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– A BESTA DO MAR – ESTUDO DE

APOCALIPSE –
Nesse estudo iremos analisar o capítulo treze do livro de Apocalipse,
procurando descobrir segundo a Escritura Sagrada o que ela representa, e
quais as mensagens deixadas as Igrejas através dessa passagem. 

Apocalipse 13:1

"Vi emergir do mar uma besta que tinha dez chifres e sete cabeças e, sobre
os chifres, dez diademas e, sobre as cabeças, nomes de blasfêmia."

Informações:

Mar = Povos, línguas e nações


Cabeças = Reinos (Impérios) 
Chifres = Reis 
Diademas = Autoridade

A Besta que sobe do mar possui algumas características que farão referência
ao livro do profeta Daniel. O apóstolo João vê alguns Impérios configurados
nesse monstro.

Apocalipse 13:2

"A besta que vi era semelhante a leopardo, com pés como de urso e boca
como de leão. E deu-lhe o dragão o seu poder, o seu trono e grande
autoridade."

Boca de Leão = Babilônia


Pés de Urso = Pérsia
Semelhante a Leopardo = Grécia
Dez chifres = Roma

Para entendermos o que a visão que João teve significa, precisamos voltar na
história desses Impérios. A Babilônia é o primeiro reino contado na estátua do
sonho de Nabucodonosor, que é interpretada pelo profeta Daniel. Jeremias
profetiza o cativeiro de Jerusalém, que mais tarde se cumpre, a cidade é
destruída e os seus habitantes são levados cativo para a Babilônia. 

Jeremias 25:11

"Toda esta terra virá a ser um deserto e um espanto; estas nações servirão
ao rei da Babilônia setenta anos."
Após a queda de Babilônia o reino é dado aos Medos e os Persas, cumprindo os
setenta anos de cativeiro, Ciro o rei da Pérsia, cria o decreto para reconstrução de
Jerusalém. Partindo daí se inicia a contagem das setenta semanas proféticas ditas
em visão ao profeta Daniel.

Daniel 9:24

"Setenta semanas estão determinadas sobre o teu povo e sobre a tua santa cidade,
para fazer cessar a transgressão, para dar fim aos pecados, para expiar a
iniquidade, para trazer a justiça eterna, para selar a visão e a profecia e para ungir
o Santo dos Santos."

1. Cessar Transgressão
2. Fim de Pecados
3. Expiar a Iniquidade
4. Trazer Justiça Eterna
5. Selar a Visão
6. Selar a Profecia
7. Ungir o Santo dos Santos

Daniel 9:25

"Sabe e entende: desde a saída da ordem para restaurar e para edificar Jerusalém,
até ao Ungido, ao Príncipe, sete semanas e sessenta e duas semanas; as praças
e as circunvalações se reedificarão, mas em tempos angustiosos." 

Daniel 9:26

"Depois das sessenta e duas semanas, será morto o Ungido e já não estará; e o
povo de um príncipe que há de vir destruirá a cidade e o santuário, e o seu fim
será num dilúvio, e até ao fim haverá guerra; desolações são determinadas."

Daniel 9:27

"Ele fará firme aliança com muitos, por uma semana; na metade da semana, fará
cessar o sacrifício e a oferta de manjares; sobre a asa das abominações virá o
assolador, até que a destruição, que está determinada, se derrame sobre ele.
MAPA MENTAL DAS 70 SEMANAS

Analisando o gráfico acima podemos ver que a contagem das setenta semanas se
iniciam após a saída da ordem de Artaxerxes (Esdras 7:7) e depois Ciro (reis da
Pérsia) que tem como objetivo permitir que os judeus voltem a sua terra para
reconstruir Jerusalém. A partir daí se inicia uma contagem de sete vezes sete,
somando quarenta e nove, mais sessenta e dois vezes sete somando
quatrocentos e trinta e quatro (onde se levanta a Grécia e Roma). Após essa
contagem o Ungido (Messias) é sacrificado, completando a sexagésima nona
semana, e há um intervalo de aproximadamente dois mil anos. Antes de se completar
o número de anos do intervalo, haverá a septuagésima semana (sete anos divididos
em três tempos e meio cada metade), e então, se cumprirá as promessas feitas no
capítulo nove de Daniel. 

Tendo em vista essas informações podemos perceber que todos os Impérios antigos
(Egito, Assíria, Babilônia, Pérsia, Grécia e Roma) fazem parte da contagem das
sete cabeças da besta que emerge do mar. Porém vejamos como o anjo nos ensina
a contar essas cabeças. 

Apocalipse 17:8

"a besta que viste, era e não é, está para emergir do abismo e caminha para a
destruição. E aqueles que habitam sobre a terra, cujos nomes não foram escritos no
Livro da Vida desde a fundação do mundo, se admirarão, vendo a besta que era e
não é, mas aparecerá."
Nos versos seguintes podemos encontrar algumas informações muito importantes
para compreendermos a besta em si. Vejamos:

Apocalipse 17:10

"dos quais caíram cinco, um existe, e o outro ainda não chegou; e, quando chegar,
tem de durar pouco."

Unindo os dados podemos chegar a uma conciliação entre ambas as


informações:

Pode-se perceber que o texto deixa claro que a besta que "era" está relacionada a
"caíram cinco", da mesma forma que "não é" faz referência a "um existe", enquanto
"há de vir" alude a "ainda não chegou". No gráfico acima vemos que o Império grego
foi dividido em quatro partes, os quatros generais de Alexandre o grande: Seleuco,
Ptolomeu, Lísimaco e Cassandro. Essa divisão foi descrita nos capítulos oito e onze
do profeta Daniel. 

Daniel 8:21-22
"mas o bode peludo é o rei da Grécia; o chifre grande entre os olhos é o primeiro
rei; o ter sido quebrado, levantando-se quatro em lugar dele, significa que quatro
reinos se levantarão deste povo, mas não com força igual à que ele tinha."

Daniel 11:4

"Mas, no auge, o seu reino será quebrado e repartido para os quatro ventos do céu;
mas não para a sua posteridade, nem tampouco segundo o poder com que reinou,
porque o seu reino será arrancado e passará a outros fora de seus descendentes."

Após essa divisão, segundo os inscritos do primeiro livro apócrifo de Macabeus


capítulo um, os generais que suscederam Alexandre o grande, depois de serem
coroados como reis de seus respectivos territórios reinaram por muitos anos trazendo
miséria ao mundo. Por volta do centésimo trigésimo sexto ano da era grega, subiu ao
trono Antíoco Epifânio filho de Antíoco III, que marchou contra o Egito, cumprindo a
profecia de Daniel onze, e tomando os despojos, subiu contra Israel. A Grécia
perdurou dos anos (331 - 136 a.C.) subsistindo até a nomeação de Otávio Augusto
no ano 27 a.C. se iniciando assim o domínio romano. Roma é descrita por Daniel no
quarto animal. 

Observação:

No período em que o Ungido (Messias) esteve sobre a terra, Roma dominava a Judeia
e Galileia, centralizando seu domínio na cidade de Jerusalém tendo por governador
Pôncio Pilatos. 

Daniel 7:7

"Depois disto, eu continuava olhando nas visões da noite, e eis aqui o quarto animal,
terrível, espantoso e sobremodo forte, o qual tinha grandes dentes de ferro; ele
devorava, e fazia em pedaços, e pisava aos pés o que sobejava; era diferente de
todos os animais que apareceram antes dele e tinha dez chifres."

No texto acima podemos perceber que esse animal é o que mais se encaixa no
contexto de Apocalipse capítulo treze, pois aqui nos é dito que ele possui "dez
chifres" fazendo referência aos chifres da besta que emerge do mar. Porém não
podemos simplesmente descartar as outras informações que nos é dada, pois a besta
é "semelhante ao leopardo" apontando para a Grécia, tem os "pés como de urso"
aludindo ao Medo-Pérsia, e a "boca como de leão" se referindo a Babilônia. Outro
fato que é bem pouco mencionado pelos estudiosos de profecias bíblicas, é que ao
figurar um último animal emergindo do mar, Deus tem a intenção de mostrar todos os
reinos que surgiriam a partir dele.

O Império romano foi dividido em duas partes sendo uma: ocidental e a outra oriental.
Vejamos outra figura que pode nos ajudar a entender melhor esses Impérios. 

Acima podemos ver os países que compõe esses antigos Impérios, porém o que mais
nos interessa nesse momento é a divisão de Roma. Pois percebe-se que a estátua
possui duas pernas de ferro, indicando as duas manifestações do poder romano: tanto
no oriente como no ocidente. Segundo os dados históricos, após o declínio de
Constantinopla (cidade que recebeu o nome do general romano Constantino) O
Império Bizantino (Roma do Oriente) foi conquistado pelos exércitos dos turcos
otomanos liderados pelo Sutão Mehmed II, se iniciando assim o domínio Otomano.

Por volta do ano (1517 - 1918 d. C.) o Império Otomano conquista a terra de Israel
subjugando Jerusalém debaixo de seu poder. A cidade que dantes fora o trono dos
reis de Israel passou a ser domínio de um povo estrangeiro descedentes de Ismael e
Edom. Quatrocentos anos depois da tomada da cidade, findando a primeira Guerra
Mundial, a força dos "aliados" vencedores do conflito, dividiram o Império tomando
posse das terras conquistadas, incluindo Israel. 
Mesmo depois de inúmeros Impérios e divisões, ainda assim não poderiamos
indentificá-los com sendo o último reino a se levantar na terra, pois é necessário a
inclusão de um quinto elemento: "o barro". Tanto na interpretação da estátua como a
da visão dos quatro animais, o profeta Daniel demonstra que esse último reino será
precedido de grandes conflitos e alianças frágeis. O que temos que observar em todos
esses reinos precedentes, é que todos eles tiveram algo em comum; a conquista da
terra de Israel como sendo parte de seu domínio. A resposável pela divisão do antigo
Império Otomano, "Liga das Nações" dá o poder de ocupar a terra da Palestina (Israel)
aos britânicos entre (1917 - 1920 d.C), que a partir de 1920 passa a ser conhecida
como Palestina Britânica inciando assim o atual conflito entre palestinos (árabes) e
"israelenses" (judeus), e Jerusalém passa a ser "terra de ninguém. 

Após a segunda guerra mundial em decorrência do grande massacre orquestrado por


Adolf Hitler na Alemanha (Holocausto), a ONU (Organização das Nações Unidas) que
anteriormente era conhecida como "Liga das Nações", recebe dos britânicos o domínio
sob a cidade de Jerusalém em 1947. Agora sob o domínio da ONU, a questão foi
concluída com uma assembleia em 1947, que decidiu dividir a Palestina entre árabes
e judeus. Assim haveria uma estado judeu (Israel) e outro árabe (Palestina), enquanto
Jerusalém ficaria sob domínio internacional. Pela não aceitação dos países árabes,
quando o Estado de Israel foi oficialmente fundado em 1948, uma guerra iniciou-se: A
Primeira Guerra Árabe-Israelense. No termino da guerra, os palestinos saíram
perdendo parte de seus territórios, e Jerusalém passou a ser dividida entre
israelenses e jordanianos. A cidade ficou dividida em: ocidental (Israel) e oriental
(Jordânia). Essa divisão durou até o ano de 1967, quando os israelenses
conquistaram a parte oriental de Jerusalém durante a Guerra dos Seis Dias, que
passou a ser governada por eles. E isso perdura até os dias de hoje. 

Levando em conta as informações nos dada até agora, sabemos que Apocalipse 13
falava de um reino que emergiria do abismo (mar), e seria adorado por todos aqueles
que não possuem seus nomes escritos no Livro da Vida. E que este mesmo texto nos
levaria para as duas principais visões do profeta Daniel: a visão da estátua, e dos
quatro animais. 

Enquanto a visão da estátua nos ajuda a compreender que este último reino será um
reino dividido, a dos animais nos mostra os conflitos que ocorrerão antes da chegada
do mesmo. Porém como anteriormente questionado, qual seria o reino ou etnia
indicada pelo barro dos pés da estátua? Vejamos o que a Escritura tem a nos dizer a
respeito desse elemento:
Jó 33:6

"Eis que diante de Deus sou como tu és; também eu sou formado do barro."

Isaías 29:15-16

"Ai dos que escondem profundamente o seu propósito do SENHOR, e as suas


próprias obras fazem às escuras, e dizem: Quem nos vê? Quem nos conhece? Que
perversidade a vossa! Como se o oleiro fosse igual ao barro, e a obra dissesse do
seu artífice: Ele não me fez; e a coisa feita dissesse do seu oleiro: Ele nada sabe."

Isaías 41:25

"Do Norte suscito a um, e ele vem, a um desde o nascimento do sol, e ele invocará
o meu nome; pisará magistrados como lodo e como o oleiro pisa o barro."

Isaías 45:9

"Ai daquele que contende com o seu Criador! E não passa de um caco de barro entre
outros cacos. Acaso, dirá o barro ao que lhe dá forma: Que fazes? Ou: A tua obra não
tem alça."

Isaías 64:8

"Mas agora, ó SENHOR, tu és nosso Pai, nós somos o barro, e tu, o nosso oleiro; e
todos nós, obra das tuas mãos."

Jeremias 18:6
"Não poderei eu fazer de vós como fez este oleiro, ó casa de Israel? —diz o
SENHOR; eis que, como o barro na mão do oleiro, assim sois vós na minha mão, ó
casa de Israel."

Lamentações 4:2

"Os nobres filhos de Sião, comparáveis a puro ouro, como são agora reputados por
objetos de barro, obra das mãos de oleiro!"

Apocalipse 2:26-27

"Ao vencedor, que guardar até ao fim as minhas obras, eu lhe darei autoridade sobre
as nações, e com cetro de ferro as regerá e as reduzirá a pedaços como se fossem
objetos de barro;"

Com os textos acima podemos descobrir segundo a Escritura qual nação é


representada pelo barro dos pés da estátua. Pode se perceber que a única nação
descrita como barro é Israel. Portanto agora sabemos que o quinto elemento da
estátua está representando o povo de Israel.

Reunindo essas informações podemos perceber que o reino dividido mostrado em


Daniel 2, se trata da união do ferro (Roma) com o barro (Israel). Tendo isso em mente
podemos compreender que o último Império mundial terá que possuir as
características desses dois elementos. 

Questões a serem respondidas segundo a Escritura:

1. Qual o motivo para a besta possuir sete cabeças? 

Apesar de o texto de Apocalipse 13 não deixar claro o porquê. Podemos encontrar a


resposta unindo as informações do livro. 

Apocalipse 17:9-11
"Aqui está a mente de quem tem sabedoria: as sete cabeças são sete montes, nos
quais a mulher está sentada. São também sete reis, dos quais caíram cinco, um
existe, e o outro ainda não chegou; e, quando chegar, tem de durar pouco. E a
besta, que era e não é, também é ele, o oitavo rei, e procede dos sete, e caminha
para a destruição."

Nesses versículos pode-se encontrar a explicação para resposta que queremos,


porém não está muito claro, devemos somar as informações. 

Sete cabeças > Sete montes = Sete reis

- Caíram cinco = Egito, Assíria, Babiônia, Pérsia e Grécia; 


- Um existe = Roma; 
- Ainda não chegou = Último Império. 

Relembrando os dados que já nos foram apresentados, podemos ver que a besta está
dividida em três períodos distintos: passado, presente e futuro. Então, para
respondermos a essa pergunta, devemos simplesmente entender que besta está
relacionado a um poder (reino) que se levanta do mar (nações), assim chegamos ao
entendimento de que ela possui sete cabeças para nos mostrar que esses reinos
antigos (do passado) estão presentes no futuro configurando (montando) o poder
político descrito na besta que emergiu do mar. 

2. Por que os mesmos animais descritos por Daniel capítulo sete estão
presentes no Apocalipse? 

Apocalipse 13:2

"A besta que vi era semelhante a leopardo, com pés como de urso e boca como
de leão. E deu-lhe o dragão o seu poder, o seu trono e grande autoridade."

Como anteriormente descrito, essas características misturam aspectos de três animais


vistos por Daniel: leão, urso e leopardo. Sendo cada um deles representantes dos
reinos: Babilônia, Pérsia e Grécia. Porém, existe um motivo para esses mesmos
animais aparecerem em Apocalipse 13. A Babilônia é conhecida como a primeira
grande nação que surgiu no mundo, pois antes de existirem os reinos Egito e Assíria,
logo após do dilúvio, Ninrode filho de Cuxe que era filho de Cam, ergueu uma torre na
terra de Sinar a qual foi chamada de Babel que significa "confusão", pois alí Deus
confundiu e dividiu as línguas dos homens.
Gênesis 11:9

"Chamou-se-lhe, por isso, o nome de Babel, porque ali confundiu o SENHOR a


linguagem de toda a terra e dali o SENHOR os dispersou por toda a superfície
dela."
 
Além disso, há o fato da Babilônia ter certa representatividade no capítulo dezessete
do livro, ali nos é mostrado uma prostituta montada em uma besta, e essa mulher é
chamada de "Babilônia, a Grande". Existem diversas especulações acerca do que
essa mulher representa, porém esse é assunto para outro estudo, o que nos interessa
aqui é o fato dessa meretriz estar claramente ligada a besta a qual estamos
estudando.

Apocalipse 17:5

"Na sua fronte, achava-se escrito um nome, um mistério: BABILÔNIA, A GRANDE, A


MÃE DAS MERETRIZES E DAS ABOMINAÇÕES DA TERRA."

Apesar de muitos acreditarem que o Egito veio antes da Babilônia, a Escritura deixa
bem claro que primeiramente surgiu Babel (a cidade que mais tarde seria um reino
governado pelos caldeus), e algum tempo depois veio a existir o reino dominado por
faraós. Com isso podemos entender que o Egito e as demais cabeças da besta no
contexto do fim, está representada em um reino, a Babilônia. Dessa forma chegamos
ao entendimento de que os animais presentes no livro do profeta Daniel foram usados
como uma figura para demonstrar alguns aspectos que fazem parte do último poder
que irá se opor a Deus. Vejamos:

(LEÃO) PRIMEIRO ANIMAL:

Daniel 7:4

"O primeiro era como leão e tinha asas de águia; enquanto eu olhava, foram-lhe
arrancadas as asas, foi levantado da terra e posto em dois pés, como homem; e lhe
foi dada mente de homem."

No texto acima vemos que o leão possui asas de águia, o que aqui significa que esse
reino recebeu o poder e autoridade vinda da parte de Deus, pois o próprio profeta
Daniel afirmou isso no capítulo dois de seu livro. 
Daniel 2:37

"Tu, ó rei, rei de reis, a quem o Deus do céu conferiu o reino, o poder, a força e a
glória;"

Também nos é dito que suas asas foram arrancadas, o que pode significar a
conversão do rei Nabucodonosor de uma besta (leão) a um homem, logo após ter
passado sete anos vivendo como um animal. Pois em seu sonho ele presencia uma
cena na qual seu poder está sendo representado por uma árvore que cresce e se
torna gigantesca, porém é cortada e presa a cepa e a raiz por cadeias de ferro e
bronze durante sete tempos (anos). E quando interpretada por Daniel, o mesmo
mostra que o rei seria tirado do seu reino e passaria a viver como um fera. Porém
passados esses tempos, isto é, anos, o rei Nabucodonosor voltaria a reinar, só que
agora teria a plena conciência de que Deus é o Senhor de toda a terra.

Analisando essa figura, podemos encontrar certa semelhança com a última besta a se
levantar na terra. Já que a mesma será governada por uma mente como de homem (o
iníquo), aludindo a cabeça de ouro da estátua, e que é representado por uma outra
besta, a da terra. Outro fato que não deve ser ignorado é a palavra em hebraico que
foi traduzida por "homem", pois a expressão usada é enash que significa humanidade
(atributos humanos), se o profeta quisesse se referir a um homem de verdade, ele
teria usado o termo adam. 
Existe também a interpretação de que o leão e a águia foram escolhidos para mostrar
que a Babilônia seria o maior reino terreno que já existiu. E assim como o leão é o rei
dos animais da terra, e a águia dos animais do céu, o reino de Nabucodonosor
governaria sobre todos os outros reinos (bestas). 

FIGURAS:

• Leão: Soberania entre os demais animais e grande força. 


• Asas de Águia: Direção de Deus, rapidez e agilidade;
• Mente(coração) de homem (enash): Poder, desígnios e autoridade humana. 

(URSO) SEGUNDO ANIMAL:

Daniel 7:5
"Continuei olhando, e eis aqui o segundo animal, semelhante a um urso, o qual se
levantou sobre um dos seus lados; na boca, entre os dentes, trazia três costelas; e
lhe diziam: Levanta-te, devora muita carne."

Representando os medos e persas, o urso possui características peculiares que pode


nos ajudar a entender como se deu esse reino. Primeiramente vemos que é dito que
ele se levantou sobre um dos seus lados, o que aqui nos mostra a ascensão de Dario
rei da Média como o primeiro poder a se erguer, e logo após dele se ergueria o rei Ciro
da Pérsia, o que faz clara alusão aos dois braços de prata da estátua do sonho de
Nabucodonosor. E somando com a visão do carneiro e do bode fica fácil entender que
Ciro (Périsa) foi mais poderoso do que Dario (Média).
 
Daniel 8:3

"Então, levantei os olhos e vi, e eis que, diante do rio, estava um carneiro, o qual
tinha dois chifres, e os dois chifres eram altos, mas um, mais alto do que o outro; e
o mais alto subiu por último."

Também é dito que o animal possui três costelas na boca, se referindo as três grandes
conquistas do Império:

• Lídia
• Babilônia
• Egito

Segundo os relatos descritos pelo históriador Heródoto, esses três reinos se uniram
para enfrentar os medos e persas, porém acabaram sendo derrotados e passaram a
ser dominados pela Pérsia. O texto conclui dizendo ao urso que comesse muita carne,
se relacionando a matança que ocorreu na tomada desses três poderes. 

(LEOPARDO) TERCEIRO ANIMAL:

Daniel 7:6
"Depois disto, continuei olhando, e eis aqui outro, semelhante a um leopardo, e tinha
nas costas quatro asas de ave; tinha também este animal quatro cabeças, e foi-lhe
dado domínio."

Como já observado em textos acima, o terceiro animal visto por Daniel, é uma
representação do Império Grego que se levantou logo após a Pérsia. A primeira
informação que temos é que ele era semelhante a um leopardo, o que representa a
rapidez, agilidade e ferocidade com a qual Alexandre Magno, mais conhecido como o
grande, conquistou as nações orientais em apenas treze anos. 
• 336 a.C. - Trono da Macedônia 
• 334 a.C. - Batalhas do Granico (Primeiro conflito contra os Medo-Persas) 
• 333 a.C. - Batalhas de Isso (Segundo conflito contra os Medo-Persas) 
• 331 a.C. - Batalhas de Gaugamela (Derrota definitiva dos Medo-Persas) 
• 331 a.C. - Fundou Alexandria
• 323 a.C. - Capital em Babilônia
• 323 a.C. - Morre aos 33 Anos

Entendendo isso, ainda há mais duas figuras para observarmos. Nos é dito que o
leopardo possui quatro asas de ave e quatro cabeças, ambos os símbolos falam de
uma mesma coisa, a divisão do Império Grego em quatro partes. 

• Seleuco
• Ptolomeu
• Cassandro
• Lísimaco

Após a morte de Alexandre aos 33 anos, os seus generais assumiram o poder, porém
não com a mesma força e domínio como ele. Outras figuras que temos representando
o leopardo são os ventres e coxas de bronze da estátua do sonho de Nabucodonsor, e
o bode peludo da visão do capítulo oito de Daniel. 

Daniel 8:5

"Estando eu observando, eis que um bode vinha do ocidente sobre toda a terra, mas
sem tocar no chão; este bode tinha um chifre notável entre os olhos;"
No versículo acima vemos uma referência ao terceiro animal, pois esse bode vem do
ocidente (região da Grécia) sobre toda a terra (Oriente Médio), porém não toca o chão
(alusão a rapidez e agilidade com que esse reino se levantou), tendo um chifre notável
entre os olhos (apontando para o próprio Alexandre o grande). 

(BESTA TERRÍVEL) QUARTO ANIMAL

Daniel 7:7

"Depois disto, eu continuava olhando nas visões da noite, e eis aqui o quarto animal,
terrível, espantoso e sobremodo forte, o qual tinha grandes dentes de ferro; ele
devorava, e fazia em pedaços, e pisava aos pés o que sobejava; era diferente de
todos os animais que apareceram antes dele e tinha dez chifres."

Este último animal não possui indentidade como os demais, pois como o profeta
descreve, ele era "terrível e espantoso", ou seja, assustador. Ele está representando o
Império Romano e suas divisões, todavia nele está incluído todos os reinos que se
seguiriam com as mesmas características até o fim. Aqui essa besta está claramente
relacionada as pernas de ferro da estátua, já que ele é descrito como tendo dentes de
ferro. O que indica que esse reino teria um enorme poder de destruição. Vejamos o
significado de algumas expressões usadas no texto:

• Devorar: consumir, o que pode significar que esse animal engoliria (tomaria) toda a
terra. 

Referência: 

Oséias 2:12

"Devastarei a sua vide e a sua figueira, de que ela diz: Esta é a paga que me deram
os meus amantes; eu, pois, farei delas um bosque, e as bestas-feras do campo as
devorarão."

• Fazer em pedaços: poder de destruir, esmiuçar, reduzir as nações a quase nada. 


Referência: 

Jeremias 50:22-23

"Há na terra estrondo de batalha e de grande destruição. Como está quebrado,


feito em pedaços o martelo de toda a terra! Como se tornou a Babilônia objeto de
espanto entre as nações!"

• Pisar aos pés as sobras: tirar a autoridade, dominar sobre os povos que sobrarem,
modelar conforme lhe apraz. 

Referência:

Isaías 41:25

"Do Norte suscito a um, e ele vem, a um desde o nascimento do sol, e ele invocará
o meu nome; pisará magistrados como lodo e como o oleiro pisa o barro."

Uma dos símbolos mais inigmáticos apresentados nesse animal, é os dez chifes, que
também fazem alusão aos dedos da estátua de Daniel capítulo dois. Vejamos uma
possível interpretação:

Ainda no período romano, se levantaram dez tribos bárbaras provenientes do


ocidente e do oriente, que dominaram Roma por certo tempo. 

• Vândalos
• Alamos
• Suevos
• Visigodos
• Burgúndos
• Francos
• Lombardos
• Anglo-Saxões
• Ostrogodos
• Hérulos

Há também outra figura a qual esses dez chifres possam representar, o número
escolhido por Deus para indentificar esse poder pode fazer alusão as dez tribos de
Israel que foram dispersas entre as nações.

Daniel 7:19

"Então, tive desejo de conhecer a verdade a respeito do quarto animal, que era
diferente de todos os outros, muito terrível, cujos dentes eram de ferro, cujas unhas
eram de bronze, que devorava, fazia em pedaços e pisava aos pés o que sobejava;"

As unhas de bronze (relação com o ventre e as coxas de bronze da estátua) mostra


que apesar de a Grécia já ter sido destituída de seu poder, ainda haveria
características desse reino anterior, uma delas é a própria língua grega que subsistiu
no Império Romano.

A relação que há entre esses animais e a besta de Apocalipse, é que os reinos


apresentados neles configuram (formam) o caráter do último reino que fará oposição
ao povo de Deus. 

3. Quem ou o quê, é a besta de Apocalipse? 

Com as informações apresentadas até agora, fica fácil indentificar esse simbolismo. A
única nação que se encaixa no contexto de "era" e "não é" mas "aparecerá", é Israel.
Vejamos:

ERA: O livro do Apocalipse na datação mais aceita pelos historiadores, é datado por
volta do ano 90 d.C., nesse tempo já não havia mais Israel como nação (Jerusalém)
nem o segundo templo, pois ambos foram destruídos no ano 70 d.C. pelas tropas
romanas e árabes do general Tito. Nesse período ocorreu o que muitos nomeiam
como "a diáspora judaica", na qual os israelitas que habitavam na cidade de
Jerusalém foram dispersos, pondo um fim ao estado de Israel.

NÃO É: Quando o apóstolo João teve as visões que daria origem ao livro das
revelações, Roma ainda dominava, porém a antiga cidade de Jerusalém se
encontrava desolada, sem ninguém que a governasse. 
APARECERÁ: Após a tomada da cidade pelos turcos otomanos, toda a nação de
Israel passou a ser dominada por eles até o fim da primeira guerra mundial, pois no
fim dela, os aliados (vencedores da grande guerra) subjugaram Jerusalém debaixo do
seu poder, o que durou até os britânicos tomarem posse. Algum tempo depois da
segunda guerra mundial, por volta do ano 1947 - 1948 foi estabelecido um estado
sionista de Israel, e a nação que outrora deixara de existir, voltou a emergir das
nações. Os judeus finalmente foram reunidos novamente em Jerusalém.

• Como Israel ganhou Sete Cabeças? 

Referência: Apocalipse 17:10

O texto deixa claro que essa mesma besta está relacionada aos cinco reinos (montes)
que caíram "Egito, Assíria, Babilônia, Pérsia e Grécia", um que existia "Roma" e o
outro que ainda não era vindo "Israel". Vejamos onde na Escritura é mostrado esses
reinos relacionados ao povo de Israel (Jerusalém). 

Observações:

O sentido de prostituição em relação as nações na palavra de Deus, significa se


contaminar, ou se unir a certa cultura ou religião, no caso de Israel vemos que ela
sempre esteve unida a diversos reinos. 

1 Coríntios 6:16

"Ou não sabeis que o homem que se une à prostituta forma um só corpo com ela?
Porque, como se diz, serão os dois uma só carne."

Ordem de Deus para Israel:

Deuteronômio 17:14-15

"Quando entrares na terra que te dá o SENHOR, teu Deus, e a possuíres, e nela


habitares, e disseres: Estabelecerei sobre mim um rei, como todas as nações que se
acham em redor de mim, estabelecerás, com efeito, sobre ti como rei aquele que o
SENHOR, teu Deus, escolher; homem estranho, que não seja dentre os teus irmãos,
não estabelecerás sobre ti, e sim um dentre eles.
 — CINCO HAVIAM CAÍDO —

EGITO (PRIMEIRA CABEÇA)

Ezequiel 23:2-4

"Filho do homem, houve duas mulheres, filhas de uma só mãe. Estas se


prostituíram no Egito; prostituíram-se na sua mocidade; ali foram apertados os seus
peitos e apalpados os seios da sua virgindade. Os seus nomes eram: Oolá, a mais
velha, e Oolibá, sua irmã; e foram minhas e tiveram filhos e filhas; e, quanto ao seu
nome, Samaria é Oolá, e Jerusalém é Oolibá."

Perceba que a primeira cabeça (reino) que é o Egito, foi justamente onde se iniciou a
prostituição do povo de Israel. Além disso a própria cidade de Jerusalém é
espiritualmente nomeada de Egito. 

Apocalipse 11:8

"e o seu cadáver ficará estirado na praça da grande cidade que, espiritualmente, se
chama Sodoma e Egito, onde também o seu Senhor foi crucificado."

ASSÍRIA (SEGUNDA CABEÇA) 

Ezequiel 23:5-7

"Prostituiu-se Oolá, quando era minha; inflamou-se pelos seus amantes, pelos
assírios, seus vizinhos, que se vestiam de azul, governadores e sátrapas, todos
jovens de cobiçar, cavaleiros montados a cavalo. Assim, cometeu ela as suas
devassidões com eles, que eram todos a fina flor dos filhos da Assíria, e com todos
aqueles pelos quais se inflamava; com todos os seus ídolos se contaminou."

Os versos acima mostram que as dez tribos, mas conhecida como casa de Israel
(Efraim), se prostitui e contaminou-se com a Assíria, a qual tem como capital a cidade
de Nínive, um arquétipo da grande Babilônia (Jerusalém). 

Referências: Jonas 1:2, Naum 3:4.


BABILÔNIA (TERCEIRA CABEÇA) 

Ezequiel 23:14-15

"Aumentou as suas impudicícias, porque viu homens pintados na parede, imagens


dos caldeus, pintados de vermelho: de lombos cingidos e turbantes pendentes da
cabeça, todos com aparência de oficiais, semelhantes aos filhos da Babilônia, na
Caldéia, em terra do seu nascimento."

Já Oolá (Jerusalém) se prostituiu com a Babilônia, e o próprio Senhor Deus mostra


que essa mulher se encantou por eles. 

PÉRSIA (QUARTA CABEÇA) 

2 Crônicas 36:22-23

"Porém, no primeiro ano de Ciro, rei da Pérsia, para que se cumprisse a palavra do
SENHOR, por boca de Jeremias, despertou o SENHOR o espírito de Ciro, rei da
Pérsia, o qual fez passar pregão por todo o seu reino, como também por escrito,
dizendo: Assim diz Ciro, rei da Pérsia: O SENHOR, Deus dos céus, me deu todos os
reinos da terra e me encarregou de lhe edificar uma casa em Jerusalém, que está em
Judá; quem entre vós é de todo o seu povo, que suba, e o SENHOR, seu Deus, seja
com ele."

Ciro se uniu aos filhos de Jerusalém, para recontruírem a cidade e o santuário, houve
diversos problemas ao longo da construção, mas eles conseguiram reedificá-la. A
Pérsia foi o quarto reino a fazer aliança com os israelitas. 

GRÉCIA (QUINTA CABEÇA) 


No período intertestamentario, a Grécia repartida entre os quatro generais de
Alexandre o Grande, passa dominar sobre Jerusalém, e o próprio livro de I Macabeus
mostra que os judeus passaram a conviver com os gregos e fazer alianças no levante
de Antioco Epifânio. 

I Macabeus 1:12

"Por esses dias apareceu em Israel uma geração de perversos, que seduziram a
muitos com estas palavras: vamos, façamos aliança com as nações circunvizinhas,
pois muitos males caíram sobre nós desde que delas nos separamos."

   — UM EXISTIA —

(ROMA) SEXTA CABEÇA

Apesar de estar muito claro nos evangelhos que os judeus se uniram aos romanos,
existe um momento em que eles (judeus) deixam evidente isso.

João 19:13-15

"Ouvindo Pilatos estas palavras, trouxe Jesus para fora e sentou-se no tribunal, no
lugar chamado Pavimento, no hebraico Gabatá. E era a parasceve pascal, cerca da
hora sexta; e disse aos judeus: Eis aqui o vosso rei. Eles, porém, clamavam: Fora!
Fora! Crucifica-o! Disse-lhes Pilatos: Hei de crucificar o vosso rei? Responderam os
principais sacerdotes: Não temos rei, senão César!"

César era o título romano dado aos Imperadores, e o texto acima nos mostra que os
judeus não reconheceram o Senhor Jesus como rei, pelo contrário, preferiram
continuar sua prostituição com Roma, na qual eles eram oprimidos pelos mesmos. 
   — AINDA NÃO ERA VINDO —

CARACTERÍSTICAS DA BESTA QUE SE CUMPRE EM ISRAEL:

• Chaga mortal (Cabeça):

Oseías 5:6,13

"Estes irão com os seus rebanhos e o seu gado à procura do SENHOR, porém não o
acharão; ele se retirou deles. … Quando Efraim viu a sua enfermidade, e Judá, a sua
chaga, subiu Efraim à Assíria e se dirigiu ao rei principal, que o acudisse; mas ele
não poderá curá-los, nem sarar a sua chaga."

Os livros proféticos fazem uma separação entre dois povos (Israel da Carne / Israel do
Espírito), Jesus veio para curar essa chaga, pois como os textos seguintes nos afirma
"ele nos despedaçou e nos sarará; fez a ferida e a ligará. Depois de dois dias, nos
revigorará; ao terceiro dia, nos levantará, e viveremos diante dele." Porém aqueles
que o rejeitaram foram feridos de morte (diáspora), mas novamente conseguiram curá-
la (reestabelecimento da nação de Israel), todavia no fim, serão destruídos
definitivamente.
Vejamos o que o Senhor Jesus fala sobre a destruíção de Jerusalém. 

Lucas 21:20-22

"Quando, porém, virdes Jerusalém sitiada de exércitos, sabei que está próxima a
sua devastação. Então, os que estiverem na Judéia, fujam para os montes; os que se
encontrarem dentro da cidade, retirem-se; e os que estiverem nos campos, não
entrem nela. Porque estes dias são de vingança, para se cumprir tudo o que está
escrito."
O salmista já previa que os judeus figurados em Judas Iscariotes negariam a Jesus, e
por causa disso receberiam a indignação de Deus. 

Salmos 69:22-28

"Sua mesa torne-se-lhes diante deles em laço, e a prosperidade, em armadilha.


Obscureçam-se-lhes os olhos, para que não vejam; e faze que sempre lhes vacile o
dorso. Derrama sobre eles a tua indignação, e que o ardor da tua ira os alcance.
Fique deserta a sua morada, e não haja quem habite as suas tendas. Pois
perseguem a quem tu feriste e acrescentam dores àquele a quem golpeaste.
Soma-lhes iniqüidade à iniqüidade, e não gozem da tua absolvição. Sejam riscados
do Livro dos Vivos e não tenham registro com os justos."

O próprio Senhor Jesus Cristo proferiu palavras de juízo sobre a cidade de Jerusalém. 

Lucas 13:34-35

"Jerusalém, Jerusalém, que matas os profetas e apedrejas os que te foram


enviados! Quantas vezes quis eu reunir teus filhos como a galinha ajunta os do seu
próprio ninho debaixo das asas, e vós não o quisestes! Eis que a vossa casa vos
ficará deserta. E em verdade vos digo que não mais me vereis até que venhais a
dizer: Bendito o que vem em nome do Senhor!"

• Autoridade do Dragão:

João 8:44

"Vós sois do diabo, que é vosso pai, e quereis satisfazer-lhe os desejos. Ele foi
homicida desde o princípio e jamais se firmou na verdade, porque nele não há
verdade. Quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso e
pai da mentira."
Tanto João Batista, quanto o próprio Jesus nomeia os fariseus e saduceus de raça de
víboras, e esse texto explica o porquê, pois o diabo é retratado na Escritura como uma
serpente. E se eles são filhos do diabo, logo são descedentes da serpente. 

Mateus 23:33-34

"Serpentes, raça de víboras! Como escapareis da condenação do inferno? Por


isso, eis que eu vos envio profetas, sábios e escribas. A uns matareis e
crucificareis; a outros açoitareis nas vossas sinagogas e perseguireis de cidade
em cidade;"

Os judeus são os maiores perseguidores da Igreja primitiva, eles faziam isso não só
através de calúnias, mas também introduzindo no meio dos irmãos doutrinas que
causavam a apostasia de muitos. Paulo não só diz que eles eram inimigos do
evangelho como também os dá um título atribuído ao diabo. 

1 Tessalonicenses 2:14-15

"Tanto é assim, irmãos, que vos tornastes imitadores das igrejas de Deus existentes
na Judéia em Cristo Jesus; porque também padecestes, da parte dos vossos
patrícios, as mesmas coisas que eles, por sua vez, sofreram dos judeus, os quais
não somente mataram o Senhor Jesus e os profetas, como também nos
perseguiram, e não agradam a Deus, e são adversários de todos os homens,"

O inimigo de Deus possui dois grandes títulos que fazem referência ao caráter dele,
são eles: diabo e Satanás. A expressão diabo se refere ao atributo de "acusador",
enquanto Satanás vai significar "adversário".

Apocalipse 12:9

"E foi expulso o grande dragão, a antiga serpente, que se chama diabo e Satanás, o
sedutor de todo o mundo, sim, foi atirado para a terra, e, com ele, os seus anjos."
Os judeus perseguidores da Igreja de Cristo são assim nomeados, por serem a
personificação do sentimento de rebelião proveniente do inimigo. Em todo momento
eles porcuravam alguma maneira de acusar o Senhor Jesus, seja por aparentemente
violar o sábado, ou por se proclamar Deus. O fato é que eles serviam ao diabo em seu
propósito de impedirem as pessoas de receberem a Cristo. 

Mateus 23:13

"Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas, porque fechais o reino dos céus diante
dos homens; pois vós não entrais, nem deixais entrar os que estão entrando!"

Jesus reforça suas pralavras contra os judeus, alertando as Igrejas em Apocalipse


sobre a oposição judaica, e a falsidade deles. 

Apocalipse 2:9

"Conheço a tua tribulação, a tua pobreza (mas tu és rico) e a blasfêmia dos que a si
mesmos se declaram judeus e não são, sendo, antes, sinagoga de Satanás."

Apocalipse 3:9

"Eis farei que alguns dos que são da sinagoga de Satanás, desses que a si mesmos
se declaram judeus e não são, mas mentem, eis que os farei vir e prostrar-se aos
teus pés e conhecer que eu te amei."
• Quem é semelhante a besta? Quem pode pelejar contra ela?:

O texto nos mostra como a besta será adorada, é algo muito ignorado pelos
estudiosos de escatologia, porém tudo na palavra de Deus tem um significado. 

Apocalipse 13:4

"e adoraram o dragão porque deu a sua autoridade à besta; também adoraram a
besta, dizendo: Quem é semelhante à besta? Quem pode pelejar contra ela?"

A Escritura é clara em mostrar que somente Deus deve ser adorado, mas que o seu
povo se corrompeu com diversos deuses estranhos. 
Romanos 1:23

"e mudaram a glória do Deus incorruptível em semelhança da imagem de homem


corruptível, bem como de aves, quadrúpedes e répteis."

O apóstolo Paulo fala sobre uma substituição de Deus, que deixou de ser adorado
pelos homens que passaram a adorar os animais (bestas) da terra, as aves (os
espíritos) e os répteis (demônios). Com isso sabemos que os homens hoje estão mais
ligados ao materialismo, as coisas que são corruptíveis, do que o Criador de todas as
coisas.
Esta forma de adorar a besta está relacionado a alguns textos do antigo testamento
que mostram que os homens fazem imagens para adorar, no lugar de Deus. 

Isaías 40:18-20

"Com quem comparareis a Deus? Ou que coisa semelhante confrontareis com ele? O
artífice funde a imagem, e o ourives a cobre de ouro e cadeias de prata forja para
ela. O sacerdote idólatra escolhe madeira que não se corrompe e busca um artífice
perito para assentar uma imagem esculpida que não oscile."

Isaías 46:5-6

"A quem me comparareis para que eu lhe seja igual? E que coisa semelhante
confrontareis comigo? Os que gastam o ouro da bolsa e pesam a prata nas balanças
assalariam o ourives para que faça um deus e diante deste se prostram e se
inclinam."

O antigo templo devia representar a glória de Deus, e a arca da aliança servia com
um símbolo para mostrar que o Senhor pelejava por Israel. Porém o próprio construtor
do primeiro templo, se dispõe a dizer que "Deus não habita em templos feito por mãos
humanas", figurando que o próprio Criador formaria para si um templo. Entretanto o
povo não fazia a vontade de Deus, e desobedecia sua lei costantemente, por isso
Jesus precisou vir introduzir uma Nova Aliança, já que a antiga não estava sendo
eficaz.

Vejamos os minerais presentes no templo:

• Ouro
• Prata
• Bronze
Quando Deus vai dar a visão da estátua a Daniel ele escolhe três elementos que
figuram os principais minerais que eram utilizados na construção do templo e de seus
ultensílios.

- Cabeça de Ouro = Babilônia


- Peitos e Braços de Prata = Medo-Pérsia
- Ventre e Coxas de Bronze = Grécia

E esses mesmos elementos estão presentes na besta de Apocalipse treze, figurados


em três animais: leão, urso e leopardo.

- Boca de Leão
- Semelhança de Leopardo
- Pés de Urso

Os israelitas da carne formaram para si um reino bestial, e continuam a acreditar que


Deus os tornou prósperos, porém como o próprio salmista diz a prosperidade deles é
uma armadilha por terem rejeitado a Cristo. E dessa mesma forma no fim, a besta que
emergiu do mar (a nação de Israel revivida) vai acreditar que o Criador está do seu
lado, e por isso irão honrar mais a sua nação do que a ele. Com isso enquanto os
falsos profetas de Jerusalém pensarem que Deus lhes trouxe "paz e segurança"
sobrevirá "repentina destruíção". 

Jeremias 8:11-12

"Curam superficialmente a ferida do meu povo, dizendo: Paz, paz; quando não há
paz. Serão envergonhados, porque cometem abominação sem sentir por isso
vergonha; nem sabem que coisa é envergonhar-se. Portanto, cairão com os que
caem; quando eu os castigar, tropeçarão, diz o SENHOR."

CONCLUSÃO

Com isso concluímos que a besta de Apocalipse treze, não se trata de muitas nações,
mas sim, uma união de duas etnias, as quais formaram para si uma nova nação, que
tem por título hoje, Israel. Ainda que o povo de Deus não esteja mais limitado a uma
raça, mas sim, a todo aquele que crer no sacrifício de Cristo, pois ele nos curou da
ferida que tinhamos por causa do pecado. E enquanto o povo de Israel não
reconhecer que precisa do Senhor Jesus para ser salvo, a ira de Deus permanece
sobre eles.

 Isaías 53:5-6

"Mas ele foi traspassado pelas nossas transgressões e moído pelas nossas
iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras
fomos sarados. Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas; cada um se
desviava pelo caminho, mas o SENHOR fez cair sobre ele a iniqüidade de nós todos."

IRMÃOS QUE ME AUXILIARAM NO ESTUDO:

• Alexandre
• Emanuel F
• Israel Fontoura
• Luiz Shimoyama
• Steven Anderson

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