Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
JORNALISMO INVESTIGATIVO
Valdivan Veloso
O jornalismo investigativo (JI) é considerado a área nobre do jornalismo. Ele
exige maior tempo para pesquisa, pois tem como princípios a busca por informações
ocultas. Segundo Dirceu Fernandes Lopes e José Luiz Proença, em Jornalismo
Investigativo (2003), o jornalista que desempenha o JI deve ir além da cobertura de
matérias convencionais. Para os autores, a produção do JI baseia-se em dois
pontos importantes: o jornalista investigativo tem a liberdade de saber o que
acontece e expor idéias que formem a opinião crítica.
O JI teve seus primeiros escritos entre os anos de 1935 e 1940, nos EUA,
com o movimento dos muckraker. Essa denominação foi dada pelo presidente
Franklin Delano Roosevelt aos repórteres especializados em descobrir políticos
corruptos.
Mas o caso de maior repercussão aconteceu nos Estados Unidos, no início
dos anos de 1970. Dois jovens jornalistas, Carl Bernstein e Bob Woodward,
demonstram perspicácia na investigação jornalística. Eles faziam cobertura do caso
sobre espionagem no comitê dos Democratas no edifício Watergate, em
Washington. A apuração demonstrou que os envolvidos estavam ligados ao
presidente Nixon. As investigações duraram quase dois anos. Nesse período, Carl e
Bob produziram uma série de reportagens para o Washington Post, que resultou na
renúncia de Nixon.
Com os mesmos traços do caso Watergate, os repórteres brasileiros
viveram o ápice no jornalismo investigativo. Foi durante o governo do presidente
Fernando Collor (1990-1992). Em busca de informações que sustentassem as
denúncias de corrupção e lavagem de dinheiro, os jornalistas começaram a fazer
investigações mais aprofundadas.
Durante a gestão do presidente Fernando Collor de Mello, resultaram em
uma febre investigatória francamente disseminada na imprensa nacional.
Pode-se dizer que o impeachment de Collor é o marco zero do jornalismo
investigativo no Brasil. A partir dele, jornalistas e donos de empresas de
comunicação viram-se diante de uma nova e poderosa circunstância, com
conseqüências ainda a serem dimensionadas. (FORTES, 2005, Internet,
p.9).
REFERÊNCIAS
ABREU, Camila Guimarães. Olhares: Documentário sobre a Violência contra a
Mulher em Montes Claros (MG). 2010. Projeto Experimental (Curso de
Comunicação Social – Jornalismo) – Faculdades Integradas do Norte de Minas –
Funorte, Montes Claros.