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LEITURA DO TEXTO

1. Como a perdiz era um símbolo da corrupção dos juízes, chamar ao Corregedor


“amador de perdiz” é chamar-lhe corrupto.
2. A altivez do Corregedor aproxima-o do Fidalgo.
3. É a língua usada nas leis.
3.1 O Diabo está a ridicularizar a linguagem jurídica, dando a entender que as leis são
só conversa e a sua aplicação é adulterada.
4. Revela que ele está habituado a mandar, a ter subalternos que fazem o trabalho
por ele.
5. O Diabo acusa-o de ter recebido subornos, mesmo das mãos dos judeus.
5.1 O réu desculpa-se com a mulher, responsabilizando-a pela aceitação das ofertas.
6.1 Estas palavras do Diabo alargam a crítica ao grupo social, na medida em que
mostram que o Inferno já está cheio de homens de leis.
6.2 Cenas do Fidalgo e do Frade.
7. Este julgamento em simultâneo é uma forma de mostrar a cumplicidade existente
entre a Justiça e os negócios dos poderosos.
8.1 Revela que não a levavam muito a sério, pois o Corregedor não confessava a
verdade e o Procurador só se confessaria em momentos de aperto.
8.2 Cenas do Fidalgo, do Frade, do Sapateiro e da Alcoviteira.
9. O Anjo reage com desdém e irritação à aproximação das duas personagens, de tal
forma que até lhes roga uma praga, atitude pouco própria do Anjo. Depois, muito
sumariamente, condena-os em nome da justiça divina que sobrepõe à justiça humana.
10. O Parvo corrobora a condenação, acusando-os de roubo, ou seja de se terem
indevidamente apropriado de coelhos e perdizes. No fundo, acusa-os de corrupção.
Também lhes dirige uma acusação semelhante à que dirigiu ao Judeu, de terem
profanado as igrejas, talvez para sublinhar a cumplicidade com os judeus porque estes
tinham dinheiro.
11. Mostra que se conheciam em vida.
12. Ironia − “Dai cá a mão!”, “gentil cárrega trazês”, “Ora, pois, entrai. Veremos que
diz i nesse papel...”, “Que serês bom remador”, “Ora estás bem aviado”. eufemismo
– “lago dos cães”, “terra dos danados”.

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