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UNIVERSIDADE PARANAENSE
MANTENEDORA
Associação Paranaense de Ensino e Cultura – APEC
REITOR
Carlos Eduardo Garcia
Vice-Reitora Executiva
Neiva Pavan Machado Garcia
Vice-Reitor Chanceler
Candido Garcia
ISBN: 978-85-8498-098-7
Assessoria pedagógica
Daniele Silva Marques e Marcia Dias
Diagramação e Capa
Diego Ricardo Pinaffo, Fernando Truculo Evangelista e Renata Sguissardi
* Material de uso exclusivo da Universidade Paranaense – UNIPAR com todos os direitos da edição a ela reservados.
Sumário
teoria da contabilidade
Origem..........................................................................................................................16
Evolução.......................................................................................................................16
Aspectos científicos................................................................................................24
Neocontismo..............................................................................................................47
Controlismo................................................................................................................48
Aziendalismo.............................................................................................................48
O Brasil e a contabilidade.....................................................................................50
Balanço Patrimonial...............................................................................................62
Cálculo Sucessivo.....................................................................................................73
Reserva de lucros.....................................................................................................75
Contas de resultados..............................................................................................108
Princípios de Contabilidade................................................................................112
Medidas de entrada.................................................................................................135
Medidas de saída......................................................................................................138
Valores Realizáveis Líquidos...............................................................................138
Custo histórico..........................................................................................................143
Valor presente...........................................................................................................144
Referências.................................................................................................................152
Apresentação
buscando formar profissionais cada vez mais preparados, autônomos, criativos, res-
crática, vem oferecer-lhe o Ensino a Distância, como uma opção dinâmica e acessível
Educação a Distância oferecida por esta universidade, este Guia Didático tem como
objetivo oferecer a você, acadêmico(a), meios para que, através do autoestudo, possa
formação profissional.
atividades propostas pelo professor e pelo tutor mediador, a partir de métodos e práti-
comunicação pessoal entre você e o tutor mediador, que está apto a: esclarecer as
dúvidas que, no decorrer deste estudo, venham a surgir; trocar informações sobre as-
Neste contexto, este Guia Didático foi produzido a partir do esforço coletivo de uma
você se encontra.
O Programa de Educação a Distância adotado pela UNIPAR prioriza a interatividade,
se aproprie do conhecimento.
Recomendo que durante a realização de seu curso, você explore os textos sugeridos
sua aprendizagem.
Ciências Contábeis.
Sou o Professor Carlos Vicente Berner, atuo como docente de graduação e pós-gra-
contabilidade.
dade, entender a importância das escolas europeia e italiana, bem como a contempo-
Por fim, na quarta unidade trataremos da mensuração e avaliação dos ativos e passi-
vos; receitas e despesas. Ao final desta unidade, você será capaz de entender o pro-
Esperamos que você possa aproveitar este conteúdo e conte conosco para o que
precisar.
Um grande abraço!
<josimarnx@yahoo.com.br>
<carlosvberner@hotmail.com>
Unidade I - O PENSAMENTO CONTÁBIL
capaz de:
Para que esses objetivos sejam alcançados, é de extrema importância que você de-
das e os capítulos dos livros didáticos que forem referenciados neste guia.
Bons estudos!
ORIGEM
A Contabilidade existe desde os primórdios da civilização e, durante um longo perío-
do, foi chamada como arte da escrituração mercantil pela utilização de técnicas espe-
tematizada.
EVOLUÇÃO
O homem se enriquece, e isso demandava o estabelecimento de técnicas para con-
e vai até 1202 da Era Cristã, quando foi publicada a obra Líber Abaci, de autoria de
Leonardo Fibonacci.
Contabilidade do Mundo Medieval: período que vai de 1202 da Era Cristã até 1494,
Dobradas) de Frei Luca Pacioli, publicado em 1494, enfatizando que a Teoria Contábil
Contabilidade do Mundo Moderno: período que vai de 1494 até 1840. Com a pu-
16 Teoria da contabilidade
de Franscesco Villa, premiada pelo governo da Áustria. Obra marcante na história da
Contabilidade.
os dias de hoje.
Como este é um ser pensante, inteligente, logo encontrou formas mais eficientes de
para o controle dos bens, que eram classificados segundo sua natureza: rebanhos,
mesma espécie.
les eram estabelecidos pelos templos, o que perdurou por vários séculos.
argila retangulares ou ovais, ficando famosas as pequenas tábuas que mediam apro-
Teoria da contabilidade 17
Embora rudimentar, o registro, em sua forma, assemelhava-se ao que hoje se proces-
sa. O nome da Conta “Matrizes”, por exemplo, substituiu a figura gravada, enquanto
ao quantitativo.
também a sua “Origem”. Na cidade de Ur onde viveu Abraão, personagem bíblico que
tábeis: tabela de escrita cuneiforme, onde estão registradas contas referentes à mão
de obra e materiais, ou seja, Custos Diretos. Isto nos leva a crer que há 5.000 a.C., o
determinados períodos.
A escrita no Egito era fiscalizada pelo Fisco Real, o que tornava os escriturários zelo-
18 Teoria da contabilidade
Tudo indica que foram os egípcios os primeiros povos a utilizar o valor monetário em
seus registros. Usavam como base, uma moeda de prata/ouro, era então a adoção de
o início da civilização, seu desenvolvimento foi muito lento ao longo dos séculos.
res, como Marco Polo, dentre outros. A indústria artesanal proliferou com o surgimento
Teoria da contabilidade 19
O comércio exterior incrementou-se por intermédio dos venezianos, surgindo como
mente às pessoas.
das necessidades geradas pelo advento do capitalismo, nos séculos XII e XIII. O pro-
se as relações de trabalho.
No final do século XIII apareceu pela primeira vez a conta “Capital”, representando o
O método das partidas dobradas foi consolidado na Itália, seu aparecimento implicou
a adoção de outros livros que tornassem mais analítica a Contabilidade surgindo, des-
Os custos eram contabilizados por fases separadamente, até que fossem transferidos
ao exercício industrial.
20 Teoria da contabilidade
Conforme destaca Iudícibus (2009) foi no século XV, praticamente após 5.500 anos,
países europeus.
gram para as Américas onde se radicaram e iniciaram nova vida. A contabilidade tor-
nou-se uma necessidade para se estabelecer o controle das inúmeras riquezas que o
viveu na Toscana no século XV, marca o início da fase moderna da Contabilidade, Pa-
cioli foi matemático, teólogo, contabilista. Deixou muitas obras destacando-se a Summa
Pacioli, apesar de ser considerado o pai da contabilidade, não foi o criador das Partidas
Dobradas. O método já era utilizado desde o século XIII. O tratado destacava, inicialmen-
Discorria sobre livros mercantis: memorial, diário e razão, e sobre a autenticação de-
sobre as contas em geral: como abrir e como encerrar; contas de armazenamento; lu-
Teoria da contabilidade 21
Sobre o Método das Partidas Dobradas, Frei Luca Pacioli expôs a terminologia adota-
da: que primeiro deve vir o devedor e depois o credor, prática que se usa até hoje. A
dos: Francesco Villa, escritor milanês, contador público, que com sua obra La Con-
tabilità Applicata alle administrazioni Private e Publiche, iniciam a nova fase; e Fábio
contábil: a primeira chefiada por Francesco Villa que foi a Escola Lombarda; a se-
gunda que foi a Escola Toscana chefiada por Giusepe Cerboni, e a terceira a Escola
Embora o século XVII tivesse sido o berço da era científica e Pascal já tivesse inven-
cos. Nessa época, na Itália, a Contabilidade já estava nas faculdades, o que no Brasil
obra de Francesco Villa foi escrita para participar de um concurso sobre Contabilida-
de, promovido pelo Governo da Áustria, e além do prêmio Villa também teve o cargo
de Professor Universitário.
22 Teoria da contabilidade
inteligente. Para ele, a Contabilidade implicava conhecer a natureza, os detalhes, as
tal da conta que é o valor, chegando muito perto de definir o Patrimônio como objeto
da Contabilidade.
Foi Vicenzo Mazi, seguidor de Fábio Besta, que pela primeira vez, em 1923, definiu
vel de chamar para o fato de que a contabilidade é muito mais do que mero registro:
saiba mais
A contabilidade evoluiu juntamente com o desenvolvimento das empresas. À medida
<http://www.portaldecontabilidade.com.br/tematicas/historia.htm>.
TEORIA DA CONTABILIDADE 23
ASPECTOS CIENTÍFICOS
Após o estudo do objetivo da Contabilidade, o próximo passo é o estudo das aborda-
Abordagem Ética
A contabilidade deveria apresentar-se como justa e não enviesada para todos os in-
teressados. A abordagem ética é muito enfatizada por alguns autores, porém por ser
mentos e relatórios não devem conter termos ou expressões que sejam de dupla inter-
pretação, ou mesmo que ocultem informações vitais. Mais séria é a inverdade contida
A crise da ética e na ética pelo qual passa a grande parte da sociedade internacional
gundo esta abordagem, as informações contábeis deveriam ser feitas “sob medida”
24 Teoria da contabilidade
Assim, por esta abordagem a contabilidade deverá analisar o comportamento do usu-
Abordagem Macroeconômica
Esta abordagem apresenta aspectos subjetivos de difícil avaliação à luz do estágio
planificada.
economia do país.
O exemplo citado pelo autor pode não encontrar ressonância na realidade brasileira,
Teoria da contabilidade 25
Abordagem Social
A Contabilidade é julgada por seus efeitos no campo sociológico, é uma abordagem
Concluindo, podemos dizer que a informação gerada nesta abordagem deve fornecer
dados sobre aspectos que interessam à sociedade como um todo, tais como: impacto
ceiras a fim de permitir decisões e julgamentos adequados por parte dos usuários da
informação.
resposta adequada com a única ressalva de que envolve, por parte do contador, um
entendimento sobre as restrições do usuário para utilizar uma grande gama de infor-
26 Teoria da contabilidade
Realça assim a noção de relevância, talvez uma das poucas formas de delimitar a
Abordagem Sistêmica
Esta abordagem tem como objetivo verificar os métodos de mensuração, e identifi-
usuário das informações; informação adequada para cada tipo de usuário; entender a
em conformidade com a relevância das informações desejados por cada tipo de pro-
foi desenvolvido principalmente a partir da década de 1920. Diversas obras foram pu-
(AICPA), tais como a Tese de Paton (1922) e a monografia de Paton e Littleton (1940).
O período que compreende a década de 1930 até final da década de 1960, ficou co-
nhecido como período normativo da contabilidade em que a teoria contábil foi nomeada
Teoria da contabilidade 27
de teoria normativa, visto que sua ênfase era a busca por um arcabouço teórico que
Esse período foi marcado pela forte regulamentação nos EUA e havia a preocupação
por meio do qual busca-se definir um modelo ideal que deveria ser seguido (SANTOS;
Segundo Santos, Dias e Dantas (2014), o período positivo iniciou a partir do final
palmente no que diz respeito ao significado da informação que era gerada. Maiores
críticas se davam ao fato de que a pesquisa contábil não era científica e a teoria do
período anterior não poderia ser testada empiricamente. Em síntese, não ofereciam
explicações à realidade.
Nesse contexto surge a teoria positiva em contabilidade tendo por ênfase a explicação
práticas.
Diversas áreas de estudo surgiram no período positivista, tais como: análise funda-
28 Teoria da contabilidade
FiQue POr dentrO
Para entender um pouco mais sobre a Teoria Normativa e Positiva, você pode consul-
tar o capítulo 1 do livro “Teoria Avançada da Contabilidade”, organizado pelo prof. Dr.
Sua finalidade é munir os diversos usuários dos relatórios financeiros com informa-
ções que os assistirão a tomar decisões. Tem ocorrido mudanças substanciais nos
O objetivo básico dos relatórios financeiros é fornecer informação útil para a tomada
de decisões econômicas dos usuários. Iudícibus (2015) ratifica essa visão proposta
pelo AICPA:
TEORIA DA CONTABILIDADE 29
Quadro 1 – Usuários e informação requerida
dos fatos que possibilitem a produção das informações que possibilitem ao adminis-
reFlita
Quais são os principais usuários da contabilidade?
igual forma?
30 TEORIA DA CONTABILIDADE
Campo de Aplicação
O campo de aplicação da contabilidade abrange todas as entidades que possuem
patrimônio, físicas ou jurídicas, de fins lucrativos ou não. Com relação ao fim a que se
catos etc.);
C. Entidades com fins sociais: não têm fins lucrativos, se destinam a um fim
Funções
A função fundamental da Contabilidade tem permanecido inalterada desde os seus
informações que os ajudarão a tomar decisões. Sem dúvida, tem havido mudanças
substanciais nos tipos de usuários e nas formas de informação que têm procurado.
objetivo básico dos demonstrativos financeiros é prover informação útil para a tomada
de decisões econômicas.
Teoria da contabilidade 31
teOrias dO PatrimÔniO lÍQuidO
Niyama e Silva (2013) destacam seis teorias do Patrimônio Líquido. Essas teorias
Abaixo, destacamos a visão dos autores no que diz respeito a cada dessas teorias e
teoria do Proprietário
A Teoria do Proprietário foca a atenção na figura do proprietário, sendo este o referen-
cial dos conceitos e procedimentos contábeis (das regras) utilizados. Segundo essa
teoria, a entidade existe para satisfazer aos objetivos e necessidades do dono, razão
do proprietário.
modo que é comum afirmar-se que a equação contábil, sob a ótica da teoria do pro-
Dentro da visão de que a Contabilidade foca seu centro no proprietário, essa teoria
32 TEORIA DA CONTABILIDADE
A Teoria do Proprietário refere-se a uma visão de Contabilidade desenvolvida no momento
em que a economia era composta por pequenos negócios, tornando-se inadequada com
teoria da entidade
O patrimônio líquido deixa, então, de ser considerado o centro da Contabilidade para
ser mais uma fonte de recursos para o ativo; e, em linhas gerais, essa teoria prega
que a entidade deve ser representada pela igualdade entre o ativo e as obrigações:
buem com recursos para a entidade, devendo a mesma ser separada dos interesses
Desta forma, para a Teoria da Entidade não interessa, a rigor, a distinção entre dívida
com terceiros e patrimônio líquido; razão pela qual as receitas são consideradas como
É importante destacar que a teoria da entidade vai além do princípio da entidade, re-
ferente à separação dos negócios desta em relação aos negócios do proprietário, pois
não significa que o mesmo terá a visão da Teoria da Entidade. A Teoria da Entidade foi
TEORIA DA CONTABILIDADE 33
Teoria do Fundo
Na Teoria do Fundo, a base da Contabilidade deixa de ser o proprietário ou a entidade,
para considerar um grupo de ativos e suas obrigações relacionadas. Por essa razão,
esta teoria é centrada no ativo, uma vez que está focada na gestão e no uso apropria-
do dos ativos.
possui obrigações que lhe são específicas. Essas obrigações, por sua vez, podem ser
Teoria do Comandante
A Teoria do Comandante defende que a Contabilidade, mesmo a financeira, deve es-
tar voltada para o gestor. Essa teoria, no entanto, apresenta alguns problemas subs-
Teoria do Empreendimento
A Teoria do Empreendimento, proposta a partir da visão da organização como um
ente social que exerce influência sobre vários setores da sociedade, considera que a
Contabilidade deve estar voltada para outros usuários, como: empregados, governo,
Essa teoria tem sido utilizada para justificar a publicação da demonstração do valor
adicionado e do balanço social por parte das empresas, tendo em vista a necessidade
34 Teoria da contabilidade
teoria residual
A Teoria Residual tem como foco a figura dos acionistas ordinários. Os acionistas
Essa teoria faz sentido nos países onde a figura das ações preferenciais aproxima-se
financeiro do Brasil e sua legislação tornam essa teoria sem efeito no nosso país.
TEORIA DA CONTABILIDADE 35
atividades Para cOmPreensÃO dO cOnteÚdO
1) Assinale a alternativa correta:
se inicia com a civilização do homem e vai até 1202 da Era Cristã. Alternativa
do enunciado.
tivos e negativos, obra que contribui para inserir a contabilidade entre os ramos
necessária para cada tipo de usuário e afirma que as informações são fun-
“sob medida” de forma que os usuários reagissem para tomar a decisão correta.
36 TEORIA DA CONTABILIDADE
Julgue as alternativas acima:
a) i, ii e iv estão corretas.
c) ii e iv estão corretas.
b) Ela tem como objetivo controlar o patrimônio e como finalidade fornecer infor-
seus integrantes.
c) As entidades com fins sociais não têm fins lucrativos, se destinam a um fim em
Teoria da contabilidade 37
artiGOs, sites e LINKS
artigos
PELEIAS, I. R.; SILVA, G. P.; SEGRETI, J. B.; CHIROTTO, A. R. Evolução do ensino
da-contabilidade-no-brasil--uma-analise-historica/i/pt-br>.
2000.
da-contabilidade-no-brasil/i/pt-br>.
Após o estudo dessa unidade, você desenvolveu suas ideias a partir dos diversos assuntos
explicados. Compartilhe o que aprendeu e os elementos que mais lhe chamaram atenção.
38 TEORIA DA CONTABILIDADE
livrOs recOmendadOs
Livro: História da Contabilidade: Foco nos Grandes Pensadores
Editora: Atlas
Fonte: <http://www.editoraatlas.com.br/atlas/webapp/detalhes_produto.aspx?prd_
de Faria
Editora: Atlas
TEORIA DA CONTABILIDADE 39
Livro: Teoria Avançada da Contabilidade
Editora: Atlas
Este livro traz uma discussão sobre diferentes teorias que dão
bilidade.
APB, 1973.
40 Teoria da contabilidade
UNIDADE II: ESCOLAS E DOUTRINAS DA
CONTABILIDADE
capaz de:
contabilidade.
Segundo Iudícibus (2015) após o surgimento inicial do método contábil, na Itália, pro-
É neste período que, quiçá pela primeira vez, a teoria avança com relação às ne-
cessidades e às reais complexidades das sociedades. Esta fase também teve seus
O domínio da escola italiana parece ter chegado ao seu final (pelo menos até o mo-
mento), inclusive no Brasil, onde a Lei das Sociedades por Ações é inspirada (na parte
Talvez nossa crítica à escola italiana tenha sido dura, mas diremos que, apesar de
tudo, o saldo deixado por ela e pelos demais europeus (entre os quais se destacam
positivo.
seram dar-lhe, talvez, uma roupagem excessivamente vistosa, mas assim mesmo,
dalista teve o mérito incontestável de chamar a atenção para o fato de que a Conta-
42 Teoria da contabilidade
Iudícibus (2015) destaca que as desvantagens da escola europeia passada estão
consubstanciadas:
eficazes;
3. na excessiva ênfase na teoria das contas, isto é, no uso exagerado das par-
Esse conjunto de fatores desfavoráveis foi se acentuando a partir de 1920, com a as-
Teoria da contabilidade 43
Nos últimos anos, como consequência das necessidades informativas de uma economia
global, existe um grande esforço de convergência contábil internacional, que está aproxi-
mando as várias “escolas”. Temos ainda, porém, muito a evoluir (IUDÍCIBUS, 2015).
Escola Norte-Americana
Enquanto declinavam as escolas europeias, floresciam as escolas norte-americanas
com suas teorias e práticas contábeis, favorecidas não apenas pelo apoio de uma
ampla estrutura econômica e política, mas também pela pesquisa e trabalho sério dos
órgãos associativos.
tados Unidos.
que não ocorreu com as escolas europeias, onde as universidades foram decrescen-
do em nível e em importância.
muitos acionistas, foi a causa primeira do estabelecimento das teorias e práticas con-
tábeis que permitissem correta interpretação das informações, por qualquer acionista
América experimentaram, constitui um campo fértil para o avanço das teorias e práti-
cas contábeis.
44 Teoria da contabilidade
Não é por acaso que, atualmente, o mundo possui inúmeras obras contábeis de ori-
gem norte-americana que têm reflexos diretos nos países, como o Brasil.
saiba mais
A Escola Norte-Americana foi de estrema importância para a evolução da Teoria Con-
tábil, não só no Brasil, mas em nível internacional. Diversos pensadores, tais como
Willian Paton, A. C. Littleton, entre outros, foram influentes a partir da década de 1920
e produziram diversos documentos que a partir de sua evolução foi possível desenvol-
Partidas Dobradas editado pelo Frei Luca Pacioli, considerado o pai da contabilidade.
do pela corrente do pensamento contábil por meio das escolas: Contismo; Personalis-
ideia central o mecanismo das contas, com ênfase no seu funcionamento, esquecendo
Não tinha a preocupação com direitos e obrigações. A teoria das cinco contas de Ed-
TEORIA DA CONTABILIDADE 45
a partir de cinco objetos principais que se interagem continuamente: mercadorias;
uma dessas contas era o mesmo que debitar ou creditar o próprio comerciante. Essa
XVIII que surgiram outros métodos de registros, separando o diário do razão para ve-
Nessa escola do pensamento contábil havia forte ênfase nas pessoas. As contas re-
Assim como Pacioli foi o precursor do Contismo, Giuseppe Cerboni deu ênfase à
Destacam-se dois pontos, da escola personalista: em primeiro lugar sua grande con-
46 Teoria da contabilidade
interna da entidade, a introdução dos fundamentos da matemática financeira e
Segundo, a teoria personalista foi refutada por Fábio Besta, que explicou a falha do
Neocontismo
Restituiu à Contabilidade o seu verdadeiro objeto representado pela riqueza patrimo-
nial. Trouxe grande avanço para o estudo da análise patrimonial e dos fenômenos
Fabio Besta foi o maior representante desta escola, responsável em evidenciar a con-
Trata, dentro desta escola, a fórmula usual na disciplina de contabilidade geral I, onde a
SL (Situação Líquida), é igual à somatória dos bens e direitos deduzidos das obrigações.
lores das contas (positivas para o Ativo e negativas para as contas do Passivo), com
Teoria da contabilidade 47
Podemos destacar algumas contribuições dessa escola: a base doutrinária de Besta está
dade Aplicada (específica a diferentes tipos de atividades econômicas); o ano civil aparece
Controlismo
Contabilidade como sistema de controle econômico. As contas patrimoniais e de re-
A Escola Controlista contribuiu para o controle das operações dentro das organiza-
ções; desenvolvimento das informações como base para a análise de gestão sobre os
Aziendalismo
Azienda: o patrimônio sofrendo constantes ações de natureza econômica por parte do
Essa escola teve o mérito de fazer distinção entre as três doutrinas que formam o
nização e a Contabilidade.
48 Teoria da contabilidade
Gomberg apresentou os conceitos de causa e efeito para as relações patrimoniais:
Débito = efeito e Crédito = causa. Assim como, respectivamente, Ativo = efeito e Pas-
sivo = Causa.
que saber as causas dessas mudanças. Preconiza que o Patrimônio é uma grande-
uma ciência social inserida no contexto social; divide-se a contabilidade em três ra-
mos distintos, em sua parte teórica, a saber: Estática Patrimonial, Dinâmica Patrimo-
não se confunde com o levantamento patrimonial, que é apenas uma de suas partes;
Teoria da contabilidade 49
O BRASIL E A CONTABILIDADE
A Contabilidade no Brasil começou com a matéria de comércio e após em 1856 foi
da no ensino da Contabilidade.
O Brasil sofreu forte influência da corrente italiana primeiramente, até a antiga lei das
Por volta de 1920 a 1940, cada empresa comercial/industrial tinha o seu guarda-livros,
pelo empirismo.
Foi com a instalação do curso de Ciências Contábeis pela Faculdade da USP em 1946
que o Brasil ganhou seu primeiro núcleo efetivo, embora modesto de pesquisa con-
50 Teoria da contabilidade
Os principais passos foram:
panhias abertas; e
Até então, a contabilidade no Brasil foi marcada pela forte influência da legislação
Teoria da contabilidade 51
saiba mais
A Lei nº 6.404/76 (Lei das Sociedades Anônimas), foi, ao nosso ver, a mais importante
criada na década de 1970, no que diz respeito à contabilidade. Elencava, entre ou-
como os diversos aspectos das demonstrações contábeis que deveriam ser seguidos
sas entidades:
52 TEORIA DA CONTABILIDADE
O segundo passo no processo de convergência foi a emissão das Leis 11.638/07 e
11.941/09 que alteraram a Lei 6.404/76 (Lei das Sociedades por Ações). A partir des-
saiba mais
A adoção das normais internacionais de Contabilidade visam, entre outras coisas,
qualidade das demonstrações contábeis e dar maior suporte, por meio das normas,
TEORIA DA CONTABILIDADE 53
atividades Para cOmPreensÃO dO cOnteÚdO
1) No que se refere à Escola Europeia, assinale a alternativa correta:
b) É neste período que, pela primeira vez, a teoria avança com relação às neces-
c) Teve maior impacto e divulgação, com o advento do método das Partidas Do-
nas com suas teorias e práticas contábeis, favorecida não apenas pelo apoio
54 TEORIA DA CONTABILIDADE
II. Personalismo: Giuseppe Cerboni deu ênfase à corrente Personalista, idealizan-
Contabilidade no Brasil:
b) Por volta de 1920 a 1940, cada empresa comercial/industrial tinha o seu guar-
em 1946 que o Brasil ganhou seu primeiro núcleo efetivo, embora modesto de
Teoria da contabilidade 55
artiGOs, sites e LINKS
Artigos
<http://www.facsaoroque.br/novo/publicacoes/pdfs/natasha_adm.pdf>.
Site e link
<http://www.cpc.org.br/CPC>.
Após o estudo dessa unidade, você desenvolveu suas ideias a partir dos diversos
assuntos explicados. Compartilhe o que aprendeu e os elementos que mais lhe cha-
Fóruns de discussão. Listamos abaixo algumas questões para fomentar as suas dis-
cussões.
56 TEORIA DA CONTABILIDADE
livrOs recOmendadOs
Livro: História da Contabilidade: Foco na Evolução das Escolas
do Pensamento Contábil
Editora: Atlas
com a contabilidade.
Fonte: <http://www.editoraatlas.com.br/atlas/webapp/detalhes_produto.aspx?prd_
Editora: Atlas
demonstrações financeiras.
TEORIA DA CONTABILIDADE 57
Livro: Teoria da Contabilidade
Editora: Atlas
pectivas futuras.
04 fev. 2016.
Editora: Atlas
04 fev. 2016.
58 Teoria da contabilidade
UNIDADE III - PRINCÍPIOS CONTÁBEIS
E NORMAS INTERNACIONAIS DE
CONTABILIDADE
capaz de:
Teoria da contabilidade 59
ESTRUTURA CONCEITUAL BÁSICA
O QUE É A ESTRUTURA CONCEITUAL?
A Estrutura Conceitual, também conhecida como CPC 00, é o documento que destaca
tábeis, bem como outras partes, tais como preparadores e auditores a interpretar normas,
cial Accounting Stantard Board (FASB), por meio do Referencial Conceitual (SFAC 1,
portanto, é a mesma estrutura conceitual utilizada pelos países que fizeram convergir
60 Teoria da contabilidade
Quatro tópicos são destacados na atual Estrutura Conceitual, conforme destacado no
CPC 00 :
tam os efeitos patrimoniais e financeiros das transações e outros eventos, por meio do
Teoria da contabilidade 61
Balanço Patrimonial
O Balanço Patrimonial apresenta a posição patrimonial e financeira de uma empresa
QUIDO.
A estrutura básica do Balanço Patrimonial conforme Lei nº 6.404/76 art. 178 §1° e 2°
ATIVO PASSIVO
Ativo Circulante Passivo Circulante
Ativo Não Circulante Passivo Não Circulante
Realizável a Longo Prazo Patrimônio Líquido
Investimentos Capital Social
Imobilizado Reservas de Capital
Intangível Ajustes da Avaliação Patrimonial
COBERTO”.
As contas que compõe estes grupos, ATIVO, PASSIVO e PATRIMÔNIO LÍQUIDO são
62 Teoria da contabilidade
a) Principais alterações ocorridas no Balanço Patrimonial, que passam a
Ativo
A Estrutura Conceitual (CPC 00) destaca que um ativo é um recurso controlado pela
entidade como resultado de eventos passados e do qual se espera que fluam futuros
presa detém os riscos e benefícios sobre o recurso, mesmo não tendo a propriedade
O Ativo Circulante e o Ativo não Circulante passam a ser classificados como grupos,
Teoria da contabilidade 63
O Ativo Realizável a Longo Prazo, Investimentos, Imobilizado e Intangível, passam a
Passivo
A Estrutura Conceitual (CPC 00) destaca que um passivo é uma obrigação presente
dada tarefa de certa maneira. As obrigações podem ser legalmente exigíveis em con-
Um passivo pode ser uma obrigação legal ou construtiva, isto é, apesar de que as
ou exigência legal, eles também podem surgir de práticas comerciais normais, costu-
e Patrimônio Líquido. O grupo Passivo Exigível a Longo Prazo, deixou de existir, por-
tanto todas as obrigações das empresas cujo vencimento ocorra após o término do
64 Teoria da contabilidade
Ativo: um Ativo deve ser classificado como Circulante quando: se espera que seja
seguinte; é um ativo em dinheiro ou equivalente, cuja utilização não está restrita; to-
Passivo: um Passivo deve ser classificado como Circulante somente quando atender
aos seguintes parâmetros: é esperada sua liquidação até o findo do exercício seguinte;
nenhum direito de postergar sua liquidação por período que exceda o findo do exercício
Teoria da contabilidade 65
Balanço Patrimonial detalhado
(D eno m inaç ão da E m p r es a ) BA L ANÇO PAT RIMONIA L E n c e r r a d o e m / / E m R$
ATI V O X2 X1 PASSI V O X2 X1
Passivo Circulante
Empréstimos e Financiamentos
Fornecedores
Ativo Circulante Obrigações Fiscais
Disponível Outras Obrigações
Clientes Provisões
Outros Créditos Passivo Não Circulante
Investimentos Temporários Empréstimos e Financiamentos
Estoques Fornecedores
Despesas do Exercício Seguinte Obrigações Fiscais
Ativo Não Circulante Outras Obrigações
Realizável a Longo Prazo Provisões
Créditos e Valores Receitas/Custos/Desp. Diferidas
Investimentos Temporários a Longo Receitas Diferidas
Prazo ( - ) Custos Diferidos
Despesas Antecipadas ( - ) Despesas Diferidas
Investimentos PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Participações Perm. em Outras Capital Social
Sociedades Reservas de Capital
Outros Investimentos Permanentes Ajustes da Avaliação Patrimonial
Imobilizado Reserva de Lucros
Bens em Operação Reserva Legal
(-) Depreciação, Amort. e Exaustão Reserva Estatutária
Acumulada Reserva para Contingências
Imobilizado em Andamento Reserva de Incentivos Fiscais
Intangível Reserva de Lucros a Realizar
Direitos Adquiridos Reserva de Lucros para Expansão
Fundo de Comércio Adquirido Reserva Especial para Dividendo
Obrigatório não distribuído
( - ) Ações em Tesouraria
( - ) Prejuízos Acumulados
ATIVO PASSIVO
Compreende as disponibilidades, os
direitos realizáveis no curso do exercício
Compreende as obrigações exigíveis que
social subsequente e as aplicações
serão liquidadas no próximo exercício social.
de recursos em despesas do exercício
seguinte.
66 Teoria da contabilidade
At iv o N ão C ir c u l a nt e
- At iv o R ea l izáv el a Lo ngo P r a zo Pa s s i v o N ão C i r c u l a n t e
. I nv es t im ento s Pat r i m ô n i o L í q u i d o
São as aplicações de caráter permanente em outras sociedades São recursos oriundos dos proprietários ou acionistas aplica-
e os direitos de qualquer natureza, não classificáveis no ativo dos na empresa, com característica permanente. Os recursos
circulante, e que não se destinem à manutenção da atividade da significam o capital mais o seu rendimento, se houver prejuízo,
companhia ou da empresa. o total destes será reduzido.
. I m o b il iza d o - C a p i ta l S o c i a l
. I nta ngív el - R e se r va s d e C a pi ta l
- A j u s t e s da Ava l i aç ão Pat r i m o n i a l
- R e se r va s d e Lu c r o s
- ( - ) Açõ e s e m T e s o u r a r i a
- ( - ) P r e j u í zo s Ac u m u l a d o s
Teoria da contabilidade 67
Demonstração do Resultado do Exercício
A Demonstração do Resultado do Exercício destinada a evidenciar a composição do
os impostos;
II – Receita Líquida das Vendas e Serviços, o custo das mercadorias e serviços ven-
III – Despesas com Vendas, as despesas financeiras, deduzidas das receitas, as des-
empregados;
V- Lucro ou Prejuízo Líquido do Exercício e o seu montante por ação do capital social.
68 Teoria da contabilidade
Receita Bruta de Vendas
=Vendas Líquidas
=Lucro Bruto
Despesas Administrativas
Despesas Financeiras
+ Receitas Financeiras
=Lucro Operacional
(-) Participações
Líquido: faz clara indicação do fluxo de uma conta para outra e indica a origem e o
Teoria da contabilidade 69
Trata-se, portanto, de informação que complementa os demais dados constantes no
tante para as empresas que tenham seu Patrimônio Líquido formado por diversas
Sua importância se torna mais acentuada em face dos critérios da Lei, pois a demons-
nas das originadas por lucros, tem a finalidade de compreensão, quanto ao cálculo
dos dividendos.
de indicar as modificações ocorridas nos saldos de suas contas, em virtude dos even-
Transferências de Reservas
Transferências de Lucros
70 Teoria da contabilidade
Reserva de Capital
Reserva de Lucros
Lucros
no artigo 201, ao pagamento das participações, onde se conclui que o pagamento das
participações somente poderá ser feito diante da existência de lucro líquido do exercí-
Teoria da contabilidade 71
Portanto, as “Participações nos Lucros” não têm o caráter atribuído à distribuição de
ções nos lucros são despesas. São distribuídas como uma forma de remuneração:
empregados;
sido antecipado ou esteja previsto em data posterior. Vale lembrar que no caso de
72 Teoria da contabilidade
lucros ou resultados da empresa em periodicidade inferior a um semestre civil, ou
Cálculo Sucessivo
De acordo com a Lei das S.A., as participações nos lucros serão calculadas sucessi-
A. de debêntures;
B. de empregados;
C. de administradores;
D. de partes beneficiárias;
O art. 190 da Lei das S.A. especifica expressamente a ordem apenas para os itens
“b”, “c” e “d”, todavia, com base na ordem estabelecida no inciso VI do art. 179 da Lei
das S.A., pode-se concluir que a remuneração das debêntures antecede a dos em-
pregados.
O que se aconselha, para que não haja dúvidas, é a fixação sobre a ordem de cálculo
Teoria da contabilidade 73
A apuração da base de cálculo é extracontábil, uma vez que ela reúne elementos do
são calculados a partir do lucro contábil antes das provisões. Por sua vez, a base de
cálculo das participações sobre o lucro depende do cálculo da provisão para o Impos-
to de Renda e a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido, pois são calculados sobre
Exemplos
= Resultado do Período.
74 Teoria da contabilidade
RESERVA DE LUCROS
As reservas de lucros são as contas de reservas constituídas pela apropriação de
atender a várias finalidades, sendo sua constituição efetivada por disposição da lei ou
A. Reserva Legal;
B. Reserva Estatutária;
Reserva Legal
A reserva legal deverá ser constituída mediante destinação de 5% (cinco por cento)
do lucro líquido do exercício, antes de qualquer outra destinação. Esta reserva será
constituída, obrigatoriamente, pela companhia, até que seu valor atinja 20% do capital
Reservas Estatutárias
As reservas estatutárias são constituídas por determinação do estatuto da compa-
nhia, como destinação de uma parcela dos lucros do exercício, e não podem restringir
Teoria da contabilidade 75
Reservas para Contingências
De acordo com o artigo 195 da Lei nº 6.404/76, a assembleia geral poderá, por pro-
estatuto ou do art. 202 da Lei das S/A, ultrapassar a parcela realizada do lucro líquido
dos lucros do exercício. Essa retenção deverá estar justificada com o respectivo orça-
76 Teoria da contabilidade
Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC)
Conceito de Fluxo de Caixa
antecedência.
costuma assumir.
Diante dessa situação, o fluxo de caixa é de vital importância para a eficiência econô-
mica, financeiro e gerencial das empresas sejam elas pequenas, médias ou de grande
porte. Abaixo, segue figura onde evidencia as atividades operacionais de uma empresa:
Teoria da contabilidade 77
ENTRADAS E SAÍDAS DE CAIXA
pagamento de
emissão de
dividendos,
FINANCIAMENTO
obrigações e liquidação de
ações obrigações e
recompra de ações
78 Teoria da contabilidade
IMPORTÂNCIA DA DFC
com recursos próprios, gerados a partir de suas próprias operações a aferir o potencial
Seguem alguns critérios para que a empresa obtenha resultados positivos por
viamente fixados;
necessárias à empresa;
financeiro;
D. Determinar o nível desejado de caixa, a partir das contas que compõe o dis-
ponível da empresa;
Teoria da contabilidade 79
E. Fixar limites mínimos, mediante as experiências adquiridas pela empresa,
xa: a primeira forma refere-se ao Fluxo de Caixa Histórico (ou Passado) que apre-
organizações.
investimento e de financiamento.
Sua análise permite avaliar a forma como o recurso de cada fonte vem sendo aplicado
outros indicadores, serve como base para a construção do Fluxo de Caixa Projetado.
xa, antevendo pontos críticos que poderão ser antecipadamente tratados ou situações
80 Teoria da contabilidade
O principal insumo ao processo financeiro de curto prazo é a previsão de vendas. A
previsão das vendas de uma empresa em um dado período é preparada pelo depar-
tamento de marketing.
Com base na previsão de vendas, o gerente financeiro estima o fluxo de caixa mensal
estoque e vendas.
previsões não estão isentas dos efeitos da subjetividade, sendo, portanto de extrema
Mesmo entre os Fluxos de Caixa pode-se observar que, enquanto o Fluxo de caixa
o futuro.
passado, e com a devida projeção para o futuro, relacionado aos recursos financeiros
des oscilações, a tendência é para estimativas com prazos curtos (diário, semanal,
Teoria da contabilidade 81
A finalidade do planejamento também influi no período abrangido pelo mesmo. Por
dar uma ideia aproximada da projeção de saldos mensais durante o exercício social.
Como toda a empresa tem mais de uma espécie de necessidade financeira, precisa
detalhes, pois tem em vista apenas relacionar alterações significativas nos futuros
De acordo com os planos de ação aprovados pela cúpula diretiva, deverão resultar de
mentos com que a empresa deverá contar de curto, médio, ou de longo prazo;
2. Prever aumento de capital social, mediante aproveitamento de reservas ou
3. Analisar os efeitos que cada uma dessas maneiras de obter maiores recursos
82 Teoria da contabilidade
CLASSIFICAÇÕES DAS MOVIMENTAÇÕES DE CAIXA POR ATIVIDADES
Base da classificação:
natureza da transação de origem - intenção subjacente
Atividades Operacionais
Atividades de Investimento
Atividades de Financiamento
FIPECAFI (2001, p.352-353)
Fluxos Operacionais
Os Fluxos Operacionais representam todos os gastos relacionados com a produção
e comercialização dos bens e serviços da empresa. Deve conter como entradas a co-
Teoria da contabilidade 83
Fluxos de Investimentos
Os Fluxos de Investimentos envolvem a aquisição e venda de ativos que serão utiliza-
empresas.
por vendas de participações acionárias em outras empresas etc. E como saídas po-
empresas.
Fluxos de Financiamento
Os Fluxos de Financiamento equalizam o somatório dos demais fluxos: no caso de
sobras dos recursos, existe saída para aplicação; no caso de falta de caixa, existe
84 Teoria da contabilidade
ELABORAÇÕES DA DFC POR MÉTODO DIRETO E INDIRETO
MÉTODO MÉTODO
DIRETO INDIRETO
Método Direto
O Método Direito consiste em classificar os recebimentos e pagamentos de uma em-
presa utilizando as partidas dobradas. A vantagem deste método é que permite gerar
É aquele em que as informações para composição de fluxo de caixa são obtidas dire-
ário, pois nela pode-se visualizar integralmente a movimentação dos recursos finan-
A evidenciação dos valores que movimentam o caixa é de uma importância para uma
análise mais profunda do fluxo financeiro da empresa. Este método é mais informativo,
Teoria da contabilidade 85
pela clareza com que revela as informações do caixa.
Método Indireto
É o método em que as empresas ao decidirem não mostrar os recebimentos e paga-
86 Teoria da contabilidade
Vantagens do Método indireto
Baixos custos - balanço patrimonial, DRE e outras informações
Maior facilidade para ser automatizado e informatizado
Concilia lucro contabil com fluxo de caixa operacional líquido
Demonstra as origens ou aplicações de caixa decorrentes das alterações de prazos de
recebimentos e pagamentos
Permite avaliar quanto do lucro está se tranformando em caixa em cada período
Por meio de uma adequada gestão de caixa podemos reduzir substancialmente a ne-
te, da redução das despesas financeiras, tendo como objetivo uma análise criteriosa
do fluxo de caixa.
De nada adianta efetuar projeções de fluxo de caixa se o mesmo não for utilizado
minado período e a avaliação desses resultados, permitirá que a empresas tome as provi-
dências em tempo hábil e reprograme seu fluxo de caixa em função das novas situações.
Teoria da contabilidade 87
Demonstração do Valor Adicionado
A Lei nº 11.638 de 28/12/2007, no seu art. 176, inciso V, estabeleceu que toda entida-
Esta demonstração era normatizada pela NBC T 3.7, aprovada pela resolução do
ca, sendo um relatório que tem como objetivo demonstrar o valor da riqueza ge-
rada pela entidade, e como essa riqueza foi distribuída entre os diversos setores
nado é utilizado para avaliação do Produto Nacional, sendo, em resumo, a soma dos
Este produto denomina-se também Produto Interno Bruto – PIB. Desta forma, esta
produzido pelos agentes econômicos de um país, pelo fato de evitar a dupla contagem
com base no valor adicionado, é calculada de acordo com a atividade que ela agrega
88 Teoria da contabilidade
OBRIGATORIEDADE DA PREPARAÇÃO E APRESENTAÇÃO DA DVA
A Lei nº 11.638/07, além de alterar algumas normas da Lei nº 6.404 de 1976, impôs
de seus usuários.
adicionado:
As demais demonstrações visam mostrar aos investidores qual o lucro que a empresa
evidenciar o lucro investido, mostra a quem pertence o restante da riqueza criada pela
empresa.
Teoria da contabilidade 89
forma concisa, os dados e as informações do valor da riqueza gerada pela entidade
o somatório de itens similares forem relevantes para que esta apresentação detalha-
da ajude na apresentação mais adequada, sendo que esta demonstração deve ser
e pode fornecer informações que servem como base para diversas análises, atingindo
que a utiliza, pelo fato de ser elaborada com uma linguagem comum, refletindo a efici-
90 Teoria da contabilidade
PROCEDIMENTOS PARA A ELABORAÇÃO DA DEMONSTRAÇÃO DO
VALOR ADICIONADO
Para exercer qualquer atividade empresarial, toda empresa necessita obter e consu-
mir fatores produzidos, dentro das suas várias cadeias de valores, ou seja, precisa se
de fatores produtivos de terceiros e o que ela, a empresa, agregou nesse ciclo produtivo.
Teoria da contabilidade 91
2.2) Custo das mercadorias e serviços vendidos
2.3) Materiais, energia, serviço de terceiros e outros
2.4) Perda / Recuperação de valores ativos
3 – (=) VALOR ADICIONADO BRUTO (1-2)
4 – (-) RETENÇÕES
4.1) Depreciação, amortização e exaustão
5 – (=) VALOR ADICIONADO LÍQUIDO PRODUZIDO PELA ENTIDADE
6 – (+) VALOR ADICIONADO RECEBIDO EM TRANSFERÊNCIA
6.1) Resultado de equivalência patrimonial
6.2) Receitas financeiras
7 – (=) VALOR ADICIONADO TOTAL A DISTRIBUIR (5+6)
8 – DISTRIBUIÇÃO DO VALOR ADICIONADO*
8.1) Pessoal e encargos
8.2) Impostos, taxas e contribuições
8.3) Juros e aluguéis
8.4) Juros s/ capital próprio e dividendos
8.5) Lucros retidos / prejuízo do exercício
ção, obtém-se a diferença entre a receita com vendas e os bens ou serviços consumi-
Ainda, deste valor adicionado bruto, devem ser deduzidas as despesas retidas, que
Antes de fazer a distribuição do valor, deve ser observado se há algum valor adicionado
a ser transferido de um período para o outro devendo somá-lo, caso seja credor ou de-
duzi-lo se for devedor, ao valor adicionado do período. Somente depois de observado tal
aspecto, é que o valor será distribuído aos setores que contribuíram para gerar tal riqueza.
92 Teoria da contabilidade
ALGUNS ASPECTOS CONTÁBEIS PARA A PREPARAÇÃO DA
DEMONSTRAÇÃO DO VALOR ADICIONADO
Assim como a Demonstração do Resultado do Exercício, a qual vem se comparando
desde o início, a Demonstração do Valor Adicionado também deve ter como base o
No detalhamento dos insumos adquiridos, o que já está bem claro na própria estrutu-
Caso a empresa obtenha um lucro líquido no final do exercício, este entra em adição
cessário que considere o ICMS e o IPI, se houver incluídos na compra, sejam estes
restituíveis ou não.
retenções praticadas pela entidade, estas retenções são apenas despesas reconhe-
Teoria da contabilidade 93
O valor adicionado recebido de transferências é demonstrado por meio do resultado
de equivalência patrimonial, que pode ser positivo ou negativo, onde estão inclusos
receitas financeiras.
• Pessoal e encargos, com a inclusão dos encargos sociais, tais como as fé-
• Outros que estejam apropriados ao custo do produto, por meio dos impos-
tos, taxas e contribuições, como INSS, imposto de renda, contribuição social
insumos já destacados.
• Outro subgrupo é o de aluguel e juros, que deve conter todas as despesas
financeiras da entidade. No item juros sobre capital próprio e dividendos, são
lizar tem o subgrupo dos lucros retidos ou prejuízos do exercício onde estão
sobre capital próprio visto como reservas de capital e ainda as prestações que
94 Teoria da contabilidade
empréstimos e a outros credores, quando da tomada de decisão ligada ao forneci-
seu conselho de administração têm cumprido com suas responsabilidades no uso dos
recursos da entidade.
O referido pronunciamento técnico enfatiza que muitos investidores, credores por em-
propósito geral não atendem e não podem atender a todas as informações de que investi-
Esses usuários precisam considerar informação pertinente de outras fontes, por exem-
Teoria da contabilidade 95
rigor, fornecem informação para auxiliar investidores, credores por empréstimo e ou-
a informação.
usuários primários.
a entidade que reporta a informação preste informações adicionais que sejam mais
apresentar características qualitativas, que são atributos que fazem com que a conta-
digna; e
Se a informação contábil-financeira é para ser útil, ela precisa ser relevante e represen-
tar com fidedignidade o que se propõe a representar. A utilidade da informação contábil-
financeira é melhorada se ela for comparável, verificável, tempestiva e compreensível
(CPC 00, 2013, p.85 ).
96 Teoria da contabilidade
Características Qualitativas Fundamentais
Relevância
Informação contábil-financeira relevante é aquela capaz de fazer diferença nas
decisões que possam ser tomadas pelos usuários. A informação pode ser capaz
outras fontes.
Materialidade
De acordo com a Estrutura Conceitual (CPO 00), a informação é material se a sua
omissão ou sua divulgação distorcida puder influenciar decisões que os usuários to-
reporta a informação.
entidade em particular.
terialidade ou predeterminar o que seria julgado material para uma situação particular.
Representação fidedigna
Conforme CPC 00, os relatórios contábil-financeiros representam um fenômeno eco-
Teoria da contabilidade 97
tem só que representar um fenômeno relevante, mas tem também que representar
Para ser representação perfeitamente fidedigna, a realidade retratada precisa ter três
atributos. Ela tem que ser completa, neutra e livre de erro. É claro, a perfeição é
A Estrutura Conceitual ainda destaca que a representação fidedigna, por si só, não
tante por meio do qual o valor contábil do ativo seria ajustado para refletir a perda por
Essa estimativa pode ser uma representação fidedigna se a entidade que reporta a
informação tiver aplicado com propriedade o processo apropriado, tiver descrito com
vamente a estimativa.
estimativa não será particularmente útil. Em outras palavras, a relevância do ativo que
está sendo representado com fidedignidade será questionável. Se não existir outra
alternativa para retratar a realidade econômica que seja mais fidedigna, a estimativa
te ser relevante e representar com fidedignidade a realidade reportada para ser útil.
98 Teoria da contabilidade
Nesse contexto, de acordo com a Estrutura Conceitual, o processo mais eficiente e
Primeiro, identificar o fenômeno econômico que tenha o potencial de ser útil para os
Segundo, identificar o tipo de informação sobre o fenômeno que seria mais relevante
fundamentais chega ao seu fim. Caso contrário, o processo deve ser repetido a partir
Comparabilidade
Comparabilidade é a característica qualitativa que permite que os usuários identifiquem
e compreendam similaridades dos itens e diferenças entre eles, isto é, permite que
Teoria da contabilidade 99
Consequentemente, a informação acerca da entidade que reporta informação será mais
útil caso possa ser comparada com informação similar sobre outras entidades e com infor-
mação similar sobre a mesma entidade para outro período ou para outra data (CPC 00).
Verificabilidade
A verificabilidade significa que diferentes observadores, cônscios e independentes,
acordo, quanto ao retrato de uma realidade econômica em particular ser uma repre-
Tempestividade
Conforme CPC 00, Tempestividade significa ter informação disponível para tomadores
Contudo, certa informação pode ter o seu atributo tempestividade prolongado após o
Compreensibilidade
Classificar, caracterizar e apresentar a informação com clareza e concisão torna-a
não segue uma ordem preestabelecida. Algumas vezes, uma característica qualitati-
va de melhoria pode ter que ser diminuída para maximização de outra característica
sendo importante que ditos custos sejam justificados pelos benefícios gerados pela
vel. Elas, todavia, restrita ou em conjunto, não podem tornar a informação útil, caso a
Algumas vezes, uma característica qualitativa de melhoria pode ter que ser diminuída
para maximização de outra característica qualitativa. Por exemplo, a redução temporá-
ria na comparabilidade como resultado da aplicação prospectiva de uma nova norma
contábil-financeira pode ser vantajosa para o aprimoramento da relevância ou da re-
presentação fidedigna no longo prazo. Divulgações apropriadas podem parcialmente
compensar a não comparabilidade.
informação devem ser superiores aos custos de sua obtenção, e, portanto, isto é um
produzidas tendo como premissa que a entidade está em atividade e irá manter-se em
Desse modo, parte-se do pressuposto de que a entidade não tem a intenção, nem
Niyama e Silva (2013) afirmam que caso a entidade esteja em liquidação, com previ-
por meio do grupamento dos mesmos em classes amplas de acordo com as suas
Ativo
Iudícibus, Marion e Faria (2009) destacam que o Ativo tem sido definido de várias
maneiras, sendo a mais tradicional a do tipo “[...] ativo é o conjunto de bens e direitos
à disposição da administração [...] (p.67)” ou variantes como “[...] ativos são os meios
ceiros (CPC 00) emitida pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis, define um ativo
Essa definição tem origem no Estudo de Pesquisa Contábil n.3 (ARS 3) proposto por
finição dos autores supracitados dizia que ativos representam benefícios econômicos
esperados, direitos que foram adquiridos pela entidade como resultado de transação
corrente ou passada.
mentos que os sucederam, até mesmo a definição proposta pelo IASB na Estrutura
Conceitual. Iudícibus, Marion e Faria (2009) procuram fazer algumas analogias para
Se fizer uma analogia com a pessoa física, o proprietário de um patrimônio individual (patri-
mônio em sentido amplo, contendo elementos do ativo, obrigações a pagar e, por diferença,
o estado de riqueza líquida), ninguém adquire ou fabrica um ativo para que fique à dispo-
sição, sem nada render para a pessoa. Mesmo quando se adquirem joias de uso pessoal
ou obras de arte, sempre existe a esperança de, num futuro, se a família precisar, esses
ativos poderem se transformar em dinheiro. O que se dirá́ , então, dos outros ativos? Você̂
tem um carro a fim de que possa ser transportado em segurança ao trabalho, que lhe gera
um fluxo positivo de caixa. Mesmo quando o carro é utilizado no final da semana, para o
lazer, por propiciar ao seu proprietário (o lazer) reparação das energias físicas e psíquicas,
acaba contribuindo, indiretamente, para que tenha condições de gerar, no futuro, a entrada
de fluxos positivos de caixa, como consequência de seu trabalho (p.187).
Niyama e Silva (2013) destacam que o termo “futuro” pressupõe que seja provável,
isto é, algo ainda não certo. O benefício econômico futuro refere-se ao potencial de
controlados por uma entidade. Dessa forma, não apenas o recurso deve ser capaz de
Controlar um recurso significa obter todos os benefícios oriundos dele e ser responsá-
vel por todos os riscos que, porventura, dele surgirem. Os ativos podem ser utilizados
legal, isto é, se a empresa detém os riscos e benefícios sobre o recurso, mesmo não
tendo a propriedade legal, o item deve ser reconhecido como um ativo da empresa.
Passivo
Conforme Iudícibus, Marion e Faria (2009) uma característica essencial de um pas-
sivo, isto é, de uma exigibilidade é que a empresa tem uma obrigação no momento
É preciso deixar bem claro, todavia, que obrigações (passivos, exigibilidades) também
surgem como consequência de práticas comerciais usuais, hábitos comerciais e do
A Estrutura Conceitual (CPC 00) destaca que um passivo é uma obrigação presente
que a empresa obtém um recurso econômico, tais como uma dívida com fornecedor, a
qual é originária da compra de insumos para a entidade. Além disso, alguns passivos
podem surgir por imposição de entidades governamentais, como é o caso dos tributos.
dada tarefa de certa maneira. As obrigações podem ser legalmente exigíveis em con-
Um passivo pode ser uma obrigação legal ou construtiva, isto é, apesar de que as
ou exigência legal, eles também podem surgir de práticas comerciais normais, costu-
Patrimônio Líquido
Niyama e Silva (2013) afirmam que patrimônio está associado à paternidade da entidade. A
expressão patrimônio líquido seria usada para expressar a participação dos proprietários.
No entanto, o que se percebe na definição do IASB, bem como do CPC, não é de fato,
uma definição, mas sim uma equação em que o patrimônio líquido depende das defi-
nições de ativo e passivo. Iudícibus, Marion e Faria (2009) destacam que a definição
acima, proposta pelo IASB, é bastante simplista e pode ser melhor detalhada:
Numa grande empresa, por exemplo, os recursos conferidos pelos acionistas, os lucros
retidos, as reservas que representam apropriações de lucros retidos e as reservas que
representam ajustes de capital podem ser demonstradas separadamente; aliás, é cos-
tumeiro fazer-se isto. Tais classificações podem ser relevantes para as necessidades
decisórias dos usuários das demonstrações contábeis quando elas indicarem restrições
legais ou de outra natureza sobre a habilidade ou liberdade da empresa distribuir ou
aplicar de outra forma seu Patrimônio Líquido. Podem refletir, também, o fato de que
as partes com interesses de propriedade numa entidade ou empresa tenham direitos
diferenciados com relação ao recebimento de dividendos ou reembolso da parcela do
capital por eles investida (p.35).
patrimônio líquido.
ativo ou o passivo. Em caso positivo apenas um dos dois, seja ativo ou passivo, de
cibus (2013) são: os graus de prioridade atribuídos aos vários participantes no forne-
direitos finais.
Conceituação de Receita
Para estabelecer o conceito de receita, primeiramente é necessário estudar a nature-
A receita constitui um sistema corrente de geração de bens e serviços por uma enti-
e serviços transferidos pela empresa para seus clientes. Em uma definição restrita
Iudícibus (2010) chama a atenção para não excluir acréscimos de patrimônios que se
refiram a outros tipos de serviços prestados pela empresa, como receita de juros e
Desta definição verificamos a caracterização por natureza, bem como coloca o fato
de ser validade pelo mercado e dá margem a várias formas pelos quais podem ser
reconhecidas.
operações da entidade dentro do exercício social e que são usadas para a apuração
RO et al., 2011).
Exemplos práticos:
A Empresa “X” vendeu 40 unidades do seu produto Beta que estava registrado no es-
toque. A data da venda foi em 26/01/2016 e o preço de venda foi de R$2.000,00 cada
Lançamento Contábil:
D: Caixa
Fonte: os autores
Conceituação de Despesas
A palavra despesa encerra a ideia de algo desfavorável, e é muito comum se ouvir
São gastos, consumo de bens e serviços no intuito de obter receitas. Embora, a des-
pesa seja à primeira vista como um fator desfavorável, tendente a reduzir o resultado
favoráveis (as receitas), ambas determinam o resultado líquido nas operações, que
resulta no ganho líquido dos acionistas, pelas suas participações. Para que se escla-
se deve incluir no termo despesa”, como deve medir a despesa; quando se incorre em
Existe uma grande controvérsia nos enfoques dos teóricos da contabilidade, quanto
o que deve ser incluído ou não como “despesa”. Uns defendem uma classificação
Outros adotam uma definição mais globalizante, incluindo tanto despesas como per-
assume esta característica. Atribuímos o conceito para esta conta como o sacrifício
entidade dentro do exercício social e que são usadas para a apuração do resultado,
2011).
trativo, Despesas Financeiras, Despesas com Vendas, Água e Energia, dentro outras.
Exemplos práticos:
Neste mesmo dia houve pagamento de despesas com aluguéis administrativos no va-
lor de R$2.000,00. O lançamento contábil deste fato será efetuado da seguinte forma:
Lançamento Contábil:
C: Caixa 80.000,00
Fonte: os autores
das dos custos dos produtos e doações desde que feitas com o fim de reconhecer os
Os ganhos e perdas são considerados como fatos não operacionais que são partes
Princípios de Contabilidade
Além do arcabouço teórico citado no tópico anterior – Estrutura Conceitual Básica – o
No início da década de 90, por intermédio das Resoluções nºs 750 e 774, o Conselho
tais de Contabilidade.
1.282/10.
tabilidade:
I. o da ENTIDADE;
II. o da CONTINUIDADE;
III. o da OPORTUNIDADE;
V. o da ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA;
VI. o da COMPETÊNCIA; e
VII. o da PRUDÊNCIA.
que diz respeito às definições e significados dos princípios e entre tais mudanças, a
Princípio da Entidade
De acordo com o Art. 4º da resolução 750/93, o Princípio da ENTIDADE reconhece o
Por consequência, nesta acepção, o Patrimônio não se confunde com aqueles dos
Princípio da Continuidade
Conforme o Art. 5º da Resolução 750/93, a CONTINUIDADE ou não da ENTIDADE,
bem como sua vida definida ou provável, devem ser consideradas quando da classifi-
Princípio da Oportunidade
A resolução 750, em seu art. 6º, destaca que o Princípio da Oportunidade se refere,
suas mutações, determinando que este seja feito de imediato e com a extensão cor-
750/93):
I – Desde que tecnicamente estimável, o registro das variações patrimoniais deve ser
feito mesmo na hipótese de somente existir razoável certeza de sua ocorrência;
A nova redação dada pela resolução 1.282/10, afirma que o Princípio da Oportunidade
contábil pode ocasionar a perda de sua relevância, por isso é necessário ponderar a
vem ser reconhecidos pelos valores originais das transações, expressos a valor presente
na moeda do país, que serão mantidos na avaliação das variações patrimoniais posteriores,
Em síntese, a base de mensuração permitida era o custo histórico, visto que, com
riam ser registrados pelo valor original e não poderiam ser modificados.
A partir das modificações trazidas pela resolução 1.282/10, o Princípio do Registro pelo
Valor Original determina que os componentes do patrimônio devem ser inicialmente re-
tivo da moeda nacional devem ser reconhecidos nos registros contábeis por meio do
Esse princípio foi revogado com a resolução 1.282/10. “A atualização monetária dei-
xou de ser um princípio específico e passou a integrar o de registro pelo valor original”
De fato, o princípio do registro pelo valor original, que tinha por ênfase a base de men-
1.282/10, já não era permitida sua aplicação, isto é, não era permitida a atualização dos
Princípio da Competência
Conforme a resolução 750/93, as receitas e as despesas devem ser incluídas na apu-
tos das transações e outros eventos sejam reconhecidos nos períodos a que se refe-
e de despesas correlatas.
Princípio da Prudência
A resolução 1.282/10 destaca que o Princípio da PRUDÊNCIA determina a adoção do
e princípios contábeis diferentes. Mesmo entre os GAAP em países com ativos mer-
Havia um abismo ainda maior entre os GAAP dos países anglo-americanos e dos
contábil, em que se registravam lucros determinados pela lei do dividendo a ser de-
Em abril de 1963, a Business Week publicou uma reportagem especial sobre a nova
Silva (2014), em sua dissertação de mestrado, destaca que Henry A. Benson, sócio
sênior da empresa britânica de Cooper Brothers & Co. (mais tarde Coopers & Lybrand
O AISG emitiu uma série de folhetos que – entre outras coisas – comparavam as abor-
A iniciativa de Benson, em 1973 foi ainda mais solene. Após correspondências e reu-
tee (IASC).
Até então, a abordagem da Contabilidade orientada por regras fiscais, utilizada e por
Conselho sobre a contabilidade, o que era para ser incorporado na legislação de to-
Benson e outros no Reino Unido podem ter acreditado que o IASC poderia promover
ça, Japão, Austrália e Nova Zelândia. Holanda e África do Sul lançaram recentemen-
convidados por Benson a participar do IASC foram, por ordem alfabética: Austrália,
Canadá, França, Alemanha, Japão, México, Países Baixos, o Reino Unido e a Irlanda
(combinados), e os EUA.
na sua criação.
Todos eles se comprometeram com uma meta muito alta, envidando seus melhores
tional Accounting Standard (IAS), que, esperava-se, levaria a uma harmonização das
Em 2001 o IASC foi reestruturado, sendo que até o momento, haviam sido emitidas 41
Financeiras.
dard Board (IASB) onde as novas normas emitidas seriam chamadas International Fi-
nancial Reporting Standards (IFRS) e as antigas (IAS), recepcionadas pelo novo órgão.
A partir daí, o IASB visava à convergência das normas contábeis e teve como objeti-
liadas na EU e cotadas em bolsas de valores no seu seio, que elas preparassem suas
são Europeia em maio de 2002. Neste ano, eles aprovaram e adotaram o regulamen-
to, exigindo que todas as empresas da EU, cotadas no mercado regulamentado deve-
Os Estados-Membros eram livres para alargar este requisito para todas as empre-
individuais.
qualidade das demonstrações contábeis e dar maior suporte, por meio das normas,
ras.
c) Objetivo da elaboração e divulgação de relatório contábil-financeiro de propó-
nanceiras, exceto:
entidade.
para a entidade.
d) Um passivo é um recurso de propriedade da empresa.
II. Receitas são aumentos nos benefícios econômicos durante o período con-
instrumentos patrimoniais.
e que não estejam relacionados com distribuições aos detentores dos ins-
trumentos patrimoniais.
IV. Um passivo deve ser sempre uma obrigação legal.
vem ser inicialmente registrados pelos valores originais das transações, ex-
<http://www.cpc.org.br>.
Após o estudo dessa unidade, você desenvolveu suas ideias a partir dos diversos
assuntos explicados. Compartilhe o que aprendeu e os elementos que mais lhe cha-
Fóruns de discussão. Listamos abaixo algumas questões para fomentar as suas dis-
cussões.
2) Essa questão é aberta para discussões e a sua resposta deve permear no sentido
dade brasileira.
do CPC: <http://www.cpc.org.br/CPC/Documentos-Emitidos/Pronunciamentos>.
Editora: Atlas
Fonte: <http://www.editoraatlas.com.br/atlas/webapp/detalhes_produto.aspx?prd_
do Pensamento Contábil
Editora: Atlas
Editora: Atlas
demonstrações financeiras.
Editora: Atlas
pectivas.
04 fev. 2016.
Editora: Atlas
04 fev. 2016.
capaz de:
também conhecida como CPC 00, define ativo como “um recurso controlado pela enti-
dade como resultados de eventos passados e do qual se espera que resultem futuros
B. Deve ser controlado pela entidade. Para controlar um ativo a entidade não
entidade.
um ativo, por exemplo, um imóvel ao qual sua aquisição já foi aprovada pela diretoria,
para que ele seja considerado um ativo para a entidade. Dessa forma, um ativo deve
deve deter a propriedade legal do recurso, para que ele seja considerado um ativo.
Uma empresa controla um ativo quando ela é responsável por todos os riscos sobre
o ativo e todos os benefícios econômicos que possam fluir desse ativo sejam da en-
os benefícios do ativo.
Quanto aos benefícios econômicos futuros, um ativo deve ser capaz de produzir flu-
xos de caixa para a entidade, seja isoladamente ou em conjunto com outros ativos.
Os bens e direitos que não são capazes de gerar benefício futuro não devem ser reco-
nhecidos no Balanço Patrimonial como ativos e aqueles que perdem essa capacidade
como obtenção do valor por intermédio das perspectivas de fluxos futuros de caixa
RECONHECIMENTO
Reconhecimento é o processo de incorporar os ativos, passivos, despesas e receitas
Para que um recurso seja incorporado no Balanço Patrimonial, ele deve se enquadrar
Niyama e Silva (2013) complementarmente destacam que além desses itens, deve-se
Figura 2.
ocorrência de benefícios futuros é muito alta, determinado recurso não deve ser reco-
ativo quando não se pode fazer uma mensuração confiável de determinado recurso.
Assim, antes de reconhecer um recurso como ativo, este deve ser mensurado com
confiabilidade.
MENSURAÇÃO
Mensuração, conforme proposto pela Estrutura Conceitual (CPC 00) é:
O processo que consiste em determinar os montantes monetários por meio dos quais
os elementos das demonstrações contábeis devem ser reconhecidos e apresentados
no balanço patrimonial e na demonstração do resultado. Esse processo envolve a sele-
ção da base específica de mensuração (p.87).
por uma entidade, ou seja, são valores em moeda alocados nos ativos de uma empresa.
Segundo Hendriksen e Van Breda (1999), os objetivos da avaliação do ativo são ba-
sicamente dois:
ar as operações do negócio.
de ocorrência.
ção específicas.
e isto somente será importante na medida em que puder indicar o potencial de gera-
sidades de informação que pode variar de usuário para usuário. Dessa forma, uma in-
formação a custo histórico pode ser mais útil a determinado usuário e uma informação
Como destacado por Hendricksen e Van Breda (1999), o custo histórico pode ser
substituto do custo corrente de um ativo. O custo corrente pode ser substituto do valor
variadas combinações nas demonstrações contábeis. Além das características para co-
nhecermos este item da Estática Patrimonial temos que levar em conta alguns critérios
Os recursos de uma empresa, bens e serviços, geralmente são trocados por dinheiro
Segundo Hendricksen e Van Breda (1999) os preços de trocas são extraídos dos mer-
cados e há dois mercados nos quais uma empresa opera e, portanto, dois tipos de
MEDIDAS DE ENTRADA
Custo Histórico
Hendricksen e Van Breda (1999) definem Custo Histórico como o preço pago pela em-
necessários para colocar o ativo no local e nas condições que permitam prestar servi-
forma, quando se registra um ativo a custo histórico, tal elemento permanece com o
mesmo valor até ser consumido em sua totalidade ou até mesmo vendido.
O custo histórico pode ser atualizado por indicadores, ou seja, pode ser objeto de
correção, seja por coeficiente de variação do Índice Geral de Preços ou por outro in-
dicador específico.
(2013) destacam que no custo corrente ou valor de mercado, os ativos são conta-
bilizados pelo montante pelo qual teriam que ser pagos caso fossem adquiridos no
valor de mercado, quando esse for o costume mercantil aceito pela técnica contábil.
O Valor Justo também é frequentemente citado pelos autores como base de mensura-
Conceitual, classifica o Valor Justo (Fair Value) como uma modalidade do custo cor-
Valor Justo tem sido amplamente difundido nos últimos anos, visto que para diversos
sobre os ativos e passivos mais relevantes e, portanto, mais útil aos diversos usuários
da informação.
Em vistas disso, o órgão normatizador internacional, o IASB, emitiu uma norma pró-
pria, específica sobre Valor Justo, IFRS 14, a qual o Comitê de Pronunciamentos Con-
Este Pronunciamento define valor justo como o preço que seria recebido pela venda de
um ativo ou que seria pago pela transferência de um passivo em uma transação não
forçada entre participantes do mercado na data de mensuração.
Valor justo é o valor das matérias-primas e dos bens em almoxarifado, o preço pelo qual
possam ser repostos, mediante compra no mercado; dos bens ou direitos destinados
à venda, o preço líquido de realização mediante venda no mercado, deduzidos os im-
postos e demais despesas necessárias para a venda, e a margem de lucro; dos inves-
timentos, o valor líquido pelo qual possam ser alienados a terceiros; dos instrumentos
financeiros, o valor que pode se obter em um mercado ativo, decorrente de transação
não compulsória realizada entre partes independentes.
mensurado pelo valor justo por meio do resultado), em direitos e títulos de crédi-
6.404/76, deverão ser mensurados pelo valor justo, “quando se tratar de aplicações
forma de mensuração como sendo útil, em conjunto com as demais, para que se pro-
Para entender um pouco mais a temática do valor justo ou Fair Value, você pode aces-
Pronunciamentos>.
em caso dos preços baseados em contrato, forem baseados no futuro, ou seja, se o acordo
prevê pagamento futuro, o custo do ativo representa o valor presente do futuro desembolso.
Dessa forma, o valor do ativo não depende necessariamente do valor no tempo pre-
MEDIDAS DE SAÍDA
Os preços de saída representam o valor recebido ou a receber, referente a algum
o preço corrente de saída menos o valor corrente de todos os custos e despesas in-
Valor realizável líquido é o preço de venda estimado no curso normal dos negócios de-
duzido dos custos estimados para sua conclusão e dos gastos estimados necessários
IAS 2, os estoques objeto deste Pronunciamento devem ser mensurados pelo valor de
e Silva (2013) como sendo o valor correspondente ao que seria obtido pela empresa
O valor de liquidação pode ser utilizado, por exemplo, quando alguns ativos, tais como
Isto é, a empresa recebe, pela venda, um adicional de juros que se refere a remune-
juros da parcela que se refere a venda do ativo. Dessa forma se registra o quanto efe-
2008, porém, ele foi introduzido na contabilidade brasileira desde 2007, e regulamen-
tado no mesmo ano, pelo Comitê de Pronunciamento Técnico (CPC) 01, previsto no
representa uma forma de avaliação de ativos. A ideia básica que suporta o Impairment
test é que os ativos não devem figurar no Balanço Patrimonial por valor superior ao
valor recuperável. Dessa forma, o valor contábil de um ativo não dever ser menos do
Entende-se por valor contábil, aquele sob o qual um ativo está reconhecido no Balan-
Exemplo prático
A Cia SOUZA & LIMA S/A, possui o imobilizado máquinas e equipamentos no Balanço
Para determinar o valor recuperável do bem, podemos utilizar duas hipóteses: valor
Atribuímos o valor líquido de venda como valor recuperável, dos dois, o maior. Por
outo lado, também pode aplicar o teste de recuperabilidade confrontando o valor con-
Diferença: 100.000,00
Quanto ao valor recuperável, deve ser obtido de duas maneiras: a) valor líquido de
venda do ativo e o valor dos fluxos de caixa futuros trazidos a valor presente.
Dessa forma, o valor recuperável é o maior valor entre o valor de venda do ativo ou
Fonte: os autores
por redução do valor recuperável, caso contrário, o valor do ativo não sofre modificações.
A norma brasileira, CPC 01, correlata a norma internacional IAS 36, destaca o que segue:
O CPC destaca que os casos em que houver indicação de que um ativo possa ter
sofrido desvalorização, isso pode indicar que a vida útil remanescente, o método de
ao ativo, mesmo que nenhuma perda por desvalorização seja reconhecida para o ativo.
sar o artigo Impactos do Impairment Test nas Variáveis Contábeis e nos Indica-
<http://ojs.c3sl.ufpr.br/ojs2/index.php/rcc/article/view/37402/26685>.
presente do fluxo de caixa futuros que seriam necessários para liquidar a obrigação.
deve em primeiro lugar, a data de liquidação ser muito próxima à data do encerramen-
Custo histórico
Os passivos são registrados pelos montantes dos recursos recebidos em troca da
Custo corrente
Os passivos são reconhecidos pelos montantes em caixa ou equivalentes de caixa,
não descontados, que se espera seriam necessários para liquidar a obrigação na data
do balanço.
tes em caixa ou equivalentes de caixa, não descontados, que se espera serão pagos
saídas líquidas de caixa que se espera serão necessários para liquidar o passivo no
reFlita
Qual a melhor forma de mensuração? Seria possível produzir demonstrações
A despesa representa o esforço consumido para gerar receitas. Isto é, a despesa repre-
As receitas, em termos gerais, devem ser medidas pelo valor de troca do produto ou
serviço. Tal valor de troca diz respeito ao equivalente de caixa, ou o valor presente de
em uma transação à vista, isto é, o preço negociado em uma transação entre empresa
e o cliente.
Uma boa mensuração da receita exige que se determine o valor de troca do produto
ou serviço prestado pela empresa. Em outros termos, este valor de troca nada mais
é do que o valor atual dos fluxos de dinheiro que serão recebidos, derivantes de uma
transação que produza receita. É claro que uma boa aproximação deste valor é o preço
acordado entre comprador e vendedor; entretanto, deveríamos deduzir uma provisão
pelo período de espera, se existir. Frequentemente, isto não é feito para períodos curtos
de espera de recebíveis (IUDÍCIBUS, 2015, p.124).
Assim, Hendriksen e Van Breda (1999) consideram que tais itens são, na verdade,
no sentido que se dará a estas últimas nesta unidade, embora um ou outro tratamento
da entidade.
próprias receitas são em muitas formas e são chamados por vários nomes - por exem-
plo: vendas, honorários, juros, dividendos, royalties e aluguel - dependendo dos tipos
circunstâncias que afetam a entidade durante um período, exceto aquelas que resul-
tâncias que afetam a entidade durante um período, exceto aquelas que resultam em
lidade vencidas.
Assim, todos os gastos incorridos até que um produto fique pronto para ser negociado
pletada. Por esse método, a receita contratual é confrontada com os custos contratu-
ais incorridos à medida que cada estágio de execução do trabalho é alcançado, fato
que resulta na divulgação de receitas, despesas e lucro que podem ser atribuídos à
Contrato de Construção).
rios por meio dos quais os elementos das demonstrações contábeis devem ser
reconhecidos.
d) Mensuração é o processo de incorporar um determinado elemento nas de-
monstrações financeiras.
para venda.
partes independentes.
e exaustão.
b) Apenas iv é falsa.
ra que serão necessários para liquidar o passivo no curso normal das operações.
dos fluxos futuros de saídas líquidas de caixa que se espera serão necessários
Estoques:
<http://www.cpc.org.br/CPC/Documentos-Emitidos/Pronunciamentos/Pronun-
ciamento?Id=47>.
Imobilizado:
<http://www.cpc.org.br/CPC/Documentos-Emitidos/Pronunciamentos/Pronunciamen-
to?Id=58>.
Receitas:
<http://www.cpc.org.br/CPC/Documentos-Emitidos/Pronunciamentos/Pronunciamen-
to?Id=61>.
Após o estudo dessa unidade, você desenvolveu suas ideias a partir dos diversos
assuntos explicados. Compartilhe o que aprendeu e os elementos que mais lhe cha-
maram a atenção.
Dessa forma, a base de mensuração mista deverá ser utilizada para que se produza
livrOs recOmendadOs
Livro: Teoria da Contabilidade
Editora: Atlas
demonstrações financeiras.
______. Lei n. 11941 de maio de 2009. Altera a legislação tributária federal relativa ao
parcelamento ordinário de débitos tributários; concede remissão nos casos em que
especifica; institui regime tributário de transição, alterando o Decreto n. 70.235, de 6
de março de 1972, as Leis n. 8.212, de 24 de julho de 1991, 8.213, de 24 de julho de
1991, 8.218, de 29 de agosto de 1991, 9.249, de 26 de dezembro de 1995, 9.430, de
27 de dezembro de 1996, 9.469, de 10 de julho de 1997, 9.532, de 10 de dezembro de
1997, 10.426, de 24 de abril de 2002, 10.480, de 2 de julho de 2002, 10.522, de 19 de
julho de 2002, 10.887, de 18 de junho de 2004, e 6.404, de 15 de dezembro de 1976, o
Decreto-Lei n. 1.598, de 26 de dezembro de 1977, e as Leis n. 8.981, de 20 de janeiro
de 1995, 10.925, de 23 de julho de 2004, 10.637, de 30 de dezembro de 2002, 10.833,
de 29 de dezembro de 2003, 11.116, de 18 de maio de 2005, 11.732, de 30 de junho
de 2008, 10.260, de 12 de julho de 2001, 9.873, de 23 de novembro de 1999, 11.171,
de 2 de setembro de 2005, 11.345, de 14 de setembro de 2006; prorroga a vigência da
Lei n. 8.989, de 24 de fevereiro de 1995; revoga dispositivos das Leis n. 8.383, de 30
de dezembro de 1991, e 8.620, de 5 de janeiro de 1993, do Decreto-Lei n. 73, de 21
de novembro de 1966, das Leis n. 10.190, de 14 de fevereiro de 2001, 9.718, de 27 de
novembro de 1998, e 6.938, de 31 de agosto de 1981, 9.964, de 10 de abril de 2000,
e, a partir da instalação do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais, os Decretos
n. 83.304, de 28 de março de 1979, e 89.892, de 2 de julho de 1984, e o art. 112 da
Lei n. 11.196, de 21 de novembro de 2005; e dá outras providências. Lex: Coletânea
de Legislação e Jurisprudência, São Paulo. Legislação Federal e marginália.
FIPECAFI. Manual de contabilidade das Sociedades por Ações. São Paulo: Ed.
Atlas, 2010.
HENDRIKSEN, Eldon S.; BREDA, Michel F. Van. Teoria da Contabilidade. São Pau-
lo: Atlas, 1999.
IUDÍCIBUS, Sérgio de; MARION, José Carlos. Curso de Contabilidade para não
contadores. São Paulo: Atlas, 2006.