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Foz do Iguaçu, 10 de maio de 2018.
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1. Introdução
Solução é uma mistura homogênea de um soluto (substância em menor quantidade, sendo
dissolvida) e um solvente (substância em maior quantidade, efetuando a dissolução), cuja
composição pode variar de um modo contínuo e cujos componentes não são separáveis pelos
processos mecânicos comuns. As soluções são encontradas em quaisquer dos três estados
físicos: gasoso, líquido ou sólido, porém, são sempre constituídas de uma única fase.
Quanto à concentração, as soluções são classificadas em “saturadas”, “insaturadas” e
“supersaturadas”. Em uma solução saturada o soluto está dissolvido em equilíbrio de forma
que, se mais soluto for adicionado, esse excesso não se dissolverá. Quando a concentração do
soluto é menor que a do solvente, a solução é chamada insaturada. A solução é supersaturada
na presença de soluto em excesso, contendo mais do que a concentração de equilíbrio.
Provavelmente a unidade de concentração mais usada em soluções aquosas é a molaridade, ou
concentração molar, é o número de mols do soluto dissolvido por litro de solução (Russell,
1994).
Uma substância que possui pureza perfeitamente conhecida, não é higroscópica, tem uma
massa molar elevada, é estável durante sua pesagem, não forma precipitado e pode ser
facilmente obtida, considera-se padrão primário. Estas são utilizadas para obter soluções
padrão.
A solução padrão cuja concentração é precisamente conhecida, pode ser utilizada como
reagente durante o processo de titulação, onde determina-se a quantidade de uma substância
em solução, medindo-se a quantidade necessária de reagente para reagir completamente com
toda essa substância. Nesse procedimento, podem ser utilizados dois tipos de solução padrão:
solução padrão primária, preparada usando um padrão primário como soluto e solução padrão
secundária, cuja concentração foi estabelecida a partir da reação do soluto com um padrão
primário. Além disso, quando a titulação envolve uma reação ácido-base, ela é denominada
titulação ácido-base.
Toda titulação envolve a reação de um padrão primário ou uma solução padrão em quantidade
tal que seja exatamente a necessária para o padrão reagir com toda a substância que está sendo
titulada. Essa condição é atingida no ponto de equivalência. No caso de titulações ácido-base,
o ponto de equivalência é encontrado utilizando-se indicadores ácido-base (Bocchi et al.,
2014).
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Indicadores ácido-base apresentam uma cor em solução ácida e outra cor diferente em solução
básica, assim sendo utilizados para indicar a total neutralização de uma solução. Um dos
indicadores mais comuns utilizados em uma titulação para a detecção do ponto de
equivalência é a fenolftaleína, totalmente incolor em uma solução ácida e rosa em uma
solução básica.
Objetivo
Materiais e Métodos
Primeiramente, em uma capela pipetou-se 0,4 mL de ácido clorídrico, esse volume foi
transferido béquer de 250 mL gota a gota pelas paredes do recipiente previamente preenchido
com 10 mL de água destilada. Após tal feito, com o auxílio de um funil e um bastão de vidro
transferiu-se a solução para um balão volumétrico de 100 mL e homogenizou-se.
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mL de água. Em uma bureta de 25 mL colocou-se a solução de hidróxido de sódio e no erlenmeyer
foram depositadas 3 gotas de fenolftaleína. Adicionando gota a gota de NaOH ao erlenmeyer sempre
agitando-o, realizou-se a titulação no momento em que uma coloração rosa fraco foi percebida.
Realizou-se esse processo em triplicata. Zerou-se a bureta em cada repetição.
Resultados e Discussões
Ao se misturar 26,3 mL de água destilada com 73,7 mL de álcool etílico, o volume final
encontrado foi de 96 mL e não 100 mL, como era de se esperar. Isso acontece em virtude da presença
de ligações de hidrogênio formadas entre as moléculas de água e as de álcool. Visto que, as
interações entre as moléculas de água dão-se por ligações de hidrogénio, que são forças de
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Quadro 01.
Dados obtidos na titulação de NaOH
rimento ssa BHK (g) e de NaOH (mL) tração de NaOH (mol L-1)
A média da massa de BHK encontrada foi de 0,2286, seu desvio padrão foi de 0,0365 e o coeficiente
de variança encontrado foi de 15,9600 %.
A média do volime de NaOH encontrada foi de 10,73, o desvio padrão encontrado foi 1,54 e o
coeficiente de variança 14,35 %.
Por fim, A concentração media encontrada foi de 0,1041 mol L-1, o desvio padrão encontrado foi de
1,6653x10-3 e o coeficiente de variança encontrado foi de 1,6 %.
O coeficiente de variância da massa de BHK e do volume de NaOH não pode ser considerado
um erro aleatório, pois o resultado está acima dos 5% esperados, isso deve-se a realização
errônea da terceira pesagem de biftalato de potássio, já que os cálculos demonstraram que
seria necessário a pesagem de aproximadamente 0,20 g de KHC8H4O4, e na pratica foram
obtidos 0,2708 g.
Durante o processo de titulação do NaOH e do HCl, verificou-se a coloração rosa fraco no
momento em que ocorreu totalmente a reação de neutralização, pois utilizou-se a fenolftaleína
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como indicador ácido-base, que assume uma coloração rosa em meio básico e é incolor em
meio ácido.
Após a titulação do NaOH 0,1 mol L-1, este foi utilizado como padrão secundário na titulação
da solução de HCl, pois sua concentração foi estabelecida a partir da reação com o biftalato de
potássio que, por sua vez, é considerado padrão primário. Já que, a solução de hidróxido de
sódio e a solução de ácido clorídrico não foram preparadas a partir de um padrão primário,
estas não podem ser consideradas soluções padrão primário.
∑.𝑥
𝑋´ = 𝑛
(Equação 1)
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𝑋´: Média aritmética
N: Número de amostras.
X: Somatório das medidas;
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∑(𝑥−𝑥𝑚)
𝑆= 𝑛−1
(Equação 2)
S: Desvio padrão;
X: Somatório das medidas;
Xm: Média das medidas;
N: Número de amostras.
𝑆.100
𝐶𝑉 = 𝑥𝑚
(Equação 3)
𝐶1. 𝑉1 = 𝐶2. 𝑉2
C1 = Concentraçao inicial
V1 = Volume inicial
C2 = concentração final
V2 = Volume final
Conclusões
A preparação de soluções é uma técnica de fundamental importância, pois as soluções são
utilizadas em uma série de procedimentos experimentais. É imprescindível conhecer a
concentração da solução que se deseja preparar e também o seu volume. Por isso, é
necessário realizar a padronização das soluções a serem utilizadas em tais
procedimentos.
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Referências Bibliográficas
RUSSEL, JB. Química Geral. Tradução Maria Elizabeth Brotto. 2. ed. São Paulo: Pearson Makron
Books, 1994.
BOCCHI, N et al. Introdução a química experimental. 2. ed. São Carlos: EduFSCar, 2014.
MAHAN,BM. Myers, RJ. Química: Um curso universitário. Tradução da 4a edição americana. São
Paulo: Editora Edgard Blucher, 1995.
Cesar, P. (09 de 05 de 2018). http://www.profpc.com.br. Fonte: Portal de Estudos Em Química:
http://www.profpc.com.br/%C3%81gua/%C3%81gua.htm