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O apartamento,

o corredor e
a janela

privacidade e vitrinismo do Renascimento italiano ao século XX.

Éllen Cristina da Costa


Dentro das casas modernas
PROPAR | UFRGS
Novembro 2018

O apartamento,
o corredor e
a janela

privacidade e vitrinismo do Renascimento italiano ao século XX.

Prof. Marta Silveira Peixoto


Acad. Éllen Cristina da Costa
Fig. 1: Archiwindow Mies van der Rohe, de Federico Babina.
Fonte: http://angryarchi.com/blog/post/archiwindow_a_glimpse_through_the_eyes_of_architecture
O apartamento, o corredor e a janela: privacidade e vitrinismo do
Renascimento italiano ao século XX.

INTRODUÇÃO
Paredes são elementos arquitetônicos que simbolizam mais do que suas funções
pré-estabelecidas de estrutura e vedação, elas possuem um caráter social de dividir e
reagrupar espaços e pessoas. Da mesma forma, pode-se dizer que o apartamento
Renascentista, o corredor do final do século XVI e as janelas modernistas possuem a
capacidade de proporcionar mais ou menos privacidade a uma edificação, seja ela um
palácio ou uma casa de vidro. Já o vitrinismo, cujo sentido está em dispor objetos de uma
forma que resulte na apreciação visual, está associado ao desejo de exposição dos
elementos que compõem a arquitetura de interiores.
Neste sentido, o presente trabalho propõe uma reflexão sobre o paradoxo da
privacidade e da exibição a partir da criação de cômodos organizados conforme seu grau
de privacidade, no século XV, com o objetivo de entender como estes dois princípios
opostos foram articulados ao longo da história, para que se possa ter algum indício de
como agir a partir da contemporaneidade.

O APARTAMENTO
Durante o final da Idade Média, o comércio italiano foi se desenvolvendo e
resultou na prosperidade econômica da burguesia italiana. A partir do sucesso mercantil,
os comerciantes italianos começaram a buscar residências urbanas que ostentassem a sua
nova condição e o palácio passou a ser uma encomenda recorrente entre os arquitetos. A
partir do Renascimento houve um aumento significativo na quantidade de cômodos
dessas residências, um dos motivos para este aumento foi a maior demanda por
privacidade, principalmente no piano nobile, pavimento onde estavam os aposentos da
família1. Na maioria das vezes, o casal proprietário dos grandes palácios possuía
aposentos separados, que eram conhecidos como “apartamentos”. O apartamento é um
grupo de cômodos associados a uma única pessoa e que são organizados em uma

1
THORNTON, 1991, p.288.
sequência linear2, do ambiente maior e mais público ao menor e mais privado. A
circulação entre estes cômodos era feita progressivamente, por passagens alinhadas em
uma extremidade (fig. 2); também haviam várias portas laterais menores (fig. 3),
camufladas, não evidentes aos visitantes3, que eram utilizadas pelos servos para se
deslocarem pelo palácio. Também era possível circular através da loggia, uma galeria
aberta que circundava o pátio interno.

Fig. 02: Passagem entre os cômodos e porta Fig. 03: Porta lateral de uso dos criados
camuflada ao lado da coluna, no Palazzo Pitti. no Palazzo Pitti. Fonte: autora.
Fonte: autora.

Quando se ingressava no piano nobile de um palácio, existia a sala, cômodo onde


se realizavam grandes banquetes e festas. Após a sala, encontrava-se o primeiro ambiente
integrante do apartamento, o salotto (fig. 4), destinado a jantares menores. Passando pela
sala e pelo salotto seria possível ver a anticamera (fig. 5), uma espécie de sala de estar
onde o proprietário fazia refeições menores e informais, encontrava seus amigos e passava
o tempo antes de anoitecer e se dirigir à camera, onde estava sua cama.

2
THORNTON, 1991, p.300.
3
Idem.
Fig. 04: Salotto do apartamento da Grã-duquesa, no Palazzo Pitti. Fonte: autora.

Fig. 05: Anticamera do apartamento da Grã-duquesa, no Palazzo Pitti. Fonte: autora.

Em muitos palácios, após a camera havia um outro cômodo, o studio, um


escritório onde alguns itens valiosos eram mantidos, já que a ideia de que a privacidade
acompanha a segurança não é algo recente. Haviam também escadas menores próximas
ao studio, que eram de uso privado do proprietário. De acordo com o grau de familiaridade
do visitante, ele poderia se infiltrar mais ou menos no apartamento.

Fig. 06: Esquema progressão dos Fig. 07: Nicho na parede para
cômodos. (THORNTON, 1997, p. 302) armazenamento de objetos e documentos no
Palazzo Ducale, em Mântua. Fonte: autora.

Durante este período, os nobres e burgueses recebiam hóspedes regularmente, era


recorrente que as pessoas se juntassem para passar o tempo ou tratar de negócios4, de
forma que seus palácios possuíam aposentos destinados aos convidados, geralmente
localizados no térreo, para que tenham mais privacidade, autonomia e não perturbem
ninguém com seus deslocamentos dentro e fora do palácio. Desta forma, é possível
perceber que a maioria das medidas de proteção da privacidade tem como objetivo a
defesa contra as pessoas de fora do palácio, como hóspedes, visitantes ocasionais e
pessoas que precisam tratar de questões com os proprietários. Os servos eram
considerados seres invisíveis, que acompanhavam os membros da família em várias
atividades como as refeições, os banhos e as trocas de roupas. Conforme Peter Thorton,
era praticamente impossível esconder algo dos servos pessoais5, de forma que os criados

4
EVANS, 1978, p. 65.
5
THORNTON, 1991, p.300.
circulavam pelas passagens por uma questão puramente hierárquica, e não por uma
necessidade de privacidade dos seus patrões.
Os cômodos mais públicos eram decorados de forma mais opulenta do que os
ambientes privados, a intenção era de que os visitantes pudessem contemplar sua beleza
enquanto circulassem pelas passagens do piano nobile. Essa demonstração de riqueza e
poder familiar (fig. 08), uma vitrine da arte Renascentista, seria radicalmente reduzida
com um corredor, devido a diferença na velocidade do trajeto. Robin Evans acredita que
as relações interpessoais também eram muito mais fortes neste período, pois havia uma
conexão visual dos espaços, assim como a possibilidade de encontrar alguém com quem
conversar durante o percurso. O autor também menciona a matriz dos cômodos
conectados, o sistema Renascentista, quando defende que a arquitetura deve reconhecer
a paixão, a carnalidade e a sociabilidade6. Para o autor, tais características foram
suprimidas a partir da criação dos corredores.

Fig. 08: Decoração com o brasão da família nas paredes e no forro da sala, no Palazzo
Venezia. Fonte: autora.

6
EVANS, 1978, p. 90.
O CORREDOR
De acordo com Robin Evans, o surgimento do corredor deu-se no final do século
XVI, na Inglaterra, em um projeto de John Thorpe para a Beaufort House (fig. 09), em
Chelsea. No projeto, o corredor atuava removendo o tráfego de pessoas através dos
cômodos7, como acontecia durante o Renascimento. A partir do momento em que a
circulação horizontal nos corredores começava a ser desenvolvida, as escadas migraram
do interior dos cômodos para o corredor, unificando ainda mais o sistema. Dessa forma,
os ambientes que antes se conectavam diretamente e necessitavam de várias portas e
passagens, agora se transformaram em ambientes autônomos com uma única porta,
proporcionando uma sensação de mais privacidade aos seus ocupantes.

Fig. 09: Planta baixa Beaufort House, Fig. 10: Planta Coleshill, 1650, de Sir
1597, de John Thorpe. Fonte: Roger Pratt. Fonte: http://deistvui.info/mask-of-
https://www.are.na/block/1092356. the-red-death-room-layout.html.

Sir Roger Pratt, que em 1650 projetou uma casa com um arranjo baseado na
distribuição dos ambientes ao longo do corredor (fig. 10), afirma, em seu livro, que a
independência dos cômodos em relação ao sistema de circulação evitaria o incômodo

7
Ibidem, p.70.
causado pela passagem dos servos8, afinal de contas, os corredores seriam para o seu
deslocamento, e os cavalheiros estariam imperturbáveis dentro dos cômodos, havendo
uma clara distinção entre percurso e destino. Com isso, percebe-se que a privacidade e a
postura de segregação da estrutura social possuem uma maior influência na disseminação
do corredor; a presença dos criados era considerada como um problema a ser resolvido
por meio da arquitetura.
Após sua difusão, o corredor foi utilizado como símbolo de união da edificação
com o exterior, visto que no antigo sistema Renascentista a entrada em uma instituição
ou palácio dava-se através de um andito, entrada coberta acessada diretamente da rua,
que conduzia a um pátio e, posteriormente, ao edifício em si. Contudo, com o uso do
corredor, houve uma mudança no sistema de ingresso, o acesso passou a acontecer
diretamente no prédio, por meio de um hall interno, e o pátio não foi mais utilizado como
espaço de circulação primária9, reduzindo os obstáculos entre um desconhecido e o
interior da casa.
Evans ainda percebe uma gradativa alteração na conveniência da exposição das
pessoas à companhia, uma mudança de postura pessoal frente a vida social graças à
moralidade, já que a comunicação passava a ser estritamente intencional10. O interior da
casa passa a ser visto como um santuário, como um lugar de tranquilidade e isolamento,
cada cômodo passa a ser utilizado como uma cela monástica.
No século XVIII, o corredor ainda não havia despertado o interesse dos franceses.
Ele aparecia em algumas edificações, mas não em residências. Conforme Mark
Jarzombek11, na França não houve uma ação clara quanto à modernização do arranjo das
residências, mas foram os franceses os responsáveis pela origem do que conhecemos
atualmente como privacidade. Todavia, devido a escassa utilização do corredor, não se
pode analisar ambos como causa e efeito, ele apenas torna-se um elemento habitual no
programa residencial francês a partir do século XX.

8
Ibidem, p.71.
9
JARZOMBEK, 2010, p. 738.
10
EVANS, 1978, p. 75.
11
JARZOMBEK, 2010, p. 748.
A JANELA
O andamento dessa linha de tempo finalmente chega a outro período importante
para o estudo das noções de privacidade: o século XX. O ideário moderno não estava
presente apenas nas artes, mas era um pensamento, uma filosofia impregnada na mente
das pessoas e isso atingia também o seu modo de viver. As ideias de propriedade privada,
despertadas pelo Liberalismo durante o Iluminismo, assim como as novas tecnologias
desenvolvidas após a Revolução Industrial e a 1ª Guerra Mundial, permitiram que os
princípios da arquitetura moderna fossem sendo aperfeiçoados dia após dia.
Um arquiteto sempre lembrado pela exploração tecnológica é Mies van der Rohe,
que utilizou em seus projetos pilares metálicos, paredes curvas em madeira e pedras de
grandes dimensões, além de janelas, representadas por grandes planos de vidro com
sistemas de recolhimento muito desenvolvidos para a época, como as esquadrias da Casa
Tugendhat (1928-1930), que possibilitam a remoção da barreira física entre o interior e
exterior nas fachadas da área social.

Fig. 11: Esquadrias da área social da Casa Tugendhat. Fonte:


http://kinobude.cz/en/program_item/the-tugendhat-house/.

A mentalidade das pessoas sofreu grandes mudanças desde a invenção e


popularização do corredor. O isolamento dentro de um cômodo, dentro de uma cela muito
casta, com uma única porta e que fornecia pouco contato com o mundo exterior é
substituído por integração social, visual e espacial. A parede perfurada e robusta do
Renascimento e do século XVIII, cuja função principal era a iluminação e ventilação dos
ambientes, torna-se um plano de vidro de pouca espessura e totalmente transparente, que
expressa a independência dos elementos arquitetônicos e o ápice do desenvolvimento
tecnológico da época. O plano de vidro também é um tributo à paisagem, que tornou-se
tão importante quanto a casa12. Essa integração acaba por tornar-se uma condicionante de
projeto nas residências da Nova Arquitetura.
Em se tratando de privacidade e arquitetura moderna, as casas de vidro de Mies
sempre são lembradas. A casa Farnsworth (fig. 12), construída entre 1945 e 1951, durante
a fase americana de Mies, é considerada a síntese de sua arquitetura, todavia também é
famosa devido a polêmica envolvendo um processo judicial devido ao descontentamento
da comitente. Edith Farnsworth fala sobre a falta de privacidade das fachadas de vidro:

“A verdade é que nesta casa com suas quatro paredes de vidro me sinto como
um animal rondando, sempre em alerta. Eu estou sempre inquieta. Mesmo à
noite. Eu me sinto como uma sentinela em guarda dia e noite. Eu raramente
posso me esticar e relaxar...13”

Fig. 12: Fachada principal da casa Farnsworth. Fonte: https://ambientesdigital.com/home-less-


is-more-manuel-peralta/.

12
BEVK, 2008, p. 12.
13
BARRY apud. WENDL, 2015. Tradução nossa.
A casa Farnsworth foi projetada como uma casa de fim de semana para uma única
pessoa, e localiza-se em uma área isolada e alagadiça ao longo do rio Fox, em Plano no
estado de Illinois. Contudo, o isolamento não impediu o desconforto da proprietária, que
se queixa também da falta de habitabilidade e flexibilidade da casa, ela ainda expõe a
preocupação com a “vitrine” (fig. 13) que a mesma representa:

“Eu não guardo uma lata de lixo embaixo da pia. Você sabe por quê? Porque
você pode ver toda a ‘cozinha’ da estrada a caminho daqui e a lata estragaria a
aparência de toda a casa. Então eu escondo no armário mais abaixo da pia.
Mies fala sobre seu ‘espaço livre’: mas seu espaço é muito fixo. Eu não posso
nem colocar um cabide na minha casa sem considerar como isso afeta tudo do
lado de fora. Qualquer arranjo de mobília se torna um grande problema, porque
a casa é transparente, como um raio-X.14”

Fig. 13: Cozinha da casa Farnsworth vista do exterior. Fonte:


https://homesecurity.press/quotes/farnsworth-house-plano-il.html.

A preocupação com o voyeurismo15 nas casas de vidro é tema recorrente em New


Canaan, no estado de Connecticut, onde encontram-se exemplares famosos de arquitetura
moderna, como a Glass House (1949) de Philip Johnson e a Bridge House (1956) de John
M. Johansen. Bernstein comenta que a localidade vem sofrendo com a invasão de
privacidade de algumas casas de vidro, até mesmo as que continuam pertencendo a

14
BARRY apud. WENDL, 2015. Tradução nossa.
15
Entende-se o voyeurismo como a curiosidade de uma pessoa quanto à intimidade de outra, mesmo
que não exista conotação sexual.
particulares, e que “ninguém quer encontrar um estranho nos arbustos - nem mesmo um
estranho motivado pelo amor à arquitetura moderna16”.
A janela e o voyeurismo foram temas de um filme de Hitchcock em 1954,
chamado “Rear Window”, com versão brasileira conhecida como “Janela Indiscreta”. Na
história, o personagem principal tem a perna quebrada e precisa repousar em sua
residência. Da janela de seu apartamento ele monitora seus vizinhos (fig. 14), sentindo
uma obsessão cada vez maior pelas suas idas e vindas. Catherine Liu17 comenta que
qualquer transgressão do direito à privacidade é perdoada, pois o protagonista desvenda
um crime e torna-se o herói do filme.

Fig. 14: Cena do filme Rear Window, de Hitchcock. Fonte:


https://kino.mail.ru/cinema/movies/503999_okno_vo_dvor/.

A Farnsworth de Mies (1945), a Glass House de Philip Johnson (1949), a Casa de


Vidro de Lina Bo Bardi (1950) e a Casa das Canoas de Niemeyer (1953) possuem outra
característica comum além da transparência das suas fachadas: o entorno próximo era
inabitado nos meados do século XX. Se todas elas são casas de vidro, porque só se houve
falar da deficiência de privacidade da Farnsworth? Provavelmente seja porque, entre as

16
BERNSTEIN, 2005. Tradução nossa.
17
LIU, 2011, p. 205.
citadas, é a única casa projetada para um cliente, as demais foram idealizadas e
construídas como moradia fixa ou ocasional dos próprios arquitetos, com a parte interna
também projetada por eles, transformando suas residências em verdadeiras “vitrines” da
arquitetura moderna.

Fig. 15: Casa Farnsworth, Mies van der Fig. 16: Glass House, Philip Johnson.
Rohe. Fonte: https://ambientesdigital.com/home- Fonte: https://archtrends.com/blog/glass-house/
less-is-more-manuel-peralta/.

Fig. 17: Casa de Vidro, Lina Bo Bardi. Fig. 18: Casa das Canoas, Niemeyer.
Fonte: http://seopicl.pw/A-Casa-de-Vidro-Lina- Fonte: http://canacopegdl.com/keyword/oscar-
Bo-Bardi-t.html. niemeyer-house.html.

CONCLUSÃO
As mudanças nos estilos de vida e na arquitetura nesses quinhentos anos parecem
muito mais evidentes do que as semelhanças. Contudo, percebe-se no Renascimento e na
modernidade a mesma necessidade de exibir a arquitetura interna para a apreciação dos
demais, atitude que foi chamada no texto como vitrinismo. Esta postura estava presente
nos mecenas das artes, quando expunham várias pinturas e esculturas nos cômodos mais
públicos de seus palácios, que possuíam paredes e forros muito decorados, para que todos
pudessem apreciar durante seu deslocamento interno. Também é possível notar uma
atitude semelhante nos arquitetos modernistas que projetaram as casas de vidro. Qualquer
transeunte pode admirar o encanto dos interiores modernos através das fachadas
transparentes, visto que todas as casas citadas tiveram seu exterior e interior projetados
em conjunto, elas foram concebidas para o público, como as obras de arte do século XV.
Em ambos os casos, pode-se dizer que a privacidade foi um tanto negligenciada em favor
da ostentação. Todavia, o mesmo não acontece com as casas planejadas na fase inicial do
corredor, onde nota-se uma arquitetura e um meio de vida muito mais reservado, voltado
apenas a solidão do usuário no espaço.
No recorte de tempo estudado, parece haver uma contraposição entre o desejo pela
privacidade e o sentimento de coletividade, que vai de encontro ao reconhecimento da
paixão, carnalidade e sociabilidade que Robin Evans tanto defende. Dessa forma, cabe ao
arquiteto contemporâneo aperfeiçoar os princípios da história de forma a resultar em uma
arquitetura que associe coletividade e privacidade, se adequando às constantes mudanças
dos aspectos comportamentais da sociedade.

BIBLIOGRAFIA
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Disponível em <https://www.archdaily.com/769632/sex-and-real-estate-
reconsidered-what-was-the-true-story-behind-mies-van-der-rohes-farnsworth-
house>. Acesso em: 10/11/2018.

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