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iITULO 2 Os FUNDAMENTOS DA OFERTA E DA DEMANDA ETP 2.1. Oferta e demande 2.2 O mecanismo de mercado 2.3 Mudangas no eauilibrio do mercado 2.4 Elasticidades do oferta © da demand 2.5 Elasticidades de curto prazo versus elasticidades de longo praz0 *2.6 Compreendendo e prevendo os efeitos das modificagSes nas condigées de mercado 2.7 Eleitos da iniervencao governamental = controle de pregos SEs UT 2.1 O prego dos ovos e o custo do ensino universitario analisados novamente 2.2 A desigualdode salarial nos Estados Unidos 2.3 O comportamento de longo prazo dos precos dos recursos naturais 2.4 Os efeitos do 11 de setembro na oferta e na demanda de iméveis comerciais em Nove York 2.5 O mercado de trigo 2.6 A demanda por gasolina e auioméveis 2.7 Oclima no Brasil e 0 preco do café em Nova York 2.8 A demando declinante e a evolucéo do preco do cobre 2.9 Aalto forgada no mercado mundial de pelrdleo 2.10 Controle de presos e escassez de gés nalural econdmica é comecar pelos fundamentos da oferta e da deman- dda, A analise da oferta e da demanda é uma ferramenta essen cial e poderosa que pode ser aplicada a uma ampla variedade de ques- ties interessantes e importantes, Dentre elas poslemos citar U ma das melhores maneciras de perceber a relevancia da ciéncia ™ A compreensio ¢ a previsio de como as variagGes nas condi- «bes ccondmicas Taundiais podem afctar o preso de mercado ea producio, ® Aavaliagéo do impacto dos controles governamentais de pre- 05, do salério minimo, de suporte dos pregos e dos incenti- vos i produ ® A determinacdo do modo como os impostos, os subsfdies, as tarifas eas cotas de importacio afetam consumidores ¢ pro- dtores. Comecaremos com uma revisio da maneira como as curvas da ‘oferta e da demanda sao iilizadas para descrever 0 necaniso de era do, Nao havendo intervencéo governamental {por exemplo, por meio da Imposigao de controles de precos ou qualquer eutra politica de regula ‘mentacio), a oferta ea demanda de uma mercadoria eatrario em equi- librio, determinando seu preco de mercado, bem como a quantidade produzida. Tal prego e tal quantidade dependerao das caracteristicas es- pectficas da oferta e da demanda, As variagies do prego e da quantidade a0 longo do tempo dependem de como a oferta e a demanda reagem a ‘outras variaveis econdmicas, como a atividade econOmica agregada ¢ os ccustos da mao-de-obra, que também podem estar softendo alveracbes. Discutiremas, portanto, as caracteristicas da oferta eda demanda, ‘e como elas podem diferir de um mercado para outro, Pederemos, en- ‘fo, dar inicio ao uso das curvas de oferta e demanda para compreender dliversos fendmenos — por exemplo, a causa da continua queda no prego de algumas commodities bisicas durante longos periodos, enquanto os precos de outras mercadorias sofreram grandes flutuacdes: por quc ‘ocorre escasser. de mercadorias em determinadas mercados; ea raz0 pela qual o antincio de planos para politicas governamentais futuras ou as previsoes a respeito de condigies econdmicas podem afetar mercados -muito antes de tais poiticas ou condigdes se tornarem realidade. ‘Além de compreender quatitativamente como a quantidade eo pre- {go de mercado sao determinados e como variam ao longo do tempo, & fambém importante saber como eles poslem ser analisados quantitativ- ‘meme. Veremos como cilculos simples podem ser wilizados para ana- lisare prever o desentolar das condigies de mercado, Além disso, mostra- rremos a Teaco dos mercados is flutuacées macroecondmicas domésticas 18 | Parte _vrrooucio: Mercapos F PRECOS canve da oferta Rela. ‘do enre-08 qvantidades cde um bem que es produ tocesdessiom vender eo re¢o dese bom, ¢ internacionais ¢ a0s efeitos das intervenci ss govemamentais, Procuraremos reforgar essa compreensio ‘com exemplos simples ¢ recomendando que vor? faga alguns exeretcios ao final de cada capftato, (iTS TUN © modelo basic da oferta e da demanda € 0 instrumento-chave da microeconomia. le ajuda a compreender por que ¢ como 0s precos mudam ¢ 6 que acontece quando govero intervém em um mercado, O modelo da oferta e da demanda combina dois concsitos importantes: acu da oe ea ci vada demanda, E importante entender precisamente o que esas das curvasrepresentam, A curva pA oFeRTA A.curya da oferta informa-nos a quantidade de mercadoria que os produtores estéo dispastes a vender a determinado prego, mantendo-se constantes quaisquer fatores que possam afetar a quantidade ofertada, A curva S da Figura 2.1 ilustra isso, O eixo vertical do grafico mostra o preco da mercadatia, 2, medio em dlares por unidade. Esse € 0 prego que os vendedores recebem por determinada quantidade ofertada, 0 cixo horizontal mostra a quantidade total ofertada, Q, medida em unidades por period, ‘A-curva da oferta 6, assim, uma relagao entre quantidade ofertada e preso. Poems escrever es- sa relagio por meio de uma equacao: & ‘ou podemos desenhé-la graficamente, como na Figura 2.1 Observe que, na Figura 21, a curva da oferta é ascendente porque, quanto mais alto for 0 preco,, maior sera a capacidade eo desjo das empresas de praduzi e vender. Por exemplo, um prego mais alto pode per iitir que as empresas existentes aumentem sua produgéo no curto prazo, por meio da contratagio de trabalhadores aticionais, ov entao por meio de horas extras trabalhadas pelos funcionaios atuais (a lum custo mais alto para a empresa); podem também aumentar a producae no longo prazo, por meio da expansdo de suas fabricas. 0 preco mais alo também pode atrair para o mercado novas empresas, que se defrontam com custos mais altos, em virtude de sua inexperiéncia, ¢ que, portanto, teriam conside- rado nao vantajosa sua entrada no mercado a pregos mais baixos, AP) ‘OUTRAS VARIAVEIS QUE AFETAM A OFERTA A quantidade ofeitada pode depender de outras varkiveis alémn do preco, Por exemplo, a quantidade que os produtores desejam vender depend nao apenas de prego {que recebem, mas também de seus custos de produgao, incluind-se af salirins, taxa de juros e 0 custo Preso a ‘Quantidade A ccurva da oferta, denominada § na figura, mostra come a quantidade ofertada de um bem muila conforme ‘ prego ilesse hem softealteragdes, A cuava da oferta € ascendente: quanta mais altos os precos, malor a c2- pacidade eo desejo das empresas de produit e vender. Se 0 custo de progucdo cai as empresas podem peo urie a mesma quantidade com um preco menor eu uima quantidade maior com o mesmo prega. A curva da oferta desioca-se, emiao, para a diteta (de'8 paras). Capirute 2 Os Fursanentos os Orem £0 Denanon | 19 ddas matérias-primas, A curva da oferta, indicada por $na Figura 2.1, foi desenhada para valores parti- ‘culares dessas ras vazlaveis, Ursa aruudanga nos valores de wma ou de mals de urna dessas varidveis (radur-se em um deslocamento na curva da oferta. Vejamos conto issa poderia aconteccr. ‘Acoma da oferta §na Figura 2.1 mostra que, ao prec P, a quaatikiade pradurida ¢ vendida seria , Stponbamos agora qe o custo das matérias-primas va. Como isso afeta a curva da oferta? Com eustos de matérias-primas mais baixos ~ na veidade, com qualsquer castor meaores-, &pro- ‘éucdo se tora mais hucrativa¢ isso estimula as empresas exlstentes a expandir a produgdo ¢ possibilita «a entrada de nowas empresas no mercado, Se ao mesmo tempo a preco de mercado se mantém constant teem P,, devernas observar uma quantidade ofertada maior. A Figura 2.1 mostza isso como um aumen- tw de Q, para 0,, Quando os custo de progugéo ceem, a produce avunenta, seja 0 gue for que ecorta com (5 pregbs de mercado, Tada a curva ta oferta ends se destoca para a drat, 0 que & mostrado na figura como tna mudanga de S paras Outro mode de olharo efeito de uma queda no custo das matérias-primas ¢imaginar que a qvan- idade produzida permanece [ixa em Q, e depois perguntar que prevo seria pedido pelas empresas que vo produzir essa quantidade, Como seus custos esta menores, elas aceitarao um prego menor —P.. E Isso ocometia qualquer que fosse a quantidade produzida, Novamente, vemos na Figura 2,1 que a car ve da oferta deve se deslocar para a divcita, Vietos que a resposta da quantidadte ofertada as varlagdes ne prego pode ser representada por mo- vimentos aa long da curva de oferz, No entanto, a resposta da oferta 3s nrudancas nas outras varidveis, decerminantes da oferta refete-se graficamente com ura muda me prpria curva da oferta, A inn de istinguir essas duas madangas graficas nas condighes da oferta, op ecuno:mislas freqientemiente om- pregam a expresséo nadanya na oferta para se referir ans deslocatmentos na.curva da oferta, bem corto a expresso mudanca na quantidade ojertade para os movimentos ao longo da propria curva da oferta, A CURVA DA DEMANDA A curva da demanda informa-nos a quanticade que os consumidotes desejam comprar meti- a que smuda 0 preso unitério. Podemos escrever essa relagdo entre a quantidade demandada ¢ as pre- ‘gos como uma equack Q.= QP) ‘ou podernos desenhi-la graficamente come na Figura 2.2. Nate que a curva da temanda nessa figure, indicacia por D. descendeme: 0s consumidores gcralmente esto dispostos a comprar quantidades maio- tes Se 0 preso esta mais baixo. Por exemple. usa prego mais baixo pode estimular consuridores que j4 enka adquirido tal mercadoria « consumtir quartidades maiores. Aiém disso, pode permitir que ou- Prego a a @;— Quantitade A curva do demonda ‘A curva é3 demanda, inélcada por D, mostra como a quantidade demarslada pelos cansucpldates depende Alo preca, Bla & descondeate ~ isto é, mantendo-se tele 9 mais onstante, os consusaideces kesejario come: pray uma quantidade maior de ne beim conforme. prego cai. A quantidade demandada pode também de poner de outras varidveis, tas como a renda. o china ¢ 0s preyos de ouitas bens, Para niuitos pruduios, & uantidede demandsds aumenta quando a ends aumenta, Uma renda mais alta deslaca a carva da de- manda pata a diseita [le D para 0) turva da demande Ree logic one @ quonidode ‘de win bom que es conse midoas dosejam adauice cepa dele 20 Parte! _INTRODUCKO: MERCADOS & PRECOS subsivies Deis bens 280. swbslios quando ‘um aumento no preco de um delesprovoca um au mento na quantidede de> mmondade do euro complementares Doi bens 80, complement res quondo um oumenis no roo do. um dolor provoco ume queda na ‘quontidede demandada cde outro, prego de aqullorio fev de belanceemento. do mereade) Preco gue. igunle.s qvontidade of todo com 0 quontdade demondada, mocanismo de mercado Tendaneia dos preconse mmodifearem num marca de ve et que ho be lenceomente do mercado, tos consumidlores que anteriormente nao dispunliam de poder aquisitive para comprar tal mercadoria ccomecem 2 adquiti-la, CObviamente, a quantidade de um bem que os consumidores esto dispostos a comprar pode de- pender de outras variaveis, além de seu proprio preco. A renda ¢ especialmente importante. Com renda maior, 0s consumidores postem gastar mais em qualquer ds bens disponivels, e alguns consumidares fardo isso com muitos bens. DESLOCANDO A CURVADA DEMANDA Yejamos o que acomtece com a curva da demanda se 6 nivel da ren- dda aumenta, Como voce porde ver na Figura 22, se o preco de mercado fosse constante em P,, seria de esperar tm aumento da quuantidade demandada ~ digamos, de Q, para Q,, como resultado da renda mais alta dos consumidores. Como esse aumento ocorreria qualquer que fosse o prego de mercado, 0 resultado seria um desiocamento para a direta de toda a curva da demaida, Na figura, iss0 € mostrado co- mo um deslocamento de D para D’. Alernativamente, podemos perguntar que prego 0s consumiidores pagariam para adquirir dada quantidade Q, Com uma renda maior, eles poderiam estar dispestos a pa- gar um preco mais alto ~ digamos, P, em vez de P,, na Figura 2.2, Novamente, a curva da demanda é des locada para a direta, Tal como mencionamos no caso da oferta, empregaremos a expresso mtudania ta ‘demanda para nos referirmos aos deslocamentos da curva da demanda, e a expresso mudancas nas ‘quantiades demanutadas para a situacao em que acorrem mavimentos ao longo da curva da demanda.' BENS SUBSTTUTOS E COMPLEMENTARES Mudancas nos pregos de bens relacionadas também afetam a de- manda. Os bens sao substitutes quando um aumento no prego de um deles produz um aumenco na quantidade demandada do outro. Por exemplo, o cobre ¢ oaluminio so bens substitutos. Peo fato de ca- dla um deles poder ser substituido pelo outro em muitos usos industias, a quantiade demandada de cobre sswentard sprig do six subir. De igual modo, a carne de vaca €a care de frango s4o bens subs tutos, uma ver que muitos consumidores decidem substituir uma pea outra quando seus pregos madam. (0s bens sio complementares quando um aumento no prego de tm dees leva a um decrésci- mo na quantidade demandada do outro. Por exemplo, automéveis e gasolina sio bens complementa- res. Como tendem a ser usados em canjunto, um decréscimo no preco da gasolina aumenta a quanti- dade demandada de automévels. De igual modo, computadores e programas de computadores s30 bens complementares. 0 preco dos computadores caiu drasticamente na dltima década, propiciando tum aumento no apenas das compras dos préprios computadores, mas tambbém das compras de paco- tes de programas para computadores Arbuimos o deslocamento para a direta da curva da demanda na Figura 2.2 a um aumento da renda, No entanto, esse deslocamento poderia scr resultado tante de um aumento no prego de um bem substitute quanto do deeréseimo no prego de um bem complementar. Ou, ainda, poderia ser resultado da alteracdo de lguma outra varivel tal como o clima. Por exemplo, as curvas da demanda por esquis para neve e pranchas de snowboard se deslocardo para a direta sempre que houver grandes nevascas. 2.2 DRIEST 0 proximo passo consiste em colocar a curva da oferta ea curva da demanda juntas, Isso € Feito nna Figura 23. 0 eixo vertical mostra o prego de um bem, 2, novamente medide em d6lares por unida- de, Esse € agora o prego que os vendedores reeebem por dada quantidade ofertada e o preco que os com- pradores pagam por dada quantidade demandada. 0 eixo horizontal mostra a quantidade total deman- dada e ofertada, Q, medida por meio do ntimero de unidades por period, Equtisrio No ponto em que as duas curvas se cruzam, dizemos que foram atingidos a quantidade e o prego de equilibrio ou de balanceamento do mercado. Nesse prego (P, na Figura 2.3}. a quantida~ de ofertada e a quantidade demandada sao exatamente iguais (a Q,), Denomina-se mecanismo de mercado a tendéncia, em mercados livres, de que 0 prego se modifique até que 0 mercado se tome ba- lanceado ow sefa, até que a quantidade ofertada e a quantidade demandada sejam iguais. Nesse ponto, rio hi escasser nem excesso de oferta, de tal forma que nao existe pressio para que 0 prego continue se modificando. A oferta e a demanda podem ngo estar sempre em equilfbrio, e em alguns mercalos 0 balanceamento pode demorar quando as condigdes sio modiicadas repentinamente. A fendéncia, pox rém, € de que os mercados se tornem balanceados, ‘Matematicamente, demos eserever a curva da demanda como a, = PR) ‘onde Fa renda disponivel. Ao desenharmos a curva da demanda, estamos mantendl fxn, Capinuio 2 Os Funnanentos on Orem ep Denna | 21 Prego (délares por unidade) Excess Escassez 2% ‘Quantidade No prego 2,ena quantidade Q,,o mercado torna-se balanceado, A tm prego. 1, portanto, @ prego cai. tim preco mais baixo, Bhi um excesso de demand, ¢ entao 0 preco sobe lon, ,, ha um excesso de ofer Para compreencletmos por que os mercados tendem a se tornar balanceados, suponhamos que o preco fosse inicialmente superior ao nivel de balanceamento do mercado —digamos que losse P,, 2 Fi gura 2.3, Dessa maneira, 05 produtotes procurariana produzir e venwler quantidades maiores do que os ‘compradores estariam dispostos a adquirir. Haveria um excesso de oferta, situacdo na qual a quanti- dade oferecida excede a quantidade demandada. Para que tal excedente pudesse ser vendido, on pelo menos pudesse parar de crescer, os produtores comegariam a reduzit seus pregos. Por fim, conforme 0 prego cafsse, a quantidade demandada aumentariae a quantidade ofertada diminuiria, até que 0 preco de equilibrio, P,, fesse alcangado. Acontecetia 0 oposto caso 0 prego inicial estivesse abaixo de, ~ digamos que em P,. Ocorretia, cenido, uma eseassez de oferta -situacio na qual a quantidade demiandacia excedte a quantidade ofer- ada ~¢ 05 consumidores ndo conseguiriam comprar toda a quantidade que desejariam. Isso ocasiona- ria uma pressio ascendente sobre os pregos. 4 meibida que os compradores se mostrassem dispostos a pagar mais pelas quantiddades existentes € 0s produtores reagissem com aumentos de prego de prod- ‘io. E, novamente, o prego acabaria chegando a P,. ‘QuANo0 rODEHOS EMPREGAR O MODELO DA OFERIAE DA DENANDA? Quando desenhamos ¢ utlzamos cur- vas de oferta e demanda, estamos supondo que, em qualquer nivel de prego, determinada quantidade ddevers ser produzilae vena. Isso faz sentido apenas quando o mercado & pelo menos, quase compe- ‘vw. Com isso queremos dizer que tanto vendedores quanto compradores deveriam dispor de pouco po- der de mercado isto , pequena capacidade de aftarindvidualmemeo prego de mercado). Suponhamos, em ver disso, que a oferta fosse contrlada por um tnico prexutor ~ ur monopelis- ta, Nesse caso, no haveria mais uma correspondéncia de um paca umn entre precoe quantidade ofertada 1ss0 acorte porque o comportamento do monopolsta depend da forma eda psig da curva da deman- da. Sea curva da demanila se modificasse de determinada maneira, poderia inieressar ao monopolista mianter a quantidadefixa, mas alterando o preco, eit entao manter 0 prego fixe, modificando a quantida- de, (No Capitulo 10 explicaremos comp isso poderia ocorrer) Sendo assim, 2 medida que tragamios curvas de ofertae demanda, implictamente assumimos que estamos nos referindo a um mercado competitive. PCB MUDANCAS NO EQUILIBRIO DO MERCADO ‘Vimos como as curvas da oferta e da demanda se deslocam em respasta as mudangas em variéveis, ‘como salirios, custos de capital e renda. Vimos também como 0 mecanismo de mercado produz wm equi- librio em que a quantidade ofertada ¢ igual & quantidade demandada, Veremos, agora, como esse equill- brio se altera em face de deslocamentos nas curvas da demanda e da oferta Consideremos, de inicio, um destocamento na curva da oferta, Na Figura 2.4, a curva da ofer= ta se desloca de S para S” (como ja aconteceu na Figura 2.1), talvez em razao de uma queda no pre- ‘co das matérias-primas, Conseqitentemente, o prego de mercado cai (de P, para P,) ¢ a quantidade total produzida aumenta (de Q, para Q,). Isto € o que devemos esperar: menores custos resuliam excesso de oferta Si Ngeée na qual « quomi- dade oferedo oxcede @ ‘quontidade demondodo, sccosser de oferta Si Naede na gual « quent dode damondoda excode fa quontdade oferioda 22) | Parr Inrmooucko: MERCADOS F PRECOS Prego QQ Quantidade [GEEEEEZ] Novo equilibrio apés um deslocamento da oferta Quando a cur quantidade m da oferta se destoca para a diteita, o mercado se equilibra a um prego mais baiso P, ¢auima a. ‘em menores pregos e em aumento das vendas. (Na verdade, quedas graduais nos custos resulian- tes do progresso tecnolégico ¢ de uma melhor administracdo sdo importantes forcas para o cresci- mento econdmico.) A Figura 2.5 mostra o que acontece depois que ocorre um deslacamento para a direita na curva da emanda, o qual ven a ser resultado, digamos, de um aumento da tenda, Ur novo preco e uma nova ‘quantidade se estabelecem depois que a oferta e a demand se equilibram, Como € mostrado na Figura 2.5, os consumidores, agora, esto pagandlo um prego mais alto, P,, € as empresas estdo produzindo uma quantidade maior, Q,, em conseqiiéncia do aumento da renda, Em muitos mercados, tanto a demanda quanto a oferta se deslocam de tempos em tempos. A ren- da disponivel dos consumidores aumenta conforme a economia cresce (ou se contrai durante os peri dos de recessao econémica). A demanda por alguns bens muda de acordo com as estagbes (por exem- plo, guarda-chuvas, roupas de praia), com as variagdes des pregos des bens relacionados (um aumento rho prego do petzélee leva a um aumento na demanda de gis natural), ou simplesmente por causa de Prego Qs Quantidade [FEEEEEIG Nove equilibrio apés deslocamento da demanda ‘Quando a curva da demanda se desloca para a direita, o mercado se equilibra a um preco mais alto P,ea uma quantidade maior Capinui 2 Os Funnanentos 04 Orem eDa Dewanoa | 23) Pree ‘Quantidade [EERIE Novo equilibrio apés deslocamentos da oferta e da demanda As curvas da oferta e da demanda deslocam-se ao longo do tempo em resposta ds mudangas das condichies de mercado. Neste exemplo, o deslacam to pata a direita de ambas as curvas resulta em um preco lige ‘mente mals ato que o anterior eem uma quantidade bem malor quea anterior Em geral, o prego ¢ a quan. Lidade soirem modificagées que dependem do lamanho dos deslecamentas das eurvas da oferta eda deman- dda e também da inclinagao delas mudlangas nos gostos. De modo similar, os sarios, custos de capital e o preco das macévias-primas tam- bém muidam de tempos em tempos, ¢ essas maudancas alteram a posigo da curva da oferta As curvas da oferta ¢ da demanda também podem ser empregadas para acompanhar os efeitos dessas mudangas. Na Figura 2.6, por exemplo, deslocamentos para a direita, tanto da curva da oferta quanto da curva da demanda, resultam num ligeiro aumento no prego (de P, para P,) enum grande au- mento na quantidade (de Q, para Q,), Em geral, o prego e a quantidade do se modificar em funcao de quanto as curvas da oferta ¢ da demand vao se deslocar, asim como em fungéo das formas dlessas cur- vas, Para prever a dimensio ¢ a diregao dessas mudancas, precisamos saber caracterizar quantitativa- mente a dependéncia da oferta ¢ da demanda em relacio aos precos ¢ a outras varidveis, Trataremos esse assunto na préxima secio. O preco dos ovos e o custo do ensino universitario analisados novamente ranjas reduziu drasticamente o custo dos ovos, nrudando a curva da oferta para baixo, Aomesmo tem: po, a curva da demanda por oves deslocoui-se para a esquerda, devido a populagao ter se comado mals consciente dos cuidados com a satide, mudando scus habitos alimentares c evitando comer ovos. Como resultado, nao apenas o preco real dos ovos declinou drasticamente, mas também o consumo anual aumentou apenas levemente (de 5,3 bilhdes de dizias para 5,9 bilhdes de dizias). Emi relagao ao ensino universitario, a oferta e a demania se destacaram em diregdes opostas, © aumento nos custos para equipar e manter as modernas salas de aula, os Iaboratdrios e as biblio: tecas, somado ao aumento no salario dos funciondrios, deslocou a curva da oferta para cima, Ao mes- mo tempo,a curva da demanda deslocou-se para a direita, porque um maior percentual de alunos que se formaram no ensino médio decidiu que © ensino universitario era essencial, Portant, a des. peito do aumento no prego, o ndimero de estudantes matriculados cresceu de 7.4 milhées em 1970 para mais de 13 milhies em 2002, No Exemplo 1.3, vimos que, de 1970 a 2002, 0 preco real da diizia de ovos (em délares constantes) caity em 74%, enquanto o prego real do ensino universitario au mentou em 55%, 0 que teria causado 0 forte declinio no preci dos ovos ¢ 6 considerdvel aumento no prece do ensi no universitério? Para compreendermos a mudanga nos precos, devemos ‘examinar a evolucao da oferta e da demanda de cada um dos produtos, como mosttado na Figura 27, A mecanizagéo das 24 Parte! _INTRODUCKO: MERCADOS F PRECOS a fom dolates Siro (custoanual de 1970 ‘em dares s, por e190) ‘an sligiay 3917 Son sos 2530 8022 Proor 74 Ba @ allies de estudantes matrculados) @ ©) GETISERA (0) Mercado de ovos (b) Mercado do ensino universitério (a) Acurva da oferta de ovos deslocou-se para baixo como resultado da queda nos custos de produgao, ea curva da demand deslocou-se pa- ra esquerda convo resullado da mudanga nas prefeténcias dos consumidores, Assim, prego real dos ovos cai drasticamentee oconstimo ‘aummentouligezamente, (b) A curva da oferta do ensino universitario deslocou.-se para cima com resultado do aumento nas custos de equi ‘pamentos, manutengio e pessoal. A curva da demanida deslocou-se para a direta como resultado do aumento de estudantes secundatistas ‘quereneio cursar uma universidade. Assim, tanto o prego real quanto 0 nlmero de alunos matriculados cresceram significativamente, Embora a economia norte-americana tenha erescide vigorosamente ducante as duas ditimas décadas, os ganhos decorrentes desse processo de crescimento nao foram repartidos igualmente, Os trabalhadores especializados bem rermunerades viram seu salério crescer substancialmente, enquan: to 0 salario dos trabathadores nao especializados, mal remunerados, reduziu-se levermente ern ter ‘mos reais. De modo geral, houve um aumento no grau de desigualdade da distribuicdo de renda, caracterizando um fendmeno que comecou por volta de 1980 e se acelerou nos tiltims anos. Por cexemplo, de 1978 a 2001, 05 20% no topo da distribuicéo de renda experimentaram um aumento er sua renda familiar média, real ¢ antes dos impostos (ou seja, a renda bruta ajustada pela inflagao), de 52%, enquanto os 20% na base viram sua renda bruta média subir apenas 8%." Por quea distribuicio de renda se tornou muito mais desigual durante as duas tihimas décadas? A resposta encontra-se na demanda e na oferta de trabalhadores. Enquanto a oferta de trabalhadores no qualificados — ou seja, pessoas com pouca instrugao ~ cresceu substancialmente, a demanda par esse tipo de mao-de-obra suibiu apenas levemente. O destocamento da curva da oferta para a diteita, combinado com um pequeno movimento da curva da demanda, provocou a queda no salério dos tra bathadores nao especializados. Por outro lado, enquanto a oferta de trabalhadores qualificados — por exemplo, engenheiros, cientistas, gerentes e economistas ~ cresceu apenas levemente, a demanda par cesses profissionais cresceu drasticamente, clevando o salério deles. (Deixamos para o leitoy, como uma cexercieio, a tarefa de desenhar as curvas da oferta ¢ da demanda mostrando o que ocorreu, tal como fo feito no Exemplo 2.1.) Essas tendéncias sio evidentes quando se observa a evoludo dos salarios das diferentes cate gorias profissionais. Por exemple, os ganhos reais (cortigidos pela inflagio) semanas dos trabalha- ores especializados (ais como profissionats das areas imobiliéra, securitéria e financeira) cresceu Se verifcarmos esses valores apis o impute, veremos que o crescimtento da desigualdlade € ainda maior; a renda mela teal ap6s os impostos (sto, quia) dos 20% mals pobres ci ness periodo. Para dados histércos sobre a esigualdade de renda nos Estados Unidas, consute “Historical Income Inequality Tables”, no site do US. Census ‘Bureau: hip://verw.census gov. Capinuio 2 Os Funnanentos 04 Orem Epa Dewanoa | 25) aais de 30% entre 1980 e 2001. No mesmo period, a renda real semanal dos trabalhadores menos quatificados (yenddedores do vareo, por exemplo} cai mas de 8%" -Muitas projegées apontam para uma continuidade dessa tendéncia durante a préxima década Com o crescimento dos sctores de alta tecnologia da economia norte-americana, a demanda por ra- balhadores altamente especializados deve erescer ainda mais. Ao mesmo temapo, a informatizagao dios eserit6riose das fabricasreduzta ainda mais © ndmero de vagas para trabalhadores no especia lizados. (Essa tendéncia ainda serddiscutida no Exemplo 147.) Tals mudangas sé podem piorar ade sigualdade salarial Hoje, muitos se preocupam com os recursos naturais do planeta. Essas pessoas se perguntam se as fontes de cenergia ¢ os recursos minerais podem vir a se esgotar em um futuro proximo, fazendo com que os pregos disparem, © que poderia pir um fim ao crescimento econémico, Uma anilise da oferta e da demanda pode nos fornecer alguma perspectiva sobre o tema, O planeta, é evidente, tem uma quantidade limitada de recursos minerais, tais como cobre, ferro, carvao e pettsleo, Durante o siltimo século, porém, os precos desses ¢ de mul los outros recursos minerais declinaram ou permaneceram quase constantes em relagio ae indice geral de pregos. A Figura 2.8, por exemplo, mostra o preco do cobre em termos reais (ajustado pela inflacao), assim como a quantidade consumida entre 1880 e 2002 (ambos sao apresentados na for ‘ma de indice, considerando-se 1880 = 1), Apesar das variagdes le eurto prazo nos pregos, nao se ‘observou nenbum aumento de longo prazo, muito embora o consumo anual seja atualmente cerca wos oo n Consumo 1880 1900 1920 1940 1960 1980 2000 Consumo e prego do cobr, 1880-2002 © constumo anual de cobre cresceu cerca de cem vezes no perfodo, mas o preso real (ajustado pela inflagio} variow pone * ara dos detalhados sobre remuneraci. visite a seco “Detailed Statistics" no site do Bureau of Labor Slatistcs (BLS): hip://wwwbls.gov/. Escolha "Employment, Hours, and Earnings from the Current Employment Statistics survey (National)” 26 Parte! _INTRODUCKO: MERCADOS F PRECOS Prego Sion ig Tisetéria de longo prazo do prego edo consumo Pre Dives Dram ‘Quantidade (FETIEELG) eslocamentos de longo prazo da oferta e da demanda de recursos minerais ‘A demanda pela maioria dos recursos aumentou drasticamente no século XX, may os pregoscairam ou subi- Yam pouco em termos seais (com ajuste pela inflacio), devide a consideravel reducao dos custos, que desto~ cou a curva da oferta significativamente para a direita de 100 vezes maior que em 1880, Padrdes semelhantes sdo vélidos para outros recursos minerais, como o ferro, 0 petréleo ¢ 0 carvao. A demanda por tais recursos cresceu juntamente com a economia mundial. (Os destoca: ‘mentos da curva da demanda encontram-se ilustrados na Figura 2.9.) No entanto, & medida que 1 demanda cresceu, 05 custos de producGo foram reduzidos. Essa reducao deveu-se, em primeiro lugar, a descoberia de reservas maiores, que apresentaram menores custos de lavra, ¢, em segun- do lugat, ao progresso tecnolégico ¢ & vantagem econimica das operacées de mineracio ¢ refina- ‘mento em larga escala, Conseqiientemente, a curva da oferta deslocou-se para a direita ao longo do tempo, No longo prazo, os deslocamentes da curva da oferta foram maiores gue os desloca: _mentos da curva da demanda, de tal forma que o prego apresentou repetidas quedas, como mos. tra a Figura 2.9. Isso nao significa que os pregos do cobre, do Fert e do varvdo devam dectinar ou permanecer cons. tantes para sempre, pois tais recursos so finits. Contudo, & medida que os pregos comecarem a subi, 0 consumo provavelmente mudari, pelo menos em parte, para matetiais substitutes. Par exemplo, 0 co bre em muitas de suas aplicagées foi substivufdo pelo aluminio ¢, mais recentemente, pela fibra 6tica na cletrOnica, (Veja 0 Exemplo 2.7 para uma discassao mais detalhada a respeito do preco do cobre.) © ataque terrorista que atingiu o complexo do World Trade Center (WTC) em 11 de setembro de 2001 danificou ou destruiu 21 edificios, que totalizavam aproximadamente $31,2 milhées de pés |quaitrados (2.800 quilbmetros quactrados) na area comercial de Manhattan ~ cerca de 10% da ofer~ {a total da cidade, Pouco antes do ataque, a taxa de desacupacao os escritorins em Manhattan era de 8%, € © aluguel médio cobrado era de $52,50 por pé quadrado ($565,10 por metro quadrado}. Apdsa imensae inesperada reducdo na quantidade de imOvels comerciais ofertados, poderfamos es perar um aumento no prego de equilibrio dos aluguéis ¢, com isso, uma queda na quamtidade de cequilfbrio dos iméveis comerciats. Além disso, como construir novos prédios comerciais e restaurar 0 danificados é um processo demorado, também posleriamos esperar por uma violenta queda na ta xa de desocupacio. Entre 1999 ¢ 2000, o indice de consumo de cobre nos Estados Unidos era de apreximadamente 102, mas depois sofreu uma queda signficaiva, em decorréncia da crise econdmica de 2001 e 2002. Os daos sobre consumo (1880-1899) e prego (1880-1969) da Figura 28 foram extraidos de Robert 8. Manthy Natura nsoure comedies: scenturyof sss. Baltimore: Johns Hopkins University Press, 1978. os dados mals recentes sobre prego €con- ‘sumo (1970-2002) vieram do U.S. Geologial Survey ~ Minerals Information, Copper Statistics and Information: bhp: /mineral. uses 90 Capinuto 2 Os Funnanentos oa Orem £04 Denanon | 27 Prego (datasesipe*) 4534 ara 0 572 Q 7A Espago (milibes dep [GETIEEEII Oferta e demanda de espaso comercial na cidade de Nova York pas 11 de setembro, a curva da oferta se desviou para 2 esquerda, mas a curva da demanda também se des- viow na mesma direcio ¢, assim, o prego do aluguel cai, Para surpresa geral, porém, a taxa de desocupacio em Manhattan cresce: daqueles 8% em agosto de 2001, passou para 9,3% em novembro de 2001. Além disso, ¢ prego médio do aluguel caiu, de $52,50 para $50,75 por pé’. No centro de Manhattan, onde ficava @ WTC, a mudanga foi ainda mais marcante. A taxa de desocupacao cresceu de 7,5% para 10.6%, € 0 prego médio do aluguel caitt aproximadamente 8%, ficando em $41,81. 0 que houve? Os precos cairam porque a demanda por iméveis comerciais diminuiu, A Figura 2.10 descreve o mercado para iméveis comerciais no centro de Manhattan. As curvas de oferta e demanda antes de 11 de setembto sdo representadas por 5.,,€ D,- No equilibria, prego ‘©6 espaco comercial eram de $45,34 por pe € 764 milhies de pés’, espectivamente, A redugdo na oferta, ecorrida de agosto a novembro, ¢ indicada por um desvio para a esquerda na curva de oferta (de S,, para S‘,); 0 resultado 6 um preco de equilibrio mais alto, ”, ¢ um espaco de equilibrio mais baixo, Q'- Esse € 0 resultado que muitos previram para os meses seguintes a 11 de setembro, Muitos especialistas nao previram, porém, a significativa diminuigae na demanda por iméveis ccomerciais que acompanhou a queda na oferta, Em primeiro lugar, muitas empresas, tivessemt sido desalojadas ou ndo, preferiram néo vollar ao centro por quest6es relacionadas & qualidade de vida (as ruinas do WTC, a poluicio, o transporte deficiente e um conjunto arquiteténico cm proceso de en- velhecimento eram fatores desestimulantes). As empresas desalojadas pelo ataque também foram “obrigadlas a rever sua necessidade de espago e, por fini, compraram de novo pouco mais de 50% de seu espaco original em Manhattan. Outras deixaram a regio, mas permaneceram na cidade de No- va York; outras, ainda, mudaram-se para New Jersey’ Além disso, no fim de 2001, a economia nor- te-ameticana passava por uma crise (exacerbada pelos eventos de 11 de setembro) que reduziu ainda mais a demanda por iméveis comerciais. Assim, a queda cumulativa na demanda (a mudanga de D,,, para D’,,) acabou fazendo com que o prego médio dos aluguéis comerciais no centro de Manhastant caisse, em ver de subit, nos meses posteriores ao ataque. Em novembro, embora o prego tivesse bai- xado para $41,81, ainda havia 57,2 milhdes de pés! desocupados, 2.4 BRST ue Jé vimos que a demanda por uma mercadoria depend de seu preco, bem como da renda do const -midor c dos precos de outras mercadorias. De modo semelhante, a oferta depencle do prego, bem como de ‘Veja Jason Bram, James Orr e Carol Rapaport, “Measuring the effets of zhe September 11 attack on New York City’, Federal Reserve Bank of New York, Bonomi oly viaw, now, 2002, 28 | Panrel InmopucKo: Mercavos £ PRECos losicidede Voviogs perceruol em ume var: ‘el quar do omer fede 1% neuro, otldadn de prego de ddemanda Porenlagen de vaiago na quaniider cde cemandada ce um bem gua rvuha de 1% de ‘uments ews prep. ‘curva de demand linear Curva da deimanda que tom afore de rn rte oulsas variveis que afelam os custos de produgio. Por exemple, 6 preco do café aumenta, a quantida- de demandada caird ¢ a quanticade oferiada aumentard, Contudo, muiras vezes desejamos saber quanta vai aumentar ou cair aoferia ou a demanda. Até que ponto a demanda do calé poderd ser aleiada? Se 0 rege aumentar em 107%, qual dover ser a variagac da demanda? Qual seria a variacéo da demanda seo nel de renda aumentasse em 59%? Citiizamos as elasteidades para responder a perguias come essas. ‘Aclasticldade mede quanto ume varidvel pode ser aferada por abtra, Mais especiticamente, ratae se de um mimero que nos informa a varagdoperesntel que acer et uaa var! come raga ao cure fede une porto percentua em outa varie Por exemnplo, a elstidade de prego da demanda maede quarto aquan- tidade demardada pode ser afetada por modificagées no prego. Ela nos informa qual a variacio percentval ‘na quantidage demandada de uma mercadoria apés. aumento de 1% no prego de tal reccadora, ELASTIIDADE DE PREGO DA DEMANDA Vamos examinar isso mais detalhadamente, Indicando a quantidade 0 prego como Qc P, poder expressar a elasticidade de preca da demanda da seguinte forma: , = (AQMEAP) ‘onde %4Q simplesracnte significa “variagao percentual de @" e SAP significa “variagdo percentual de P*.10 stimbolo Aéa tera grega deta makiscula c aqut significa “mudanga em”, Assim, por exemplo, AX significa “mudenge na veridvel X°, digamos, de am eno para outro.) A variacdo percentual de ama vvartével correspond a sua veriaqio absolute, dividida por se valor orignal. (Se 0 indice de Pregos a0 Con- sumidor fosse 200 no inicio do ano-e livesse aumentade para 204 no final do ano, sua variagao percen- twel -u taxa de inflacio anual - seria de 47200 = 0,92, ou seja, 2%.) Da mesma maneira, podemas ex- pressar a clasticidade de progo da demanda como:* aaie APP 40 oP B= ay A clasticidade de preco da demand € geralmente um ndmero wegative. Quando o prego de uma mercadoria aument, a quantidade demandada em geral cae, dessa forma, AZYAP (a variacSe da quan- tidade demandada corespoadentc a uma variagse 1 prego) & negativa c,poctanta, F, éum valor ne- gativo, As vezes nos referimos & magriiude da elasticidade de preco ~ isto€, a seu valor absolute, Yor ‘exemplo, se E, = 2, diremos que a clasticiéade & 2.om magnitude, ‘Quande aclasiedade ee prego ¢ superior a | em magnitude, dizemos que ademanda & elses a0 Prego, porque o percentiual de reducao da quantidade demandada é maior que percentual de aumento zo prego. Se. elastiidade de prego for menor que 1 em magnitude, dizernos quea demanda é ineléstica 49 prego, Em geral,aelasticidade de prego da demanda por uma metcadaria depenule da disponsbilidade de outras mercadorias que possam ser substiLuldas por ele, Quando existem substitutes, um aumenio ‘no prego faz cor que o consumidor passe a comprar menus de tal metcadoria ¢ mais do bern substitu te. Entio, a demanda seré allamente clistica ao prego. Quando nite existem substitutos, a demanda tenderd a ser inelistica a0 prego. CCURVA DA DEMANDA UNEAR A cqtacdo 2.1 indica que a clasticidare de preco da demanda cortesponde & variagio na quantidade associads A variacio no prego (AYAP) mulliplicada pela tazsio entteo pregoe a ‘quantidade (2/0), No entanco, 2 medida que nos movemos em diregio & parte inferior da eurva da de- manda, arelagSo 0/4? pods mudar, ¢ 0 prego €a quantidade esterfo serapre variando Fortanto, a elas ticidade de prego da demanda dove scr medida em ont ponte especie da curva da demande, cm sera 30+ frerd variagoes & medida que nos movermos ao longo da curva, so fica mais fecilmente visvel por meio de urte curva da demand Iinear, isto 6, de wna cur- vada demanda na forma Q=a-be Exemplificando, consideremos a seguince curva da demanda Q=8-27 Fara essa curva, AQP €constance ¢ igual 2-2 (ou seja, um AP de 1 resulta sempre em um 42 de =2), Entretanto, essa carva ro passui elasticidade conslante, Observe na Figura 2.11 que. medida que ‘nos movemies em diregdo & parte inferier da curva, cae valor da relagéo FQ, e, portanto, cai a magn tude da elasticdade. Nas proxictidades da interseccSo da curva com o cixo de pregos, @ muito peque- 10, se tal modo que &, = -2(P#0) apresemta clevada magnitude. Quande P = 2¢ = 4, B, = -1. Nain- terseccio com o eine de quantidade, P = Ge, portato, £, = 0. * tm terms de mudangas infinitesimais (considerando um AP berm poqwero}, E, ~ (PAQHACIAP. Capirur 2 Os Funnanentos oa Orem e Da Denna | 29 4 8 Quantidade (GEESE curva da demande linear A elasticitade de prego da demand depende ndo apenas da tnclinagdo da curva da demanda, mas também ddo prego e da quantidade, 4 elasticidade, entSo, varia av longo da curva conforme raudam os precos e a8 ‘quantidades, A inclinagio dessa curva da demanda linear € constante. Pr6xime a0 topo, o prego € alto ea (quantidade é pequena, entio a elasticidade é alta em magnitude. 4 elasticidade diminut 3 medida que nos ‘movemos para baixo ao longo da curva, ‘Como tracamos as curvas da slemanda (e da oferta) com o preco representado no exo vertical, ¢ | demanda initaente ‘a quantidade representada no eixo horizontal, AQ/A? = (/inelinagio da curva). Como resultado, para | See. Stvesbo dra. ‘qualquer combinagio entre prego ¢ quantidade, quanto mais acentuada for a inclinagio da curva, me- Ae ceo cinta. nor seré a elasticidade da demand. A Figura 2.12 apresenta dots casos especiais. A Figura 2.12(2) apre- | fdode que pudenen de senta ima curva da demanda que reflete uma demanda infinitamente elastica: os consumidores. geno bem a deteminode vao adquirir a quantidacte que puderem a determinado prego, Pt Nocaso de qualyuer aumento de pre- _prgg; a qualqsr pro ‘coacima desse nivel, mesmo que infimo, a quantidade demandada cai a zero; da mesma mancira, pa- mat ofe do que ee, 9 ra qaisquer redudes no prego, a quantidade demandada aumenta de forma ilimitada, A curva da de | danarda ca per ao; a manda na Figura 212(), por autto lado, reflete uma demanda completamente ineléstica: os con- Malet mas bao, sumidores adquirirdo uma quantidade fixa Q*, qualquer que seja o preco. Preso) Prego 5 > ‘Quantidade @ — Quantidade @) () [EEIEERE] (+1 demande infirtomene cisco {b) Demanda completamente inelastica (@) Para uma curva da demanda horizontal, AQ/AP € infinite, Como uma pequena mudianga no prego leva a uma enorme variagSo na (quantidade demandada, a elasticdade de preco da demanda ¢ infnica.¢b) Para uma curva da demanda vertical, @QIAP € zero. Como a ‘quantidade demandadla ¢a mesma, néo importa 0 prego, entio a elastichlade de prego da demandla 6 zero 30 | Parret Inmopucto: Mercavos # PRECos demonda complotamenie inclévica Siogte ds mercedo em que 03 con ‘umidarse desejam com rar determinade quoni- cede de um bem, inde pondentomenis de prog. ostcdade de renda de ddemanda Poresnlayem de vaviaeSo na quater de demandeda de um ber que resto de um ‘oumerto de 1% na rend de consumidor osicidede arwzado do denonda Poreenioger dle veragdo 9 quand db denandoda du ben cue rota ar 1% do oe ‘moo no prjede ot. lortldade de prego da ‘oferta Percentage de vatiagde no quantidads ‘olerada de um bem que resuha de 1% de oumerion crn su pega, clasiidode do demenda no pono Eesti de reso emum pee peri- Jordana da daronda. ‘OUTRAS HASTICIOADES DA DEMANDA Estarcmos também interessados em clasticidades da demanda erm relagio a cutras variaveis além do prego. Por excmplo, a demanda da maioria das mercadorias normal- ‘mente sumenta quando 2 renda agregada se clova. A elasticidade de renda da demanda corres- ponde a variagio percentual da quantidade demandada, Q resultanse de um aumento de 1% na ren- ia, faecame}e agig_1 da alr Gat A demanda por algumas mercaidorias é também inuenciada pelos pregos de otras mercaderias Por exemplo, pelo fato de a manteiga e a margarina paderem facitmente ser substituidas uma pela one tra, a demanca de cada uma delas depende do prego da outa, 4 elasticidade prego cruzada da de- manda” refere-se & variacio percentual da quantidade demandada de uma mercadoria que cesuitars ‘no aumento de ura ponto percentual no preco de uma outta. Dessa maneira, a elasticidade da deman- dda da manteige em telagio a0 prego da margarina seria expressa como: 2, 2.5 ts apie, 2) (23) onde 0, é a quantidade de manceiga ¢ 7, ¢0 preco da margarina, Nesse exemplo, as lasticidades cruzadas serao positives porque os produtas sio subsite, is- to ¢ concorrem no mercado; um aumento no prego da mazgazina, tornando a mantelga relauva- ‘mente mais barata que cla, resulta em um aumento na demanda por manteiga. (A curva da deman- dda da manteiga se desiocaré para a direta. de tal forma que seu prego aumentard,) No entanto, nem sempre é isso 0 que ocorre. Alguns bens sao camplemeniaves: como tender a ser ttilizados em cane Junto, um aumento no prece de wm deles tende a reduzir o consuano do outro, Gasolina ¢ dleo para ‘motores se um exemplo, Se o preco da gasolina sobc, « quantidade de gesotina demandada cai, © 19s motoristas utilizarao menos o carro, Como as pessoas estao diriginéo menos, 2 demanda por éleo para motores também cai. (A curva toda da demanda por dleo para motores se desloca para a es- quetda} Desa mancira, ¢ negativa a elasticidade cruzada da demanda de deo para motores emt. re- lacde a gasoline, ELASTIIDADES DA GFERTA. As clasticidaties da oferta so dcfinidas de modo semethante. A elasticidade de prego da oferta corresponde a variagdo percentual ds quantidade ofertada em conseqiéncia do au- ‘mente de ur ponto pereemtual no prego. Essa clasticidade ¢ normalmente positive porque um prego ‘mais alto incentiva 98 produtores a aumentar a produsic, Podersos também falar em elasticidades de oferta em relagae a varidveis como taxas de juros, salarios ¢ precos de marézias-primas ¢ outros bens intermiedifrios utilizades para gerat o produto em ‘questo. Por exemplo, para a maior parte das bens produzidos, as clesticidades da oferta sdo negati- vas era telagio aos precos das matérias-primas, Um aumenio no preco de uma matéria-prima signt- fica eustos mais altos para a empresa; assim, se tudo 0 mais se mantiver conslante, a quantiéade ofertada caird, ELASTICIDADES NO PONTO VERSUS NO ARCO AtG agora, examinamnos as elasticidades em determuinedo ponto da curva da demanda ou da oferta, ‘Acclas chamamos clasciates no porto. A elasticidade da demanda no ponta, por exemplo, éa east lade de rae medic determina porta de crea da demand & écfinida pela equagéo 2.1. Como mostra ‘mos na Figura 2.11, a pani de uma carva da demanda linear, a clasticifade da demanda no porta pode varia, conforine 0 porto da curva em que ¢ medida, 1 situagbes, porkna, em que desejamos calcular a elasticidade de prego conresponilente a deter- minado trecio da curva da demanda (ou da oferta), nao a um ponto especitica. Suponharos, por exemplo, que estejaraos pensando em aumentar o preco de um produto de $8 para $10 e esperemos que a quancidad demandada caia dc 6 para 4. Com ceveriamos calcular a clasticidade de preco da demen- a? © prego aumentan 25% (am aumento de $2 dividide pelo preco original de $8} ou aumento 20% (um aumento de $2 dividida pelo prego final de $10)? Da mesma forma, 0 percentual de queda na ‘quanitidade demandada fol de 33 1/3% (246) ou 50% (2/4)? * A eastciate prego cruzada da demand tambsim pode ser denminada, de modo simpllicad, “elastiidade cts zads da demands” IN. RT). Capiui 2 Os Funnanentos on Orem e Da Denna | 31 Nao ha uma resposta correta para essa questao, Poderiamos caleular a elasticidade utilizando o prego e a quantidade originals e concluisfamos, assim, que B, = (~33 1/3%/25%) = -1.33, Ou poderia- mos utilizar 0 prego ¢ a quantidade novos, obtendo o resultado E, = (~50%/20%) = -2,5. A diferenga centre 0s dois cdlculos é grande e nenhum métoxlo parece ser preferivel ao outo. ELASMICDADE ARCO DA DEMANDA Poxiemes resolver esse problema utilizand a elasticidade arco da de- amanda: elasisidade calculada em won intervalo de pros. Em vee de escolherms entre precos iniciais ow f- na, utlizamos a média entre os dois, P; pata a quantkdade demandada empregamos Q. Assim, aeas- ticidade arco da demancla €expressa por Elasticidade arco: = (AQ/AP) (P/Q) (ay Fin nosso exemplo, o prego meilio € $9 ea quantidade média € 5, portanto a elasticidade arco & (89/5) = 1.8 A clasticidade arco estara sempre situada entre (mas nao necessariamente mo mefo do camino) 4s duas elasticidades pontuiais, calculadas por meio do prego mais alio¢ do prego mais baixo, B= (2 ‘Embora a clasticidade arco da demanda seja til algumas vezes, quando os economistas empre~ ‘gam 0 termo ‘elasticidade’ estao se referinlo i elasticidade no panto, No restante desse livro,faremios 0 ‘mesmo, a menos que indiquemos explicitamente o contri O tigo é uma mercadoria impertantee seu mercado tem sido aruplamente estudado por economists espciaizados em agricultura. Durante as décadas de 1980 ¢ 1990, as modifica «hese mercado de trigo tiveram importantes conseqiiéneias para os fazendeiros norte-americanes e para a politica agecola dos Estados Unidos, Para compreendermoso ocorido,exami- memos que ocorteu com a oferta ea demanda nesse period, A partir de Tevantamentos estaisticos, temos conc mento de que, em 1981, acurva da oferta de trigo poderia ser aproximadamente expressa da seguinte maneita: Oferta: Q, = 1.800 + 240P onde o preco esta expresso em délates por bushel* ¢ as quantidades estéo expressas em milhées de bushels por ano. Bsses levantamentos indicam também que, em 1981, a curva da demanda de igo era Demanda: Q, = 3.550 -266P Igualando oferta e demanda, poderemios determinar o prego que equilibava o mercado de trigo em 1981; =a, 1.800 + 240P = 3.550- 2667 506P = 1.750 P = $346 por bushel Para encontrarmos a quantidade de equilibrio, substituimos esse prego de $3,46.na equacao da cava da oferta ou na equacao da curva da demanda. Substituindo na equacao da curva da oferta, b= vemos Q = 1.800 + (240)(3,46) = 2.630 millides de bushels (Quais sio as elasticdades de prego da demanda e da oferta medidas a esse prego.ea essa quan- sidade? Empregamos a curva da demanda para encontrar a elasticidade de preco da demanda: * Para um levantamento dos estalosestatisticos sobs a demanda ea oferta de trigo e uma andlise da evolugio das condigbes do mercado, vejao artigo de Larry Salathe e Sudchada Langley “An empirical analysis of alternative export subsidy programs for US. wheat", Agricultural Economics Reser 38, n. 1, nverno 1986. As curvas da ofer- ta eda demanda desse exeenplo so baseadas nos estudas que cles apresentaram. * Bushel é um pacréo de medida norte-americano para cercais. Equivale a 27.21 kg (NT) slasticidade oreo da de- manda Elosicidace ce -preco calclede on um Intro de pregos 32 Parte | INTRODUCKO: MERCADOS F PRECOS PM 38 ag "ar 2.00 ‘Yomnos, pots, que a demanda 6 inelistca nesse porto, De forma semelnante, podemos calcular a clasticidade de proco da oferta 135 P80, 3,46 @ ap” 2630 EE (240) 032 ‘Como ax curvas da demanda ¢ da oferta empregadas sao bineares, as elasticidades de progo va tlardo ao longo dessas curvas, For cxemplo, supenhamos que una seca desioguec a curva da oferta para a esquerda de tal modo que eleve o prego para $4 por bushel, Nesse caso, a quantidade deman dlada catra pata 9.550 — (266)44) = 2.486 milhcs de bushels, A csse prego ¢ quantidade, a clastic dade da demanda sesia: Bf = 4 -206)=-4,43 Tse 0 mercado norte-americano de trigo transformoa-se no decorzer des anos, em parte por causa das mudangas na demande de go, A deamande de wigo tet dos componentes a etwanea navi nal (s demands dos consumicores nore-americanes) c4 demanda de exporiagto (a demaeia dos consumes estcangeirsy, Duran as décadas de 1990 ¢ 1990, « Gamanda nacional de wig au- mentou apenas ligeiramente {por causa de pequenos aumentos da pepulacao € da rendaj, mas a de- ‘manda de exporrardo apresentou forte queda. A demanda de exportacao cain por diversas rardes, A primeira ¢ principal delas {vi o sucesso da Revolucéo Verde na agricultura - paises em desenvelvi- mento como ainda, que havior side grandes rapetadores de tga, ornaram-se caa vez mais 2 to-suicentes. Alem disso, poses europecs passaram a adotar pica protecoristas,subsiiando sas prptias produgiese inponda hareitas conta geimaade, ‘Em 2002, as curvas da demanda ¢ da oferta crara: 809-226. 439 +2677 Demand Q, Ofrta: Todemes novamense igualar oferta e demanda, para determinar o prego ¢ a quantidade de equilrie do mercado de trigo: 1.439 + 267P = 2.809- 2267 P= 52,78 por bushel 2.809 - (226)(2,78) = 2.181 milhées de bushels Q Assim, o preco do trigo cain mesma em termos nominais, (0 Ieitor pode verificar que, a esse prego e quamtidade, a elasticidade de prego da Gemanda e1a de ~0,29, e a elassicidade de prego da oferta era de 0.34.) 0 prego do trigo é atualmente, superior aos $3.46 de 1983, perque o governo dos Estados Uni dos compzau trigo por meio do programa de susteatacao de prego. Adicionalment, durante as déca dias de 1980 € 1990, os fazendeicos recederam subsidies tiretos para a produgho de trigo, Em 1996, © Congresso norte-americano aproveu uma lei denominada Freed to Farm: (Iibercade para Plantar}, cua intengéo ere eliminar os subsidios ageicolas ¢ os limites de tereno para 0 1rigo e outras culti- a5, Desde entao, porém, a ajuda emergersial aos agricultores cos empréstimos diretes tém, na pré tica, mantido es subsidins qve a lei de 1996 pretendia,a principio, ‘remover gradualmente’. 2m maio de 2002, ¢ Congresso apravou otra let, garantindo o subsidio aos agriculcores pelos der anos scguin- tes; custo para os contribuinces val chegar a $190 bites. No Capitulo 9 diventienas come essas politicas agriealas Funcienam e avaliaremas 9 custo € os beneiicis delas para os consunldorese fazendelts, assim como peso desse tie de intervencao no orgartente federal “hayes estimazias de clastcidade no cuca prazo foram cbtidas no Economics Research Service (ERS} do US. ‘Department ot agucultare (USDA), Pra mais aorracées, console as gules publiacées: Wiliam Ln, Pat C ‘Wesco Raber Skinner, Scott Sanford e Darel G. Oe Torte Uparte. Sippy ema ude the 1986 Ror Ae and dnopcatons othe US. fed rps sect: Technical Bulletin, n. 1888, ZRS, USDA, jul. 2000, hip: /wwwars.usda.gov «James Barnes ¢ Dennis Shields, The growth in 2S whex find demand Wheat Situation and Outloce Veerbook, WHS-1998, hips fenenarssda.gov Capituto 2 Os Funnanentos oa Orem ep Dewanoa | 3S) PREM ELASTICIDADES DE CURTO PRAZO VERSUS ELASTICIDADES DE LONGO PRAZO ‘Ao analisarmos a demanda e a oferta, precisamos distinguir entre o curto e 6 longo prazo. Em. ‘outras palavras, ao perguntarmos em quanto deverd variar a oferta ou a demanda como reagio a uma va- riagio do prego, devemos ser claros a respeito de guavto remo pode passar antes de medivonos as wariagbes nas guartdades demanladas ox ofertastas. Se deixarmos passat apenas um curto period de tempo ~ digamos, lum ano ou menos -, enti estaremos tratando de demanda ou oferta de curio praze. Quando nos referi- ‘mos a longo praze, queremos dizer que o tempo € suficientemente longo para que os consumidores e os rodutores possam se ajustar completamente & mudanca de preco. Em geral, as curvas da demanda e da ‘oferta de curto prazo tém fermato muito diferente das curvas de longo prazo Demanba No caso de muitas mercadorias, a demanda € muito mais elistica ao prego no longo praza do que ‘no curto prazo, Uma das razées para isso é que as pessoas demoram para modificar seus habitos de con- sumo. Por exemplo, mesmo que o prego do café viesse a apresentar um aumento brusco, a quantidade ‘demandada caitia apenas de modo gradual, a mectida que os consumidores comegassem a beber menos ‘alg, Outra razio 6 que a demanda por uma mercadoria pode estar ligada ao estoque de outra, © qual ‘mude apenas lentamente. Por exemplo, a demanda da gasolina é muito mais elastica no longo prazo do ‘que no curto prazo, Uma brusca elevacao no prego da gasolina reduz a quantidade demandada no curto prazo, fazendo com que os motoristas utilizem menos o carro; todavia, tal elevacio tem maior impacto sobre a demanda por induzir os consumidores a adquirir automéveis menores e que consumam menos combustivel, No entanto, como os estoques de automéveis mudam apenas lentamente, a quantidade ddemandada de gasolina se reduzird também lentamente. A Figura 2.13(a) apresenta curvas da deman- ‘da no curto ¢ no Jongo prazo para mercadorias como essas, DEMANDA EDURABLUDADE Por outro lado, no caso de algumnas mercadoria ocorte exatamente © contrition a demanda é mais elastica no curto prazo do que no longo prazo. Como tais bens (automévels,reitt- _geradores, televisores ou os bens de capital adquirids pelas indkstrias) sao dunives, total de cada bem, Prego Prego Dw Dr Dp Quantidade (Quantidade @ (by [EEIEEIIE] (61 Cosolina: curvas da demanda ne curto e no longo prazo (b) Automéveis: curvas de demanda no curto e no longo prazo {a) No curto prazo, um aumento no preco tem um pequeno efeito na quantidade de gasolina demandada. Motoristas podem utilizar me- nos 0 carro, mas nde mudario o tipo de carro que dirigem da noite para o dia, No longo prazo, contudo, eles adquitirdo veicalos meno- res e mais econ6micas, de tal modo que o efeita do aumento do preco sobre a quantidae de gosolina demandada sers maior Portanta, 1 demanda é mais elistica no longo prazo do que no curto prazo. (b) © oposto vale para a demanda de auroméveis. Se o preco aumen: ‘a, os constimidores iniclalmente se recusam a comprar um carro novo, ea quantidade demandada despenca. No longo prazo, entretan- 10,08 cartos velhos precisardo ser substituidos, de tal mado que a quantidade anual demanéada aumentara, A demanda é, partanto, me- nos elstica no longo prazo do que no curto prazo.

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