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INSTITUTO LATINO AMERICANO DE TERRITÓRIO,

INFRAESTRUTURA E TECONOLOGIA (ILATIT)


Curso: Engenharia Química – Bacharelado
Disciplina: Química Geral Experimental (EQI0058)
Professora: Marcela Boroski

RELATÓRIO DAS PRÁTICAS 5 E 6


“PREPARO E PADRONIZAÇÃO DE SOLUÇÕES”

Estudantes: Barbara Giaretta


Luanna Leticia De O. Aquino
Marta Geittens Perpetua

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Foz do Iguaçu, 10 de maio de 2018.

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1. Introdução
Solução é uma mistura homogênea de um soluto (substância em menor quantidade, sendo
dissolvida) e um solvente (substância em maior quantidade, efetuando a dissolução), cuja
composição pode variar de um modo contínuo e cujos componentes não são separáveis pelos
processos mecânicos comuns. As soluções são encontradas em quaisquer dos três estados
físicos: gasoso, líquido ou sólido, porém, são sempre constituídas de uma única fase.
Quanto à concentração, as soluções são classificadas em “saturadas”, “insaturadas” e
“supersaturadas”. Em uma solução saturada o soluto está dissolvido em equilíbrio de forma
que, se mais soluto for adicionado, esse excesso não se dissolverá. Quando a concentração do
soluto é menor que a do solvente, a solução é chamada insaturada. A solução é supersaturada
na presença de soluto em excesso, contendo mais do que a concentração de equilíbrio.
Provavelmente a unidade de concentração mais usada em soluções aquosas é a molaridade, ou
concentração molar, é o número de mols do soluto dissolvido por litro de solução (Russell,
1994).
Uma substância que possui pureza perfeitamente conhecida, não é higroscópica, tem uma
massa molar elevada, é estável durante sua pesagem, não forma precipitado e pode ser
facilmente obtida, considera-se padrão primário. Estas são utilizadas para obter soluções
padrão.
A solução padrão cuja concentração é precisamente conhecida, pode ser utilizada como
reagente durante o processo de titulação, onde determina-se a quantidade de uma substância
em solução, medindo-se a quantidade necessária de reagente para reagir completamente com
toda essa substância. Nesse procedimento, podem ser utilizados dois tipos de solução padrão:
solução padrão primária, preparada usando um padrão primário como soluto e solução padrão
secundária, cuja concentração foi estabelecida a partir da reação do soluto com um padrão
primário. Além disso, quando a titulação envolve uma reação ácido-base, ela é denominada
titulação ácido-base.
Toda titulação envolve a reação de um padrão primário ou uma solução padrão em quantidade
tal que seja exatamente a necessária para o padrão reagir com toda a substância que está sendo
titulada. Essa condição é atingida no ponto de equivalência. No caso de titulações ácido-base,
o ponto de equivalência é encontrado utilizando-se indicadores ácido-base (Bocchi et al.,
2014).

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Indicadores ácido-base apresentam uma cor em solução ácida e outra cor diferente em solução
básica, assim sendo utilizados para indicar a total neutralização de uma solução. Um dos
indicadores mais comuns utilizados em uma titulação para a detecção do ponto de
equivalência é a fenolftaleína, totalmente incolor em uma solução ácida e rosa em uma
solução básica.

Objetivo

Aprender a preparar e padronizar soluções no laboratório.

Materiais e Métodos

Primeiramente, em uma capela pipetou-se 0,4 mL de ácido clorídrico, esse volume foi
transferido béquer de 250 mL gota a gota pelas paredes do recipiente previamente preenchido
com 10 mL de água destilada. Após tal feito, com o auxílio de um funil e um bastão de vidro
transferiu-se a solução para um balão volumétrico de 100 mL e homogenizou-se.

Posteriormente, pipetou-se 10 mL da solução de HCl 0,10 mol L-1 previamente


preparada, e transferiu-se para um balão volumétrico de 100mL. Em seguida, adicionou-se
água até o menisco da vidraria. Assim sendo, ao final da diluição a concentração do ácido
clorídrico passou a ser 0,010 mol L-1 .
Com o intuito de preparar uma solução de NaOH 0,10 mol L-1, pesou-se em uma
balança semi-analítica 1,000 g de hidróxido de sódio sólido P.A (99%). Logo após,
transferiu-se a massa pesada para um béquer de 50 mL já contendo 20mL de água destilada.
Utilizando um bastão de vidro, dissolveu-se completamente o composto. Durante a
dissolução, percebeu-se o aquecimento da solução. Após o resfriamento, utilizando um funil,
transportou-se o conteúdo para um balão volumétrico de 250 mL.
Com o objetivo de preparar uma solução de etanol 70% (v/v) a partir de uma solução
95% (v/v) da mesma substância, adicionou-se em uma proveta 73,7 mL de álcool etílico. Em
outra proveta de 100mL mediu-se 26,3 mL de água destilada, feito isso, misturou-se em uma
terceira proveta essas substâncias. Repetiu-se o experimento, entretanto, utilizando apenas
água destilada.
Para realizar a padronização da solução de NaOH 0,1 mol L-1, transferiu-se quantitativamente 0,20 g
de biftalato de potássio (C8H5KO4, 204,22 g mol-1) para um erlenmeyer de 250 mL e adicionou-se 25

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mL de água. Em uma bureta de 25 mL colocou-se a solução de hidróxido de sódio e no erlenmeyer
foram depositadas 3 gotas de fenolftaleína. Adicionando gota a gota de NaOH ao erlenmeyer sempre
agitando-o, realizou-se a titulação no momento em que uma coloração rosa fraco foi percebida.
Realizou-se esse processo em triplicata. Zerou-se a bureta em cada repetição.

Em um erlenmeyer de 250 mL contendo 20 mL da solução de ácido clorídrico e 3


gotas de fenolftaleína, adicionou-se gota a gota, com o auxílio de uma bureta, a solução de
NaOH padronizada anteriormente, sempre agitando o erlenmeyer e encerrando a titulação a
partir do aparecimento de uma coloração rosa fraco. Tal procedimento foi realizado três vezes,
zerou-se a bureta no início de cada nova titulação.

Resultados e Discussões

Ao se misturar 26,3 mL de água destilada com 73,7 mL de álcool etílico, o volume final
encontrado foi de 96 mL e não 100 mL, como era de se esperar. Isso acontece em virtude da presença
de ligações de hidrogênio formadas entre as moléculas de água e as de álcool. Visto que, as
interações entre as moléculas de água dão-se por ligações de hidrogénio, que são forças de

intensidade alta. Logo, formam-se espaços vazios entre as moléculas de


água, devido ao fato de se estabelecerem entre o oxigênio e dois hidrogênios. Ademais, entre as
moléculas de etanol vão existir também interações por ligações de hidrogénio, mas com intensidade
menor. Logo, quando se adiciona água ao álcool o volume final não corresponde ao total adicionado.
Isso é devido à possibilidade das moléculas de água interagir com as moléculas de álcool, porque
possuem ligações intermoleculares semelhantes, do tipo ligações de hidrogênio. Os espaços vazios,
entre as moléculas de água, vão ser ocupados pelo álcool, diminuindo assim o volume total.

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Quadro 01.
Dados obtidos na titulação de NaOH

rimento ssa BHK (g) e de NaOH (mL) tração de NaOH (mol L-1)

1 0,2053 9,70 0,1036

2 0,2099 10,00 0,1028

3 0,2708 12,50 0,1060

A média da massa de BHK encontrada foi de 0,2286, seu desvio padrão foi de 0,0365 e o coeficiente
de variança encontrado foi de 15,9600 %.
A média do volime de NaOH encontrada foi de 10,73, o desvio padrão encontrado foi 1,54 e o
coeficiente de variança 14,35 %.
Por fim, A concentração media encontrada foi de 0,1041 mol L-1, o desvio padrão encontrado foi de
1,6653x10-3 e o coeficiente de variança encontrado foi de 1,6 %.
O coeficiente de variância da massa de BHK e do volume de NaOH não pode ser considerado
um erro aleatório, pois o resultado está acima dos 5% esperados, isso deve-se a realização
errônea da terceira pesagem de biftalato de potássio, já que os cálculos demonstraram que
seria necessário a pesagem de aproximadamente 0,20 g de KHC8H4O4, e na pratica foram
obtidos 0,2708 g.
Durante o processo de titulação do NaOH e do HCl, verificou-se a coloração rosa fraco no
momento em que ocorreu totalmente a reação de neutralização, pois utilizou-se a fenolftaleína

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como indicador ácido-base, que assume uma coloração rosa em meio básico e é incolor em
meio ácido.

Após a titulação do NaOH 0,1 mol L-1, este foi utilizado como padrão secundário na titulação
da solução de HCl, pois sua concentração foi estabelecida a partir da reação com o biftalato de
potássio que, por sua vez, é considerado padrão primário. Já que, a solução de hidróxido de
sódio e a solução de ácido clorídrico não foram preparadas a partir de um padrão primário,
estas não podem ser consideradas soluções padrão primário.

Algumas fórmulas utilizadas:

∑.𝑥
𝑋´ = 𝑛
(Equação 1)

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𝑋´: Média aritmética
N: Número de amostras.
X: Somatório das medidas;

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∑(𝑥−𝑥𝑚)
𝑆= 𝑛−1
(Equação 2)

S: Desvio padrão;
X: Somatório das medidas;
Xm: Média das medidas;
N: Número de amostras.

𝑆.100
𝐶𝑉 = 𝑥𝑚
(Equação 3)

CV: Coeficiente de variância;


S: Desvio padrão;
Xm: Média das medidas.

𝐶1. 𝑉1 = 𝐶2. 𝑉2
C1 = Concentraçao inicial
V1 = Volume inicial
C2 = concentração final
V2 = Volume final

Conclusões
A preparação de soluções é uma técnica de fundamental importância, pois as soluções são
utilizadas em uma série de procedimentos experimentais. É imprescindível conhecer a
concentração da solução que se deseja preparar e também o seu volume. Por isso, é
necessário realizar a padronização das soluções a serem utilizadas em tais
procedimentos.

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Referências Bibliográficas

RUSSEL, JB. Química Geral. Tradução Maria Elizabeth Brotto. 2. ed. São Paulo: Pearson Makron
Books, 1994.
BOCCHI, N et al. Introdução a química experimental. 2. ed. São Carlos: EduFSCar, 2014.
MAHAN,BM. Myers, RJ. Química: Um curso universitário. Tradução da 4a edição americana. São
Paulo: Editora Edgard Blucher, 1995.
Cesar, P. (09 de 05 de 2018). http://www.profpc.com.br. Fonte: Portal de Estudos Em Química:
http://www.profpc.com.br/%C3%81gua/%C3%81gua.htm

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