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Em resumo, para obter bom resultado é necessário que idéia e forma, ou seja
inspiração e realização sejam eficazes e bem dosados, sendo que, para criar a mágica da
comunicação com o público é importante o completo envolvimento do bailarino/intérprete
na obra.
O nascimento desta sequência inicial, ainda que seja espontâneo, deve ter uma
motivação. Acquarone (1991) sugere que examinemos as quatro características ou
qualidades de movimento que podem servir de estímulo à motivação:
Assim, o mesmo simples movimento de dar a mão a alguém poderá ter vários e
diferentes aspectos, dependendo do significado que tenha para nós, assim como deverá
nascer daquilo que desejamos exprimir – usando mais ou menos energia e velocidade,
variando o nível de amplitude, a direção e a qualidade do movimento em função disso.
Desse modo, vemos que a combinação de elementos pode ser infinita e, sendo
assim, o vocabulário coreográfico e a possibilidade de elaborar e desenvolver os temas
serão também inúmeras.
Mas, cabe acrescentar que, sem motivo, todo o trabalho não será mais do que
ginástica. Se não dissermos nada, nada restará ao público senão frustração e talvez
rejeição. O coreógrafo deve estar consciente da importância que pode haver em cada gesto,
mesmo no mais simples.
Seqüência de movimentos
Após a conclusão da sequência-tema, algo deverá acontecer. Uma frase
coreografada será seguida de outra, algumas vezes variando, contrastando ou
desenvolvendo a anterior. Podemos ainda ter, em cima da sequência inicial, um contra-
tema, criando complexidade rítmica à sequencia-base ou diferindo na dinâmica destes
movimentos.
Assim, constrói-se uma seqüência básica que poderá ser dançada de várias
maneiras diferentes. Nesse ponto, o coreógrafo deverá experimentar diferentes
combinações – a partir daquela base já construída – até encontrar a que melhor se ajuste
às suas necessidades, ou, principalmente às possibilidades dos bailarinos com quem irá
trabalhar.
É muito importante que a coreografia “passe” para o público que os bailarinos
executam os movimentos prazerosamente e com facilidade. De nada adianta passos de
difícil execução, combinações intrincadas se os executores não conseguirão dominar a
contento – ficando claro para o público que os dançarinos estão fazendo um esforço além
de suas possibilidades.
Plier = flexionar
Glisser = deslizar
Tourner = virar, girar
Étendrer = estender
Sauter = saltar
Relever = levantar
Elancer = lançar
Partindo da pesquisa de combinação de movimentos, chega-se à
composição do tema A, por exemplo, que deve destacar alguns dos sete
movimentos acima, contrastando com B, que já possui outros elementos, ou
repetições, e assim por diante. Vejamos: se em A não se gira, em B se girará,
ou vice-versa; se em A vai-se diretamente para frente, em B isto será feito
indiretamente.