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ESCOLA POLITÉCNICA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

Departamento de Engenharia de Minas e de Petróleo

CARACTERIZAÇÃO TECNOLÓGICA DE
MATÉRIAS PRIMAS MINERAIS

AMOSTRAGEM E PREPARAÇÃO DE AMOSTRAS

Prof. Dr. Henrique Kahn


Prof. Dra. Carina Ulsen

CARACTERIZAÇÃO TECNOLÓGICA – AMOSTRAGEM E PREPARAÇÃO DE AMOSTRAS


AMOSTRAGEM – O QUE SE PENSA

▪ Não é uma etapa importante, pois o material é homogêneo


(principalmente materiais de construção: cimento, agregados)

▪ É muito trabalhosa e não há tempo de fazer no meu plano


experimental. Alguém estuda depois.

▪ É difícil determinar o erro e, como é desconhecido, melhor ignorar.


▪ Não é minha responsabilidade, pois só faço os ensaios de
caracterização.

▪ Eu repeti o ensaio na mesma amostra e o erro no resultado do


ensaio é pequeno.

Allen (2003); Petersen (2005)

CARACTERIZAÇÃO TECNOLÓGICA – AMOSTRAGEM E PREPARAÇÃO DE AMOSTRAS


AMOSTRAGEM – OS FATOS

Os erros de amostragem são


10 a 1000 vezes maior
que os erros analíticos
Petersen (2005)

Petersen et al. Representative sampling for reliable data analysis: Theory of Sampling.
Chemometrics and Intelligent Laboratory Systems 77 (2005) 261– 277

CARACTERIZAÇÃO TECNOLÓGICA – AMOSTRAGEM E PREPARAÇÃO DE AMOSTRAS


Como obter uma amostra que represente meu universo?

CARACTERIZAÇÃO TECNOLÓGICA – AMOSTRAGEM E PREPARAÇÃO DE AMOSTRAS


Como obter uma amostra que represente meu universo?

CARACTERIZAÇÃO TECNOLÓGICA – AMOSTRAGEM E PREPARAÇÃO DE AMOSTRAS


Como obter uma amostra que represente meu universo?

Material homogêneo

Heterogeneidade:
tamanho e composição

FINOS

GROSSOS

Pilha de material particulado

CARACTERIZAÇÃO TECNOLÓGICA – AMOSTRAGEM E PREPARAÇÃO DE AMOSTRAS


AMOSTRAGEM - ERROS
Amostragem de materiais heterogêneos é um
processo de seleção ao acaso, e, portanto, contém
um erro intrínseco advindo da heterogeneidade do
universo amostrado.

1
1

2 2
3

3
Material homogêneo Heterogeneidade de tamanho e composição

CARACTERIZAÇÃO TECNOLÓGICA – AMOSTRAGEM E PREPARAÇÃO DE AMOSTRAS


AMOSTRAGEM

Ato ou processo de seleção de amostras para


ser analisada como representativa de um
todo. Inclui as etapas de coleta, manuseio,
preparação e determinação dos parâmetros
de interesse

"An analysis is no better than the sample that it represents"


(Johnson and Maxwell, em Rock and Mineral Analysis, 1981, vol 27)

CARACTERIZAÇÃO TECNOLÓGICA – AMOSTRAGEM E PREPARAÇÃO DE AMOSTRAS


AMOSTRAGEM - OBJETIVOS

Obtenção de um incremento discreto


que represente, o melhor possível, um
universo heterogêneo, normalmente
com variações contínuas de suas
propriedades

CARACTERIZAÇÃO TECNOLÓGICA – AMOSTRAGEM E PREPARAÇÃO DE AMOSTRAS


AMOSTRAGEM
Universo: fonte total dos dados ou parâmetros de
interesse para o programa de amostragem
Amostra: unidade de amostragem, parte distinta do
universo, indivisível em unidades elementares, sobre
a qual são feitas as medidas dos parâmetros do
universo
População: conjunto de medidas de um dado
parâmetro ou atributo obtidas em todas as unidades
amostradas, ou unidades que foram selecionadas do
universo de interesse

CARACTERIZAÇÃO TECNOLÓGICA – AMOSTRAGEM E PREPARAÇÃO DE AMOSTRAS


PLANEJAMENTO DA AMOSTRAGEM

• Clara definição dos objetivos da investigação

• Definição da população a ser amostrada

• Determinação de atributos a serem determinados

• Escolha da unidade de amostragem, método de


medida e tamanho da amostra

• Controle de qualidade e avaliação dos resultados

CARACTERIZAÇÃO TECNOLÓGICA – AMOSTRAGEM E PREPARAÇÃO DE AMOSTRAS


MÉTODOS DE AMOSTRAGEM

Amostragem aleatória
incrementos coletados sem padrão regular

Amostragem sistemática
incrementos coletados a intervalos regulares, previamente
estabelecidos

Amostragem estratificada
amostragem de populações com características distintas
(estratos):
▪ aleatória
▪ sistemática

CARACTERIZAÇÃO TECNOLÓGICA – AMOSTRAGEM E PREPARAÇÃO DE AMOSTRAS


AMOSTRAGEM ALEATÓRIA
incrementos coletados . .. . . .
Pontos: .
sem padrão regular . . .
. . . . . .
. . . . . . .

Linhas:

Área:

CARACTERIZAÇÃO TECNOLÓGICA – AMOSTRAGEM E PREPARAÇÃO DE AMOSTRAS


AMOSTRAGEM SISTEMÁTICA
incrementos coletados a . . . . . . . . . . . . . . . . .
intervalos regulares, Pontos:
previamente estabelecidos . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . .

Linhas:

Área:

CARACTERIZAÇÃO TECNOLÓGICA – AMOSTRAGEM E PREPARAÇÃO DE AMOSTRAS


AMOSTRAGEM ESTRATIFICADA
populações com características distintas (estratos)

. . . . . ... . . . . . . . . .. . .

SISTEMÁTICA
ALEATÓRIA

.. . .. . Pontos
. . . . . . . . . . .
. . . . . ... . . . . . .
. . . .. . .. . . . . . . . . . .
. . . .. . . . .. .. . . . . . . . . . . . .

Linhas

Área

CARACTERIZAÇÃO TECNOLÓGICA – AMOSTRAGEM E PREPARAÇÃO DE AMOSTRAS


AMOSTRAGEM EM LABORATÓRIO
(SUB-AMOSTRAGEM)

Retirada de uma porção da amostra primária,


através de etapas de preparação, evolvendo:

• Redução de tamanho
• Homogeneização e fracionamento
• Obtenção de amostra final

 massa e granulometria adequadas para a


realização de ensaios e/ou análises

CARACTERIZAÇÃO TECNOLÓGICA – AMOSTRAGEM E PREPARAÇÃO DE AMOSTRAS


“TAMANHO” DA AMOSTRA
Condicionantes principais:
massa X granulação REPRESENTATIVIDADE!!!

• Tabelamentos empíricos
• Teoria de Pierre Gy

centenas/milhares Para mesmo espaço amostral:


de partículas 1 partícula

dezena(s) de partículas
CARACTERIZAÇÃO TECNOLÓGICA – AMOSTRAGEM E PREPARAÇÃO DE AMOSTRAS
“TAMANHO” DA AMOSTRA

Determinação da massa mínima de amostra (kg) - Richards

CARACTERIZAÇÃO TECNOLÓGICA – AMOSTRAGEM E PREPARAÇÃO DE AMOSTRAS


AMOSTRAGEM DE MATERIAIS PARTICULADOS
TEORIA DE PIERRE GY

M = m.l.f.h.d3 / (Sa)2
M = massa em gramas
m = fator de composição mineralógica, em g/cm3;
l = fator liberação;
f = fator forma de partículas;
h = fator de distribuição de tamanho de partículas;
d = diâmetro da maior partícula, 90 a 95% passante (cm);
Sa = estimativa do erro total de amostragem, expresso
como desvio padrão

CARACTERIZAÇÃO TECNOLÓGICA – AMOSTRAGEM E PREPARAÇÃO DE AMOSTRAS


TEORIA DE PIERRE GY
M = m.l.f.h.d3 / (Sa)2
m, fator de composição mineralógica:
m = x.(100-x) 
m = x.(100-x).[(x/100).a + (100-x).b /100]
 = peso específico da amostra;
x = teor do mineral útil (%)

a = peso específico do mineral útil;


b = peso específico dom minerais de ganga.

CARACTERIZAÇÃO TECNOLÓGICA – AMOSTRAGEM E PREPARAÇÃO DE AMOSTRAS


TEORIA DE PIERRE GY
M = m.l.f.h.d3 / (Sa)2
l, fator de liberação mineral:

se d  dL  l = 1 ou

se d > dL  l =  dL/d
sendo que I  0,03;

d = diâmetro da maior partícula na amostra (cm)

dL = diâmetro de liberação do mineral útil (cm)

CARACTERIZAÇÃO TECNOLÓGICA – AMOSTRAGEM E PREPARAÇÃO DE AMOSTRAS


TEORIA DE PIERRE GY
M = m.l.f.h.d3 / (Sa)2

f, fator forma das partículas:


f = 1,0 (cubo perfeito);

f = 0,5 (  constante, valor prático adotado)

h, fator de distribuição de tamanho das partículas:


h = 0,25 material cominuído, sem remoção de finos;
h = 0,50 material com remoção de fração fina;
h = 1,00 todas as partículas com a mesma dimensão;

CARACTERIZAÇÃO TECNOLÓGICA – AMOSTRAGEM E PREPARAÇÃO DE AMOSTRAS


TEORIA DE PIERRE GY
M = m.f.h.l.d3 / (Sa)2
constantes

M = K.l.d3 / (Sa)2
Se: d  dL  l = 1

M = K d3/ (Sa)2  (Sa)2 =  d3

Se: d > dL  l =  dL/d

M = K  dL/d .d3/ (Sa)2  (Sa)2 =  d5/2

CARACTERIZAÇÃO TECNOLÓGICA – AMOSTRAGEM E PREPARAÇÃO DE AMOSTRAS


SUB-AMOSTRAGEM (GY)

massa inicial = 1t d = 50mm


1000000

100000
massa de amostra (g)

10000

1000

100

10

0,1

0,01 Sa = constante
0,001
0,01 0,1 1 10 100
Diâmetro de partículas (mm)
Lib. 25mm Lib. 2,5mm Lib. 0,2mm
CARACTERIZAÇÃO TECNOLÓGICA – AMOSTRAGEM E PREPARAÇÃO DE AMOSTRAS
SUB-AMOSTRAGEM (GY)

massa inicial = 100 kg d = 30mm liber.=2,5mm


100000
Sa = constante
10000
massa de amostra (g)

1000

100 Ensaios
10

1
A.Q
0.1

0.01

0.001
0.01 0.1 1 10 100

Diâmetro de partículas (mm)


CARACTERIZAÇÃO TECNOLÓGICA – AMOSTRAGEM E PREPARAÇÃO DE AMOSTRAS
PLANEJAMENTO DA AMOSTRAGEM EM LABORATÓRIO
(SUB-AMOSTRAGEM)

✓ Objetivos
✓ Granulação da amostra:
▪ representatividade de amostra
▪ massa mínima requerida para análise
✓ Procedimentos de preparação
✓ Fontes de erro
✓ Controle e aferição de qualidade

CARACTERIZAÇÃO TECNOLÓGICA – AMOSTRAGEM E PREPARAÇÃO DE AMOSTRAS


SUB-AMOSTRAGEM
PROCEDIMENTOS DE PREPARAÇÃO

✓ Redução de granulação da amostra:


▪ britagem: > 1/4” ou 6,3mm
▪ moagem: < 1/4” ou 6,3mm
▪ pulverização: < 0,1mm (análises químicas, etc).

✓ Redução da massa de amostra (amostradores):


▪ operações de homogeneização e sub-amostragem

CARACTERIZAÇÃO TECNOLÓGICA – AMOSTRAGEM E PREPARAÇÃO DE AMOSTRAS


AMOSTRAGEM SECUNDÁRIA
GRANULAÇÃO DA AMOSTRA

✓ Ensaios tecnológicos:
▪ textura e estrutura da amostra
▪ liberação do mineral útil
▪ natureza dos ensaios a serem realizados

✓ Determinação direta de parâmetros:


▪ representatividade de amostra
▪ massa mínima requerida para análise

CARACTERIZAÇÃO TECNOLÓGICA – AMOSTRAGEM E PREPARAÇÃO DE AMOSTRAS


GRANULAÇÃO DA AMOSTRA
ENSAIOS TECNOLÓGICOS

✓ Textura e estrutura da amostra:


▪ grau de coesão
▪ grau de alteração
▪ cristalinidade
▪ tamanho de grãos / partículas
▪ hábito cristalino
▪ associações minerais / intercrescimento

✓ Definição da granulação de cominuição


CARACTERIZAÇÃO TECNOLÓGICA – AMOSTRAGEM E PREPARAÇÃO DE AMOSTRAS
PROCEDIMENTOS DE PREPARAÇÃO
REDUÇÃO DE GRANULAÇÃO DA AMOSTRA (COMINUIÇÃO)
Britagem Moagem
forças de compressão ou impacto abrasão e arredondamento
• mandíbulas • Moinho de martelos
• Impacto • moinho de bolas (seco ou úmido)
carga de bolas de aço
• rolos
carga de bolas de porcelana
• cônico
carga de seixos
• moinho de barras
Moagem x Britagem
• faixa de tamanhos considerada
• mecanismos de redução envolvidos
Britagem  forças de compressão ou de impacto
Moagem  se restringem às frações mais finas e utilizam mecanismos de abrasão e
arredondamento (quebra de arestas)
CARACTERIZAÇÃO TECNOLÓGICA – AMOSTRAGEM E PREPARAÇÃO DE AMOSTRAS
BRITADOR DE MANDÍBULAS

15 cm

20 cm

Britador 2015

CARACTERIZAÇÃO TECNOLÓGICA – AMOSTRAGEM E PREPARAÇÃO DE AMOSTRAS


BRITADOR DE ROLOS

CARACTERIZAÇÃO TECNOLÓGICA – AMOSTRAGEM E PREPARAÇÃO DE AMOSTRAS


MOINHOS DE LABORATÓRIO

Acionador de moinhos (jarro) Jarro para carga de bolas ou barras


(aço ou porcelana)

CARACTERIZAÇÃO TECNOLÓGICA – AMOSTRAGEM E PREPARAÇÃO DE AMOSTRAS


MOINHOS DE LABORATÓRIO

bolas
barras

maior
geração
de finos

mecanismos de moagem
CARACTERIZAÇÃO TECNOLÓGICA – AMOSTRAGEM E PREPARAÇÃO DE AMOSTRAS
PROCEDIMENTOS DE PREPARAÇÃO
REDUÇÃO DE GRANULAÇÃO DA AMOSTRA

Pulverização (análises químicas, etc)


• Moinhos de disco
• Moinhos de bolas - planetários e vibratórios
• Moinhos oscilantes (panelas)
• Almofarizes (mecânico e manual)

Pulverização  redução tamanho partículas  aumento representatividade

CARACTERIZAÇÃO TECNOLÓGICA – AMOSTRAGEM E PREPARAÇÃO DE AMOSTRAS


MOINHOS DE DISCO

Discos horizontais

Forças de cisalhamento
Deformação do retículo cristalino
Cuidados na preparação de DRX

Discos verticais
CARACTERIZAÇÃO TECNOLÓGICA – AMOSTRAGEM E PREPARAÇÃO DE AMOSTRAS
MOINHO PLANETÁRIO (BOLAS)

CARACTERIZAÇÃO TECNOLÓGICA – AMOSTRAGEM E PREPARAÇÃO DE AMOSTRAS


MOINHOS OSCILANTES

Panelas para 30-100 g amostra

CARACTERIZAÇÃO TECNOLÓGICA – AMOSTRAGEM E PREPARAÇÃO DE AMOSTRAS


MOINHO OSCILANTES - MEIOS DE MOAGEM

Adequação do meio face aos elementos de interesse


CARACTERIZAÇÃO TECNOLÓGICA – AMOSTRAGEM E PREPARAÇÃO DE AMOSTRAS
PROCEDIMENTOS DE PREPARAÇÃO
REDUÇÃO DA MASSA DA AMOSTRA
Homogeneização
Amostradores:
• Pilha cônica
• Amostrador Jones
• Pilha alongada
• Amostradores rotativos
seco
polpa
CARACTERIZAÇÃO TECNOLÓGICA – AMOSTRAGEM E PREPARAÇÃO DE AMOSTRAS
HOMOGENEIZAÇÃO
 Segregação de partículas
Pilha de material particulado

FINOS

GROSSOS

Efeito da vibração sobre as partículas


CARACTERIZAÇÃO TECNOLÓGICA – AMOSTRAGEM E PREPARAÇÃO DE AMOSTRAS
AMOSTRAGEM POR PILHA CÔNICA

1 2

3 4
CARACTERIZAÇÃO TECNOLÓGICA – AMOSTRAGEM E PREPARAÇÃO DE AMOSTRAS
AMOSTRAGEM POR PILHA CÔNICA

Pilha cônica achatada Divisão de pilha cônica

CARACTERIZAÇÃO TECNOLÓGICA – AMOSTRAGEM E PREPARAÇÃO DE AMOSTRAS


AMOSTRADOR JONES

dmax. < A/6

CARACTERIZAÇÃO TECNOLÓGICA – AMOSTRAGEM E PREPARAÇÃO DE AMOSTRAS


AMOSTRADORES JONES

CARACTERIZAÇÃO TECNOLÓGICA – AMOSTRAGEM E PREPARAÇÃO DE AMOSTRAS


AMOSTRAGEM EM JONES

1 1

1/2
1/2

1/4
1/4
+
Amostragem cruzada

1/8 1/2

Procedimento
1/16 mais adequado

CARACTERIZAÇÃO TECNOLÓGICA – AMOSTRAGEM E PREPARAÇÃO DE AMOSTRAS


AMOSTRAGEM POR PILHA ALONGADA

homogeneização

retomada das extremidades

redistribuição das extremidades

corte de porção da pilha


caliquota > 1/10 cpilha

retirada da alíquota
final
CARACTERIZAÇÃO TECNOLÓGICA – AMOSTRAGEM E PREPARAÇÃO DE AMOSTRAS
AMOSTRAGEM POR PILHA ALONGADA

alíquota final

CARACTERIZAÇÃO TECNOLÓGICA – AMOSTRAGEM E PREPARAÇÃO DE AMOSTRAS


AMOSTRADORES ROTATIVOS (INCREMENTOS)

Equipamentos de bancada
▪ reprodutibilidade em massa: desvio <1%

CARACTERIZAÇÃO TECNOLÓGICA – AMOSTRAGEM E PREPARAÇÃO DE AMOSTRAS


AMOSTRADORES ROTATIVOS
Equipamentos contínuos
▪ sólidos granulados
▪ polpas

CARACTERIZAÇÃO TECNOLÓGICA – AMOSTRAGEM E PREPARAÇÃO DE AMOSTRAS


AMOSTRADORES ROTATIVOS PARA POLPA

CARACTERIZAÇÃO TECNOLÓGICA – AMOSTRAGEM E PREPARAÇÃO DE AMOSTRAS


AMOSTRAGEM: CONFIABILIDADE DE ALGUNS MÉTODOS DE
AMOSTRAGEM

mistura de areia grossa e fina (60:40)


Método Erro máximo
estimado (%)
Pilha cônica 22,7
Amostrador tipo concha 17,1
Mesa de amostragem 7,0
Amostrador tipo Jones 3,4
Amostrador centrífugo 0,42
Ref: T. Allen Particle Size Measurement Chapman and Hall, 4th Edition, 1993, Page 39

CARACTERIZAÇÃO TECNOLÓGICA – AMOSTRAGEM E PREPARAÇÃO DE AMOSTRAS


AMOSTRAGEM DE POLPA: OBTENDO AMOSTRAS
REPRESENTATIVAS

Agitador

Amostrador
isocinético

Velocidade de
ascensão das
partículas é igual a
Defletores da velocidade de
de fluxo retirada de amostra

CARACTERIZAÇÃO TECNOLÓGICA – AMOSTRAGEM E PREPARAÇÃO DE AMOSTRAS


ERROS ANALÍTICOS

Erros sistemáticos: apresentam Erros aleatórios: variam em


grandeza e sinal definidos. Uma vez grandeza e sinal. São de difícil
reconhecidos podem ser aplicados detecção, não havendo como
fatores de correção. introduzir meios de correção;

CARACTERIZAÇÃO TECNOLÓGICA – AMOSTRAGEM E PREPARAÇÃO DE AMOSTRAS


ERROS ANALÍTICOS

Precisão?
Acurácia?

CARACTERIZAÇÃO TECNOLÓGICA – AMOSTRAGEM E PREPARAÇÃO DE AMOSTRAS


AMOSTRAGEM EM LABORATÓRIO
FONTES DE ERROS: PREPARAÇÃO

Epreparação = E1 + E2 + E3 + E4 + E5

E1 = perdas por manuseio;


E2 = contaminação por materiais estranhos;
E3 = alteração de valores dos parâmetros a serem
determinados (p.ex. segregação);
E4 = erros aleatórios de manuseio (não intencionais);
(troca de amostras, misturas de alíquotas diferentes, etc.)

E5 = alteração intencional  viesamento

CARACTERIZAÇÃO TECNOLÓGICA – AMOSTRAGEM E PREPARAÇÃO DE AMOSTRAS


AMOSTRAGEM EM LABORATÓRIO
FONTES DE ERROS: ANALÍTICOS

Eanalíticos = Ea + Eb + Ec + Ed + Ee

Ea = imperfeição intrínseca da alíquota a ser medida


Eb = metodologia analítica não adequada;
Ec = parâmetros fora dos limites de sensibilidade analítica;
Ed = erros instrumentais de calibração;
Ee = erros de manuseio / operacionais

CARACTERIZAÇÃO TECNOLÓGICA – AMOSTRAGEM E PREPARAÇÃO DE AMOSTRAS


ERROS ANALÍTICOS

 Erros aleatórios: variam em grandeza e sinal.


São de difícil detecção, não havendo como
introduzir meios de correção

 Erros sistemáticos: apresentam grandeza e


sinal definidos. Uma vez reconhecidos podem
ser aplicados fatores de correção

CARACTERIZAÇÃO TECNOLÓGICA – AMOSTRAGEM E PREPARAÇÃO DE AMOSTRAS


SUB-AMOSTRAGEM
CONTROLE E AFERIÇÃO DE QUALIDADE

 Balanço de massas
 Balanço metalúrgico
 Análises de duplicatas:
▪ coleta de duas amostras (5 a 10% das amostras):
 desvio de coleta + preparação + análise
▪ análise de duas alíquotas:
 desvio de preparação + análise
▪ análise de uma alíquota em duplicata:
 desvio de análise

 Tratamento estatístico dos resultados


CARACTERIZAÇÃO TECNOLÓGICA – AMOSTRAGEM E PREPARAÇÃO DE AMOSTRAS
ESTUDO DE CASO - AMOSTRAGEM
MATERIAL HETEROGÊNEO 18 TON
Homogeneização de 18 bags de amostra

Disposição dos bags pelo caminhão munck, intercalando-se os do


início da coleta do silo com os do final

CARACTERIZAÇÃO TECNOLÓGICA – AMOSTRAGEM E PREPARAÇÃO DE AMOSTRAS


Homogeneização

Homogeneização gerando uma pilha cônica única

CARACTERIZAÇÃO TECNOLÓGICA – AMOSTRAGEM E PREPARAÇÃO DE AMOSTRAS


Homogeneização

Área
inacessível

CARACTERIZAÇÃO TECNOLÓGICA – AMOSTRAGEM E PREPARAÇÃO DE AMOSTRAS


Divisão em pilhas maiores

CARACTERIZAÇÃO TECNOLÓGICA – AMOSTRAGEM E PREPARAÇÃO DE AMOSTRAS


Amostragem de alíquotas

~10 kg de cada pilha


(total de 7 pilhas)

análises químicas e granulométricas


(tamanho e forma)

CARACTERIZAÇÃO TECNOLÓGICA – AMOSTRAGEM E PREPARAÇÃO DE AMOSTRAS


Validação do plano de amostragem
Avaliação da segregação da amostra
100
Garante-se que uma amostra é representativa se 90

% acumulada abaixo
duas condições forem satisfeitas: 80
70 Pilha 01
1. A amostra é não enviesada, ou seja, não ocorreu Pilha 02
60
uma segregação significativa do mineral 50
Pilha 03
Pilha 04
durante a amostragem; 40 Pilha 05
2. O erro fundamental da amostragem (variância) 30 Pilha 06

é suficientemente pequeno. 20 Pilha 07


média (pilhas)
10
0
0,1 1 10
diametro de partícula (mm)
Parâmetros de forma por análise dinâmica de imagens
esfericidade relação de aspecto
Amostra D10 D50 D90 D(médio)
média (b/l) médio
Pilha 01 0,236 0,689 1,522 0,796 0,800 0,704
Pilha 02 0,225 0,596 1,415 0,719 0,791 0,704
Pilha 03 0,232 0,647 1,463 0,757 0,797 0,700
Pilha 04 0,215 0,526 1,347 0,663 0,785 0,698
Pilha 05 0,240 0,664 1,490 0,775 0,795 0,699
Pilha 06 0,230 0,585 1,387 0,707 0,789 0,698
Pilha 07 0,242 0,682 1,506 0,787 0,799 0,701
média 0,231 0,622 1,454 0,743 0,793 0,701
desvpad 0,009 0,060 0,066 0,049 0,006 0,003
variância 0,00009 0,00359 0,00431 0,00237 0,01104 0,00003

CARACTERIZAÇÃO TECNOLÓGICA – AMOSTRAGEM E PREPARAÇÃO DE AMOSTRAS


Validação do plano de amostragem
Avaliação da segregação da amostra

Composição química determinada por FRX


Teores (%)
Amostra
SiO2 Al2O3 Fe2O3 CaO PF Na2O K2O MgO outros
Pilha 01 51,6 6,69 2,20 17,7 15,0 1,02 1,92 2,51 2,84
Pilha 02 50,4 6,62 2,20 18,6 15,6 1,02 1,91 2,61 2,92
Pilha 03 50,5 6,12 2,15 18,6 15,7 1,03 1,85 2,71 3,02
Pilha 04 52,5 6,39 2,24 17,9 14,4 1,06 1,90 2,48 2,93
Pilha 05 50,0 6,43 2,18 18,9 15,6 1,00 1,87 2,57 2,98
Pilha 06 51,1 6,37 2,19 18,3 15,8 1,00 1,85 2,58 2,87
Pilha 07 52,7 6,55 2,22 17,4 14,7 1,06 1,88 2,54 2,87
média 51,3 6,45 2,20 18,2 15,2 1,03 1,88 2,50 2,92
desvpad 1,040 0,190 0,029 0,541 0,557 0,025 0,028 2,57 0,065
variância 1,082 0,036 0,001 0,292 0,311 0,001 0,001 0,075 0,004

CARACTERIZAÇÃO TECNOLÓGICA – AMOSTRAGEM E PREPARAÇÃO DE AMOSTRAS


Erro fundamental da amostragem
Variância da amostragem pela equação de PITARD:
MS = massa da alíquota retirada
ML = massa total da amostra

Fatores Descrição
C aM = densidade do minério
Fator mineralogia ag = densidade da ganga
aL = teor do minério
F •1, para um material perfeitamente cúbico •0,2, para materiais moles e submetidos a tensões
Fator forma •0,523, para fragmentos esféricos mecânicas
•0,1, para minerais laminares •>1 para minerais aciculares
G •1, para um material perfeitamente calibrado •0,55 para materiais calibrados, como
Fator •0,25 para materiais provenientes de um britador provenientes de duas telas consecutivas de
granulometria (não calibrado) peneiras
•0,75 para materiais naturalmente calibrados
I •1, quando o mineral de interesse encontra-se •0,2 para materiais medianos
fator liberação perfeitamente liberado •0,1 para materiais homogêneos
•0,8 para materiais muito heterogêneos •0,05 para materiais muito homogêneos
•0,4 para materiais heterogêneos
D O fator diâmetro é definido como a abertura da malha quadrada, em cm, abaixo da qual encontra-se
Fator diâmetro 95% do material

CARACTERIZAÇÃO TECNOLÓGICA – AMOSTRAGEM E PREPARAÇÃO DE AMOSTRAS


Erro fundamental da amostragem
Cada vez que a amostra é dividida cria-se erro intrínseco à amostragem

CARACTERIZAÇÃO TECNOLÓGICA – AMOSTRAGEM E PREPARAÇÃO DE AMOSTRAS


Erro fundamental da amostragem
A variância deve ser calculada para cada etapa da
amostragem e somada ao final, obtendo-se assim o desvio
padrão final que deve estar abaixo de determinados valores
dependendo da aplicação (PITARD, 1993):

• 0,5%, para amostragens comerciais


• 5%, para amostragens técnicas e controle de processos
• 16%, para amostragens exploratórias e ambientais

Variâncias calculadas para as etapas de amostragem


realizadas:

<< 0,5%
CARACTERIZAÇÃO TECNOLÓGICA – AMOSTRAGEM E PREPARAÇÃO DE AMOSTRAS

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