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As nove contemplações de Atisha

Roshi Joan Halifax

As nove contemplações a seguir oferecem um método para explorar a


inevitabilidade da morte e o que é importante para nós à luz de nossa
mortalidade. A prática nos pede que questionemos o que estamos fazendo em
nossa vida neste exato momento e vejamos o que é importante fazermos a fim
de nos prepararmos para a morte. As contemplações vêm de Atisha, um
erudito do budismo tibetano do século XI, que sistematizou o método para
gerar uma mente iluminada. Essa prática é baseada no trabalho de Larry
Rosenberg.

As simples verdades delineadas nesta prática têm a intenção de despertar a


consciência em relação a como estamos vivendo nossas vidas. O que estamos
fazendo agora para aprofundar nossa experiência? Como estamos trabalhando
agora com nosso próprio medo e sofrimento e o dos outros? O que estamos
fazendo para nos prepararmos não somente para a liberação no momento da
morte, mas para a liberação neste exato momento?

As nove contemplações são como um relatório meteorológico nos alertando


para uma tempestade em nosso futuro. O alerta não pode predizer exatamente
quando ou como a tempestade irá cair, mas pode nos dizer que ela é inevitável
e que é melhor nos prepararmos para ela. Sendo este o caso, por que não nos
prepararmos para ela agora? Por que não cultivar um meio de vida que nos
treine para estarmos despertos — no viver e no morrer? Aceitar a verdade da
inevitabilidade da morte é como nós começamos a ir além do medo e nos
engajar completamente em nossas vidas.

Encontre uma posição confortável para se sentar. Permita que seu corpo relaxe e se
acalme. Se você quiser, feche os olhos. Deixe sua mente descansar. Traga sua atenção
para sua respiração. Existem nove contemplações que nos lembram da natureza da
vida e da morte. Por favor, considere cada contemplação profundamente.
A PRIMEIRA CONTEMPLAÇÃO

Todos nós iremos morrer mais cedo ou mais tarde.


A morte é inevitável; ninguém está isento.
Mantendo este pensamento em mente, eu habito na respiração.

Mesmo que seja difícil perceber que um dia você irá morrer, não há dúvida
que a morte encontrará você mais cedo ou mais tarde. Não há como contornar
ou escapar disso. Ninguém pode prevenir a morte; a morte é o resultado do
nascimento. É inevitável.

Nem um único ser — não importa o quão espiritualmente evoluído, poderoso,


rico ou motivado — escapou da morte. Buda, Jesus e Maomé não escaparam
dela, nem iremos você e eu. Todos os atributos da sua vida — educação,
riqueza, status, força, fama, gênero, amigos e família — não vão fazer a menor
diferença no momento da morte. Na verdade, muitas dessas circunstâncias
podem tornar a morte mais difícil porque nos agarramos a elas. A morte
oferece uma sensação de profunda igualdade entre todos nós.

Olhe para a sua vida. O que você está fazendo agora que ajudará na hora da
morte? Por favor, contemple isso e observe sua resposta a essa pergunta.
Então lembre a si mesma: "A morte é inevitável. Eu também vou morrer."
Repita essa afirmação para você mesma: na inspiração, "A morte é inevitável";
na exalação, "Eu também vou morrer".

Quando a mente se distanciar dessa contemplação da inevitabilidade da


morte, chame-a de volta. Não perca a oportunidade de perceber que você não
pode evitar a sua morte. Você pode resistir mergulhando em pensamentos ou
voltando-se para a fantasia. Traga sua atenção de volta para esta contemplação
— que você vai morrer, que cada ser precioso para você vai morrer, que cada
pessoa e cada criatura agora na terra vai morrer. Observe o que a mente tenta
fazer para escapar desse simples fato. A morte é inevitável. Você pode encarar
essa verdade? Você consegue sentir isso em seu corpo, seu sangue, seus ossos;
você pode saber disso em sua respiração? A inevitabilidade da morte permeia
todas as células do seu corpo. Por favor, não se esqueça disso. A morte é
inevitável; esta é a primeira contemplação.

A SEGUNDA CONTEMPLAÇÃO

Meu tempo de vida é cada vez menor.


O tempo da vida humana é cada vez menor; cada respiração nos leva para perto da
morte.
Mantendo este pensamento em mente, eu examino profundamente esta verdade.

Seu tempo de vida diminui a cada momento. Há o momento do seu


nascimento e então o momento de sua morte. A vida flui para melhor ou para
pior entre esses dois pontos de mudança. Seu contínuo movimento em direção
à morte nunca para. Cada inspiração e expiração que você dá, cada palavra
que você fala, cada pensamento que você tem, leva você mais perto desse
destino. Cada passo que você dá leva você mais perto desse assim chamado
"lugar final de descanso".

Conforme você considera que seu tempo de vida e o tempo de vida de todos
os seres está continuamente se reduzindo, perceba o que vem à sua mente. Se
a mente tentar distraí-lo, chame a si mesma de volta para a verdade de que
sua vida é limitada. Reconheça isso. Veja claramente. Talvez você queira
apreciar o que você tem agora, aceitando que pode não haver amanhã.

À luz dessa verdade, o que você está fazendo com esta vida agora para vivê-la
plenamente e para que você chegue na hora da morte com sanidade e
suavidade? Você aprecia essa vida? O que está fazendo para ajudar os outros?
O que vai dar sentido para sua vida e para a vida dos outros à luz da
brevidade dessa vida? Por favor faça essas perguntas a você mesma enquanto
lembra que sua vida está acabando a cada segundo. Essa é a segunda
contemplação.
A TERCEIRA CONTEMPLAÇÃO

A morte vem, quer eu esteja ou não preparada.


A morte chegará de fato, quer estejamos ou não preparadas.
Mantendo este pensamento em mente, entro completamente no corpo da vida.

A vida é curta e a maioria de nós irá encontrar a morte sem ter fortalecido a
consciência de nossa verdadeira natureza. Quanto tempo você gasta
atualmente treinando, fortalecendo e estabilizando sua mente? Quando a
morte chegar, você acha que conseguirá negociar com ela um tempo
adicional?

Uma vez ouvi que temos cerca de 1.300.000 pensamentos por dia. Você tem
consciência de quantos deles? Quantos desses pensamentos são sobre a
liberação do sofrimento e da morte? Quão frequentemente você se lembra que
a morte virá? Com que frequência você volta sua mente para o compromisso
de se preparar para a morte? A morte é implacável. Ela não faz distinções. Até
que ela chegue, se formos sábios, teremos consciência da morte.

Por favor, pergunte-se a você mesma: Como você gasta seu tempo? O que é
realmente importante para você fazer nesta vida humana preciosa? Gastamos
tanto tempo comendo, bebendo, nos arrumando, brincando, trabalhando,
dormindo. Conduzimos negócios, ganhamos e gastamos dinheiro e cuidamos
de nossos relacionamentos. Quando estivermos morrendo, talvez façamos
essa pergunta: "O que eu fiz da minha vida?" A maioria de nós está fazendo
muito pouco para se preparar para a morte.

Essa contemplação, nos lembrando que a morte virá, estejamos preparados ou


não, nos encoraja a cuidar da vida agora e nos preparar para a morte. Sabendo
que sua vida está acabando, como você deseja gastar seu tempo, sua energia,
seus recursos? Existe uma maneira de você realmente beneficiar os outros e a
si mesma? Que tipo de prática irá fortalecer sua mente? O que você pode fazer
para despertar nesta vida? A sua capacidade de dar atenção à mente e ao
corpo neste momento é adequada para enfrentar o desafio de morrer e
morrer? Você pode se preparar agora. Observe sua mente. Isso evita enfrentar
o fato de que a morte virá independentemente de você estar preparado para
ela? Antes de iniciar essa viagem, faça os melhores preparativos possíveis
para esse destino chamado morte. Considere a terceira contemplação, de que a
morte virá, quer estejamos ou não preparados.

A QUARTA CONTEMPLAÇÃO

Meu tempo de vida não é fixo.


A expectativa de vida humana é incerta; a morte pode chegar a qualquer momento.
Mantendo este pensamento em mente, estou atenta a cada momento.

Pense nos muitos seres que morreram hoje. Quantos deles realmente
pensaram que iriam morrer hoje? Há uma incerteza essencial sobre a hora de
sua morte. Você realmente acredita que sabe quanto tempo tem de sobra? Por
favor contemple isso.

A morte pode chegar a qualquer momento. Você pode morrer esta tarde, você
pode morrer amanhã de manhã, você pode morrer em seu caminho para o
trabalho, você pode morrer durante o sono. A maioria de nós tenta evitar a
noção de que a morte pode chegar a qualquer momento, mas seu tempo é
desconhecido para nós.

Podemos viver cada dia como se fosse o último? Podemos nos ouvir e nos
relacionar uns com os outros como se não houvesse amanhã? Você está pronto
para morrer? Repouse no ciclo de sua inspiração e expiração, lembrando-se de
que a morte pode chegar a qualquer momento. Você não sabe quanto tempo
vai durar essa vida. Esta é a quarta contemplação.

A QUINTA CONTEMPLAÇÃO

A morte tem muitas causas.


Há muitas causas para a morte - mesmo hábitos e desejos são fatores precipitantes.
Mantendo este pensamento em mente, considero a miríade de possibilidades.
Existem muitas maneiras de morrer. As causas da morte são infinitas. Você
pode morrer por causa de uma tempestade ou um acidente; você pode morrer
de câncer, doença cardíaca, diabetes, envelhecimento. Você pode morrer de
medo ou de um coração partido. Mesmo que você tenha sido diagnosticada
com uma assim chamada doença terminal, ela pode não ser a causa de sua
morte.

Observe o que sua mente faz enquanto você contempla a verdade de que a
morte pode chegar através de tantas portas. Você tenta evitar este pensamento
ou é capaz de considerar as possibilidades? Muitas condições trazem a morte,
e as forças que sustentam a vida são poucas. Toda a vida termina em morte, de
uma forma ou de outra. Considere esta quinta contemplação: de que a morte
tem muitas causas.

A SEXTA CONTEMPLAÇÃO

Meu corpo é frágil e vulnerável.


O corpo humano é frágil e vulnerável; minha vida está suspensa por uma respiração.
Mantendo este pensamento em mente, eu presto atenção enquanto inspiro e expiro.

Quando você é jovem, você pode sentir como se fosse viver para sempre. Ao
envelhecer, vendo outras pessoas morrerem, pode se sentir diferente. A vida
está suspensa por uma respiração. Deixe o ar entrar. Após exalar, considere a
possibilidade de que você pode não ser capaz de inspirar de novo. Quando a
respiração não mais penetrar o seu corpo, então o seu tempo de vida terá
acabado e você irá morrer.

Olhe profundamente para essa verdade. Diga a si mesma: "Esta vida é frágil e
depende completamente da minha respiração. Inspirando, minha vida
depende dessa inspiração. Expirando, minha vida depende dessa expiração."
Você pode se permitir realmente saber disso? Você pode se permitir realmente
saber que sua vida está suspensa por uma respiração? O ar entra: "Minha vida
depende dessa inalação." O ar sai: "Minha vida depende dessa exalação."
As batidas do seu coração e a atividade do seu cérebro dão vida à sua vida.
Um ataque cardíaco ou um derrame podem derrubá-lo em um instante. Um
acidente, um momento de violência, um só passo em falso pode levar sua vida
a um surpreendente e rápido fim.

Considere o quão vulnerável este corpo é. O que sua mente faz quando você
se lembra disso? Saber o quão vulnerável e frágil você é direciona sua mente
para a vida? Aprofunda sua experiência? A sexta contemplação é um lembrete
para considerar este corpo humano. Sua vida está literalmente suspensa por
uma respiração.

A SÉTIMA CONTEMPLAÇÃO

Meus recursos materiais serão inúteis para mim.


No momento da morte, recursos materiais são inúteis.
Mantendo este pensamento em mente, eu invisto sinceramente na prática.

Imagine-se deitada em seu leito de morte, ficando mais fraca neste momento.
Você gastou sua vida ganhando dinheiro, acumulando posses. Você tem uma
bela casa, contas bancárias, um carro lindo, roupas finas e joias. Mas, no limiar
da morte, tudo isso serve para quê?

Cada centavo, cada item deve ser deixado para trás. Casas, contas bancárias,
peças de arte, vinhos caros, joias e roupas maravilhosas — todos os confortos
pelos quais você batalhou tanto — precisam ser deixados para trás. Eles serão
absolutamente inúteis na hora de cruzar pela morte. Num certo sentido, são
piores do que inúteis: são obstáculos para sua entrega completa ao morrer.
Para morrer em paz, você precisa abrir mão de tudo. Sabendo disso, você
pode observar a si mesma se agarrando a todas essas coisas que compõem sua
história e identidade?

Considere que todo o seu dinheiro e todos os seus objetos queridos serão
redistribuídos quando você morrer. Todas as coisas que você acumulou por
tantas décadas serão dadas para amigos e parentes. Algumas delas podem
acabar em um brechó ou numa pilha de quinquilharias. Você não poderá levar
coisa alguma.

Agora pergunte a si mesma: "O que é um bom investimento a se fazer nesta


vida?" O que será realmente importante no momento da minha morte?" Bens
materiais não ajudarão. Na inspiração, considere isso. Na exalação, saiba o
que é liberar o ar e o apego a tudo o que você possui. Na exalação, solte
qualquer fixação e pratique generosidade agora. Esta é a sétima contemplação:
seus recursos materiais não serão úteis para você no momento de sua morte.

A OITAVA CONTEMPLAÇÃO

Meus entes queridos não poderão me salvar.


Nossos entes queridos não podem nos proteger da morte; não há como postergar seu
advento.
Mantendo este pensamento em mente, exercito a não-fixação.

É completamente natural se voltar para os amigos e a família nos tempos


difíceis e também na hora da morte. Entretanto, as pessoas que você ama não
conseguem afastar a morte de você, e fortes apegos podem produzir
sofrimento e fixação, que dificultam o processo do morrer. Seus entes queridos
são basicamente impotentes diante da sua morte. Não importa o quão gentis e
competentes seus amigos possam ser, em última instância não há nada que
eles possam fazer por você para evitar sua morte e também na hora de sua
morte. A morte simplesmente prevalecerá. Olhe para isso profundamente.

Já que seus amigos não serão capazes de impedir a morte de levá-la,


pergunte-se: o que de fato irá ajudar no momento de sua morte? Seus entes
queridos não podem afastá-la da morte. Esta é a oitava contemplação.
A NONA CONTEMPLAÇÃO

Meu próprio corpo não pode me ajudar quando a morte chegar.


O corpo não pode nos ajudar na morte; ele também será perdido nesse momento.
Mantendo este pensamento em mente, eu aprendo a soltar.

Você gastou muito tempo trabalhando no seu corpo — alimentando-o,


lavando-o, exercitando-o, vestindo-o e despindo-o, embelezando-o, gostando
e não gostando dele. Você talvez passe horas apenas pensando sobre seu
corpo, olhando-o no espelho, avaliando sua aparência, tentando fazê-lo
parecer mais jovem e mais bonito. E então o que acontece? Ele se vai de
qualquer jeito.

Desde sua concepção e parto, este corpo tem sido sua companhia constante, às
vezes um amigo, às vezes um inimigo. Você experimentou muita dor e prazer
nele. Você o aprecia. Você o despreza. E, no momento da morte, você o perde.

Isso não quer dizer que você deva negligenciar este corpo. Você deve cuidar
dele. Embora você não seja esse corpo, o cuidado que você dá a ele pode fazer
uma diferença na sua prática e nos seus relacionamentos.

Neste momento você pode sentir sua dependência do seu corpo, seu apego ao
seu corpo? Você pode ver como se agarrar a seu corpo na hora de sua morte
pode atormentá-la? Imagine o momento logo antes de você morrer. Você
percebe de repente que está perdendo seu dinheiro, seus amigos, seus entes
queridos, seu status, seu trabalho. E no momento de sua morte, em um
instante, você também perderá seu corpo. Considere isto.

Repousando na inspiração, repousando na expiração, lembre-se de que nem


mesmo o seu corpo pode ajudá-la na hora da morte. Você consegue entender
como outras pessoas podem se sentir ao enfrentar a morte? Por que existe
tanto medo, tanto apego à vida, tanta raiva na expectativa de abrir mão da
vida? Você pode sentir compaixão por si mesma e pelos outros?
O que é realmente importante para você à luz dessa verdade de que não
conseguimos nos agarrar a este corpo quando morremos? Como você pode se
preparar para encarar sua morte e ajudar habilmente os outros a enfrentar a
morte deles? O que você pode fazer para se preparar? O que você pode fazer
para fortalecer sua consciência e sua capacidade de se entregar à morte? O que
você pode fazer para que seja mais possível estar realmente presente para
você ou para outra pessoa que enfrenta a perda de tudo no momento da
morte? A nona contemplação nos lembra que nosso corpo não terá utilidade
para nós no momento de nossa morte.

Estas são as nove contemplações: A morte é inevitável. Nosso tempo de vida está
diminuindo continuamente. A morte virá independentemente de estarmos preparadas
para ela. A duração da vida é incerta. A morte tem muitas causas. O corpo humano é
frágil e vulnerável. Nossos amigos não podem nos impedir de morrer. Nossos recursos
materiais não podem nos ajudar no momento da morte. E nosso próprio corpo não
pode nos ajudar na hora da morte. Considere essas verdades.

Esse texto é uma tradução não oficial desse documento. Há também uma versão muito
similar no livro Presente no morrer, de Roshi Joan Halifax, publicado no Brasil pela Gryphus.
Por favor, não repasse ou publique na internet. Use para seu estudo pessoal. Que sua prática
e que sua vida floresçam mais e mais!
As nove contemplações de Atisha
Roshi Joan Halifax

A morte é inevitável

1. Todos nós iremos morrer mais cedo ou mais tarde. A morte é inevitável;
ninguém está isento. Mantendo este pensamento em mente, eu habito na
respiração.

2. Meu tempo de vida é cada vez menor. O tempo da vida humana é cada
vez menor; cada respiração nos leva para perto da morte. Mantendo este
pensamento em mente, eu examino profundamente esta verdade.

3. A morte vem, quer eu esteja ou não preparada. A morte chegará de fato,


quer estejamos ou não preparadas. Mantendo este pensamento em mente,
entro completamente no corpo da vida.

A hora da morte é incerta

4. Meu tempo de vida não é fixo. A expectativa de vida humana é incerta; a


morte pode chegar a qualquer momento. Mantendo este pensamento em
mente, estou atenta a cada momento.

5. A morte tem muitas causas. Há muitas causas para a morte — mesmo


hábitos e desejos são fatores precipitantes. Mantendo este pensamento em
mente, considero a miríade de possibilidades.

6. Meu corpo é frágil e vulnerável. O corpo humano é frágil e vulnerável;


minha vida está suspensa por uma respiração. Mantendo este pensamento em
mente, eu presto atenção enquanto inspiro e expiro.

Somente a prática espiritual pode nos ajudar na hora da morte

7. Meus recursos materiais serão inúteis para mim. No momento da morte,


recursos materiais são inúteis. Mantendo este pensamento em mente, eu
invisto sinceramente na prática.

8. Meus entes queridos não poderão me salvar. Nossos entes queridos não
podem nos proteger da morte; não há como postergar seu advento. Mantendo
este pensamento em mente, exercito a não-fixação.

9. Meu próprio corpo não pode me ajudar quando a morte chegar. O corpo
não pode nos ajudar na morte; ele também será perdido nesse momento.
Mantendo este pensamento em mente, eu aprendo a soltar.

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