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«oe:
Aldo Dantas
Sees EXPEDIENTE DA EDITORA
Monica Arroyo
Marcio Cataia
Diagramador: Victor Hugo Rocha Silva Organizadores
Sebo Vermelho
556p.: il.
ISBN: 978-85-68519-38-7
CDU:911.3:331
SEBO
SEBO VERMELHO
Natal RN Brasil
- -
59025-002\- .
br
sebovermelho@yahoo.com,
Os circuitos espaciais da producao e
os circulos de cooperacao no espaco'
Antonio Carlos Robert Moraes
Express6es significados
e do movimento do capitalismo atual,
da dialética da modernidade. Processo de mil faces. Realidade
miultipla,opaca, nao captavel pela concep¢ao ingénua de trans-
paréncia da totalidade, que impGe a necessidade de exponenciar
as mediagées para compreender seu movimento. Dai o imperativo
de apreensées angulares. Aqui interessa a espacialidade’.
25
Dos Circultos da economia da circus cde Coaperagag No espaga
Urbana aos GiCultos espaclals do produgaa Os Circultos espactals produgado
aos
da
Estas aferi¢des sAo pressupostos para se penetrar na A discussdo
producdo
texto
na sociedade
sobre o circuito
famoso a
problematica
de cooperac4o
dos circuitos espaciais da produciio e dos circulos capitalista realizada
Politica” é bom
Introducao
por Marx no
cupagoes em que se inscreve esfor¢o. O tema da distribuicao o percurso. apresenta algumas preciosas a
da atividade econémica no espaco terrestre e das articulacdes ao explicitar unidade contraditoria
Ele
a
entre produgao, a
diferentes
critica economistas
entre os
os
lugares no processo
produtivo sempre foi distribuicdo, a troca e o consumo.
dela sem
estranha. Pois “o espaco nao pode ser estudado como se os momentos. E a partir que o
processo recomega
27
26
circulos de cooperagdg no espago
Dos circuitos da economia urbana aos circuitos espaciais de producao
Oscircuitos espaciais da producdo e os
outras capital o
mente desenvolvido criaria o novo. George Novack, outro autor Como ele lembra inicialmente:
instrumento
“Entre
coisas,
de producio, é também, trabalho
que reflete sobre esta “lei”, coloca-a como manifestacao da
uma é, também, um
1974, p. 215).
“interpenetracao dos contrarios”. Para ele, desigualdade seria
a passado,objetivado”(MARX, trabalho acu- Esse
produgao” para
destrufdo
do processo social e da dialética do desenvolvimento humano” no ato do consumo, e que resta como
também esta
(NOVACK,1974, p. 28). A combinacdo apareceria “com a necessi- 0 novo circuito lembra
(Idem, que
sentido,
p. 222). Marx
dade de superar a pré-existente desigualdade” (Idem, p. 50). Em “distribuicdo” dos meios de produgao, certo que
producao (Idem, p. 225).Poder-se-ia aventar deter: em
forma
de fixo melos
a estrutura das relagées capitalistas e se viu sujeito a suas leis de producdo sobre 0 espaco, que sob
a
de capital
Tal
de funcionamento. Portanto, cada nac4o entrou na divisdo participam continuamente
do circuito. expressaem
determinada
dotagao
internacional do trabalho sobre a base do mercado mundial sua magnitude, diversificag&o etc., uma
posigao
capitalista,
diferentes
cada uma participou numa forma peculiar e em
na divisdo do trabalho (qualquer que sejado
em dado momento
expressdo e expansdo do Capitalismo, universal
graus
jogou diferentes
na
se no
caracterizador de sua
capital
e as “peculiaridades nacionais”’. A etapa monopolista teria sem divida, intervém diferenciacao, porém, pode-se
nessa
intensificado importancia, com advento da mundializac4o determinacao fundamental hoje repousa numa
sua
levantar que sua
total. Esta orientacdo tedrica alimenta uma via fértil de indaga-
¢des, onde emerge a problematica da “convivéncia associada”
circulacdo essencialmente financeira,
de cada
que
certosentido
Tal questo demanda
em
29
28
cliculos de Cooperagag NO espago
Dos circultos da economla urbana aos crculfos espacials de produgia Os Circullos espackals da praduigdo¢ Gs
constitui “uma
como
“forma material das relagdes sociais de producio, expres- do capital mundial. 0 conjunto desses centros
frente tinica oligopolista” que monopoliza a pesquisa de
territorial ino-
sao concreta da divisdo do trabalho”, propée para
da expansao capitalista
esta disciplina a elaboracdo de uma “teoria do desenvolvimento vacées tecnolégicas base estratégica
—
geograficamente desigual” (SOJA,1983, p. 36-37). Para ele, tal atual. Hymer argumenta que o acesso informacao determina
4
processo reflete o padrao constante da espacialidade capitalista a localizacdo do centro. Num segundo patamar da hierarquia
“atividades de
que reproduz diferengas numa hierarquizac4o do espaco em estariam “as cidades eleitas” que alocam as
atividades
coordenacio”. Na base da hierarquia estariam
diferentes as
escalas. Em suas palavras:
diferentes lugares, difundidas
O Capitalismo, de
operacionais espalhadas por
originado um
espaco desenvolvido
mundo. Alerta entao a existéncia de “areas
forma por todo o para
desigualmente, transforma
e a matriz
espacial
sua
herdada enquanto desenvolve-se desigualmente ao longo de inovacdo” e “Areas ajuste”, com um fluxo de capital que
de
do tempo, e permanece sempre dependente, em certo obedece a uma estratégia ditada pelo centro. Tem-se uma pro-
grau, do desenvolvimento geograficamente desigual por ducdo cada vez mais cosmopolita e difundida (implicando num
ele produzido. (idem, 62) incrivel
p.
amplo circulo de cooperacao) acompanhada de uma
“status
“centralizacado espacial da decisao”. Nesse sentido
A o
internacionalizagdo capital manifestar-se-ia do
enquanto um processo, por esséncia, espacialmente desigual relativo” dos lugares nao
umasituagao desigual
se altera. HA
e combinado. Os lugares se individualizariam
especializando quanto a capacidadetécnica capital (fixado e em circulagao)
e de
dada divisdo do trabalho. “a concorréncia internacional
uma Nesse sentido a mundializacao que reproduz exponencialmente
implicaria numa uniformizacao e numa diferenciacao dos luga- imperfeita” (Idem, p. 20). Nas palavras de Hymer: “A divisdo
res. Os limites da plena homogeinizac4o
repousariam, segundo internacional do trabalho mantém a cabeca separada das maos
Mundo
Soja, no fato das diferencas serem
ele, estudos devem
fontes de Para super-lucros. e cada mao separada da outra”, num jogo onde o Terceiro
“exército industrial de reserva de dimensao
os encaminhados
ent4o ser
para a andlise aparece como um
‘desenvolvimento
do trabalho
divisdo
concorréncia interna de divisées) com a centralizag4o do con-
hierarquica
divisao vertical
entre regides geograficas semelhante a
do trabalho dentro da empresa” (HYMER,1978 trole de investimento (Idem, p. 46). Estas empresas desenvolvem
p. 37). No
do
dpice desta hierarquia estariam “os centros radiais uma ldgica de integrac4o e dispersdo organiza¢ao, que
tal capaci-
na sua
chama
planejamento estratégico” (Idem, p. 83), as
metrépoles que inclusive as libera espacialmente. Hymer
detém o controle da decisdosobre as estratégias de aplicacdo dade de “extraterritorialidade” (Idem, p. 78), isto é, integrar a
y Z
31
30
Dos circuitos da economia urbana Os circuitos da producao e os circulos de cooperagdo no espaco
aos circuitos espaciais de producao espaciais
Hojeexiste, segundo Hymer, uma “plena producio capitalista a combinacao dessa desigualdade.
internacional” com a
A combinacao do desigual se expressa num processo
sendo si divisdo internacional do traba-
incorpora¢4o da mao de obra de muitos
paises em uma hierarquizador, em a
modifica completamente o sistema de economias nacionais propria “internacionalizagao das grandes empresas oligopolistas”
que caracterizou o capitalismo mundial nos ultimos trezentos (COUTINHO,1977, p. 63). Isso ocorreu porque “a fronteira externa
também
espacial novadivisio, “descentraliza-se em escala mundial distribuic&o a
que no
capitalismo atual existem
geogréficados meios industriais de producao”, acompanhada de
32 33
circulos de cooperagdo no espago
Dos circuitos da economia urbana aos circuitos espaciais de produgao Os circuitos espaciais da producao e 0s
de uma situagao
uma “homogeneizac4onos setores oligopolistas”e uma “centrali- tecnologia auténoma, implica na manutencdo
(Idem, p. 74). Como resultado tem-se
zac4o da propriedade” (sAo600 empresas, segundoo autor). “Nas de dependéncia estrutural”
de grande
economias periféricas este tipo de homogeneizacao tecnoldgica a “obsolescéncia precoce” e a rapida “esterilizacdo”
fixado. Porém, em certos casos, 0 “custo de
enxertada de fora redundaria na ampliacdo das desigualdades massa de capital
inter e intra-setoriais” (Idem, p. 65). O “hiato tecnolégico” entre difusao” inovacSo (Idem, p. 77). A seletividade espa-
retarda a
(Idem, p. 67).
riam légica da circulacao
a internacionalizada e
tema matriz vé cair sua taxa de lucro. Os Estados Nacionais se Braga e F, Mazzucchelli -
“Notas introdutérias ao
capitalismo
relagao.
veem em dificuldade, “devem coordenar os interesses contra- monopolista”
-
na ordem mundial. As multinacionais criam seu “padrdo de internacionalizacdo. progressdo chegam ao capital finan-
Nessa
expansao, planejado globalmente”. Na crise pdés-1970vé-se o ceiro: “sintese do capital monetario com o produtivo” segundo
planejamento de da
aloca¢&o capacidade ociosa subsistemas 1981, p. 58).
definicao de Hilferding (BRAGA;MAZZUCCHELLI,
nos
35
34
Os circuitos espaciais da produ¢ao
e os circulos de cooperagdo no espago
Dos circuitos da economia urbana aos circuitos espaciais de produgado
financeiro.
divisdo internacional do trabalho” (Idem, p. 60) capital fixo entra no circuito
alteragées na
de
o
E
assim vai avangando uma expansdo-planejada da alocacao Aprofundandomais no tema, podemos Belluzzo
tomar
“O
o texto
Capital
capital monopolista, que define o ritmo das inovacées. Luis G.
-
cri
fixos j4 imobilizados, de modo que isto, ao lado da perspectiva préprio processo de reproducao”
crescente, expressa na expansao
da valorizacio ficticia de seus capitais monetdrios excedentes p- 113). E esta autonomizacao esta na
tende a rigidificar a estrutura técnica problematizar 0
e
do sistema de crédito, que génese do capital finan-
desenvolvimento das fronteiras de inovacées.
(idem, p. 60) ceiro. permite um aumento
Este significativo “na capacidade
é fundamental no capitalismo
A valorizagao ficticia aparece como “um circuito de valo- de mobilizacdo de capitais”. Isto
— i
“a importancia crescente
ce que dominam
io s
:
a cena na atualidade.
.
légica
e
e fluidez tornam-se
além da capacidade real de valorizagao”.
a
alocagao espaco no a uma
a capitalizacdo para
oriunda do circuito financeiro. lugares
as estratégias dos monopélios
mundializados
articulam
sub.
légica
Os e
Fazer dinheiro do dinheiro.
metidos se numa
Este stica da
O aparecimento das multinacionais é visto como elemento nacionais” deve
é de
ser
internacionalizagao.
analisada na
central de todo esse processo: “a grande empresa americana alerta, aparentemente banal, importancia.Vivemos suma
mundia-
constrdéi seu poder monopolista sobre 0 carter intrinsicamente numa economia globalizada, espa¢go
de relagdes num
consolidam clareza
com hierarquia dos lugares.
a
sariamente ao financeiro, pois a partir de um certo volume
arranjos se formamcombina¢ao dessa desigualdade.
na
precisa expandir-se para fora de seu circuito, e passa entado a
ja podemos
executar “exportacdo financeira de capital”. Tem-se assim
uma De posse das indicagées até aqui levantadas, expli-
um novo ciclo de internacionalizagao que, “nessa etapa, requer entrar na discussdo dos autores que, na Geografia, mais
da
a reproducdo do capital
global” (Idem, p. 120). Para tanto cria citamente trataram do tema dos “circuitos espacials produ-
“um mercado financeiro a escala mundial”, um vigoroso circuito
cao”. A formulagao mais direta nessa
encontrada PTE problematica
financeiro™*. Desta forma, ha que se atentar Metodologia 0
paradel Desarrollo
capital industrial americano que migra através
que nao é apenas
das multina-
aparece no projeto
Centro
“MORVEN:
de Estudios SD
Regional”,desenvolvido pelo
o
A especulacdo passa a comandar o investimento. As taxas do editadas 1978. emtextos dos dois Os
mencionados,
autores criticade
mercado internacional embrenham
se por todas as atividades contidos publicagSes, mais
nessas
avaliacao e uma
dos paises do sistema afilhado. Os “circuitos internos” dos projeto “Circuitos Regionais de Produgao:
-
Milton Santos ao
projeto ja
estudos empiricos),
havia em o
serao
internacional” (Idem, p. 123). em
realizado algumas aplicagoes
das consideragées que se seguem.
Chegamos assim a face desse processo nas economias objeto
a
modelopara
nacionais, tematica levantada no
“segmentacao dos
propée chegar
espacos
estuday
nacionais”, de
a um
forma “compreen er
a
e combinado. Nesse sentido, o alerta emitido por Aloisio Teixeira e especificar como vao interagindo diferentesagentes
pre os
capacidade
a
quanto ambiguidade do conceito de “capitalismomonopolista de dutivos sobre o espaco, objetivandomaximizarsua
Estado” dessa realidade é interessante de Barrios
O autor
no
defende
trato ser lembrado.
4 internacionali-
de acumulacdo” (MORVEN,1978, 5).Sonia
p. avan¢ana
desseproposito,
“respostas nacionais” explicitagao dos fundamentos
que as
(TEIXEIRA,1983, p. 96). Ele lembra que o “espaco de Para tanto é necessario ver 0 espaco
pe
objetodetraba
como 0,
F assim um
acumulac4o monopolista” é mundial, e que aac4o dos Estados na instrumento de trabalho e suporte de instrumento.
“concorréncia, reconcentrac4o e modernizacao [...]dos
espacos
39
38
Os circuitos espaclats da produgao ¢ os crculos de cooperagdo no espago
Dos circuitos da economia urbana aos circuitos espaciais de producao
bom
elemento que se manifesta como
parte substancial capital do “diretas”, as “relacées técnicas de producdo” seriam um
no capitalismo monopolista”
dos financiamentos cumpririam este papel. Com tudo, a
clara
e
que por isso joga um papel fundamental no de
-
processo
do circuito” seria dada pela identificacao dos
acumulacao atual. A hierarquizacdo, a centralizacAo, agéo
a “«ndividualizac4o
movimento. Rofmann
sobre a produtividade do trabalho, a localizacao, a seletividade, diferentes agentes envolvidos em seu
e mesmo 0 circuito financeiro, séo todos tépicos discutidos defende ser a identificacdo dos atores mais significativa que
a dos ramos e setores envolvidos. diferencial “captagao” do
A
pela autora, num tom que nfo difere do até aqui apresentado. o cir-
Trata-se de ver como o espaco entra na atualidade, nas ten- excedente seria outro aspecto a considerar. Delimitado
trés de seus elementos constitutivos: as
tativas de sustentar de lucro. Barrios cuito caberia rastrear
as taxas chega, assim,
a da de assumir dtica interna- atividades existentes e sua hierarquia, definindo a atividade
consideracao imperiosidade a
(ROFMANN,1978, p.4-5).Apesar das criticas que formula a “visao a denuincia de como os monopélios detém
para Rofmann propor
regional”, o autor acaba por reapresentar ao debate a velha tese o “controle estratégico” dos setores dinamicos do circuito, e
do “regional como subsistema do
sistema nacional”, ao defender de como o “setor moderno” capta a maior parte do excedente
a ideia que a reunido dos varios circuitos definiria o “subsistema O “circuito nacional” ea “transferéncia de valor” sao
regional.
regional” (Idem, p. 5). Avancando, Rofmann aponta vinculacgées
diferenciadas encadeamentos. de
lembrados ao final do texto (Idem, p. 33
e seg.).
nos Em termos vinculacées
at
40
circulos de Cooperagao na espago
Dos circuitos da economia urbana aos circuitos espaciais de produgao Os circuitos espaciais da produgdoe os
O capital fixo, o
As formulacées de Rofmann merecem alguns comentarios. espaco, abandonada por Rofmann.
devem ser bem identificados, assim
constante como
Partindo de uma fundamentacdo tedérica genérica fornecida e o fixo constante
que, como foi dito, nao esta em discor- devem ser bem localizadas as unidades produtivas da
dentro
interface
a internacionalizacao
Na entre
dancia ideias até aqui apresentadas -, o autor acaba por
com as organizacao espacial. a
enveredar por um caminho interpretativo distinto. Em primeiro do capital e a realidade histérica do pais,
devedosalocada
ser
circulos
lugar, embrenha-se numa proposta de pesquisa excessivamente problematica dos circuitos espaciais da producio e
“interferéncia entre os circuitos”, em termos técnicos, econé- local financiados por investimentos externos”, entre produgado
mico-sociais e politico-econdmicos (SANTOS,1980, p. 8). Lembra e consumo mundiais” etc. Existem circuitos extremamente
também a necessidade de aprender as relacdes entre o capital dispersos e outros altamente concentradosespacialmente.
fixo e o circulante, entre as firmas, e entre os ramos. Alerta que Qualquer que seja 0 caso,
hojeconsiderar,
contudo, devemos
sincronias locais obe- funcionais
o critério econdmico preside o técnico, e que os fluxos podem com Milton Santos”, que as
O
ser de diferentes tipos. Propde o estudo de “circuitos de ramo” decem a um tempo e a um acumulacgao
ritmo de
mundial,
(que “nos dao, através
relacdes das que presidem técnicas os circuito, claramente internacionalizado, do capital financeiro
das vigoroso elemento ordenador da produc&o
e relac6es correspondentes, a localizagao das ati-
sociais aparece como um
vidades e aspectos relevantes da tipicidade dos lugares” Idem, de diferentes rincédes do planeta.
p. 12), “circuitos de firmas” (que “nos permitem reconhecer circulos de no
dao a
ridade (de mercadorias e de capitais). desenham Estes
circulos
p. 12), “circuitos espaciais” “territoriais”. Estes “nos
e ou
destrdi
relacées, pelo velhas
que o
definidor de posic&o relativa
sua espaco mundializado. do
no
contrario, tende a
nem
criar
sempre
“modalidades de cooperacdo”. Enfim, o
as
capacidade traduz basicamente
se
dos
volume magnitude
investimentos
no
novos
e
numa
capital fixado, atua que na atracao
autor retoma, a nosso ver, a 6tica da producao e reproduc4o do
AS
42
irculas de cooperagdo no espago
Os circultos espacials ca produgaaeos ¢
Dos circuitos da economia urbana aos circuitos espaciais de produgao
de Sao Paulo.
penetrar numa andlise mais profunda da relacao entre o capital Departamento de Geografia, FFLCH, Universidade
financeiro e o capital fixo. Nesse sentido, o aprofundamento recentes na divisdo internacional
COUTINHO, Luciano. Mudangas
na obra de Sraffa parece fundamental. discute exa-
Esse autor
2, 1977.
do trabalho, Contexto, So Paulo, n.
tamente “descongelamento
o de capital fixo”, sua transfor-
do
COUTINHO, Luciano; BELLUZZO, Luiz. O desenvolvimento
macio em capital circulante, pelas agdes que revalorizam a
e a reorganizacao da economia mundial no
José Luis. Algumas questées relacionadas com o estudo realidade brasileira, Petrépolis, Vozes, 1980.
CORAGGIO,
das desigualdades regionais América na Latina. Boletim Paulista estética marxista. Rio de
LUKACS, Gyérgy. Introdug4o a uma
de Geografia, Sao Paulo, n. 56, 1979. Brasileira, 1970.
Janeiro: Civilizacao
Roberto Lobato. Repensando a teoria dos lugares cen- Prefacio. In: BELLUZZO, L G. 0
CORREA,
trais. In: SANTOS, Milton (Org.).Novos Rumos da Geografia
MELLO, Jodo Manuel Cardoso de.
Brasiliense: Sao Paulo, 1984.
senhor e o unicérnio.
Brasileira. Sdo Paulo: Hucitec, 1982.
45
AA
Dos circuitos da economia urbana aos circuitos espaciais de producdo
Os circuitos espaciais da produgdoe os circulos de cooperagao no espago |
MELLO, Jodo Manuel Cardoso de. Entrevista. Presenga, n. 4,
Caetés: Sdo Paulo, 1984.
__
. Desenvolvimento econémico e urbanizacdo em paises
subdesenvolvidos: Os dois sistemas de fluxo da economia urbana
e suas implicacgéesespaciais. Boletim Paulista de Geografia, S4o
Paulo, n. 53, 1977.
_-----
. Por uma geografia nova. Da critica da geografia a uma
47
46
circtlos de Coaperagadg fo Espago
Dos circuitos da economia urbana aos circuitos espaciais de producgdo
Os CICUILOS espartals da produgad eos
os trabalhos de J. L. Coraggio
Notas
Entre outras podemos lembrar
Relacionadas com o Estudo das
-
“Algumas Quest6es
América Latina’, Roberto Lobato
1 Este texto circulou originalmente mimeografado com o DesigualdadesRegionais na
de
seguinte esclarecimento do autor: “Relatério comentado de Corréa “Repensando teoria dos lugares centrais”, e
-
a
leituras apresentado como trabalho de avaliacg4ono curso ‘A Ariovaldo Umbelino de Oliveira “Contribuicao para o Estudo -
ministrado pelo Prof. Milton Santos na pés-graduagao do Sobre a questo da particularidadever G. Likacs -
IntroducZo
Departamento de Geografia da F.F.L.C.H. da Universidade “A Questo Légica do Particular
A Estética Marxista, cap. I
-
Ver L. Trotsky -
Histéria cap.
e Marcelo Escolar, no livro intitulado Aportes para el estudio
“Peculiaridade do desenvolvimento da Russia”.
del espacio socio-econémico, organizado por Luis Yanes e Ana
Marfa Liberabi, pela Editorial El Coloquio,Buenos Aires, 1989. interessante discussao
10 Sobre esta questao pode-se tomar a
teorizacao desenvolvida por Wanderley sobre 0“colonato”, efetuada por José de Souza Martins em
Sobre a espacialidade ver a
O Cativeiro da Terra, cap.1 “A producdo capitalista de
-
Esta tematica é posta como crucial na atualidade por autores 11 Tome-se por respeito da existéncia
exemplotoda adiscussao a
abordaram de forma privilegiada estas questdes (lembremos 13 Ver: Milton Santos: Por uma cap.
AQ.
Dos clrcultas da economia urbana crculos de
aos Circultos espactals de pradugao Os circuilos espacals da pradugag¢ os Cooperagdo Nb espago
22 A produgao carne
Econémico bom exemplo deste
e
Urbanizac¢aoem Paises Subdesenvolvidos: os cado asiatico na Paraiba parece ser um
17
24 0 caso do “carro mundial”, montado no
Brasilexportado, e
e 0 a revista
-
4 -
e acrise monetdria
financeiro (eurodollars, petro- 25 Ver: Milton Santos -
“Relacdes espaco
Geografia
temporais no
XVIII
mundo -“A
L. G. Belluzzo “O Desenvolvimento
-
do Capitalismo Avangado
internacional, ver: L. Coutinho e subdesenvolvido” e Por uma
estudos geograficos”.
Nova,
cap.
Capitalismo
e
Campesinato ~
Os colonos
do vinho; e os trabalhos de J. Graziano da Silva.