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UNIVERSIDADE PAULISTA-UNIP

Nome: Bruna Costa Barros Vital

Sala: A102

Professor: Herysson Gustavo

Disciplina: Educação física adaptada

A educação física e o esporte adaptado:


Só no Brasil, 24% da população possui algum tipo de deficiência. A
inclusão nas atividades rotineiras e principalmente nos esportes é
muito importante para uma boa qualidade de vida. Portanto, há
uma forma correta de fazer essa inclusão, começando por saber o
que de fato é inclusão. A inclusão é uma incorporação total em um
ambiente que necessariamente sofreu mudanças importantes para
receber e respeitar as características de todos. Sabendo disso, já
pode-se aplicar as medidas necessárias.

No ano de 1900 a educação física adaptada era basicamente uma


médica, com objetivos preventivos ou corretivos. 50 anos depois,
em 1950, a American Association for Health, Physical Education,
Recreation and Dance (AAHPERD), utilizou o termo “educação
física adaptada” em um programa de jogos e dança para
estudantes com deficiência.

O primeiro evento esportivo para pessoas com deficiência foi


realizado em Paris, no ano de 1924, para pessoas com deficiência
auditiva; era chamado de “jogos do silêncio”. Apesar disso, só se
deu a devida importância logo após a segunda guerra mundial
,onde voltaram muitos soldados feridos. Assim surgiu o Centro
Nacional de Lesados Medulares do Hospital de Stoke Mandeville,
em Aylesbury, Inglaterra, que utilizava a atividade física para
reabilitação dos soldados mutilados.

No ano de 1958, no Brasil, criou-se duas instituições do esporte


adaptado para pessoas com deficiência: O Clube dos Paraplégicos
de São Paulo (CPSP), foi criado pelo sr. Sérgio Del Grande, e no
Rio de Janeiro, o Clube do Otimismo surge idealizado pelo sr.
Robson Sampaio.

Em 1960 realizou-se a primeira paraolimpíada, na cidade de Roma,


logo após às olimpíadas e segue essa ordem até os dias de hoje.
Os Jogos Paralímpicos de Inverno ocorrem desde 1976, também
após o término dos Jogos Olímpicos de Inverno. Nos jogos
paraolímpicos estão as pessoas com deficiência físico-motora,
intelectual e visual. Atletas com deficiência auditiva participam de
outro evento, chamado “ Surdolimpíadas”, com mais de 20
modalidades.

Atualmente há 22 modalidades dos Jogos Paralímpicos de Verão,


como por exemplo o atletismo.

No atletismo participam as pessoas com deficiência visual,


intelectual e física. As provas dividem-se em campo, pista e rua.

-As provas de campo são para: : lançamento de disco e club,


lançamento de dardo, arremesso de peso, salto em altura, salto em
distância e salto triplo.

-As provas de pista: corridas de 100 m, 200 m, 400 m, 800 m,


1.500 m, 5.000 m e 10.000 m, além de revezamento 4 x 100 m e 4
x 400 m.

-As provas de rua: meia maratona (21 km) e maratona (42 km).

A classificação funcional é feita por uma letra que representa o tipo


de prova e um número em dezena, no qual o primeiro número
classifica qual a deficiência e o segundo o grau da deficiência. Por
exemplo: T12, que representa um atleta da modalidade de pista,
com deficiência visual grau 2. O atleta, dependendo do grau de sua
deficiência visual, pode ter um atleta-guia ou apoio. O atleta-guia
participa junto do atleta, preso à uma cordinha no punho para
orientar. O orientador, dá o apoio verbalmente para que o atleta se
guie na pista.

No basquete, participam esportistas com deficiência físico-motora.


As dimensões são exatamente iguais às do basquete olímpico,
como o tamanho da quadra, altura da cesta, a divisão dos quartos
de jogo e o número de jogadores. A principal diferença nas regras
é que, a cada dois toques na cadeira, o jogador deve quicar,
arremessar ou passar a bola, podendo repetir esse processo
quantas vezes quiser.

Na bocha, participam atletas com deficiência físico-motora severa.


Os arremessos são feitos sentados em uma cadeira de rodas como
as mãos, pés ou com auxílio de algum objeto. Os atletas mais
limitados podem ter um ajudante. As provas podem ser individuais,
em duplas ou em equipes; o objetivo do jogo é arremessar o maior
número de bolas coloridas próximo a uma bola branca.

No ciclismo, participam indivíduos com deficiências visual e


físico-motora. As provas podem ser pistas ou estradas. De acordo
com a deficiência do atleta, ele pode optar por modelos de
bicicletas diferentes: convencionais, handbikes, triciclos ou
tandens.

Na esgrima em cadeira de rodas, os atletas que participam têm


deficiência físico-motora. As provas podem ser individuais ou em
equipe. Há três modalidades: florete, o sabre e a espada. A cadeira
de rodas é fixada em um equipamento denominado fixador de
cadeira de rodas, feito de fibra de carbono.

No futebol de 5, só os atletas com deficiência visual classificada


B1 podem participar, que são os que não enxergam absolutamente
nada ou tem apenas percepção de luz. O único jogador que deve
enxergar é o goleiro, no qual não pode ter participado de jogos
oficiais nos últimos cinco anos. As dimensões da quadra são as
mesmas do futsal, podendo ser piso de cimento, madeira, grama
natural ou sintética, ou ainda borracha sintética. São utilizadas
bandas laterais (sobre as linhas laterais) com altura de 1 a 1,50 m,
para evitar que a bola saia da quadra com muita frequência.
Apenas a área do goleiro é um pouco reduzida em relação ao futsal
convencional. As partidas são disputadas em 2 tempos de 25
minutos com intervalo de 10 minutos entre eles. A bola utilizada
tem guizos internos para que emita sons e os atletas possam
localizá-la. A torcida presente no jogo não pode se manifestar para
que os jogadores possam ouvir os guizos da bola, mas, na hora do
gol, a torcida está liberada para comemoração.

No futebol de sete, participam os atletas com paralisia cerebral.


As regras são basicamente as mesmas do futebol convencional,
mas não existe impedimento e a cobrança lateral pode ser feita
apenas com uma das mãos. A disputa ocorre em dois tempos de
30 minutos, com um intervalo de 10 minutos entre eles. Para
garantir a participação de atletas de diversas classes, durante a
partida, obrigatoriamente deve haver, pelo menos, um atleta da
classe C5 ou C6 e, no máximo, um da C8.

O Goalball, foi uma modalidade que não foi adaptada, mas criada
para as pessoas com deficiência visual. Todas as classes de
atletas podem participar, mas para que haja igualdade durante o
jogo, os atletas usam vendas e óculos de proteção. O goalball é
uma modalidade baseada em confronto, realizada pelos
lançamentos de uma bola, com o objetivo de acertar o gol
adversário. Jogam duas equipes, compostas de 3 jogadores cada.
A partida ocorre em dois tempos de 12 minutos, com um intervalo
de 3 minutos entre eles. A quadra tem as mesmas dimensões de
uma quadra de vôlei e a bola oficial assemelha-se à de basquete
em tamanho, tendo 1,250 kg, o que favorece que durante os
lançamentos ela se mantenha rasteira e seja ouvida melhor. Por
conta do peso da bola e do forte impacto, os atletas utilizam
protetores de seios (mulheres) e de genitais (homens), além de
cotoveleiras, joelheiras e óculos.

No halterofilismo, participam os atletas com deficiência


físico-motora. Os atletas são divididos apenas por categoria de
peso, sendo dez categorias no masculino e dez no feminino. Na
modalidade paraolímpica, é apenas realizada a prova de supino,
tendo três tentativas para cada atleta.
No hipismo, participam atletas com deficiência físico-motora ou
visual. Os deficientes visuais são distribuídos como graus III ou IV,
de acordo com o nível de deficiência, e são auxiliados por um guia
que passa as informações necessárias para a orientação. A prova
pode ser feita individual ou por equipes.

No judô, participam os atletas com deficiência visual. As regras


utilizadas são praticamente as mesmas do esporte olímpico, com
algumas adaptações: a luta é iniciada já com o atleta tocando o
quimono do oponente e, toda vez que este contato for perdido, ela
será reiniciada.

Na natação, participam atletas com deficiência físico-motora, visual


e intelectual. As principais adaptações desta modalidade são
realizadas nas largadas, viradas e chegadas, além de algumas
permissões diferenciadas por classe, nos estilos dos nados. Para
os atletas cegos, é permitido o auxílio do tapper, que é o toque na
cabeça, no ombro ou nas costas, indicando que ele está próximo
às bordas da piscina e deve realizar a virada ou a chegada.

Na paracanoagem, participam os atletas com deficiência


físico-motora. É uma modalidade nova em Paralimpíadas que
conta com provas de velocidade de 200 m e 500 m.

No remo, participam os atletas com deficiência físico-motora e


visual. De acordo com a classificação da deficiência, o atleta
recebe um barco específico.

No Rugby em cadeira de rodas, participam atletas com lesão


medular alta ou com lesões semelhantes nos quatro membros. Os
indivíduos de classes mais baixas (0,5 a 1,5) atuam na defesa,
enquanto os de classes mais altas (2 a 3,5) executam o ataque. A
quadra tem as mesmas dimensões da de basquete, e a bola
utilizada é muito semelhante àquela do voleibol.O jogo é realizado
em quatro tempos de 8 minutos, há dois intervalos de 2 minutos,
além de um período de 5 minutos exatamente na metade do jogo.
Não há divisão de categorias femininas e masculinas, portanto
podem estar juntos em quadra.

No tênis de mesa, participam atletas com deficiência físico-motora


e intelectual. As regras são basicamente as mesmas do esporte
olímpico, com algumas adaptações no saque de atletas de
determinadas classes. As competições podem ser com jogos
individuais, em duplas ou em equipes.

No tênis em cadeira de rodas, participam atletas com deficiência


físico-motora. As medidas da quadra, a raquete, a bola e as
pontuações do jogo paralímpico são idênticas às do jogo olímpico.
A principal diferença está na mobilidade, por isso são permitidos
dois quiques da bola na quadra, em vez de um.

No tiro com arco, participam atletas com deficiência físico-motora.


O objetivo do jogo é acertar a flecha no alvo.

No tiro esportivo, participam atletas com deficiência físico-motora,


competindo sentados ou em pé. A prática é muito difundida entre
policiais feridos em combate, como ferramenta no processo de
reabilitação.

No triatlo, participam atletas com deficiência físico-motora e visual.


Esta modalidade tem as provas de 750 m de natação, 20 km de
ciclismo e 5 km de corrida.

Na vela, participam atletas com deficiência físico-motora e visual,


sem distinção de gênero. Na classe 2,4 mR apenas um atleta
participa, na SKUD18 disputam dois esportistas, sendo: uma
mulher e um homem, que devem somar até 9 pontos juntos. Na
classe Sonar participam três atletas que devem somar 14 pontos.
No voleibol sentado, Participam atletas com deficiência
físico-motora. A quadra mede 10 m x 6 m, com a rede a 1,05 m na
disputa feminina e a 1,15 m no jogo masculino. A linha de ataque
fica a 2 m. A pontuação e os sets funcionam da mesma maneira
que o voleibol convencional.

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