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Cabines primárias
mar, 2015
Este artigo visa abordar o assunto de forma genérica, ressaltando, porém, os aspectos mais importantes
sobre o tema. As normas ABNT citadas neste trabalho, assim como as prescrições das concessionárias
de energia elétrica, trazem os detalhes técnicos necessários para um entendimento mais abrangente.
Nomenclatura
São várias as denominações para cabines primárias. A norma ABNT NBR 14039, de
dezembro de 2003, denominada “Instalações de Média tensão de 1,0 a 36,2 kV”, em seu
parágrafo 3.6, menciona cabine primária como “subestação de entrada de energia”.
Algumas concessionárias utilizam a denominação “posto primário”. No entanto, muitos
consumidores e fornecedores de equipamentos utilizam “cabine primária”.
Conceitos básicos
A resposta vem do aspecto técnico e econômico da condição de transportar a energia com menores
perdas possíveis, de forma segura, econômica e na melhor condição.
A energia é gerada normalmente em locais distantes dos maiores centros de consumo na tensão de 13,8
KV (média tensão), a tensão é elevada para os níveis de tensão de transmissão (alta tensão) e então a
energia elétrica é transportada por meio de linhas de transmissão. Em locais estratégicos, existem
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27/03/2021 Cabines primárias - O Setor Elétrico
subestações que diminuem a tensão para ser então distribuída em áreas urbanas ou rural em média
tensão.
Genericamente, a potência elétrica é dada por: P = V.I, ou seja, a potência é diretamente proporcional ao
produto da tensão do sistema e à corrente do sistema.
Para transportarmos uma determinada quantidade de energia, é melhor ter tensões mais elevadas para
obter correntes mais baixas, as quais implicam em menores perdas por efeito joule e implicam também
em bitolas de cabos menores. Existem outras várias considerações sobre perdas, mas este é o conceito
fundamental para todas as etapas.
Quando uma subestação de entrada é implantada, devemos definir a localização da subestação transformadora para então
analisar o centro de cargas e fazer a análise técnica e econômica da bitola dos cabos em média tensão até a subestação
transformadora e as bitolas da baixa tensão até as cargas.
Há alguns anos tínhamos uma economia tarifária ao migrar de um consumidor em baixa tensão para um
consumidor em média tensão. Atualmente, a economia existente nesse processo é muito pequena, pois a
tarifa de energia em baixa tensão e em média tensão são iguais. Apenas o custo da distribuição (o
chamado fio) é menor.
Projeto
Os padrões das concessionárias e as normas ABNT indicam, geralmente, as condições mínimas para
vários aspectos, no entanto, o projeto pode ir mais adiante e avaliar a possibilidade de se ter
equipamentos mais robustos, mais automatizados e mais inteligentes.
O projeto elétrico, incluindo-se o memorial descritivo, deve ser elaborado por profissional habilitado e
devidamente registrado no CREA.
Limites de fornecimento
No tocante aos limites de fornecimento, como exemplo são citados os limites estipulados pela AES
Eletropaulo, que são iguais às demais empresas no Brasil:
A tensão primária de distribuição será igual a 69 kV quando a demanda a ser contratada pelo
interessado, para o fornecimento, for superior a 2.500 kW.
Unidade consumidora com demanda acima de 2.500 kW terá seu atendimento avaliado em tensão de
distribuição inferior a 69 kV e pode ser atendida desde que:
Construção
A execução da instalação deve ser feita em estrita concordância com o projeto aprovado na
concessionária. Recomenda-se que os materiais e equipamentos sejam adquiridos após a liberação da
concessionária.
Operação e manutenção
A operação das subestações não requer cuidados diários em condições normais. Deve-se ter um
programa de inspeções e de manutenção visando preservar a operação de forma segura e confiável.
A alimentação elétrica, mesmo em média tensão, está sujeita a certas variações de tensão devido à
própria condição operativa das linhas de distribuição e também devido aos curtos-circuitos ao longo das
linhas por conta de acidentes e também de galhos de árvores.
Podem ocorrer problemas internos aos sistemas dos consumidores, que podem provocar a atuação das
proteções de média tensão e desligar o sistema de subestação primária. O reconhecimento sobre qu
al tipo de ocorrência houve, se interno ou externo, tem de ser feito por profissional experiente e habilitado.
O religamento das subestações deve ser feito em sequências de operações bem definidas.
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A operação e a manobra podem ser mais seguras e flexíveis se o projeto e a construção da subestação
considerarem as várias circunstâncias operativas e não somente privilegiar o menor custo.
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Comentários
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ModernStuff
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