação psicológica ou de intervenção psicológica.
(CFP, 06/2019)
55
Parecer
A(o) parecerista emite o seu ponto de vista fundamentado
cientificamente sobre uma questão solicitada que está relacionada
ao âmbito da Psicologia e, portanto, não é decorrente de avaliação
ou intervenção psicológica realizada pela parecerista

O parecer pode ser unicamente teórico, fruto do conhecimento


científico da profissional acerca de um tema (questão específica ou
ampla)

Quando há a solicitação de apreciação de um documento produzido


por outra(o) psicóloga(o)

(CFP, 06/2019)
56
Parecer – Estrutura
Identificação;

b) Descrição da demanda

c) Análise;

d) Conclusão;

e) Referências.
(CFP, 06/2019)
57

Momento de
perguntas
58

RECAPITULANDO...
59
Recapitulando...
 Testes psicológicos e a aplicação: momento x pertinência clínica;
 Vantagens e limitações do uso dos testes nas avaliações
psicológicas;
 A interferência do vínculo terapêutico na aplicação de testes
psicológicos;
 Cuidados na divulgação de resultados x condição clínica dos
pacientes/clientes.
60
Referências da aula
• AMBIEL et al. Avaliação psicológica: Guia de consulta. Disponível em:
http://professor.pucgoias.edu.br/SiteDocente/admin/arquivosUpload/17
963/material/Texto%201%20-%20Etica%20e%20Av.%20Psicologia.pdf

• CFP. RESOLUÇÃO CFP Nº 010/05 – Código de Ética Profissional do


Psicólogo. Disponível em: http://site.cfp.org.br/wp-
content/uploads/2012/07/codigo-de-etica-psicologia.pdf

• CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA RESOLUÇÃO CFP 06/2019


COMENTADA ORIENTAÇÕES SOBRE ELABORAÇÃO DE DOCUMENTOS
ESCRITOS PRODUZIDOS PELA(O) PSICÓLOGA(O) NO EXERCÍCIO
PROFISSIONAL, 2019.
61
Referências da aula
• HUTZ, C.S.; BANDEIRA, D.R.; TRENTINI, C.M. Psicometria. Porto Alegre:
Artmed, 2015, p.146
• Noronha, A. P. Os Problemas Mais Graves e Mais Frequentes no Uso dos
Testes Psicológicos. Disponível:
https://www.scielo.br/pdf/prc/v15n1/a15v15n1.pdf. Acesso: 11/04/2021.
• SATEPSI. ANO DA AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA. Disponível em:
https://satepsi.cfp.org.br/docs/anodaavaliacaopsicologica_prop8.pdf.
2011
Fonte: https://vocedigitalpropaganda.com.br/blogwpn/diferenca-remarketing-e-o-retargeting/
@psicoalessandroaguiar 62

Acesse os materiais
E-mail: alunosprofalessandro@outlook.com
Senha: Alunos123

Assim, finalizamos nossa disciplina!


Espero que tenham gostado de conhecer a Disciplina de
Medidas e Avaliação em Psicologia I.
Uma área apaixonante e de muita relevância para nossa sociedade!
Abraços!

Prof. Alessandro Aguiar de Paula

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