Processo Nº : 2002010027130-9
Natureza : Ação Ordinária
Autor(a) : FRANCISCO DAS CHAGAS DA SILVA
Réu : MUNICÍPIO DE JOÃO PESSOA
SENTENÇA
Vistos, etc.
1
Apresentada réplica (fls. ).
PASSO AO JULGAMENTO.
1
RE 573.202-AM, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, 21.08.2008; RCL 6667, Rel. Min. Cármen Lúcia,
27.11.2008.
2
ÂMBITO DO DIREITO ADMINISTRATIVO. INEXISTÊNCIA DE
VÍNCULO CELETISTA, QUE NÃO DECORRE DO
DESVIRTUAMENTO DO CONTRATO. IMPROCEDÊNCIA.
APELAÇÃO. DESPROVIMENTO. O contrato temporário (CF, art.
37, IX) submete o servidor a um regime especial, mas de
natureza administrativa, de forma que o seu desvirtuamento
pode ensejar a nulidade do vínculo jurídico, mas não o
submete ao regime da Consolidação das Leis do Trabalho.
Verificado que os autores foram contratados por prazo
determinado, a sua permanência além do prazo inicialmente
estipulado não os torna celetistas, autorizando o pagamento
de Fundo de Garantia por Tempo de Serviço. (Apelação Cível
nº 001.2010.010078-1/001, 4ª Câmara Cível do TJPB, Rel.
Frederico Martinho da Nóbrega Coutinho. unânime, DJe
21.07.2011).
[...]
[...]
3
É bastante comum apregoar-se que a nulidade do
ato administrativo retroage à data em que ele foi praticado,
desconstituindo-se todas as consequências geradas a partir de sua edição
(efeitos ex tunc).
A afirmação deve recebida com reservas, em
especial quando há direitos adquiridos e locupletação sem causa da
Administração Pública.
4
O próprio SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL, em
sua Súmula 473, apregoa que de atos nulos não se originam direitos,
ressalvados os direitos adquiridos, como se observa:
Súmula 473
5
do saldo de salários, o décimo terceiro e o terço de férias.
(Apelação Cível e Remessa Oficial nº 083.2011.000241-
3/001, 4ª Câmara Especializada Cível do TJPB, Rel. Romero
Marcelo da Fonseca Oliveira. unânime, DJe 28.05.2012).
6
Assim, inexiste prova de que tenha havido dano
aos direitos da personalidade do autor, o que afasta a ocorrência do dano
moral.
P. R. I.
2
Art. 1º, § 2º, Lei 6.899/81.
3
O art. 1º-F da Lei 9.494/97 foi declarado parcialmente inconstitucional por arrastamento na ADI 4357,
quanto ao índice de correção monetária a ser utilizado. Assim, a partir do julgamento do STF, o STJ
(REsp 1.356.120/RS, julg. 14/08/2013, rel. Min. Castro Meira) decidiu que os juros de mora continuam
regidos pela Lei .494/97, incidentes desde a citação; mas foi alterada a correção monetária, devendo
incidir o IPCA.