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DISCIPLINA: MAQUINARIA
DISCENTES:
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1.2. Ventilação......................................................................................................................... 4
1.8. Selecção das dimensões e características das máquinas escavadoras - ela vai depender
da adaptação do equipamento ao trabalho a realizar e das condições exigidas. (Cortez, 1977) 12
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1. OPERAÇÕES E EQUIPAMENTOS PRINCIPAIS DA LAVRA A CÉU ABERTO
Na lavra mineira para se atingir os seus objectivos, recorre-se a um certo numero de operações
cíclicas, uma mais fundamentais e ou complexas do que as outras, mas todas elas importantes
quando se pretende optimizar o processo produtivo.
Estes são responsáveis pelo grande desenvolvimento observado nos últimos 30 anos na
exploração mineira, revolucionando e dando origem de novos procedimentos característicos de
exploração como os trackless miningou exploração sem carris, e também aos bulk
mining.(Cortez et al Simões, 1975)
As operações fundamentais nas lavras a céu aberto são praticamente as mesmas das lavras
subterrâneas, embora algumas delas sejam mais simples e até em certos casos de diminuta
importância, sendo desde já destacar s do sustentamento de tecto e de um menor emprego ou
nulo emprego de explosivos. Mas como se esta orientado no sentido das explorações a céu aberto
dira-se que relativamente as subterrâneas, se caracterizam por uma óbvia maior segurança e pela
não limitação das dimensões dos equipamentos pelos envolventes, permitindo simplicidade de
manobra e elevadas rentabilidades, o que conduz naturalmente a grandes reduções nos custos de
exploração.
É evidente que as operações de carga e transporte ocorrem nos dois tipos e lavras, mas elas
permitem, como referido, o maior emprego de meios mecânicos mais potentes na lavra a céu
aberto.
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1.1.Domínio dos terrenos
O domínio dos terrenos, aspecto de fundamental importância nas lavras subterrâneas, confina-se
aqui ao estabelecimento de ângulos de talude convenientes à sua estabilidade, podendo nos casos
mais complexos conduzir a ancoragens simples, com redes metálicas ou de materiais compósitos,
ou ao revestimento dessas mesmas paredes. Embora constitua operação a não descurar, ela
assume aqui sempre, expressão de menor importância que nas lavras subterrâneas.
Efectivamente, citam-se valores máximos e, respectivamente, de 1 a 24% dos custos totais de
laboração a despender com o domínio dos terrenos nas lavras a céu aberto e nas subterrâneas.
(Almeida, 1958)
1.2.Ventilação
Também aqui a ventilação é fácil e natural, o mesmo acontecendo com a iluminação durante o
dia. Nos turnos nocturnos, quando existam, há necessidade de se recorrer à iluminação artificial e
colectiva, muito embora hoje já todas as máquinas possuam no geral iluminação própria.
1.3.Esgoto
Já quanto ao esgoto, a partir de certas profundidades, e quando se atingem os níveis freáticos, em
regiões de elevada pluviosidade, pode este causar problemas delicados: quer pela sua influência
na estabilidade dos taludes, quer mesmo na deterioração dos pisos de trabalho e podendo
comprometer significativamente a eficiência dos equipamentos que se movimentam sobre pneus
ou lagartas. Deve também a operação de esgoto merecer uma especial atenção quando se
prevêem lavras mistas no mesmo jazigo "a céu aberto e subterrâneas". Em qualquer dos casos
ter-se-á sempre de evitar que as águas atinjam o nível dos trabalhos, bombeando-as e protegendo
a área daqueles das invasões de água provenientes das zonas confinantes (superiores e laterais).
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Resumida e sintetizadamente, a sequência ou ciclo normal das operações normais fundamentais
da lavra a céu aberto poderá ser vista no diagrama da fig. 1. As diversas operações podem ser
executadas no estéril sobrejacente e ou no minério, simultânea ou desfasadamente, mas aquelas
precedendo sempre estas, libertando-o superficial mente.
Procurou-se obter uma classificação que fosse simples e pragmática, muito embora admite-se
uma certa dificuldade na sua caracterização nos tipos de transição.
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Quadro1: Classificação dos terrenos sob o ponto de vista do arranque e da carga.
No quadro anterior, estabelecem-se3 quatros classes de terrenos definidos pela maior ou menor
facilidade de penetração dos baldes dos equipamentos capazes de assim efectuar o seu desmonte
mecânico, da sua coesão, da maior ou menor facilidade de enchimento dos baldes e da presença
de blocos de grandes dimensões.
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Existem classificações de terrenos (4, 76, 91, 92, 95, 96, 98,) em que é estabelecido um co-
relacionamento, de processo de desmonte a adoptar em relação coma velocidade de propagação
das ondas sísmicas, conforme pode ser visto no quadro a seguir
É prática coerente, hoje em dia, a utilização de desmonte mecânico em terrenos rochosos que
ainda há bem pouco tempo apenas eram do domínio dos explosivos. A sua explicação é evidente
condicionada não só pela natureza dos terrenos mas também pelo estado de alteração e
fracturação, natural ou provocado do maciço rochoso em causa.
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Nesta curta resenha Nesta curta resenha histórica é justo também citar R.G. Le Tourneau que na
década de 1920 a 1930 criou o primeiro "Scraper" rebocado por um tractor, percursor do
"tournapull" que 1938 apareceu e que constitui também um marco importante na moderna
movimentação de terras, primeiro "scraper automotor. (Gabay, 1952). A partir desta data,
assistiu-se a um rápido desenvolvimento de todos os equipamentos para estes fins, com um
consequente aumento da produtividade e melhores condições de trabalho, não podendo ser posta
em dúvida a sua importância na obtenção das elevadas metas de civilização alcançadas pelo
homem as quais não teriam sido atingidas sem contributo destas máquinas.
Quadro3:
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As escavadoras de balde único podem ainda ser subdivididas nas quatro variantes, conforme tipo
de lança, apresentadas no quadro anterior. Por apresentarem muitas características comuns são
estas tratadas em conjunto, apenas se tratando em separado as características que as diferenciam.
A infra-estrutura inclui uma base que se apoia sobre o sistema de locomoção e sobre o qual se
apoia a superestrutura móvel em torno de um eixo vertical. O mecanismo que permite a rotação
de 360° é constituído por uma roda de coroa e pinhão. A superestrutura está intimamente ligada à
roda de coroa de modo que o accionamento do pinhão provoca a rotação de toda à
superestrutura. Nesta, além, cabine de comando, encontra-se localizado o elemento motor e as
transmissões necessárias para accionar os diversos elementos móveis.
Nela se pode observar a lança propriamente dita (1) sustentada por um cabo (6), o qual permite,
aproximadamente, variar o seu ângulo de inclinação entre 35 a 65°. Na parte intermédia da lança
encontra-se o braço móvel que pode rodar em torno de uma articulação (14), executando nesse
movimento, de baixo para cima, o desmonte através do balde (3). O accionamento deste braço é
comandado por intermédio de um cabo (11), accionado pelo guincho (10). Este braço pode
também ter um movimento de translação através de uma cremalheira (9). Este movimento
permite não só facilitar o trabalho de desmonte como também o de carga. A operação de
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descarga do balde pode ser feita frontalmente ou por meio da abertura de uma tampa móvel
situada na parte inferior do balde.
A electricidade constitui a forma de energia mal aplicada, principalmente nas pás mecânicas de
grande capacidade. Esta forma de energia produzida no exterior, em grandes instalações e no
geral fixas, de grande produção e distribuição vária, é normalmente de menor custo do que
fornecida por unidades mais pequenas, como a dos grupos diesel/eléctricos auto-transportados.
Muito embora, pelas razões expostas, os custos de laboração das unidades escavadoras
diesel/eléctricas sejam relativamente maiores, elas possuem uma maior liberdade de
movimentação e implantação, o que interessa particularmente quando os locais de trabalho se
situam longe das redes gerais de distribuição. Assim, as pás mecânicas com sistema diesel
eléctrico auto-transportado serão de aplicar naqueles casos em que se prevêem trabalhos de
relativamente curta duração mas requerendo frequentes deslocações, enquanto que o sistema de
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alimentação eléctrico do exterior deverá ser aplicado nas situações inversas das acabadas de
indicar.
O accionamento pelo simples sistema diesel, com comando óleo-hidráulico, está naturalmente
indicado e aplicado com vantagem nas unidades pequenas ou médias sendo estas escavadoras
geralmente designadas por escavadoras hidráulicas. E elas têm vindo a ocupar progressivamente
o lugar das que usam os cabos e guinchos na movimentação do balde, particularmente nas de
pequena capacidade, mas mantendo-se aquele accionamento ainda, nas de média ou grande
capacidade.
É evidente que o critério final de selecção vai, como sempre, ser o do mais, baixo custo unitário
de produção; e sem dúvida que quanto maiores forem estas máquinas menores custos unitários
de laboração poderão ser conseguidos. Ainda nos casos em que se proceda a fragmentações
prévias por explosivos, as grandes unidades, permitem obter custos unitários menores, dados
serem adoptados de baldes que admitem maiores blocos, levando ainda a menores custos de
mão-de-obra.
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carga em todos os tipos ou classes de terrenos (I, II, III e IV) do quadro VI, elas são de uso
comum em quase todos os métodos de exploração a céu aberto, podendo realizar operações tanto
no estéril como no minério, mas sempre em frentes situadas acima do nível do degrau em que se
situam. (Crawford. 1979)
Na figura abaixo pode ver-se o sistema de suspensão do balde, que lhe permite posicionamentos
diferentes e possibilita o desmonte, a carga e a descarga através do cabo e do suporte articulado.
Para efectuar a descarga basta soltar o cabo de arrasto, mantendo-se a cesta ou balde na posição
vertical. Todo o sistema de suspensão e o próprio balde são de construção muito aligeirada,
podendo a lança atingir comprimentos duplos dos das pás mecânicas de igual capacidade. Esta
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característica permite-lhes alcances obviamente duplos dos conseguidos pelas pás mecânicas, o
que aliado a maiores simplicidades do balde, lhes possibili8ta manobras mais rápidas.
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Modo operatório
O seu modo operatório baseia-se na queda livre do balde sobre o terreno a desmontar, o que lhe
confere necessária força de penetração ou de arranque. Este procedimento pode ser
complementado através de um movimento provocado e controlado de "arremesso" do balde, cuja
eficiência dependerá da perícia do operador. As máquinas de grande porte, como aquelas a que
nos temos vindo a referir, permitem geralmente a utilização de lanças de diferentes
comprimentos e compatíveis com diferentes capacidades dos baldes.
O campo de emprego das 'draglines" não difere muito do das pás mecânicas, com os quais aliás
competem. O seu rendimento varia entre 50 a 80% do de uma pá mecânica de igual capacidade.
Têm particular aplicação naqueles casos em que convém manter a máquina fora da escavação
por razões de maus terrenos, de acesso, ou de invasão de águas.
Na lavra mineira o seu campo de aplicação ideal, principalmente no caso das grandes máquinas,
é o da remoção dos terrenos de cobertura estéreis pouco espessos e constantes dos jazigos cuja
morfologia aponta para o método de exploração das escombreiras no interior dos contornos da
exploração.
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As retroescavadoras são máquinas concebidas para executarem essencial mente trabalhos de
escavação. Com efeito, o seu raio de alcance é limitado e o balde de pequena capacidade,
afectando uma forma peculiar - "Hoe - o que lhe confere boas características de penetração, pois
os dentes dos seus baldes podem exercer grandes pressões sobre os terrenos. O seu
funcionamento, embora semelhante ao das pás mecânicas, apresenta no entanto, duas
características que as distinguem:
Compreende-se pois que estas máquinas permitam escavar ou desmontar terrenos um pouco mais
duros que os normalmente escavados pelas pás mecânicas (classe III ou mesmo IV).
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Uma boa estabilidade da máquina durante o trabalho, por um apoio total das superfícies
que compõe as lagartas, donde resulta uma excelente degradação das cargas de apoio;
Menores esforços solicitados aos aparelhos de locomoção;
Deslocamentos praticamente nulos;
Cargas mais suaves e devidamente controladas devido a excelente visibilidade
proporcionada ao manobrador (o plano da superfície inferior da caixa dos camiões
coincide com a de apoio das retroescavadoras).
Na abundante literatura e dos manuais fornecidos pelos seus fabricantes encontram-se referidas,
capacidades produtivas, constituindo elementos de fácil e cómoda consulta. A utilização destes
dados deverá no entanto ser feita com algumas reservas, pois que além de se basearem em
aspectos comercias manifestamente interessados no êxito concorrencial, eles estão mais virados
para as condições de trabalho mais usuais: as da construção civil, as quais no geral, são bem
diferentes das condições reais observadas nos trabalhos mineiros. E pois importante, que os
elementos, úteis sem dúvida, provenientes dessas fontes, sejam objecto de comprovações críticas
por parte de quem os vai utilizar.
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O processo de cálculo genérico que a seguir se apresenta é teórico pretende aproximar-se o mais
possível das condições reais, sendo expressa conhecida fórmula geral aplicável a todos os
equipamentos cíclicos:
sabe: , sendo o tempo despendido na execução de um ciclo. No que diz respeito a este é
Sendo pois o rendimento afectado pelos tempos improdutivos, que obviamente deverão ser
minimizados no sentido de se obter a majoração de R.
A expressão geral que permite calcular a capacidade produtiva real - Pr - em termos de rocha 'in
situ", será:
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Na qual representa o coeficiente de empolamento dos produtos a manipular e as restantes
letras têm o significado já dado anteriormente. A análise cuidada da expressão anterior mostra
que o rendimento global - R - representa o parâmetro mais influente e significativo na
maximização da capacidade produtiva como tal na minimização dos custos. Com efeito, ele
representa o coeficiente de utilização da máquina expresso pela relação entre o tempo real e o
tempo disponível de trabalho do equipamento.
O rendimento global inclue uma série de factores aleatórios de difícil quantificação e eles
poderão ser de vária natureza, mas deixando-se agrupar em duas categorias bem definidas: uns,
incluídos no denominado rendimento de adaptabilidade e que representam a maior ou menor
adaptação do equipamento às condições locais e até sazonais de trabalho; outros, reunidos no
rendimento de gestão representando a melhor ou pior organização geral da empresa (qualificação
do pessoal, serviços de planeamento, manutenção, compras, gestão de stocks, etc.).
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Quadro5: Coeficientes de gestão
A carga e a descarga são usualmente consideradas como tempos fixos, enquanto os movimentos
de rotação são variáveis, dependendo da posição relativa entre a unidade de transporte e a pá
mecânica.
Mas, embora admitindo que tal comparação não possa totalmente ser feita, numa tentativa de
aproximação, consideramos de interesse, como outros, fazer referência a conceitos comuns, quer
às pás mecânicas, quer às máquinas-ferramentas:
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Quadro: Coeficiente de enchimento
Nos quadros abaixo estabelecem-se as alturas óptimas de corte e para diversos ângulos de
rotação, e apresentam-se respectivamente: o factor -K-a aplicar para alturas diferentes da óptima
(100%) e o factor de correcção inerente aos ângulos de rotação.
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Quadro: Tempos de ciclo (em segundos) pra pás mecânicas e para alturas óptimas de corte de
acordo com a capacidade nominal dos baldes
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A expressão geral atrás indicada assume então a forma final:
( ) ( )
( )
Também as mesmas considerações, feitas anteriormente, podem ser aplicadas às "draglines". Nos
quadros abaixos, são apresentadas as alturas óptimas de corte, os tempos de ciclo e os factores de
correcção para este tipo de escavadoras.
Quadro7: Tempo de ciclo em segundos para draglines e para alturas óptimas de corte de acordo
com as capacidades nominais dos baldes.
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Quadro: Factor de carga K para alturas diferentes óptimas de "draglines"
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2. Referencias Bibliográficas
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