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CANOAS, 2010
RAPHAEL ROMERA DA SILVA
CANOAS, 2010
TERMO DE APROVAÇÃO
BANCA EXAMINADORA
________________________________________
Profa. M.ª Rosana Roth
UNILASALLE
_________________________________________
Profa. M.ª Silvana Filereno
UNILASALLE
________________________________________
Profª.M.ª Simone Van Der Haln
UNILASALLE
Dedico este trabalho a todos que, direta
ou indiretamente, se fizeram presentes no
decorrer desta conquista. Em especial
aos meus pais Ricardo e Niuza, a minha
esposa Liege e a minha filha Amanda,
que veio ao mundo iluminar e abençoar a
minha existência e, ao Grêmio que me
faz feliz durante meus momentos de lazer.
AGRADECIMENTOS
1 INTRODUÇÃO ...............................................................................................12
2 DEFINIÇÃO DO PROBLEMA ........................................................................14
2.1 Caracterização da organização ...................................................................14
2.2 Situação problema........................................................................................15
2.3 Justificativa ...................................................................................................17
2.3.1 Quanto à importância.....................................................................................18
2.3.2 Quanto à oportunidade ...................................................................................18
2.3.3 Quanto à viabilidade .......................................................................................19
3 OBJETIVOS ...................................................................................................20
3.1 Objetivo geral................................................................................................20
3.2 Objetivos específicos ...................................................................................20
4 REVISÃO DE LITERATURA..........................................................................21
4.1 Agronegócio - soja .......................................................................................21
4.2 Logística ........................................................................................................24
4.2.1 Componentes da logística ..............................................................................25
4.2.2 Multimodal e unimodal ....................................................................................29
4.2.3 Transporte intermodal.....................................................................................30
4.2.4 Transporte internacional .................................................................................30
4.2.5 Transporte ferroviário......................................................................................31
4.2.6 Transporte rodoviário......................................................................................32
4.2.7 Transporte hidroviário .....................................................................................33
4.2.8 Transporte aéreo ............................................................................................34
4.3 Movimentação...............................................................................................35
4.4 Armazenagem ..............................................................................................36
4.5 Distribuição ...................................................................................................37
4.6 Exportação ....................................................................................................38
5 METODOLOGIA.............................................................................................41
5.1 Delineamento do tipo de pesquisa..............................................................41
5.2 Definição da área alvo de estudo ................................................................42
5.3 Instrumento de coleta de dados..................................................................42
5.4 Plano de análise de dados ........................................................................... 44
6 MERCADO ARGENTINO DE SOJA ..............................................................46
6.1 Atual processo de venda da Zamban..........................................................50
6.2 A transportadora ALL - Logística ................................................................53
6.3 Comparação do volume de carga, frequência, confiabilidade e prazos ..55
6.3.1 Avaliação dos custos para identificar o melhor modal de transportes ............56
6.3.2 Identificação e avaliação das variáveis técnicas a serem superadas .............56
6.4 Proposta para a empresa Zamban na exportação de soja para a
Argentina....................................................................................................................58
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS ...........................................................................63
REFERÊNCIAS ..............................................................................................65
APÊNDICE A – Roteiro semi-estruturado de entrevista 1 para Zamban
Comércio de Importação e Exportação de Grãos Ltda...................................67
APÊNDICE B – Roteiro semi-estruturado de entrevista 2 para Zamban
Comércio de Importação e Exportação de Grãos Ltda...................................68
APÊNDICE C – Roteiro semi-estruturado de entrevista 3 para Zamban
Comércio de Importação e Exportação de Grãos Ltda...................................69
APÊNDICE D – Roteiro semi-estruturado de entrevista 4 para Zamban
Comércio de Importação e Exportação de Grãos Ltda................................... 70
12
1 INTRODUÇÃO
2 DEFINIÇÂO DO PROBLEMA
podendo parte destes hectares serem convertidos para o cultivo de grãos e outras
culturas. Segundo ainda o autor, caso a soja seja produzida em uma área entre 50
milhões a 100 milhões de hectares, pode gerar algo entre 150 milhões a 300 milhões
de toneladas. Conclui ainda o autor, que pelos motivos acima o Brasil está sendo
cada vez mais procurado por investidores, por possuir maior área possível de cultivo
ainda presente no mundo.
Conforme o COMCIENCIA (2004)1, o Brasil agrícola está produzindo como
nunca. A alta produtividade do agronegócio está gerando um grande desconforto na
área de transporte nacional, isso devido à grande produção dos últimos anos na
agricultura e pecuária nacional. O Brasil é líder mundial em soja, milho, açúcar, café,
carne bovina e de frango. Porém, na hora de escoar essa produção até os pontos de
vendas ou portos exportadores, o país enfrenta sérios problemas com a ineficiência
dos sistemas de transporte. São rodovias em situação precária, ferrovias sem
investimento, terminais portuários sobrecarregados. Além, disso a produção tem
migrado para regiões mais afastadas dos pólos consumidores e dos canais
exportadores como sul e sudeste, desta forma onerando os valores de transporte, e
colocam em risco a competitividade do produto brasileiro no mercado internacional.
O sistema de transporte mais utilizado no escoamento da produção brasileira
é o rodoviário, pois na maioria das vezes é a única alternativa para movimentação
desse tipo de produto. As hidrovias e ferrovias estão sempre distantes das fazendas
desta forma dificultando a sua utilização. A reportagem ainda destaca que a
produção de soja e algodão percorre em média distâncias maiores que três mil
quilômetros, assim elevando os seus custos que muitas vezes aumentam o valor
final do produto.
Então as barreiras a serem vencidas são diversas e bem conhecidas da
realidade nacional, e serão mais bem trabalhadas no decorrer deste trabalho. Pois, a
competição não é mais de âmbito doméstico e sim mundial, os concorrentes e
clientes estão em todas as partes. O presente trabalho aborda a avaliação de qual o
melhor modal na exportação a fim de aumentar sua participação no mercado externo
inserindo quantidades maiores de seus grãos no mercado argentino. Assim não
precisando mais comodatar seus grãos excedentes no mercado interno, aumentado
sua rentabilidade.
1
http://www.comciencia.br/200404/reportagens/03.shtml)
17
2.3 Justificativa
3 OBJETIVOS
Este capítulo definirá qual será o objetivo geral e seus objetivos específicos a
serem utilizados.
4 REVISÃO DE LITERATURA
4.2 Logística
relação ao modal aeroviário segundo ainda o autor possui um alto custo, sendo
utilizado para produtos com alto valor agregado. Porém, se destaca na segurança e
agilidade.
Finaliza Bertaglia (2006) em relação aos modais rodoviários e ferroviários,
não há muita diferença no tipo de produto transportado, mas sim pelos custos e nível
do serviço prestado.
A diferença de produtos carregados por cada tipo transporte, ferroviário e
rodoviário, segundo Ballou (1993, p.119) estão relacionados aos fretes mais baratos
no modal ferroviário, pois seu desempenho e ligeiramente inferior, se concentrado
nas cargas de relação valor-peso ou valor-volume mais baixas. Focando-se no
transportes de produtos químicos, siderúrgicos e plásticos. Já o rodoviário
concentra-se tipicamente, móveis e acessórios, metais e bebidas.
Salienta Bowersox (2001, p.40) que ainda aponta que o transporte pode ser
atendido por três maneiras básicas. Primeiramente pode se operar com uma frota
exclusiva de veículos (cavalinho e carreta), em segundo lugar pode-se contratar uma
empresa de transporte (cavalinho) e por terceiro a empresa pode contratar o serviço
de várias transportadoras que oferecem serviços diversos de transporte, essas três
modalidades são chamadas de transporte privado, contratado e transporte comum.
Porém, o transporte mais barato nem sempre é o mais eficiente. Tem que se levar
em consideração os fatores fundamentais para o desempenho do transporte: custo,
velocidade e consistência.
Com base no referencial teórico desenvolvido julga-se correto acreditar que o
profissional de logística hoje tem que ser mais objetivo e dinâmico na identificação
da melhor combinação entre os serviços oferecidos e preços, de modo a atender
aos objetivos do seu cliente. Além do que foi visto anteriormente relacionado aos
modais e tarifas, também se pode notar que há diferenças entre os tipos de
transportes, que serão vistas a seguir.
Uma vez que a logística é o responsável por definir o tipo de modais e muitas
vezes usar um, dois ou todos. Acredita-se relevante explorar um pouco mais sobre
essa questão de multimodalidade e unimodalidade.
29
Completa o autor que o transporte aéreo ainda esbarra nos altos valores
cobrados no frete. As grandes distâncias ainda são realizadas por navios, por ter um
custo menos oneroso. Porém, o transporte aéreo tem evoluído nos últimos anos,
mesmo com as altas taxas de transporte. Tem como foco principal a remessa
urgente de produtos e cargas complementares de baixa durabilidade, não necessita
35
4.3 Movimentação
produtos, sendo essa atividade repetida muitas vezes durante a estadia dos
produtos nos terminais de carga.
Julga-se correto acreditar que nos últimos anos as empresas têm investido
em equipamentos de movimentação, pois eles apresentam parcela significativa na
atividade logística, pois pequenas ineficiências neste processo podem acarretar
atraso e gargalhos em toda cadeia logística.
Após a movimentação interna das mercadorias nos terminais de carga,
necessitamos armazenar os produtos em algum local adequado, que será tratado a
seguir.
4.4 Armazenagem
4.5 Distribuição
4.6 Exportação
Por sua vez Lopez e Gama (2008, p. 224) configuram-se uma exportação
quando um produto é disponibilizado, em local e prazo estipulado, ao comprador
estrangeiro mediante contrato de compra e venda internacional. Portanto a
exportação só ocorre quando a mercadoria sai do território aduaneiro, porém a
transferência de risco de perdas e danos entre vendedor e comprador ocorre na
chamada fronteira comercial, definida no contrato como o local de entrega.
Segundo Behrends (2006, p. 154) o processo de exportação no Brasil
contempla várias fases importantes. Estas fases são os tratamentos administrativos
que constituem os trâmites aduaneiros e tem por essa razão controle da receita
federal. Lopez e Gama (2008, p. 261) apontam as principais etapas:
a) Registro de exportação (RE): Se tem início do controle administrativo nesta
etapa. O RE é o licenciamento eletrônico, registrado diretamente no
Siscomex, que compreende o conjunto de informações de natureza
comercial, financeira, cambial e fiscal da exportação.
b) Despacho aduaneiro de exportação: trata-se do procedimento mediante o
qual é verificada a exatidão dos dados declarados pelo exportador no
registro de exportação, geralmente feita por um representante legal da
empresa (despachante aduaneiro).
c) Fiscalização aduaneira e desembaraço: a conferência aduaneira é feita por
amostragem pela Secretaria da Receita Federal, onde se verifica se o
enquadramento da operação está correto. Estando de acordo, ocorre o
desembaraço da mercadoria, ou seja, a autorização para transposição de
fronteira.
Certos documentos são necessários, e alguns exigidos pela Secretaria da
Receita Federal, para a realização destas etapas. Behrends (2006, p. 125) cita
alguns:
a) Fatura Pro Forma (Pro Forma Invoice): documento que prefigura a fatura
comercial, equivalente a um pedido de venda.
b) Fatura Comercial (Commercial Invoice): documento que caracteriza a
transação comercial internacional.
c) Romaneio de Embarque (Packing List): documento que caracteriza o
conteúdo físico da mercadoria.
d) Certificado de Origem (Origin Certificate): atestado comprobatório da
origem da mercadoria.
40
5 METODOLOGIA
De acordo com Gil (1999, p.73), o estudo de caso vem sendo utilizado com
freqüência cada vez maior pelos pesquisadores sociais, visto servir a pesquisas com
diferentes propósitos, de explorar situações que não estão claramente definidos,
descrever a situação do contexto onde está sendo feita a investigação e por final
42
De acordo com Sr. Enio Cordeiro (2010), esse é o quadro geral que se
desenvolvem as relações bilaterais, os dois países construíram uma solida aliança
estratégica e as dificuldades pontuais, de natureza estritamente comercial, refletem
a própria intensidade do relacionamento. Complementa o autor, que o interesse dos
dois países é preservar a qualidade política da relação e trabalhar pelo seu
aprofundamento e aceleração.
50
dos grãos para embarque. Então, são expedidas as notas fiscais, para que ocorra o
embarque nos caminhões, conforme a figura 4.
PIB do MERCOSUL, por onde passam 78% das exportações de grãos da região
rumo a sete dos principais portos instalados no Brasil e Argentina, a ALL opera
atualmente a mais extensa malha ferroviária da América do Sul. São 21.300
quilômetros de ferrovias nos dois países, sendo, exclusivamente em território
nacional, quase 16 mil dos mais de 29 mil quilômetros de linhas férreas existentes
no Brasil. Na figura 7 o mapa da malha ferroviária da ALL – Logística.
Atualmente a ALL opera toda essa malha no sistema intermodal, a ALL
atende três segmentos de negócios: commodities agrícolas, produtos industriais e
serviços rodoviários. Nestes três segmentos, adota tecnologias e sistemas pioneiros
voltados para a melhor qualidade, satisfação e necessidades de seus clientes.
Para esse atendimento a ALL-Logística possui atualmente uma frota de 1060
locomotivas, 31 mil vagões, 70 Road Railers e 1000 veículos próprios e agregados.
Na entrevista realizada com o supervisor de assuntos internacionais para
MERCOSUL, Sr. Théo Camurça da empresa ALL-Logística, o projeto de exportação
de grãos de soja via modal ferroviário, se tornou viável uma vez que o cliente Bunge
Argentina que é o destino final da Soja que vem do Brasil aceitou as exigências
solicitadas pela ALL, no sentido de determinar a quantidade mínima a ser carregado
a cada solicitação de pedido. Complementa o entrevistado que esse dado na mão e
as demais variáveis solucionadas, tornou o trem um meio adequado para essa
operação. Complementa o entrevistado Sr. Théo Camurça, que além, da
compreensão por parte da indústria argentina que neste caso será a que irá
processar a soja, existem outros pontos importante a serem mencionados que
colaborou para escolha do modal ferroviário, a proximidade da Zamban em relação
ao terminal de Vacaria, fazendo com que os custos acabem diminuindo. As variáveis
mencionadas até agora são de cunho operacional nesse processo, pois existe um
ganho indireto que a região acaba adquirindo, com a ampliação do terminal de
carga, fazendo com que outras empresas se beneficiem com a melhoria.
Finaliza o supervisor, mencionando que ALL já realiza esse tipo de transporte
para Argentina, com partidas de outros municípios brasileiros, e até então não havia
surgido uma demanda expressiva para região de Vacaria. Assim entende-se que a
Zamban vai colaborar para que a ALL comece a olhar para região com outros olhos.
Como uma região promissora para o negócio.
55
Fig
ura 7 – Fluxo de exportação via modal ferroviário
Fonte: Próprio Autor, 2010.
Na figura 7 se pode notar de que forma os grãos de soja irão percorrer todo
trajeto de exportação via modal ferroviário.
No caso do modal ferroviário a agilidade não é o forte desta modalidade,
tendo o tempo de atendimento de um pedido de até dez dias. Pois, existem barreiras
a serem eliminadas no trajeto Brasil – Argentina. Entre elas a questão da diferença
de bitola entre as malhas férreas dos dois países, e a obrigação de transbordo de
grãos de soja na fronteira para troca de vagões.
Por outro lado o modal ferroviário apresenta uma maior capacidade de carga
por viagem, mais confiável em relação a roubo, e menor custo de frete.
O transporte ferroviário apresenta uma quantidade maior de vantagens do
que desvantagens, pois a soja por ser uma commodity, necessita que seus pedidos
sejam maiores a fim de que a empresa ganhe com a redução do valor de transporte,
e com a redução de movimentações da sua origem a até seu destino final. E assim
tornando a exportação de grãos uma nova oportunidade de escoamento da safra de
soja da Zamban.
Abaixo as vantagens e desvantagens do modal ferroviário:
62
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
BULGACOV, Sergio (Org.). Manual de gestão empresarial. 2. ed. São Paulo: Atlas,
2006.
GIL, Antonio C. Métodos e técnicas de pesquisa social. São Paulo: Atlas, 1999.
67
LOPEZ, José Manoel; GAMA, Marilza. Comércio exterior competitivo. 3. ed. São
Paulo: Aduaneiras, 2007.
RATTI, Bruno. Comércio internacional e câmbio. 10. ed. São Paulo: Aduaneiras,
2001.
VAZQUEZ, José L.. Comércio exterior brasileiro. 9. ed. São Paulo: Atlas, 2009.
______, Sylvia C.. Projeto de pesquisa em administração. 4.ed. São Paulo: Atlas,
2003.
68
• Perguntas Gerais
1) O que levou a Zamban a escolher a Argentina para realizar suas futuras
exportações de grãos de soja?
2) Qual a capacidade de armazenamento atual dos silos da Zamban?
3) Quais os seus clientes atuais do mercado interno? Qual a relação que a
Zamban mantém com eles?
4) Como é formada a cadeia logística desde o fornecedor até a entrega ao
cliente no mercado interno?
5) O que a Zamban faz com os grãos excedentes da sua safra de soja?
• Perguntas finais
1) A empresa utiliza outros tipos de modais? Quais e para onde?
2) A Zamban tem algum projeto de criar parcerias com empresas de
armazenagem nas proximidades da fronteira? A fim de facilitar a consolidação
dos grãos de soja a serem exportados para Argentina?
3) Considerando o atual terminal ferroviário de Vacaria, a Zamban não gostaria
de enviar seus grãos via transporte Ferroviário, e assim utilizar a ALL para
executar essa exportação?
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1) Quais são os custos com transporte de grãos de soja via o atual modal
utilizado na empresa?
2) Para a exportação de grãos para Argentina, existem algumas variáveis a
serem superadas, o que a Zamban pretende avaliar como fator principal para
escolha do modal?
3) Quais os fatores que serão analisados para escolha do melhor modal?
71