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As Castas .............................................................................. 9
Baga ...................................................................................... 13
Castelão ............................................................................... 15
Syrah ..................................................................................... 16
Tinta Barroca....................................................................... 17
Tinta Caiada ....................................................................... 18
O
Vinho Português
é muito conhe-
cido não só pela
sua qualidade mas tam-
bém pela diversidade,
tanto de vinhos como
castas para produzir es-
ses mesmos vinhos – at-
ualmente são mais de
250 de espécies de uvas
nativas.
Portugal é conhecido
pelo vinho doce fortifi-
cado, o vinho do Porto,
e também pelos vinhos
Madeira e Verde. Atual-
mente a região de Lis-
boa também já está a
ganhar grande destaque
nos mercados interna-
cionais, aumentando as-
sim a sua procura.
A
mais antiga região demarcada do
mundo. 285 castas nativas, cul-
tivadas em condições tão distintas
quanto os socalcos do Douro ou as plan-
uras do Alentejo, por gerações de enólo-
gos que têm sabido fazer a ponte entre
tradição e modernidade.
Trás-os-Montes Douro
IG – Trasmontano / DOC – Trás-os-Montes IG – Duriense / DOC – Douro e DOC – Porto
A maioria das vinhas plantadas nesta Esta região concorre diretamente com a
região possuem uvas pretas, sendo o Região do Dão devido à qualidade dos
perfil do vinho marcado por ser seco, seus vinhos. Duas das castas que poderá
duro e com uma persistente doçura. O encontrar na Bairrada são a Baga (casta
facto do frio afetar a Região do Dão difi- tinta vigorosa, com cachos pequenos e
culta a maturação das uvas e os taninos maturação tardia) e a Bical (casta muito
podem ser mais fortes. precoce, de elevado potencial alcoólico
e produz vinhos macios e aromáticos).
Beira Interior
IG – Terras da Beira / DOC – Beira Interior Lisboa
G – Lisboa / DOC – Encostas d´Aire, DOC – Óbidos, DOC – Alenquer,
O clima bem acentuado, com invernos e DOC – Arruda, DOC – Torres Vedras, DOC – Lourinhã, DOC – Bucelas,
A Região do Tejo é uma das mais anti- Por possuir um clima mediterrâneo a
gas de vinho português do país. O clima Região da Península de Setúbal é mar-
temperado serve de base à criação de cada pelas altas temperaturas. Os vinho
vinhos macios, aveludados e frutados. que são produzidos nesta Região são
frutados, jovens e com uma boa acidez.
Os vinhos tintos normalmente são
blends de várias castas, tanto naciona- Sem deixar de falar o tão conhecido
is como internacionais, que resulta em Moscatel de Setúbal, que é produzido
vinhos muitos originais, com taninos nesta Região, corre além fronteiras deix-
suaves e grande complexidade de aro- ando os mais fanáticos a pedir por mais.
mas.
Algarve
IG – Algarve / DOC – Lagos, DOC – Portimão, DOC – Lagoa e DOC – Tavira
E
nologicamente podemos dizer que “Cas-
tas” é um conjunto de videiras, cujas carac-
terísticas morfológicas e qualidades partic-
ulares transmitem ao vinho um carácter único,
constituindo assim uma variedade singular com
componentes organolépticas especificas.
tinta
castelão syrah barroca
touriga
nacional trincadeira
M
aragonês
É a casta ibérica por excelência, uma das raras variedades a ser valorizada dos dois
lados da fronteira, convivendo em Portugal sob dois apelidos, Aragonês e Tinta Roriz
(o segundo restrito às regiões do Dão e Douro).
É uma casta precoce, muito vigorosa e produtiva, facilmente adaptável a diferentes climas e solos,
tendo-se estendido rapidamente para as regiões do Dão, Tejo e Lisboa. Se o vigor for controlado,
oferece vinhos que concertam elegância e robustez, fruta farte e especiarias, num registo profundo
e vivo. Prefere climas quentes e secos, temperados por solos arenosos ou argilo-calcários. É tenden-
cialmente uma casta de lote, beneficiando recorrentemente da companhia das castas Touriga Nacional
e Touriga Franca no Douro, bem como da Trincadeira e Alicante Bouschet no Alentejo.
aromas típicos
FLORAL FRUTOS
SILVESTRES
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É uma casta vigorosa, com cachos de bagos pequenos, de maturação tardia, necessitando de
mondas diligentes para conseguir manter a qualidade e maturação correcta da fruta. Extrema-
mente susceptível à podridão, sofre com as provações das primeiras chuvas de Setembro,
preferindo os solos argilosos e com boa exposição solar. Com boas maturações, e em anos
secos, os vinhos da casta Baga assumem uma cor profunda, com fruta de bagas silvestres bem
definida, ameixa preta, taninos sólidos e acidez mordaz, com notas de café, erva seca, tabaco
e fumo. Os vinhos da casta Baga apresentam um enorme potencial de envelhecimento em gar-
rafa.
aromas típicos
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Em comum, os vinhos desta casta têm a cor profunda, bons taninos, ligeira acidez e aromas a
cassis, folha de tomate, especiarias e madeira de cedro.
aromas típicos
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É em Palmela, nas areias quentes do Poceirão, nas vinhas velhas da região, que a casta dá o
melhor de si, desenvolvendo-se melhor em climas quentes e solos secos e arenosos. Em vinhas
maduras, de baixa produtividade, devidamente controladas, o Castelão dá origem a vinhos es-
truturados, frutados, com particular incidência na groselha, ameixa em calda, frutos silvestres,
apresentando ainda notas típicas de caça mortificada. Proporciona vinhos de taninos proemi-
nentes e acidez intensa, revelando um lado rústico de que o Castelão raramente consegue de-
scolar. Os melhores exemplares prometem excelente capacidade de envelhecimento.
aromas típicos
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Nos solos quentes e pobres do Alentejo, a casta Syrah presta-se regularmente a uma aprox-
imação típica do novo mundo, consagrando frequentemente vinhos enormes na dimensão e
entrega, com muita fruta, alguma pimenta, corpo avantajado e robusto, por vezes poderosos e
alcoólicos, usualmente especiados.
Vinhos temporões na maturação, abordáveis desde muito cedo, vinhos macios e convidativos,
com elevado potencial de guarda.
Raramente é vista na versão extreme, embora exista, participando minoritariamente nos lotes
de muitos dos vinhos mais emblemáticos do Alentejo.
aromas típicos
PIMENTA FRUTOS
SILVESTRES
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É uma casta pródiga no rendimento, generosa no grau alcoólico, conseguindo combinar pro-
duções elevadas com teores de açúcar generosos. Convive mal com os excessos de calor e
stress hídrico, passificando com facilidade em sobrematurações súbitas. Regular na produção
e resistente a doenças e pragas, dá origem a vinhos bem compostos de cor, macios mas rudes
e rústicos, de elevado potencial alcoólico. Raramente é engarrafada em estreme, estando pre-
sente na maioria dos lotes durienses. Na África do Sul assumiu um protagonismo desusado,
sendo aproveitada regularmente nos vinhos tranquilos e generosos do país austral.
aromas típicos
FLORAL
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É uma casta problemática, muito sensível à podridão, necessitando de climas muito quentes e
secos para poder amadurecer convenientemente, apresentando cachos e bagos de tamanho
médio. Os vinhos têm cor intensa, boa acidez e aromas agradáveis a fruta madura, acompan-
hados por notas vegetais. Por regra, dá origem a vinhos de consumo rápido.
aromas típicos
FRUTA MADURA
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Por ser quase economicamente inviável, ao oferecer uma produtividade incrivelmente baixa, a
sua sobrevivência já esteve em risco. Possui cachos muito pequenos, apresentando-se como
uma variedade de maturação tardia. A sua película densa e grossa garante-lhe uma resistência
adequada aos ataques de míldio e podridão. A boca evidencia a grandeza da casta, visível no
equilíbrio perfeito entre taninos, acidez e açúcar, na suavidade e dureza dos taninos, dando
corpo a vinhos florais, densos, sólidos e duradouros. É frequentemente lotada com as castas
Touriga Nacional e Aragonez, entre outras. Produz vinhos carregados de cor, com aromas del-
icados e florais.
aromas típicos
FLORAL
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aromas típicos
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É uma casta nobre e muito apreciada em Portugal, a casta mais elogiada em Portugal, estando
hoje disseminada pelo Alentejo, Lisboa, Bairrada, Setúbal, Tejo, Algarve e Açores. A pele grossa,
rica em matéria corante, ajuda a obter cores intensas e profundas. A abundância dos aromas
primários é uma das imagens de marca da casta, apresentando-se simultaneamente floral e
frutada, sempre intensa e explosiva. Pouco produtiva, é capaz de produzir vinhos equilibrados,
com boas graduações alcoólicas e excelente capacidade de envelhecimento.
aromas típicos
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Os rendimentos são, por regra, elevados, mas irregulares e imponderáveis. Caracteriza-se por
ter cachos médios e muito compactos, mostrando-se extremamente sensível às doenças e
à podridão, encontrando-se bem adaptada ao clima seco do Alentejo e partes do Ribatejo,
regiões onde frutifica exemplarmente. Os vinhos são tendencialmente florais, mais vegetais
quando a maturação é deficiente, ricos em cor e acidez, ligeiramente alcoólicos e com boas
condições para envelhecer bem em garrafa. No Alentejo é frequentemente emparelhada com
a casta Aragonez.
aromas típicos
PIMENTA COMPOTA
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fernão
encruzado loureiro
pires
verdelho viosinho
M
alvarinho
É uma das variedades portuguesas mais admiráveis, originária do noroeste peninsular.
aromas típicos
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É uma casta consensual, rústica mas bem adaptada ao clima quente e soalheiro da grande
planície, consistente e produtiva, amadurecendo de forma previsível e homogénea. Apresenta
cachos volumosos e medianamente compactos, com bagos grandes e de película dura. Por
regra, dá origem a vinhos estruturados, firmes e encorpados. Os vinhos estremes anunciam
aromas exuberantes, com notas de fruta tropical madura, casca de tangerina e sugestões min-
erais, estruturados e densos no corpo. Quando vindimada cedo, proporciona vinhos vibrantes
no aroma, temperados por uma acidez firme. Se deixada na vinha, pode atingir um grau alcoóli-
co elevado, tornando-a numa boa candidata ao estágio em madeira. É, regularmente, associa-
da com as castas Roupeiro e Arinto, que lhe acrescentam uma acidez refrescante.
aromas típicos
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Proporciona vinhos vibrantes e de acidez viva, refrescantes e com forte pendência mineral, e
elevado potencial de guarda. A acidez firme será o principal cartão-de-visita da casta Arinto,
garantindo-lhe a adjectivação de casta “melhorante” em muitas regiões portuguesas. Se em
Bucelas a casta atinge o zénite, é no Alentejo e Ribatejo que a sua assistência é mais frutuosa,
pelo aporte de acidez tão indispensável e difícil de obter. Apresenta cachos de tamanho médio,
compactos e com bagos pequenos. É uma casta relativamente discreta, sem aspirações partic-
ulares de exuberância, privilegiando os apontamentos de maçã verde, lima e limão. É frequen-
temente utilizada na produção de vinhos de lote e também de vinho espumante.
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É uma casta produtiva, sem contrariedades de monta, perfeita para a composição de vinhos
estremes ou, em alternativa, para abrilhantar muitos dos lotes do Dão. Quando bem trabalha-
da na vinha e adega, apresenta aromas delicados a rosas e violetas, leves notas citrinas, um
pouco de resina, e, em determinadas condições, notas minerais intensas. Entre as suas maiores
virtudes inclui-se uma capacidade única para manter um equilíbrio quase perfeito entre açúcar
e acidez, proporcionando vinhos sérios e estruturados, untuosos e com uma extraordinária ca-
pacidade de guarda.
aromas típicos
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aromas típicos
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É uma variedade muito fértil e produtiva que só recentemente assumiu o papel de casta nobre.
Propicia cachos compridos e medianamente compactos, com bagos médios de cor amarela-
da ou esverdeada. Apropriadamente, a flor de Loureiro é um dos seus principais descritores
aromáticos, caracterizando-se ainda pela personalidade floral particularmente cristalina, com
ênfase na flor de laranjeira, acácia e tília, sendo as notas de maçã e pêssego relativamente
comuns nos vinhos estremes. Por regra consagra vinhos de acidez equilibrada e bem propor-
cionada. Se hoje é frequente espreitá-la em vinhos estremes, a tradição confere destaque aos
lotes com a casta Trajadura ou, mais amiúde, com as castas Arinto (Pedernã) e Alvarinho.
aromas típicos
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Por ser a casta que apresenta maior concentração de compostos aromáticos, a sua identifi-
cação em prova cega é fácil e intuitiva. Porém, se não for devidamente domada, pode mostrar-
se demasiado entusiástica e excessiva nos vinhos de mesa. É frequentemente descrita como
uma casta feminina, vagueando aromaticamente entre as notas de passas de uva, limão, lichia,
pêra e tília. Nos vinhos generosos, sempre que consegue preservar a acidez, proporciona vin-
hos memoráveis, entre os quais se incluem os “Moscatel de Setúbal”, com notas de casca de
laranja, mel, especiarias, iodo, flor de laranjeira e acácia.
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As sinonímias regionais abundam, mas é sob o designativo regional alentejano, Roupeiro, que
a casta é melhor reconhecida, apresentando-se como a casta branca mais plantada no Alente-
jo. É uma casta produtiva, de cachos e bagos pequenos, entusiasmante nos aromas primários,
oferecendo muita laranja e limão, sugestões de pêssego, melão, loureiro e flores silvestres. In-
felizmente, tem tendência para oxidar rapidamente, perdendo a exuberância aromática inicial,
obrigando a um consumo rápido. As terras altas e frescas das Beiras são-lhe mais favoráveis
que o calor do Ribatejo e Alentejo, ganhando uma dimensão particular na zona de Pinhel,
região de excelência da casta.
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É uma variedade de ciclo muito longo, de abrolhamento precoce e maturação tardia, com
cachos compactos de dimensão mediana, compostos por bagos verde-amarelados, proporcio-
nando rendimentos muito elevados. Proporciona aromas discretos a pêssego, alperce, maçã e
pêra madura, assistidos por agradáveis sensações a flor de laranjeira. Por permitir um grau al-
coólico elevado e uma acidez moderada, é frequentemente utilizada em lotes, como ferramen-
ta útil no amaciamento dos vinhos da região. O lote que a associa com o Alvarinho, da mesma
forma que os lotes que a associam com o Loureiro e Arinto ganharam uma popularidade cres-
cente.
aromas típicos
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Num passado remoto, antes do surto de filoxera na ilha, chegou a ocupar mais de dois terços
da área total de vinha na ilha da Madeira. Floresce na costa norte da ilha, a altitudes elevadas,
oferecendo uvas com acidez notável e açúcar razoável, utilizadas tal-qualmente para os vin-
hos secos e generosos. É nas ilhas, na Madeira e Açores, que a casta efectivamente prospera,
a par da Austrália onde ganhou forte reputação internacional. O Verdelho proporciona vinhos
aromáticos e equilibrados, apresentando-se, nos vinhos generosos da Madeira, sob o estatuto
de vinho meio seco. A casta apresenta cachos pequenos e compactos compostos por bagos
miúdos de cor verde amarelada.
aromas típicos
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É uma variedade de valorização recente, igualmente apropriada para o vinho do Porto e vinhos
tranquilos. Infelizmente, é também uma variedade pouco produtiva, com rendimentos muito
baixos, o que ajuda a explicar a popularidade reduzida. Apesar de pouco aromática, oferece um
excelente equilíbrio entre açúcar e acidez, proporcionando vinhos estruturados, encorpados e
ricos em álcool. Apresenta cachos e bagos pequenos, de maturação precoce, muito sensíveis
ao oídio e à podridão, preferindo os climas quentes e soalheiros. Dá origem a vinhos estrutura-
dos e potentes, a que, no entanto, falta habitualmente vigor e frescura. Por isso é regularmente
lotada com outras castas, capazes de acrescentar a acidez e riqueza aromática que por vezes
lhe parecem faltar.
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FLORAL
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