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CADERNO

DE ACTIVIDADES
ENSINO
PRIMÁRIO

Língua Portuguesa
ACTUA L IZAÇÃO C U R R I C U L A R
6
classe
ª
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978-989-88-8447-3

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CADERNO
DE ACTIVIDADES
ENSINO

6
PR IMÁR IO

Língua Portuguesa ª
ACT UA LIZAÇÃO CURRICULAR
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classe
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Título
Caderno de Actividades
Língua Portuguesa – 6.ª Classe
Ensino Primário

Coordenação Geral
Manuel Afonso
José Amândio F. Gomes
João Adão Manuel

Coordenação Técnica
Maria Milagre L. Freitas
Cecília Maria da Silva Vicente Tomás

Autores
Catarina Luís
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Araújo dos Anjos


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David Suelela

Editor
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Texto Editores, Lda. – Angola


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Capa e Design Gráfico


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Mónica Dias
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Pré-impressão
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LeYa, SA

Impressão e Acabamentos
Texto Editores (SU), Lda.
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Morada
Talatona Park, Rua 9 – Fracção A12
Talatona, Samba • Luanda • Angola

Telefone
(+244) 924 068 760

E-mail
info@textoeditores.ao

—————–––—————————––––––——
Reservados todos os direitos. É proibida a
reprodução desta obra por qualquer meio
(fotocópia, offset, fotografia, etc.) sem o con-
sentimento escrito da Editora e do INIDE,
abrangendo esta proibição o texto, as ilus-
trações e o arranjo gráfico. A violação destas
regras será passível de procedimento judicial
de acordo com o estipulado no Código dos
Direitos de Autor e Conexos.

—————————–––———––––––————
©2019
Texto Editores, Lda.
Luanda, 2019 · 1.ª Edição · 1.ª Tiragem
(950 000 exemplares)

Registado na Biblioteca Nacional


de Angola sob o n.o 8846/2019
ÍNDICE
INTRODUÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5 TEMA 4 – O TRABALHO . . . . . . . . . . . . . 48
O operário em construção . . . . . . . . . . . 48
TEMA 1 – A ESCOLA . . . . . . . . . . . . . . . . 6 A olaria . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 53
O livro de pedra . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6 O pescador . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 60
Da ideia ao livro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
TEMA 5 – FAUNA E FLORA . . . . . . . . . . 66
TEMA 2 – INVENTOS . . . . . . . . . . . . . . . . 18 Preservação das espécies . . . . . . . . . . . . 66
O selo em Angola . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18 Uma visita ao Parque Nacional
Edison . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22 da Quissama . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 73
A rádio em Angola . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25
A televisão em Angola . . . . . . . . . . . . . . . 29 TEMA 6 – CULTURA E TURISMO
Ebraim Samba realça importância NACIONAL . . . . . . . . . . . . . . . 80
do sangue . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33 As danças tradicionais . . . . . . . . . . . . . . . 80
O que é a Matemática, afinal? . . . . . . . . 38 As Quedas de Calandula . . . . . . . . . . . . . 86
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TEMA 3 – INDÚSTRIA . . . . . . . . . . . . . . . 44 TEMA 7 – POESIA DE ANGOLA . . . . . . . 93


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O girassol . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 44 Os meninos do Huambo . . . . . . . . . . . . . 93


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INTRODUÇÃO
Querido (a) Aluno (a),
A 6.ª Classe é a última do Ensino Primário, logo é uma fase em que deves
consolidar tudo o que aprendeste na disciplina de Língua Portuguesa neste
nível escolar. O objectivo deste Caderno de Actividades é contribuir para isso.
Mas, lembra-te de que é preciso que colabores, realizando todas as acti-
vidades nele apresentadas, com a máxima atenção e dedicação.
Não te esqueças de que este Caderno é um material complementar de
actividades, não substitui o Manual. Assim, deves ter sempre contigo o
Manual do aluno, para poderes trabalhar.
As áreas de actividades são: Exploração vocabular, Interpretação textual,
Exploração gramatical, Ortografia e, por fim, Produção textual.
Encontrarás neste Caderno algumas notas, para melhor te guiares no
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exercício das actividades. Para estudo de conteúdos mais detalhados, tens o


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Bloco Gramatical, no Manual, assim como os teus apontamentos das aulas.


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Esperamos que aproveites o máximo e aprendas o suficiente.


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Desejamos-te um bom ano lectivo!


OS AUTORES

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TEMA 1 – A ESCOLA
Tema 1

A ESCOLA

O livro de pedra
Há muitos, muitos anos, ainda os nossos avós não eram nascidos, vivia
numa tosca cabana um menino que estudava num livro de pedra.
Ora, nesses tempos ainda não havia papel. Agora podem vocês pergun-
tar: «Então como estudavam as crianças?».
Pois era, estudavam num livro de pedra. E como naquele tempo ainda
não sabiam o que era um lápis e muito menos tinham inventado as canetas
e menos ainda as esferográficas, eles escreviam com uma pedra aguçada
noutra pedra lisa.
Agora é que aparece nesta história o menino que estudava num livro de
pedra. Todos os dias ele carregava com o seu livro que só tinha uma folha
(mas que grande e pesada folha para as suas forças!) e com o seu bico de
pedra, também, com o qual fazia extraordinários riscos. Às vezes a folha era
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tão pesada que tinha de ser o pai do menino a ajudá-lo no transporte do


livro até à escola. Esta ficava na Caverna dos Velhos Sábios. Eram estes que
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ensinavam os mais novos. O menino chamava-se Na-Nu.


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Ora, o Na-Nu não sabia o a, e, i, o, u. Nem sequer os Velhos Sábios ti-


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nham conhecimento dessas letras. «Então, o que escrevia o menino e o que


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ensinavam os Sábios?» – perguntarão vocês, novamente.


Aí está. Não podemos dizer, verdadeiramente, que o Na-Nu escrevesse.
Ele desenhava. Pois era. Ele desenhava lindos animais do seu tempo. Ou-
tras vezes copiava figuras que os Velhos Sábios tinham desenhado. Levava
muito tempo a fazer esses trabalhos. Mas sempre voltava à noite para a sua
caverna com a pedra-livro e a pedra-lápis. Chegava muito cansado.
Garcia Barreto

Exploração vocabular

1. Depois de uma leitura atenta do texto, diz se são verdadeiras (V) ou


falsas (F) as afirmações seguintes, justificando as que estiverem segui-
das de linhas.
a) Naquela altura, Na-Nu já conhecia o alfabeto. . . . . . . . . . . . . . . . .
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TEMA 1 – A ESCOLA

b) Na-Nu não gostava da actividade que fazia por causa


do peso do livro de pedra. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

c) As outras crianças da comunidade não gostavam


de ir à escola. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

2. Copia as frases seguintes, substituindo, em cada caso, cada palavra des-


tacada por um sinónimo adequado ao contexto.
a) Os primeiros homens viviam em toscas cabanas.
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b) Na-Nu carregava o seu livro todos os dias.


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c) O bico de pedra fazia extraordinários riscos.


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d) A caverna dos Velhos Sábios era a biblioteca.

3. Escreve as palavras correspondentes às palavras destacadas.


a) substantivos correspondentes a:
vivia carregava
b) adjectivos correspondentes a:
anos dias
c) verbos correspondentes a:
folha risco 7
TEMA 1 – A ESCOLA

Interpretação textual

1. Responde às questões.
a) Observa a gravura da página 13 do teu Manual de Língua Portuguesa.
Que relação tem a gravura com o título e o conteúdo do texto?

b) Como era a actividade escolar das crianças daquele tempo? Porquê?

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c) De que forma eram registadas as ideias e coisas naquele tempo?


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d) Quem são os Velhos Sábios de hoje? Justifica com exemplos do texto.

Ortografia

1. Transcreve do texto palavras que contenham: ão, am, un e um.

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TEMA 1 – A ESCOLA

2. Constrói frases simples, partindo dos sujeitos indicados.


a) O menino .
b) As crianças daquele tempo .
c) Esses tempos .
d) Os Velhos Sábios .

Exploração gramatical

Lembra-te:
A pontuação marca, na escrita, as pausas e entoações da língua falada.

1. Transcreve do texto frases marcadas pelos sinais de pontuação indica-


dos.
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a) travessão:
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b) ponto de exclamação:
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c) aspas:

2. Constrói três frases, empregando, em cada uma, o sinal gráfico indicado.


a) parênteses:

b) aspas:

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TEMA 1 – A ESCOLA

c) reticências:

d) dois pontos:

Lembra-te:
A cedilha, o til, o hífen, o apóstrofo e o trema são sinais auxiliares da
escrita. Sinais auxiliares da escrita são diferentes de sinais de pon-
tuação e de acentos gráficos.
Nota: o trema caiu em desuso no Português europeu, logo não se usa,
igualmente, na língua escrita em Angola.

E, mais…
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As palavras terminadas em –m fazem o plural, mudando esta termina-


ção por –ns.
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Exemplo:
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homem ➞ homens.
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3. Retira do texto seis palavras terminadas em –m.

4. Passa para o plural todas as palavras que transcreveste no exercício 3.

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TEMA 1 – A ESCOLA

Produção textual

Entre ler e ouvir um conto, o que preferirias? Porquê?


Num texto breve, apresenta a tua resposta. Escreve frases simples, curtas,
correctas e com letras legíveis.

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TEMA 1 – A ESCOLA

Da ideia ao livro
A fabricação de um livro começa a partir de uma ideia. Com a ideia na ca-
beça, cada escritor cria a história ao seu modo, delineando as personagens,
ou construindo os passos da acção iniciando o discurso pelo princípio, pelo
meio ou mesmo pelo fim da história.
Actualmente já não é assim, os textos são entregues à editora. Uma boa
apresentação do manuscrito aumenta as hipóteses de o editor ler o texto.
Para adiantar o processo de fabricação de um livro, as ilustrações podem
ser entregues à editora juntamente com o manuscrito. O ilustrador pode
fornecer os desenhos, usando tinta guache, tinta a óleo, preto ou branco,
ou lápis de cor.
Mesmo quando o texto é aceite para publicação, após o conteúdo ana-
lisado e condicionado à linha editorial, pode ainda sofrer transformações,
cortes e ampliações propostas pela editora e discutidas com o escritor. Nor-
malmente, as propostas de modificações referem-se a livros de não ficção
(livros didácticos, biografias e livros universitários).
Decidida, enfim, a publicação de um manuscrito, começa a sua prepara-
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ção. Nesta fase, é feita primeiramente a revisão ortográfica e estilística do


texto, depois a uniformização da grafia, a marcação de títulos, divisões e
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subdivisões e a marcação do lugar das ilustrações.


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Depois de preparado e marcado, o manuscrito é entregue à produção.


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Dependendo do público a que o livro é destinado, escolhe-se o tamanho e


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o tipo de letra a ser usado. Quando o livro se destina a leitores iniciantes,


as letras são maiores e o espaçamento entre as linhas também pode ser
ampliado.
Durante a produção define-se ainda o formato do livro, qual a largura
e qual a altura do texto em cada página. Sabendo como o texto vai ficar
depois de composto e tendo já as ilustrações prontas, é possível calcular
quantas páginas terá o livro.
Após a produção, o livro é levado para a fotocomposição. A fotocomposi-
ção é feita em computadores onde o texto é digitado com o tipo, o corpo, a
largura e o espaçamento entre linhas definidos. Antigamente, esse proces-
so de composição era feito com letras em alto relevo, como carimbos. Era o
tempo da impressão tipográfica.
Feito isso, o livro segue para a impressão na gráfica. Uma editora geral-
mente trabalha com várias gráficas, com tipos de máquinas diferentes e
adequados para os diversos tipos de livros. Para a impressão da maioria dos
livros usam-se hoje máquinas off set, que podem ser planas ou rotativas.
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TEMA 1 – A ESCOLA

Encerrada a impressão, resta apenas o acabamento para o livro ficar


pronto. Normalmente o acabamento é feito na própria gráfica, que dobra,
alceia, costura (ou cola) e encapa o livro.
Finalmente, a obra está pronta e a editora encarrega-se da sua chegada
às livrarias para ser vendida aos leitores.

Exploração vocabular

1. De acordo com o contexto do texto, reescreve as frases seguintes com o


sinónimo das palavras destacadas.
a) Uma personagem só é bem delineada, se o escritor for bom.

b) Se um dia escreveres um livro, conserva bem o manuscrito, pois a boa


apresentação pode contribuir para a curiosidade do editor.
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c) Um livro sofre ampliações até à publicação.


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d) O espaçamento entre linhas depende da idade dos leitores.

2. Escreve frases em que incluas as palavras indicadas.


a) fim, entregues, revisão.

b) ilustrações, entregues, editora.

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TEMA 1 – A ESCOLA

Interpretação textual

1. Qual é o primeiro passo, para publicar um livro?

2. Depois de escrever o livro, o que se segue?

3. Quem geralmente fornece os desenhos? Que materiais usa esse profis-


sional?
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4. Que tipos de livro sofrem mais transformações?


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5. Descreve o que é a «fotocomposição».

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TEMA 1 – A ESCOLA

Ortografia

1. Acentua graficamente as palavras seguintes.


• principio • paginas
• didacticos • fabrica
• apos • conteudo

2. Reescreve as mesmas palavras, depois de as acentuares graficamente.

3. Escreve frases em que incluas as palavras seguintes.


fabricação livros escola
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impressão alegria autores


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Lembra-te:
O uso da cedilha sob a consoante c altera-lhe o som para ss.

4. Transcreve do texto palavras que contenham cedilha (ç):

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TEMA 1 – A ESCOLA

Exploração gramatical

1. Conjuga o verbo planear nos tempos indicados do modo Indicativo, na


forma simples.

eu nós
Presente tu vós
ele(a) eles(as)

eu nós
Pretérito
tu vós
imperfeito
ele(a) eles(as)

eu nós
Pretérito
tu vós
perfeito
ele(a) eles(as)

eu nós
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Pretérito
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mais-que- tu vós
-perfeito
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ele(a) eles(as)
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eu nós
Futuro tu vós
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ele(a) eles(as)

Lembra-te:
O Conjuntivo começa de forma diferente da do Indicativo, sendo iniciado
por expressões como: «oxalá...», «espero que...», «duvido que...», etc.
Exemplo: Oxalá ele acerte nos exercícios.

2. «Ele planeava escrever um livro». Passa esta frase para os tempos indi-
cados.
• presente do Conjuntivo simples:

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TEMA 1 – A ESCOLA

• futuro do Conjuntivo simples:

Produção textual

Alguma vez leste um livro? Conta como foi a tua primeira experiência: fala
sobre o título, o autor, o assunto da obra, quantas páginas tem. Como foi o
livro parar às tuas mãos?
Se nunca leste, pensa: se estivesses numa biblioteca, neste momento, o que
escolherias para ler, um conto ou um poema? Desenvolve o teu raciocínio.
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Tema 2

INVENTOS

O selo em Angola
Angola foi a primeira colónia portuguesa em África a emitir selos postais.
A primeira emissão de selos de Angola foi posta em circulação no dia 1 de
Julho de 1870 por ordem de sua majestade D. Luís I, Rei de Portugal.
Os selos tinham o desenho de Augusto Fernando Gerard e representa-
vam a Coroa Portuguesa limitada numa circular grega. Foram tipografados
na Casa da Moeda – Portugal, com papel liso, fino, médio, com denteado de
121/2,131/2 e 14, em folhas de 28 selos. A emissão era composta por seis
selos ordenados em valores de 5 a 100 réis.
Vários papéis, valores e picotes foram utilizados em subsequentes reim-
pressões até 1886, ano em que saíram de uso.
A filatelia angolana tem sofrido muitas transformações.
Durante o período colonial, a filatelia angolana ocupou um lugar de des-
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taque, em relação às outras colónias de expressão portuguesa.


Em 1970, funcionaram «guichets» de filatelia nas estações de Benguela,
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Lobito, Namibe e Huambo, cujo movimento de venda de selos era quase


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idêntico ao dos «guichets» de filatelia de Luanda.


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Após a Independência, a filatelia angolana sofreu uma grande ruptura.


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A maior parte dos coleccionadores abandonou o País em 1975. Durante o


período de 1975 a 1986, os temas dos selos eram quase todos de carácter
político, o que fez com que a maior parte dos coleccionadores se tivesse
desinteressado da compra dos mesmos.
A dada altura, a política do nosso País começou a mudar e, naturalmente,
começámos também a ter uma maior abertura na escolha dos temas.
Presentemente, as nossas emissões de selos apresentam temáticas que
vão ao encontro da procura no mercado nacional e internacional.
Os selos de Angola foram considerados pela revista Le Monde de Phila-
teliste como dos melhores de África e elogiados pela sua autenticidade e
sobriedade. Obteve-se o Grande Prémio da Arte Filatélica dos PALOP para
o melhor selo emitido pelo conjunto dos cinco Países de Expressão Oficial
Portuguesa, através da emissão Habitação Tradicional com o selo alusivo
à Habitação Mbali, um prémio em França, através do sobrescrito alusivo à
«Descoberta da América», bem como alguns prémios de participação.
Correios de Angola
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TEMA 2 – INVENTOS

Exploração vocabular

1. Copia as frases abaixo, substituindo, em cada caso, as palavras destaca-


das por sinónimos adequados ao contexto.
a) Os selos podem ser tipografados cá ou fora do país.

b) Os melhores selos passam por várias reimpressões.

c) A filatelia angolana, que tinha falido, vai ser recuperada pelo Executivo.

d) Hoje, os temas dos selos são de carácter mais abrangente.


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Interpretação textual
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1. Responde às questões seguintes.


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a) «Angola foi uma colónia portuguesa.» O que significa isto?

b) Por que é que os selos de Angola vinham de Portugal?

c) Quem foi Augusto Gerad?

d) Quantas filatelias tinha Angola na época colonial?

e) Que parte de Angola produzia mais selos?


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TEMA 2 – INVENTOS

Ortografia

1. Copia do texto frases com as palavras mais e mas.


a) mais:

b) mas:

2. Escreve frases que tenham as palavras seguintes.


a) colónia:

b) colono:
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c) colonizador:
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d) livre:

Exploração gramatical

Lembra-te:
No texto O selo em Angola encontras palavras como de, por, com, em,
por exemplo. Essas palavras invariáveis, que servem para relacionar
palavras ou elementos de uma oração, chamam-se preposições.
Além das já indicadas acima, existem também estas preposições:
a ante após até com contra de
desde em entre para perante por
20 segundo sem sob sobre trás
TEMA 2 – INVENTOS

1. Cria frases, empregando, em cada uma, as preposições indicadas.


a) sobre:

b) diante:

c) até:

Produção textual

Completa a frase, produzindo um texto breve, mas bem justificado.


Os antigos selos de Angola eram baseados em símbolos portugueses, mas
isso acabou, porque...
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TEMA 2 – INVENTOS

Edison
Naquela época toda a iluminação era a gás, o que já representava um
grande progresso sobre a luz das velas.
Na noite do Ano Velho de 1878, Edison dá uma festa, para a qual convida
três mil pessoas. Chegam de toda a parte, em comboio especial, em coches
puxados por cavalos, em carruagens cobertas por toldos.
De repente, o Parque, branco de neve, é atravessado por um raio de luz
fantástica. Centenas de lâmpadas penduradas nas árvores acendem-se de
uma vez perante o enorme júbilo dos espectadores, que aplaudem com
gritos de entusiasmo. Edison, ajoelhado na lama, em frente ao seu dínamo,
com a camisa e as calças cheias de manchas, tinha dado origem ao prodi-
gioso acontecimento. Esta nova invenção foi talvez a mais importante do
século: luz e força, todo o futuro das indústrias do mundo, estavam nos
dedos, inchados pelo frio, daquele incansável jovem de trinta e dois anos.
Monique de Lesseps, Edison
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Exploração vocabular
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1. Copia as frases abaixo, substituindo, em cada caso, a palavra destacada


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por um sinónimo adequado.


a) Nas épocas idas, não havia iluminação suficiente.
T

b) A iluminação a gás foi um grande progresso para a indústria ener-


gética.

c) Ninguém podia ignorar tal prodigioso acontecimento.

d) Quem trabalha com júbilo alcança sucesso e paz.

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TEMA 2 – INVENTOS

Interpretação textual
1. Responde às questões, com frases curtas, simples, correctas e legíveis.
a) De que nos fala o texto?

b) A que acontecimento prodigioso se refere a autora do texto?

c) Como era o dia-a-dia de Edison? Justifica a tua resposta.

d) Onde começa e termina a primeira parte lógica do texto? Como se de-


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nomina esta parte?
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e) Que título atribuirias à primeira parte lógica deste texto? Porquê?

Ortografia

1. Completa as frases com as palavras todo, toda, todos, todas.


a) as famílias angolanas precisam de gás.
b) Ele não fez o trabalho eléctrico.
c) Para Edison, a tarde foi fantástica.
d) E acabou por vencer os obstáculos. 23
TEMA 2 – INVENTOS

2. Faz a divisão silábica das palavras indicadas.


• Edison • gás
• velho • pessoas
• espectadores • raio

Exploração gramatical

1. Considera os casos seguintes. Identifica-lhes a palavra primitiva e os


respectivos afixos (prefixo ou sufixo):

Afixos
Palavra primitiva
Prefixo Sufixo

pessoalmente

subdivisões
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cozinheiro
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actualmente
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incomparável
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incansável
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Produção textual

Num texto curto, mas claro, correcto e com letra legível, escreve sobre a
importância da energia eléctrica nas sociedades modernas.

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TEMA 2 – INVENTOS

A rádio em Angola
Esta força poderosa que é a informação em qualquer parte do Mundo
surgiu em Angola, no ano de 1934, no dia 28 de Fevereiro.
Foi em S. Filipe de Benguela, hoje a conhecida «Cidade das Acácias Ru-
bras», ou muito simplesmente Benguela, que nasceu a rádio.
Quem teve a ideia? Muito simples, a resposta. Um homem verdadeira-
mente «apaixonado» pela informação, que chegara a Angola, onde a rádio
era, então, escutada em receptores rudimentares, primitivos, ruidosos…
(Apesar disso, esses receptores conseguiram conquistar muitos adeptos;
uma verdadeira multidão de «apaixonados».) O homem que deu corpo à
Informação pela Rádio foi Álvaro Nunes de Carvalho, que, pelo seu feito,
ficou a ser conhecido pelo Papá da Rádio em Angola.
Viveu em Benguela, era funcionário, técnico superior de uma firma bri-
tânica de material eléctrico e de outro mais sofisticado que ia aplicando na
sua emissora, a C.R.6.A.A., Radiodifusora do Lobito.
Nos primeiros tempos de existência da Rádio, não havia aquilo que hoje
se designa como «Programação Radiofónica». Havia períodos preenchidos
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com música de discos de 78 rotações, pesados, que mais pareciam escudos


de defesa. Ainda se estava muito longe dos discos de 33 e 45 rotações e
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mais distante ainda de toda a digitalização dos tempos actuais.


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A rádio em Angola foi crescendo, fortalecendo, evoluindo e deu origem às


p

«Rádios-Clube» em todas as capitais de distrito. Assim se viveu até à nossa


T

Independência.
As Rádios-Clube deram lugar às Emissoras Provinciais e Regionais, e a
Emissora Oficial de Angola passou a Rádio Nacional de Angola, da qual de-
pendem todas as Emissoras Provinciais e Regionais, formando assim a for-
ça poderosa que é a Comunicação Social.
Hoje temos outras Rádios em Angola, públicas e privadas, tanto a nível
provincial como a nível nacional.
Mesquita Lemos

Exploração vocabular

1. Descobre pelo contexto o significado das palavras seguintes, inserindo o


seu sinónimo em frases por ti construídas.
a) rudimentares:

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TEMA 2 – INVENTOS

b) adeptos:

c) funcionário:

d) preenchidos:

2. Escreve duas frases em que incluas as palavras indicadas.


a) qualquer: to l
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b) quaisquer:
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3. Copia as frases abaixo, substituindo cada palavra destacada por outra de


T

sentido contrário (antónimo).


a) Esta força poderosa que é a informação…

b) Vivia numa cidade rubra…

c) Era um homem apaixonado pela informação…

d) Estava muito longe dos discos de 33 rotações…

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TEMA 2 – INVENTOS

Interpretação textual

1. Responde às questões seguintes com correcção e objectividade. Caligrafa


devidamente.
a) Quantas partes lógicas tem o texto A rádio em Angola? Quais são?

b) Onde começa e termina cada parte?

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s
di a

c) Que título atribuirias à primeira parte do texto? Justifica a tua resposta.


re
E fin
to va
ex ro
p

Ortografia
T

1. Transcreve seis frases do texto (três para cada situação) cujas palavras
contenham os acentos indicados.
a) acento agudo:

b) acento grave:

2. Transcreve do texto palavras com c e ç:

27
TEMA 2 – INVENTOS

Exploração gramatical

1. Completa o quadro seguinte, com a conjugação do verbo comunicar nos


tempos indicados do modo Indicativo, na forma simples.

eu nós
Presente tu vós
ele(a) eles(as)

eu nós
Pretérito
tu vós
imperfeito
ele(a) eles(as)

eu nós
Pretérito
tu vós
perfeito
ele(a) eles(as)
to l
s
eu nós
di a

Pretérito
re
E fin

mais-que- tu vós
to va

-perfeito
ele(a) eles(as)
ex ro
p

eu nós
Futuro tu vós
T

ele(a) eles(as)

Produção textual

Gostas de ouvir rádio? Quantas emissoras conheces em Angola? Que tipo


de programas ouves e em que período?
Apresenta as tuas respostas em frases curtas, simples, correctas e legíveis.

28
TEMA 2 – INVENTOS

A televisão em Angola
Foi criada em 1969, no âmbito do Ministério do Ultramar, uma comissão de
estudo para a implementação da televisão nas então Colónias Portuguesas.
Somente em 1973 se constitui a Radiotelevisão Portuguesa de Angola,
sendo, no ano seguinte, substituída a palavra «portuguesa» por «popular».
A 18 de Outubro de 1975 a televisão dá início às suas emissões regulares,
é nacionalizada pelo Governo da República Popular de Angola em Junho de
1976, passando a constituir uma entidade nova designada pela sigla T.P.A.
– Televisão Popular de Angola.
A palavra «popular» foi substituída por «pública» quando em 1997 a T.P.A.
foi transformada em empresa pública.
A T.P.A. é um meio de difusão informativa, publicitária e recreativa. Está
presente nas 18 capitais de província e em algumas localidades.
As emissões da T.P.A. são captadas por alguns países africanos vizinhos.
A T.P.A. transmite programas noticiosos e informativos em Língua Por-
tuguesa, programas informativos em sete das principais línguas nacionais
(Fyote, Kimbundu, Kikongo, Umbundu, Ngangela, Oshiwambo e Cokwe).
to l
s
di a
re
E fin

Transmite também programas religiosos (missa dominical e outros) e pro-


gramas desportivos, documentários, musicais e programas infantis.
to va
ex ro

T.P.A.
T p

Exploração vocabular

1. De acordo com o contexto, reescreve as frases, substituindo as palavras


destacadas pelos sinónimos que melhor se adaptem ao contexto.
a) A T.P.A. é uma entidade pública paga por todos nós.

b) Todo o país organizado precisa de meios de difusão de infomação,


assim como de recreação.

29
TEMA 2 – INVENTOS

Interpretação textual

1. Responde às questões seguintes.


a) Quando foi criada a televisão em Angola?

b) Que acontecimentos representam as datas seguintes para a televisão


angolana?
1975:

1976: to l
s
di a

1997:
re
E fin
to va
ex ro
p

c) Que importância têm os programas informativos sobre línguas nacio-


nais ou de Angola passados pela T.P.A.?
T

d) Além da T.P.A., que canais televisivos tens visto? Que valores tens reti-
rado deles para a tua educação?

e) Escreve três vantagens da televisão para a tua família, para a escola e


para o país.

30
TEMA 2 – INVENTOS

Ortografia

1. Escreve frases simples em que incluas as palavras e expressões seguintes.


a) à frente:

b) ao lado:

c) alguma:

d) nenhuma:
to l
s
di a
re
E fin

Exploração gramatical
to va
ex ro
p

Lembra-te:
Os sinais de pontuação podem ser pausativos, quando marcam pausa
T

e melódicos, quando marcam entoação ou melodia. A vírgula e o pon-


to final são sinais pausativos e exercem várias funções, algumas das
quais já conheces; outras, que são mais específicas, estudarás oportu-
namente.
(,) Vírgula – pausa de menor duração.
(.) Ponto final – pausa de maior duração.

1. O período abaixo é um excerto do texto, ao qual foi retirada toda a pon-


tuação. Reescreve-o, repondo a pontuação, devolvendo o sentido ao tex-
to. No final, compara com o texto por ti pontuado com o original.
A 18 de Outubro de 1975 a televisão dá início às suas emissões regulares é na-
cionalizada pelo Governo da República Popular de Angola em Junho de 1976
passando a constituir uma entidade nova designada pela sigla T.P.A. Televi-
são Popular de Angola A palavra popular foi substituída por pública quando
31
em 1997 a T.P.A. foi transformada em empresa pública.
TEMA 2 – INVENTOS

Produção textual

Agora que tens a certeza do teu programa de televisão favorito, fala um


pouco dele, destacando os ensinamentos que dele possas retirar.
to l
s
di a
re
E fin
to va
ex ro
T p

32
TEMA 2 – INVENTOS

Embraim Samba realça importância do sangue


A importância do sangue para salvar vidas é hoje realçada, numa altura
em que se assinala o Dia Mundial da Saúde.
Numa mensagem alusiva à data, o director regional da OMS para a África
considera que «o sangue é importante para a saúde do indivíduo, logo des-
de o ventre materno e durante todo o ciclo da sua vida».
Ebraim Waliek Samba refere ainda que todos os anos o sangue dado por
alguns é usado para salvar as vidas de milhões de acidentados, parturien-
tes, anémicos graves, cancerosos e pessoas com outros problemas graves
de saúde. Aquele alto funcionário da OMS alerta, entretanto, para a segu-
rança que se deve ter com o sangue. Fornece, a propósito, uma definição de
sangue seguro: «que não contém vírus, parasitas, drogas, álcool, substân-
cias químicas ou outros factores exógenos que possam prejudicar, pôr em
risco ou transmitir doenças ao receptor».
Por isso, cabe a cada indivíduo a responsabilidade de garantir que o seu
sangue seja saudável e seguro, pois qualquer pessoa pode ser um dia cha-
mada a dar sangue em benefício de outrem.
to l
s
di a
re
E fin

O director regional da OMS afirma que certas doenças, como o paludis-


mo, VIH/SIDA, hepatite e doença do sono, que afectam as vidas de milhões
to va

de pessoas, são causadas por vírus e parasitas que se transmitem de uma


ex ro

pessoa a outra pelo sangue.


p

Por esse motivo, «é importante garantir que só doe sangue quem tiver
T

sangue seguro. Os dadores, acrescenta Ebraim Samba, devem ter consciên-


cia de que o sangue que dão pode ajudar a salvar muitas vidas, se for segu-
ro, ou pôr a saúde em risco, se o não for».
In Jornal de Angola, Abril de 2000

Exploração vocabular

1. Descobre pelo contexto o sinónimo e o antónimo mais adequado a cada


uma das palavras indicadas.
Sinónimos: Antónimos:
• fornece: • segurança:

• exógenos: • benefício:
33
TEMA 2 – INVENTOS

2. Transcreve do texto três frases cujos verbos designam uma informação


ou declaração.
a)
b)
c)

3. Completa as frases seguintes.


a) OMS significa , ao
passo que HIV significa .
b) Quanto ao tipo, o texto em estudo é ,
porque .

Interpretação textual

1. Responde às questões seguintes.


to l
s
di a
re
E fin

a) O que representa o Dia Mundial da Saúde?


to va
ex ro
p

b) O que se deve fazer nesse Dia?


T

c) Com base no texto, fala sobre a importância do sangue.

d) Enumera algumas características do sangue seguro.

34
TEMA 2 – INVENTOS

e) Porque é que devemos cuidar do nosso sangue?

f) Que cuidados as pessoas devem ter se forem submetidas a uma trans-


fusão de sangue?

2. Escreve uma única palavra que explique o sentido da expressão «em


benefício de outrem»:
to l
s
di a
re
E fin

Ortografia
to va

1. Completa as frases com a, as e à, às.


ex ro
p

a) Numa mensagem alusiva data, o responsável da OMS disse


que vida das pessoas depende do sangue.
T

b) Cabe família e sociedade promover actividades


sobre segurança do nosso sangue, oferecendo
crianças e todos mais esperança de vida.

2. Faz a divisão silábica das palavras seguintes.


• sociedade • sangue

• oferecendo • actividades

• director • milhões

• disse • pessoas

• mais • consciência
35
TEMA 2 – INVENTOS

Lembra-te:
A letra s tem vários valores. Ponuncia-se «cê» quando:
• aparece no início de palavras (sangue, seguro);
• aparece duplicado ou seguido de outro s (pessoa, assinala);
• aparece depois das letras n e r (mensagem, inversão).
Mas pronuncia-se «zê» quando não duplicado, ou seguido de outro s,
aparece entre duas vogais (usado, propósitos).

3. Copia do texto ou escreve palavras em que a letra s tem o som de:


cê:
zê:

Exploração gramatical

1. Retira do texto as frases indicadas.


to l
s
di a

a) duas frases simples:


re
E fin
to va
ex ro
p

b) duas frases complexas:


T

2. Transforma as frases simples em frases complexas.

3. Transforma as frases complexas em frases simples.

Lembra-te:
Os nomes ou substantivos são as palavras com que designamos os
seres em geral, nomeadamente pessoas, animais, plantas, objectos ou
coisas. Podem ser próprios, comuns e colectivos.
36
TEMA 2 – INVENTOS

• próprios, quando individualizam os seres;


• comuns, quando não individualizam os seres;
• colectivos, quando, mesmo no singular, designam um conjunto de
seres vivos ou de coisas da mesma espécie.
Os substantivos comuns podem ser concretos e abstractos. Os concre-
tos designam pessoas, animais ou coisas reais ou que pertencem ao
mundo físico. Os abstractos designam acções, estados ou qualidades.

4. Transcreve do texto as palavras indicadas.


a) três substantivos próprios:

b) três substantivos comuns abstractos:

c) três substantivos comuns concretos:


to l
s
di a
re
E fin
to va

5. Escreve alguns substantivos colectivos que conheças.


ex ro
T p

Produção textual

Pensa num possível título ou assunto principal para a conclusão do texto


em estudo (desde «Por esse motivo» até «se o não for»). Com base nele,
produz com clareza uma informação pronta a ser divulgada como notícia
por um jornal, rádio ou televisão.

37
TEMA 2 – INVENTOS

O que é a Matemática, afinal?


A Matemática é a ciência dos que raciocinam sobre os números e o es-
paço. É ela que nos ajuda a fazer as contas do Totobola, a medir a área do
quintal, a preencher a declaração de contas, a escolher os materiais mais
em conta na loja. Dela se serve o engenheiro ao projectar uma máquina. No
trabalho ou nos divertimentos, quantas vezes não fazemos a nós próprios
perguntas deste género: Quanto…? De que tamanho…? A que distância…?
Não há resposta possível que não meta números. Por isso, precisamos de
saber as relações que há entre eles, e a maneira como jogam umas com as
outras, as diferentes partes do espaço. Como queremos ter a certeza abso-
luta de não nos enganarmos, esforçamo-nos por raciocinar correctamente.
Ao fazermos tudo isto, estamos a aplicar a Matemática.
Já nos velhos tempos em que os homens viviam só da caça e da colheita
de frutos silvestres tinham de contar, para avaliar os recursos de que dis-
punham. Quando, mais tarde, se tornaram agricultores e pastores, contar,
medir e calcular tornaram-se operações ainda mais importantes. Tinham
de medir os campos e contar os rebanhos. Quando construíam represas
to l
s
di a
re
E fin

e canais de irrigação tinham de calcular a quantidade de terra a remover


e a quantidade de pedras e tijolos a utilizar. Por outro lado, os capatazes
to va

tinham de pensar, antecipadamente, na quantidade de provisões necessá-


ex ro

rias aos trabalhos que dirigiam.


p

Os carpinteiros e pedreiros tinham de medir e calcular para construir,


T

quer as casas para as populações, quer os palácios dos nobres e os enor-


mes túmulos, como as pirâmides, para os reis mortos.
À medida que o comércio se foi desenvolvendo, tiveram os mercadores
de ir medindo e pesando cada vez com mais cuidado as mercadorias, esta-
belecendo-lhes preços apropriados, avaliando as despesas e lucros e con-
tando o seu dinheiro.
Os colectores de impostos calculavam as taxas devidas e mantinham re-
gistos adequados. Para bem se desempenharem todas estas actividades,
inventaram os homens a aritmética, que estuda os números, e a geometria,
que estuda o espaço, propriedades e dimensões das linhas, superfícies e
volumes.
Para preverem as mudanças causadas pelas estações do ano, os sacer-
dotes estudavam o movimento do Sol, da Lua e das estrelas. Também os
navegadores observavam as estrelas do céu, que os guiavam de um lugar
para outro. Para os auxiliarem nesta tarefa, inventaram os homens a trigo-
nometria, o ramo da Matemática que relaciona distância com direcções.
38
In Adler, Números e Figuras
TEMA 2 – INVENTOS

Exploração vocabular

1. De acordo com o contexto, copia as frases abaixo, substituindo cada uma


das palavras destacadas por um sinónimo adequado.
a) A Matemática ajuda a desenvolver o raciocínio lógico.

b) A Matemática está presente em tudo. Por exemplo, em casa, a mãe


tem de calcular a quantidade de provisões para dar à família.

2. Completa as frases com palavras do texto.


Os homens inventaram a aritmética, que ,
a geometria, que e a trigonometria,
to l
s
di a
re

o ramo da Matemática que


E fin

com .
to va
ex ro
p

3. Atenta nas palavras seguintes. Escreve n. se for um nome, v. se for um


verbo, adj. se for adjectivo, prep. se for preposição e adv. se for advérbio.
T

escolher raciocínio sobre


silvestres mais colectores
inventaram enormes para

Interpretação textual

1. Responde às questões seguintes.


a) Que importância tem a Matemática na nossa vida? Justifica com exem-
plos do texto.

39
TEMA 2 – INVENTOS

b) Em que circunstâncias surgiram a aritmética e a geometria?

c) O que podemos aprender com a experiência matemática dos homens


que só viviam da caça e da recolha de frutos silvestres?

to l
s
di a
re
E fin
to va
ex ro

2. Onde começa e termina a segunda parte lógica do texto?


T p

a) Atribui um título a esta parte lógica do texto (lembra-te de que os títu-


los não devem conter formas verbais conjugadas). Justifica as razões
da atribuição do título.

40
TEMA 2 – INVENTOS

Ortografia

1. Completa com a frase com as palavras distância e distancia.


Quem se da Matemática, poderá viver anos de
do desenvolvimento.

2. Escreve frases em que incluas as palavras destacadas.


a) auxílio:

b) auxilio: to l
s
di a
re
E fin

c) raciocínio:
to va
ex ro
T p

d) raciocino:

e) cálculo:

f) calculo:

41
TEMA 2 – INVENTOS

Exploração gramatical

1. Com base na actividade anterior, classifica morfologicamente as pala-


vras seguintes.
• auxílio • auxilio
• raciocino • raciocínio
• cálculo • calculo

2. Retira do texto as frases indicadas.


a) duas frases declarativas:

to l
s
di a

b) duas frases interrogativas:


re
E fin
to va
ex ro
T p

3. Converte as frases declarativas retiradas do texto em frases impera-


tivas.

4. Converte agora as frases interrogativas retiradas do texto em frases


exclamativas.

42
TEMA 2 – INVENTOS

5. Completa as frases com formas do verbo medir.


a) Eu isto todas as manhãs, mas ele ainda
às tardes.
b) Quando um professor algo, deseja que o aluno
o seu desempenho.

Produção textual

Com precisão, clareza e letra legível, fala sobre o uso que tens feito da Ma-
temática no teu dia-a-dia. Fala, também, da relação da Matemática com a
disciplina de Língua Portuguesa.

to l
s
di a
re
E fin
to va
ex ro
T p

43
Tema 3

INDÚSTRIA

O girassol
O girassol é uma planta que se distingue das outras pelas suas enormes
cabeças amarelas, que podem atingir mais de vinte centímetros de diâme-
tro e aparenta ser uma só flor de grande tamanho.
O seu nome deve-se ao facto de ter capacidade de girar, seguindo a tra-
jectória do Sol, ou seja, descrevendo um arco de este para oeste.
Esta planta anual, que pode alcançar até quatro metros de altura, é origi-
nária do México, embora alguns autores considerem ser originária do Peru.
Actualmente, encontra-se em numerosos países da América, Europa e
África.
Na ex-União Soviética e noutros países é considerada uma planta agrí-
cola de grande valor pelo óleo que dela é extraído. No cimo do seu tronco,
encontra-se uma inflorescência grande, de cor amarela, que muitos con-
to l
s
di a
re
E fin

sideram uma só flor, mas, quando observamos, atentamente, verificamos


que são numerosas flores pequeninas reunidas, formando um conjunto de-
to va

nominado «cabeça», que tem à volta «mil flores».


ex ro

As lindas flores, em forma de légulas, estão situadas na parte periférica


p

do disco, têm a corola de cor amarela brilhante, com pétalas soldadas, e


T

assemelham-se a uma pétala grande.


Esta linda e rica planta é também uma excelente melífera; o mel é de
qualidade superior.
In Botânica (traduzido e adaptado)

Exploração vocabular

1. Reescreve as frases abaixo, substituindo cada palavra destacada por ou-


tra de sentido contrário (antónimo):
a) O girassol é uma planta que se distingue das outras.

b) São numerosas flores pequeninas reunidas.

c) Esta linda e rica planta é uma excelente melífera.


44
TEMA 3 – INDÚSTRIA

2. Constrói frases com palavras da família da palavra planta, como no exemplo.


Exemplo:
• um substantivo
Esta planta é originária do México.

• um verbo

• um adjectivo

• um substantivo derivado por sufixação

3. Faz a divisão silábica das seguintes palavras, reescrevendo-as depois em


frases por ti construídas.
• girassol
to l
s
di a
re
E fin

a)
to va

• trajectória
ex ro

b)
p

• actualmente
T

c)
• extraído
d)

Interpretação textual

1. O texto tem três partes lógicas (introdução, desenvolvimento e conclu-


são). Onde começa e termina o desenvolvimento? Não te esqueças das
aspas.
Atribui um título sugestivo à conclusão. Justifica.

45
TEMA 3 – INDÚSTRIA

Ortografia

1. Já sabes que, relativamente à sílaba tónica, as palavras podem ser


agudas, graves ou esdrúxulas. Transcreve do texto:
• quatro palavras agudas acentuadas graficamente

• duas palavras graves acentuadas graficamente

• quatro palavras esdrúxulas acentuadas graficamente

Lembra-te:
to l
s
Não acentuamos graficamente as palavras agudas quando:
di a
re
E fin

• terminam em i e u, letras precedidas de vogal, com a qual formam


to va

ditongo (exemplos: ai, pau);


ex ro

• terminam em i e u, letras seguidas de consoante diferente de s (exem-


p

plos: ruim, sair, raiz, Saul);


T

• terminam em i e u e não são seguidas de vogal (exemplos: ali, Mali, caju).

2. Completa as frases.
a) Juiz não deve ser acentuada graficamente porque é uma palavra
terminada em seguido de .
b) Raul não deve ser acentuada graficamente porque é uma palavra
terminada em seguido de .
c) Peru não deve ser acentuada graficamente porque é uma palavra
terminada em .

E, mais…
Acentuam-se graficamente as palavras graves quando se trata da pri-
meira pessoa do plural do Pretérito perfeito do indicativo dos verbos de
tema em –ar (1.ª conjugação) para distinguir de igual pessoa do Presente
46 do indicativo.
TEMA 3 – INDÚSTRIA

3. Constrói frases em que os verbos abaixo estejam conjugados na 1.ª pes-


soa do plural do tempo do Indicativo entre parênteses.
• encontrar (Presente)

• encontrar (Pretérito perfeito)

• alcançar (Pretérito perfeito)

• alcançar (Presente)

Exploração gramatical

1. Reescreve as frases seguintes na forma negativa.


to l
s
di a

a) O seu nome deve-se ao facto de ter capacidade de girar.


re
E fin
to va

b) Actualmente, encontra-se em números países da América.


ex ro
p

c) As lindas flores assemelham-se a uma pétala grande.


T

Produção textual

Com clareza e objectividade, fala sobre a importância da plantação de giras-


sol e da prática da agricultura na tua localidade. Usa letra legível.

47
Tema 4

O TRABALHO

O operário em construção
Era ele que erguia casas À mesa, ao cortar o pão,
Onde antes havia chão. O operário foi tomado
Como um pássaro sem asas De súbita emoção
Ele subia com as casas Ao constatar assombrado
Que lhe brotavam da mão. Que tudo naquela mesa
E assim o operário ia Garrafa, prato, facão,
Com o suor e cimento Era ele quem os fazia
Erguendo uma casa aqui Ele, um humilde operário,
Adiante um apartamento Olhou em torno: gamela,
Além uma igreja à frente Banco, enxerga, caldeirão,
Um quartel e uma prisão Vidro, parede, janela,
Prisão que sofreria Casa, cidade, nação!
to l
s
di a
re
E fin

Não fosse eventualmente Tudo, tudo o que existia


Um operário em construção. Era ele quem o fazia
to va

Mas ele desconhecia Ele um humilde operário


ex ro

Esse facto extraordinário: Um operário que sabia


p

Que o operário faz as coisas Exercer a profissão.


T

E a coisa faz o operário Vinicius de Morais


De forma que, certo dia,

Exploração vocabular

1. As palavras no quadro seguinte têm sinónimos. Escreve duas frases para


cada palavra, com significados idênticos, como no exemplo.

Exemplo: Ele erguia casas onde antes havia chão.


erguer Ele construía casas onde antes havia chão.

brotar

enxergar

48
TEMA 4 – O TRABALHO

desconhecer

exercer

constatar

2. Preenche agora este quadro, convertendo verbos em nomes ou subs-


tantivos e vice-versa, como no exemplo.

Exemplo: desconhecer desconhecimento


existir
constatar
exercício
to l
s
prisão
di a
re
E fin

sofrer
to va

suor
ex ro
p

3. Constrói quatro frases (duas para cada situação) com as palavras fez-se e
fizesse.
T

• fez-se

• fizesse

4. Explica a expressão seguinte.


«…o operário faz as coisas e a coisa faz o operário…»

49
TEMA 4 – O TRABALHO

5. Completa a frase.
O texto O operário em construção é um texto poético porque é escrito
em , contém e
expressa .

Interpretação textual

1. Responde às questões seguintes.


a) Observa a gravura da página 62 do teu Manual de Língua Portuguesa.
Que relação tem a gravura com o conteúdo do texto? Justifica.

b) Que actividade faz o operário? Reforça a tua resposta com exemplos


to l
s
di a
re
E fin

do texto.
to va
ex ro
T p

c) A que operário se refere o autor do texto?

d) Que outro título atribuirias ao texto? Porquê?

Ortografia

1. Preenche as frases com as palavras tinha e havia.


Na obra do operário, trabalho que ele feito
com amor.
50
Ninguém uma obra como a que eu encontrado…
TEMA 4 – O TRABALHO

2. Escreve quatro frases (duas para cada expressão) com as expressões


«a mesa» e «à mesa».
a)

b)

3. Faz a divisão silábica das palavras seguintes.


• facto • assombrado
• operário • prato
• olhou • chão
• caldeirão • além

Exploração gramatical
to l
s
di a
re
E fin

1. Retira do texto os versos indicados.


to va

a) dois versos com rimas orais:


ex ro
T p

b) dois versos com rimas nasais:

c) dois versos sem rima:

2. Transcreve agora do texto os versos com as formas verbais indicadas.


a) um verso com o verbo no Presente do indicativo:

b) um verso com o verbo no Pretérito imperfeito do indicativo:


51
TEMA 4 – O TRABALHO

c) um verso com o verbo no Pretérito perfeito do indicativo:

d) um verso com o verbo no Pretérito imperfeito do conjuntivo:

3. Atenta nas palavras destacadas. Reescreve as frases no Condicional.


a) À mesa, ao cortar o pão…

b) Mas ele desconhecia esse facto.

c) E a coisa faz o operário…


to l
s
Produção textual
di a
re
E fin

Com base no texto de Vinicius de Moraes, produz um poema sobre o tema


to va

«O professor».
ex ro
T p

52
TEMA 4 – O TRABALHO

A olaria
As mulheres que fabricam vasos de barro fazem uma aprendizagem de
algum tempo com uma mestra – em geral, parente da aprendiza.
Trabalham, unicamente, na época seca. Instalam-se para esse fim em
cubatas subterrâneas abrigadas do vento seco, que faria rachar os objectos
manufacturados.
Amassam o barro com as mãos e com ele formam grossos chouriços. Por
isso, para o fabrico de uma panela, formam primeiro o fundo da mesma e
colocam-no sobre um caco largo e achatado. Põem, em seguida, os «chou-
riços» de barro uns sobre os outros – uns mais compridos e outros mais
curtos, de modo a lançarem convenientemente a curvatura do bojo – até
atingirem a altura desejada.
Depois, e com o auxílio de uma pequena concha, vão alisando o utensílio
interior e exteriormente. Geralmente, a borda de cima fica lisa e sem ne-
nhuns cortes ornamentais geométricos, ao contrário do que é uso noutras
regiões. Depois de formados, os vasos continuam a secar dentro do abrigo,
até poderem suportar a cozedura sem perigo. Esta faz-se em formas ao ar
to l
s
di a
re
E fin

livre, ligeiramente cavadas no solo. Sem esta preocupação, dizem as artis-


tas, rachava toda a loiça.
to va
ex ro
p

Exploração vocabular
T

1. Descobre pelo contexto o sinónimo das seguintes palavras, inserindo-as


em frases por ti construídas.
a) mestra:

b) objectos:

c) utensílio:

d) abrigo:
53
TEMA 4 – O TRABALHO

2. Copia as expressões abaixo, substituindo, em cada caso, cada palavra


destacada por outra de significado diferente.
a) vento seco
b) grossos chouriços
c) outros mais curtos

3. Constrói frases com as palavras seguintes.


• unicamente:

• raramente:

• geralmente:
to l
s
di a
re
E fin
to va
ex ro

• ligeiramente:
T p

Interpretação textual

1. Responde às questões seguintes.


a) Segundo o texto, o que entendes por olaria?

b) Cita algumas razões do texto que justifiquem a prática da olaria na


época seca.

54
TEMA 4 – O TRABALHO

c) Como são fabricados os utensílios? Enumera alguns.

d) Que região do nosso País conheces onde se pratica olaria? Que utensí-
lios fabricam?

2. Onde começa e termina a terceira parte lógica do texto? Não te esqueças


de usar aspas.
to l
s
di a
re
E fin
to va
ex ro
T p

a) Qual é ideia principal desta parte lógica do texto? Justifica a tua resposta.

55
TEMA 4 – O TRABALHO

Ortografia

1. Constrói duas frases, com as palavras instalam-se e instalassem.


a)

b)

2. Preenche os espaços com as palavras fazem e fizessem.


Se olaria, descansariam na outra época.
Elas olaria para a sociedade.

3. Retira do texto palavras (algumas poderão ser escritas por ti) com os sons
seguintes.
to l
s
di a

br:
re
E fin

ch:
to va
ex ro

lh:
p

pr:
T

qu:
ss:
rr:

4. Faz a divisão silábica de duas das palavras retiradas do texto ou escritas


por ti com os sons indicados.
br:
ch:
lh:
pr:
qu:
ss:
56 rr:
TEMA 4 – O TRABALHO

Exploração gramatical

Lembra-te:
Quanto ao sentido e forma, palavras homónimas são as que se es-
crevem e pronunciam da mesma maneira, mas que têm significado
diferente; palavras homógrafas são as que se escrevem da mesma
maneira, mas a pronúncia e o significado são diferentes.

1. Classifica, quanto ao sentido e forma, o par de palavras assinaladas.

Palavras Classificação

Tudo fica em terra seca…


O clima seca os utensílios…
to l

Esta faz-se em formas ao ar livre…


s
di a
re
E fin

Ainda formas boas coisas para nós…


to va
ex ro
p

2. Constrói frases em que incluas as palavras fábrica e fabrica.


T

a)
b)
c)
d)

3. Escreve a palavra primitiva das palavras seguintes.

• unicamente:

• ligeiramente:

• convenientemente:

• exteriormente:

• geralmente:
57
TEMA 4 – O TRABALHO

Lembra-te:

Quando numa frase há dois ou mais advérbios terminados em -mente


e ligados pela conjunção «e», só o último mantém o sufixo.
Exemplo: Falou feliz e alegremente.
(forma incorrecta: falou felizmente e alegremente.)
Se eliminarmos a conjunção, o sufixo adverbial mantém-se em todos os
casos: Falou felizmente, alegremente…

4. Constrói frases nas quais o advérbio convenientemente seja seguido


de outro advérbio terminado em -mente ou combinado de uma palavra
pela conjunção «e».
a) to l
s
di a
re
E fin
to va

b)
ex ro
T p

c)

d)

58
TEMA 4 – O TRABALHO

Produção textual

Num texto com letra legível, fala sobre as diferentes profissões exercidas
pelas mulheres e sobre a contribuição que elas têm dado ao nosso País.

to l
s
di a
re
E fin
to va
ex ro
T p

59
TEMA 4 – O TRABALHO

O pescador
A pesca é a profissão apaixonante do Muxiluanda e a razão de ser da sua
vida. A pesca tanto pode ser feita à linha ou à rede de tarrafa, utilizando-se
em todos os tipos uma canoa, barco estreito escavado no tronco de uma
mufuma.
Para adquirirem as canoas, não tendo a ilha árvores que lhes dessem a
matéria-prima, os Axiluanda iam, como ainda hoje vão, à Cabiri, à Funfa e
ao Zenza do Golungo. São ali os grandes mercados e as zonas de constru-
ção deste artigo naval. Logo que as adquirem, regressam pelo mar, depois
de terem descido o rio Bengo. Chegados à ilha, deixam-nas mergulhadas
dentro do mar, junto à praia, por um espaço de 3 a 4 dias, para que os bi-
chos introduzidos na madeira desapareçam. Em seguida, submetem-se as
canoas a novo ataque insecticida: fazem uma fogueira com capim e nesta
vão queimando superficialmente as canoas, a toda a volta. Os bichos, que
porventura não tenham morrido com a água salgada, vão desaparecendo
sob acção do fogo.
Finda esta operação, tem de se proceder a outra, a fim de dar uma
to l
s
di a
re
E fin

maior resistência às canoas. Pintam-nas então com alcatrão por fora e


depois deixam-nas secar, o que levará uns 4 a 5 dias… Agora já sem bi-
to va

chos e com a pintura de resistência, colocam-se os bancos, que são de


ex ro

madeira vulgar. Do tamanho das canoas, depende o número de bancos, o


p

qual, em regra, vai de 3 a 6, sentando-se em cada banco uma pessoa. As


T

peças acessórias também são feitas pelos Axiluanda; a vara de ximbicar


os remos – feitos com um pau e uma tábua toscamente pregada –, o pau
de direcção e uma vela.
Ana de Sousa Santos

Exploração vocabular

1. Assinala com X a opção correcta:

Muxiluanda…

… é uma palavra derivada de Bengo. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .


… é uma palavra derivada de Zenza. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
… é uma palavra derivada de Luanda. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

60
TEMA 4 – O TRABALHO

2. Retira do texto uma palavra da mesma família de Muxiluanda.

3. Forma palavras da mesma família de:


• pesca:

• mar:

4. Completa as frases.
Uma canoa é escavado
de .

5. Constrói uma frase em que incluas as palavras destacadas.


to l
s
di a
re
E fin

apaixonante vela viagem


to va
ex ro
T p

Interpretação textual

1. Responde às questões seguintes.


a) De que nos fala o texto?

b) Porque é que os Axiluanda adquirem a matéria-prima para a constru-


ção de canoas fora da sua localidade?

61
TEMA 4 – O TRABALHO

c) Quais são os acessórios necessários para o funcionamento de canoas?


Quem os constrói?

d) Que substâncias são usadas para garantir resistência às canoas cons-


truídas?

2. Onde começa e termina a primeira parte lógica do texto?


to l
s
di a
re
E fin
to va
ex ro
T p

3. Atribui um título sugestivo a esta parte lógica do texto. Justifica.

Ortografia

1. Preenche os espaços com x ou ch, completando as palavras.


• bi os • en ada
• cai a • en arcar
• en er • fe ar
• en ugar • me er
62
TEMA 4 – O TRABALHO

2. Agora reescreve no quadro seguinte as palavras que completaste no


exercício 1. Insere as palavras em frases por ti elaboradas.

Exemplo:
• bichos

a) Já não havia bichos na canoa.


b)


c)


d)


to l
s
di a

e)
re
E fin
to va


ex ro

f)
p


T

g)


h)

3. Constrói duas frases em que incluas as palavras destacadas.


colocam-se colocassem
a)
b)

4. Faz a divisão silábica das palavras indicadas.


• desaparecendo • acção
• adquirem • submetem 63
TEMA 4 – O TRABALHO

Exploração gramatical

Lembra-te:
Os nomes colectivos são os que, mesmo estando no singular, indicam
um conjunto de seres vivos ou de coisas da mesma espécie.
Exemplos: cancioneiro (conjunto de canções, poemas) e constelação
(conjunto de estrelas).

1. Indica o colectivo dos nomes seguintes, inserindo-o em frases.

Nome Colectivo Frase

ilhas

árvores

navios
to l
s
di a
re
E fin

pessoas
to va
ex ro
p

2. Preenche os espaços com o verbo indicado entre parênteses.


a) Os Axiluanda (comprar) obra-prima distante.
T

b) O pescador (regressar) a casa com muito peixe.


c) A canoa e o navio (facilitar) a actividade pesqueira.

3. Reescreve as expressões seguintes no plural.


• esta operação

• o pau de direcção

• usou aquela vela

• a vara de ximbicar

64
TEMA 4 – O TRABALHO

4. Agora, faz o processo inverso: reescreve as expressões seguintes no


singular.
• ainda hoje vão

• deixam-nas secar

• são os grandes mercados

• submetem-se as canoas

Produção textual

Com frases simples e bem estruturadas, fala sobre um tipo de actividade


to l
s
económica praticada na tua localidade. Não te esqueças de referir os be-
di a
re
E fin

nefícios que essa actividade traz às pessoas.


to va
ex ro
T p

65
Tema 5

FAUNA E FLORA

Preservação das espécies


«Coitado do cavalo, afinal ele é mais infeliz do que nós! Oh! Que monstro
que é o homem!»
O cão, ouvindo estes comentários, pediu para falar. E disse:
– Tudo o que o amigo cavalo disse é bem verdade, mas quero acrescentar
que há também muitos homens bons.
– É verdade – interrompeu alguém –, que foi feito desse caçador de que
nos falou o cisne? Cumpriu ele a sua promessa?
– Eu ia mesmo falar dele – disse o cão. – Esse caçador fundou uma asso-
ciação protectora dos animais, a que podem associar-se todos aqueles que
quiserem proteger-nos. Esta associação tem leis que fez reconhecer pelo go-
verno de cada país, sendo castigada qualquer pessoa que seja vista a maltra-
tar animais.
to l
s
di a
re
E fin

– Ai sim!?... – disseram os bichos em coro. – Não sabíamos!


– Sim – disse o cão. – E ainda há mais. Modernamente, há muitos cientistas
to va

que estudam os animais desaparecidos e que se esforçam por nos criar con-
ex ro

dições de vida favoráveis, para que, em lugar de se extinguirem as espécies,


p

elas se mantenham. Vocês sabem que aqui no nosso continente há exten-


T

sões enormes a que chamam parques, que são protegidos pelos governos
desses países, onde não é permitido caçar, e que, se alguém desobedecer,
pode haver consequências graves?!
– Não, não sabíamos.
– Pois há! Vêm pessoas de toda a parte do mundo para nos ver e algumas
instalam-se em pequenas cabanas e observam os nossos costumes. É por
isso que agora os homens sabem muitas coisas de nós.
Todos os bichos escutavam com interesse o que o cão acabava de lhes
contar. Eles não sabiam de nada dessas coisas, pois os reinos dos homens e
dos bichos eram separados. O cão, sim, esse vivia com os homens e, por isso,
sabia tanta coisa! Vivia mais perto ainda do que o cavalo, portas adentro com
ele, e via e escutava tudo… Os bichos estavam espantados!
Eles só conheciam esses caçadores que vêm, pé ante pé, e trás!, disparam
quando os bichos estão descuidados e menos esperam! Dos homens bons
eles pouco ou nada sabiam, à parte aquele caçador que o passarinho azul
tinha levado à montanha cor-de-rosa. Mas isso tinha sido já há tantos anos!
66
Eugénia Neto, …E nas Florestas os Bichos Falaram
TEMA 5 – FAUNA E FLORA

Exploração vocabular

1. Copia as frases abaixo, substituindo cada palavra destacada por outra de


sentido contrário (antónimo).
a) Que monstro é este homem.

b) É verdade, interrompeu alguém que falou do cisne.

c) Em lugar de se extinguirem algumas espécies, que se mantenham.

2. Faz agora o processo inverso ao anterior, substituindo cada palavra des-


tacada pelo respectivo sinónimo.
to l
s
a) Esta associação tem leis…
di a
re
E fin
to va
ex ro
p

b) …fundou uma associação protectora de animais.


T

c) …sendo castigada qualquer pessoa que seja vista a maltratar ani-


mais.

3. Preenche os espaços com verbos com o significado de querer, conforme


o exemplo.

Exemplo: Os animais querem reunir com os homens.

a) Os animais reunir com os homens.

b) Os animais reunir com os homens.


67
c) Os animais reunir com os homens.
TEMA 5 – FAUNA E FLORA

4. Volta a fazer a mesma actividade, mas agora preenchendo os espaços


com verbos com o significado de viver, como no exemplo.
Exemplo: Vivia mais perto ainda do que o cavalo.
a) mais perto ainda do que o cavalo.
b) mais perto ainda do que o cavalo.
c) mais perto ainda do que o cavalo.

5. Indica o significado das palavras destacadas nas frases seguintes.


a) Quero acrescentar que há também homens bons.

b) Mas isso tinha sido já há tantos anos!

Interpretação textual
to l
s
di a
re
E fin

1. Depois de uma leitura atenta do texto, responde às questões seguintes.


to va

a) O que preocupava os animais?


ex ro
T p

b) Terá sido este o motivo que os levou a reunir-se? Porquê?

c) Que animal presente na reunião partilha o reino dos homens e o reino


dos animais? Que segredo contou?

68
TEMA 5 – FAUNA E FLORA

2. Onde começa e termina a terceira parte lógica do texto?

3. Atribui um título a esta parte lógica do texto. Justifica.

Ortografia
to l
s
di a
re

1. Acentua graficamente as palavras destacadas no seguinte excerto do


E fin

texto. Escreve o texto com as palavras correctamente acentuadas.


to va
ex ro

Perto do local, ha um lago maravilhoso, com agua fresca e limpida, onde


p

podem matar a sede… Ha flores aquaticas, ha canticos dos passaros.


A volta, em circulo, sentar-se-ão todos os delegados.
T

Lembra-te:
Um ditongo é um grupo constituído por duas vogais pronunciadas numa
mesma emissão de voz. Os ditongos podem ser orais, quando consti-
tuídos por vogais orais (ai, ei) e nasais, quando constituídos por vogais
nasais (ãe, ão).
Exemplos:
• palavras com ditongos orais: animais, leis, feito, mais.
• palavras com ditongos nasais: cão, associação. 69
TEMA 5 – FAUNA E FLORA

2. Copia do texto as frases indicadas.


a) quatro frases que contenham palavras com ditongo oral:

b) quatro frases que contenham palavras com ditongo nasal:

3. Copia do texto as palavras indicadas.


a) palavras em que a letra -s tem o som de «cê»:
to l
s
di a
re
E fin
to va
ex ro
p

b) palavras em que a letra -s tem o som de «zê».


T

4. Faz a divisão silábica das palavras seguintes.


• caçadores
• homens
• descuidados
• escutava
• bichos
• aquele
• favoráveis
70 • adentro
TEMA 5 – FAUNA E FLORA

Exploração gramatical

1. Reescreve as frases abaixo, passando as palavras e expressões assinala-


das para o feminino.
a) Tudo o que o amigo cavalo disse é verdade.

b) O cão participou da reunião como embaixador do reino dos homens.

c) Ninguém notou a presença do leão no encontro.

2. Passa agora para o masculino as palavras indicadas e cria frases.


• leoa
a)
• galinha
to l
s
di a
re
E fin

b)
to va

• ovelha
ex ro

c)
p

3. Indica o grau dos adjectivos assinalados.


T

a) …afinal ele é mais infeliz do que nós.


grau:
b) …no nosso continente há extensões enormes.
grau:
c) …quero acrescentar que há também homens bons.
grau:

4. Preenche os espaços com os adjectivos indicados entre parênteses, no


grau superlativo absoluto sintético (–íssimo).
a) Parecia que ele era (feliz).
b) Sempre houve homens (amigos) dos animais.
c) O cão foi (fiel) com os dois reinos.
d) Acredito que o leão deixou de ser um líder (sábio). 71
TEMA 5 – FAUNA E FLORA

Produção textual

Certamente que já ouviste estórias populares em que as personagens são


animais. Partilha uma com os teus colegas na próxima aula. Escreve, nas
linhas abaixo, em forma de guia, sobre o que irás falar na sala.

to l
s
di a
re
E fin
to va
ex ro
T p

72
TEMA 5 – FAUNA E FLORA

Uma visita ao Parque Nacional da Quissama


Na semana passada visitámos o Parque Nacional da Quissama. Nos Par-
ques Nacionais, não se deve caçar nem fazer mal aos animais e também
não é permitido cortar árvores. Em resumo, ali não devemos fazer nada que
modifique o ambiente natural.
São apenas setenta quilómetros de Luanda até ao rio Kwanza e depois
de passarmos a ponte já estamos na Quissama. Logo na baixa que fica
à esquerda da estrada, vimos duas pacaças a fugir pelo capim. O nosso
guia informou-nos de que ali existiram grandes manadas, mas que al-
guns caçadores furtivos andaram lá a caçar e mataram muitos animais.
Esses caçadores foram presos pela Guarda Florestal, e agora já ninguém
ali caça.
A caminho do acampamento do Cáua vimos alguns bambis e também
uma manada de gungas. A gunga é o maior antílope do mundo, chegando
a pesar quase mil quilos. É um animal muito fácil de domesticar e pode ser
criado como o boi.
to l
s
di a

Depois de fazermos quarenta quilómetros pela picada, chegámos ao


re
E fin

acampamento, muito bonito, bem cuidado e limpo. Tem umas casas redon-
to va

das, com um quarto e casa de banho, água corrente e luz eléctrica.


ex ro

Mas já me esquecia de falar na paisagem. Do alto do acampamento avis-


p

ta-se a baixa do rio Kwanza, que é maravilhosa. Os nossos olhos não che-
gam para ver tudo. O grande rio passa no meio da vegetação verde que se
T

estende para ambos os lados e, aqui e acolá, vêem-se palmeiras e gran-


des imbondeiros. Tenho pena de não saber descrever melhor toda a beleza
deste recanto da nossa terra.
Durante a noite escutámos, em silêncio, os ruídos da mata, até adorme-
cermos quase sem darmos por isso. Que diferença da cidade, onde os car-
ros e as motorizadas fazem tanto barulho!
Acordámos, muito cedo, e fomos dar uma volta até à margem do rio.
Àquela hora, havia muitos pássaros a cantar alegremente. Vimos duas sei-
xas, alguns gulungos e também nunces. Mesmo na picada, tivemos a sorte
de encontrar uma manada de elefantes que ia a caminho do rio.
Nesta manada, havia muitas crias que brincavam umas com as outras.
Quando se afastavam, as mães corriam para elas e, com pequenas pan-
cadas da tromba, faziam-nas regressar. Parece mentira, mas os elefantes
quase nos ignoraram, não parecendo nada assustados com a presença dos
nossos carros. Quem estava mesmo assustado era eu, pois os elefantes são
73
muito grandes e impõem respeito...
TEMA 5 – FAUNA E FLORA

Durante o almoço, no acampamento, disseram-nos que na Quissama


também existem palancas, leões, mabecos, hienas, macacos, leopardos,
hipopótamos, etc., mas que nós desta vez não chegámos a ver.
De regresso a Luanda, ainda vimos um grande elefante solitário encosta-
do a um imbondeiro, parecendo desejar-nos boa viagem ao agitar a tromba
no ar.

Exploração vocabular

1. Assinala com X o sinónimo adequado a cada uma das palavras desta-


cadas.

manada ambos
conjunto de pessoas . . . . . . . todos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
conjunto de árvores . . . . . . . nenhum . . . . . . . . . . . . . . . . . .
conjunto de animais . . . . . . . dois . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
to l
s
di a
re
E fin

solitário ignoraram
to va

desesperado . . . . . . . . . . . . . . saudaram . . . . . . . . . . . . . . . .
ex ro

sozinho . . . . . . . . . . . . . . . . . . desprezaram . . . . . . . . . . . . .
p

humorado . . . . . . . . . . . . . . . . deixaram . . . . . . . . . . . . . . . . .
T

permitido respeito
impedido . . . . . . . . . . . . . . . . . estima . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
autorizado . . . . . . . . . . . . . . . desdém . . . . . . . . . . . . . . . . . .
indeferido . . . . . . . . . . . . . . . . receio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

2. Preenche os espaços com palavras do texto.


a) A gunga é o do mundo, chegando
quilos. (…) os elefantes são
e .
b) Durante a noite,
até adormecermos . Que
diferença da cidade, onde
74
.
TEMA 5 – FAUNA E FLORA

3. Constrói frases em que incluas as palavras indicadas.

furtivos Quissama lá

margem crias passar

trombas alguns animais

Interpretação textual

1. Responde às questões.
a) Observa a imagem da página 94 do teu Manual de Língua Portuguesa.
to l
s
di a
re
E fin

Que informação sobre o Parque Nacional da Quissama retiras da tua


observação?
to va
ex ro
T p

b) Cita três possíveis causas da caça furtiva.

c) Achas que estas causas justificam uma prática que atente contra a fau-
na? Porquê?

75
TEMA 5 – FAUNA E FLORA

d) Caracteriza geograficamente o Parque Nacional da Quissama.

e) Que animais descritos no texto te impressionaram? Justifica.

to l
s
Ortografia
di a
re
E fin
to va

Lembra-te:
ex ro

A primeira pessoa do plural dos verbos de tema em «a» (falar, cantar,


p

por exemplo) pode ser escrita de dois modos:


T

• com acento gráfico (agudo), se o tempo gramatical for o Pretérito


perfeito do indicativo (falámos, cantámos);
• sem acento gráfico, se o tempo gramatical for o Presente do indica-
tivo (falamos, cantamos).

1. Escreve frases com as palavras indicadas.


a) visitamos:

b) visitámos:

76
TEMA 5 – FAUNA E FLORA

c) acordámos:

d) acordamos:

2. Completa com g e j os espaços nas palavras assinaladas. Reescreve em


seguida as respectivas frases.
a) Todos dese am re ressar novamente ao Parque da Quissama.

b) Viu o capim a itado no final da ornada.

c) A paisa em prendia a nossa atenção na hora do antar.


to l
s
di a
re
E fin
to va

d) O seu eito de trabalhar mereceu o nosso esto.


ex ro
T p

3. Transcreve do texto três palavras em que a letra s tenha os sons indica-


dos.
a) som de «cê»:

b) som de «zê»:

4. Faz a divisão silábica das palavras seguintes.


• Parques • guarda
• Nacionais • antílope
• Kwanza • seixa
• Luanda • solitário
77
TEMA 5 – FAUNA E FLORA

Exploração gramatical

Lembra-te:
Com um verbo, podemos expressar várias ideias: certeza, incer-
teza, possibilidade, ordem, conselho ou pedido. A estas diferen-
tes formas de expressão do verbo chamamos modo.

1. Indica o tipo de ideia expressa pelo verbo nas frases seguintes.


a) Visitei o Parque Nacional da Quissama.

b) Talvez visite o Parque Nacional da Quissama.


to l
s
di a

c) Visita o Parque Nacional da Quissama.


re
E fin
to va
ex ro
p

d) Oxalá visite aquela bela paisagem da Quissama.


T

2. Reescreve as frases, substituindo, em cada caso, a forma do verbo, a fim


de expressar a ideia indicada entre parênteses.
a) É um animal fácil de domesticar (incerteza).

b) Não andou sem orientação dos adultos (conselho).

78
TEMA 5 – FAUNA E FLORA

c) Contou a sua experiência no Parque Nacional da Quissama (pedido).

Produção textual

Já visitaste um Parque Nacional? Se sim, fala sobre a experiência que tives-


te, quando foi, o que observaste, quem guiou a visita. Se não, fala sobre o
que gostarias de conhecer num Parque Nacional e descreve algumas medi-
das para a preservação da fauna e da flora no nosso País.

to l
s
di a
re
E fin
to va
ex ro
T p

79
Tema 6

CULTURA E TURISMO NACIONAL

As danças tradicionais
Na nossa sociedade existem vários grupos etnolinguísticos, sendo cada
um deles portador de riquíssimos valores culturais da sociedade tradicional,
valores culturais esses que, embora em menor escala, coexistem ainda com
os valores culturais da sociedade contemporânea.
A arte da dança entre nós e quase em todos os grupos etnolinguísticos
está estreitamente ligada a muitas manifestações culturais, sociais, políticas
e económicas, como, por exemplo, aos ritos de iniciação e da puberdade
(verdadeira consagração da educação tradicional), da fecundidade da mulher
e da fertilidade da terra, do parto, aos ritos propiciatórios ou purificadores
e aos ritos funerários.
André Sunda, «A função e a natureza das danças tradicionais»,
to l
s
in revista Mensagem, n.° 5
di a
re
E fin
to va

Exploração vocabular
ex ro
p

1. Reescreve duas vezes as frases abaixo com o sinónimo e o antónimo


das palavras destacadas.
T

a) É uma sociedade com muitos valores culturais.

b) Coexistem com os valores culturais da sociedade tradicional.

80
TEMA 6 – CULTURA E TURISMO NACIONAL

c) Coexistem com os valores culturais da sociedade contemporânea.

2. Forma palavras derivadas das palavras seguintes.


• arte:

• ritos:

3. Constrói agora frases em que incluas uma das palavras derivadas que
encontraste.
to l
s
di a
re
E fin

• arte:
to va
ex ro
p

• ritos:
T

Interpretação textual

1. Como defines a cultura angolana, através das gravuras que podes obser-
var na página 101 do teu Manual de Língua Portuguesa? Porquê?

81
TEMA 6 – CULTURA E TURISMO NACIONAL

2. Quantos tipos de danças aparecem representadas nessas gravuras que


acompanham o texto? Caracteriza-as.

3. Que significado tem, para a nossa cultura, as cores (preto, vermelho e


branco) presentes nas gravuras do texto? Justifica.

to l
s
di a
re
E fin
to va
ex ro
T p

4. Divide o texto em partes lógicas, indicando onde começa e termina cada


uma. Não te esqueças das aspas.

82
TEMA 6 – CULTURA E TURISMO NACIONAL

Ortografia

1. Transcreve do texto as palavras indicadas.


• três palavras (uma para cada situação) com os ditongos ea, ia e io:

• três palavras com ç:

• três palavras com qu:

2. Faz a divisão silábica das palavras seguintes.


• verdadeira
• mulher
• etnolinguísticos
to l
s
di a
re
E fin

• entre
to va

• culturais
ex ro

• existem
p

• esses
T

• grupos

3. Acentua graficamente, na frase seguinte, as palavras destacadas.


Em palco, os dançarinos, as vezes, mantem certa distancia entre os in-
tegrantes. Vivem um momento magico, unico para si e o para o grupo.

4. Constrói frases em que incluas as palavras indicadas.


a) dança:

b) dança-se:

c) dançassem:
83
TEMA 6 – CULTURA E TURISMO NACIONAL

Exploração gramatical

Lembra-te:
O Conjuntivo é o modo verbal que expressa incerteza, dúvida, possibili-
dade, desejo ou eventualidade.
Exemplos:
• A dança está ligada a muitas artes (certeza: Indicativo).
• Talvez a dança esteja ligada a muitas artes (incerteza: Conjuntivo).
• Espero que a dança esteja ligada a muitas danças (desejo: Conjun-
tivo).

Em regra, o Conjuntivo é seleccionado por:


• verbos que designam vontade ou desejo (esperar, desejar);
• conjunções e locuções condicionais (caso, desde que);
• conjunções e locuções concessivas (embora, se bem que);
to l
s
di a
re
E fin

• locuções finais (para que, a fim de);


to va

• advérbios de dúvida (talvez, oxalá, possivelmente).


ex ro
p

1. Preenche os espaços com os verbos indicados entre parênteses.


T

a) Voltarei aos treinos, caso a dança me (dar) tempo


para ler e escrever.

b) Oxalá a dança (ser) uma arte ligada à poesia e ao teatro.

c) Agora treino bastante para que eu (poder) escrever


sobre esta bela arte.

d) Embora ele (viver) da pintura, a dança deixa-o mais à


vontade.

e) Desejo que me (oferecer) mais um livro sobre arte e


cultura de Angola.

f) Provavelmente ela (ir) hoje assistir a uma peça teatral.

84
TEMA 6 – CULTURA E TURISMO NACIONAL

Produção textual

Escreve, com clareza e sem erros, um texto sobre a importância de algumas


artes e profissões artísticas (dança, música, pintura, poesia, teatro) no nosso
País.

to l
s
di a
re
E fin
to va
ex ro
T p

85
TEMA 6 – CULTURA E TURISMO NACIONAL

As Quedas de Calandula
Ainda cedo, muito antes do sol nascer, deixaram Malanje. Ao volante da
carrinha emprestada, ia o Guerreiro, levando ao lado, na cabina, Julieta e
D. Hermínia.
Era em Setembro. Havia alguns dias que sobre toda a região de Malanje se
tinham desencadeado algumas trovoadas, que, por serem as primeiras, não
conseguiram ensopar completamente as terras, ávidas de humidade, depois
da quadra seca de cacimbo. Por isso, atrás da carrinha conduzida pelas mãos
experimentadas do Guerreiro, levantavam-se nuvens de pó que iam desfa-
zer-se a um e outro lado da estrada, tombando sobre o capim amarelecido.
Depois de uma hora de viagem, estavam à vista da vila situada num mon-
te de flancos suaves, cujo branco e encarnado do casario contrastava com
o verde-escuro da vegetação viçosa. Manadas de vacas, fazendo oscilar as
caudas, pastavam pachorrentamente onde a erva era mais abundante e
tenra. E a uma dezena de quilómetros, à direita, avistava-se já a fita do rio
Lucala, deslizando por entre a vegetação. Pararam no meio da estrada, em-
bevecidos perante o espectáculo. O sol da manhã incidia nas águas des-
to l
s
di a

lizantes, fazendo brilhar milhares de diamantes. Mal o motor da carrinha


re
E fin

deixou de trabalhar, um som cavo e poderoso se fez ouvir na direcção das


to va

quedas. Era o despenhar do caudal do Lucala nos abismos da rocha cortada


ex ro

a pique. Continuaram a viagem.


p

Atravessaram a vila sem parar; e um pouco mais à frente encontraram-se


nas margens do Lucala, no sítio onde a água ruidosamente se despenha de
T

uma centena de metros de altura.


A rocha fora cortada a pique numa larga semicircunferência, por onde as
águas, depois de deslizarem por entre rochas isoladas à maneira de ilhotas,
vão cair no vácuo, franjando-se e pulverizando-se.
E à tardinha, quando regressaram a Malanje, depois de um dia calmo,
ficara assente entre todos que ainda haviam de voltar.
Arrumaram tudo na carrinha, atravessaram a vila e o Lucala e foram ver
as quedas pela parte de baixo. Seguiram a margem esquerda do rio até às
cataratas. Uma língua estreita liga a margem a um penhasco situado no
meio do rio. É ali que os turistas costumam parar para melhor apreciarem
a grandiosidade do cenário.
O penhasco, pequena ilha no meio das revoltas, fica a poucos metros da
base da catadupa, de maneira que o observador tem a impressão de que
toda aquela massa líquida lhe vai desabar em cima. É uma sensação de es-
magamento e pequenez, a que se tem no fundo da cachoeira alta e ruidosa.
António Mendes Correia, «A Vingança da Morte»,
86
in Contos e Novelas Angolanos
TEMA 6 – CULTURA E TURISMO NACIONAL

Exploração vocabular

1. Descobre pelo contexto o significado das palavras seguintes, inserindo-


-as em frases por ti criadas.
a) ávidos:

b) tombando:

c) embevecidos:

d) vácuo:
to l
s
di a
re
E fin
to va

e) penhasco:
ex ro
T p

2. Copia as frases abaixo, substituindo cada palavra destacada por outra de


sentido contrário (antónimo).
a) Ainda cedo, muito antes de o sol nascer, deixaram Malanje.

b) Regressaram num dia calmo.

c) Encontraram-se no sítio onde a água ruidosamente se despenha.

d) É uma sensação de esmagamento e pequenez.

87
TEMA 6 – CULTURA E TURISMO NACIONAL

3. Transcreve do texto uma palavra da mesma família das palavras indica-


das, inserindo-as em frases por ti construídas.
• ilha:
• casa:

4. Transforma os nomes seguintes em verbos, inserindo-os em frases por ti


criadas.
• cenário:

• viagem:
to l
s
di a
re
E fin

Interpretação textual
to va

1. Observa a gravura da página 107 do teu Manual de Língua Portuguesa.


ex ro

Como definirias a natureza com base na gravura do texto? Porquê?


T p

2. Que obstáculos tiveram os turistas durante a viagem? Descreve-os.

88
TEMA 6 – CULTURA E TURISMO NACIONAL

3. Com que impressão ficaram os turistas do que observaram durante a


viagem até ao destino? Justifica com exemplos do texto.

4. E com que impressão ficaste? Baseia a tua resposta nos diferentes espa-
ços retratados no texto (a vila, o rio Lucala, as Quedas de Calandula).

to l
s
di a
re
E fin
to va
ex ro
T p

5. Onde começa e termina a segunda parte lógica do texto?

a) Atribui um título sugestivo a esta parte lógica do texto (não te esqueças


de que os títulos não devem conter verbos conjugados).

89
TEMA 6 – CULTURA E TURISMO NACIONAL

Ortografia

1. Com a ajuda do teu professor e dos teus colegas, escreve frases em que
incluas as palavras indicadas.
• atrás / traz:

• à direita / a direita:

• a tarde / à tarde:
to l
s
di a
re
E fin
to va

• à vista / a vista:
ex ro
T p

• a maneira / à maneira:

Exploração gramatical

Lembra-te:
A palavra nós e a expressão a gente referem-se à primeira pessoa do
plural, mas têm usos gramaticais diferentes:
• nós usa-se com o verbo na primeira pessoa do plural;

90 • a gente usa-se com o verbo na terceira pessoa do singular.


TEMA 6 – CULTURA E TURISMO NACIONAL

1. Preenche os espaços com os verbos entre parênteses, no tempo Presen-


te do modo Indicativo.
a) Nós (visitar) Calandula.
b) A gente (estar) em Calandula.
c) Nós (ver) uma linda vila.
d) A gente (partir) de Lucala muito cedo.

Lembra-te:
A expressão «a gente» é diferente da palavra «agente»:
• a gente é uma locução pronominal, equivalente ao pronome pessoal
«nós».
• agente é um nome ou substantivo comum.

2. Elabora frases em que incluas a expressão a gente e a palavra agente,


respectivamente.
to l
s
di a
re
E fin
to va
ex ro
T p

Lembra-te, também:
A palavra «afim» é diferente da expressão «a fim».
• afim é um adjectivo, que exprime a ideia de semelhança, podendo ser
usado no plural (afins).
• a fim é usado na locução conjuncional final a fim de, que transmite
uma ideia de propósito, objectivo ou finalidade.

3. Forma seis frases (três para cada situação) com a palavra afim e a expres-
são a fim de.
a)

91
TEMA 6 – CULTURA E TURISMO NACIONAL

b)

Produção textual

Considera que também participaste da viagem turística às Quedas de Ca-


landula, que conheceste a vila «situada num monte de flancos suaves», os
vários contornos do rio Lucala...
Conta estes encantos aos teus colegas. Dá asas à tua imaginação.

to l
s
di a
re
E fin
to va
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T p

92
Tema 7

POESIA DE ANGOLA

Os meninos do Huambo
Com fios de lágrimas passadas,
Os meninos do Huambo fazem alegria,
Constroem sonhos dos mais velhos de mãos dadas
E no céu descobrem estrelas de magia.

Com os lábios de dizer nova poesia,


Soletram as estrelas como letras
E vão juntando no céu, como pedrinhas,
Estrelas letras para fazer novas palavras.

Refrão
Os meninos à volta da fogueira
Vão aprender coisas de sonho e de verdade,
to l
s
di a
re
E fin

Vão aprender como se ganha uma bandeira,


Vão saber o que custou a liberdade.
to va
ex ro

Com os sorrisos mais lindos do planalto


p

Fazem continhas engraçadas de somar,


Somam beijos com flores e com suor
T

E subtraem manhã cedo do luar.

Dividem a chuva miudinha pelo milho,


Multiplicam o vento pelo mar,
Soltam ao céu as estrelas lá escritas,
Constelações que brilham sempre sem parar.

Refrão
Palavras sempre novas, sempre novas
Palavras deste tempo sempre novo,
Porque os meninos inventaram coisas novas
E até dizem que as estrelas são do povo.

Assim contentes à voltinha da fogueira,


Juntam palavras deste tempo sempre novas,
Porque os meninos inventaram coisas novas
E até já dizem que as estrelas são do povo.
93
Manuel Rui
TEMA 7 – POESIA DE ANGOLA

Exploração vocabular

1. De acordo com o contexto, indica o sinónimo mais adequado a cada uma


das palavras abaixo destacadas, reintegrando-o nas respectivas frases.
a) Constroem sonhos dos mais velhos.

b) Vão aprender como se ganha uma bandeira.

c) Vão saber o que custou a liberdade.

2. Preenche os espaços em branco.


O texto Os meninos do Huambo é , porque
é escrito em verso, organizado em , contém
e .
to l
s
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E fin
to va

Interpretação textual
ex ro
p

1. Segundo o texto, que coisas novas foram inventadas pelos meninos?


T

2. Transcreve do texto dois versos que relacionam a música à dança. Justifi-


ca a tua opção.

94
TEMA 7 – POESIA DE ANGOLA

3. Sabias que o poema Os meninos do Huambo de Manuel Rui foi musica-


do há anos? Se sim, diz quem o interpretou. Se não, procura a versão
musical do mesmo, comentando, de forma breve, sobre a vida e obra do
intérprete.

4. Enumera alguns títulos de livros ou de textos de Manuel Rui que já tiveste


a oportunidade de ler. Comenta os que mais te marcaram.
to l
s
di a
re
E fin
to va
ex ro
T p

Ortografia

1. Com base no assunto do texto, constrói frases com os pares de palavras


seguintes.
• sem / cem:

• mais / mas:

95
TEMA 7 – POESIA DE ANGOLA

Exploração gramatical

1. Classifica o poema quanto:


• ao número de estrofes:

• à distribuição da rima:

Produção textual

Produz um breve texto a partir das palavras meninos, estrelas e alegria.


Não te esqueças de que o mesmo deve conter harmonia, ritmo e musicali-
dade.
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s
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T p

96

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