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Resenha crítica do texto: A família na visão sistêmica.

Autora: Fátima Abad Sanchez

O texto apresenta a perspectiva histórica de como a ciência hoje entende que toda
verdade sobre o homem só pode ser compreendida a partir do olhar para sua totalidade. Todas
as coisas estão relacionadas não apenas consigo mesmo, mas com uma totalidade de seres do
universo. Sob essa perspectiva não se vê mais os homens e os eventos sob uma perspectiva
linear, mas sim sob uma ótica holística.
Com essa mudança as noções sobre o que era prioritário como habilidades e recursos
humanos também se modificou, a relação com os eventos também são olhadas a partir de um
novo ângulo e nessa perspectiva sistêmica a inteligência deixou de ser mera resolução de
problema e se tornou a capacidade de ingressas em um mundo compartilhado, ou seja, o
desenvolvimento da terapia sistêmica passou de uma abordagem conceitual de modelos
cognitivos e construtivistas para uma posição mais hermenêutica e interpretativa, que enfatiza
“significados” como criados e experimentados por indivíduos em conservação entre si.
Com isso, ocorreu mudanças significavas na concepção do significado de família
nessa visão, passando a ter um significado ampliado, abrangendo todos os membros da casa e
favorecendo vínculos de proteção e lealdade, incluindo todas as relações dos indivíduos. Na
perspectiva sistêmica a família não é um grupo isolado, mas sim é atravessada e também
atravessa vários outros sistemas. Os indivíduos todos incluídos nessa significação também
compõem outros sistemas, como sistema profissional, sistema educacional, cultura do sistema
da sociedade em que essa família se insere. O texto apresenta que esses sistemas vão se
entrelaçando a partir dos discursos, as narrativas são o fio que tece os eventos, formando a
história. O texto apresenta métodos narrativos que podem ser usados pelo terapeuta quando
este entende a família sob a ótica de sistema.
Destaco a importância dessa teoria apresentada no texto pelo fato de se pensar essa
família em seu contexto e comunidade. Mostrar para essa família os recursos possíveis que os
sistemas podem desenvolver entre si potencializa o cuidado e se torna um exercício de contato
com os outros sistemas. O terapeuta pode encontrar junto com as famílias recursos presentes
em suas comunidades, nos sistemas que os cercam.

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