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RESUMO
Objetivo: Verificar como o procedimento de inserção do cateter urinário de demora tem se dado na
prática clínica da enfermagem.
RESUMEN
Objetivo: Verificar cómo el procedimiento de inserción del catéter urinario permanente ha ocurrido en
la práctica clínica de enfermería.
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Método: Estudio observacional, exploratorio y descriptivo, desarrollado en hospitales de un municipio
del interior del estado de São Paulo, Brasil. Las premisas éticas fueron cumplidas (Parecer
233/2008/Comité de Ética en Investigación de la Escuela de Enfermería de la Universidad de São
Paulo). Los datos fueron recolectados mediante entrevista, utilizándose un instrumento
semiestructurado. De las trece instituciones del municipio, nueve participaron del estudio.
Conclusión: Para practicar el cateterismo urinario permanente es necesario mayor compromiso de los
profesionales y mayores inversiones en investigaciones para esclarecer los aspectos que todavía no
pueden ser comprobados.
ABSTRACT
Objective: Verify how the urinary catheterization delay procedure has taken place in clinical nursing
practice.
Method: Observational, exploratory and descriptive study, undertaken at hospitals in an interior city in
the State of São Paulo, Brazil. The ethical premises were complied with (Opinion 233/2008 University of
São Paulo at Ribeirão Preto College of Nursing Research Ethics Committee). The data were collected
through an interview, using a semi structured script. Nine out of 13 institutions in the city participated in
the study.
Results: At the participating institutions, the procedure is performed ritualistically in terms of method
and materials.
Conclusion: To practice urinary catheterization delay, greater professional commitment and further
investments in research are needed to clarify aspects that cannot be proven yet.
INTRODUÇÃO
O cateterismo urinário é utilizado em pacientes com dificuldades ou impossibilidade
de urinar. Consiste na introdução de uma sonda até a bexiga a fim da retirada da
urina (1,2).
A introdução de instrumentos pela uretra para retirada da urina data de longa época.
Os primeiros registros de sua realização são passíveis de serem verificados entre os
egípcios; naquela época, eram utilizados tubos ocos de cobre e laca. Posteriormente,
gregos, romanos e chineses empregaram instrumentação parecida. No entanto, foi
somente no século X que aparecem os registros das primeiras sondas uretrais
flexíveis, confeccionadas com couro animal e apenas no século XIX, em decorrência
do tratamento da borracha e das técnicas inovadoras da urologia francesa, pode ser
observado o avanço na confecção dos cateteres uretrais (2).
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Os traumas ocasionados pela inserção do cateter urinário muitas vezes não são
diagnosticados, resultando em lesões e falsos trajetos, que podem ou não ser
acompanhados de uretrorragias e infecções do trato urinário; provocam manifestação
dolorosa, oriunda do atrito do cateter mal lubrificado contra a mucosa uretral e/ou das
manobras agressivas originárias da força aplicada na sua inserção. São comuns em
pacientes do sexo masculino e atualmente podem ser consideradas as principais
causas notificadas de estenose uretral (2,4-6).
MATERIAL E MÉTODO
RESULTADOS
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O cateterismo urinário é realizado somente após prescrição médica e os profissionais
responsáveis pela sua realização são o enfermeiro, equipe de enfermagem e equipe
médica. É também a prescrição médica a determinante da suspensão do uso do
cateter urinário.
Cuidados
e condutas
Higienização X X NI X NI X X X X
das Mãos
Privacidade do X X X X NI NI NI NI X
paciente
Orientação NI X X NI NI X X NI X
Paciente
Higiene íntima X X X X X NI X X X
do paciente
Número 2 1 ou 2 2 1 1 2 2 2 1 ou 2
de profissionais
envolvidos
Quantidade de NI 8 a10 8 ml 5 a 10 NI 7 a 10 ml 5 ml NI 8 a10 ml
Clorhidrato de ml ml
lidocaína gel
(2%)
Antissepsia Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim
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Registro do Não Sim No Sim Não Não Não Não Sim
procedimento
na bolsa
coletora
Registro no Não Não Sim Sim Não Não Não Não Não
prontuário
Intervalo do Ao Se Ao De 4 em Volume Ao término Nas Ao Volume
desprezo do término volume
término 4 horas 600 ml do plantão unidades término a 80%
de de urina
volume de urina
plantão
for do de do da
da bolsa internaçã plantão capacida
coletora ou se a 80% plantão de da
volume da o ao bolsa
for capaci término coletora
superi do
or a
dade
da plantão.
1.200
ml bolsa Na UTI
coleto de 2/2
ra horas
Frasco/ Cálice Não Sim Não Sim Sim Sim Sim Sim Sim
individual para
desprezo da
urina
Cuidados de Higiene Álcool Higiene Higiene Álcool Álcool Não Não Álcool
Higiene íntima 70% diária do diária do 70% 70% para 70%
paciente e diária meato meato desinfecção
e uso
para para para
cateter diários
de desinfe desinfecç da desinfecç
álcool cção ão da extremidad ão da
70% da extremi e do sistema extremi
para extre dade do a cada 24 dade do
limpe midade sistema a sistema a
za da do cada 24 cada 24
extremi sistema
dade a cada
do
24h
siste
ma a
cada
24h
NI=Não informou *Trata-se de um hospital que só atende pacientes do sexo feminino
DISCUSSÃO
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No que diz respeito aos profissionais, podemos destacar na amostra medidas
relacionadas a higienização das mãos e número de recursos humanos. A
higienização das mãos é uma medida simples e essencial, utilizada para a remoção
dos microrganismos transitórios que residem na camada superficial da pele. De baixo
custo e de grande valor para a prevenção de infecções hospitalares, deve ocorrer
antes e após a inserção do cateter urinário ou a manipulação do períneo (3,10), o que
não foi evidenciado nesse estudo. Tem como fatores limitantes a deficiência da
estrutura física e de materiais das instituições, a falta de adesão, conhecimento e
excesso de atividades dos profissionais (10,11).
A higiene prévia à introdução do cateter urinário não foi mencionada por um dos
sujeitos entrevistados. É medida importante de prevenção da ITU, uma vez que evita
a entrada de microorganismos na uretra. Deve ser realizada com água morna e
sabão, sem provocar traumas, de forma que todas as áreas do períneo sejam limpas.
Ao final de sua realização necessita da completa retirada do sabão e secagem da
área (5,15).
Com relação à utilização dos antissépticos, diferente dos dados mencionados pelos
sujeitos, devem somente ser empregados na forma aquosa pela existência de contato
com mucosas. Não necessitam de mitos e rituais relacionados ao modo como são
ministrados, embora precisem ser melhor estudados, uma vez que ainda não existe
consenso da sobre a eficácia do seu uso (5,16,17).
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primeiros lubrificantes e anestésicos utilizados em procedimentos uretrais datam do
final do século XVIII e início do século XIX. Foram produzidos à base de azeite, géis
aquosos de gomas vegetais que quando associados a agentes anestésicos
promoveram grande avanço nos procedimentos uretrais (18-20).
O cateter deve ser fixado com fita hipoalergênica. A correta fixação impede que ele se
movimente na uretra prevenindo trações indesejáveis e/ ou remoção acidental. No
sexo masculino deve ser realizada preferencialmente no abdômen como forma de
prevenção a pressão do conjunto sobre o ângulo penoescrotal. No sexo feminino
deve ser realizada na região ântero-lateral ou face interna da coxa (22,23).
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resposta do paciente e possíveis intercorrências. Pode ser reforçado com o registro
das informações na bolsa coletora (3,14).
CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
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ISSN 1695-6141
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