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Português p/ TJ-PE Aula EXTRA I
Lista de Questões IBFC Profª Rafaela Freitas
AULA EXTRA I
Questões IBFC comentadas
SUMÁRIO
Questões comentadas......................................................................................02
Lista de questões sem comentários....................................................................27
Gabarito.........................................................................................................41
Dentro de nós há uma coisa que não tem nome, essa coisa é o que somos.
José Saramago
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Comentário: questão bastante rasa que aborda o novo acordo ortográfico sem
citar as reais mudanças.
Vejamos cada afirmativa:
(F ) a palavra "preventivas" passa a ter acento circunflexo
Não há nenhuma justificativa no novo acordo (nem antes dele) sobre a
possibilidade de acento em "preventivas".
(V) a palavra "indesejável" mantém o acento agudo
A palavra "indesejável" continua sendo acentuada por ser paroxítina terminada
em “l”.
(V) a palavra "caráter" mantém o acento agudo
A palavra "caráter" continua sendo acentuada por ser paroxítina terminada em
“r”.
(F) a palavra "negócios" perde o acento agudo
A paroxítona terminada em ditongo continua acentuada.
Gabarito: A
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"Minha irmã se casou; nossa mãe não quis festa. A gente imaginava
nele, quando se comia uma comida mais gostosa; assim como, no
gasalhado da noite, no desamparo dessas noites de muita chuva, fria, forte,
nosso pai só com a mão e uma cabaça para ir esvaziando a canoa da água
do temporal. Às vezes, algum conhecido nosso achava que eu ia ficando
mais parecido com nosso pai."
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Minhas maturidade
Circunspecção, siso, prudência.
Mário Prata
É o que o homem pensa durante anos, enquanto envelhece. Já está perto dos 50
e a pergunta ainda martela. Um dia ele vai amadurecer.
Quando um homem descobre que não é necessário escovar os dentes com
tanta rapidez, tenha certeza, ele virou um homem maduro. Só sendo mesmo muito
imaturo para escovar os dentes com tanta pressa.
E o amarrar do sapato pode ser mais tranqüilo, arrumando-se uma posição
menos incômoda, acertando as pontas.
(...)
Não sente culpa de nada. Mas, se sente, sofre como nunca. Mas já é capaz de
assistir à sessão da tarde sem a culpa a lhe desviar a atenção.
E um homem mais bonito, não resta a menor dúvida. Homem maduro não
bebe, vai à praia.
Não malha: a malhação denota toda a imaturidade de quem a faz. Curtir o
corpo é ligeiramente imaturo.
(...)
Sorri tranqüilo quando pensa que a pressa é coisa daqueles imaturos.
O homem maduro gosta de mulheres imaturas. Fazer o quê?
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Muda muito de opinião. Essa coisa de ter sempre a mesma pinião, ele já foi
assim.
(...)
Se ninguém segurar, é capaz do homem maduro ficar com mania de apagar as
luzes da casa.
O homem maduro faz palavras cruzadas!
Se você observar bem, ele começa a implicar com horários.
A maturidade faz com que ele não possa mais fazer algumas coisas. Se pega
pensando: sou um homem maduro. Um homem maduro não pode fazer isso.
O homem maduro começa, pouco a pouco, a se irritar com as pessoas imaturas.
Depois de um tempo, percebe que está começando é a sentir inveja dos
imaturos.
Será que os imaturos são mais felizes?, pensa, enquanto começa a escovar os
dentes depressa, mais depressa, mais depressa ainda.
O homem maduro é de uma imaturidade a toda prova. Meu Deus, o que será
de nós, os maduros?
PRATA, Mário. Minhas tudo. Rio de Janeiro: Editora Objetiva Ltda, 2001, pág. 99.
Comentário:
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Comentário:
A afirmativa correta para essa questão é a letra A, pois segundo o trecho: “É o
que o homem pensa durante anos, enquanto envelhece. Já está perto dos 50 e a
pergunta ainda martela. Um dia ele vai amadurecer”, o homem vai envelhecendo,
mas continua pensando que um dia vai amadurecer, o que nos leva a entender que
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Comentário:
Há realmente a falta de concordância no título, mas isso ocorre por escolha do
autor, o que torna a alternativa A incorreta.
Ao empregar o pronome possessivo de primeira pessoa “minha”, o autor se
inclui no assunto do texto.
Não há personagens no texto, portanto a letra C está incorreta.
A letra D é o gabarito para essa questão, uma vez que a escolha do título com
o pronome no plural sugere que o narrador se identifica com os leitores que estão
passando pela mesma situação descrita no texto.
Gabarito: D
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Comentário:
Há na citação acima um paradoxo, que é o emprego de palavras opostas
relativas a um mesmo referente.
Gabarito: C
Comentário:
Há ideias opostas na alternativa B, em que o termo “pressa”, que sugere
ideia de movimentação intensa, é o oposto de tranquilo.
Gabarito: B
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c) Transforma
d) Corrige
Comentário:
O termo “denota” equivale, no contexto, a ‘demonstra’, “expressa”,
conforme consta na letra A.
Gabarito: A
Comentário:
Na alternativa D, o termo “tranqüilo” apresenta erro, pois segundo o novo
acordo ortográfico, não existe mais trema nas palavras da língua portuguesa.
Gabarito: D
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Comentário:
O sujeito da frase citada está implícito, oculto, conforme consta na letra B.
Gabarito: B
Comentário:
Na frase: “Meu Deus, o que será de nós, os maduros.”, o chamamento
“Meu Deus” é um vocativo.
Gabarito: C
Comentário:
As três palavras que compõem o subtítulo são sinônimas umas das outras.
Gabarito: A
O caçador de palavras
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[...] Foi quando vi, no canto do balcão, ajudando a apoiar uma lata, um livro
grosso. Fui até ele. Peguei. Era bem pesado.
Saí do saguão, onde só entrava a luz do luar, e fui ao banheiro. Acendi a luz.
No hall de entrada que levava aos dois toaletes, havia um sofazinho velho. Sentei, e
abri o livro. Era um dicionário com a origem e os significados das palavras. No
primeiro instante, pensei:
- Bem que eu preferia um livro policial.
Puro engano. Só para me distrair, comecei a folheá-lo. Pouco a pouco, fui sendo
envolvido pelo universo fascinante das palavras. Elas começaram a brilhar para mim
como estrelas no céu. Da mesma forma que todas as pessoas, sempre vivi cercado
por verbos, substantivos, adjetivos. Com eles, dei forma a sentimentos, expressei
vontades, descobri risos, comuniquei emoções. Mas, assim como não se pensa
conscientemente nos dedos cada vez que se pega um garfo, também não me detinha
nas palavras. Elas faziam parte de mim como os olhos, os cabelos e as unhas. Eram
tão enredadas no cotidiano como o elevador do prédio, o ónibus, o cartão de ponto.
Apesar de fluírem através da vida com tanta facilidade quanto o ar que respirava, as
palavras eram um instrumento que eu usava mecanicamente.
De repente, tudo mudou.
Naquela noite, descobri que as palavras guardam histórias. Percorrem os
tempos, registrando emoções, atravessam vidas. Entendi, pela primeira vez, o
fascínio dos poetas ao brincar com elas, criando versos e rimas que trazem os sons
das marés, a cadência dos sentimentos, o colorido das primaveras. A paixão de quem
faz letras de música, sonoras por si sós, onde as palavras remetem umas às outras,
dançam entre si. Senti o encanto dos escritores que as usam para criar mundos e
vidas, como se fossem bilhetes para viagens fulgurantes. E, então, eu também me
apaixonei, porque descobri, mais do que tudo, o quanto as palavras são vivas.
(...)
Descobri que as palavras ganham e perdem significados, como se fossem
pedaços de argila modeláveis com a história de cada povo. Alguém hoje fala em
camisinha para dizer que a camisa está pequena? Mais que isso: outdoors,
panfletos, livros falam abertamente na importância de preservativos. No entanto,
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houve época em que a simples menção da camisa de vênus – nome dado por nossos
avós à camisinha – era motivo de escândalo, principalmente diante de uma dama.
Quantos duelos terão sido travados por isso?
Aquela noite mudou minha forma de ser. Passei horas lendo o dicionário, e
quando amanheceu eu estava absolutamente encantado. Entrou um servente com
um balde. Ele me olhou espantado: jamais esperaria encontrar alguém lendo de
madrugada, na porta do banheiro, dentro do cinema. Aproveitei sua surpresa para
me levantar e sair sem dar maiores explicações.
Levei o dicionário comigo. Como um livro tão fascinante podia estar sendo
usado como apoio para uma reles lata de biscoitos? [...] Finalmente, podia escrever
nas páginas em branco da minha vida. Eu tinha me apaixonado pelas palavras.
(CARRASCO, Walcyr. O caçador de palavras. São Paulo: Atira, 1993.)
Comentário:
No trecho “E, então, eu tamém me apaixonei, porque descobri, mais do
que tudo, o quanto as palavras são vivas. (...) Descobri que as palavras
ganham e perdem significados”, notamos que o narrador declara ter se
apaixonado pelas palavras porque elas são vivas já que ganham e perdem
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Comentário:
Analisando cada alternativa e destacando o termo ou expressão que pode
representar linguagem figurada, temos:
A - "Elas começaram a brilhar para mim como estrelas no céu." (4°§) – o
autor utilizou aqui de uma comparação.
B - "onde as palavras remetem umas às outras, dançam entre si." (6º§) –
aqui há metáfora.
C -"jamais esperaria encontrar alguém lendo de madrugada,"(8º§) – gabarito –
aqui foi utilizada linguagem literal.
D - "Finalmente, podia escrever nas páginas em branco da minha vida." – aqui
também há metáfora.
Gabarito: C
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Comentário:
No contexto apresentado, o termo “enredadas”, que denotativamente
significa emaranhadas, presas em rede, tem como sentido o indicado na letra
B: envolvidas.
Gabarito: B
Comentário:
As três últimas frases do primeiro parágrafo são: “Fui até ele. Peguei. Era
bem pesado.”
Sobre elas não é correto afirmar que apresentam o mesmo sujeito, como
consta na letra D, pois, na primeira e na segunda, temos como sujeito ‘eu’
(referindo-se ao narrador) e na terceira temos como sujeito ‘ele’ (referindo-se
ao livro),.
A letra A está correta, já que as três podem ser classificadas como
absolutas porque sozinhas cada uma forma uma frase, tem sentido completo.
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Comentário:
A condição essencial para que ocorra a crase é a de que haja um termo
regendo preposição a e que, em sequência, haja um substantivo feminino que
esteja determinado por artigo. Na frase em questão, não ocorre crase porque
o termo que segue a preposição está no masculino. Ele também está no plural,
mas essa não é condição essencial, já que poderia ocorrer crase se tal termo
fosse um substantivo feminino plural, como em ‘deu forma às palavras ditas’,
por exemplo.
Gabarito: A
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Comentário:
A expressão destacada, nesse contexto, tem como referência um fato
ocorrido em uma noite em determinado momento no passado, apontando,
portanto, um fato já ocorrido, conforme consta na letra A.
Não é possível tratar-se de uma indicação de fato simultâneo à narração,
ou seja, de um fato presente, porque a expressão “Aquela” no discurso, retoma
algo acontecido em uma passado distante. Para o tempo atual, o pronome
utilizado seria esta.
Gabarito: A
Comentário:
Os pronomes “me” e “-lo” referem-se a pessoas do discurso e referentes
pronominais diferentes (primeira e terceira pessoas do singular, narrador e
livro, respectivamente), mas possuem a mesma função sintática, ambos
funcionam como complementos verbais.
Gabarito: D
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para uma reles lata de biscoitos?" (Parág. 9), o autor explora a oposição
entre o livro e a função que lhe fora atribuída. Essa oposição é evidenciada
pela seguinte classe gramatical:
a) advérbio
b) substantivo
c) adjetivo
d) artigo
Comentário:
Tal oposição é percebida pelo emprego do adjetivo “fascinante”, que,
acompanhado do intensificador “tão”, coloca o livro em uma posição superior
à função que lhe foi conferida no contexto, o que configura uma oposição entre
o livro e a sua função.
Gabarito: C
Comentário:
No trecho “Entrou um servente com um balde. Ele me olhou espantado:
jamais esperaria encontrar alguém lendo de madrugada, na porta do banheiro,
dentro do cinema. Aproveitei sua surpresa para me levantar e sair",
observamos que quem ficou surpreso foi o servente.
Gabarito: B
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Comentário:
A expressão “No entanto” é uma locução conjuntiva que, nesse contexto,
encerra ideia de oposição, ou seja, na atualidade fala-se abertamente sobre
camisinha, mas (no entanto, todavia) houve época em que não se podia tocar
no assunto sem que houvesse constrangimento.
Gabarito: D
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Segurança no Trabalho.
c) Compete ao Médico e ao Engenheiro do Trabalho prestar auxílio à
funcionários da empresa.
d) À Segurança do Trabalhador é responsabilidade da empresa, mas
também do próprio funcionário.
"Minha irmã se casou; nossa mãe não quis festa. A gente imaginava
nele, quando se comia uma comida mais gostosa; assim como, no
gasalhado da noite, no desamparo dessas noites de muita chuva, fria, forte,
nosso pai só com a mão e uma cabaça para ir esvaziando a canoa da água
do temporal. Às vezes, algum conhecido nosso achava que eu ia ficando
mais parecido com nosso pai."
a) Modo – tempo – comparação
b) Comparação – modo – tempo
c) Tempo – comparação – tempo
d) Comparação – tempo – comparação
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Minhas maturidade
Circunspecção, siso, prudência.
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Mário Prata
É o que o homem pensa durante anos, enquanto envelhece. Já está perto dos 50
e a pergunta ainda martela. Um dia ele vai amadurecer.
Quando um homem descobre que não é necessário escovar os dentes com
tanta rapidez, tenha certeza, ele virou um homem maduro. Só sendo mesmo muito
imaturo para escovar os dentes com tanta pressa.
E o amarrar do sapato pode ser mais tranqüilo, arrumando-se uma posição
menos incômoda, acertando as pontas.
(...)
Não sente culpa de nada. Mas, se sente, sofre como nunca. Mas já é capaz de
assistir à sessão da tarde sem a culpa a lhe desviar a atenção.
E um homem mais bonito, não resta a menor dúvida. Homem maduro não
bebe, vai à praia.
Não malha: a malhação denota toda a imaturidade de quem a faz. Curtir o
corpo é ligeiramente imaturo.
(...)
Sorri tranqüilo quando pensa que a pressa é coisa daqueles imaturos.
O homem maduro gosta de mulheres imaturas. Fazer o quê?
Muda muito de opinião. Essa coisa de ter sempre a mesma pinião, ele já foi
assim.
(...)
Se ninguém segurar, é capaz do homem maduro ficar com mania de apagar as
luzes da casa.
O homem maduro faz palavras cruzadas!
Se você observar bem, ele começa a implicar com horários.
A maturidade faz com que ele não possa mais fazer algumas coisas. Se pega
pensando: sou um homem maduro. Um homem maduro não pode fazer isso.
O homem maduro começa, pouco a pouco, a se irritar com as pessoas imaturas.
Depois de um tempo, percebe que está começando é a sentir inveja dos
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imaturos.
Será que os imaturos são mais felizes?, pensa, enquanto começa a escovar os
dentes depressa, mais depressa, mais depressa ainda.
O homem maduro é de uma imaturidade a toda prova. Meu Deus, o que será
de nós, os maduros?
PRATA, Mário. Minhas tudo. Rio de Janeiro: Editora Objetiva Ltda, 2001, pág. 99.
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d) Aposto
O caçador de palavras
[...] Foi quando vi, no canto do balcão, ajudando a apoiar uma lata, um livro
grosso. Fui até ele. Peguei. Era bem pesado.
Saí do saguão, onde só entrava a luz do luar, e fui ao banheiro. Acendi a luz.
No hall de entrada que levava aos dois toaletes, havia um sofazinho velho. Sentei, e
abri o livro. Era um dicionário com a origem e os significados das palavras. No
primeiro instante, pensei:
- Bem que eu preferia um livro policial.
Puro engano. Só para me distrair, comecei a folheá-lo. Pouco a pouco, fui sendo
envolvido pelo universo fascinante das palavras. Elas começaram a brilhar para mim
como estrelas no céu. Da mesma forma que todas as pessoas, sempre vivi cercado
por verbos, substantivos, adjetivos. Com eles, dei forma a sentimentos, expressei
vontades, descobri risos, comuniquei emoções. Mas, assim como não se pensa
conscientemente nos dedos cada vez que se pega um garfo, também não me detinha
nas palavras. Elas faziam parte de mim como os olhos, os cabelos e as unhas. Eram
tão enredadas no cotidiano como o elevador do prédio, o ónibus, o cartão de ponto.
Apesar de fluírem através da vida com tanta facilidade quanto o ar que respirava, as
palavras eram um instrumento que eu usava mecanicamente.
De repente, tudo mudou.
Naquela noite, descobri que as palavras guardam histórias. Percorrem os
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1. D 11. C 21. B
2. A 12. A 22. C
3. D 13. D 23. B
4. B 14. C 24. D
5. C 15. B 25. A
6. ANULADA 16. A 26. A
7. A 17. D 27. D
8. C 18. B 28. C
9. B 19. C 29. B
10. A 20. A 30. D
Caros alunos, foi um prazer estar com vocês em mais uma aula!
Até a próxima com mais uma “bateria” de questões da IBFC!!
Abraço,
Rafaela Freitas
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