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brasileira.
Bibliografia:
NETO, F. J. E, CAMPOS, G. R. O Impacto do Neoliberalismo na educação brasileira. PUCPR
Apresentação da Obra:
Nesta obra é descrito os desafios para a educação que se apresentam advindo da globalização
e das adversidades sociais oriundos das novas políticas neoliberais.
Descrição da estrutura:
Esta obra é apresentada em introdução, três capítulos e conclusão final. O foco deste trabalho
é apresentar a situação atual e expor as críticas dos autores.
Resumo da Obra:
Na era do iluminismo, assim como as novas reflexões trazidas pelos sábios através das artes, se
difundem novos pensamentos em outras áreas da sociedade como na área da sociologia.
Através de grandes pensadores como por exemplo John Locke, nasce um novo formato de
pensamento (O Liberalismo). John Locke também é bastante conhecido dentro da área da
educação com seus conceitos como por exemplo da tabula rasa, onde ele descreve que todo
ser humano nasce como uma folha em branco.
Com tudo, mesmo estas ideias serem originadas e difundidas na Europa, foi nos Estados
Unidos que estas ganham muita força, com os princípios de liberdade e direitos privados.
Dentro deste conceito social, apresentava-se uma dicotomia antagônica na qual o ideal do
liberalismo e do progressismo trazendo frente a frente à expansão capitalista contra os ideais
sociais.
Este fato fica mais evidente na era contemporânea aos desafios atuais que enfrentamos, ainda
mais quando colocamos o elemento globalismo dentro deste assunto.
Voltado para a área da educação podemos dizer que o ensino e a cidadania são incindíveis,
porém são mutáveis e que se transformam de acordos com as mudanças sociais que ocorrem
ao passar das gerações. Este pensamento permeia a mente de grandes pensadores, passando
de Platão a Pestalozzi, podendo citar Rousseau e Kant que deram os seus significados o que é o
ato de ensinar e de que forma deve ser executada, onde todos convergiam em um
pensamento em comum, que educar é o ato de formação do ser humano.
Com a passagem da era do feudalismo para o capitalismo, novamente temos uma nova quebra
de paradigmas diante da sociedade, cuja transformações são levadas ao contexto educacional.
Na era da globalização, a formação educacional deve ser novamente revista e repensada
diante do novo cenária apresentado.
Este novo cenário nos leva ao caráter da gestão pública dentro da área da educação com face
ao neoliberalismo que traz esta como um ponto estratégico para o controle e regulação social,
como diz Pacievitch et. al. (2008) em O mercado da pedagogia e a pedagogia de mercado:
reflexos do neoliberalismo sobre a educação.
Este novo aspecto liberal somado a globalização e a pressão de grandes potências mundiais,
como exemplo os Estados Unidos, trazem outras nações inferiores a refletir a aderir aos
aspectos do liberalismo, como o fundamento de enxugar a máquina do estado ao máximo e
manter este sob mínima influência econômica e social sobre sua área de atuação.
Desta forma, podemos observar que a uma inversão de valores onde agora o homem se
apresenta apenas como um objeto do capitalismo e a busca passa a ser a lucratividade.
Com isto, a educação torna-se uma ferramenta para se atingir estes objetivos, sendo um
doutrinador da sociedade.
Então, é necessária uma reformulação do sistema de educação, que deixa de formar uma mão
de obra mais qualificada e confiável, e passa a criar pessoas com capacidade de resposta, com
rápida capacidade de aprendizagem, que saibam trabalhar em equipe, que sejam
competitivos, criativos.
2. Tornar a escola um meio de transmissão dos seus princípios doutrinários. O que está em
questão é a adequação da escola à ideologia dominante. [...]
Desta forma, a educação passa a ser mais um instrumento de lucro onde o direito da educação
agora é definido pelo mercado.
No cenário atual que nos encontramos, cujo conflito de ideias e posições políticas frente ao
liberalismo e/ou progressismo, vivemos em um ambiente conturbado com muitas informações
difusas cujo objetivo é trazer a população frente a uma bandeira partidária para assim
conseguir reassumir ou perpetuar-se no poder.
Este ambiente bipolar se agrava cada vez mais e faz com que as ideias divergentes a qualquer
um dos lados seja combatida de forma ferrenha, sem que haja uma discussão aos prós e aos
contras em cada uma das partes.
Neste texto, podemos observar parte deste embate ideológico onde podemos observar
apenas as situações mais negativas do liberalismo frente a educação mundial, onde o autor
traz o neoliberalismo como uma ferramenta de doutrinação e controladora da sociedade em
prol do capitalismo e do mercado.
Muitos dos pontos citados são verdadeiros e tem a minha opinião favorável, como o fato de
excluir o poder do estado frente a educação trará um retrocesso nas batalhas que os
educadores travaram a séculos atrás.
Desde Comenius (o pai da pedagogia) até Paulo Freire temos um senso em comum entre todos
os educadores. A educação é para todos e esta é instrumento de libertação para o povo.
Desta forma, é necessário que a educação seja difundida para todos senso um partido ou lado
ideológico.
É necessário que nos como educadores, formemos cidadãos conscientes e que estejam
capacitados a interpretar as informações recebidas e tomarem conclusões por si próprios
(saber a aprender e aprender a aprender).
Por outro lado, temos que pensar na questão do ensino e tomarmos como base alguns
aspectos de nações que hoje podem ser tomadas como referencias como Estados Unidos,
Coreia do Sul e Chile.
Um dos aspectos que convergem entre estas nações é um pressuposto da escola nova,
também oriundo do liberalismo, que é a liberação do conhecimento.
Hoje no Brasil, seguimos a LDB para termos como base o que deve ser ensinado, onde todas as
matérias são obrigatórias e não são interdependentes dos conhecimentos e capacidades dos
alunos.
Acredito que o formato americano onde apenas Matemática, Língua Nacional e História
Nacional são matérias obrigatórias, onde o aluno deve preencher sua grade horaria de acordo
com sua vocação e desejo, é um caminho mais prospero para a educação.
Este formato tradicional, muitas vezes só retiram o desejo do aluno de aprender e não
agregam o conhecimento necessário em relação as necessidades de cada aluno.
Assim como o autor critica o ponto de vista liberal (não que eu adote este pensamento), o
sistema progressista que se impôs no Brasil nos últimos anos não fez grandes progressos na
educação nacional.
Na minha visão, é necessário abordar os pontos positivos e negativos de cada posição e chegar
a um ponto central. Mais do que nunca, é necessário encerrar esta guerra de narrativas que
um é melhor que o outro e colocarmos em pratica as ações necessárias para conseguirmos
avançar com a educação nacional.
Recomendação da Obra:
Esta obra é recomendada para todos os profissionais da educação, em especial para aqueles
que atuarão diretamente dentro das salas de aulas.
Este trabalho servirá de guia para questões vigentes atuais e trará novas perspectivas da
atuação dos professores em sala de aula apresentando os novos desafios perante o século XXI
Identificação do Autor.
Gabriela Campos Ribeiro - Doutora em Direito pela Universidade de São Paulo (2002).
Graduada em Direito pela Universidade de São Paulo (1990). Advogada e consultora na área
trabalhista empresarial. Professora desde 1997 das Disciplinas de Direito Material do Trabalho,
Direito Processual do Trabalho, Direito Previdenciário e Formas Alternativas de Solução de
Conflitos. Pesquisa e estuda os seguintes temas: reorganização societária e impacto no
trabalho, liberdade econômica e proteção contra a despedida arbitrária no Brasil.
Coordenadora do Núcleo Temático de Direito do Trabalho do Comitê Jurídico da Câmara
Italiana de Comercio de São Paulo - ITALCAM . Integrante do Comitê de Apoio Legislativo
CORHALE - Comitê da ABRH (Associação Brasileira de Recursos). Conselheira da Associação
Paulista de Relações e Estudos Sindicais -APRES - entidade que tem por finalidade a promoção,
o estudo e desenvolvimento do Direito Coletivo do Trabalho e das relações sindicais.