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REFRIGERAÇÃO E

AR CONDICIONADO
UNIDADE 1

Prof. Rafael B. A. Mendes, Me. Eng.


APRESENTAÇÃO
OBJETIVO
◦Geral: Apresentar os principais ciclos e equipamentos de refrigeração e ar condicionado.
◦Específicos:
◦Definir alguns conceitos fundamentais da refrigeração.
◦Apresentar e diferenciar os diversos tipos de equipamentos da refrigeração.
◦Calcular as cargas térmicas.
◦Aplicação de sistemas de refrigeração em projetos industriais e domésticos.

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APRESENTAÇÃO
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO

Unidade I Unidade II Unidade III


Mistura Ar-Vapor d’água Diagrama de Mollier Componentes dos sistemas de refrigeração
Psicrometria Tabelas termodinâmicas Compressores
Umidificação e desumidificação Transferência de calor Compressores de deslocamento positivo
Vazão de Ar Primeira lei da termodinâmica Compressores dinâmicos
Absorção de umidade do Ar Ciclos de refrigeração Condensadores
Sistemas de refrigeração Refrigeração por compressão de vapor Condensadores resfriados a ar
Carga térmica Sistema multiestágio Condensadores resfriados a água
NBR 16401 Refrigeração a gás Resfriadores de líquido (Chillers)
NBR 6401 Refrigeração por absorção Torre de resfriamento
NBR 13971 Refrigerantes Condensador evaporativo
Tipos de refrigerantes Evaporadores
Propriedades físicas Dispositivos de expansão
Válvulas
Tubos capilares
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APRESENTAÇÃO
Bibliografia
CREDER, H. Instalações de Ar Condicionado. 6ª ed. Rio de Janeiro: LTC, 2004.
DOSSAT, R. J. Princípios de Refrigeração. São Paulo: Hemus, 2004.

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AR CONDICIONADO
É o processo de tratamento do ar de modo a controlar simultaneamente a
temperatura, a pureza e a distribuição para atender as necessidades do recinto
condicionado.
INFORMAÇÕES NECESSÁRIAS PARA ELABORAÇÃO DE UM PROJETO DE AR
CONDICIONADO

1. Orientação do prédio; 9. Escadas e Elevadores;


2. Destino do local; 10. Ocupantes;
3. Dimensões do local; 11. Iluminação;
4. Colunas e vigas; 12. Motores;
13. Utensílios, Equipamentos;
5. Materiais de construção; 14. Renovação de ar;
6. Condições circundantes (Sul-sombra) 15. Funcionamento contínuo ou intermitente;
7. Janelas e portas; 16. Espaço disponível para os equipamentos.
8. Pé direito;

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Mistura Ar-Vapor d’água
O ar atmosférico é composto por oxigênio, nitrogênio, CO2, vapor d’água, argônio e
outros gases raros. O ar seco não possui vapor d’água.
Para o ar atmosférico, a água presente está num estado superaquecido, no qual o
vapor d’água tende a se vaporizar. A umidade é o termo adotado para quantificar o valor
presente de água no ar.

𝑚𝑣 𝑝(𝑒𝑥𝑖𝑠𝑡𝑒𝑛𝑡𝑒) 𝑚(𝑣𝑎𝑝𝑜𝑟 𝑑 ′ á𝑔𝑢𝑎) 𝑝𝑉


𝑈𝑅 = 𝑈𝑅 = 𝜔= = 0,622
𝑚𝑣𝑠 𝑇,𝑉 𝑝(𝑠𝑎𝑡𝑢𝑟𝑎çã𝑜) 𝑚(𝑎𝑟 𝑠𝑒𝑐𝑜) 𝑝𝑡 − 𝑝𝑉

pas = pressão do ar seco


𝑝𝑉
𝑚𝑣 =
𝑅𝑇

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Mistura Ar-Vapor d’água
A pressão total de uma mistura de gases é a soma das pressões parciais de cada
um dos componentes. P = P1 + P2 + ...+ Pc = ΣPi
A pressão que cada componente exerceria se, à mesma temperatura, ocupasse
sozinho todo o volume da mistura.

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Mistura Ar-Vapor d’água
Entalpia: H = ΣHi = Σ mi hi
O calor específico a pressão constante, isto é, o gradiente da entalpia em relação à
temperatura,
dh  d   d hi 

C ( ) 
  wi hi   w     wi C P
 dT   dT 
P i
dT P P P
é a média ponderada pela saturação (umidade) absoluta de cada um dos
componentes da mistura
m
HHar H m h
v ar ar m h
v v ar hh 
v
v h  h  w hv
ar
ar m
har  c p ,ar T
h  c p,ar T  w hlv  c p, v T 
hv  hlv  c p , v T
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Mistura Ar-Vapor d’água
O ponto de orvalho é aquele no qual ocorre a condensação do vapor d’água (com a
pressão constante).

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Mistura Ar-Vapor d’água
Saturador Adiabático
Definição de entalpia:
h
H
ma
 
 c p ,a T  T0   w hLV ,0  c p ,v T  T0 

Balanço de massa para o ar seco:


 a1  m
m  a2
Balanço de massa para a água:
 a1w1  m
m 3  m
 a 2 w2
Balanço de energia:
 a1h1  m
m  3h3  m
 a 2h2

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Mistura Ar-Vapor d’água
Balanço de energia:
 a1h1  m
m  3h3  m
 a 2h2

ha1   1hv1  ( 2   1 )hl 2  ha 2   2hv 2

ha 2  ha1   2 (hv 2  hl 2 )
1 
(hv1  hl 2 )
C pa (T2  T1 )   2 h fg 2

(hg1  h f 2 )
Pv1
 1  0.622
P1  Pv1
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Carta psicrométrica
Ex:
BS=25°C e UR=50%, BU?UE?h?VE?
BS=28°C e BU = 15°C, h?UE?UR?

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Sistema de resfriamento simples
ω = constante;
Esse processo ocorre com a passagem
do ar por serpentinas reduzindo a
temperatura de bulbo seco.
E in  E out
Q in  m a h1  m a h2
Q in  m a (h2  h1 )
𝑞𝑖𝑛 = ℎ2 − ℎ1

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Sistema de resfriamento com
desumidificação
ω = constante;
Esse processo ocorre com a passagem
do ar por serpentinas reduzindo a
temperatura de bulbo seco.
A tempetarura diminui  alta umidade 
ponto de orvalho, a agua está na mesma
temperatura de saída do ar.
O ar de saída se mistura com o ar do
ambiente. 𝑚𝑎𝑟1 = 𝑚𝑎𝑟2 = 𝑚𝑎𝑟
𝑚𝑎𝑟1 𝑤1 = 𝑚𝑎𝑟2 𝑤2 + 𝑚𝑎𝑔𝑢𝑎

Ex. livro 𝑚ℎ = 𝑄𝑠 + 𝑚ℎ
𝑒 𝑠
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Sistema de resfriamento
evaporativo
A medida que a água evapora, o calor
latente da vaporização é absorvido pela
água e ar da vizinhança.
Nesse processo, a temperatura de bulbo
úmido é constante e a troca de calor com
a vizinhança é desprezível.

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Mistura Adiabática de corrente de
Ar
Em muitos casos é comum a mistura de
duas correntes de ar.
A transferência de calor para a vizinhança
é pequena, normalmente não envolve
trabalho e as energias ciéticas e potencial
são desprezíveis.
𝑚𝑎𝑟1 + 𝑚𝑎𝑟2 = 𝑚𝑎𝑟3
𝑚𝑎𝑟1 𝑤1 + 𝑚𝑎𝑟2 𝑤2 = 𝑚3 𝑤𝑎𝑟3
𝑚𝑎𝑟1 ℎ1 + 𝑚𝑎𝑟2 ℎ2 = 𝑚3 ℎ3

𝑚𝑎𝑟1 𝑤2 − 𝑤3 ℎ2 − ℎ3
= =
𝑚𝑎𝑟2 𝑤3 − 𝑤1 ℎ3 − ℎ1

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Mistura Adiabática de corrente de
Ar
𝑚𝑎𝑟1 + 𝑚𝑎𝑟2 = 𝑚𝑎𝑟3
𝑚𝑎𝑟1 𝑤1 + 𝑚𝑎𝑟2 𝑤2 = 𝑚3 𝑤𝑎𝑟3
𝑚𝑎𝑟1 ℎ1 + 𝑚𝑎𝑟2 ℎ2 = 𝑚3 ℎ3

𝑚𝑎𝑟1 𝑤2 − 𝑤3 ℎ2 − ℎ3
= =
𝑚𝑎𝑟2 𝑤3 − 𝑤1 ℎ3 − ℎ1

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Considerações Físicas da Insolação
Elevação do sol (a): é o ângulo que o raio
direto do sol faz com a horizontal de uma
superfície.
Azimute solar (AZ): é o ângulo que a
componente horizontal dos raios solares
faz com a linha N-S verdadeira.
Azimute solar de parede (n): é o ângulo
que a componente l dos raios solares faz
com a direção normal à parede (0°<n<90°)

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Considerações Físicas da Insolação
Latitude (L): é o deslocamento angula
acima ou abaixo do plano do equador,
medido a partir do centro da Terra.
Longitude (LG): é o deslocamento angular
contado obre a linha do equador entre o
meridiano de Greenwich e o meridiano do
local.
Declinação (d): é o deslocamento angular
do Sol em relação ao plano do equador. O
eixo de rotação da terra é inclinado 23,5°
em relação ao plano da sua própria
trajetória. Variando de -23,5°<d<23,5°

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Considerações Físicas da Insolação
Latitude (L): é o deslocamento angula
acima ou abaixo do plano do equador,
medido a partir do centro da Terra.
Longitude (LG): é o deslocamento angular
contado obre a linha do equador entre o
meridiano de Greenwich e o meridiano do
local.
Declinação (d): é o deslocamento angular
do Sol em relação ao plano do equador. O
eixo de rotação da terra é inclinado 23,5°
em relação ao plano da sua própria
trajetória. Variando de -23,5°<d<23,5°

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Considerações Físicas da Insolação
Determinação da elevação do Sol (a) para meio dia:
Onde: a’= elevação solar, L= latitude do local e d = declinação do sol.
Ex: local 22°30’

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Considerações Físicas da Insolação
Determinação da elevação do Sol (a) para qualquer horário:
𝑠𝑒𝑛 𝑎′ = 𝑠𝑒𝑛 𝑑 × 𝑠𝑒𝑛 𝐿 + cos 𝑑 × cos 𝐿 × cos ℎ
360
ℎ= × ℎ′
24
Onde: a’= elevação solar, L= latitude do local, d = declinação do sol e h’ = diferença de hora
depois de meio dia “em graus”.
Ex: local 22°30’ às 14h.

Determinação do azimute (AZ):


𝑠𝑒𝑛 ℎ
tan(𝐴𝑍) =
𝑠𝑒𝑛 𝐿 × cos ℎ − cos(𝐿) × tan(𝑑)

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Considerações Físicas da Insolação
Determinação da Intensidade da radiação direta “I” sobre a superfície:
Para uma superfície horizontal: 𝐼ℎ = 𝐼 × 𝑠𝑒𝑛 𝑎
Para uma superfície vertical: 𝐼𝑣 = 𝐼 × cos(𝑎) × cos(𝑛)

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Considerações Físicas da Insolação
Determinação da Intensidade da radiação direta “I” sobre a superfície:
𝑤
Para uma superfície horizontal: 𝐼ℎ = 𝐼 × 𝑠𝑒𝑛 𝑎 [ ]
𝑚2
𝑤
Para uma superfície vertical: 𝐼𝑣 = 𝐼 × cos(𝑎) × cos(𝑛)[ ]
𝑚2

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