Você está na página 1de 124

INTRODUÇÃO 

A FARMÁCIA
E AOS PRINCÍPIOS
DE
FARMACOLOGIA

Francisco Lindemberg de Lima
Farmacêutico Generalista
Farmacêutico Responsável Técnico ­ RT
Pós Graduando em Farmácia Clínica e
Atenção Farmacêutica

Novembro / 2020
Tipos de Farmácia

O QUE É FARMÁCIA?

DEFINIÇÃO: É o local onde se pode adquirir medicamentos e


correlatos (outros materiais necessários para cuidar da saúde) e
também podem ser manipulados medicamentos mediante
prescrição médica.
FARMÁCIA CONVENCIONAL – Farmácia Popular

FARMÁCIA DE
DROGARIA MANIPULAÇÃO
CAF’s

FARMÁCIA
 HOSPITALAR
Aspectos Gerais sobre Medicamentos

A ideia de remédio está associada a
todo e qualquer tipo de cuidado
utilizado para curar ou aliviar doenças,
sintomas, desconforto e mal­estar. Já
os medicamentos são substâncias ou
preparações elaboradas em farmácias
(medicamentos manipulados) ou
indústrias (medicamentos industriais),
que devem seguir as determinações
legais de segurança, eficácia e
qualidade.
Aspectos Gerais sobre Medicamentos

Fármaco ou princípio ativo: Substância química com estrutura
química conhecida, usada para beneficiar o organismo.

Medicamento: Preparação usando­se drogas de ação farmacológica
benéfica, comprovadas cientificamente. Todo medicamento é uma
droga, mas nem toda droga é um medicamento.

Droga: Qualquer substância química com estrutura química conhecida,
capaz de provocar alterações no organismo. Pode ser benéfica
(fármaco) ou maléfica (tóxico).

Remédio: Substância animal, vegetal, mineral ou sintética;
procedimento (ginástica, massagem, acupuntura, banhos); fé ou
crença; influência: usados com intenção benéfica.

Placebo: Tudo o que é feito com intenção benéfica para aliviar o
sofrimento
Aspectos Gerais sobre Medicamentos

Placebo: Placebo é a formulação sem


efeito farmacológico, administrada ao
participante do ensaio clínico com a
finalidade de mascaramento ou de ser
comparador. (ANVISA, RDC nº9, de
20/02/2015)

Uma substância que não contém


ingredientes ativos, feito para ter gosto e
aparência idêntica da droga real a ser
estudada.  (Traduzido, fonte: Clinical Trials)
FORMAS DE CLASSIFICAÇÃO

1 Quanto a origem

2 Quanto ao modo de ação

3 Quanto a
enfermidade
4 Quanto a est.
química
FORMAS DE CLASSIFICAÇÃO

1 Quanto a
origem

Naturais ✔ Podem ser de 3 vias:
✔ Inorgânicos (ex., enxofre, iodo, fosfatos, cálcio, sódio,
magnésio, ferro, sais de bismuto);
✔ Animais (ex., hormonas – insulina, óleos de fígado de
peixe – vitaminas A e E)
✔ Vegetais (ex., alcalóides, glicósidos cardiotónicos,
algumas drogas anticancerígenas – taxol).
Constituem a maioria dos fármacos de origem
natural;
FORMAS DE CLASSIFICAÇÃO

1 Quanto a
origem

Sintéticas

✔ Fornece análogos sintéticos, eventualmente


melhorados ou simplificados
FORMAS DE CLASSIFICAÇÃO

2 Quanto ao modo de
ação

Substituição

✔ Fármacosque compensam a deficiência de uma


substância.
✔ A deficiência pode dever‐se a dietas pobres (ex., deficiências vitamínicas) ou a
uma perturbação fisiológica (ex., insulina na diabetes, estrogênios na
menopausa)
FORMAS DE CLASSIFICAÇÃO

2 Quanto ao modo de
ação
Sintomáticos

✔ Fármacos que aliviam os sintomas da doença.
✔ São utilizados para atenuar ou neutralizar perturbações  resultantes de um
estado patológico. Eliminam sintomas  ‘gerais’ (ex., febre, dor, insónias).
FORMAS DE CLASSIFICAÇÃO

3 Quanto a enfermidade
Conceitos

MEDICAMENTO FITOTERÁPICO

medicamentos obtidos a partir de plantas
medicinais,  empregando‐se exclusivamente
derivados de droga  vegetal.
Conceitos

MEDICAMENTO HOMEOPÁTICO

A Homeopatia é uma prática terapêutica que


abrange as áreas farmacêutica, médica,
odontológica e veterinária. Foi fundada no
início do século XIX pelo médico alemão
Samuel Hahnemann, e baseia‐se no princípio
“Semelhante cura semelhante”.

Homeopati
a

X
Conceitos

MEDICAMENTO ALOPÁTICO

A alopatia é um tratamento cujo objetivo é


combater as doenças com remédios que
produzam efeitos contrários aos sintomas
causados. Esses medicamentos são
classificados como “anti”, mais conhecidos
como: antibióticos, antiinflamatórios,
antialérgicos, antiácidos e antimicrobianos. 
Conceitos

BULA

Bula é o nome que se dá ao conjunto de informações


sobre um medicamento que obrigatoriamente os
laboratórios farmacêuticos devem acrescentar à
embalagem de seus produtos  vendidos no varejo
Conceitos

BULA
Nome do medicamento; Precauções

Apresentação Gravidez

Composição Reações adversas
Informações ao
paciente Posologia
Informações
técnicas Superdosagem
Farmacocinética
Contra‐
indicações
QUAL A DIFERENÇA DE MEDICAMENTOS
GENÉRICOS, REFERÊNCIA E SIMILAR?
QUAL A DIFERENÇA DE MEDICAMENTOS
GENÉRICOS, REFERÊNCIA E SIMILAR?
Conceitos

G GENÉRICOS

Um medicamento genérico[1] é um medicamento com a


mesma substânciasubstância ativa, formaforma
farmacêutica e dosagem e com a mesma indicação que o
medicamento original, de marca. E principalmente, são
intercambiáveis em relação ao medicamento de referência,
ou seja, a troca pelo genérico é possível.
Conceitos

G GENÉRICOS

• Lei 9787 / 99 – instituiu o medicamento genérico
• Embalagem padronizada com uma tarja amarela e um grande
"G" de Genérico e os seguintes dizeres: Medicamento Genérico ‐
Lei 9.787/99
• nome do princípio ativo
• São proibidos de apresentar marca, nome de referência ou
nome fantasia (apenas o nome do princípio ativo pode ser
comunicado). Tem preços em média 35% menores que os
originais
Intercambialidade

EQ
Receita
Médica
Receita Médica
Uma prescrição (também
conhecida informalmente como
receita médica) é a  indicação de
medicamentos que um paciente
ou animal deve tomar. É  indicado
pelos médicos, médicos dentistas
ou médicos veterinários e
compete aos farmacêuticos
obrigatoriamente a manipulação,
venda ou  entrega dos
medicamentos, que efetuarão
neste ato a fiscalização da
prescrição e orientação ao paciente
Aspectos Gerais sobre Farmacologia

A farmacodinâmica refere­se A farmacocinética é o estudo da
ao que o medicamento faz no velocidade com que os fármacos
organismo – em que locais ele atingem o sítio de ação e são
age, quais são seus eliminados do organismo, bem
mecanismos de ação e seus como dos diferentes fatores que
efeitos (terapêuticos e/ou influenciam na quantidade de
tóxicos). fármaco a atingir o seu sítio
FATORES QUE AFETAM A RESPOSTA AOS MEDICAMENTOS
VIAS DE
ADMINISTRAÇÃO
  E FORMAS
FARMACÊUTICAS
Introduçã
o

o que são
VIAS DE
ADMINISTRAÇÃO?
São estruturas orgânicas com as quais a droga toma contato para
iniciar uma série de processos que visam seu efeito farmacológico.
VIAS DE
ADMINISTRAÇÃO

IV

pulmonar

EFEITO
intraperitoneal

oral

TEMPO
VIAS DE
ADMINISTRAÇÃO

• Oral
ENTERAL • Retal
• Sublingual

• Diretas
PARENTERA
• Indireta
L
 incluem as Injeções
s
ENTERAL

ORAL
✔ Via de administração mais comum
✔ Distribuição do fármaco é lenta,
evita‐se a ocorrência de níveis
sangüíneos elevados de uma
forma rápida.
✔ Menor probabilidade de
intoxicação
✔ Possibilidade do uso de lavagem
gástrica, em  caso de intoxicação.
ENTERAL

SUBLINGUAL
✔ Fármaco difunde‐se para a trama
capilar e
passa diretamente à circulação
sistêmica.

✔ Não apresenta o efeito de
primeira passagem.
ENTERAL

RETAL

✔ 50 % do fluxo venoso
retal tem acesso à
circulação porta.

✔ Pacientes  inconscientes,
crianças pequenas.
PARENTERA
L

• Intravenosa
DIRET •

Intramuscular
Subcutânea
A
• Cutânea
• Inalatória
INDIRET •

Conjuntival
Rino‐orofaíngea
A • Genitourinária
PARENTERAL
DIRETA
• Vantagens
✔ Absorção boa e constante para
Subcutânea
soluções
✔ Permite a administração de grandes
volumes

• Desvantagens
✔ Dor e necrose por substâncias
irritantes
✔ Facilidade de sensibilização do
pacientes
PARENTERAL
DIRETA

Intramuscula
r
Vantagens
✔ Produz efeito mais rápido que a
administração oral
✔ Difusão através do tecido
PARENTERAL
DIRETA
Intravenosa
Vantagens
✔ Efeito imediato
✔ Biodisponibilidade de
100%
PARENTERAL
DIRETA
Intraperitoneal
PARENTERAL
INDIRETA

Cutânea Conjuntival

Respiratóri
a

Genitouriná
ria
FORMAS
FARMACÊUTICAS
Introduçã
o

o que são
FORMAS FARMACÊUTICAS?

São preparações constituídas por um ou mais
fármacos  associados à substâncias auxiliares.
Formas Farm.  Líquidas

SOLUÇÕES
São preparações que contém um ou mais fármacos
dissolvidos em água,
podendo ser administrados por via enteral ou
parenteral.

SOLUÇÕES
ORAIS SOLUÇÕES
OTOLÓGICAS
SOLUÇÕES
OFTÁLMICAS COLUTÓRIO
S
SOLUÇÕES
INJETÁVEIS
Formas Farm.  Líquidas

Xaropes
Preparações líquidas aquosas viscosas (grande
quantidade de açúcar) pode conter mais
de um princípio ativo (além de adjuvantes)
Formas Farm.  Líquidas

ELIXIRES
São fármacos dissolvidos em álcool e água,
agradáveis ao paladar álcool melhora a
estabilidade do princípio ativo os elixires
podem ser diluídos em água para minorar o
conteúdo alcóolico
Formas Farm.  Líquidas

EMULSÕES
preparações obtidas pela dispersão de duas fases
líquidas imiscíveis ou praticamente
imiscíveis (água e óleo)
Formas Farm.  Líquidas

SUSPENSÕES
dispersões de partículas sólidas do fármaco em
um líquido aquoso no qual ele é
insolúvel.
Formas Farm.  SÓLIDAS

PÓS E GRANULADOS
Pós são misturas de fármacos com adjuvantes
em forma seca, finamente divididos.
Formas Farm.  SÓLIDAS

Comprimidos
Formas farmacêuticas sólidas obtidas por
compressão da mistura de pós, contendo
fármaco e adjuvante.
Formas Farm.  SÓLIDAS

DRÁGEAS
Formas farmacêuticas sólidas recobertas por uma
camada gastroresistente e diversas
camadas de açúcar, cêras e outros adjuvantes.
Formas Farm.  SÓLIDAS

CÁPSULAS
São constituídas por invólucro de gelatina dura ou
mole, de forma e capacidade
variáveis
Formas Farm.  SÓLIDAS

ÓVULOS
São formas sólidas, que como os supositórios, se
fundem ou liquefazem à temperatura
do corpo. São colocados no interior da vagina.
Formas Farm. SEMI‐SÓLIDAS

      POMADAS E PASTAS
                      São constituídas de base monofásica (óleos, no c
pomadas) na qual podem
                      estar dispersos fármacos sólidos ou líquidos.
Formas Farm. SEMI‐SÓLIDAS

GEIS
São constituídos de líquidos estruturados a partir de agentes gelificantes.
Formas Farm. SEMI‐SÓLIDAS

CREMES
Preparações farmacêuticas semi‐sólidas que contêm um ou mais agentes medicinais
dissolvidos ou dispersos em emulsões
GRUPOS DE MEDICAMENTOS
1. Medicamentos que atuam no sistema
circulatório;
2. Medicamentos que atuam no sangue e
sistema hematopoiético;
3. Medicamentos que atuam no sistema
respiratório;
4. Medicamentos que atuam no sistema
digestório;
5. Medicamentos que atuam no sistema
geniturinário;
GRUPOS DE MEDICAMENTOS

10. Antibióticos;
11. Antifúngicos;
12. Antivirais;
13. Antiparasitários.
Medicamentos que atuam no
sistema  circulatório
• Cardiotônicos:
Usados para aumentar a força contrátil
do coração.

Exemplos: deslanósido
(Cedilanide®) digoxina
dobutamida (Dobutrex®) dopamina
(Revivan®)
Medicamentos que atuam no
sistema  circulatório
• Antiarrítmicos:
Usados nas arritmias cardíacas.

Exemplos: procainamida
(Procamide®) amiodarona
(Ancoron®)
Medicamentos que atuam no
sistema  circulatório
• Anti­hipertensivos:
Atuam regulando a pressão arterial.

Exemplos: atenolol (Atenol®)


captopril (Capoten®) clonidina
(Atensina®) metildopa
(Aldomet®) prazosina
(Minipress®)
Medicamentos que atuam no
sistema  circulatório
• Vasodilatadores:
Aumentam o débito sanguíneo, melhorando
a circulação do sangue nos tecidos.

Exemplos: bametano
(Vasculat®) cinarizina
(Stugeron®)
Medicamentos que atuam no
sistema  circulatório
• Antianginosos:
Reduzem a crise de angina no peito.

Exemplos: nifedipino
(Adalat®) verapamil
(Dilacoron®)
propatilnitrato (Sustrate®)
Medicamentos que atuam no
sangue e no  sistema
hematopoiético
• Antianêmicos:
Repõem a carência de ferro, ácido fólico
e vitamina B12.

Exemplos: sulfato ferroso


cianocobalamina ácido fólico
(Acfol®)
ácido folínico (Leucovorin®)
Medicamentos que atuam no sangue
e no  sistema hematopoiético
• Anticoagulantes:
Prolongam o tempo de coagulação do sangue.

Exemplos:
Ação direta (quebram o trombo) – heparina;
Ação indireta (inibem a síntese de vitamina K)
– varfarina (Marevan®).
Medicamentos que atuam no sangue
e no  sistema hematopoiético
• Coagulantes:
Usados para estancar hemorragias,
restabelecendo a hemostasia.

Exemplo: fator IX de coagulação (Bebulin®).


Medicamentos que atuam no sangue
e no  sistema hematopoiético
• Antitrombóticos:
Previnem a formação de trombos, diminuindo
a adesividade das plaquetas.

Exemplos: dalteparin
(Fragmin®) ticlopidina
(Ticlid®)
Medicamentos que atuam no sangue
e no  sistema hematopoiético
• Fibrinolíticos:
Dissolvem trombos.

Exemplo: estreptoquinase (Kabiquinase®).


Medicamentos que atuam no sangue
e no  sistema hematopoiético
• Antifibrinolíticos:
Ajudam a controlar hemorragia grave.

Exemplo: ácido aminocapróico (Ipsilon)


ácido tranexâmico (Transamin).
Medicamentos que atuam no sangue
e no  sistema hematopoiético
• Hemostípticos:
Reduzem a permeabilidade capilar,
diminuindo a sua fragilidade.

Exemplos: aminaftona
(Capilarema) escina
(Reparil)
Medicamentos que atuam no
sistema  respiratório
• Calmantes da tosse e antitussígenos:
Acalmam a tosse improdutiva, agindo sobre os
centros deflagladores da tosse no SNC ou
diretamente na árvore respiratória.

Exemplos:
Opiáceos: xarope de codeína;
Não­opiáceos: dropropizina (Notuss)
dextrometorfano (Silencium);
Medicamentos que atuam no
sistema  respiratório
• Mucolíticos:
Diminuem a aderência das secreções.

Exemplos: ambroxol
(Mucosolvan)
acetilcisteína (Fluimucil)
bromexina (Bisolvon)
Medicamentos que atuam no
sistema  respiratório
• Expectorantes:
Favorecem a tosse produtiva, promovem
a eliminação das secreções.

Exemplos: guaifenesina
(Polaramine Expectorante)
Medicamentos que atuam no
sistema  respiratório
• Broncodilatadores
Dilatam os brônquios, promovendo
aerificação da árvore respiratória.

Exemplos: salbutamol
(Aerolin®) terbutalina
(Brycanil®) fenoterol
(Berotec®) ipratrópio
(Atrovent®) teofilina
(Aminofilina®)
Medicamentos que atuam no
sistema  digestório
• Antiácidos:
Neutralizam a acidez do estômago.

Exemplos: bicarbonato de
sódio hidróxido de
alumínio
Medicamentos que atuam no
sistema  digestório
• Antieméticos:
Impedem o refluxo do vômito.

• Exemplos: bromoprida
(Digesan®)  dimenidrato
(Dramin®)  metoclopramida
(Plasil®)
Medicamentos que atuam no
sistema  digestório
• Laxativos ou estimulantes instestinais:
Drogas de ação suave sobre o intestino.

Exemplo: mucilóide hidrófilo de


psilio (Metamucil®).
Medicamentos que atuam no
sistema  digestório
• Purgativos:
Drogas de ação enérgica sobre o intestino.

Exemplo: óleo de rícino (Laxol)


Medicamentos que atuam no
sistema  digestório
• Estimulantes do peristaltismo
Estimulam o movimento do intestino.

Exemplos: bisacodil (Dulcolax)


picossulfato de sódio (Guttalax)
Medicamentos que atuam no
sistema  digestório
• Antidiarréicos
Diminuem ou eliminam a diarréia.

Exemplos: elixir paregórico


difenoxilato (Lomotil)
loperamida (Imosec)
Medicamentos que atuam no
sistema  digestório
• Antifiséticos
Alteram a tensão superficial dos
gases intestinais.

Exemplo: dimeticona (Luftal®)


Medicamentos que atuam no
sistema  digestório
• Bloqueadores de secreção gástrica
Bloqueiam a secreção de suco gástrico,
diminuindo a gastrite e a úlcera.

Exemplos: lansoprazol (Lanz®)


ranitidina (Zyliun®) omeprazol
(Losec®)
Medicamentos que atuam no
sistema  geniturinário
• Diuréticos
Aumentam o volume urinário.

Exemplos: hidroclorotiazida
(Clorana®) furosemida
(Lasix®)
Medicamentos que atuam no
sistema  geniturinário
• Antissépticos urinários
Inibem ou reduzem o crescimento
microbiano somente nas vias urinárias.

Exemplo: fenazopiridina (Pyridium®)


Medicamentos que atuam no
sistema  geniturinário
• Ocitotóxicos ou estimulantes uterinos
Provocam contração uterina, sendo usados para
induzir o parto, inibir a hemorragia pós­parto e pós­
aborto e provocar a involução do útero.

Exemplos: oxitocina
(Syntocinon®)
ergometrina (Ergotrate®)
Medicamentos que atuam no
sistema  geniturinário
• Relaxantes uterinos
Usados para inibir o parto prematuro.

Exemplos: isoxuprina (Inibina®)


piperidolato (Dactil OB®)
Medicamentos que atuam na nutrição

• Sais minerais – sódio, potássio, fósforo, cálcio,


ferro e iodo;

• Estimulantes do apetite –
ciproeptadina (Periatin®)

• Vitaminas:
• Hidrossolúveis – B1, B6, C;
• Lipossolúveis – A, E, D, K;
Medicamentos antialérgicos

• Anti­histamínicos
Bloqueiam a ação da histamina.

• Exemplos: carbinoxamina
(Clistin®)  dexclofeniramina
(Polaramine®)  prometazina
(Fenergan®)
Medicamentos antialérgicos

• Corticóides
Hormônios da supra­renal, com propriedades
antiinflamatórias, antialérgicas e anti­
reumáticas potentes.

Exemplos: prednisona (Meticorten®)


triancinolona (Oncilon®)
dexametasona (Decadron®)
metilprednisolona (Solumedrol®)
Medicamentos que atuam no Sistema
Nervoso  Central
• Analgésicos:
Medicamentos utilizados para diminuir ou
eliminar a dor, provocando também a queda
da temperatura em pacientes febris.
• Narcóticos: para dores profundas, podem causar
dependência e euforia. Ex.: morfina, buprenorfina,
petidina.
•Não­narcóticos: suprimem a dor superficial. Ex.:
ácido acetilsalicílico, paracetamol, dipirona.
Medicamentos que atuam no Sistema
Nervoso  Central

• Antiinflamatórios
• Reduzem ou eliminam a inflamação.

• Exemplos: diclofenaco sódico
(Voltaren®)  nimesulide (Nisulide®)
• benzidamina (Benflogin®)
Medicamentos que atuam no Sistema
Nervoso  Central
• Sedativos e hipnóticos
São depressores do SNC. Diminuem a
agitação e o nervosismo, podendo até
provocar sono.
Exemplos: Fenobarbital
(Gardenal®) Flurazepam
(Dalmadorm®)
Midazolam (Dormonid®)
Medicamentos que atuam no Sistema
Nervoso  Central
•Psicotrópicos:
Capazes de atuar seletivamente sobre as células
nervosas que regulam os processos psíquicos
do homem, como sedar, estimular ou alterar o
humor, o pensamento e o comportamento.

Dividem­se em:
neurolépticos, ansiolíticos e antidepressivos.
Medicamentos que atuam no Sistema
Nervoso  Central
Neurolépticos ou Antipsicóticos
1.

Exercem ação sobre a excitação e agressividade,


bem como sobre a atividade delirante e
alucinatória.

Exemplos: haloperidol (Haldol®) clorpromazina


(Amplictil®) flufenazina (Anatensol®)
Medicamentos que atuam no Sistema
Nervoso  Central
2. Ansiolíticos
Atuam na ansiedade e na tensão com
pacientes com problemas neurológicos.

Exemplos: diazepam
bromazepam lorazepam
Medicamentos que atuam no Sistema
Nervoso  Central
Antidepressivos
3.

Diminuem a depressão, porém, para ter efeitos


positivos, devem ser usados por algumas
semanas, no mínimo.

Exemplos: amitriptilina (Tryptanol®)


Antibióticos

Medicamentos produzidos por organismos


vivos ou de maneira sintética para atuar sobre
infecções bacterianas.

• Dividem­se em:
• Bacteriostáticos e bactericidas.

Penicilinas, Cefalosporinas, β­
Anfenicóis, Polipeptídeos, lactâmicos,
Aminociclitóis. Macrolídeos e
Antivirais

Utilizados no tratamento e profilaxia


de viroses.

Exemplos: aciclovir (Zovirax)


didanosina (Videx) ganciclovir
Antifúngicos

Utilizados no tratamento de micoses.

Exemplos: anfotericina B
fluconazol cetoconazol (Nizoral)
fluocitosina (Ancotil) nistatina
(Micostatin)
Antiparasitários

Atuam sobre parasitas, provocando a sua


expulsão ou morte, sem lesar de forma grave
o hospedeiro.

Tratamentos para:
• Teníase: niclosamida (Atenase®);
• Ascaridíase: mebendazol (Pantelmin®) e
embonato de pirantel (Ascarical®);
• Esquistossomose: praziquantel (Cisticid®);
• Doença de Chagas: benzonidazol
(Rochagam®);
Antiparasitários

• Leishmaniose: antimoniato de
meglumina (Glucantime®);
• Malária: cloroquina e pimimetamina;
• Giardíase: furazolidona (Giarlan®) e
metronidazol (Flagyl®).
LEGISLAÇÃO
RDC nº20/11
RDC Nº 20, DE 05 DE MAIO DE 2011

A receita de antimicrobianos é válida em todo
território nacional, por 10 (dias) a contar da data de
sua emissão.
A receita poderá conter a prescrição de outras
categorias de medicamentos desde que não sejam
medicamentos a controle especial.

Em situações de tratamento prolongado a receita
poderá ser utilizada para aquisições posteriores
dentro de um período de 90 (noventa) dias a contar
da data de emissão. (USO CONTÌNUO para cada 30
dias)
Receituário médico

A validade da prescrição antimicrobiana em todo o território nacional é de

10 dias
Somente em caso de uso contínuo a validade é de

90 dias
Dispensação

1º Via 2º Via

Pacient Farmáci
e a
Dispensação ­ Considerações
Dispensação ­
Considerações
Dispensação ­
Considerações
Exemplos
• O paciente L.M.A entra em sua farmácia com a
receita do seguinte medicamento:

• Amoxicilina 500mg
• Tomar 1 cp de 8/8h por 7 dias.
• Em sua drogaria você possui os  seguintes

medicamentos:  Amoxicilina 500mg – caixa com 7 cp

• Amoxicilina 500mg – caixa com 14 cp
• Amoxicilina 500mg – caixa com 21 cp

• Qual dos medicamentos devo vender?
Exemplos
• O paciente L.M.A entra em sua farmácia com a receita
do seguinte medicamento:

• Azitromicina 500mg
• Tomar 1 cp de 12/12h por 3 dias.
• Em sua drogaria você possui os seguintes medicamentos:

• Azitromicina 500mg – caixa com 1 cp

• Azitromicina 500mg – caixa com 3 cp
• Azitromicina 500mg – caixa com 5 cp

Qual dos medicamentos devo vender?
Exemplos

• O paciente L.M.A entra em sua farmácia com a receita
do seguinte medicamento:

• Amoxicilina 250mg/ 5ml
• Tomar 8ml  de 8/8h por 5 dias.
• Em sua drogaria você possui os seguintes medicamentos:

•   Amoxacilina 250mg/5ml – frasco com 120ml

• Amoxacilina 250mg/5ml – frasco com 100ml

Qual dos medicamentos devo vender?
Exemplos

• O paciente L.M.A entra em sua farmácia com
a receita do seguinte medicamento:

• Cefalexina 100mg
• Tomar 1 cp de 8/8h por 10 dias.
• Em sua drogaria você possui os seguintes
medicamentos:

•  Cefalexina 100mg – caixa com 28 cp
• Cefalexina 100mg – caixa com 15 cp

Qual dos medicamentos devo vender?
Exemplos

• O paciente L.M.A entra em sua farmácia com a
receita do seguinte medicamento:

• Cefalexina 100mg
• Tomar 1 cp de 8/8h por 5 dias.
Em sua drogaria você possui os seguintes medicamentos:

• Cefalexina 100mg – caixa com 21 cp
• Cefalexina 100mg – caixa com 10 cp

Qual dos medicamentos devo vender?
Exemplos

• O paciente L.M.A entra em sua farmácia com a
receita do seguinte medicamento:

• Tobrex
• Pingar 2 gotas de 8/8h por 5 dias.

  Data: 08/06/2020

Você venderia esta receita em sua farmácia?
Exemplos

• O paciente L.M.A entra em sua farmácia com
a receita do seguinte medicamento:

• Tobradex
• Pingar 2 gotas de 8/8h – uso contínuo

Data: 08/10/2020

Você venderia esta receita em sua farmácia?
Portaria 344/98

Objetivo principal: regulamentar a dispensação e
logística  de toda a cadeia.

Psicotrópico ‐ Substância que pode determinar


dependência física ou psíquica e relacionada, como tal, nas
listas aprovadas pela Convenção sobre Substâncias
Psicotrópicas, reproduzidas nos anexos deste
Regulamento.
Modelo de Notificação A

"A1" e "A2" (entorpecentes) "A3“
(psicotrópicos)

• VALIDADE ‐ 30 dias
• INJETÁVEIS ‐ 5 Caberá à Autoridade Sanitária, fornecer
Ampolas ao profissional ou instituição
• 30 dias de tratamento devidamente cadastrados, o talonário
• VISTO DE 72h de Notificação de Receita "A"
• Necessário termo
para outro estado
Modelo de Notificação B
“B1" (psicotrópicos) / “B1”
Veterinário

Caberá à Autoridade Sanitária, fornecer ao
• VALIDADE ‐ 30 dias profissional ou instituição devidamente
• INJETÁVEIS ‐ 5 Ampolas cadastrados, a numeração para confecção dos
• 60 dias de tratamento talonários, bem como avaliar e controlar esta
numeração. A Notificação de Receita "B", de
cor azul, impressa é as expensas do
profissional
Modelo de Notificação B2
“B2“ (anorexígenos) ‐ RDC Nº 50/2014 tratamento p/ 60 dias apenas
para  sibutramina, para os demais, 30 dias

B2

• Válida por 30 dias a partir da data de sua Caberá à Autoridade Sanitária, fornecer
emissão; ao profissional ou instituição
• Prescrição e dispensação de devidamente cadastrados, a numeração
medicamentos anorexígenos. para confecção dos talonários, bem
como avaliar e controlar esta numeração.
A Notificação de Receita "B", de cor azul,
impressa é as expensas do profissional
Modelo de Notificação de Retinóides
C2“ (retinóicos uso
sistêmico)

• “VALIDADE ‐ 30 dias Caberá à Autoridade Sanitária, fornecer ao
• 30 dias de tratamento profissional ou instituição devidamente
• Termo de consentimento pós cadastrados, a numeração para confecção
informado (6 meses s/ dos talonários, bem como avaliar e
controlar esta numeração. A Notificação de
engravidar)
Receita “C2", de cor branca, impressa é as
expensas do profissional
Modelo de Notificação lista C3 (Talidomida)

VALIDADE – 20 dias (RDC nº 11/2011) Caberá à Autoridade Sanitária,
30 dias de tratamento fornecer ao profissional ou
01 substância por Notificação (SUS) instituição devidamente
Termo Esclarecimento/Responsabilidade cadastrados, o talonário de
VA e VB Notificação de Receita “C3"
RECEITA DE CONTROLE  ESPECIAL

C1/ C5 ‐ INJETÁVEIS (até 5 Ampolas)
60 dias de tratamento
* 6 meses – anticonvulsivantes e
antiparksonianos

C4 – Programa DST/AIDS  Até 5
substâncias diferentes  VALIDADE ‐ 30
dias

Não possui numeração / 2 vias

27

Você também pode gostar