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O livro e o designer II

como criar e produzir livros

Andrew Haslam

São Paulo: Edições Rosari, 2007.


Grades

O formato do livro define as proporções externas das páginas; a grade


determina suas divisões internas; o layout estabelece a posição a ser
ocupadas pelos elementos. O uso da grade proporciona consist6encia ao
livro, tornando coerente toda a sua forma. Os designers que usam grades
partem da premissa que tal coerência visual permite que o leitor concentre-
se no conteúdo, em detrimento da forma. Cada um dos elementos da
página - texto ou imagem - tem uma relação visual com todos os outros
elementos: a grade fornece um mecanismo pelo qual essas relações podem
ser formalizadas. P. 42
Recentemente, um grupo de designers passou a desafiar as convensões da
grade e, em alguns casos, a questionar sua real necessidade. Argumentam
que é um dispositivo desnecessário que, longe de dar sustentação ao
conteúdo, se posta entre a experiência da leitura e as intenções do autor. A
constância não é uma vantagem, mas um prejuízo, limitando o layout da
página a um conjunto previsível de soluções visuais. P. 42
A exploração e a rejeição da grade formam dois pólos entre os quais se
erguem uma série de abordagens. Algumas delas inclinam-se no sentido
do racionalismo formal e comedido; outras na direção do expressivo e do
evocativo. O desenvolvimento das grades de livros ao longo do tempo é
uma história de acréscimos, em lugar de substituiçoes. P. 42
Simétrico ou assimétrico

A primeira decisão relativa à mancha de texto de uma página espelhada é


perguntar-se: ela deverá ser simétrica ou assimétrica? As grades simétricas,
as favoritas dos escribas medievais, reforçavam a simetria natural do livro.
A página esquerda do manuscrito era uma imagem espelhada da direita. As
páginas assimétricas, como o próprio nome indica, não possuem linha de
simetria em relação à área de texto.
Simétrico
Assimétrico

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