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TRABALHO 02 - TEORIA ATÔMICA

- DISCIPLINA: Química Geral.

- TURMA: Turma 01.

- PROFESSOR: José Ribamar Bogea Lobato

- ALUNO/MATRÍCULA: Adriane de Souza Bezerra/202102140033.

- DATA: 08/12/2021.

- NOME DO TRABALHO INDIVIDUAL: Resumo dos Modelos Atômicos.

1 – Introdução:

O respectivo trabalho visa resumir, de forma didática e coesa, os modelos


atômicos propostos na história da humanidade. Desse modo, a origem desse
pensamento deu-se diante do enigma da constituição da matéria a qual foi
especulada por muitos filósofos da antiguidade. Nesse sentido, com os
filósofos Leucipo e Demócrito (460 – 370 a. C) surge a possével noção de
átomo, tal palavra que foi atribuída para definir as minúsculas partículas da
matéria devido ao seu significado de ‘‘indivisível’’. Porém, Platão (428 – 348 a.
C) e Aristóteles (384 a.C.-322 a.C.) se opuseram a noção de indivisibilidade do
da matéria perante a concepção dos quatro elementos vitais(água, terra, fogo e
ar), os quais dominaram a cultura da época provocando um hiato no debate
sobre a constituição da matéria que só viria a ser retomado na idade
contemporânea com o químico inglês John Dalton (1766 – 1844).

2 – Modelo atômico de John Dalton (1803):

Dalton baseou sua teoria na lei de conservação das massas do químico


Antoine Lavoisier (1743 – 1794), a qual afirma que a matéria nunca é criada ou
destruída em um sistema fechado, e, também, na lei de proporcionalidade
constante do químico Joseph Proust (1754 – 1826), essa evidencia que os
compostos puros sempre terão os mesmos elementos nas mesmas
proporções. Esse modelo atômico ficou conhecido como ‘‘bola de bilhar’’.

Sendo assim, Dalton concluiu que:

- Toda matéria é composta por átomos que são partículas esféricas, maciças,
indivisíveis, solidas, móveis e impenetráveis.

- Todos os átomos de um elemento são iguais em massa e propriedades.


- Os compostos são formados pela combinação de dois ou mais átomos
diferentes.

- Uma reação química é um rearranjo, combinação ou separação de átomos.

Figura 1. Modelo ‘‘bola de bilhar’’ de John Dalton. Imagem de ChemWiki.

3 – Modelo atômico de Joseph John Thompson (1903):

Com a descoberta do elétron mediante ao experimento em tubos de raios


catódicos onde os gases (sob pressões extremamente reduzidas tornam-se
condutores) são submetidos a uma corrente elétrica produzindo um fluxo
luminoso do cátodo ao ânodo que é desviado por uma placa positiva
constatando a natureza negativa da carga elétrica. Dessa forma, foi sugerido
por J.J Thompson que o fluxo luminoso é uma corrente de cargas negativas
que são desprendidas do núcleo dos átomos do gás.

Com isso, o físico britânico formou os postulados do novo modelo atômico,


conhecido como ‘‘pudim de passas’’, haja vista as novas descobertas
estruturais, sendo eles:

- Como os átomos tinha uma carga neutra, Thompson deduziu que havia
cargas positivas na estrutura que contrabalanceavam as cargas negativas. Por
isso, propôs que o átomo era uma esfera maciça de carga positiva com
elétrons enrustidos nela.

- Era divisível e imperecível.

- Tinha carga elétrica.

Figura 3. Demonstração dos raios catódicos. Imagem


Figura 2. Demonstração modelo ''pudim de
de Scientific Diagram.
passas’’. Imagem de ChemWiki.
4 – Modelo atômico de Rutherford (1911):

Ernest Rutherford e seus estudantes desenvolveram um novo artifício a fim de


identificar a natureza da matéria. Tal método consistia em disparar um feixe de
partículas alfa em uma folha bem fina de ouro puro. Neste caso, Rutherford
colocou uma amostra de rádio (um metal radioativo) dentro de uma caixa de
chumbo com um pequeno orifício. A maior parte da radiação foi absorvida pelo
chumbo, mas um feixe de partículas alfa (núcleos de hélio considerados
grandes e de carga positiva) passou pelo orifício em direção à folha de ouro.

Para a surpresa de Rutherford, a maioria das partículas alfa passou direto ao


atingir a folha de ouro como o esperado, mas uma parte apresentou um leve
desvio e uma fração ainda menor desviou-se mais de 90° graus. Tal fato
contrapõe o modelo de J.J. Thompson já que, devido à natureza positiva da
esfera e a ausência de elementos densos no interior, o feixe de partículas não
sofreria alterações em sua direção que fossem consideradas relevantes.

Com base a essa experimentação, Rutherford formulou sua teoria de ‘‘modelo


planetário’’ com as seguintes conclusões:

- Como a maioria passou sem dificuldade, refuta-se a proposta do modelo


anterior ao considerar um espaço vazio no átomo. E confirma-se a existência
de um terceiro elemento de carga neutra (nêutron).

- Para explicar os desvios, sugeriu que ao centro (núcleo) se encontrava um


volume de partículas com carga positiva que também deve conter a maior parte
da massa do átomo e ao redor estavam localizados os elétrons.

Figura 4. Modelo Planetário. Figura 5. Demonstração do experimento com feixes de partículas


Imagem de Wikipédia. 1 alpha. Imagem de Openstax, CC BY 4.0.

5 – Modelo atômico de Bohr (1913):


Apesar dos avanços obtidos com Rutherford, o mesmo não conseguiu explicar
o porquê de os elétrons não serem atraídos para o núcleo ou suas frequências
radioativas eletromagnéticas. Diante disso, com a descoberta da quantização
da energia por Max Planck e Albert Einstein, onde os elétrons realizam saltos
devido à energia transmitida pelos fótons. Niels Bohr, apoiando o modelo
‘‘planetário’’, indicou que os elétrons estavam em órbitas circulares bem
definidas e estáveis, o que impede a atração com o núcleo. Nesse caso, a
transição de um elétron para uma orbita mais externa só pode acontecer se a
energia transmitida pelo fóton for maior que limiar quântico da órbita em que o
elétron se localiza. Por fim, solucionam-se os questionamentos que havia no
modelo de Rutherford.

Têm-se como postulados dos estudos de Niels Bohr os seguintes fatos:

- Os elétrons movem-se ao redor do núcleo em anéis fixos, os quais


correspondem a estados estacionários do átomo estável, inviabilizando a
possível atração entre núcleo e eletrosfera.

- Durante a passagem de um elétron de sua órbita estável para outra existe a


absorção ou a emissão de energia e a frequência dessa radiação corresponde
à diferença quântica energética entre os dois estados.

6 – Conclusões

Nesse ínterim, conclui-se que o referido resumo faz alusão as históricas


concepções sobre a constituição molecular e aos avanços científicos que
corroboraram as descobertas e as comprovações sobre a veracidade da
origem particular da matéria. Logo, evidencia-se que, diante do processo de
pontos e contrapontos de hipóteses, confirmou-se a existência de prótons,
elétrons e nêutrons e a sua organização dentro do átomo. Essa evolução
possibilitou acréscimos em diversas áreas da ciência, mais precisamente, no
estudo do efeito fotoelétrico e das propriedades atribuídas no comportamento
dos elementos em condições específicas.

7 – Bibliografia:

BROWN, LEMAY, BURSTEN, MURPHY, STOLTZFUS & WOODWARD.


QUÍMICA: A CIÊNCIA CENTRAL - 13. ed. São Paul: Pearson Education do
Brasil, ed. 2016

Corrêa, C., (2014) Modelo atómico de Rutherford, Rev. Ciência Elem.,


V2(2):049

Corrêa, C., (2014) Modelo atómico de Bohr, Rev. Ciência Elem., V2(2):050
"Atomic Theory" de UC Davis ChemWiki, CC BY-NC-SA 3.0 US.

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