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ECT - Escola de Ciências e Tecnologia

Pontes e Grandes Estruturas


Leonam Valente
leonam.valente@unigranrio.edu.br

Aula 5
Introdução e Classificação das Pontes / Solicitações
1
Normas gerais aplicadas às pontes:

NBR 7187/03 - Projeto de pontes de Concreto Armado e de Concreto Protendido –


Procedimento;
NBR 7188/13 - Carga móvel rodoviária e de pedestres em pontes, viadutos, passarelas e
outras estruturas;
NBR 6118/14 – Projeto de estruturas de concreto – Procedimento;
NBR 8800/08 - Projeto de estruturas de aço e de estruturas mistas de aço e concreto de
edifícios;
NBR 9062/17 - Projeto e execução de estruturas de concreto pré-moldado;
NBR 6122/10 - Projeto e execução de fundações;
NBR 6123/88 - Forças devidas ao vento em edificações;
NBR 8681/03 - Ações e segurança nas estruturas – Procedimento.
Manual de projeto de obras de arte especiais MT/DNER/IPR13.

Definições:

Ponte – Quando o obstáculo a vencer é um rio;


Viaduto – Quando a transposição não é sobre água; é sobre um vale, uma via, etc.;
Pontilhão – Pontes de pequenos vãos;
Passarela – Para transposição de pedestres;
Obras de arte especiais – São estruturas que têm a finalidade de transpor obstáculos, tais
como avenidas, vales, rios, entre outros.
2
Introdução

3
4
5
Viaduto de acesso: parte de acesso à ponte. Aterro é uma
opção.

Galeria (bueiros): são obras completamente ou parcialmente enterradas


que fazem parte do sistema de drenagem, permanente ou não, das vias,
ou são obras destinadas a passagens inferiores. (EL DEBS E TAKEYA)

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7
Divisão de pontes em três partes principais:

Infraestrutura (fundações);
Mesoestrutura;
Superestrutura.

(VITÓRIO)

Infraestrutura (ou fundação): parte da ponte constituída por elementos


(blocos, sapatas, tubulões, etc.) que se destinam a apoiar no terreno (rocha ou
solo) os esforços transmi-tidos da Superestrutura para a Mesoestrutura.
(MARCHETTI)

Infraestrutura: parte da ponte por meio da qual são transmitidos ao terreno de


implan-tação da obra (rocha ou solo), os esforços recebidos da Mesoestrutura.
São os blocos, sapatas, estacas, tubulões, etc., assim como as peças de ligação
de seus diversos ele-mentos entre si, como vigas de enrijecimento de blocos.
(PFEIL)
8
DEFINIÇÕES

Infraestrutura:

http://www.ouropretoonline.com/modules/news/article.php?storyid=35656
9
DEFINIÇÕES

Infraestrutura:

http://g1.globo.com/ro/rondonia/noticia/2012/09/margem-esquerda-do-madeira-
passa-ser-area-urbana-de-porto-velho.html

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DEFINIÇÕES
Mesoestrutura: parte da ponte constituída pelos pilares, aparelhos de apoio,
travessas e encontros; tem a função de conduzir as cargas da superestrutura
para as fundações (infra-estrutura).
Aparelho de apoio é o elemento colocado entre a infraestrutura e a
superestrutura, destinado a transmitir as reações de apoio e permitir
movimentos da superestrutura.

http://www.geoservnet.com.br/geoserv
http://www.skyscrapercity.com/showthread.php?t _industrial/pontes_pontes.php
=1790542&page=51 11
DEFINIÇÕES

Mesoestrutura:

http://www.scac.com.br
12
DEFINIÇÕES
Mesoestrutura:

http://piniweb.pini.com.br/construcao/infra-
estrutura/construcao-da-ponte-estaiada-de-
18-km-de-extensao-sobre-272959-1.aspx

13
DEFINIÇÕES
Mesoestrutura:

http://www.atrativaengen
haria.com.br
14
DEFINIÇÕES

Aparelho de apoio:

http://forum.outerspace.com.br/index.ph
p?threads/engenharia-civil-as-mais-
famosas-e-imponentes-pontes-do-
mundo-fotos.97508/page-2

https://www.ntcbrasil.com.br/empresa/ 15
DEFINIÇÕES

Aparelho de apoio:

Fotografias de Paulo Sérgio Bastos


16
DEFINIÇÕES
Superestrutura: é a parte que vence o vão necessário a ser transposto pela
ponte e recebe diretamente as cargas provenientes do tráfego dos veículos,
transmitindo-as à meso-estrutura, sendo composta de vigamento longitudinal
(vigas principais ou longarinas), de vigamento transversal (transversinas) e das
lajes superior, e inferior (no caso de estrado celular).

Superestrutura: pode ser subdividida em duas partes:

- Estrutura principal (ou sistema estrutural principal ou simplesmente sistema


estru-tural): tem a função de vencer o vão livre;
- Estrutura secundária (ou tabuleiro ou estrado): recebe a ação direta das cargas
e a transmite para a estrutura principal.
(EL DEBS E TAKEYA)

17
DEFINIÇÕES

Superestrutura:

http://www.atrativaengenharia.com.br 18
DEFINIÇÕES

Superestrutura:

http://www.atrativaengenharia.com.br
19
DEFINIÇÕES
Sistema estrutural principal e tabuleiro:

http://piniweb.pini.com.br/construcao/infra-estrutura/ponte-na-br-381-e-
construida-em-quatro-meses-240388-1.aspx 20
DEFINIÇÕES

Encontro: elemento situado nas extremida-des da ponte, na transição com o


aterro da via, com dupla função: de apoio da superes-trutura, e de arrimo do
solo nas extremidades da ponte. Nem sempre é utilizado.

Encontro:

(VITÓRIO)

21
DEFINIÇÕES

Encontro:

http://www.lem.ep.usp.br/PEF2404/Apostila%20meso%20e%20infra.pdf
22
DEFINIÇÕES

Encontro:

http://www.lem.ep.usp.br/PEF2404/Apostila%20meso%20e%20infra.pdf
23
DEFINIÇÕES

Encontro:

http://www.lem.ep.usp.br/PEF2404/Apostila%20meso%20e%20infra.pdf
24
DEFINIÇÕES

Encontro:

http://www.lem.ep.usp.br/PEF2404/Apostila%20meso%20e%20infra.pdf

25
CLASSIFICAÇÕES
Segundo a extensão do vão (total):
- Galeria (bueiro) – de 2 a 3 m;
- Pontilhão – de 3 a 10 m;
- Ponte – acima de 10 m.

Quanto ao comprimento da ponte:


- Ponte de pequeno vão – até 30 m;
- Ponte de médio vão – de 30 a 60-80 m;
- Ponte de grande vão – acima de 60-80 m.

Segundo a natureza do tráfego:


- Rodoviária;
- Ferroviária;
- Rodoferroviária;
- Passarela de pedestre;
- Aqueduto;
- Canal;
- Aeroviária.
26
Tempo de Uso

27
CLASSIFICAÇÕES – Segundo a natureza do tráfego

Rodoviária:

http://www.ouropretoonline.com/modules/n
ews/article.php?storyid=35656
28
CLASSIFICAÇÕES
Rodoviária:

http://www.clubedoconcreto.com.br/2014/07/pontes-estranhas.html 29
CLASSIFICAÇÕES
Rodoviária:

http://www.janeladohorizonte.com.br/search/label/pontes
30
CLASSIFICAÇÕES
Rodoviária:

http://diariogaucho.rbsdirect.com.br/imagesrc/17905200.jpg?w=620

31
CLASSIFICAÇÕES

Ferroviária:

http://www.janeladohorizonte.com.br/2014/06/5-viadutos-ferroviarios-incriveis-
no-rio-grande-do-sul.html
32
CLASSIFICAÇÕES

Ferroviária:

http://www.janeladohorizonte.com.br/2014/06/5-viadutos-ferroviarios-incriveis-
no-rio-grande-do-sul.html 33
CLASSIFICAÇÕES

Rodoferroviária:

http://www.janeladohorizonte.com.br/search/label/pontes
34
CLASSIFICAÇÕES

Rodoferroviária:

http://www.doka.com/br/references/south-america/Bruecke_Fluss_Orinoco 35
CLASSIFICAÇÕES

Passarela de pedestre:

http://www.chicoalves.com.br/2015/12/26/a-passarela-de-r-100-milhoes-e-a-
crise-na-saude/
36
CLASSIFICAÇÕES

Passarela de pedestre:

http://www.clubedoconcreto.com.br/2014/07/pontes-estranhas.html

37
CLASSIFICAÇÕES

Passarela de pedestre:

http://www.oldcastleprecastspokane.com/ 38
CLASSIFICAÇÕES
Aqueduto:

http://g1.globo.com/se/sergipe/noticia/2015/05/veja-antes-e-depois-do-desabamento-
de-ponte-que-rompeu-tubulacao.html
39
CLASSIFICAÇÕES
Canal:

http://viajadas.com.br/conheca-magdeburg-maior-ponte-navegavel-mundo/
40
CLASSIFICAÇÕES
Canal:

41
CLASSIFICAÇÕES

Aeroviária:

http://www.airliners.net/photo/Singapore-Airlines-%28Airbus%29/Airbus-A380-841/984364
42
Planimetria e Altimetria

43
Planimetria e Altimetria

44
Curvaturas – sugestão de projeto do DNER

45
Curvaturas – sugestão de projeto do DNER

46
Curvaturas – sugestão de projeto do DNER

47
Material da Estrutura

48
Mobilidade de Tramos

49
CLASSIFICAÇÕES
Segundo o sistema estrutural da super-estrutura, as pontes podem ser:

em Lajes;
em Vigas;
em Pórticos;
em Arcos;
Pênseis;
Estaiadas.

(EL DEBS E TAKEYA) 50


CLASSIFICAÇÕES
Segundo o sistema estrutural da superestrutura:

(EL DEBS E TAKEYA)

51
CLASSIFICAÇÕES

Ponte em laje:
A seção transversal pode ser maciça ou
vazada.

(VITORIO)

52
CLASSIFICAÇÕES
Ponte em laje:
É uma solução para pequenos vãos (máximo de 15 m), apresentando algumas
vantagens como:

a) pequena altura de construção;


b) grande resistência à torção;
c) grande resistência ao fissuramento;
d) simplicidade e rapidez de construção;
e) boa solução para obras esconsas.

Uma grande desvantagem é o elevado peso próprio, o que inviabiliza a sua utilização
para grandes vãos. Nesses casos, podem ser empregadas lajes ocas com formas
tubulares perdidas, reduzindo assim o peso próprio.
A esbeltez L/h deve atender aos seguintes valores:
- 15 a 22, para CA;
- 18 a 30, para CP;

onde L é o vão e h é a espessura da laje. (VITÓRIO)

53
CLASSIFICAÇÕES

Ponte em viga:
A viga pode ter diversas formas para a seção
transversal, sendo mais comum seção I, T e celular
(caixão).

(EL DEBS E TAKEYA)

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SISTEMA ESTRUTURAL

Ponte em viga:

http://www.varzeagrande.mt.gov.br/portal/conteudo/7971 55
DEFINIÇÕES

Ponte em viga:

http://www.thiel.eng.br/fotos/detalhes/37&codigoRepresentacao=3&repres
entacao=BPM%20PR%C3%89-MOLDADOS%20LTDA.#prettyPhoto 56
DEFINIÇÕES

Ponte em viga:

https://rodoviariaonline.com.br/de-olho-vivo-nas-estradas/

57
DEFINIÇÕES

Ponte em viga:

http://www.skyscrapercity.com/showthread.php?t=1516196&page=46
58
DEFINIÇÕES

Ponte em viga:

http://www.skyscrapercity.com/showthread.php?t=1516196&page=46

59
DEFINIÇÕES
Ponte em pórtico:

http://photosdeviagens.blogspot.com.br/2014/01/rio-araguari.html
60
DEFINIÇÕES
Ponte em pórtico:

http://www.dourovalley.eu/Multimedia/6/5
2/DSC04476_1024x768.jpg

http://67.media.tumblr.com/0842a2fdaf74b1aed25159e921
61
571547/tumblr_o3wzmw8BVO1ssauhoo1_1280.jpg
DEFINIÇÕES
Ponte em pórtico:

http://cdn.olhares.pt/client/files/foto/big/324/3246841.jpg

62
DEFINIÇÕES

Ponte em arco:

http://magda-kendik.blogspot.com.br/ 63
DEFINIÇÕES

Ponte em arco:

http://4.bp.blogspot.com/-6psZ6E0ks6w/UD3sd5GJv6I/AAAAAAAAhVs/MpobiLU7Nak/s1600/Ponte-do-
Infante-Porto.jpg 64
DEFINIÇÕES

Ponte em arco:

(MERCEDES-BENZ DO BRASIL - Fotografia de Robert Ostrowski)

65
DEFINIÇÕES
Ponte pênsil:

https://pt.wikipedia.org/wiki/Ponte_Golden_Gate#/
media/File:GoldenGateBridge-001.jpg 66
DEFINIÇÕES

Ponte pênsil: Akashi-Kaikyo


http://gigantesdomundo.blogspot.com.br/2011/10/as-10-maiores-pontes-
suspensas-do-mundo.html

https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Akashi_Kaikyo_Ohashi_01.jpg 67
DEFINIÇÕES

Ponte pênsil: Akashi-Kaikyo

https://commons.wikimedia.org/wiki/Akashi-
Kaikyo_Bridge#/media/File:Akashi_Bridge.JPG 68
DEFINIÇÕES

Ponte pênsil: Akashi-Kaikyo

https://commons.wikimedia.org/wiki/Akashi-
Kaikyo_Bridge#/media/File:TopOfPearlBridge02.jpg 69
DEFINIÇÕES
Ponte pênsil: Akashi-Kaikyo

https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Maiko_Marine_Promenade_201206-6.jpg
70
DEFINIÇÕES

Ponte pênsil:

http://www.tribunadeouro.com/2015/12/dois-jovens-
perdem-vida-nas-aguas-do.html

http://guiadolitoral.uol.com.br/fotosdepraia-
saovicente-sp-3597.html
71
DEFINIÇÕES

Ponte estaiada:

http://sergipeemfotos.blogspot.com.br/2013/01/ponte-
construtor-joao-alves-aracaju.html

72
DEFINIÇÕES

Ponte estaiada:

http://curiososnomundo.blogspot.com.br/2012/04/
ponte-mais-alta-do-mundo.html 73
DEFINIÇÕES
Ponte estaiada:

http://curiososnomundo.blogspot.com.
br/2012/04/ponte-mais-alta-do-
mundo.html

74
DEFINIÇÕES

Ponte estaiada:

http://curiososnomundo.blogspot.com.br/2012/04/
75
ponte-mais-alta-do-mundo.html
DEFINIÇÕES

Ponte estaiada:

http://teleseries.com.br/wp-content/uploads/2014/04/FOTO-061.jpg
76
DEFINIÇÕES
Ponte estaiada:

http://www.clubedoconcreto.com.br/2014/07/pontes-
estranhas.html
77
DEFINIÇÕES
Ponte estaiada:

http://piniweb.pini.com.br/construcao/inf
ra-estrutura/construcao-da-ponte-
estaiada-de-18-km-de-extensao-sobre-
272959-1.aspx

78
Processo Executivo – Pré-Fabricadas

79
Processo Executivo – Balanços Sucessivos

80
Processo Executivo – Balanços Sucessivos

81
Processo Executivo – Balanços Sucessivos

82
CLASSIFICAÇÕES
Balanços sucessivos:

http://www.doka.com/br/references/europe/Tverlandsbrua_-_Norwegen

83
CLASSIFICAÇÕES
Balanços sucessivos:

http://www.dormanlongtechnology.com/Download_files/DLT_General_Presentation.pdf 84
Seção Transversal

85
Posição do Tabuleiro

86
Seções sugeridas pelo DNER

87
Seções sugeridas pelo DNER

88
Perfil longitudinal sugeridas pelo DNER

89
Perfil longitudinal sugeridas pelo DNER

90
Perfil longitudinal sugeridas pelo DNER

91
Elementos Estruturais

92
Elementos Estruturais - Superestrutura

93
Elementos Estruturais - MesoEstrutura

94
Elementos Estruturais - InfraEstrutura

95
Recomendações da NBR 7187 -2003 – Projetos de ponte de
concreto armado e concreto protendido – Procedimento.

96
Recomendações da NBR 7187 -2003 – Projetos de ponte de
concreto armado e concreto protendido – Procedimento.

97
Recomendações da NBR 7187 -2003 – Projetos de ponte de
concreto armado e concreto protendido – Procedimento.

98
Recomendações da NBR 7187 -2003 – Projetos de ponte de
concreto armado e concreto protendido – Procedimento.

Efeito de protensão

99
Exercício

Exercícios: Calcular o peso próprio das vigas abaixo

100
Exercício
Exercícios: Calcular o peso próprio das
vigas

101
Pressão do solo:
𝑃𝑎 = 𝑘𝑎 . 𝛾𝑠 . 𝐻 − 2. 𝐶. 𝐾𝑎 Sendo: C = coesão do solo
𝑃𝑝 = 𝑘𝑝 . 𝛾𝑠 . 𝐻 − 2. 𝐶. 𝐾𝑝
102
Parâmetros do solo para calculo de empuxo de terra.

103
Recomendações da NBR 7187 -2003 – Projetos de ponte de
concreto armado e concreto protendido – Procedimento.

104
Recomendações da NBR 7188 -2013 – Carga móvel rodoviárias e de
pedestre em pontes, viadutos e passarelas e outras estruturas
Cargas móveis (Trem-tipo)

CIV = Coeficiente de impacto vertical;


CNF = Coeficiente de número de faixa;
CIA = Coeficiente de impacto adicional.

OBS: O trem-tipo TB450 – Considerado padrão


O trem-tipo TB240 deve ser aplicado para estradas vicinais municipais de uma
105
faixa e obras particulares
Recomendações da NBR 7188 -2013 – Carga móvel rodoviárias e de
pedestre em pontes, viadutos e passarelas e outras estruturas

106
107
Recomendações da NBR 7188 -2013 – Carga móvel rodoviárias e de
pedestre em pontes, viadutos e passarelas e outras estruturas

108
Recomendações da NBR 7188 -2013 – Carga móvel rodoviárias e de
pedestre em pontes, viadutos e passarelas e outras estruturas
Exercício:
Obter os valores de CIV, CNF e CIA para a seguinte ponte que será construída em uma
estrada rodoviária federal:
20
𝐶𝐼𝑉 = 1 + 1,06. = 1,26
CIV = Coeficiente de impacto vertical 𝐿𝑖𝑣 + 50

CNF = Coeficiente de número de faixa CNF=1-0,05.(n-2) ≥ 0,9 → CNF =0,9

CIA = Coeficiente de impacto adicional CIA=1,25

109
Recomendações da NBR 7188 -2013 – Carga móvel rodoviárias e de
pedestre em pontes, viadutos e passarelas e outras estruturas

Exercício:
Obter os valores da força horizontal para a ponte do exemplo anterior: (NCF = 0,9)

110
Recomendações da NBR 7188 -2013 – Carga móvel rodoviárias e de
pedestre em pontes, viadutos e passarelas e outras estruturas

Exercício:
Obter os valores da força horizontal para a ponte do exemplo anterior: (NCF = 0,9)

𝐻𝑓 = 0,25. 𝐵. 𝐿. 𝐶𝑁𝐹 = 116,11 𝑘𝑁

111
Recomendações da NBR 7188 -2013 – Carga móvel rodoviárias e de
pedestre em pontes, viadutos e passarelas e outras estruturas

112
Recomendações do DNER – Laje de transição

113
Recomendações do DNER – Laje de transição

114
115
Recomendações da NBR 8681-2003 – Ações e segurança nas
estradas - Procedimentos

Define diversos tipos de combinação para os estados limites últimos (ELU).

Combinações normais  𝐹𝑑 = γ𝑔𝑖 . 𝐺𝑖,𝑘 + γ𝑞1 . 𝑄1,𝑘 + γ𝑞𝑗 . ψ0𝑗 . 𝑄𝑗,𝑘


Combinações especiais  𝐹𝑑 = γ𝑔𝑖 . 𝐺𝑖,𝑘 + γ𝑞1 . 𝑄1,𝑘 + γ𝑞𝑗 . ψ0𝑗,𝑒𝑓 . 𝑄𝑗,𝑘
Combinações excepcionais 𝐹𝑑 = γ𝑔𝑖 . 𝐺𝑖,𝑘 + γ𝑞1 . 𝑄1,𝑒𝑥𝑐 + γ𝑞𝑗 . ψ0𝑗,𝑒𝑓 . 𝑄𝑗,𝑘

E estados limites de serviço (ELS) para as combinações

Quase que permanentes (CQP)  𝐹𝑠𝑒𝑟 = 𝐺𝑖,𝑘 + ψ2𝑗 . 𝑄𝑗,𝑘


Frequentes de serviço (CFS)  𝐹𝑠𝑒𝑟 = 𝐺𝑖,𝑘 + ψ1 . 𝑄1,𝑘 + ψ2𝑗 . 𝑄𝑗,𝑘
Raras de serviço (CRS)  𝐹𝑠𝑒𝑟 = 𝐺𝑖,𝑘 + 𝑄1,𝑘 + ψ1𝑗 . 𝑄𝑗,𝑘

Onde:
Fd =Combinação no ELU;
Fser =Combinação no ELS;
Gi = Ações permanentes;
Q1 = Ações variada principal;
Qj = Ações variadas que agem simultaneamente com Q1;
γ𝑞 e γ𝑔 = coeficientes de segurança aplicada às cargas;
ψ0𝑗, ψ1𝑗, ψ2𝑗 =fator combinação de redução das ações variadas:
Recomendações da NBR 8681-2003 – Ações e segurança nas
estradas - Procedimentos

117
Recomendações da NBR 8681-2003 – Ações e segurança nas
estradas - Procedimentos

118
Recomendações da NBR 8681-2003 – Ações e segurança nas
estradas - Procedimentos

119
Recomendações da NBR 8681-2003 – Ações e segurança nas
estradas - Procedimentos

120
Recomendações da NBR 7188 -2013 – Carga móvel rodoviárias e de
pedestre em pontes, viadutos e passarelas e outras estruturas

121
Recomendações da NBR 7188 -2013 – Carga móvel rodoviárias e de
pedestre em pontes, viadutos e passarelas e outras estruturas

122
123
Recomendações do DNER – Laje de transição

Considerando Ciclo-faixa

124
125
Outros sforços horizontais atuantes em pontes
Além dos esforços verticais permanentes (peso próprio da estrutura e guarda-corpo,
revestimento, recapeamento, etc) temos que considerar alguns esforços horizontais
acidentais (variáveis) atuantes na estrutura.

Frenagem ou aceleração:
Um veículo qualquer (automóvel, trem, caminhão etc.) em movimento sobre uma
ponte representa, em virtude de sua massa, uma certa força-viva de que é possuída. A
força resultante é chamada frenagem. Do mesmo modo, ao iniciar seu movimento
apoia-se sobre a estrutura transmitindo à mesma um esforço chamado aceleração.
O valor dessas forças (frenagem e aceleração) é dado na NBR 7187 e representa uma
força longitudinal (deve-se adotar a força no meio da seção transversal para não haver
torção nos pilares).

1. Pontes rodoviárias: sem impacto, aplicada na pavimentação


Aceleração: 5% da carga móvel aplicada sobre o tabuleiro;
Frenagem: 30% do peso do veículo-tipo.

2. Pontes ferroviárias: sem impacto, aplicada no topo dos trilhos


Aceleração: 25% das cargas dos eixos motores;
Frenagem: 15% das cargas sobre o tabuleiro
126
Esforços horizontais atuantes em pontes
Frenagem ou aceleração:
Exemplo: (comprimento do tabuleiro 34 m)

No nosso caso, ponte rodoviária


5
a) 𝐹1 = 5%. 𝑞. 𝐴 = 100 . 5.7.34 = 59,5 𝑘𝑁;

30
b) 𝐹2 = 30%. 𝑄 = 100
. 450 = 135 kN;

Adotar maior valor F = 135 kN (distribuídos


sobre os pilares da ponte)

A carga de frenagem deve ser aplicado de


forma mais desfavorável à estrutura
127
Esforços horizontais atuantes em pontes
Variação de temperatura
Todas as causas (tais como variação de temperatura, retração ou deformação lenta do
concreto, força de protensão etc.) que determinam variações de volume das peças
estruturais, podem produzir tensões em suas seções, quando essas variações forem
impedidas, total ou parcialmente, por vínculos. A NBR 7187 estabelece para os efeitos de
variação de temperatura nas pontes as mesmas condições da NBR 6118, a saber:
Adotar uma variação de temperatura de ± 15 °C em torno da média. O coeficiente de
dilatação térmica do concreto é estabelecido em α= 10–5 °C–1 supondo válida a Lei de Hooke,
segundo a qual uma peça de comprimento inicial de 𝑙 submetida a uma variação de
temperatura Δt sofre uma deformação dada por Δ𝑙 = 𝑙 α Δt, supondo-se Δt como uniforme,
chamando 𝜀 = Δ𝑙 / 𝑙 (deformação específica).
∆𝑙
= 𝜀. 𝛼. ∆𝑡
𝑙
Se a barra for impedida de se deformar, a tensão normal a que estará sujeita será,
portanto: Lei de Hooke
σ = εE → σ = E.α Δt
𝑁. 𝑙
∆𝑙 =
𝐸. 𝐴

Para peças totalmente imersas no terreno ou água, não deve ser considerado o efeito
de Δt. 128
Esforços horizontais atuantes em pontes
Vento
De acordo com a NBR 7187, o vento é considerado uma força horizontal agindo nor-
malmente ao eixo da estrutura e uniformemente distribuído ao longo desse eixo. O valor
dessa força é o seguinte:
• Ponte descarregada:
pv = 1,5 kN/m2 — agindo sobre uma superfície representada pela projeção da
estrutura sobre um plano vertical normal à direção do vento.
• Ponte carregada:
para pontes rodoviárias: pv = 1 kN/m2;
para passarelas: pv = 0,7 kN/m2.

Considerar um acrescida de uma faixa


paralela ao tabuleiro com as seguintes
alturas:
Ponte rodoviárias: hcm = 2,0 metros;
passarelas: hcm = 1,7 metros.

129
Esforços horizontais atuantes em pontes
Vento
Exemplo: Considerando a seguinte seção de ponte:

Considerando um vão de 𝑙 = 43 metros;


Calcular o esforço de vento na estrutura.
Ponte descarregada:
Fv1 = pv. h1. 𝑙 = 1,5x2,8x43 = 180,6 kN
Ponte carregada:
Fv2 = pv . h2. 𝑙 = 1x4,0x43 = 172,0 kN
130
Adotar maior das cargas 180,6 kN (aplicada diretamente no pilar)
Esforços horizontais atuantes em pontes
Fluência e retração do concreto
Em casos onde não é necessária grande precisão, os valores finais do coeficiente de fluência
ϕ(t∞,t0) eda deformação específica de retração εcs(t∞,t0) do concreto, submetidos a tensões
menores que 0,5 fc quando do primeiro carregamento, podem ser obtidos, por interpolação
linear, a partir a seguir.
A Tabela fornece o valor do coeficiente de fluência ϕ(t∞,t0) e da deformação específica de
retração εcs(t∞,t0) em função da umidade média ambiente e da espessura fictícia 2Ac /u,
onde Ac é a área da seção transversal e u é o perímetro da seção em contato com a
atmosfera. Os valores desta Tabela são relativos a temperaturas do concreto entre 10 °C e 20
°C, podendo-se, entretanto, admiti-los como válidos para temperaturas entre 0 °C e 40 °C.
Esses valores são válidos para concretos plásticos e de cimento Portland comum.

Sendo:
2. 𝐴𝑐
Espessura fictícia: ℎ𝑚 = Ac = área de concreto da seção;
𝑢 u = perímetro da seção;
Deformação provocado por efeito de fluência
𝜀𝑐𝑐 = deformação provocado por fluência
𝜀𝑐𝑐 = 𝜀𝑐 . (1 + 𝜑) 𝜀𝑐 = deformação do concreto;
𝜑 = coeficiente de fluência.
131
Esforços horizontais atuantes em pontes
Então pela lei de Hooke: 𝜎 = 𝐸. 𝜀 = 𝐸. (𝜀𝑐𝑐 + 𝜀𝑐𝑠 )

132
Esforços horizontais atuantes em pontes
Força centrifugas
Uma certa massa m em movimento e velocidade V em uma trajetória curva de raio R está
sujeita a uma força centrífuga
Sendo:
𝑚. 𝑣 2 m = massa do veículo;
𝐹𝑐 = v = velocidade do móvel;
𝑅 R = raio de curvatura.

Se m é a massa do veículo nas pontes curvas, deverá ser sempre considerada a ação da força
centrífuga. Mesmo que as vigas principais sejam retas, porém, o tabuleiro curvo, deve-se
considerar os efeitos da força centrífuga
O valor a adotar para a força centrífuga é dada
pela NBR 7187 e é considerado para diversos
casos:
• Pontes rodoviárias:
R ≤ 300 m → Fc = 0,25 do peso do trem-tipo
R > 300 m → Fc =75/R do peso do trem-tipo R
(em metros)

133
Esforços horizontais atuantes em pontes
Força centrifugas

b) Pontes ferroviárias:
b1) Bitola: 1,60 m (bitola larga)
R ≤ 1.200 m → Fc = 0,15 da carga móvel sobre a
ponte
R > 1.200 m → Fc = 180/R

b2) Bitola: 1,00 m


R ≤ 600 m → Fc = 0,10 da carga móvel sobre a ponte
R > 600 m → Fc =75/R da carga móvel sobre a ponte

Essa força é considerada aplicada no centro de


gravidade do trem situado conforme se admite a
1,60 m sobre o topo do trilho.

134
Esforços horizontais atuantes em pontes
Força no guarda-corpo
De acordo com a NBR 7187, no cálculo do guarda-corpo das pontes, deve-se considerar
agindo no seu topo uma força distribuída horizontal de 0,8 kN/m e carga vertical mínima de
2 kN/m, conforme o tipo de geometria dos passeios e das lajes em balanço das pontes. Esse
esforço deverá ser também considerado no cálculo desses elementos.

Estão presentes as seguintes seções e respectivos


momentos fletores para o dimensionamento:

Seção I-I
𝑀𝐼−𝐼 = 𝐻. ℎ1 = 0,8𝑥0,8 = 0,64 𝑘𝑁/𝑚

Seção II-II
𝑕2 0,4
𝑀𝐼𝐼−𝐼𝐼 = 𝐻. ℎ1 + = 0,8. 0,8 +
2 2
0,4 0,15
𝑀𝐼𝐼−𝐼𝐼 = 0,8. 0,8 + + 2. 1,65 − 2
2
𝑀𝐼𝐼−𝐼𝐼 = 3,95 kN/m

135
Esforços horizontais atuantes em pontes
Força no guarda-roda
Para o cálculo do guarda-rodas, dependendo da geometria da estrutura da ponte, utiliza-se
conforme a NBR 7187 uma força horizontal P = 60 kN, aplicada no topo do guarda-rodas e
distribuída em 1 m de comprimento.

Seção I-I
𝑀𝐼−𝐼 = 𝐻. ℎ1 = 60𝑥0,8 = 48 𝑘𝑁/𝑚

Verificar tombamento e arraste caso peça não seja fixa

136
Esforços horizontais atuantes em pontes
Pressão da água em movimento
A pressão da água em movimento sobre os pilares e elementos das fundações pode ser
determinada através da expressão:
𝑃 = 𝑘. 𝑉𝑎 2
onde:
p é a pressão estática equivalente, em kN/m²;
Va é a velocidade da água, em m/s;
k é um coeficiente dimensional, cujo valor é 0,34 para elementos com seção transversal
circular. Para elementos com seção transversal retangular, o valor de k é função do ângulo
de incidência do movimento das águas em relação ao plano da face do elemento,
conforme a tabela.

137
Esforços horizontais atuantes em pontes
Força impacto nos pilares (choque lateral)
O choque lateral das rodas, considerado apenas em pontes ferroviárias, é equiparado a uma
força horizontal móvel, aplicada na altura do topo do trilho, normal ao eixo da linha, com um
valor característico igual a 20% da carga do eixo mais pesado. Em pontes curvas em planta,
não se deve somar o efeito do choque lateral ao da força centrífuga, considerando-se entre
os dois apenas o que produzir maiores solicitações. Em pontes com mais de uma linha, esta
ação só é considerada em uma delas.

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